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Revista Business Portugal | Janeiro '16

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PAIXÃO PELA PERFEIÇÃO É o lema vivido nos restaurantes e bares do Hotel Cascais Miragem, implementado sob o comando de Jorge Sequeira, Diretor de comidas e bebidas e pela sua equipa dedicada em manter o elevado nível de serviço e qualidade já reconhecidos, através das experiências dos nossos clientes.

Restaurante Oásis, novidades à mesa

Para lhe permitir construir e manter uma boa relação com os seus clientes e colegas de trabalho. Criámos um menu business adequado a estas ocasiões e facilitámos o acesso ao parque de estacionamento do Hotel, para que sem demora passe ao restaurante e usufrua de um serviço diferenciado num ambiente distinto, no sentido de promover o sucesso dos seus almoços de negócios. O business menu tem o valor de € 22,50 inclui entrada, prato quente de peixe ou carne, buffet de sobremesa, um copo de vinho, água mineral e café. Serviço limitado ao máximo de 8 pessoas por reserva. O sucesso dos seus negócios ganha um novo sabor.

Brunch Miragem Num conceito Buffet ligeiro para as famílias, composto por uma variada seleção de saladas, pratos frios e as já famosas verrines do Chefe, disponível também pratos elaborados de peixe e carne, as deliciosas sobremesas e uma seleção de sumos. Com as melhores vistas da Baía de Cascais, o Brunch Miragem estará disponível no Restaurante Oásis todos os Domingos das 12h30 às 15h00, exceto em datas de eventos especiais.

www.grupojosecristovao.com

Especial São Valentim Miragem Sabemos que uma ocasião especial merece um local de inspiração e um serviço de excelência. Assim sendo preparamos diferentes opções para celebrar o dia dos namorados. Desenhámos um menu especial e temático para esta ocasião, bem como diferentes ofertas que incluem refeições e alojamento, proporcionando estilos diferentes para desfrutar de uma experiência memorável durante todo o mês de Fevereiro.

Bar Cristóvão Colombo, os descobrimentos continuam…

Nomeado em honra do famoso descobridor, o Bar Cristóvão Colombo disponibiliza uma prestigiada carta de champanhes, grandes referências de charutos e exóticos cocktails, bem como uma extensa seleção de vinhos e de bebidas nacionais e estrangeiras. Um leque de variadas propostas que convidam à descoberta. Diariamente, das 16h00 às 19h00, o Bar Cristóvão Colombo é também o ponto de encontro para o Chá das 5. O momento para saborear um fantástico chá junto a lareira e vistas sobre o Atlântico. Deixe- se seduzir pelas délicatesses do Chefe Elias e desfrute desta experiencia.

Restaurante Gourmet recebeu mais uma nomeação Desta vez para um prémio da “World Luxury Restaurant Awards”. Este prémio visa destacar características especiais dos restaurantes, pelo reconhecimento internacional do elevado nível de qualidade dos alimentos e os padrões de serviço. O Restaurante Gourmet tem como conceito a cozinha de autor com forte inspiração na cozinha do mundo, mas realçando a notoriedade da gastronomia Portuguesa. Venha descobrir os sabores da nova carta Outono / Inverno.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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EDITORIAL

Editorial

Chegamos a 2016

CLUSTER DA SAÚDE32 - Health Cluster Portugal36 - PROHS42 - AMPIF

SUPLEMENTO ESPECIAL48 - Município de Vale de Cambra54 - Indasa62 - Fertiprado

O novo ano chegou e continuamos com o espírito de missão que nos move desde 2012, trazer às nossas páginas

um país vencedor e de êxito. Em prol de potenciar o empreendedorismo, fazemos questão de dar a conhecer as

empresas nacionais que têm ganho revelo e se têm demonstrado verdadeiros casos de sucesso. São exemplo as

empresas portuguesas que figuram no nosso especial dedicado ao último Roteiro Para uma Economia Dinâmica,

promovido pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

Já na área da saúde, damos destaque ao cluster português que tem como missão a promoção e o exercício

de iniciativas e actividades com o propósito à consolidação de um pólo nacional de competitividade, inovação e

tecnologia de vocação internacional. As empresas nacionais na valência da prestação de cuidados médicos têm

conseguido marcar a sua posição nos mercados estrangeiros e isso é merecedor de destaque na sua Revista

Business Portugal.

E para que aproveite da melhor forma os seus tempos livres, damos-lhe ainda a conhecer o Alto Minho. Conhecido

pela beleza das suas paisagens, tem sido um dos destinos turísticos de eleição em Portugal nos últimos anos.

Aliados à beleza paisagística e à tradição de bem receber, estão inúmeros municípios distribuídos pelos concelhos

que integram a zona minhota, e que fazem desta região um lugar único.

Continuamos a nossa viagem pela Madeira. Considerada por alguns como um lugar pequeno, esta ideia pode

muito bem e de forma muito rápida ser contrariada pela sua beleza natural e características próprias.

Estas são apenas algumas das razões pela que a primeira edição de 2016 é de leitura obrigatória.

Diana Ferreira não segue o acordo ortográfico

FICHA TÉCNICA

Diretor

Fernando Silva

EDITORA

Diana Ferreira

([email protected])

REDAÇÃO

Lardyanne Guimarães

Rita Carreira

Vera Pinho

([email protected])

PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN

Tiago Rodrigues

SECRETARIADO

Paula Assunção

([email protected])

GESTÃO DE COMUNICAÇÃO

Fernando Lopes

Filipe Amorim

Isabel Brandão

José Machado

José Alberto

Luís Silva

Manuel Fernando

Paulo Padilha

Pedro Paninho

Rui Diogo

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE

Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.2

4400-134 - Mafamude

([email protected])

CONTACTOS

Tlf: 223 754 806 (Geral)

A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS

DISTRIBUIÇÃO

Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID

Depósito Legal: 374969/14

Edição de janeiro

Por Diana Ferreira

alguns destaques da edição de janeiro

06 - governo regional da madeira

FACILITY SERVICES68 - APFS70 - Duo Higiene72 - Biomex

MARCO DE CANAVESES76 - BebéBrinquedo77 - Junta de Freguesia de Alpendorada

COIMBRA79 - U.F. de Santa Clara e Castelo Viegas80 - J.F. de Santo António dos Olivais

16 - município de viana do castelo

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r

Situada no oceano atlântico, e tendo como vizinho mais próximo

o arquipélago espanhol as Canárias, a Madeira tem um clima

primaveril que permite desfrutar durante o ano todo a areia

dourada da Ilha do Porto Santo.

Quando se fala nesta ilha portuguesa, a segunda região mais rica do país

está-se de forma muito inata a associar a ela o fim de ano. Um centro de

atenções que na passagem do ano de 2006 para 2007 chegou mesmo a

ser considerado o maior espetáculo pirotécnico do mundo.

A festa maravilhosa que se proporciona nessa altura é atração e despertar

de curiosidade para muitas pessoas.

Considerada por alguns como um lugar pequeno, esta ideia pode muito

bem e de forma muito rápida ser contrariada pela sua beleza natural e

características próprias.

A viagem nas emblemáticas cestas e o teleférico são aventuras que quem

visita este local não pode disperdiçar a expriência.

Para, além disto, existem outras coisas que motivam a visita à Madeira. O

vinho licoroso, conhecido como Vinho da Madeira; as flores (que também

elas permitem organizar uma festa anual em torno da beleza das suas

cores); as paisagens com montanhas abruptas; vales verdejantes e floridos.

Outro ponto turístico importante é o Museu do Cristiano Ronaldo. Uma

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figura pública que é sempre muito a imagem da Terra

que o viu nascer.

Reconhecedores do seu valor, este destino concorre no

ano de 2013 ao World Travel Awards (WTA) na categoria

de Leading Island Destination, na região Europa. E é

dessa forma que mais uma vez vêem reconhecida a

sua Terra ao saírem deste concurso de forma vitoriosa.

Com este resultado a Madeira volta a ficar

automaticamente inscrita. No ano de 2014 vence

repetidamente a nível europeu, mas em 2015 o que

conseguem alcançar é o primeiro lugar na categoria

europeia e mundial.

Todas estas coisas são razão mais que justificativa para

que veja as páginas que se seguem

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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, sublinhou em entrevista, que a Região Autónoma tem condições

para se tornar um dos melhores destinos turísticos do mundo. Na sua ótica, a defesa da natureza, a concertação com os agentes

turísticos, um bom cartaz de animação e uma boa promoção farão da região “um dos melhores destinos turístico do mundo”, tendo já

sido considerada “o melhor destino insular do Mundo-2015”.

Governo Regional da Madeira

Um destino turístico de excelência

O arquipélago da Madeira é um autêntico oásis no meio do Atlântico, com

falésias imponentes, praias rochosas e montanhas verdejantes envoltas

em bruma. Este destino inesquecível possui um convidativo clima e uma

esplêndida beleza natural. De facto, o turismo faz parte do ADN da Madeira

e representa um vector estratégico para o desenvolvimento da Região Autónoma.

Para perceber melhor as dinâmicas que gravitam em torno desta magnífica região,

a Revista Business Portugal foi ao encontro de Miguel Albuquerque, presidente do

Governo Regional da Madeira, que defendeu o reforço da imagem da Madeira

como um destino turístico de excelência, no qual a qualidade de serviço e a oferta

diversificada, quer a nível cultural, ambiental, paisagística ou gastronómica, assumem

grande preponderância.

“A Madeira nunca será uma terra de turismo de massas, será uma terra que terá de

preservar o seu equilíbrio ecológico e patrimonial e ter um turismo que proporcione

rendimento aos empresários e à economia”, afirmou o líder do Governo Regional,

reiterando a importância da melhoria da qualidade e, por consequência a subida dos

proveitos hoteleiros, do RevPar e dos efeitos multiplicadores do turismo na economia.

Miguel Albuquerque salientou que se verifica um crescimento exponencial do turismo

em termos mundiais, um crescimento que a Madeira também tem vindo a sentir, a par

de uma grande mudança de paradigma. “O turismo madeirense tem vindo a beneficiar

de uma evolução no seu público-alvo, atraindo cada vez mais visitantes de diversas

faixas etárias e estratos sociais”.

Hoje, a Madeira é um destino de natureza, tranquilidade e segurança, bem-estar,

de riqueza patrimonial e urbana, cultura e lazer, mar e um destino verdadeiramente

hospitaleiro. As ofertas turísticas estão muito ligadas à natureza com segmentos muito

interessantes que vão desde o mergulho, montain bike, bodyboard, surf, trail, passeios

a pé, observação de aves, canyoning, escalada e parapente.

No plano cultural, a Madeira oferece excelentes museus como o Museu de Arte

Contemporânea na Casa das Mudas e um descentralizado calendário cultural, para que

os turistas possam circular na ilha e poder usufruir de um conjunto muito abrangente

e heterogéneo de ofertas.

Desenvolvimento sustentável

Miguel Albuquerque realçou que o grande objetivo do Governo Regional da Madeira

passa pela promoção do desenvolvimento sustentável da região, por isso deu nota do

projecto para a criação do Brava Valley. Assim se designará a área tecnológica que o

presidente do Governo Regional anunciou para a Ribeira Brava, evidenciando ainda que

serão criados incentivos fiscais para as empresas tecnológicas que decidirem investir

naquele concelho da ilha da Madeira, até porque na sua ótica “o posicionamento

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geográfico não é impeditivo para a Madeira exportar produtos competitivos”.

O líder do Governo Regional defendeu que a Região Autónoma tem que

encontrar caminhos para diversificar a economia e obter receita fiscal, porque tem

responsabilidades que paga através dos seus impostos, designadamente, “um Sistema

Regional de Saúde que custa mais de 336 milhões de euros por ano e um Sistema

Regional de Educação que custa mais de 340 milhões de euros por ano aos cofres da

Região Autónoma da Madeira”, disse.

E acrescentou que, neste momento, é impreterível garantir que todas as actividades

desenvolvidas são sustentáveis e bem enquadradas, no sentido de criar mais-valias

para a nossa economia, destacando o vinho da Madeira, lembrando que, uma das

empresas do sector, exporta 62 por cento da sua produção para o Japão, “um dos

mercados mais difíceis de penetrar”.

Miguel Albuquerque defendeu que a Madeira tem que apostar em áreas muito

concretas e o mar é sem dúvida uma delas: “Neste momento, estamos a avançar

em duas áreas que são marcantes ao nível do nosso país. Temos uma das principais

empresas de aquacultura que faz a exportação para o mercado continental. Dentro

de dois ou três anos, queremos alcançar uma produção de peixe de aquacultura no

mar na ordem das 3 mil toneladas. Por outro lado, o registo de navios tem crescido

exponencialmente e é o terceiro registo a nível europeu”, referiu, adiantando que é

necessário diversificar as actividades para além do turismo.

O caminho da renovação

Miguel Albuquerque está na liderança do Governo Regional há sensivelmente dez

meses. Na altura da sua candidatura defendia que eram necessárias políticas para

um tempo novo. Desde então, considera que muito mudou, a começar pelo clima

político, isto porque defende que governar democraticamente é decidir tendo presente

o interesse dos cidadãos num quadro de responsabilidade, transparência e confiança.

“A Região Autónoma da Madeira entrou num novo ciclo com a dignificação das

instituições políticas e representativas como símbolos qualitativos da autonomia. Este

novo relacionamento faz com que o poder executivo, mensalmente e sempre que

solicitado, preste contas da sua governação na Casa da Democracia, a Assembleia

Legislativa da Madeira”, advogou, acrescentando que há também um clima de

transparência nas contas públicas, até porque “nós publicamos trimestralmente a

evolução das contas da região”.

O líder do Governo Regional salientou ainda que houve uma mudança no clima de

relacionamento entre as instituições da região e as instituições do Estado, sendo que

foram estabelecidos pontes de diálogo para resolver um conjunto de problemas como

a aprovação do Centro Internacional de Negócios, a estruturação da dívida regional e

o desbloqueamento do Fundo de Coesão Social. Por outro lado, houve uma aposta

muito incisiva nas novas gerações, concentrando as políticas em áreas importantes

para a Região Autónoma como o turismo, as novas tecnologias, o ensino, a formação,

ou seja, áreas com verdadeiro potencial de crescimento e desenvolvimento.

Balanço positivo

Volvidos cerca de dez meses da sua tomada de posse como presidente do Governo

Regional da Madeira, Miguel Albuquerque traçou um balanço positivo da sua actuação e

das políticas e apostas que foram preconizadas, nas mais diversas áreas de intervenção.

Desde logo, o presidente do Governo Regional destacou a área do turismo, na qual

se deu a concentração de toda a promoção turística da região numa só entidade:

Associação de Promoção da Madeira, bem como a duplicação do orçamento afecto à

promoção da Madeira (8,4 milhões de euros), com o intuito de reforçar a notoriedade

miguel albuquerquePresidente

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do destino, e o reforço da promoção nos mercados estratégicos.

Miguel Albuquerque destacou também a realização da RFM Madeira Experience que

levou o que de melhor a Madeira tem ao Chiado, em Lisboa. Um evento que teve

grande sucesso e visibilidade, proporcionando aos mais curiosos algumas experiências

típicas da ilha, onde não faltaram as descidas nos carros de cesto, as flores e a

degustação de produtos tão emblemáticos como o bolo do caco, a fruta, a poncha e

o vinho da Madeira.

Paralelamente, a Festa do Vinho da Madeira, o Festival Colombo, a Madeira Nature

Festival e a Festa da Flor foram eventos que atraíram milhares de visitantes e que são

uma referência para a região.

“O Porto do Funchal encerrou o ano de 2015 com mais de 300 escalas e 500 mil

passageiros, os proveitos na hotelaria cresceram 10,6 por cento até Setembro, o

RevPar tem crescido consecutivamente e a Madeira foi considerado o melhor destino

insular do mundo”, salientou.

No plano económico, o Governo Regional lançou quatro sistemas de incentivos em

apenas seis meses e aprovou um sistema de certificação energética dos edifícios

e regulamentos de desempenho energético para habitação, comércio e serviços.

Por outro lado, aprovou o projecto Brava Valley e desenvolveu um quadro legal para

a criação de incentivos fiscais com vista à fixação de empresas tecnológicas e de

investigação na região. Miguel Albuquerque salientou ainda o desenvolvimento de

quatro oficinas do empreendedor pelo Centro de Empresas e Inovação da Madeira e a

aposta numa maior aproximação ao tecido empresarial.

Na esfera cultural, destaca-se a transferência do Museu de Arte Contemporânea da

Madeira para o Centro das Artes – Casa das Mudas, na Calheta, a reafectação do

espaço da Quinta Magnólia com um programa de requalificação, os festivais culturais

da Madeira que conquistaram mais público, afirmando a identidade cultural da região,

a transferência do Museu CR7 para a Praça do Mar e a celebração de três contratos-

programa, no valor de 138 mil euros para o apoio a instituições culturais.

No que concerne às políticas sociais, o Governo Regional encetou o combate à

pobreza, apoiando famílias desfavorecidas, num total de 13 milhões de euros,

desenvolveu o Programa de Emergência Alimentar através da celebração de 12

acordos de cooperação com diversas instituições, num total de 1,3 milhões de euros e

apoiou pessoas em situação de sem-abrigo através de um protocolo com a Associação

Protectora dos Pobres no valor de 500 mil euros. “No plano social, aprovamos

também o II Plano Regional Contra a Violência Doméstica 2015-2019, assegurámos

e apoiámos 61 instituições de solidariedade social através da celebração de 118

acordos de cooperação, reforçámos a comparticipação financeira às instituições

que asseguram o apoio domiciliário às populações mais idosas e dependentes e

garantimos a intervenção local através do financiamento das 39 Casas do Povo da

região”, destacou.

Miguel Albuquerque salientou ainda a promoção e gestão de 13 medidas activas de

emprego num investimento total de 18 milhões de euros, a implementação de novas

medidas de combate ao desemprego de longa duração, e a criação de 600 postos

de trabalho.

O financiamento das Associações de Bombeiros Voluntários da Região Autónoma da

Madeira através de contratos-programa no valor de 1,7 milhões de euros, a conclusão

do novo quartel dos Bombeiros Voluntários do Porto Santo, uma obra na ordem dos

2,5 milhões de euros, a aprovação do Plano Regional de Emergência de Proteção

Civil, a aquisição e manutenção de equipamentos das Associações Humanitárias de

Bombeiros Voluntários, Municipais e Delegação da Madeira da Cruz Vermelha, foram

outras das políticas perpetradas pelo Governo Regional no âmbito da Protecção Civil.

No que concerne à habitação, importa referir a recuperação e beneficiação dos

espaços exteriores do Bairro da Nazaré, o financiamento das obras de conservação e

requalificação de habitações degradadas de 50 famílias carenciadas, a promoção de

programas de subarrendamento e de apoio social a desempregados, a promoção do

mercado social de arrendamento e do programa Reabilitar para Arrendar – Habitação

Acessível.

No capítulo da educação, evidenciam-se a aprovação do regulamento de bolsas de

estudo para o ensino superior, a criação do Instituto para a Qualificação, a reorganização

da rede escolar, a atribuição de 5,6 milhões para a construção de uma nova Escola

Básica e Secundária do Porto Santo, o apoio de 25,8 milhões de euros para a rede

de estabelecimentos de ensino privado e intervenção no plano de recursos humanos

docentes.

Objetivos e projetos para o futuro

Para além de consolidar todas as áreas da economia, Miguel Albuquerque pretende

criar na Madeira uma retoma da economia. Para que isso aconteça, a aposta passa

pelo aproveitamento das grandes valências da Universidade da Madeira e do MITI

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para que a região se assuma como um centro de produção tecnológica intelectual

avançada. Simultaneamente, “queremos apostar em indústrias com capacidade

exportadora como o vinho da Madeira, a introdução das frutas tropicais como produto

gourmet e na indústria da aquacultura, aproveitando todos os apoios, porque neste

capítulo, o meu desiderato passa pela exportação de mais de três mil toneladas de

peixe, daqui a três anos”, avança o Presidente do Governo Regional.

Para a prossecução dos objetivos e projetos delineados, os fundos europeus do

Portugal 2020 assumem grande importância salientou Miguel Albuquerque, adiantando:

“Vamos aplicar cerca de 113 milhões de euros na revitalização empresarial, onde

se incluem alguns projectos muito interessantes que dizem respeito à revitalização e

reestruturação de unidades hoteleiras e o PRODERAM, onde temos 170 milhões de

euros para investir”.

Miguel Albuquerque defende ainda um modelo fiscal competitivo e eficiente, atraente

para os investidores e empreendedores que desenvolvam actividades que gerem

emprego, actividades de valor acrescentado e mais-valias para um crescimento

económico desejável”, explica, traçando como objectivo que as contribuições e

impostos dessas empresas fiquem na região.

“A nossa estrutura económica é diferente da do continente, muito devido à

descontinuidade territorial e à ultraperificidade”, sustenta o governante madeirense,

exemplificando: “Temos uma economia de serviços, assente no turismo e no Centro

Internacional de Negócios”.

A Madeira é um território insular, de pequena dimensão, e sem condições para criar

economias de escala. “Nunca poderemos apostar, por exemplo, na indústria pesada

como acontece nos territórios continentalizados”, observa, dizendo que o diagnóstico

“está feito” e um dos instrumentos que a região tem para a captação de investimento,

é a criação de uma “atratividade fiscal diferenciada”.

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A Associação de Promoção da Região Autónoma da Madeira tem como objetivo promover e divulgar o destino Madeira no exterior,

junto dos consumidores finais mas tambem junto do trade. A sua missão é criar oportunidades para os seus associados, com particular

incidência em novos e diferenciados fluxos turísticos, através do investimento em relações públicas, apoio a eventos, congressos e

incentivos, ações promocionais e parcerias.

Associação de Promoção da Região Autónoma da Madeira

uma marca e um destino que oferecem experiências únicas

Criada em 2004, a Associação de Promoção

da Região Autónoma da Madeira tem três

sócios fundadores: o Turismo de Portugal, o

Governo Regional da Madeira e a Associação

Comercial e Industrial do Funchal. Dos atuais cerca de

140 associado fazem parte hotéis, agências de viagem,

rent-a-car, organismos oficiais e empresas de animação

turística.

Até julho de 2015 esta associação apenas promovia o

destino Madeira nos mercados europeus. No entanto,

por decisão dos sócios fundadores, desde agosto de

2015, a associação passou a ser responsável pela

promoção em todos os mercados emissores para a

Madeira. De grosso modo, a sua esfera de ação passou

a incluir o importante mercado nacional, que ainda é o

terceiro maior mercado, mas também um conjunto de

outros mercados como o Brasil, Estados Unidos da

América, Rússia, Polónia, mercados emergentes, que

não estavam à sua responsabilidade.

De acordo com Roberto Santa Clara, diretor executivo,

é portanto uma associação em reorganização e a vinda

destes mercados, abrange também a responsabilidade

de toda a promoção, incluindo a promoção nas

redes sociais, a gestão das redes sociais do destino

e a participação em feiras. “A nossa participação em

feiras resumia-se aos mercados europeus enquanto

componente comercial, agora compete-nos toda a

organização da presença em feiras, o que implica uma

logística diferente e mais desafiante”, revela.

Por outro lado, esta é uma associação em crescimento,

isto porque com a alteração de competências surgiu

uma nova dotação orçamental, ou seja, em agosto de

2015, a associação passou de um orçamento anual

via orçamento retificativo de 4,2 milhões de euros para

8,4 milhões, ordem de grandeza que se mantem para

2016. Neste contexto, também a equipa de trabalho foi

reformulada, incluindo alguns funcionários da direção roberto santa claraDiretor Executivo

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Regional do Turismo. “Fizemos recrutamento seletivo no mercado, por isso hoje esta é

uma associação preparada para enfrentar os desafios, em crescimento e a qual tenho

o prazer de liderar”, destaca.

Roberto Santa Clara entende assume que tem o melhor trabalho do mundo, porque

compete-lhe gerir uma equipa cuja função é promover aquele que foi recentemente

nomeado como “O melhor destino insular do Mundo pela World Travel Awards, eu

faço-o com uma enorme alegria e prazer”, refere, acrescentando que se trata de uma

grande responsabilidade, isto porque os sócios fundadores (Governo Regional e ACIF)

decidiram que a associação era a entidade competente para fazer a promoção de

uma forma centralizada, concretizando assim um desejo antigo do trade madeirense.

“Existe uma estreita colaboração com a Direção Regional do Turismo, bem como com

o Turismo de Portugal”, explica.

Um projeto ambicioso

Roberto Santa Clara salienta que este é um projeto ambicioso, com apenas sete

meses, contudo mostra-se bastante satisfeito com os resultados, nomeadamente com

uma execução orçamental perto dos 100 por cento em 2015 , “o que significa que a

equipa fez de facto um esforço notável para o conseguir”.

Dos associados, a associação tem sentido um grande apoio e uma grande adesão

à forma como foi organizada a sua estrutura que assenta em três importantes áreas,

concretamente, o reforço da área comercial, ou seja, a associação está orientada numa

lógica de acompanhamento aos mercados, portanto tem accounts por mercado, o que

lhe permite um acompanhamento mais próximo no mercado. Por outro lado, foi criada

uma área de planeamento estratégico e gestão de performance que não existia, mas

que pretende ser um barómetro da atividade e um órgão pensador. De igual forma, foi

criada uma área de gestão de conteúdos. “Hoje em dia, estamos a fazer importantes

investimentos na área do digital, uma vertente que requer uma criação de conteúdos

permanente e uma rigorosa gestão de conteúdos”, evidencia. O director executivo

espera que, dentro de quatro a cinco meses, esta estrutura possa estar estabilizada e a

desenvolver um trabalho mais profícuo e estruturado para o futuro.

Reativar a marca Madeira

Uma das grandes linhas de orientação que serão reforçadas no plano de atividades

de 2016 tem como intuito reativar a marca Madeira. Na ótica de Roberto Santa Clara,

é urgente reativar a marca Madeira, posicionando-a como uma marca e como um

destino que oferece experiências únicas ao longo de todo o ano. “O conceito de ser

genuíno, de ser único, de ter um clima fantástico, que permite usufruir de experiências

e vivências 365 dias por ano é o que nós queremos explorar, isso só pode ser feito

com o reforço da marca Madeira”, ressalva o diretor executivo.

Fruto de circunstâncias passadas, não houve condições para que a marca Madeira

tivesse presente de forma muito ativa em vários mercados emissores, nomeadamente

no mercado nacional, onde a sua presença decaiu um pouco.

Para conseguir concretizar esta reativação da marca, Roberto Santa Clara entende que

é necessário trabalhar várias áreas, designadamente uma forte presença nas redes

sociais e na cooperação com a distribuição, quer seja ela através de companhias

aéreas, quer seja por operadores.

Por outro lado, é muito importante explorar alguns ativos dos quais a região é

detentora, por isso mesmo, a Associação de Promoção da Região Autónoma da

Madeira estabeleceu uma parceria com Cristiano Ronaldo, futebolista de renome

mundial oriundo do arquipélago, para que o jogador promova a região junto dos seus

seguidores. Esta parceria tem registado resultados únicos: “Cada post atinge cerca de

um milhão de visualizações. Nas primeiras três colocações, conseguimos atingir cerca

de 15 milhões de visualizações. É uma parceria que muito nos honra e que temos

vindo a trabalhar”, refere.

Ainda na lógica de reposicionar a marca, o diretor executivo da associação entende

ser essencial reequacionar os promotores de venda para o destino, daí a importância

da grande aposta preconizada em ações que têm a ver com programas educacionais

para o destino Madeira, quer seja junto dos agentes de viagens, junto dos call centers

das companhias. “Ter a marca Madeira no top of mind, quer do consumidor final, quer

dos intermediários, quer do sector é um vetor que vamos trabalhar muito durante 2015

e 2016”, revela.

Um destino de eleição e excelência

O conjunto de oferta que a Madeira tem para oferecer, desde logo a natureza e mar,

o binómio mais conhecido, mas que se complementa de uma excelente forma com

a gastronomia, cultura, e com um conjunto de microprodutos fazem da Madeira um

destino único.

Se pensarmos que a Madeira está em média a três horas do centro da Europa e que

tem desde logo um caracter de proximidade ao mercado de emissores, que é uma

vantagem competitiva. Ao pensarmos que é um destino que pode ser usufruído ao

longo do ano inteiro, o que constitui um fator relevante para companhias aéreas e

operadores que ao colocarem as suas operações em marcha percebem que aqui têm

ocupação para as suas aeronaves o ano inteiro. Se juntarmos a isso os microclimas, à

oferta do mar e da natureza e a própria diversidade de micro-produtos é impressionante

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a constante renovação de atividades turísticas que têm aparecido na região, quer sejam

ligadas ao mar, cannoying, birdwatching, ou seja, “um conjunto de oferta que felizmente

que proporciona desde um short break ao mercado nacional de 3 ou 4 dias a estadias

mais longas para o norte da Europa”.

Crescimento assinalável

À semelhança de todo o sector no mercado nacional, a região tem registado um ano

muito bom, tudo aponta para que 2015 venha a ser o melhor ano de sempre do

turismo na Madeira. “Estamos a crescer cerca de 5,6 em hóspedes, 4, 8 por cento em

dormidas, e ainda mais importante, cerca de 8 por cento em proveitos totais do sector.

Neste momento, temos uma taxa de ocupação de camas na ordem dos 66 por cento,

a mais alta do país. O revpar (revenue per available room), ou seja, receita por quarto

disponível cresce acima de 10 por cento. Era uma ambição antiga do sector, mais do

que crescer em volume, crescer em valor e felizmente este ano temos conjugado esse

crescimento.”

Objetivos e projetos para o futuro

Questionado acerca da forma como gostaria de ver a associação, Roberto Santa

Clara gostava de consolidar este projeto de fusão de toda a promoção da Madeira

e que os associados revissem na associação um importante instrumento para o

desenvolvimento para o seu negócio. Por outro lado, pretende que a Madeira possa

potenciar de forma estrutural as suas oportunidades para garantir um crescimento

sustentado nos próximos cinco ou dez anos, sendo certo que um micro destino como

este terá sempre flutuações na sua performance.

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A par do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na Madeira, o diretor executivo

gostava que a associação contribuísse para a redução da sazonalidade no Porto Santo.

“No verão, o Porto Santo apresenta uma panóplia de operações que já vão desde Itália,

França, Alemanha, Reino Unido e achamos que progressivamente existem condições

para reduzir a sazonalidade do Porto Santo, ocupando os shoulders, contribuindo para

o aparecimento de operações de inverno. Pela primeira vez, este inverno, vamos ter

duas operações da Escandinávia no Porto Santo, o que representa uma inovação

importante para a dinamização económica”, esclarece.

Por último, Roberto Santa Clara gostava também que, nos próximos anos, a associação

desenvolvesse um trabalho de algum reposicionamento da Madeira enquanto um

destino de glamour, inspiracional. “Gostava de criar condições para que a Madeira

recuperasse o posicionamento único, em termos de destino inspiracional, através do

qual o incremento dos proveitos do sector crescesse sustentadamente”.

No que concerne a objetivos a curto prazo, o diretor executivo da associação salienta

a recuperação do mercado nacional, a criação de condições para consolidar a marca

Madeira e trabalhar a médio prazo, pensando mais além. “Gostava que esta passagem

que promoção nos permitisse, dentro de um ano apresentar uma proposta de valor em

termos de comunicação e trabalhar numa unificação da imagem da Madeira”, revela.

A finalizar, Roberto Santa Clara evidenciou “por outro lado, outro grande desafio é

começar a medir o retorno dos nossos investimentos, daí termos criado uma área de

gestão de performance, para ter uma real noção do custo benefício de cada ação que

levamos ao mercado”, remata Roberto Santa Clara.

O MELHOR DESTINO INSULAR DO MUNDO

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REVISTA BUSINESS PORTUGALALTO MINHO

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o al

to m

inho

O Alto Minho, conhecido pela beleza das suas paisagens, tem sido

um dos destinos turísticos de eleição em Portugal nos últimos

anos. Aliados à beleza paisagística e à tradição de bem receber,

estão inúmeros municípios distribuídos pelos concelhos que

integram a zona minhota, e que fazem desta região um lugar único.

Todo o território merece uma visita, desde patrimónios históricos às

inúmeras actividades que o Alto Minho tem para oferecer.

Se for adepto da adrenalina e da diversão, pode disfrutar de actividades

como BTT, slide, rapel, escalada, paintball, kart cross, entre outras. Tudo

usufruindo sempre do património natural e cultural desta região.

O Alto Minho é sem dúvida o espaço ideal para relaxar, e nada melhor

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REVISTA BUSINESS PORTUGALALTO MINHO

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do que as Águas Termais de Monção, onde pode desfrutar de momentos

únicos com vista para o rio Minho.

Outra atração turística é o coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês

em Ponte da Barca. Tendo sido considerado uma reserva natural, é Hoje

um destino de eleição que tem apaixonado quem por lá passa, não só

pelas belíssimas paisagens mas também pela gastronomia.

Concelhos como Viana do Castelo, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Vila

Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Monção, dão-se cada vez mais a

conhecer e existem centenas de actividades e de municípios culturais que

merecem uma visita!

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Viana do Castelo é a cidade atlântica mais a norte de Portugal. A presença de rio, monte e mar tornam Viana do Castelo uma cidade

munida de uma paisagem invulgar, única e de excelência.

Município de viana do castelo

a cidade náutica

Viana do Castelo é a cidade atlântica mais a norte de Portugal. Para quem não

conhece Viana do Castelo, que características advêm desta localização e que

fazem desta uma cidade única no país?

A nossa cidade foi de facto abençoada pela natureza que lhe colocou aos pés o

oceano atlântico, à cabeceira o monte de Santa Luzia e no regaço o rio Lima. Esta

configuração aconchegou, ao longo dos séculos, um centro histórico único que foi

crescendo em direção a norte e a nascente atá à atualidade com um grande equilíbrio.

A presença de rio, monte e mar tornam Viana do Castelo uma cidade munida

de uma paisagem invulgar, única e de excelência. Estamos a falar de uma

verdadeira ‘Cidade náutica’?

Desde a sua fundação, o Município de Viana do Castelo esteve ligado à pesca, à

construção naval, ao comércio com o norte da Europa e do Brasil e, mais recentemente,

aos desportos náuticos. Podemos afirmar que Viana do Castelo tem o seu ritmo de

desenvolvimento acertado pela importância do seu porto de mar e das atividades

ligadas à economia do mar. Nestes últimos anos, aprofundamos esta temática com

o projeto do centro de mar que é hoje uma referência nacional no domínio da

democratização dos desportos náuticos nas escolas.

No que concerne ao turismo, que lugares são de passagem obrigatória em

Viana do Castelo?

O monte de Santa Luzia é, sem dúvida, o seu local mais icónico, seguindo-se a Praça

da República, o centro histórico e o vasto conjunto monumental da arquitetura moderna

com a presença de obras de Siza Vieira, Fernando Távora, Souto Moura, Carrilho da

Graça, Paula Santos, etc. Mas não podemos esquecer o navio museu Gil Eannes e o

fabuloso Museu do Traje com a exuberância da cor e alegria do traje à vianesa.josé maria costaPresidente

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Falemos agora um pouco de um dos pontos mais fortes de Viana, o mar. O

Centro de Mar, a funcionar no Navio Gil Eannes há cerca de um ano é uma

forte aposta do Município, que conta já com 50 mil visitas. Como tem corrido

esta aposta?

Foi uma aposta ganha pela comunidade vianense que, há 18 anos, se uniu para

comprar da sucata um navio que tinha uma história com a alma marinheira e que muito

dizia à cidade pelo apoio à frota bacalhoeira e pela tradição e saber da construção

naval de Viana do Castelo. Hoje, o navio está quase recuperado na totalidade e

musealizado, prestando um inestimável serviço à cultura costeira e à memória dos

bravos pescadores. A Fundação que gere o navio orgulha-se hoje de ser um dos

museus mais visitados do país e em especial por estrangeiros.

O Centro de Mar e o projeto ‘Náutica nas Escolas’ foram distinguidas com

o Prémio Athletice Mare 2015, uma das categorias dos Prémios Excellens

Mares. Qual o significado deste galardão para o Município?

Foi muito gratificante pois é o reconhecimento do que uma grande equipa municipal,

apoiada pelos clubes náuticos e pelos agrupamentos escolares, está a fazer para uma

nova abordagem dos jovens aos temas do mar. Temos cerca de 2000 alunos a praticar

desportos como a vela, remo, canoagem e surf integrados nos curriculuns escolares.

Este prémio é um estímulo a continuarmos a trabalhar com mais afinco nesta área.

A propósito do mesmo, gostaria que nos falasse um pouco sobre este projecto

que tem decorrido nas escolas de Viana do Castelo.

Este trabalho com as escolas foi inspirado numa visita que efetuamos à cidade francesa

de Brest, depois de termos sido apoiados na conceção desta ideia do Centro de

Mar pela equipa da SAER, liderada pelo saudoso Prof. Dr. Hernâni Lopes. Depois

envolvemos os clubes náuticos que, com o seu entusiasmo, nos apoiaram a desafiar

também as escolas do concelho. Hoje temos uma aposta sustentada de trabalho com

um grande envolvimento e entusiasmo das nossas escolas.

O mar tem uma forte importância, nomeadamente na economia local? É

possível falarmos de ‘Economia do Mar’?

É possível e já está a dar frutos em Viana do Castelo, com empresas ligadas ao setor do

turismo náutico que estão a desenvolver diversos projetos, com empresários a iniciar

novos empreendimentos turísticos associados ao mar e a grande adesão de provas

internacionais e nacionais ligadas ao remo, vela, surf, canoagem, bodyboard. Viana do

Castelo é, neste momento, uma cidade atlântica, o que muito nos satisfaz. Para além

destas atividades ainda temos construção e reparação naval e pescas como atividades

relevantes na nossa economia local.

ALTO MINHO

Page 20: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Daí que nasça também uma aposta nos desportos náuticos, correcto? De

que desportos estamos a falar? Como tem sido a aceitação por parte dos

praticantes?

A nossa aposta tem sido essencialmente na vela, remo, canoagem e surf, que tem mais

tradição pelo excelente trabalho que os clubes têm desenvolvido ao longo das últimas

dezenas de anos. Construímos novos centros náuticos, melhorando as condições de

formação e de apoio ao projeto da náutica das escolas. Esta aposta tem resultado num

crescente aumento de praticantes e de pais que se vão associando a estes projetos.

A par desta aposta terá lugar em Viana do Castelo o WRSC & IRSC 2016. O que

representa para a cidade receber esta prova mundial?

Representa o reconhecimento das Federações Nacionais e Internacionais da

capacidade organizativa das instituições da cidade e uma oportunidade para darmos a

conhecer a centenas de praticantes de outras partes do globo as nossas instalações e

a beleza da nossa cidade. Estou certo que este trabalho dará frutos nas novas gerações

de atletas das nossas escolas.

Estão projectados outros eventos de referência?

Gostaríamos de concluir o projeto da Marina Atlântica que é um dos pilares do centro

de mar. Estamos a trabalhar para isso com a administração portuária e acredito

que vamos conseguir brevemente consolidar esta aposta. Viana do Castelo tem

condições fabulosas para acolher embarcações e tem serviços de apoio que podem

complementar esta aposta.

Podemos afirmar que Viana do Castelo é parte integrante do Cluster do Mar

nacional?

Penso que esse reconhecimento tem sido feito com a contínua forma como temos

sido distinguidos por diversas entidades públicas e associativas.

Mas nem só de mar vive Viana do Castelo. A par do investimento empresarial,

que programas têm sido levados a cabo pelo Executivo para a promoção à

implementação de novas empresas?

O acolhimento empresarial e a aposta na economia e emprego tem sido uma constante

deste executivo. Fruto do trabalho persistente, temos acolhido novos investimentos

industriais e muitas empresas internacionais sediadas no concelho têm ampliado as

suas instalações, o que muito nos orgulha. Temos exemplos disso mesmo, desde o

cluster eólico ao setor automóvel.

Como têm sido aceites estes incentivos?

A política de incentivos do município tem sido bem aceite e os empresários verificam

que há um bom ambiente favorável à instalação de empresas. Temos sido referenciados

por muitos empresários como um bom exemplo no apoio à instalação industrial.

E no que diz respeito à reabilitação urbana da cidade?

A reabilitação urbana iniciou-se de uma forma mais coerente na cidade em 2013 com

um conjunto de iniciativas como a constituição de uma Área de Reabilitação Urbana e

um projeto de parceria com a CIP e AEVC denominada “Fazer acontecer a regeneração

urbana”. Estes projetos motivaram proprietários e investidores, que têm apostado neste

setor de atividade de forma crescente.

Por onde passa o futuro de Viana do Castelo em Portugal e além-mar?

O futuro passa pela qualificação dos nossos recursos humanos, o recurso mais valioso

que temos, e pela continuidade das nossas políticas públicas de apoio aos setores em

que temos mais competências e conhecimento.

Casa Manuel Espregueira e Oliveira

vila rosa

ALTO MINHO

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Situado nas margens do rio Lima e com mais de metade do seu território no coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, Ponte da

Barca é um concelho de referência, no distrito de Viana do Castelo. A cumprir o seu último mandato, o presidente da Câmara Municipal,

António Vassalo Abreu, esteve à conversa com a Revista Business Portugal, onde falou sobre as suas gentes e sobre as perspetivas

futuras deste “concelho fantástico, com cor, sabor e tradição”.

Câmara Municipal de Ponte da Barca

Um paraíso no coração do Alto Minho

Ponte da Barca é paisagem, património, natureza e gastronomia. Visitar Ponte

da Barca é estar em contacto com a história, um património incomensurável,

respirar cultura e deixar-se fascinar pelos encantos naturais que exuberam

numa região que é considerada o coração do território do Parque Nacional

da Peneda-Gerês, considerado pela UNESCO Reserva Natural da Biosfera. É um dos

cinco municípios com esta distinção e este pequeno, grande pormenor por si diferencia

Ponte da Barca”, começa por explicar António Vassalo Abreu, líder do executivo

municipal de Ponte da Barca há três mandatos consecutivos.

Com uma localização geográfica ímpar, (a 50 minutos dos aeroportos do Porto e de

Vigo, a 40 minutos da Estação do TGV em Celanova, na Galiza,) aliada a todo um

património arquitetónico rico, o concelho possui outras características únicas, como

a gastronomia, a qualidade do turismo de habitação ou o artesanato, como destaca

António Vassalo Abreu.

Para o autarca, Ponte da Barca é realmente um concelho que tem tudo, salientando

as excelentes condições para quem gosta de fazer caminhadas, aproveitando para dar

a conhecer o 12 x Ponte da Barca, um programa de trilhos pedestres interpretativos

do território, que pretende sensibilizar os participantes para a necessidade de proteger António Vassalo abreuPresidente

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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e valorizar o património cultural, histórico e natural. “O próprio município organiza

caminhadas, uma vez por mês, em 12 trilhos diferentes”, destaca o edil, lembrado

ainda a excelência da ciclovia e ecovia nas margens do rio Lima.

“Para além do Parque Nacional Peneda Gerês, das albufeiras de Touvedo e do Lindoso,

temos um excelente património arquitetónico e histórico, como a zona histórica da

vila, a igreja românica de Bravães, cujo portal é um dos principais a nível nacional,

os Mosteiros Românicos de S. Martinho de Crasto e de Vila Nova de Muia, o velho

castelo roqueiro afonsino no Lindoso, reconstruído por D. Dinis, em 1278, a ponte

romana do rio Vade, as gravuras rupestres da Serra Amarela, tudo pontos obrigatórios

de paragem”, por isso há mil e um motivos para visitar Ponte da Barca.

Turismo: uma alavanca para a região

Para este que é o seu terceiro mandato à frente dos destinos de Ponte da Barca,

António Vassalo Abreu assumiu como prioridade alavancar a região como destino

turístico por excelência. Ciente de que a componente turística tem vindo a afirmar-se

como uma das principais fontes de riqueza e um vetor estratégico de desenvolvimento

socioeconómico, o autarca barquense entende que as excelentes condições existem,

mas é incontornável potenciá-las, e é esse trabalho que tem vindo a encetar de uma

forma constante.

Com uma vasta panóplia de excelentes casas de turismo rural e de habitação, o

turismo tem dinamizado a economia local e tem colocado grande foco na região,

cujo investimento em infraestruturas hoteleiras tem sido notável. “Nos últimos dois

anos, foram licenciadas cerca de 50 casas de turismo rural e de habitação, dois hotéis

quatro estrelas e outro que será inaugurado em maio”, advogou António Vassalo

Abreu, salientando ainda o Parque de Campismo de Entre Ambos-os-Rios, que foi

recentemente considerado o segundo melhor parque de campismo da Europa.

Sabores e saberes de Ponte da Barca

Um dos motivos para uma visita obrigatória a Ponte da Barca é, sem dúvida, a

riqueza da sua gastronomia, daí que a Câmara Municipal promova seis domingos

gastronómicos durante o ano. “Em fevereiro será o cozido à portuguesa, março será

dedicado à lampreia, em abril à posta barrosã, em julho teremos o cabrito à Serra

Amarela, em outubro faremos um novo prato que é o Naco à Terras da Nóbrega,

uma iguaria pensada em parceria com a Associação Portuguesa de Hotelaria e alguns

cozinheiros de Ponte da Barca, e por último, em novembro será o Sarrabulho”, destaca

o autarca, lembrando que também a doçaria regional faz as delícias dos visitantes,

desde as rabanadas de mel ao afamado bolo de mel e o bolo Magalhães, fazendo

alusão ao filho da terra Fernão Magalhães.

Ponte da Barca é também um equilíbrio entre tradição e contemporaneidade. E se

falarmos de tradição, não podemos esquecer a realização do Pai Velho, no Lindoso,

um dos três resistentes entrudos do nosso país. “Uma tradição que tem vindo a ser

mantida com muito esforço pelas associações, ficando desde já o convite para uma

visita”, apelou, destacando ainda a hospitalidade e o saber receber das gentes de

Ponte da Barca.

Dinâmica autárquica em Ponte da Barca

À frente dos destinos de Ponte da Barca desde 2005, António Vassalo Abreu considera

que o balanço do trabalho desenvolvido deverá ser feito pelos barquenses,.No entanto,

não deixa de dizer que está de consciência tranquila quanto às políticas implementadas

e às apostas preconizadas. “Penso que dei o meu melhor e que Ponte da Barca está

melhor. Costumo dizer que o slogan antes da minha vinda para a Câmara Municipal

era “um paraíso escondido” e o que eu fiz foi tentar mostra-lo a toda a gente. O atual

slogan é “Paixão pela Natureza” que é onde está a nossa grande riqueza”, revelou.

Ainda assim, o edil não se escusou a dizer que os últimos anos foram extremamente

difíceis para as autarquias: “O anterior governo foi mau demais para o poder local, basta

olhar para o atual quadro comunitário para se ver que o poder local foi abandonado”,

lamenta, salientando que, apesar disso, muito trabalho foi desenvolvido em Ponte da

Barca.

A intervenção do Município contemplou as acessibilidades, o apoio à infância e terceira

idade, a construção de três novos centros escolares, equipamentos desportivos,

nomeadamente, um estádio relvado. A par disso foi edificado o Centro Interpretativo

Fernão Magalhães, a primeira loja interativa de turismo do Minho e a única loja do

cidadão do distrito de Viana do Castelo. “Temos uma biblioteca municipal e uma casa

da cultura excelentes, um quartel da GNR novo, criámos as portas do Parque Nacional

Peneda-Gerês e procedemos à recuperação do Castelo do Lindoso incluindo um

núcleo expositivo permanente”, sublinha.

António Vassalo Abreu em discurso direto

“Ponte da Barca tem sido prejudicada ao longo dos anos em mais de 1,5 milhões de

euros por ano nas transferências do Estado. Por incrível que pareça quando foi feito o

último estudo para a designação dos territórios com baixa densidade, Ponte da Barca

não estava incluído, porque nesta região produz-se 6,5 por cento da energia hídrica

do país. Espero que este governo venha a rever esta situação, porque com mais 1,5

milhões de euros por ano, só a aproveitar os fundos comunitários, imagine-se o que

não poderia ter sido feito em Ponte da Barca”.

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA

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Em pleno coração do Minho, a beleza castiça e peculiar da vila mais antiga de Portugal esconde raízes profundas e lendas ancestrais. A

Revista Business Portugal esteve à conversa com Victor Mendes, o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

Município de Ponte de Lima

Ponte de Lima ConVida

Tecido Empresarial

Quando questionado sobre que estratégias estão a ser implementadas e quais os

apoios que o município tem usado para desenvolver o tecido empresarial da região,

Victor Mendes expõe que “Ponte de Lima tem vindo a adotar, de há uns largos anos

a esta parte, uma estratégia de desenvolvimento que assenta na valorização dos seus

recursos endógenos” e que, “os resultados têm sido excecionais”.

A forte aposta de Ponte de Lima, vai de encontro aos “setores tradicionais, o respeito

pela indústria extrativa local, como por exemplo, o granito, o acolhimento empresarial

ciente das dificuldades e necessidades do tecido empresarial, o estímulo aos setores

mais inovadores e tecnologicamente mais avançados e a aposta nas empresas mais

ecológicas são algumas das linhas orientadoras de crescimento económico”, salienta

o presidente da Câmara.

O desenvolvimento socioeconómico comprovado ao longo dos últimos anos afeiçoou

em grande parte o tecido empresarial e social, como sendo o principal motor de

subsistência dos limarenses. Ponte de Lima é, na atualidade, um concelho voltado

para o futuro, não descurando as suas raízes patrimoniais, culturais, arquitetónicas e

ambientais, e assenta numa estratégia de aproveitamento das suas potencialidades.

Apoio Social

Victor Mendes salienta o apoio social como um aspeto de grande importância para

o seu município, visto que todos os dias, tentam responder às carências específicas

dos grupos populacionais mais vulneráveis ou em situação de risco. Nesse sentido, o

serviço de ação social desenvolve uma estratégia dirigida à articulação e mobilização

de toda a população e das instituições, com o objetivo de erradicar a pobreza e a

exclusão social, promovendo assim, o desenvolvimento social da região de Ponte de

Lima.

As áreas de intervenção que Victor Mendes mais dá relevância são “a Habitação

Social, o Projeto Ponte Amiga, a Rede Social, a participação no Núcleo Executivo

do Rendimento Social de Inserção, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, a Victor MendesPresidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA

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prevenção das toxicodependências e o apoio aos cidadãos com deficiência”.

Património e Cultura

A aposta na defesa do meio ambiente por parte do município de Ponte de Lima alia-se

com o ambiente rural e com a beleza natural, dádivas que esta região continua a querer

preservar de uma forma sustentada.

O concelho de Ponte de Lima reúne todas as condições de ruralidade e ambiente

circundante que o “transformam num local paradisíaco para os turistas que procuram

uma forma diferente de passar as suas férias, num constante contacto com a natureza,

com as gentes e com o meio rural de que tanto nos orgulhamos”, salienta o presidente

da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

Sobre este tema, importa referir que, no âmbito do Prémio Europeu de Turismo e

Ambiente, o município de Ponte de Lima foi incluído na lista dos oito melhores destinos

europeus, o que certamente deixa Portugal e principalmente os limarenses orgulhosos,

no sentido de captar a atenção sobre o património nacional para além-fronteiras. O

que por sua vez, envolve mais investimentos, movimentando toda a economia local

e nacional.

Este concelho é especialmente rico em tradições, lendas, estórias e essencialmente de

história, sendo que se denota facilmente através das associações culturais, os grupos

etnográficos, as bandas de música, os grupos de folclore, o artesanato, as romarias, a

gastronomia, bem como noutras áreas, tais como, a pintura, a escultura, a literatura e

o design, obtendo um leque muito basto no sentido da produção cultural, que importa

cada vez divulgar e sobretudo preservar.

Educação e Desporto

No concelho de Ponte de Lima, a educação é uma das maiores apostas do município,

asseverando no desenvolvimento da população, particularmente das crianças e jovens

do concelho, “visto serem eles o futuro do município”, salienta Victor Mendes.

A Câmara Municipal de Ponte de Lima tem investido também no auxílio às famílias

mais carenciadas, apoiando-as na alimentação, nos livros e no material escolar.

É ainda de destacar que o leque de estruturas de ensino que o concelho reúne vai

desde o pré-escolar até ao ensino superior, passando também a oferta formativa pelo

ensino profissional.

Ao nível do ensino superior, a ênfase vai para a Escola Superior Agrária de Ponte de

Lima do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, para a extensão de Ponte de Lima da

Universidade Fernando Pessoa e para a Universidade Aberta, através do CLA - Centro

Local de Aprendizagem de Ponte de Lima.

O desporto é também um foco importante para Ponte de Lima, destacando-se os

vários polidesportivos ao ar livre, que possibilitam a prática de exercício físico.

A qualidade do futebol das equipas de competição, bem como dos escalões de

formação também saíram favorecidas, visto que “os relvados sintéticos vieram melhorar

a qualidade desta prática desportiva”.

As áreas cobertas, como os pavilhões, permitem “uma excelente cobertura em

determinados pontos da área de abrangência dos centros educativos, onde é possível

a prática de andebol, basquetebol, voleibol, hóquei em patins, karaté, judo, kung-fu ou

ballet”, revela Victor Mendes.

Em Ponte de Lima é possível também encontrar piscinas ao ar livre, assim como

piscinas cobertas, sendo as últimas procuradas para a aprendizagem da natação.

Ligado às atividades de contacto com a natureza “não esquecemos a oferta do golfe,

das ecovias, dos trilhos pedestres e da canoagem”.

Turismo

Ponte de Lima é riquíssima em Turismo de Habitação, da casta Loureiro que distingue

o vinho verde e do arroz de sarrabulho, soberbamente apreciado em todos os lugares

do mundo.

Dignos de registo são também a Área de Paisagem Protegida, o Festival Internacional

de Jardins, a Feira do Cavalo ou mesmo o Caminho Português de Santiago, “como

polos de atração turística cada vez mais virados para o estrangeiro”.

Do variado programa Ponte de Lima ConVida realizam-se na Expolima os seguintes

eventos: Concurso de Saltos Internacional, Festa do Vinho Verde e dos Produtos

Regionais, Feira do Cavalo, Feira de Caça, Pesca e Lazer, Feira do Livro, 84º Encontro

Internacional da F.I.C.C. – Ponte de Lima, Campeonato do Mundo de Horseball, Feira

dos Petiscos e do Artesanato e as Feiras Novas.

Para além disso, Ponte de Lima aposta fortemente no Turismo Natural sendo também

reconhecida “como a vila mais florida de Portugal”. O respeito e a manutenção dos

espaços verdes reflete-se na harmonia que os caracteriza. Na vila e arredores, existe

um conjunto notável de jardins que convidam a longos passeios, à descoberta de

paisagens encantadoras e o esplendor de respirar o ar mais puro da região, um fator

essencial para a preservação da vida.

Para o futuro, Victor Mendes mantém, sobretudo, “o desejo de colocar Ponte de Lima

no mapa”, motivando assim, a expansão e dinamização da vila, da região do Alto

Minho e naturalmente, de todo o território nacional.

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Imóvel classificado no âmbito do Património Cultural e com estatuto de Imóvel de Interesse Público, o Castelo de Cerveira e as suas

edificações há muito que aguardam por uma dinâmica digna, incansavelmente solicitada ao Estado pelos executivos e população local,

de forma a evitar uma progressiva degradação e a perda de uma parte da nossa história.

MUNICÍPIO DE VILA NOVA DE CERVEIRA

O ABANDONO DA POUSADA D.DINIS E DO CASTELO DE CERVEIRA

Um grande símbolo da época medieval ergue-

se junto ao rio Minho, em Vila Nova de

Cerveira, demarcando um novo paradigma na

história dos cerveirenses e, sobretudo, da sua

identidade. Datado do século XIV, o Castelo de Cerveira

é, atualmente, um dos ex-libris mais visitados por

turistas que se deixam encantar pela sua particularidade

arquitetónica e pela beleza da paisagem que dele se

desfruta.

No entanto, esta estrutura defensiva é revestida de uma

história presente algo intermitente. Estávamos no final

da década de 70, quando as edificações do seu interior

foram adquiridas pelo Estado junto de particulares e

da autarquia, transformando-as numa Pousada de

conceito histórico. Sob gestão da Pousadas de Portugal

e, posteriormente, concessionada ao Grupo Pestana, a

Pousada, constituída por restaurante, bar e 29 quartos,

era muito requisitada.

Por uma razão estrategicamente empresarial, em 2008,

o Grupo Pestana abandona a exploração e devolve

aquela infraestrutura ao seu proprietário, o Estado.

Atualmente, e volvidos quase oito anos, o impasse

fernando nogueiraPresidente

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

27

mantém-se, apesar das inúmeras diligências encetadas

pelos executivos cerveirenses junto da Direção-Geral do

Tesouro e das Finanças para uma resolução urgente.

A beleza e a história estão a dar lugar à degradação do

Castelo e das suas muralhas, e a atos de vandalismo que

têm delapidado o que resta do seu recheio. A autarquia

mantém-se empenhada no sentido de sensibilizar a

tutela para uma rápida solução em prol da salvaguarda e

valorização deste precioso património.

É imperioso atribuir uma perspetiva de futuro a

elementos do passado que não podem ser esquecidos.

O Castelo tem de ser devolvido à economia local e aos

Cerveirenses para lhe ser conferido o esplendor e a

dignidade que merece, para que este vestuto símbolo da

identidade local integre o roteiro que Cerveira, ‘Vila das

Artes’ tem para oferecer aos milhares que nos visitam.

Apesar destes constrangimentos de âmbito burocrático,

o município tem desenvolvido os todos esforços

necessários para dotar aquele espaço de condições de

limpeza e de segurança para se consolidar como ponto

de visita obrigatória. Venha vi(m)ver Cerveira!

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

28

MUNICÍPIO DE monção

onde vale a pena viver e investir

Gostaríamos que o presidente Augusto Domingues

fizesse uma breve contextualização da conjuntura

socioeconómica atual do concelho.

O concelho de Monção situa-se no noroeste peninsular,

sendo presentemente um dos centros urbanos com

maior relevância na relação entre a Galiza e a Região

Norte, assumindo-se como um espaço de crescimento

demográfico e económico. O nosso relacionamento

com a Galiza, que vem de tempos muito recuados,

tem sido fulcral no desenvolvimento da nossa terra.

A presença de nuestros hermanos é fundamental nos

negócios, na dinamização da hotelaria e comércio e

na criação de emprego. Sentimos um claro interesse

dos empresários em conhecerem melhor o nosso

concelho e concretizarem investimentos estruturantes.

Estão presentes empresas conhecidas a nível nacional

e internacional. Algo impensável há alguns anos.

Trabalhamos para dar qualidade de vida às populações

e contrariar alguns indicadores menos positivos como

o índice de envelhecimento. Estamos otimistas quanto

ao futuro. Estudos confirmam essa realidade e os

monçanenses sentem, todos os dias, a dinâmica de

centralidade que o nosso município vai ganhando.

Quais são os principais setores de atividade de

Monção?

Durante décadas, Monção viveu do comércio e

agricultura com particular destaque para a produção

de vinho Alvarinho. Também do contrabando que viria

a ‘apagar-se’ com a abertura das fronteiras. Nos últimos

anos, assistiu-se à expansão urbanística do casco

urbano e ao desenvolvimento empresarial, através da

fixação de empresas no Pólo Empresarial da Lagoa,

que permitiu atrair mais pessoas ao nosso concelho.

Paralelamente, Monção focou-se na promoção do vinho

Alvarinho e abriu-se ao turismo com investimentos

públicos da autarquia e apostas fortes dos privados.

Criamos espaços culturais e recreativos, melhoramos as

nossas zonas ribeirinhas e incentivamos a componente

turística ligada ao ambiente. A Ecopista do Rio Minho

e os percursos pedestres são dois exemplos. Os

privados, sempre presentes, acompanharam o esforço

da autarquia com a abertura de espaços comerciais

diferenciadores, novas unidades de hotelaria e apostas

consolidadas no turismo rural. Crescemos imenso na

oferta de alojamento e restauração. Queremos manter

esse ritmo, continuando a seduzir os empresários

porque temos consciência que o emprego é vital numa

sociedade.

Atualmente, que estratégias estão a ser

implementadas e quais os apoios que o município

tem usado para desenvolver o tecido empresarial

da região?

A fixação de incentivos para atrair empresários e para

manter a população no seu local de origem, garantindo-

lhe qualidade de vida, bem-estar e empregabilidade, é

um argumento de peso na estratégia de desenvolvimento

promovida pelo município. Temos dito que Monção é

um concelho barato para quem reside e para quem

quer investir. Aponto quatro exemplos de atratividade

empresarial: proximidade à Galiza, nomeadamente ao

aeroporto e porto de mar de Vigo, comercialização de

lotes a preços favoráveis, taxas, licenças e tarifas em

valores reduzidos, e ausência de derrama às empresas.

Realço ainda a valorização do Pólo Empresarial da

Lagoa através da instalação da rede de fibra ótica e

pórtico identificativo na principal entrada do parque e

a construção do Minho Park Monção, investimento

participado pela Associação Industrial do Minho (90 por

cento) e pela Câmara Municipal de Monção (10 por

cento), o maior de sempre na região do Vale do Minho

e o segundo no distrito de Viana do Castelo depois da

‘Enercon’.

Qual o número de habitantes do concelho e de

que forma é que o município tem promovido a

fixação da população para o seu município? Quais

os apoios prestados à população mais carenciada

(idosos e desempregados)?

De acordo com os Censos 2011, residem em Monção

19.179 pessoas, das quais 8.693 são homens e 2.482

são menores de 18 anos. Nos Censos de 2011, foram

ainda contabilizadas 7.483 famílias, 13.338 alojamentos

e 11.718 edifícios. Somos o concelho mais populoso

do Vale do Minho e o quarto do distrito de Viana do

Castelo. A fixação da população é um desafio mas

penso que as medidas implementadas têm permitido

minimizar essa realidade vigente nas localidades do

interior. O emprego. Sempre o emprego. Objetivo

número um: criar condições para os empresários se

instalarem. Objetivo número dois: apoiar quem está

instalado. Abordei anteriormente as medidas nesse

sentido. Outras ações concretas relacionam-se com a

devolução de 20 por cento do IRS aos munícipes do

total que o município recebe do estado, valor mínimo do

IMI, acrescido da redução da taxa mediante o número

de dependentes, isenção de taxas para a reconstrução

de imóveis degradados, oferta de serviços de

arqueologia nos centros históricos e tarifas especiais de

água para famílias numerosas. Em relação à população

mais idosa, promovemos várias ações durante o ano

quer através do serviço social quer através do Banco

Local do Voluntariado. Além disso, comparticipamos a

compra de medicamentos, garantindo apoio aos mais

desfavoráveis financeiramente. Neste concelho, ninguém

deixa de tomar os remédios porque não tem dinheiro

para os comprar.

Que ofertas culturais existem em Monção e que

iniciativas turísticas estão presentes na região de

forma a promover esta região em Portugal e além-

fronteiras?

Monção dispõe de várias estruturas dedicadas à

promoção da cultura e da nossa identidade coletiva:

Biblioteca Municipal, Arquivo Municipal, Museu do

Alvarinho, Cine Teatro João Verde, Centro Cultural do

Vale do Mouro, Centro Interpretativo do Castro de S.

Caetano, Casa Museu de Monção. Estes equipamentos,

sendo complementados pelo amuralhado que circunda

a vila, piscina municipal, parque desportivo municipal,

balneário termal e os nossos lugares de montanha e

fluviais, fazem de Monção um território com enorme

potencial de atração junto dos visitantes. Para reforçar a

vinda de pessoas, encetamos várias iniciativas durante o

ano. Umas organizadas pela autarquia, outras promovidas

pelas nossas associações e coletividades que, registe-

se, tem feito um esforço notável na promoção do nosso

concelho. Falo-vos do Rali à Lampreia, do Corpo de

augusto dominguesPresidente

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

29

Deus/Festa da Coca, da Feira do Alvarinho, do Folk

Monção, do Festival do Cordeiro à Moda de Monção,

e de um conjunto variado de manifestações realizadas

nas nossas freguesias. Este ano, em finais de abril e

princípios de maio, temos um Colóquio Internacional de

Arquitetura Popular dedicado a Santo António de Vale

de Poldros e, em 11 e 12 junho, o Ponte de Mouro

Medieval.

Que projetos serão adotados pelo município,

tendo em vista o futuro e dinâmica do concelho

de Monção?

Em execução, temos a requalificação da Torre de

Menagem de Lapela, o antigo balneário termal, a

beneficiação da EN 202 e parte da EM 304, e a antiga

estação da CP que terá uma nova vida como Casa da

Música e sede da Banda Musical de Monção. Na forja,

continuação da modernização da rede de saneamento

básico, abastecimento de água e acessibilidades entre

freguesias, nova candidatura do edifício do Souto

D`El Rei para Museu Municipal, a Casa da Juventude

com espaço de trabalho partilhado, e requalificação

urbanística do centro histórico. Estes são os projetos

mais estruturantes para Monção, aos quais juntamos

o mais importante de todos: Minho Park Monção. Em

estreita colaboração com a Associação Industrial do

Minho, vamos proceder à conclusão deste condomínio

empresarial de cerca de 60 hectares que permitirá

acolher todo o género de empresas.

Um concelho bom para residir e investir

O concelho de Monção, localizado no centro da euro-

região Galiza e Norte de Portugal, possui caraterísticas

ímpares que fazem deste território um local bom para

residentes, com medidas focadas na proteção social, e

para empresários, com incentivos relevantes na hora de

investir. Os residentes dispõem de um leque variado de

vantagens, contando-se, entre estas, o Imposto Municipal

de Imóveis na taxa mínima legal (0,3 por cento), que

desce ainda mais segundo o número de dependentes, a

devolução de 20 por cento do IRS a que o município tem

direito, e taxas e tarifas em valores reduzidos. A política

de apoio aos munícipes passa também pela isenção

de taxas para a reconstrução de imóveis degradados,

oferta de serviços de arqueologia nos centros históricos

e tarifas especiais de água para famílias numerosas. Em

relação aos mais idosos, o município comparticipa a

compra dos medicamentos, garantindo apoio aos mais

desfavorecidos financeiramente. A criação de emprego

e fixação dos jovens na sua terra é, desde sempre, o

grande objetivo do atual executivo. Toda a estratégia

municipal assenta neste pressuposto crucial para o

desenvolvimento da sociedade monçanense. Cada ideia,

cada projeto, cada investimento assenta na efetivação

desse desafio. Nesse sentido, a autarquia tem encetado

diversas ações em distintas direções, evidenciando

argumentos e medidas atrativas junto dos empresários.

O resultado tem sido positivo com interesse manifesto

de investidores e a celebração de contratos para

instalação de novas unidades industriais no concelho.

As medidas relacionam-se com taxas, tarifas e licenças

a preços reduzidos, a ausência de derrama (Monção

não tem imposto sobre o lucro tributável das empresas)

e as condições criadas no Pólo Empresarial da Lagoa

com acessos funcionais, lotes infraestruturados a valores

favoráveis e instalação de rede de fibra ótica. Outra razão

de atratividade prende-se com a proximidade à Galiza.

A cidade de Vigo, servida por aeroporto e porto de mar,

está à distância de trinta quilómetros. Em Salvaterra de

Miño, localidade do outro lado do rio Minho, vai nascer

uma plataforma logística de grande dimensão. Neste

capítulo, referência ainda para a criação do Gabinete

de Apoio à Criação de Emprego, Empreendedorismo e

Captação de Emprego (GACEECI), ajudando os cidadãos

a ‘arranjar’ emprego e esclarecendo os empresários

sobre as vantagens de investirem em Monção. Fruto

desta estratégia de desenvolvimento, sustentada numa

vocação empresarial empenhada sem descurar aspetos

de identidade cultural, social e etnográfica, o concelho de

Monção tem assumido, com naturalidade, a centralidade

desta região, seduzindo grandes empresas nacionais

e internacionais. A presente realidade será incentivada

nos próximos tempos com a funcionalidade do Minho

Park Monção. Com uma extensão total próxima dos 90

hectares, decorrem os trabalhos referentes à primeira

fase, compreendendo 56 hectares de terreno que

irão receber 80 lotes para unidades empresariais (54

empresas, 15 serviços e 11 armazéns) e 889 lugares

de estacionamento (765 ligeiros e 124 pesados).

Participado pela Associação Industrial do Minho (90

por cento) e pela Câmara Municipal de Monção (10 por

cento), o presente investimento, o maior de sempre na

região do Vale do Minho e o segundo no distrito depois

da ‘Enercon’, abrange as freguesias de Pinheiros, Lara,

Mazedo e Troporiz, devendo criar mais de um milhar de

postos de trabalho no prazo decinco anos.

Além deste acolhimento empresarial, o Minho Park

Monção será ainda dotado de um conjunto de

áreas destinadas ao desporto e lazer, espaços de

investigação, incubadora de empresas e serviços sociais

e educacionais. Monção tem tudo para agradar. Venha

conhecer este concelho com uma heroína no brasão,

Deu-la-Deu Martins, e um dos melhores vinhos brancos

na mesa, Alvarinho.

XXXIX Rali à lampreia no dia 28 de fevereiro

O município de Monção promove nos dias 27 e

28 de fevereiro, o ‘Fim de Semana Gastronómico’,

distinguindo a Lampreia do Rio Minho, um dos pratos

mais característicos da gastronomia local juntamente

com o Cordeiro à Moda de Monção, com a realização

do XXXIX Rali à Lampreia, prova de perícia automóvel na

Praça Deu-la-Deu Martins, centro histórico da localidade.

Neste fim de semana, perto de uma trintena de

restaurantes do concelho juntam-se à iniciativa

automobilística promovida pela Câmara Municipal de

Monção e Sport Clube do Porto, apresentando nos

respetivos cardápios diversas formas de confecionar

aquele afamado ciclóstomo que apura os sentidos dos

amantes da boa gastronomia. Com a presença previsível

de meia centena de participantes, as provas de perícia

automóvel realizam-se no domingo, pelas 11 horas e 16

horas. Na hora do almoço, os restaurantes estão de portas

abertas para receber visitantes e munícipes em mais

uma jornada de promoção da Lampreia do Rio Minho.

Este repasto tradicional, confecionado com recurso a

segredos culinários passados de geração em geração,

será acompanhado pela saborosa doçaria tradicional

da região (barriguinhas de freira, roscas, papudos) e

acompanhado pelos produtos vínicos da Sub-Região de

Monção e Melgaço que, entre outros, oferece o notável

Alvarinho, vinho que fica bem em qualquer mesa do

mundo. Como é habitual, este acontecimento promete

encher as ruas do centro histórico da localidade e fazer

as delícias dos participantes que têm a possibilidade de

articular a aventura da perícia automóvel com o prazer

de degustar uma saborosa lampreia do rio Minho. O

Rali à Lampreia é um dos pontos altos da promoção

daquele produto gastronómico no âmbito da iniciativa

‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’,

organizada pela ADRIMINHO, Turismo do Porto e Norte

de Portugal e os municípios do Vale do Minho para

animar a restauração nos meses de fevereiro e março.

Com esta iniciativa, pretende-se a divulgação de um dos

principais atrativos culinários da região que, em conjunto

com a realização de atividades culturais, festivas, lúdicas

e desportivas, transforma, nestes dois meses, o território

constituído pelos seis municípios num espaço apelativo

e convidativo para os visitantes.

Nesta iniciativa de promoção da Lampreia do Rio Minho,

quem visitar a Terra de Deu-la-Deu Martins, Alvarinho e

Termas poderá usufruir de um programa complementar

que engloba visitas ao património natural e construído

do concelho e atividades diversas de desporto e lazer.

ALTO MINHO

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

30

clus

ter

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O número de novas empresas criadas em Portugal recentemente

tem despertado o espírito inovador e empreendedor dos

portugueses, sendo que este está mais forte do que nunca.

A saúde, enquanto motor da economia e do desenvolvimento,

gera também emprego, sendo que este é sempre muito bem qualificado.

Os empreendedores nacionais têm apostado fortemente na utilização

de novas tecnologias e desenvolvido projetos já vencedores à escala

internacional, captando assim a atenção de vários investidores, e estando

estes, cada vez mais atentos ao que é desenvolvido em Portugal.

Nos últimos anos, os portugueses têm feito um esforço extraordinário de

forma a garantir a oferta de condições e infraestruturas necessárias para

colocar em marcha esses projetos, do qual foi espelho a recente escolha,

por parte da União Europeia, de Lisboa como ‘Cidade Empreendedora

Europeia de 2015’.

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Todos estes projetos e muitos outros permitem ao paciente envolver-se mais

e de forma mais autónoma no que diz respeito à sua saúde, facilitando o

seu acesso à informação para uma tomada de decisão mais firme, visando

o apoio das tecnologias para um tratamento eficaz e consequentemente

um estilo de vida mais saudável. Considerando-se, sem qualquer dúvida,

Portugal como um país competitivo na área da investigação, conceção,

desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços

associados à saúde.

Neste aspeto, o setor da saúde tem ganho muito com estas iniciativas,

sendo que o foco de todas as empresas que trazemos até ao leitor têm um

fator em comum, que passa por construir uma saúde positiva para todos.

Neste sentido, na edição de janeiro trazemos-lhe, caro leitor, variadíssimos

artigos relacionados com a saúde em Portugal, que está muito bem, e

claro, recomenda-se!

CLUSTER DA SAÚDE

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Eva Morena, natural do Brasil, trabalha na área da saúde desde os 15 anos. É formada em Medicina Alternativa (Naturopatia, Massoterapia

e terapias complementares), mas foi na prática da terapia do Biótipo que encontrou a realização profissional.

Clínica eva morena

Tratamentos naturais para o corpo e para a mente

A gerente deste espaço, quando chegou a

Portugal avistou uma realidade que a fez

questionar, então ficara muitas perguntas

que estavam sem resposta, como: “O que

leva uma pessoa ao suicídio?” ou “Que motivos terá

uma pessoa a tirar a sua própria vida?”, estas questões

foram chaves para aplicar a terapia do Biótipo. Pois,

através do biótipo serão caracterizadas quatro formas

que rege o ser humano, “e o que é que faz com que

uma pessoa mude de atitude e de comportamento?”,

a resposta é dada por Eva Morena, “uma alteração

no biótipo faz com que uma pessoa mude de atitude

e comportamento, que poderá alterar e mudar a vida

e a rotina de um ser humano”. A proprietária deste

espaço, Clínica Eva Morena que nasceu há meio ano no

coração da cidade do Porto. Deste modo, começará a

estudar profundamente e a explorar conhecimentos que

tem observado, que “todo o ser humano, quando tem

uma mudança no biótipo, é porque vive muitas e várias

emoções pela vida, emoções boas, más, deceções,

angustias, tristezas, e vai ficando registado no nosso “eu”

como um corpo estranho e nós, humanamente falando,

somos uma máquina perfeita. Essas alterações são um

conjunto de todas as emoções condicionadas em nós

próprios, que querem sair do nosso corpo e o corpo não

sabe como as expulsar e começamos a ter sintomas

estranhos, mais conhecidos como depressão”, alude

Eva Morena.

Através da análise de um questionário simples que é

dado aos pacientes é possível saber qual o tipo de

biótipo intrínseco relacionado a cada ser humano e se

tem síndrome de suicida ou não. Quando uma pessoa

tem algum resultado indefinido, através da massoterapia,

é possível reequilibrar os seus pontos de equilíbrio,

como por exemplo, pelo modo como escreve e tipo de

letra é também possível identificar o tipo de desequilíbrio

emocional em que a pessoa se encontra.

O seu foco principal de atuação é desenrolado no

tratamento da síndrome do pânico, depressão, terapia

cognitiva, anti-stress e em traumas inerentes à causa do

paciente. A potencialidade do nosso projeto tem como

eva morenaAdministradora

CLUSTER DA SAÚDE

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objetivo principal a análise de viabilidade da implantação dos serviços únicos de Eva

Morena em Portugal, onde tem o seu foco inicial no tratamento e na recuperação

do indivíduo, resgatando e promovendo o seu equilíbrio físico, mental e social, e, por

consequência, maximizando a sua qualidade e vida.

Serviços Disponibilizados

Para além de disponibilizarem uma panóplia de serviços adjacentes ao bem servir

os seus clientes. Como a leitura do Biótipo, a análise do estado clínico do paciente,

a desintoxicação de toxinas prejudiciais à saúde por meio do equipamento detox.

Ainda disponibilizam tratamentos ligados, à Massoterapia, à Iridologia, fazem o

acompanhamento Naturopático, reforçado com o acompanhamento psicológico.

No desenvolvimento de todos os tratamentos da Clínica Eva Morena, são utilizados os

recursos da natureza e do próprio corpo humano, recorrendo à Medicina Alternativa,

com resultados confirmados, já sendo capazes de tratar de um número alargado de

doenças e problemas de saúde.

Eva Morena pensa nos seus clientes com amor “colocando-os num mar de rosas”,

a proprietária refere ainda que “cuido dos meus utentes sem que eles percebam que

estão em tratamento para que não seja um tratamento invasivo para o corpo e para

a mente”.

Desenvolvimento do seu trabalho em Portugal

Eva Morena já trabalha em Portugal há cerca de sete anos, e ao longo destes anos já

trabalhou com imensos utentes, sendo que a nossa interlocutora refere que “90 por

cento dos meus utentes são jovens, com uma taxa síndrome de suicídio entre os 9 a

79 por cento e isso é muito preocupante”. Mas apesar dessa taxa elevada, Eva Morena

chegou à conclusão de que conseguia desenvolver um excelente trabalho para que

os seus pacientes tivessem um resultado extraordinário. “Não posso deixar as pessoas

dependentes de nada, eles têm que estar livres.”

Num espaço com 11 colaboradores, a maior realização de Eva Morena, “foi que os

meus pacientes chegassem a mim, pelo meu trabalho e não por indicação de colegas

médicos como era o caso no Brasil”, muito fruto do seu trabalho desenvolvido no

nosso País.

Eva Morena vai mais longe, quando refere que “quando cheguei a Portugal, eu senti

que estava em casa e realmente é estranho por eu ser brasileira. Mas na facto, sinto-

me brasileira de nacionalidade e portuguesa de coração” e salienta ainda que “todas

as minhas realizações pessoais aconteceram aqui”.

Planos para o futuro

Eva Morena acredita que a sua história já está escrita e está agendada no universo.

Assume-se como uma mulher 100% feliz, porque as suas metas profissionais já se

encontram definidas desde o início do ano. A sua missão passa por servir e cuidar das

pessoas, independentemente da situação em que elas se encontram.

A partir de janeiro do próximo ano a equipa desta clínica vai receber formação para

realmente poderem falar “a voz da Eva Morena, pensar, estar e ser a Eva”.

Para finalizar, Eva Morena indica que “toda a sociedade precisa de dar a oportunidade

de conhecer algo novo, o que é diferente e o que há por trás da Clínica Eva Morena”

e quer marcar a vida das pessoas de forma sempre muito positiva para que estes

alcancem também a felicidade plena.

CLUSTER DA SAÚDE

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A Revista Business Portugal esteve à conversa com Joaquim Cunha, diretor executivo da Health Cluster Portugal que foi “constituído

em abril de 2008 e surge através de um conjunto de personalidades que se foi apercebendo que tínhamos em Portugal, no que toca à

saúde, duas histórias de sucesso”.

Health Cluster Portugal

from knowledge to market!

Uma dessas histórias tem a ver com a ciência, onde, “fomos capazes

nas últimas três décadas de criar um ecossistema que é competitivo

à escala global, como o comprova a avaliação e o reconhecimento dos

nossos cientistas e das nossas instituições de ciência pelos seus pares

internacionais”. Outra história de sucesso é o próprio SNS (Sistema Nacional de

Saúde), que de facto tem “um conjunto de indicadores interessantes e, nos rankings

internacionais, está genericamente muito bem posicionado”, refere.

Pareceu assim oportuno juntar, a estas duas histórias de sucesso, uma terceira, a da

valorização deste conhecimento, isto é, a dimensão empresarial “transformando-o em

valor, ou seja, em produtos e serviços competitivos nos mercados mais exigentes. É à

escala global que temos que ser competitivos” salienta o diretor executivo da Health

Cluster Portugal.

A saúde é, também, importante motor da economia e do desenvolvimento, criando

emprego “e normalmente é emprego muito qualificado”, e gerando riqueza. E foi esta

a visão que o Health Cluster sempre procurou - e procura ter – olhando a saúde pelo

seu lado mais positivo.

O Health Cluster Portugal tem como objeto principal “a promoção e o exercício

de iniciativas e atividades vocacionadas à consolidação de um polo nacional de

competitividade, inovação e tecnologia de vocação internacional”, tendo presentes

requisitos de qualidade e profissionalismo, passando também por promover e

incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, universidades e entidades

públicas, tendo em linha de conta o aumento do respetivo volume de negócios, das

exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da

saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde.

Joaquim Cunha relata que “entre os nossos associados contamos com as universidades

e os institutos de investigação, os hospitais, e as empresas farmacêuticas, do dispositivo

médico, das tecnologias de informação e dos meios auxiliares de diagnóstico, nacionais

e internacionais”. O diretor executivo sublinha que “não temos uma política agressiva

em termos da angariação de associados, é bem-vindo quem vier por bem!”. Importa

referir que os associados do Health Cluster Portugal começaram por ser 55 e são

hoje cerca de 160, assegurando uma elevada e cada vez maior representatividade da

cadeia de valor da saúde em Portugal.

A missão desta associação, segundo Joaquim Cunha, “passa por tornar Portugal

num país competitivo na área da investigação, conceção, desenvolvimento, fabrico e

comercialização de produtos e serviços associados à saúde, em nichos de mercado

e de tecnologia selecionados, tendo como alvo os mais exigentes e mais relevantes

mercados internacionais, num quadro de reconhecimento da excelência, do seu nível

tecnológico, e das suas competências e capacidades no domínio da inovação”.

Nesse sentido, a vocação do Health Cluster Portugal, passa por ser uma “plataforma

facilitadora” que assenta numa estrutura leve e desmaterializada que procura, através

de um conjunto coerente e persistente de iniciativas, para as quais recorre, sempre que

necessário, à subcontratação de especialistas internacionais de reconhecido mérito e

competência, criar as melhores condições e induzir as melhores práticas, tendo em

vista a prossecução dos seus objetivos.

joaquim cunhaDiretor Executivo

CLUSTER DA SAÚDE

Page 35: Revista Business Portugal | Janeiro '16

Para chegar mais longe, a escolha de um parceiro de confiança é um passo fundamental. Um passo que vale por muitos e permite dar início a uma longa caminhada, rumo à otimização integrada e excelência da sua instituição.

Foi a pensar nisto que a Siemens lançou em Portugal uma equipa de consultoria totalmente dedicada e à disposição de prestadores e entidades gestoras de cuidados de saúde, com um portfolio de serviços de consultoria e soluções integradas, que proporcionam um incremento da diferenciação, eficiência e produtividade ao longo de todo o ciclo de prestação de cuidados de saúde, potenciando a diferenciação e sustentabilidade das organizações.

As nossas soluções podem ser as suas também. E passam, entre outras, pela avaliação do mercado e suporte na definição de linhas estratégicas de intervenção;

Siemens Healthcare Consulting

pela definição, planeamento e otimização de infraestruturas e modelos de operação; por modelos inovadores e disruptivos de planeamento, gestão e operação de unidades de prestação de cuidados de saúde, baseados em modelos de valorização de resultados clínicos; abordagens inovadoras e claramente diferenciadas na sua componente tecnológica, clínica e científica.

Para chegar ao topo da eficiência e qualidade em cuidados de saúde, conte com o parceiro de confiança Siemens Healthcare, que o acompanhará no seu desenvolvimento estratégico.

Para conhecer em detalhe as soluções que respondem aos desafios da sua unidade de saúde, contacte a Siemens Healthcare através do e-mail: [email protected]

Chegar ao topo exige a companhia de um parceiro de confiança.Com as soluções e serviços de Consultoria Siemens.

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A Fundação D. Pedro IV é uma das Instituições Particulares de Solidariedade Social mais antigas e relevantes a nível nacional, quer

pelos serviços prestados quer pelo património que gere. Assumindo a missão que ditou a sua génese, coloca toda a sua experiência

e profissionalismo ao serviço dos seus utentes e da comunidade em geral, recorrendo às melhores práticas do sector e investindo em

soluções de futuro.

Fundação D. Pedro IV

Promover soluções na área social com sentido de futuro

Para conhecer a Fundação D. Pedro IV, a Revista

Business Portugal foi ao encontro de Vasco

Canto Moniz, presidente, que deu a conhecer

a história e dinâmica desta organização

prestigiada, de créditos firmados, com uma tradição de

intervenção como poucos se podem orgulhar de ter,

mas também uma grande protagonista do presente.

Criada em 1834 pelo Rei D. Pedro IV, a Fundação

começou por designar-se Sociedade Promotora das

Escolas da Primeira Infância. Em 1926, procedeu-se

a uma alteração estatutária passando, a Instituição, a

prestar serviços unicamente a crianças do sexo feminino

e com idades entre os 4 e os 12 anos. Em 1982, a sua

designação é alterada para SCAIL, tendo como objetivo

o desenvolvimento integral da criança numa ação

conjunta da família, da escola, da comunidade e do

Estado. Em 1991, é reconhecido que a Instituição pode

alargar o seu campo de ação social a outros estratos da

população que se encontrem em situação de carência

económica ou social e, em 1992, a instituição passa a

designar-se Fundação D. Pedro IV.

Com o propósito de dar expressão organizada ao dever

moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos,

a Fundação assume os desideratos de apoio a crianças

e jovens, apoio à integração social e comunitária,

proteção dos cidadãos na velhice e invalidez e em

todas as situações de falta ou diminuição de meios

de subsistência ou de capacidade para o trabalho,

mas também a promoção e proteção da saúde,

nomeadamente através da prestação de cuidados

de medicina preventiva, curativa e de reabilitação e

promoção da educação e da formação profissional. A

resolução de problemas habitacionais, a promoção de

iniciativas de carácter cultural e de ações concretas na

área social de cooperação com os países africanos de

língua oficial portuguesa, bem como a concessão de

bolsas e subsídios são outros objetivos assumidos. Num

plano secundário, a Fundação promove a valorização do

seu património e para a prossecução dos seus objetivos

a Fundação propõe-se a criar e ou manter infantários,

jardins de infância e actividades de tempos livres, criar e

manter serviços de apoio domiciliário, lares para idosos,

centros de dia e residências familiares, mas também

a promoção ou participação na criação de instituições

ou sociedades, cujo objetivo social seja a educação e

a formação profissional numa perspetiva de integração

social. A promoção da criação e a manutenção das

unidades orgânicas necessárias à proteção da saúde, a

promoção de iniciativas de caráter cultural e a promoção

de ações na área social com os países africanos de

língua oficial portuguesa são também desideratos da

instituição.

“Sendo uma das IPSS´s mais antigas e relevantes a

nível nacional, quer pelos serviços prestados quer pelo

património que gere, a Fundação D. Pedro IV assume

a missão para que foi criada colocando toda a sua

experiência e profissionalismo ao serviço dos seus

utentes e da comunidade em geral, recorrendo às

melhores práticas do setor e investindo em soluções

de futuro”, salienta Vasco Canto Moniz. Reconhecendo

a necessidade de promover o acesso à habitação que

evolua em função dos rendimentos e do ciclo de vida

da família, a Fundação D. Pedro IV com a vertente

de arrendamento social aciona as respostas sociais

fundamentais. A gestão do património de habitação

social, sob o regime de renda apoiada revela-se um

instrumento promotor da necessária justiça social.

Investigação e desenvolvimento

Em 2010, a Fundação D. Pedro IV construiu um vetor

de promoção da investigação sobre o envelhecimento,

um dos problemas sociais mais marcantes da sociedade

contemporânea, baseado num modelo de colaboração

com a academia universitária, designadamente no

domínio das ciências médicas, da saúde, sociais e

políticas. Neste contexto, coorganizou, no período

2010-2013, com a Faculdade de Ciências Médicas

da Universidade Nova de Lisboa, com o Instituto

CLUSTER DA SAÚDE

Page 37: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

37

de Ciências da Saúde da Universidade Católica

Portuguesa, e o Instituto Superior de Ciências Sociais

e Políticas da Universidade de Lisboa, três conferências

internacionais anuais dedicadas ao envelhecimento,

com contributos de conferencistas internacionais e

nacionais de renome, mas também de investigadores

e doutorandos, compilados em Livros de Atas. Por sua

vez, 2015, em igual ambiente de cooperação com a

comunidade científica, “coorganizámos, com o Instituto

do Envelhecimento, do Instituto de Ciências Sociais, da

Universidade de Lisboa, o ciclo de colóquios sobre o

Envelhecimento na Sociedade Portuguesa” dedicado

aos seguintes temas: ‘Envelhecimento e política de

reforma: que futuro para as pensões?’, ‘Envelhecimento

e política de natalidade: a economia contra as famílias?’,

e ‘Envelhecimento e política de cuidados: o dever de

cuidar entre o Estado, a sociedade civil e as famílias’.

Vasco Canto Moniz salientou ainda que, no âmbito do

protocolo de cooperação para o desenvolvimento de

projetos e programas inovadores de política de ação

social e de investigação na área do Direito da família,

menores, idosos e violência doméstica, a Fundação

promoveu, também em 2015, com a Faculdade de

Direito da Universidade de Lisboa, a conferência ‘O idoso

dependente entre o Direito e a Psicologia, dedicada às

seguintes temáticas: A não autonomia; Os cuidados: o

superior interesse do idoso?’.

“Em 2016, pretendemos dar continuidade às sinergias

de cooperação com o Instituto de Ciências Sociais e

a Faculdade de Direito, da Universidade de Lisboa,

promovendo um novo Ciclo de Colóquios sobre o

Envelhecimento, bem como uma nova conferência na

área do Direito dos Idosos, resultado da concretização

de trabalho inovador e de relevância científica no âmbito

do envelhecimento”, adianta o Presidente, dando

ainda nota da cooperação com o Creating Health do

Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica

Portuguesa.

Na área de investigação, a Fundação D. Pedro IV faz

ainda questão de galardoar os que se destacaram com

um Prémio de Mérito, que visa distinguir a prática de

investigação científica nas diversas áreas de ação social

da Fundação D. Pedro IV, dos investigadores e alunos da

Faculdade de Ciências Médicas (Universidade Nova de

Lisboa), do Instituto de Ciências da Saúde (Universidade

Católica Portuguesa), e do Instituto Superior de Ciências

Sociais e Políticas (Universidade de Lisboa). “A atribuição

do Prémio de Mérito Fundação D. Pedro IV, na Faculdade

e Institutos parceiros das Conferências, continuará em

2016, motivando a contribuição científica de excelência

para a investigação na área do envelhecimento, um dos

principais problemas sociais das sociedades modernas”,

avança.

Um parceiro de excelência

A Fundação D. Pedro IV é uma das associadas do Health

Cluster Portugal, e Vasco Canto Moniz considera-o um

parceiro de excelência para os objetivos da Fundação

no contexto da investigação e desenvolvimento de

produtos e serviços associados à saúde. “Considerando

o equipamento Mansão de Santa Maria de Marvila

como um recurso para living lab (nomeadamente para

ensaios clínicos) face o elevado número de pessoas

com demências (aproximadamente 80 por cento),

pretendemos promover parcerias europeias para

projetos dedicados à saúde – nas áreas da saúde

mental, doenças crónicas e soluções tecnológicas para

um envelhecimento saudável e ativo”, consubstancia.

Horizontes da Fundação

Face aos desafios do futuro, e não se podendo

alhear do contexto e dificuldades que o país tem

vindo a atravessar, a Fundação é também capaz de

identificar as oportunidades potenciais que permitem

o desenvolvimento da sua missão, refletindo-se no

seu crescimento, também na investigação para o

desenvolvimento social na saúde. Assim, em 2016,

assume-se como linha estratégica, para dar continuidade

à acessibilidade das famílias aos serviços de que

carecem, o investimento social para a qualificação

da resposta social de Lar Residencial para pessoas

portadoras de deficiência no equipamento Mansão de

Santa Maria de Marvila.

CLUSTER DA SAÚDE

Page 38: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

38

A missão da PROHS é ser uma empresa global de referência na desinfeção e esterilização, fornecendo aos seus clientes soluções

diferenciadas que satisfaçam as suas necessidades da forma mais eficiente e sustentável, motivo pelo qual a PROHS aposta na

qualidade, segurança e inovação.

prohs

Qualidade, Segurança e Inovação

Com cerca de 50 anos de experiência e know-how, a PROHS fabrica

dispositivos médicos e equipamentos na área da esterilização e desinfeção,

para ambiente hospitalar e laboratorial, tendo como base os mais exigentes

requisitos do mercado. A panóplia de soluções apresentada, tanto no campo

da aplicação, quer pela tecnologia disponibilizada são ímpares num mercado cada vez

mais competitivo e exigente.

Abrangendo todas as necessidades de um serviço central de esterilização, a PROHS

destaca-se pela capacidade de projetar, planear e produzir centrais de esterilização

adaptadas às exigências de cada projeto, apostando na inovação, qualidade e

segurança. A capacidade produtiva da empresa permite, para além dos produtos

standard, apostar no desenvolvimento de soluções de equipamentos e dispositivos

diferenciadores. Num mundo pautado pelo crescimento da procura de soluções mais

exigentes e personalizadas, a PROHS cria vantagens e mais valias para os seus clientes

através da sua capacidade de adaptar e otimizar as soluções e dispositivos.

Os produtos são fabricados de acordo com as mais exigentes normas de segurança

e controlo de qualidade, por técnicos motivados, certificados e qualificados. Ao longo

das fases de produção, os produtos são submetidos a rigorosos testes e ensaios, de

acordo com as diretivas aplicáveis, de forma a garantir a sua qualidade e fiabilidade.

O constante investimento em I&D e as parcerias com os núcleos de desenvolvimento

de universidades de renome em Portugal, permitem à PROHS oferecer soluções

inovadoras nas áreas de esterilização, design, construção e processos produtivos,

tornando-se uma referência no setor.

Assistência técnica, manutenção e formação

Complementarmente, a PROHS presta o serviço de assistência técnica que se distingue

pela elevada especialização dos técnicos, por uma abrangência de todos os elementos

de uma central de esterilização e pela celeridade dos tempos de resposta.

CLUSTER DA SAÚDE

Page 39: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

39

A conclusão de uma venda e instalação do equipamento não é o encerramento do

ciclo, já que na área de atuação da PROHS, o serviço de pós-venda é essencial na

política de qualidade, no sentido de assegurar uma elevada performance e otimização

dos equipamentos. Com o objetivo de prestar um serviço completo e eficaz, a empresa

celebra contratos de assistência técnica preventiva com os seus clientes, de forma

a evitar avarias, permitindo que os equipamentos estejam sempre operacionais.

Complementarmente, a PROHS efetua validações periódicas aos equipamentos

comprovando o seu correto funcionamento, assim como a eficiência do serviço da

assistência técnica.

No mercado internacional, a PROHS tem por política realizar parcerias com os

distribuidores que possuem valências técnicas para poderem prestar um serviço de

manutenção e reparação no seu mercado. A empresa realiza formação teórica e prática

aos técnicos dos seus distribuidores, nas instalações da PROHS. Periodicamente, a

empresa desloca-se ao mercado do distribuidor para prestar suporte prático e teórico.

Na vanguarda das exigências do sector da saúde

A PROHS tem na qualidade, um dos seus valores centrais, por isso assume uma

atitude de vanguarda face às exigências do sector da saúde, traçando o seu caminho

de crescimento sustentado no cumprimento das mais exigentes normas europeias.

Assim sendo, a empresa é certificada pela norma NP EN ISO 9001:2008 – Sistema

de Gestão da Organização de Empresa e pela ISO 13485:2003 – Sistema de Gestão

da Qualidade de fabricantes de dispositivos médicos, laborando de acordo com todas

as normas de higiene e segurança no trabalho.

Os produtos produzidos e comercializados pela PROHS possuem marca CE, cumprindo

com as diretivas europeias em vigor.

Internacionalização

O início do século XXI trouxe consigo o desafio da internacionalização, repto que a

empresa tem recebido com entusiasmo e responsabilidade, estando atualmente

presente em mais de 40 países, nos cinco continentes, através da sua rede de

distribuidores.

Numa fase inicial, a PROHS apostou nos países pertencentes aos PALOP, sendo

Angola e Moçambique os mercados mais focados. A aposta foi reforçada a meio da

década, aquando da participação na MEDICA em Dusseldorf, a maior feira mundial

do sector da saúde, tendo sido a PROHS uma das primeiras empresa portuguesa

de dispositivos médicos a expor no certame germânico. Desde então, a presença na

exibição anual tem sido uma constante, permitindo gerar contactos em todo o mundo.

A sua participação na Arab Health no Dubai demonstra que a empresa continua

empenhada no seu processo de expansão externa, com o desiderato de se tornar

uma empresa com soluções globais, mas com capacidade de adaptação local.

O futuro internacional da PROHS passa pro fortalecer a imagem competitiva, rigorosa

e inovadora, alcançada nos últimos anos nos países onde marca presença. Procura

ainda com a base de canais que possuiu reforçar a notoriedade das suas soluções

nas área Laboratorial e Farmácia. Por outro lado, enfrenta com otimismo o desafio

de continuar a sua expansão geográfica de forma sustentável, tendo como objetivos

prioritários a consolidação da presença no Sudeste Asiático e no mercado Latino-

Americano.

CLUSTER DA SAÚDE

Page 40: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

40

A MEDSIMLAB é uma empresa que atua no mercado dos simuladores médicos de alta-fidelidade, através da comercialização dos

simuladores da marca CAE Healthcare eTruCorp sendo o distribuidor exclusivo das referidas marcas para Portugal, Angola, Moçambique

e Cabo Verde. A Revista Business Portugal conversou com Nuno Freitas, CEO, sobre este projeto já vencedor.

MEDSIMLAB

simulação médica de alta-fidelidade

Para os leitores que ainda não conhecem, gostaríamos que nos explicasse

como e quando surgiu a MEDSIMLAB?

A MEDSIMLAB nasceu em 2008 com quatro fundadores – dois médicos, um

farmacêutico e um gestor – exclusivamente focada na simulação médica de alta-

fidelidade que dava então os primeiros passos em Portugal. A Incubadora do

Instituto Pedro Nunes (IPN), da Universidade de Coimbra, acolheu-nos como ‘start-

up’ inovadora entre 2009 e 2013. Felizmente, crescemos porque nos mantivemos

focados na melhoria da segurança do doente através do treino avançado de

estudantes, profissionais e equipas de saúde – um treino experiencial com base

em simuladores biomédicos de modelação fisiológica que melhoram a performance

individual e de equipa com resultados clínicos úteis para os doentes. O erro em saúde

custa demasiado caro em vidas humanas. Como nascemos dentro da área dos

cuidados assistenciais aos doentes, valorizamos as boas práticas clínicas e o impacto

das mudanças graduais mas seguras que resultam do treino sistemático, deliberado

CLUSTER DA SAÚDE

e com feedback construtivo para os médicos, enfermeiros e restantes elementos das

equipas de saúde – os simuladores médicos são uma resposta tecnologicamente

avançada, sem risco para os doentes, multidisciplinar e com impacto comprovável para

os desafios atuais dos cuidados de saúde. De início tivemos que lutar bastante para

demonstrar a validade científica, clínica e educacional de uma abordagem disruptiva

do tradicional ensino “Mestre-Aprendiz” típico da saúde. O contacto direto com os

doentes é insubstituível, mas é desejável que as curvas de aprendizagem – sobretudo

de procedimentos clínicos complexos ou de alto-risco – sejam efetuadas com treino

sistemático e experiencial em simuladores médicos avançados. Hoje, felizmente, está

bem aceite o papel da simulação como ferramenta educacional imprescindível para

qualificar as instituições de saúde – todas as instituições de referência internacional em

todos os continentes detêm hoje o seu próprio Centro de Simulação Clínica (a Mayo

Clinic tem quatro centros). E, mais importante, está absolutamente validado o impacto

positivo nos cuidados efetivamente prestados aos doentes com mais qualidade e

segurança e melhor outcome clínico.

Atualmente a MEDSIMLAB é uma empresa de referência no mercado de

simuladores médicos de alta-fidelidade. Neste contexto, importa-nos saber

quais os principais produtos e serviços que têm ao dispor na área da educação

médica e da formação de profissionais de saúde.

A MEDSIMLAB detém soluções integradas para conceção, instalação e manutenção

de centros e salas de simulação biomédica em todas as áreas clínicas, desde o ensino

pré-graduado de medicina, enfermagem e tecnologias da saúde até contextos de

saúde muito específicos como hemodinâmica, cuidados intensivos, obstetrícia,

pediatria ou imagiologia de intervenção, por exemplo. Somos distribuidores dos

simuladores da marca líder mundial CAE Healthcare, com a qual desenvolvemos

igualmente projetos de I&D. Estes simuladores distinguem-se pelo realismo fisiológico,

sendo incomparáveis em termos científicos e médicos, conforme se comprova em

áreas tão exigentes como no ensino de ecografia, dos procedimentos endoscópicos,

do trauma e emergência, do parto, da infeção ou de bloco operatório. Temos sido

consultores de desenho hospitalar e de planos funcionais para centros formativos de

elevada diferenciação em saúde, incorporando as boas práticas da simulação médica

avançada. Além disso, as Faculdades de Medicina e Escolas de Enfermagem têm

confiado em nós para a formação dos docentes e operacionalização dos Centros de

Simulação, com base em simuladores biomédicos de diferentes características. Em

vários concursos internacionais – por exemplo, do Banco Mundial em 2013 ou da

EuropeAid em 2015 – temos sido também escolhidos para serviços formativos e de

assistência técnica mais extensos, introduzindo a componente de simulação básica e

avançada em currículos académicos e profissionais de medicina e enfermagem.

Quais os principais aspetos que diferenciam os produtos desta empresa?

A inovação tecnológica, a modelação fisiológica realista e a qualidade global dos

simuladores certificada internacionalmente são os nossos elementos diferenciadores.

Acrescentamos um serviço customizado para cada cliente, muito sólido em termos

científicos, educacionais, clínicos e técnicos. Por tudo isto nos tornámos market-leader

Nuno FreitasCEO

Page 41: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator

Inovador, realista e versátil, assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare.

Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, este simulador de parto apresenta características únicas no que diz respeito à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo que os formandos monitorizem e façam a gestão de mãe e recém-nascido, sem intervenção de instrutores. Este simulador permite, a profissionais de saúde e estudantes, o treino e aperfeiçoamento de competências de cuidados pré-natais, diversos cenários de parto (como por exemplo, parto normal, cefálico ou pélvico, aplicação de Forceps, distócia do ombro, entre outros cenários) e cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.

Sectra Visualization Table

A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.

Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.

Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator

Inovador, realista e versátil! Assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare. A Fidelis Lucina é um simulador de parto com características únicas relativamente à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo aos formandos monitorizarem e fazerem a gestão da mãe e recém-nascido, sem ser precisa a intervenção de instrutores. Com a Fidelis Lucina, que foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, estudantes e profissionais de saúde podem aperfeiçoar e treinar as suas competências de cuidados pré-natais e diversos cenários de parto, como parto normal, cef+alico ou pélvico, aplicação de Forcep, distócia do ombro, e ainda cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.

Sectra Visualization Table

A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.

Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.

Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator

Inovador, realista e versátil, assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare.

Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, este simulador de parto apresenta características únicas no que diz respeito à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo que os formandos monitorizem e façam a gestão de mãe e recém-nascido, sem intervenção de instrutores. Este simulador permite, a profissionais de saúde e estudantes, o treino e aperfeiçoamento de competências de cuidados pré-natais, diversos cenários de parto (como por exemplo, parto normal, cefálico ou pélvico, aplicação de Forceps, distócia do ombro, entre outros cenários) e cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.

Sectra Visualization Table

A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.

Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.

Fidelis Lucina Maternal Fetal Simulator

Inovador, realista e versátil, assim se pode descrever o simulador wireless de alta-fidelidade Fidelis Lucina, da marca CAE Healthcare.

Desenvolvido em parceria com o Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto, este simulador de parto apresenta características únicas no que diz respeito à modelação fisiológica materno-fetal, permitindo que os formandos monitorizem e façam a gestão de mãe e recém-nascido, sem intervenção de instrutores. Este simulador permite, a profissionais de saúde e estudantes, o treino e aperfeiçoamento de competências de cuidados pré-natais, diversos cenários de parto (como por exemplo, parto normal, cefálico ou pélvico, aplicação de Forceps, distócia do ombro, entre outros cenários) e cuidados pós-parto. A Fidelis Lucina é o único simulador do mercado que permite a apresentação do mesmo enquanto parturiente ou paciente feminina não grávida.

Sectra Visualization Table

A Sectra Visualization Table é o resultado da combinação entre tecnologia médica e ciência computacional avançada, para o treino clínico e decisão em saúde. Esta inovadora e intuitiva ferramenta educacional permite, através do seu écran multitouch full HD, a visualização anatómica 3D de imagens reais contruídas a partir de Tomografia Computorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM). Possibilita a execução de gestos como rodar, transportar, dissecar e navegar pelas estruturas internas do corpo humano, reduzindo assim a curva de aprendizagem.

Esta mesa de anatomia virtual apresenta-se como uma alternativa, ou complemento, à utilização de cadáveres para o estudo de estruturas, tecidos, órgãos e sistemas, reduzindo desta forma a necessidade de procedimentos invasivos para diagnosticar patologias e realização autopsias forenses, e possibilitando recorrer a vários ângulos de visão, planos de corte e ferramentas de manipulação das imagens.

CLUSTER DA SAÚDE

em Portugal, desde 2012, no segmento da simulação médica de alta-fidelidade.

Quais as principais vantagens dos simuladores médicos de alta-fidelidade?

Os simuladores médicos têm vantagens significativas na educação médica e formação

contínua dos estudantes e profissionais de saúde:

1- Vantagem ética – treino sem risco para os doentes;

2- Vantagem clínica – modelação fisiológica realista que replica com fidedignidade

científica a anatomia, a fisiologia e a patologia de vários contextos clínicos;

3- Vantagem tecnológica – interface com dispositivos e tecnologias de saúde em uso

atual;

4- Vantagem educacional – treino experiencial repetitivo com feedback da performance,

validado como metodologia formativa preferencial;

5- Vantagem institucional – fomentam a melhoria interdisciplinar e boas práticas

assistenciais, com impacto positivo na qualidade em saúde;

Como caracteriza a equipa de profissionais da MEDSIMLAB?

Uma equipa de jovens inovadores dedicada exclusivamente ao mercado da simulação

avançada em saúde, altamente qualificada (nível 7), num cruzamento de competências

críticas em engenharia biomédica, medicina e ciências da educação em saúde. Em

2016, reforçaremos a nossa equipa com doutorados e peritos externos, participando

ativamente em projetos nacionais e internacionais de elevada exigência educacional

e técnica na área da simulação. Mantemos uma parceria ativa com o Departamento

de Engenharia Biomédica da Universidade de Coimbra, acolhendo estágios de

verão e preferindo engenheiros etagiários em novos recrutamentos com grande

potencial científico e capacidade inovadora. O IEFP de Coimbra tem sido um apoio

importantíssimo para o crescimento da nossa equipa e, em 2015, vimos aprovadas

duas2 candidaturas ao Centro 2020 que contribuirão decisivamente para a qualificação

e internacionalização da nossa empresa, continuando a aposta na forte diferenciação

científica e técnica dos nossos colaboradores.

Qual o balanço que fez do ano transato e como prevê o cenário para 2016?

Haverá novos projetos para concretizar?

Em 2015, consolidámos a nossa liderança em Portugal com projetos muito importantes

na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, no Centro Académico de

Medicina de Lisboa – que agrega o Hospital de Sta.Maria e a FMUL – e como consultores

do Grupo Luz Saúde. Na área internacional, foi um ano fantástico com contratos muito

importantes em Angola e Moçambique. A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

adquiriu, mesmo no final do ano, o mais recente e avançado simulador de parto a

nível mundial (simulador Lucina da CAE Healthcare) – foi o corolário feliz de um ano

muito desafiante. Em 2016, teremos em Portugal o Congresso Europeu de Simulação

em Saúde (SESAM 2016) – é uma oportunidade única! Lisboa não tem ainda um

Centro de Simulação Avançada e nós queremos mudar esta realidade, num projeto

sério e inovador, que crie valor educativo para os estudantes, profissionais e equipas

de saúde da área metropolitana de Lisboa. Ainda em 2016 vamos concretizar os

dois maiores projetos internacionais em que estamos totalmente empenhados como

“simulation experts” – um contrato com a agência europeia EuropeAid para formação

de instrutores de saúde em Angola e a conceção de um Centro de Simulação híbrido

de última geração em parceria internacional com a CAE.

Abordemos agora o Health Cluster Portugal. Qual a importância de estarem

associados ao cluster?

Somos membros ativos do Health Cluster Portugal desde 2010, com muito orgulho.

Trata-se de um setor estratégico para a afirmação internacional de Portugal, onde

podemos competir com os melhores em termos de conhecimento crítico e tecnologias

de saúde. O Health Cluster tem desenvolvido um trabalho muito positivo de unir diversos

atores – empresas, universidades, centros de I&D, incubadoras, prestadores de saúde

– na convergência de prioridades e ações concretas. No IPN, em Coimbra, que foi

já considerada a melhor incubadora de base tecnológica em termos internacionais,

sempre fomos desafiados para um trabalho colaborativo em termos regionais e

nacionais – o HCP é a plataforma nacional onde todos devemos participar para projetar

o melhor que fazemos na Saúde.

Por onde passa o futuro da Medsimlab a par com o Health Cluster Portugal?

O nosso caminho futuro é claramente internacional, de acordo com as recomendações

do próprio Health Cluster Portugal, com aprofundamento do nosso foco estratégico na

simulação de alta-fidelidade na área biomédica, da aviação e militar. Queremos ser

reconhecidos como ‘Simulation Experts’, líderes de mercado em Portugal, Angola e

Moçambique. Temos projetos de I&D+I endógenos que vão abrir-nos outros mercados

competitivos. Cultivamos um ambiente intra-empresa de “start-up”, em busca

permanente de inovação e gaps de mercado, mas temos já a maturidade profissional

para responder aos desafios mais exigentes da simulação de alta-fidelidade.

Page 42: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

42

scientific toolbox consulting

Consultoria na saúde

Como e quando surgiu a Scientific Toolbox

ConsultingTM?

A Scientific ToolBox ConsultingTM surgiu em 2012

como uma empresa de prestação de serviços de

consultoria em investigação clínica, especializada em

gestão de dados e programação de dados clínicos.

Os fundadores tinham o conhecimento técnico e a

experiência necessários, partilhando a visão de que seria

possível criar uma empresa com elevado potencial de

exportação, direcionando o negócio desde início para o

mercado global. Desde então temos vindo a ter ótimos

desempenhos que se traduziram num crescimento

continuado. Lançámo-nos em novos desafios, que

levaram à integração das áreas de Medical Writing

e de Estatística, e de Desenho e Implementação de

Estudos Clínicos, de modo a complementar os serviços

disponibilizados, indo ao encontro da procura do

mercado.

A investigação clínica tem sido um tema em foco

nas últimas semanas. Qual o papel da Scientific

ToolBox na investigação?

Dando um pouco de contexto, a investigação clínica

é uma parte fulcral na criação de novas terapêuticas.

As empresas da área gastam milhões de euros todos

os anos com o objetivo de disponibilizar terapêuticas

inovadoras, mas, antes de as poderem comercializar,

é necessário que sejam testadas. Estes testes são

altamente regulamentados e controlados, seguindo um

conjunto de normas, que têm como principal objetivo

garantir a segurança das pessoas que neles participam.

Na Scientific ToolBox ajudamos estas empresas a

implementar estudos clínicos. Providenciamos suporte

e consultoria em várias fases dos projetos, desde a

idealização e desenho dos estudos até ao reporte

e publicação dos resultados obtidos, passando por

outras áreas tais como a interação com entidades

regulamentares, implementação no terreno, recolha dos

dados e análise estatística. Para além da investigação,

existe uma outra vertente, que é a dos estudos de

iniciativa do investigador. Tipicamente, estes estudos

são implementados por profissionais de saúde,

individualmente ou em grupos de investigação, e

têm como principal objetivo a melhoria contínua da

prática clínica, através da geração e disseminação de

conhecimento científico. Os estudos de iniciativa do

investigador são de extrema importância para a Scientific

ToolBox. Os profissionais de saúde adquirem um vasto

conhecimento lidando de perto com os doentes. Neste

contexto, é imperativo divulgar e aprofundar este

conhecimento, recorrendo a estudos clínicos, de forma

a potenciar a evolução contínua da medicina com base

em evidências. Tipicamente estes estudos têm uma

parca capacidade de financiamento e de recursos,

quando comparada com os estudos promovidos pela

indústria. Por isso, na Scientific ToolBox, consideramos

que é fulcral providenciar mecanismos para que estes

profissionais possam realizar investigação de qualidade

com resultados robustos. Tem sido muito gratificante

o reconhecimento que nos têm dado nesta área de

atuação.

Que mais valias é que podem advir dos vossos

serviços? E para que público-alvo é que estes se

destinam?

A principal mais valia dos nossos serviços é sem dúvida

a qualidade, sendo este é um valor basilar que guia o

dia a dia dos nossos colaboradores e que é evidente

em qualquer serviço prestado por nós. A segunda mais

valia dos nossos serviços é a otimização de recursos

e a redução da janela temporal até à obtenção de

resultados. Nos dias de hoje, a redução de custos

e o time-to-market são fatores essenciais para os

promotores. Temos recursos especializados em cada

uma das áreas de atuação, o que nos permite maior

eficiência nos processos. O público alvo dos nossos

serviços pode ser dividido em quatro classes diferentes:

empresas que desenvolvem tecnologias na área da

saúde, que apresentam diferentes necessidades ao

longo dos ciclos de vida de desenvolvimento e de

comercialização dos seus produtos; profissionais de

saúde ou grupos de investigação que pretendam

desenvolver estudos clínicos, e necessitem de suporte

na idealização, implementação, análise e publicação;

profissionais de saúde ou da indústria que procuram

desenvolver competências na área da investigação

clínica, através de formação especializada, de forma a

poderem, no futuro, vir a realizar os seus estudos ou

participar em outros estudos; empresas do nosso setor

de atuação que procuram complementar ou reforçar a

sua capacidade de resposta para algumas tipologias de

projetos. As CROs que providenciam outros serviços,

encontram na nossa equipa um complemento técnico,

que lhes permite uma maior diversificação da sua oferta.

As CROs que prestam os mesmos serviços, procuram-

nos para reforçar a sua capacidade de resposta

durante um período de tempo pré-definido, ou perante

necessidades técnicas específicas.

De que forma é que apostam na formação dos

vários profissionais de saúde?

Ao longo dos últimos anos, temos vindo a proporcionar

sessões de formação sobre diversas áreas de

investigação clínica. Temos recebido um ótimo feedback.

A nossa aposta na formação de profissionais de saúde

tem passado muito pela otimização dos conteúdos

formativos de acordo com o feedback que recebemos.

Um dos nossos focos reside no reconhecimento

das limitações de tempo inerentes ao dia a dia dos

profissionais de saúde, pelo que consideramos que é

muito importante que os formandos cumpram os seus

objetivos de aprendizagem, sentindo que o tempo

que investiram no seu desenvolvimento profissional foi

adequado e útil. Para atingir o objetivo, recorremos a

metodologias pedagógicas ativas, tanto para fomentar

uma aprendizagem baseada na experiência e reflexão,

como para proporcionar uma experiência formativa

dinâmica, atualizada e de alto valor. Os conteúdos

programáticos das nossas formações são ilustrados com

exemplos referentes a dados clínicos reais, de forma a

estabelecer um paralelo entre o ambiente formativo e a

prática de investigação clínica. A outra vertente em que

apostamos é na experiência profissional dos formadores,

e nas suas qualificações científicas e pedagógicas.

Temos vindo a trabalhar junto de empresas da indústria

CLUSTER DA SAÚDE

João Bissau e Sílvia sirgadoScientific Affairs Director e Managing Partner

Page 43: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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C

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farmacêutica, que nos abordam com necessidades

formativas específicas. Temos flexibilidade para adaptar

os conteúdos das nossas formações ou desenvolver

formações. De modo a ir ao encontro das agendas

restritas dos profissionais de saúde, disponibilizamo-

nos a realizar as sessões em qualquer ponto do país,

como estratégia de promoção do acesso à formação

em investigação clínica.

Como caracteriza a equipa de profissionais da

Scientific Toolbox Consulting?

Pela experiência multidisciplinar, formação diferenciada

e pela motivação. Gostamos do que fazemos, e isso

reflete-se no entusiasmo com que acolhemos cada

projeto. Consideramos que é essencial estabelecer

relações de confiança com todos os stakeholders. Os

nossos clientes valorizam a apresentação de soluções

concretas e eficazes para os desafios que nos colocam.

Que valores estão intrínsecos ao bom

funcionamento da Scientific Toolbox Consulting?

Percecionamos cada colaborador como um indivíduo

distinto e reconhecemos os seus contributos.

Fomentamos as condições necessárias à evolução

individual de cada um, apoiando iniciativas que valorizem

tanto o colaborador como a empresa. Consideramos

que as competências técnicas são essenciais às

nossas funções, mas também apostamos em ações

de desenvolvimento de outras competências, como

a área comportamental, o que nos permite alavancar

uma cultura empresarial focada na comunicação e

na valorização de todos os elementos da equipa.

Assumimos com cada cliente o compromisso de

trabalhar para atingir os objetivos a que nos propomos,

pautando as nossas ações pela ética, dignidade,

honestidade e pelo respeito. Procuramos conhecer a

cadeia de valor, eliminar desperdícios, e assim prestar

serviços de elevada qualidade, atempadamente e de

forma competitiva. Apostar na qualidade e na melhoria

contínua, como forma de manter a excelência dos

serviços. Participamos no bem-estar da comunidade,

quer através do impacto positivo na qualidade de vida

dos colaboradores, quer em projetos de ação social, quer

em ações de responsabilidade ambiental. Temos vindo

a apoiar o desenvolvimento de alguns estudos clínicos

de iniciativa de investigador, que não têm qualquer tipo

de apoio financeiro, ajudando os seus promotores a

estruturar as ideias de modo a que se transformem em

projetos sólidos passíveis de financiamento.

O que vos distingue de outras empresas que

atuam no mesmo ramo que o vosso?

A Scientific ToolBox rege-se por padrões elevados de

exigência, rigor e qualidade, diferenciando-se também

por fatores como a flexibilidade e a competitividade.

Outro fator é o foco em serviços com elevado potencial

exportador. A nível local, destacamos a nossa motivação

para ajudar a transformar ideias inovadoras em estudos

clínicos sólidos, operacionalizáveis e com validade

científica.

E o futuro?

Em 2016 vamos continuar a apostar na angariação de

novos clientes a nível nacional, de forma a aumentar a

nossa quota de mercado. Vamos dar continuidade ao

desenvolvimento da área de desenho e implementação

de estudos clínicos, que iniciámos no segundo semestre

de 2015, e para a qual perspetivamos um crescimento

a médio prazo. Temos tido alguma solicitação para

desenvolver esta área, e consideramos que é o momento

certo para fazer esta apostaVamos também continuar

a apostar na exportação dos serviços, quer através da

consolidação da relação com os clientes atuais, quer

através da procura ativa de novos clientes internacionais.

Uma grande parte dos serviços que prestamos podem

ser realizados remotamente, o que é claramente uma

vantagem na angariação de novos projetosAinda a curto

prazo, vamos apostar numa estratégia mais abrangente

de divulgação das nossas formações. Em 2015,

mesmo sem promoção ativa , formámos cerca de 200

profissionais de saúde, pelo que esta será sem dúvida

uma área prioritária. Este ano queremos estabelecer

parcerias com associações de profissionais de saúde,

e estamos a analisar condições especiais para parcerias

com alguns núcleos de internos. Como projetos a longo

prazo, temos muitas ideias inovadoras e ambições, que

iremos implementar a seu tempo.

CLUSTER DA SAÚDE

Page 44: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

44

A Associação Portuguesa de Medicina Farmacêutica (AMPIF) é uma associação que existe há aproximadamente 27 anos no mercado da

saúde. Nos últimos anos tem vindo a aumentar a sua viabilidade, visibilidade e ação. Para sabermos mais sobre este projeto estivemos

à conversa com o presidente Acílio Gala e a vice-presidente Ana Rita Lima.

associação portuguesa de medicina farmacêutica

a Medicina Farmacêutica em Portugal

Numa fase inicial começavamos por falar no

aparecimento da AMPIF e da sua missão.

A AMPIF foi fundada em 1989 e é uma organização

profissional e científica sem fins lucrativos, composta

por médicos que trabalham em Medicina Farmacêutica.

Os associados da AMPIF são responsáveis por

todas as atividades técnico-científicas exercidas

maioritariamente nos Departamentos Médicos das

empresas farmacêuticas. A AMPIF tem como missão, a

cooperação e desenvolvimento técnico e científico dos

seus associados, bem como a disponibilização destas

competências ao serviço das exigências técnica, ética e

deontológica da Indústria Farmacêutica.

Com a evolução que tem surgido quais são os

principais objetivos?

Os objetivos assentam em três eixos estratégicos. O

primeiro passa por reforçar e consolidar a estrutura

interna. Queremos ainda publicar o estudo levado a

cabo pela AMPIF, em parceria com a Universidade

de Aveiro, sobre as estruturas dos departamentos

médicos em Portugal entre 2012 e 2014, dando a

conhecer esta realidade à sociedade. O segundo pilar

passa por reforçar e consolidar as relações internas

em contexto nacional, fazendo chegar a sua posição

e ideias a todos os parceiros da saúde e responsáveis

políticos. O terceiro assenta no reforço e consolidação

das relações externas em contexto internacional. Neste

campo, queremos manter a parceria com a International

Federation of Associations of Pharmaceutical Physicians

(IFAPP), nas áreas de relações internacionais e da ética,

e trabalhar, com os parceiros nacionais relevantes.

Os profissionais da área têm presente a

importância de uma formação contínua?

A maioria dos profissionais de saúde que trabalham

em Medicina Farmacêutica, incluindo médicos, são

habitualmente sujeitos a um programa de formação nas

empresas farmacêuticas onde exercem as suas funções.

Além disto, tem necessidade de desenvolver-se através

de formação pós-graduada, que em Portugal tem sido

assegurada por algumas Universidades, pela autoridade

competente – INFARMED -, mas também por empresas

de formação. Mas vale a pena salientar que a Ordem

dos Médicos desenvolveu a competência em Medicina

Farmacêutica, existindo já vários médicos em Portugal

que obtiveram esta competência.

Como se defende o correto exercício da Medicina

Farmacêutica?

O desenvolvimento e comercialização de medicamentos

é uma área extremamente regulada. Existe legislação

extensa definida pelas autoridades competentes

europeias e nacionais, e códigos deontológicos,

também a nível europeu e nacional. As próprias

empresas farmacêuticas têm as suas políticas e

procedimentos, alicerçados na legislação em vigor e nos

diversos códigos. Esta regulamentação é um garante

do adequado exercício da Medicina Farmacêutica.

Além disso, a avaliação curricular dos profissionais que

trabalham nesta área, bem como a sua certificação

complementam o nível de preparação exigido para o

exercício desta competência.

A investigação na indústria farmacêutica tem

ganho importância em Portugal. O que tem

contribuído para este crescimento?

A investigação desenvolvida pela Indústria Farmacêutica,

na sua forma mais expressiva sob a forma de ensaios

clínicos, corresponde à maior parte da investigação

clínica que se faz em Portugal. Acreditamos que algumas

medidas estratégicas que foram implementadas no

plano legislativo nos últimos dois anos, como a nova

lei de investigação clínica de 2014, contribuíram para

criar condições para tornar a investigação clínica mais

competitiva.

Por onde passa o futuro da AMPIF?

Na sequência do estudo levado a cabo pela AMPIF sobre

as estruturas dos Departamentos Médicos em Portugal,

ficou patente que são diversas as competências

dos profissionais que aí trabalham. Falamos de

farmacêuticos, biólogos, enfermeiros, engenheiros

químicos, epidemiologistas, entre outros. Se não

representar a realidade, a AMPIF está a autolimitar-se.

É desejo revisitar os seus estatutos de modo que esta

associação represente não só os médicos, mas todos

os profissionais de saúde que trabalham em Medicina

Farmacêutica. Naturalmente que estará sempre no seu

ADN o desenvolvimento das competências desses

profissionais e a defesa dos princípios e interesses que

representam.

Acílio galaPresidente

ana rita limaVice-Presidente

CLUSTER DA SAÚDE

Page 45: Revista Business Portugal | Janeiro '16
Page 46: Revista Business Portugal | Janeiro '16

O Presidente da República concluiu, em

Vale de Cambra a sua oitava jornada do

Roteiro para uma Economia Dinâmica,

tendo presidido a uma cerimónia

de condecoração de 14 empresários que são

expressão do dinamismo da economia.

No seu discurso, Cavaco Silva referiu a escolha

destes dois setores, a cerâmica e a metalurgia

por serem setores muito expostos à concorrência

e responsáveis, também eles, por um importante

contributo para o valor acrescentado da indústria

naiconal, para as exportações, para o crescimento

e para o emprego. A maioria das empresas

destes setores atravessou extremas dificuldades

ao longo das últimas décadas. Muitas delas não

sobreviveram à concorrência global e à aceleração

tecnológica. Mas muitas outras, graças ao

engenho, à tenacidade e à determinação dos seus

empresários e trabalhadores, têm sido capazes

de se reinventar, de investir em novas ideias, de

ultrapassar as dificuldades, e de manter ou mesmo

de reforçar o emprego.

O setor da metalurgia e metalomecâmica foi o maior

exportador nacional em 2014, num total de 13.8

mil milhões de euros. Já a cerâmica representa

900 milhões.

Na cerimónia foram agraciados com o grau de

comendador da Ordem do Mérito Empresarial,

Classe do Mérito Industrial vários industriais de

ambos os setores, havendo ainda espaço para

o grau de Comendador da Ordem do Mérito

Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

46

SUPLEMENTO ESPECIALROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA

Page 47: Revista Business Portugal | Janeiro '16

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SUPLEMENTO ESPECIALROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA

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SUPLEMENTO ESPECIAL

presidente da república na imposição de comendas da ordem de mérito empresarial

Samuel delgado - solancis

Benjamim santos - indasa

Agostinho da Silva, Álvaro Gouveia e Fernando Sousa - cei

josé paulo silva- jpm

pedro Araújo - polisportjoão silva - adega cooperativa de távora

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA

Page 49: Revista Business Portugal | Janeiro '16

presidente da república na imposição de comendas da ordem de mérito empresarial

49

SUPLEMENTO ESPECIAL

joão carlos novo - motofil

avelino gaspar - Lusiaves

joão paulo crespo - fertiprado

manuel tarré - gelpeixe

paulo dunões - kerion

paula roque - revigrés

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICA

Foto

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Page 50: Revista Business Portugal | Janeiro '16

50

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

O concelho de Vale de Cambra foi eleito pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva para encerrar as comemorações dos

oito Roteiros dedicados à Economia Dinâmica. Em entrevista ao presidente do município, José Pinheiro fomos à descoberta das

potencialidades da região.

município de vale de cambra

Capital do aço inoxidável

Vale de Cambra tem-se destacado a nível nacional por ser um concelho

com uma taxa de desemprego residual, devido sobretudo aos postos de

trabalho existentes na indústria metalomecânica. O Presidente da República

terminou no concelho o périplo que fez pelo país ao longo de oito roteiros

dedicados a uma Economia Dinâmica. A cerimónia de encerramento condecorou 14

empresários que são expressão do dinamismo da economia. José Pinheiro presidente

do município de Vale de Cambra revela que “fiquei muito agradado com o desafio

que o Presidente da República nos lançou para acolhermos em Vale de Cambra a

cerimónia de encerramento dos roteiros, fazendo aqui uma cerimónia de condecoração

de personalidades ligadas à indústria, no fundo, é também um reconhecimento de Vale

de Cambra como pólo industrial, um concelho exportador líder da metalomecânica

nacional”, remata. Dos 14 empresários condecorados com a comenda da Ordem

do Mérito Empresarial, dois filhos da terra foram agraciados na vertente da Classe do

Mérito Industrial, demonstrando a importância da região no setor. Durante o ano de

2015, o Presidente da República já tinha visitado o concelho, nomeadamente a JPM

Indústria, regressou no final do ano a Vale de Cambra para a cerimónia de encerramento

e também para conhecer “uma empresa de referência no setor do aço inoxidável,

a Arsopi”, relata o interlocutor. A região assume uma enorme importância para a

economia nacional, no que diz respeito, à metalomecânica pesada e à indústria do aço

inoxidável, “numa vertente cada vez mais específica, o aço inoxidável é utilizado em

inúmeras construções, mas também nas indústrias alimentar e petroquímica. Foi , por

isso, muito gratificante o Presidente da República selecionar Vale de Cambra para fazer

o encerramento deste roteiro”, evidencia o autarca valecambrense. No entender de

José Pinheiro, “Vale de Cambra está inserida numa região com um potencial industrial

josé pinheiroPresidente

Page 51: Revista Business Portugal | Janeiro '16

51

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

forte que é o Distrito de Aveiro, onde há criação de riqueza, emprego e inovação, onde

a economia industrial é diversificada”. Devido à orografia da região não é possível

a criação de uma grande zona industrial, mas o concelho tem quatro pólos, a zona

industrial de Lordelo/Codal, Rossio, Calvela e Algeriz e, futuramente, “estamos a apoiar

a construção de uma nova empresa, temos de fazer das dificuldades oportunidades”,

refere o autarca, acrescentando que “o município de Vale de Cambra tem procurado

apoiar os industriais deste concelho”. O papel do município passa também pela procura

de sinergias entre o tecido empresarial e as instituições ligadas à educação e formação,

através de iniciativas diversas, neste sentido, está a ser organizada “uma feira, em que

vamos envolver a comunidade escolar intitulada ´Aqui há futuro´, queremos transformar

aquilo que são oportunidades de emprego e formação no casamento perfeito, em que

se formem jovens para o mercado de trabalho, queremos combater o desemprego,

pretendemos ser um exemplo nessa matéria”, explica o entrevistado, revelando que

a autarquia está empenhada em que a “Escola Tecnológica possa evoluir e passe a

lecionar Cursos Técnico-Profissionais Superiores, estamos a tratar da homologação

com o Instituto Superior de Engenharia do Porto, ISEP. É o primeiro passo para permitir

fixar os jovens e dar mão de obra especializada às empresas”, adianta José Pinheiro.

Um dos esforços que a autarquia está a levar a cabo é criando condições para que os

trabalhadores do concelho possam também residir em Vale de Cambra, “40 por cento

dos nossos trabalhadores moram fora do concelho”, refere o autarca, salientando que

“queremos criar melhores condições” para os que querem viver em Vale de Cambra.

Novas apostas: Turismo e Cultura

A indústria metalomecânica é o principal motor do concelho, um setor consolidado

e que muito tem contribuído para a economia da região. A autarquia acredita que

agora é tempo de começar a investir em outros setores que possam, igualmente,

dinamizar o concelho. Atualmente já existem algumas unidades hoteleiras onde é

possível uma estadia usufruindo da natureza que envolve a região. O autarca José

Pinheiro esclarece que “estamos a apoiar a criação de postos de trabalho no turismo,

apostando no turismo de natureza que é um setor emergente, acompanhando a

tendência de crescimento do turismo no norte do país”. No que toca às infraestruturas,

o presidente da autarquia refere que o concelho tem “um Parque da Cidade que é uma

obra fantástica e que possibilita a prática de desportos e de lazer ao ar livre, tem as

piscinas cobertas e descobertas” às quais se associam as “paisagens magníficas, a boa

gastronomia, os espetáculos culturais” e outros eventos como “a Feira da Castanha e a

Feira Gastronómica”, que segundo o autarca têm cada vez mais afluência.

Futuro

Questionado sobre as perspetivas de futuro para a região, o presidente do Município

de Vale de Cambra refere que a curto prazo o objetivo é “retomar o projeto ´Ideias

com Vida´, que pretende dar oportunidades aos jovens para iniciarem um novo projeto.

O município quer dar condições aos jovens através da cedência de um espaço e

material. O objetivo é apoiar uma ideia que possa ser materializada em algo que possa

gerar riqueza”, explica José Pinheiro. Um dos projetos que também deve avançar é

destinado ao turismo e pessa pela “criação de um Centro Interpretativo na Serra da

Freita”, dedicado à natureza e história da região. Nas palavras do autarca é necessário

criar uma “vontade coletiva, o que nem sempre é fácil, mas é necessário refocar a

orientação, temos uma dinâmica que está em velocidade cruzeiro, a indústria e outra

que está adormecida, o turismo, área onde é preciso concentrar energias. Pretende-

se fazer algo diferenciador que possa reverter aquela que é a realidade do fluxo de

pessoas, invertendo as saídas do concelho captando pessoas que se fixem em Vale de

Cambra”, perspetiva o autarca. O futuro passa pois pelo reforço e acompanhamento

da indústria, fixação de população no concelho e a revitalização e dinamização do

turismo e da cultura.

Page 52: Revista Business Portugal | Janeiro '16

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Macieira de Cambra foi palco da última e oitava sessão no âmbito das jornadas do Roteiro para uma Economia Dinâmica. A cerimónia

realizou-se no moderno Centro Cultural instalado no centro da freguesia. Neste sentido fomos conhecer a localidade e a importância da

presença do Presidente da República, numa entrevista com o presidente da Junta de Freguesia, João Pedro Costa.

Freguesia de Macieira de Cambra

Trabalho em prol da população

Numa cerimónia que decorreu no Centro

Cultural de Macieira de Cambra, o Presidente

da República, Aníbal Cavaco Silva agraciou

14 empresários. Entre os condecorados

estão dois filhos da terra, José Paulo Silva, diretor

executivo da JPM Indústria e Pedro Araújo, presidente

da Polisport. Ambos foram agraciados com o grau de

comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe

do Mérito Industrial. O nosso entrevistado refere com

grande entusiasmo que “para a Junta de Freguesia e

para mim, enquanto presidente, foi um orgulho enorme

receber no Centro Cultural de Macieira de Cambra

o Presidente da República e a condecoração das

medalhas de mérito para os empresários do concelho e

não só”, refere o edil. O Presidente da República decidiu

destacar e condecorar empresários que são expressão

do dinamismo da economia e que têm contribuído para

o desenvolvimento do país, como sublinhou igualmente

o nosso entrevistado, “os condecorados são homens

com horizontes que têm feito muito pelo país e pela

terra, a quem se tem de dar o devido valor”. Quanto

à caracterização económica e geográfica da freguesia,

“Macieira de Cambra é um bom dormitório, a freguesia

tem 18 km2 e 4425 eleitores. Em termos económicos,

tem indústrias de madeira, mecânica e diversas

atividades que contribuem para os números reduzidos,

no que toca ao desemprego, em relação ao índice

nacional, temos um valor reduzido, as fábricas aqui

instaladas criam postos de trabalho e contribuem para a

riqueza da região e representam um grande potencial”,

destaca o nosso interlocutor.

No que diz respeito às valências existentes na freguesia,

o edifício sede da junta tem as portas abertas todos

os dias úteis, assegurando o serviço dos correios. O

presidente da Junta de Freguesia destaca o papel

que as instituições desempenham, “a freguesia,

felizmente, tem muitas instituições, a Fundação Luíz

Bernardo de Almeida, de cariz social, representa

neste momento a maior entidade empregadora, tem

cerca de 90 a 95 funcionários”, evidencia. A nível

desportivo e cultural, Macieira de Cambra tem várias

associações e instituições que trabalham em prol da

terra, promovendo atividades dinâmicas, importando

destacar “o Grupo Desportivo e Cultural Estrelas

Vermelhas, o Clube Desportivo e Cultural de Macieira

de Cambra, a Comissão de Festas Setembrinas, a

Conferência Vicentina de Macieira de Cambra,o Grupo

Coral de Santo Aleixo, o Grupo Etnográfico Terras de

Cambra, a Associação Académica de Cambra, o Clube

de Caça e Pesca Terras de Cambra, a Casa do Professor

de Vale de Cambra, o Grupo Desportivo e Cultural de

Algeriz, o Grupo Desportivo e Cultural os Ramilenses,

a Olca-Orquestra Ligeira de Cambra e a Focus, estão

todos de parabéns pelo trabalho que realizam”, refere

o presidente, João Pedro Costa. As festividades mais

importantes realizam-se em setembro e são conhecidas

como as festas setembrinas em honra de “Nosso Senhor

do Calvário e Nossa Senhora da Natividade, onde tem

lugar também a procissão das velas que atrai muita

gente à freguesia”, destaca o nosso interlocutor. Falando

do futuro, o presidente João Pedro Costa refere que

gostaria de terminar o mandato deixando a freguesia

dotada a 100 por cento de saneamento básico, trabalho

que está a ser feito em parceria com o Município de

Vale de Cambra, “estou convencido que parte dessas

obras se vão realizar”, explica, acrescentando ainda que

para “fixar a população é necessário criar condições em

vez de obstáculos, cativando os cidadãos e é isso que

queremos fazer”, conclui João Pedro Costa, presidente

da Junta de Freguesia de Macieira de Cambra.joão pedro costaPresidente

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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Os produtos da Kerion, que apostam na exclusividade, chegam já a 46 países. A França, principal mercado, conheceu um aumento de

30 por cento este ano e a exportação absorve cerca de 75 por cento da produção. O grande objetivo traçado por Paulo Dunões e Isabel

Dunões, gestores da empresa, é a entrada no mercado americano.

kerion

A nova expressão da cerâmica contemporânea

A Kerion recebeu a visita do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no

âmbito do “Roteiro para uma Economia Dinâmica”, cujo objetivo se centrou

em evidenciar empresas portuguesas na vanguarda da inovação e da

qualidade, impulsionadoras do crescimento económico e com expressão

no mercado internacional. A culminar esta jornada, Cavaco Silva condecorou 14

empresários, verdadeiros exemplos de inegável sucesso empresarial.

Paulo Dunões foi agraciado com o grau de comendador da Ordem do Mérito

Empresarial, Classe do Mérito Industrial, uma distinção que considerou ser bastante

gratificante e reconhecedora do perfil de inovação e qualidade assumidos pela Kerion

ao longo do seu percurso.

A Kerion desenvolve a sua atividade no setor da cerâmica, centrada na produção

e comercialização de pavimentos e revestimentos, tendo beneficiado de apoios

concedidos através do QREN SI Inovação, ao qual se candidatou em 2008 e que,

de acordo com os gestores da empresa, Paulo Dunões e Isabel Dunões, assumiu

um papel determinante para a concretização do projeto de desenvolvimento de

novos produtos estética e tecnologicamente inovadores, bem como para a sua

internacionalização. Atualmente, os produtos da Kerion estão presentes em 46 países,

nos cinco continentes, com especial relevância para o mercado europeu.

Uma história de sucesso

Paulo Dunões trabalha no sector da cerâmica, juntamente com a sua esposa e sócia,

Isabel Dunões, há cerca de 30 anos, fruto das iniciativas empresariais do seu sogro, o

isabel e paulo dunõesAdministradores

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

Page 55: Revista Business Portugal | Janeiro '16

kerion.pt

Soluções de pastilha e mosaico hidráulicoem grés porcelânico

Aveiro - PORTUGALT +351 234 946 020

engenheiro Celso Albuquerque. Na verdade, o empresário com formação na área de

eletrónica e telecomunicações assumiu o desafio de entrar no sector da cerâmica e

conseguiu traçar um percurso de sucesso.

Assim sendo, a Kerion nasce fruto de três décadas de experiência na indústria

cerâmica e na produção de grés porcelanato, oferecendo aos seus clientes soluções

cerâmicas de acordo com uma lógica de inovação que faz a diferença. A Kerion surge

de uma herança cultural refinada e com os objetivos de traduzir as necessidades de

estilo, tecnologia e estética da modernidade, num sistema inovador e avant-garde,

apresentando verdadeiras soluções personalizadas numa cultura de viver. Através de

uma prospeção contínua sobre o produto, sobre o projeto e sobre o mercado, a Kerion

assume-se como a nova expressão da cerâmica contemporânea.

Detentora de um perfil moderno e inovador, a Kerion assume como objetivo

disponibilizar produtos e soluções que criem valor em termos estéticos e técnicos,

trabalhando de uma forma muito próxima com os seus clientes, na sua grande maioria

arquitetos e decoradores de interiores.

No que concerne às tipologias de produtos, a empresa disponibiliza as pastilhas de

grés porcelânico vidradas Kerion Mosaics, o neocim, inspirado na beleza dos antigos

mosaicos hidráulicos, aliando a beleza do passado à inovação da tecnologia atual, bem

como o grés porcelânico laminado, uma tecnologia para novas soluções de arquitetura,

decoração e renovação.

De acordo com Paulo Dunões, a Kerion está em 46 países, tendo exportado em 2014

cerca de 75 por cento da sua produção. “O nosso objetivo é passar dos 80 por cento,

mas por outro lado, estamos a ter um crescimento muito substancial no mercado

nacional, porque as nossas soluções são distintas das dos nossos concorrentes”,

sublinhou o empresário.

Neste momento, em termos de mercado externo, a França representa cerca de 30 por

cento do mercado de exportação da Kerion, seguindo-se a India. “O maior conjunto de

mercados para os quais exportamos os nossos produtos é a Europa, mas temos que

crescer para outros mercados. A nossa grande aposta em 2016 é direcionar a nossa

estratégia de internacionalização para o mercado americano, para o qual consideramos

estar preparados, por isso vamos marcar presença na feira Coverings em Chicago”,

adiantou.

O futuro da Kerion passa por continuar com a sua visão estratégica que se tem

revelado vencedora e assertiva, com o intuito de se posicionar para a entrada em

novos mercados, com os seus produtos inovadores e exclusivos.

Page 56: Revista Business Portugal | Janeiro '16

56

Fundada em 1979, a Indasa é um dos principais fabricantes europeus de abrasivos flexíveis (lixas) da alta qualidade para o segmento

da repintura automóvel e indústria em geral, exportando 90 por cento da sua produção para mais de 100 países nos cinco continentes.

indasa

Qualidade e inovação são a chave do sucesso

A Indasa foi uma das empresas escolhidas pela Presidência da República

para figurar como exemplo no “Roteiro Para Uma Economia Dinâmica”.

Foi o perfil exportador, o forte investimento em curso e a solidez do projeto

da Indasa que permitiram que esta fosse uma das empresas selecionadas.

Assim, recebeu a visita do Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, no

dia 22 de Abril de 2014, na sua sede e instalações fabris, em Aveiro.

Na conclusão das jornadas do “Roteiro para uma Economia Dinâmica”, Cavaco Silva

presidiu a uma cerimónia de condecoração de 14 empresários que são a verdadeira

expressão do dinamismo da economia.

Benjamim Santos foi um dos empresários condecorados, tendo sido agraciado com o

grau de comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial, uma

distinção que o empresário considerou ser muito gratificante para si e para a empresa

cujos destinos lidera. “A visita do Presidente da República e a atribuição da comenda

foram extremamente gratificantes, porque se trata de um reconhecimento do mérito

da nossa empresa”, disse realçando o cuidado e a seriedade com que o Presidente

da República visitou a Indasa, tendo a perfeita noção do trabalho desenvolvido, dos

produtos e das marcas disponibilizadas pela empresa. “Sentimo-nos respeitados e

isso é muito importante. O Presidente da República teve uma postura respeitadora que

eu relevo e não esqueço”, disse salientando que, durante a visita, o Chefe de Estado

interessou-se por perceber o processo de desenvolvimento e inovação, assim como o

processo produtivo da unidade fabril e mostrou especial entusiasmo sobre a dinâmica

exportadora da Indasa.

Um rumo de crescimento sustentado

Fundada em 1979, a Indasa resulta da experiência e know-how adquiridos por

um grupo de profissionais do sector liderado por Benjamim Santos na indústria

das lixas, na qual trabalha desde 1970. A empresa nasceu alicerçada em quatro

pilares fundamentais: dirigir e concentrar a empresa para um nicho de mercado,

designadamente, a repintura automóvel, com marca própria, apostando em produtos

benjamim santosPresidente do Conselho de Administração

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

Page 57: Revista Business Portugal | Janeiro '16

57

de alta qualidade e na exportação.

Foram estes os pressupostos que permitiram que hoje, a Indasa seja um dos líderes

mundiais na produção de abrasivos flexíveis de alta performance.

“Atualmente, a Indasa é uma empresa que exporta para mais de 100 países tendo

sete filiais distribuídas pelos cinco continentes. Em 1988, abrimos em Espanha, em

1989 em Inglaterra e França, em 1994 em Alemanha, em 1998 no Brasil, e em

1999 na Polónia e nos Estados Unidos”, adiantou Benjamim Santos, sublinhando que

a Indasa tem cerca de 390 pessoas no grupo e exporta mais de 90 por cento da sua

produção para mais de 100 países, através de uma rede de parceiros e distribuidores

que se encarregam de desenvolver o negócio e de servir as necessidades locais em

cada mercado.

A sua fábrica em Aveiro e o know-how acumulado ao longo de vários anos permitem

à empresa fornecer soluções adaptadas a cada mercado e sistemas de lixagem

inovadores e o plano de investimento contínuo transformou-a numa das mais

modernas da Europa. A excelência e boas práticas da Indasa no desenvolvimento,

produção e marketing de abrasivos flexíveis, permitiu à empresa receber um número

significativo de certificações internacionais.

A Indasa tem um universo de mais de 20 mil referências de produtos, isto porque

esta é uma área em constante evolução. Segundo Benjamim Santos, a investigação

e desenvolvimento interno da empresa e a colaboração com universidades, centros

de investigação e fornecedores continuam a ser fundamentais no desenvolvimento

de soluções de lixagem tecnologicamente avançadas, lembrando que no processo

de fabrico da empresa apenas são usadas as melhores matérias-primas disponíveis

no mercado.

A culminar a entrevista à Revista Business Portugal, Benjamim Santos deu nota de que

a Indasa está a finalizar um investimento de cerca 14 milhões de euros, com o objetivo

de reforçar a sua capacidade produtiva e a pensar no forte potencial de crescimento

de mercados como os Estados Unidos da América, Brasil, Índia, China e Médio Oriente.

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ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

Page 58: Revista Business Portugal | Janeiro '16

58

Fundada em 1994, a JPM é uma empresa tecnologicamente evoluída que desenvolve a sua atividade ao nível da automação industrial

e metalomecânica. Ao longo do seu percurso, especializou-se na produção, instalação, manutenção e reparação de equipamentos e

unidades industriais. Na 8ª Jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica, José Paulo Martins da Silva, presidente do conselho de

administração, foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem de Mérito Empresarial. Conversamos

com o mesmo a propósito de tão importante distinção.

jpm S.A.

Automação industrial e metalomecânica ao mais alto nível

A 8ª e última Jornada do Roteiro para uma Economia Dinâmica foi dedicada

aos setores da Cerâmica, Metalurgia e Metalomecânica. O Presidente da

República agraciou o responsável da JPM, José Paulo Martins da Silva com

o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito

Industrial. A título pessoal, como viu este reconhecimento?

Não estava à espera, mas é com muito orgulho que o recebo. Penso que será o

reconhecimento de 22 anos de trabalho como empresário, quase metade da minha

vida, durante os quais pus a maxima dedicação ao meu projeto para a JPM.

Devo este reconhecimento tambem à minha familia, sócios e colaboradores, sem eles

não teria sido possível esta distinção.

A Comenda atribuída valoriza igualmente toda uma equipa, como é que os

colaboradores da JPM reagiram?

Reagiram demonstrando uma satisfação pessoal por verem a distinção atribuída ao

principal responsável da JPM e também por sentirem terem a sua quota-parte de

responsabilidade no sucesso do projeto JPM.

O Roteiro da Presidência da República é uma iniciativa que destaca as

empresas inovadoras e de qualidade, que estão presentes no mercado externo,

josé paulo martins da silvaPresidente do Conselho de Administração

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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59

contribuindo para o crescimento económico. Sendo a JPM um exemplo, qual

tem sido a estratégia de crescimento e desenvolvimento adotada?

A estratégia de crescimento tem sido assente na qualidade do serviço prestado e

dos produtos colocados no mercado, associada a uma aposta clara nos mercados

internacionais, naturalmente para isto acontecer tivemos de fazer fortes investimentos

nas condições de trabalho, novas instalações, equipamentos industriais e também na

qualificação da nossa equipa.

Fundada em 1994, a JPM tem já uma forte presença a nível mundial,

neste momento quais são os vossos principais mercados? Qual tem sido a

estratégia adotada para vingar internacionalmente?

Os principais mercados são Europa, África e Médio Oriente. A estratégia passa pela

qualidade dos serviços prestados e dos equipamentos produzidos e instalados. A

par destas dimensões a JPM é uma empresa com uma cultura de bem servir os

seus clientes e neste sentido temos feito muitas apostas para que aspetos tais como

agilidade, rapidez e inovação sejam progressivamente mais fortes, por isto já estamos

presentes em mais de 45 países.

A inovação e a qualidade estão sempre presentes nos produtos e projetos da

JPM, tendo em conta que estamos no início do ano, quais as novidades que

têm previstas para 2016?

Em 2016 tencionamos entrar com os nossos produtos e serviços em novas

geografias e também apostar em reforçar a capacidade de desenvolvimento de novos

equipamentos para o mercado tradicional da JPM.

O agraciamento do Presidente da República deve constituir uma inspiração

para o futuro, neste contexto, quais são os projetos e desafios para os

próximos anos?

Um dos principais desafios é consolidar a presença internacional da JPM nos mercados

referidos e em simultâneo conferir uma estrutura de grupo no qual sejam alicerçadas

atividades económicas sinergéticas entre si.

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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Samuel Delgado é o homem que dirige os destinos da Solancis há 30 anos. Herdou o negócio de família que, neste momento, leva

o calcário português a todo o mundo. O Presidente da República resolveu distinguir o presidente do Conselho de Administração da

empresa com o grau de comendador da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial.

Solancis

Tradição e inovação há 47 anos

A condecoração do Presidente da República surgiu no seguimento de

uma visita às instalações da Solancis, na Benedita, no dia 13 de outubro

de 2014. Questionado sobre a importância desta distinção, Samuel

Delgado entende que “este reconhecimento é o fruto do trabalho de 30

anos dedicado à indústria das pedras em que sou a segunda geração da família na

empresa, e sou a quarta geração no setor. Uma condecoração destas acontece uma

vez na vida, é a recompensa de 30 anos de trabalho e de toda uma equipa constituída

por 99 pessoas”, salienta. A empresa nasceu em 1969 pelas mãos do pai Manuel

Delgado, “aos 18 anos vim trabalhar para a Solancis e fiquei à frente da empresa aos

20 anos. Nessa altura, começámos logo a exportar obras para Paris, por exemplo,

fomos crescendo progressivamente e, em 1999/2000, já exportávamos cerca de

60 por cento, atualmente a exportação é praticamente 95 por cento”, revela Samuel

Delgado, presidente do Conselho de Administração da Solancis. O slogan da empresa

“Tradição e Tecnologia” demonstra que “aliamos a tradição e a tecnologia de ponta

para transformar um produto natural e único. Adicionamos valor e contribuímos para

divulgar o nome da nossa região e do nosso país. Hoje temos tecnologia feita em

Portugal que até os italianos, que foram os pioneiros neste setor, já andam a copiar.

Neste momento, já concorremos diretamente com os italianos em termos de projeto”,

esclarece o nosso interlocutor. A Solancis tem 12 pedreiras que ficam situadas no mais

importante repositório de formações calcárias existente em Portugal, o maciço calcário

estremenho. São 800 km2 de formações calcárias que se elevam no centro do país, a

cerca de 90 quilómetros de Lisboa e a 30 quilómetros do mar. Nelas são extraídos os

materiais “onde temos os geólogos que fazem o estudo das pedreiras, encaminham as

frentes, marcam as camadas e são separadas. Depois fazemos o stock dos materiais

e encaminhamos para a fábrica destinados aos projetos que promovemos ao longo do

ano”, explica o interlocutor. A inovação e a tecnologia permite hoje à Solancis “fazer

projetos que antes demoravam um ou dois anos”, revela Samuel Delgado. Através do

recurso a mão de obra especializada o trabalho de conceção está otimizado, garantindo

samuel delgadoCEO

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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63

uma matéria prima uniforme. Na Solancis opera em três “segmentos de mercado:

obras públicas, fachadas e interiores, na construção civil e, as boutiques, que são obras

com embutidos de jato de água, onde fazemos embutidos com duas ou três cores”,

revela Samuel Delgado. A empresa tem-se afirmado no mercado devido ao trabalho

pormenorizado e de proximidade “desenhamos uma fachada peça por peça em 3D.

Por exemplo, estamos agora a terminar uma obra em Paris que foi toda desenhada em

3D, executada e apresentada aqui na fábrica. Depois de aprovada pelo cliente segue

numerada e organizada para ser montada no local”, revela o empresário, destacando

que “o projeto feito à medida é a mais valia da Solancis”. A empresa trabalha neste

momento a partir da Benedita para todo o mundo com diversos parceiros, como revela

o nosso entrevistado, “temos projetos no Médio Oriente, que estão ainda na fase de

conceção. Temos parceiros em vários países desde construtoras aos aplicadores. É

uma forma de promover as pedras portuguesas, porque levamos o nome de Portugal

lá fora”. A Solancis conta neste momento com um vasto portefólio, em Portugal, obras

emblemáticas como o Aeroporto de Lisboa, o Centro Cultural de Belém ou a Marginal

de São Martinho do Porto foram projetadas por esta empresa. Em França, Inglaterra,

Espanha ou Polónia foram responsáveis pela construção de hóteis, avenidas, centros

culturais ou sedes de grandes grupos empresariais, “estamos presentes no Museu Petit

Palais e escadarias do Louvre, em Paris. Assim como em várias lojas das cadeias de

marcas Hermès e Louis Vuitton e em diversas residências privadas que construímos

nos EUA, África do Sul, Rússia, Médio Oriente”, adianta o interlocutor. A empresa

conseguiu atingir este patamar também devido à grande preocupação e respeito pelo

meio ambiente, “consciente de que só apostando na qualidade e sustentabilidade dos

produtos podemos continuar a ser uma empresa de referência, a Solancis controla

rigorosamente os processos produtivos, segundo normas nacionais e internacionais.

Num mercado cada vez mais competitivo, com consumidores cada vez mais exigentes,

as empresas têm de se diferenciar, não só pela qualidade dos produtos e serviços,

mas também pelas preocupações ambientais e de higiene e segurança, contribuindo

para o desenvolvimento sustentável do país. Isto só é possível identificando os aspetos

ambientais inerentes à atividade, minimizando os impactos negativos causados,

zelando pelas condições de segurança dos colaboradores”, explica o empresário. No

que diz respeito ao setor português, na sua globalidade, Samuel Delgado adianta que

as exportações, no ano passado, rondaram os “400 milhões de euros, é um setor

pequeno mas é uma mais-valia para a economia, pois utiliza produtos nacionais, o

único material que importa é o diamante e alguns equipamentos pesados para as

pedreiras. O setor utiliza 95 por cento da tecnologia nacional”. No caso específico da

empresa que dirige há 30 anos, Samuel Delgado revela que a empresa “terminou o

ano com um volume de vendas de 8,4 milhões de euros que, em comparação com

o ano anterior, representa um crescimento de 5 por cento”. Falando das perspetivas

de futuro e, tendo em conta a condecoração do Presidente da República que “foi uma

honra traz também confiança para o futuro, uma vez que é a distinção da figura mais

alto do Estado português, trazendo visibilidade, mas também mais responsabilidade”,

salienta o responsável da empresa. Deste modo, a meta que a Solancis tem “traçada

é nos próximos dez anos duplicar a faturação. O ano de 2015 já foi um bom ano se,

continuarmos assim, vamos conseguir atingir o objetivo. A partir do ano que vem,

vamos implementar novos processos que vão garantir uma maior capacidade de

resposta”, conclui o empresário.

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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No ano de 1990 nasce a Fertiprado, dedicada ao melhoramento de pastagens. Na propriedade da família, Herdade dos Esquerdos, tinha

João Paulo Crespo iniciado em 1984, um projecto de produção pecuária, baseado no melhoramento de pastagens, área de trabalho do

seu pai, engenheiro David Crespo, investigador do INIA desde os anos 60. Uma abordagem diferente da vocação da terra do Alentejo,

salientando o potencial do melhoramento das pastagens. João Paulo, iniciou-se como jovem agricultor, na Herdade dos Esquerdos,

em Vaiamonte, herdada do avô materno. Os ovinos e as pastagens foram o foco inicial, com uma equipa de duas pessoas. Deixou de

lado a formação universitária que nunca chegou a iniciar. A experiência de alguns anos de agricultor, a vontade de trabalhar e o acordo

da família, encorajaram o nascimento da Fertiprado. João Paulo Crespo foi agraciado como grau de Comendador da Ordem do Mérito

Empresarial, Classe do Mérito Agrícola.

fertiprado

SEMEAR PARA COLHER

João Paulo Crespo (JPC) é diretor geral de um

conjunto de empresa familiares. A Fertiland

dedicada à produção de ovinos de leite na

Herdade dos Esquerdos, a Fertiprado em

diversas áreas no setor das sementes e a PECplus,

uma empresa dedicada ao desenvolvimento de

sistemas de gestão pecuária, com recurso a diversas

tecnologias, informáticas e de eletrónica. “Todas as

atividades integradas no campo, desde a genética das

plantas, à produção agrícola e pecuária, as tecnologias

de informação. Todas as nossas atividades se tocam e

geram sinergias técnicas e económicas” refere JPC. A

Fertiprado é a marca mais relevante e atua no setor das

sementes de pastagens e forragens. A investigação e

desenvolvimento em genética de plantas, a produção

de semente, a forte presença no mercado nacional e a

crescente importância de outros mercados tem marcado

a evolução da empresa. Na empresa familiar trabalha já

uma nova geração, o sobrinho Manuel Rovisco desde há

dez anos, e também o filho mais velho de JPC, David, há

dois anos em missão no Uruguai. Ao todo, a Fertiprado

integra 60 pessoas, uma equipa jovem e motivada que

assume responsabilidades e competências de liderança.

As sementes de pastagens e forragens para a

alimentação dos animais são o foco principal da empresa,

mas a marca Fertiprado tem hoje novos atributos no

melhoramento dos sistemas agrícolas, na promoção da

biodiversidade e na proteção e regeneração dos solos.

A importância dos sistemas agrícolas no sequestro

de carbono para mitigação das alterações climáticas

constitui também um desafio. Novas abordagens que

valorizam a marca numa agricultura em mudança.

Nascida no Alentejo, cedo se expandiu a outros pontos do

país. “Portugal tem uma grande diversidade de sistemas

de produção agro-pecuária. Agricultores em realidades

e necessidades diferentes, constituem um desafio para

a empresa. Fomos bem sucedidos e estimulados pela

satisfação dos clientes”, disse JPC. A internacionalização

começou em Espanha, mais tarde em Itália e em 2010

no Uruguai, países onde estão com empresas próprias.

Vende também noutros países europeus, através de uma

rede de parceiros regionais, desenvolvendo soluções de

acordo com as necessidades de cada região. Aposta

no melhoramento dos produtos e no desempenho

da equipa, criando laços de confiança com clientes

joão paulo crespoDiretor Geral

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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e parceiros. A diversidade de sistemas agrícolas de

cada região, obrigam a empresa a uma abordagem

cuidada das diferentes realidades. “Temos êxito quando

conseguimos servir melhor as necessidades dos

clientes. Só assim se consegue crescer” refere.

A empresa tem uma aposta crescente na I&D, com

diversos projetos próprios e em consórcio, na busca

de melhores soluções e de maior capacitação da

equipa técnica. O crescimento tem obrigado a diversas

mudanças na equipa, na delegação de competências

e responsabilidades, nos processos. “São os desafios

de uma empresa que quer crescer, também para

profissionais que querem crescer.

Com sede na Herdade dos Esquerdos, que é também o

seu principal pólo de desenvolvimento e demonstração,

no meio do Alentejo bastante envelhecido e com menos

gente. É a principal empregadora privada do concelho de

Monforte, uma região com baixa densidade e reduzida

atividade económica. A localização apresenta algumas

dificuldades mas também é positiva para a empresa.

Acredita nas vantagens de trabalhar no interior do país,

até pela qualidade de vida. Acha que o campo pode

gerar mais riqueza e criar mais emprego.

“A agricultura é a base da alimentação. Os alimentos

que escolhemos e compramos nas sempre cheias

prateleiras dos supermercados das grandes cidades,

quase desconhecedoras do campo, todos vieram da

agricultura, ou da pesca. Não há alimentação sem

agricultura e há cada vez mais gente no mundo para

alimentar. Para além disso, a agricultura tem que cuidar

bem o solo, a água, os recursos energéticos, produzir

alimentos a preço competitivo, pois os produtos

agrícolas estão à disposição nos mercados. Também

creio ser estratégico promover a produção local,

melhorando a autonomia alimentar do país, que é muito

baixa, impactos económicos e de maior garantia de

aprovisionamento, importante hoje e no futuro. Por isso,

a agricultura vai ser sempre muito importante. Como

todas as atividades, a agricultura é feita de ciclos, de

tendências, de oportunidades e desafios. Também de

riscos, previsíveis ou não. Portugal é um grande país,

com uma história extraordinária. Há 500 anos fomos

os primeiros a fazermo-nos ao mar. Fomos pioneiros no

contacto com civilizações desconhecidas, estabelecendo

ligações culturais e económicas. Cumprimos, nesse

tempo, uma missão importante na construção do

mundo de hoje. Foi a ambição, a coragem e o trabalho

que permitiram essa façanha. Na Fertiprado, também

trabalhamos com ambição, seja no país, nos projetos

mais distantes, no espaço e no tempo. Por isso foi com

muita satisfação e orgulho que recebi a condecoração

do Presidente da República. É um reconhecimento que

agradeço e que partilho com todos os que trabalham

connosco”, conclui.

investigação e desenvolvimento em genética de plantas

produção de ovinos de leite

comendador da ordem de mérito agrícola

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

Page 66: Revista Business Portugal | Janeiro '16

66

O Grupo Motofil é líder na área de automação e robótica. Com um percurso de 35 anos no mercado, a empresa adotou uma estratégia

de crescimento consolidado na investigação e no desenvolvimento, numa perspetiva de inovação que permitiu tornar-se numa referência

do setor a nível mundial.

motofil

UMA EMPRESA QUE LEVA INOVAÇÃO AO MERCADO

“Somos uma empresa que tem marcado a diferença. O nosso

percurso de vida tem sido trabalhar todos os dias com novidades,

temos uma ambição sob o ponto de vista do desenvolvimento

industrial. Aqui a palavra de ordem é a inovação”, afirma o

empresário e também proprietário da empresa, João Carlos Novo. O interlocutor

acrescenta ainda que o grupo foi criado pelo seu pai, António Novo, que delegou, em

1998, a responsabilidade das empresas aos filhos “ele deu-nos, a mim e à minha irmã,

Paula Novo, a responsabilidade de gerir a empresa. Em 1998, mudámos o sentido da

empresa, passámos a ter uma empresa com uma mentalidade aberta, buscámos a

internacionalização e, na altura, não era fácil, foi preciso adotar um espírito de sacrifício

brutal, é preciso determinação e essa determinação está cá dentro, não se compra,

a determinação e os projetos estão na cabeça de cada um. Não há dinheiro que os

compre e é isso que transmitimos à nossa equipa”.

O grupo Motofil tem como missão fornecer soluções globais aos seus parceiros, afim

de que eles alcancem um aumento da produtividade, da performance e da eficácia.

O grupo é constituído por cinco principais empresas: Motofil Robotics S.A, fundada

em 1981, é uma das grandes fabricantes a nível Europeu no sector da robótica e da

automação industrial; A Motomig-Soldadura Lda, fundada em 2007, realiza a produção

de consumíveis para a soldadura, fio SG2, em bobines e tambores; A Motofil Cutting,

fundada em 2010, desenvolve, fabrica e comercializa equipamentos de corte de peças

metálicas a partir de chapas planas ou perfis tubulares; A Motofil Serviços, fundada em

2009, presta serviços na área do corte, soldadura e maquinação de peças; A Motofil

Aeronáutica, fundada em 2012, fornece a indústria aeroespacial com o fabrico de

ferramentas e estaleiros na área dos compósitos. O empresário João Carlos Novo

explica que sempre empregou no grupo o espírito de mudança, pois acredita que

uma empresa deve inovar sempre e aproveitar as oportunidades, sendo também

fundamental que haja uma equipa de trabalho determinada e ambiciosa no campo

da inovação. “Dentro da Motofil não falta determinação, no momento mais crítico da

económica mundial, estávamos a fazer quatro grandes investimentos, construímos a joão carlos novoPresidente do Conselho de Administração

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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Motofil Serviços que é uma das empresas que mais vai crescer nos próximos anos.

Constituímos a Motomig-Soldadura, a Motofil Cutting, a Motofil Aeronáutica, tudo partiu

do zero”, completa o empresário. O Grupo tem um quadro de pessoal com 230

trabalhadores, com a previsão de contratação de mais 70 colaboradores, até o final

de 2016.

O processo de internacionalização do Grupo foi um fator determinante para o seu

crescimento, pois permitiu ampliar oportunidades de negócio. Atualmente, o Brasil é

o mercado externo onde a empresa está mais presente. “Foi uma grande aposta feita

em 2009, em 2010 já estávamos como uma empresa própria que é a Motofil Brasil,

desde então até o ano 2014 estivémos sempre a crescer, com exceto este último

ano, face aos problemas que o país está a viver”, acrescenta João Carlos Novo. O

Grupo Motofil realiza exportação para diversos países, entre eles, Chile, Peru, México,

Índia, Estados Unidos da América, Marrocos, Polónia, França e Alemanha. “A Alemanha

é neste momento o principal mercado da Motofil, em 2015 foi o nosso mercado

de referência, depois temos exportações pontuais. Agora vamos abrir uma filial nos

Estados Unidos e uma na França, portanto, o projeto para 2016 é a Motofil USA e a

Motofil França”, completa o entrevistado.

Além do elevado nível de qualidade dos produtos e dos serviços desenvolvidos pelo

Grupo Motofil, o seu sucesso também pode ser explicado, sobretudo, pela gestão,

pelo empenho e pela visão empreendedora e estratégica de João Carlos Novo, um

homem com um forte sentido inovador que soube tomar as decisões necessárias

para impulsionar o crescimento das empresas. Pelo seu notório destaque no

meio empresarial português, foi atribuído, pelo Presidente da República, o grau de

Comendador da Ordem de Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial. Tal distinção

é conferida aqueles que tenham prestado, como empresários ou trabalhadores,

serviços relevantes no fomento ou na valorização das indústrias. “O distintivo foi um

estímulo e um ponto de partida para mais obrigações e novos projetos, fico muito

grato pelo reconhecimento do Presidente da República, pelo reconhecimento à minha

pessoa, ao meu pai, à minha irmã e a toda a minha família. Este reconhecimento

não é só para mim, é também para minha irmã que tem contribuído muito, é um

reconhecimento também de toda a equipa da Motofil. Eu sou o tutor deles, mas eles

são os homens e as mulheres que lutaram para que esse prémio fosse atribuído”,

finaliza João Carlos Novo.

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

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João Silva, ex-professor de Educação Física e atual presidente da Cooperativa Agrícola do Távora há cerca de uma década, é a alma da

instituição que lidera com brio, e o grande impulsionador da expansão da Cooperativa aos mercados nacional e internacional.

cooperativa agrícola do távora

“Mudamos o paradigma da agricultura da região”

A cooperativa localiza-se na região demarcada

do Távora-Varosa, inserida entre a região do

Douro e do Dão, e completa já mais de 60

anos de existência.

João Silva afirma que “quando me candidatei à

presidência de direção encontrei uma equipa de grandes

técnicos, grandes profissionais e grandes colaboradores,

quer do ponto de vista administrativo, quer do ponto de

vista funcional, nas várias secções”. As características

inerentes a este processo foram a irreverência e de

algum conhecimento que o Comendador foi apanhando

ao longo dos anos e à medida do que foi necessário, foi

inovando e verificando que era esse o melhor caminho

a seguir.

A Adega Cooperativa do Távora era já uma estrutura

marcante na região pelo seu bom cumprimento de

regras, nomeadamente pelo pagamento aos agricultores,

atribuindo a estes, um papel central no setor primário.

“Todos os compromissos que fazemos com os nossos

associados estão sempre devidamente assegurados”,

afiança João Silva.

É de salientar o facto de João Silva ter sido agraciado

pelo presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com

o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial,

Classe do Mérito Agrícola, numa cerimónia realizada a

17 de dezembro do ano transato, no Centro Cultural de

Macieira de Cambra – Vale de Cambra.

Dadas as condições únicas de Moimenta da Beira,

visto que “possui solos graníticos, primários e pobres

em calcário, com altitudes elevadas, clima temperado

continental, entre outras, todo este conjunto de

fatores faz com que se traduza num lugar privilegiado

na produção de maçã e de vinho”. A aliança entre o

clima e o solo fazem desta região a mais apropriada,

para a produção de maçã, de onde se evidencia a tão

apreciada variedade ‘Bravo de Esmolfe’.

Relativamente aos vinhos brancos, a acidez natural, o

intenso aroma, e o carácter citrino, brilhante e fresco,

criam especial realce, de forma a podermos assegurar,

que é nesta região por excelência onde o vinho branco

encontra condições únicas para se elevar ao mais alto

patamar de qualidade. De igual modo, os vinhos tintos,

têm vindo a procurar essa delicadeza no aroma e

nobreza do corpo, alcançando um notável sabor com

o tempo.

O presidente da direção aponta que “nos últimos anos

mudamos o paradigma da agricultura da região, quer

do ponto de vista do vinho, quer do ponto de vista da

fruta”. A área dedicada à produção de vinho abarca

oito concelhos da região Douro-Sul, tendo em vista a

implantação dos nossos associados. Esta é também a

melhor região produtora de espumantes do país.

Os vinhos mais característicos da Cooperativa Agrícola do

Távora sediada em Moimenta da Beira estão distribuídos

pelos espumantes (Malvasia, Touriga Nacional e Touriga

Franca), pelo Terras do Demo (50 anos, Branco Seco,

Malvasia, Reserva, o Superior e o Touriga), o Aquilinu’s

(nas variantes de Branco e Rosé), o Fraga da Pena

(Branco e Tinto) e o Malhadinhas (Branco e Tinto).

As variedades mais representativas das maçãs

produzidas na região são as do grupo Golden (Golden

delicious, Belgolden, Lysgolden), que representam

quase 40 por cento do total. Depois segue-se o grupo

das Galas, que devido ás novas plantações dos últimos

anos atingiu uma representatividade de 30 por cento,

continuando a crescer. Depois seguem-se as variedades

do grupo das vermelhas com uma representatividade de

20%. Os restantes 10 por cento são constituídos por

variedades como a Bravo de Esmolfe e Reineta Parda.

A variedade Gala tem vindo a ter um grande incremento

e é neste momento a variedade mais plantada na região.

João Silva defende que “deve existir rotatividade” para

que não se criem rotinas e para dar espaço a que

outras pessoas com diferentes visões possam estar à

frente da estrutura. E conclui dizendo que “os valores da

ética, da honra e do compromisso devem ser sempre

valorizados”.

joão silvaPresidente

ROTEIRO PARA UMA ECONOMIA DINÂMICASUPLEMENTO ESPECIAL

Page 69: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGALFACILITY SERVICES

69

faci

lity

serv

icesD

e acordo com a Associação Portuguesa de Facility Management o termo traduz-

se como a gestão integrada dos locais e ambientes de trabalho. Definição que

surge na década de 1960 nos Estados Unidos da América, dava nome ao uso do

outsourcing nos serviços bancários responsáveis pelo processamento de cartões de

crédito e outros serviços. Hoje em dia já envolve uma série de atividades distintas dependendo

da área empresarial onde é inserida. A definição evoluiu com esta alteração e passou a ser um

conceito multidisciplinar que reúne todos os serviços que trabalham no sentido de melhorar a

eficiência das atividades primárias de uma empresa através da integração de pessoas, locais

e tecnologias.

Os serviços prestados pelas equipas de Facility Management são apelidados de Facility Services

cuja tradução literal é serviços de facilidades. Estes serviços dividem-se correntemente em

duas categorias que visam distinguir o tipo de trabalho que é necessário: são estes os hard

services (serviços rígidos) que englobam trabalhos mais técnicos e os soft services (serviços

macios) que incluem serviços mas correntes e menos complexos.

Em Portugal o principal target destes serviços são os condomínios e os serviços de limpezas.

Os facility services pretendem prestar apoio aos gestores de imóveis tendo disponíveis diversas

opções nesse sentido. Já várias empresas aderiram a este conceito e a profissão de Facility

Manager já é reconhecida mundialmente há mais de cinquenta anos.

Page 70: Revista Business Portugal | Janeiro '16

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A APFS- Associação Portuguesa de Facility Services, foi constituída em 1976 e, desde a sua génese, tem vindo a desenvolver um

trabalho significativo na defesa dos interesses dos seus membros e em prol da dignificação do setor.

Associação Portuguesa de Facility Services

40 anos na defesa dos interesses dos associados

Com 40 anos de história, a APFS assume-se

uma associação livre, de âmbito nacional,

sem fins lucrativos, que conglutina todas as

empresas que exercem atividades, no âmbito

da gestão e manutenção de edifícios, higiene e limpeza,

em edifícios, em equipamentos industriais e noutro tipo

de instalações, desinfeção, desratização e similares,

construção e manutenção de jardins, bem como da

prestação de serviços administrativos e de apoio às

empresas, nomeadamente receção, atendimento

telefónico e secretariado.

Atualmente com cerca de 40 associados, a APFS foi

constituída tendo como principal mote a consagração de

um contrato coletivo de trabalho, que viesse em parte,

colmatar “a ausência de legislação para regulamentar

o setor”, advoga, salientando a existência de empresas

que não cumprem as suas obrigações e praticam uma

concorrência desleal. Neste contexto, Fernando Sabino

exaltou a importância de uma regulamentação no sector

que permitisse uma maior dignificação e certificação

da profissão, bem como de uma maior capacidade

negocial perante os clientes.

Hoje, os objetivos da APFS são bastante mais vastos,

indo muito além da preocupação com a contratação

coletiva.

Vantagens dos associados

O sucesso das empresas depende, em grande parte,

do conhecimento que os empresários do setor têm do

contexto legal, técnico, económico e político em que

as suas atividades se desenvolvem. Nesta medida, a

qualidade de associado da APFS traz um conjunto de

vantagens, designadamente informação e consultoria

jurídica, conferências e outros eventos sobre temas

atuais e fatores críticos relacionados com o exercício

da atividade, intervenção junto dos parceiros sociais,

negociação de contratação coletiva, bem como a

formação profissional. Fernando Sabino adiantou ainda

que a associação tem também como grande objetivo

negociar protocolos relativamente a um conjunto de

serviços prestados às empresas suas associadas. “Foi

acordado no dia 13 de janeiro, um protocolo para a

prestação de serviços de Medicina do Trabalho entre a

Associação Portuguesa de Facility Services e a Medi-T.

Este protocolo é um bom contributo para a redução dos

custos operativos das empresas associadas.

Constrangimentos de uma atividade de mão de

obra intensiva

Sendo esta uma atividade de mão de obra intensiva,

qualquer alteração nos salários tem impacto em mais de

85% da estrutura de custos das empresas.

A APFS e os seus representantes entendem que a

decisão do aumento em quase cinco por cento da

Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG)

acarreta graves consequências para o setor, tendo

em conta que os clientes do setor privado dificilmente

irão aceitar um aumento de preços desta dimensão.

Fernando Sabino salientou que desta realidade deverão

resultar prejuízos para as empresas prestadoras, ao

suportarem o diferencial entre os 5 por cento e o valor

aceite pelo cliente, bem como a redução dos níveis de

serviço por parte dos clientes, de forma a compensar

o aumento de custos, o que implicará eliminação de

postos de trabalho, ou seja, mais despedimentos no

sector.

Por outro lado, os clientes da administração pública,

de uma forma geral, recusam-se a efetuar qualquer

alteração aos preços definidos nos contratos em vigor,

o que é ainda muito mais gravoso do que a situação do

setor privado.

Depois de um forte empenhamento da APFS junto da

Confederação do Comércio e Serviços de Portugal,

disponibilizando muita informação e argumentação

sobre estas questões, “conseguiu-se que seja possível

um acordo em sede de concertação social”, revelou

Fernando Sabino, sublinhando a redução da TSU em

0,75 por cento e o alargamento da abrangência desta

medida.

“Em relação à repercussão do aumento da RMMG nos

contratos públicos em vigor, embora exista sensibilidade

do governo relativamente a este problema, não estamos

muito otimistas em relação ao resultado final do acordo”,

avançou o diretor executivo, mencionando que a APFS

lamenta que não se tenham em conta princípios básicos

nas relações comerciais, sendo a administração pública

o principal prevaricador desses princípios, pondo em

causa a sobrevivência de muitas empresas.

A terminar, Fernando Sabino garantiu que a APFS

continuará a envidar todos os esforços para, com a

imprescindível colaboração da CCP, conseguir que

a administração pública altere a sua posição fazendo

repercutir os aumentos da RMMG nos contratos em

vigor.

REVISTA BUSINESS PORTUGALFACILITY SERVICES

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

71

FACILITY SERVICES

No ano de 2011 é em Loures que surge a HigiaBlue. Uma empresa dedicada á comercialização de detergentes sob o comando de

Cristina Couto, proprietária, que trabalhou cerca de 10 anos numa empresa do ramo.

higiablue

Uma oportunidade agarrada com unhas e dentes até aos dias de hoje

Tendo adquirido o gosto pela área e muito

conhecimento no que diz respeito a esta

profissão. No entanto, não estando totalmente

satisfeita e por consequência não se sentindo

realizada, considerou ser a hora de mudar. Portadora

de uma persistência elevada ficou apenas à espera da

oportunidade financeira, que surgiu em 2011. “Se tiver

uma ideia, por mais que me digam que posso estar

errada, eu tenho de ir lá e perceber que fiz a escolha

errada, nunca me arrependo do que faço, mas só do

que não faço”, confessa.

Assim, é no ano de 2011 que nasce a HigiaBlue

situada no Núcleo Empresarial A8 Loures, na época

com dois colaboradores. A equipa de profissionais

neste momento constituida por cerca de 10 pessoas,

com uma larga e comprovada experiência na área da

higiene e desinfeção, que formam esta casa procuram

diariamente oferecer aos seus clientes uma relação

qualidade/preço inquestionável. Em simultâneo existe

um apoio técnico constante, que permite criar as

condições ideais para a consolidação de relações

comerciais duradouras.

No entanto, não é menos importante revelar que para se

manter esta relação com os clientes, também é preciso

diariamente dar-se provas de um profissionalismo ao

mais alto nível. A concorrência existe e está sempre

atenta.

Mas para que tudo isto seja possível, Cristina Couto

sabia desde cedo que teria de existir “muito empenho,

poucas horas de sono, motivação diária e acompanhar

a dinâmica do mercado, em suma muita dedicação e

trabalho”.

A irreverência de criar algo que ambicionava. É neste

sentido que assume hoje, “uma das situações que

diferencia a Higiablue da concorrência e para o qual

toda a equipa trabalha em conjunto, é conseguir

satisfazer os nossos clientes num espaço de 48 horas”,

para corresponder a esta exigência na qualidade e

diversificação dos produtos tem que existir uma procura

continua de novos parceiros de negócios. Os produtos

comercializados inicialmente foram os detergentes,

forma como começou o negócio. O papel, consumíveis

de limpeza, descartáveis e equipamentos, produtos

que foram sendo acrescentados. Mais recentemente e

tentando abraçar novos mercados, foi feita uma parceria

com uma empresa que comercializa desinfectantes

biocidas homologados pela DGAV (Direção Geral

Alimentação e Veterinária), de forma a conquistar

mercados emergentes, e assim aumentar a quota de

mercado. Associado à comercialização de detergentes

é disponibilizado a título de empréstimo e sempre que

se justifique os doseadores de lavagem automática de

loiça. Para ter acesso a este serviço tem que existir um

compromisso por parte dos clientes em consumirem os

produtos da marca Higiablue.

Cristina Couto afirma que ao longo destes últimos 5

anos, reconhece o trabalho e esforço realizado por

todos os colaboradores da HigiaBlue, assim como da

confiança demonstrada pelos clientes que fazem parte

desta jornada, de forma a contribuir para o crescimento

da empresa. O principal objetivo foi e continua a ser

abrir novos clientes todos os dias criando uma carteira

consolidada. No ano de 2015 e tendo o reconhecimento

deste trabalho de equipa, a empresa conseguiu um

acréscimo cerca de 20 por cento das suas vendas

relativamente a 2014. Considerando a conjuntura

económica do país nos últimos anos reconhece-se ser

um aumento significativo que aos poucos vai permitindo

ao projeto ganhar asas para sonhar mais além.

Até 2014 as vendas incidiram particularmente na zona

de Lisboa e arredores, no ano de 2015 surgiram novos

clientes ao longo de todo o país. Para 2016 o objetivo

principal continua a ser o aumento das vendas assim

como a expansão em termos de área geográfica.

Quanto ao compromisso que tem com os clientes, este

nunca é esquecido e por esse mesmo motivo permite

aos seus vendedores fazerem formações de forma a

melhorar a abordagem comercial e técnica sobre os

produtos comercializados, e assim existir uma melhoria

contínua no aconselhamento dos produtos de acordo

com as necessidades de cada cliente, de uma forma

personalizada. Não esquecendo o acompanhamento

pós venda com a entrega da documentação que a

Legislação exige, e formação sobre os produtos sempre

que necessário. Desta forma nasceu a missão da

HigiaBlue,

RESOLVEMOS | ASSISTIMOS |ACONSELHAMOS

Esta é uma empresa que quer estar sempre perto de si

e ajudá-lo em todos os momentos do crescimento do

seu negócio.

cristina coutoAdministradora

Page 72: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

72

A DuoHigiene é uma marca registada de comercialização de produtos de higiene, limpeza e todo o tipo de acessórios, sendo especializada

no aconselhamento técnico de serviços por profissionais qualificados e foi criada por Norberto Neves, diretor comercial e por José

Agostinho, diretor geral.

duo higiene

Garantia de um serviço de excelência!

Esta empresa especializada na comercialização

de todos os artigos de higiene e limpeza,

procura sempre imprimir a informalidade e uma

liderança horizontal.

“Asseguramos de forma rigorosa os nossos

compromissos e garantimos total conhecimento nesta

área”, refere Norberto Neves. Todos os produtos da

DuoHigiene são devidamente certificados e garantem a

qualidade profissional, com um serviço de excelência,

seja na entrega e eficácia dos produtos como também

no aconselhamento e apoio pós-venda. Aqui, é possível

encontrar as melhores soluções para responder às

necessidades de cada cliente individual, superando

todas as expectativas com um serviço rigoroso,

profissional e altamente especializado.

Política de Funcionamento

Esta empresa funciona em detrimento da política dos

três A’s, e essa política passa pelo Aconselhamento, que

é algo para o qual estão sempre disponíveis, fazendo

o aconselhamento de uma forma bastante proactiva,

no sentido de antecipar problemas que poderão surgir

‘à posteriori’, passando também pelo know how já

amplamente adquirido, adequando não só os produtos,

como também o equipamento e máquinas a cada local e,

“esta política, fazemo-la sempre de uma forma bastante

proactiva”, salienta Norberto Neves. Depois a outra

vertente desta política é o Acompanhamento, sendo

que a DuoHigiene mantém uma proximidade com os

seus clientes bastante grande e esse acompanhamento

é feito com regularidade, quando à última política, essa

assenta na base da Assistência, sendo que esta fase

também tem um acompanhamento feito com alguma

regularidade, até porque “a realidade está em constante

mutação”.

FACILITY SERVICES

Page 73: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

73

O cliente é muito importante para a DuoHigiene, sendo

que José Agostinho, diretor geral refere que “não o

querem só para uma vez”, querem que o cliente se

mantenha fidelizado com esta empresa. José Agostinho

expõe que pretende que o cliente cresça com a

empresa e que a própria empresa também cresça com

os seus clientes.

Para isso, a DuoHigiene pretende ser uma empresa de

referência e reconhecida como a melhor opção para os

seus clientes e para os seus fornecedores, assegurando,

de forma criteriosa, os seus compromissos e dando

garantias de total conhecimento e prática na área no

aconselhamento técnico de serviços por profissionais

qualificados.

Todos a qualidade dos produtos comercializados pela

DuoHigiene tem um certificado de qualidade, o que lhes

garante um serviço de excelência no cumprimento de

todos os prazos estabelecidos.

A DuoHigiene é também distribuidora de todos os

equipamentos da marca Viper, fabricante desde 1996

de equipamentos industriais para limpeza.

Aposta na Formação

Esta empresa dá a todos os profissionais do ramo, uma

formação em termos de máquinas e matérias de limpeza

que estão a ser utilizados pelos seus operadores.

A formação permite dotar os profissionais de

conhecimentos especializados sobre a melhor utilização

das máquinas e uma aproveitação mais eficientes de

todos os produtos de limpeza. O objetivo da DuoHigiene

é o de rentabilizar e o de maximizar a operação das

máquinas de limpeza de forma a evitar desperdícios na

utilização dos seus consumíveis. “Com um conhecimento

especializado sobre o funcionamento das máquinas de

limpeza, o modo de manuseamento e a melhor forma

de utilizar os produtos de limpeza é possível agilizar os

procedimentos e atingir poupanças significativas para

a sua atividade, evitando desperdícios e garantindo a

melhor utilização dos equipamentos para prestar um

bom serviço ao mesmo tempo que previne avarias”,

salienta José Agostinho.

Reparação de Máquinas de Limpeza

A DuoHigiene tem também um serviço diferenciador das

restantes empresas que atuam neste setor, pois aqui,

também é possível fazer a reparação de máquinas de

limpeza, pois a ampla experiência destes profissionais

faz com que consigam fazer a reparação de máquinas

de limpeza de qualquer marca que exista no mercado.

Todo o serviço de assistência técnica é “rápido e

eficiente” para que a reparação de máquinas de limpeza

seja feita em tempo útil, de modo a não prejudicar

a atividade dos seus clientes e para que tenha a

disponibilidade de utilização das máquinas no mais curto

espaço de tempo possível.

Futuro

Quanto ao seu futuro, os dois diretores garantem que

querem “continuar a manter a ambição de ser uma

empresa de referência”, na sua área de atuação,

trabalhando focados na satisfação dos seus parceiros

e tendo em linha de conta a representação da melhor

opção para os seus clientes e para os seus fornecedores.

De salientar que a DuoHigiene já participou numa feira

da especialidade em Madrid e em maio deste ano vai

participar numa feira em Amsterdão.

FACILITY SERVICES

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

74

FACILITY SERVICES

A Biomex nasce em 2002 como resultado do trabalho e da mente empreendedora de Nuno Aleman, um homem inquieto que está

sempre á procura de novas formas de empreender.

biomex

UMA MARCA DE REFERÊNCIA

O empresário decidiu avançar com o projeto

depois de identificar que havia uma

necessidade de serviços específicos no

mercado da limpeza. “Inicio sozinho a

empresa, na altura até com uma falta de especialização

nesta área. Uma empresa de limpeza e de

impermeabilização de sofás, de tapetes e de alcatifas. e

também de limpeza de cortinados e de colchões e alguns

tratamentos antibacterianos”, acrescenta o empresário.

Nuno Aleman conta-nos que inicialmente contou com o

apoio financeiro de alguns dos seus familiares,. “Durante

um ou dois anos não se conseguia retirar rendimentos

desta atividade, pelo menos nos moldes que iniciamos,

mas fomos crescendo, realizamos trabalho para

particulares e para empresas, também estabelecemos

parcerias”, afirma o empresário.

Hoje, a empresa conta com 12 anos de mercado e

tornou-se uma marca de sucesso que atende todo o

território nacional, exceto as ilhas, com 17 funcionários

e dois eventuais que são, nomeadamente, um diretor de

qualidade e um diretor de manutenção que integram um

novo projeto da empresa. Com um crescimento que se

mantém ascendente a cada ano, Nuno Aleman fala com

satisfação dos resultados positivos que a empresa vem

conquistando ao longo destes anos “dá-me realmente

prazer sermos uma marca de referência, grande parte

das empresas que existem ou que estão a caminho de

existir, nos tomam como modelo. Dá-me prazer ver a

marca implementada”.

A Biomex é uma empresa especializada em limpeza

e no tratamento de estofos, de tapetes e de alcatifas.

Os seus funcionários adotam técnicas especificas e

profissionais para cada tipo de revestimento, de forma

a atender às necessidades dos mais variados serviços e

clientes. “Estamos sempre à frente do mercado, sempre

numa atualização dos nossos serviços e produtos. Essa

é a nossa diferenciação, precisamente, utilizamos os

melhores produtos químicos que a indústria nos oferece

e os nossos profissionais sabem aplicá-los”, acrescenta

Nuno Aleman.

O empresário explica ainda que todos os produtos

utilizados pela empresa, na execução dos serviços

prestados são importados dos Estados Unidos, pois

o mercado americano oferece produtos com maior

qualidade e maior eficácia, além disso a formação

de seus funcionários passa por técnicas americanas

que são modelos para o setor mundial da limpeza.

“Executámos aquilo que nos é proposto e resolvemos

situações que outras empresas não conseguem

resolver, nomeadamente, a remoção de nódoas de

café em alcatifas, nódoas de vinho tinto ou de óleo, e

inúmeras outras coisas. Isto têm haver com os produtos

que utilizamos e com sua aplicação. O que é possível

na nossa empresa porque somos apoiados por uma

empresa americana que trabalha nisto há mais de

40 anos e realmente tivemos alguma sorte, porque

aproveitamos o conhecimento deles e adaptamos à

Portugal, ao nosso mercado e tivemos sucesso até a

data”, afirma o empresário.

A Biomex também é pioneira no restauro de peles em

Portugal. “Desde 2006 fazemos o restauro de peles,

temos aqui estufa para pintar sofás, apostamos em

qualidade no interior da empresa, o que depois vai se

manifestar na satisfação dos clientes, pois marcámos a

diferença com o serviço que prestamos”, concluir Nuno

Aleman.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A Mgaex Clean, uma empresa dedicada ao ramo das limpezas, foi criada por Luís Franco em outubro de 2013 em Odivelas. Este

administrador já tinha tido outras empresas em conjunto com outros sócios na área área de administração de condomínios. A área de

atuação da Mgaex Clean é, essencialmente, a Grande Lisboa.

mgaex clean

Aposta na Qualidade e Satisfação dos seus Clientes

O balanço que Luís Franco faz destes três anos

de atuação “tem sido muito positivo, apesar

de termos criado este negócio em fase de

crise, mas felizmente, todos os meses temos

vindo a crescer”, garante.

A expectativa para este ano é bastante grande, tendo

em conta que existem muitos orçamentos que irão

ser analisados no princípio do ano relacionados com

os condomínios depois das reuniões de assembleia

anuais. “Temos perspetivas muito boas em relação

a novos clientes, queremos também manter os que

temos e queremos ainda alargar a nossa empresa,

não trabalhando somente a nível regional, mas

também a nível nacional”, refere Luís Franco. Para

isso, “concorremos já a algumas empresas que estão

espalhadas de norte a sul do país”. Tendo outras

delegações em outras áreas do país, a Mgaex Clean

poderá angariar outros potenciais clientes no sentido

de poder criar um “núcleo e, até mais tarde, criar uma

delegação ou uma filial”.

A ideia de Luís Franco para esta empresa passa por

alargar um pouco a marca e estender a sua panóplia

FACILITY SERVICES

de serviços, continuando a preservar a relação com

as limpezas, no sentido de fazer alguns acordos com

empresas ligadas à geriatria ao nível do apoio a lares

e apoio a residências, tendo em vista, que este é “um

setor que está muito em expansão em Portugal”.

A equipa da Mgaex Clean é composta por 27 técnicos

com mais de vinte anos de experiência profissional em

empresas de limpeza e serviços, e, muita da formação

neste ramo é dada pela empresa, visto que há pouca

oferta formativa neste ramo e é muito difícil encontrar

elementos para serviços mais específicos, pois não

existem no mercado ainda. As equipas são ainda

coordenadas por supervisores, que se deslocam aos

locais de trabalho esporadicamente em horário aleatório,

por decisão da Mgaex Clean ou sempre que solicitado

por clientes.

As palavras-chave que descrevem esta empresa são “o

profissionalismo, a ética, a responsabilidade e o esforço

para responder às expectativas dos nossos clientes”,

contribuindo assim para o conforto dos seus clientes e

pensando sempre no bem-estar do público em geral,

porque “quando se fala em limpezas, fala-se em saúde

pública obrigatoriamente”.

Os serviços da Mgaex Clean vão desde a limpeza

diária do condomínio, a movimentação dos caixotes do

lixo, desentupimento de condutas do lixo, tratamento

de pedras, tratamento anti graffiti, vitrificações,

enceramentos, tratamento de linóleos, tratamento de

madeiras e PVC’s, desengorduramentos, limpezas de

final de obras, fazem a limpeza das salas de cinema

antes e após cada sessão, entre outros. Luís Franco,

refere ainda que: “Onde há um local para limpar, nós

estamos presentes”. O administrador destaca que em

cada serviço que prestam, é fundamental saber que tipo

de produto e quais as dosagens que se devem de usar

consoante o material que vai ser limpo.

No futuro, Luís Franco refere que gostava de que a

empresa de desenvolvesse por ela própria, isto é,

“que funcionasse por secções e que cada secção

fosse independente e autossuficiente”. Este empresário

apela ainda que a que “não se coloquem todas as

empresas de limpeza no mesmo patamar”, e conclui o

seu discurso dizendo que “nós não vendemos preços,

oferecemos serviços”.

Page 76: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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A Urbanwish é uma empresa que realiza a administração e a manutenção de condomínios, e para isto efetua reuniões, visitas regulares

e reparações pequenas das mais variadas ordens, como por exemplo, a manutenção de portas, de portões e de janelas das partes

comuns dos prédios.

urbanwish

APOSTA NA QUALIDADE E NÃO NA QUANTIDADE

A empresa teve inicio em 2013, como resultado do impulso empreendedor

de Lilian Saraiva, uma jovem apaixonada pelo setor que apreendeu dentro

casa, com os pais, as dinâmicas necessárias para uma administração de

condomínio equilibrada e eficiente. “A minha mãe me influenciou, porque

minha mãe sempre fez parte da administração do condomínio dela, já há 30 anos

que está no edifício como administradora”, afirma Lilian Saraiva. A empresária conta-

nos que, desde muito nova, escutava a mãe a falar que era preciso fazer o melhor

pelo prédio, porquê ele era a moradia deles. “Os meus pais sempre cuidaram bem

do prédio deles, sempre quiseram o melhor para o prédio. Decidi seguir nesta área,

porquê eu gosto disso, gosto mesmo de papéis, tudo que tem haver com condomínios

eu gosto, gosto de lidar com as pessoas, adoro nadar em papéis”, acrescenta Lilian

Saraiva. Antes de abrir a empresa, Liliane já tinha experiência na área administrativa

“eu trabalhava na parte administrativa em outra empresa que na altura fechou, eu

estava no fundo desemprego e foi uma oportunidade que surgiu para o arranque da

abertura da minha empresa, com o conhecimento que tinha e o apoio da minha mãe

que me incentivou a abrir o negócio, decidi transformar o projeto em realidade”.

Um dos diferenciais da Urbanwish, em relação as outras empresas do setor, é

o trabalho focado na recuperação dos prédios em todos os níveis, mas sobretudo

na saúde financeira deles. “Quando entro para um prédio é para angariar dinheiro

e recuperar o máximo possível ele. Eu trato os prédios como se fossem os meus

prédios, porque como eu sempre morei em prédios, sei o que é ter vizinhos e os

problemas que isso engloba”, afirma Liliana Saraiva. A empresária afirma ainda que

a maioria dos prédios não possuem uma boa situação financeira e que o seu papel

como administradora é recuperar estas receitas “infelizmente as pessoas acham que

podem usufruir do elevador, da escada, da limpeza, sem ter que pagar, mas as coisas

não funcionam assim e quando eu entro num prédio é para reverter esta lógica”.

Liliana Saraiva afirma que recuperar os prédios é um desafio que lhe estimula, pois, os

resultados são gratificantes “eu gosto de receber prédios que estão no fundo, dá-me

gozo recuperar o dinheiro e mostrar as pessoas que consigo recuperar este dinheiro”.

No que se refere a realização de contratos entre a Urbanwish e seus clientes, a

empresa assume uma postura de entendimento, sempre na procura de estabelecer o

melhor acordo em termos de valores e de resultados. “Por norma facilitamos em nível

dos contratos, por exemplo, temos agora um contrato para renovar que prometi que

em 10 meses apresentava resultados, quero melhorar aquele prédio, mesmo que as

mensalidades sejam mais baixas, no próximo ano podem voltar aos valores normais”,

coloca a empresária.

A empresa administra atualmente oito condomínios, sendo três deles de 89 frações

cada. “Gosto principalmente de ver que as pessoas também estão contentes com o

nosso serviço, felizmente temos tido uma resposta positiva, há uma confiança para

com os nossos clientes”, afirma Lilian Saraiva. A Urbanwish objetiva manter o espírito

familiar da empresa, tendo como meta a administração de no máximo 20 prédios, pois

acredita que dessa maneira é possível manter a qualidade do serviço prestado.

liliana saraivaAdministradora

FACILITY SERVICES

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

77

mar

co d

e can

aves

esConta a lenda que o nome da cidade de Marco de Canaveses teve origem através de

uma frase da rainha D. Mafalda que, certo dia, passava pelas obras de uma ponte

que tinha mandado contruir e, com sede, pediu água aos pedreiros que trabalhavam.

Como o acesso ao rio era difícil, um deles facultou-lhe uma cana para que D. Mafalda

bebesse diretamente do rio. Quando a rainha a devolveu disse “Guardai-a porque a cana é

boa às vezes.”Situado no Nordeste de Portugal, Marco de Canaveses é delimitado por dois

dos mais importantes rios de Portugal, o Douro e o Tâmega e neste momento conta com 10

500 habitantes. O território que é ocupado por Marco de Canaveses remonta a outras épocas

tendo sido encontrados vestígios importantes do período neolítico, especialmente alguns

monumentos funerários. No que remonta à ocupação romana, sobreviveram até aos dias de

hoje os vestígios de Tongobriga, uma povoação romana que deixaram na região termas, o

fórum, zonas habitacionais e uma necrópole.

Atualmente os monumentos que representam o conselho são a Igreja de Sta. Maria, a cidade

Romana de Tongobriga, o Convento de Alpendurada e o Santuário do Menino Jesus de

Praga. A economia é fortemente marcada pelo setor dos Serviços apesar da indústria têxtil

e da exploração da pedra desempenharem um papel importantíssimo no desenvolvimento

económico da região.

MARCO DE CANAVESES

Page 78: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGALMARCO DE CANAVESES

A empresa Bebebrinquedo surgiu no verão de 2015 com o intuito de satisfazer a carência da população de Alpendorada e localidades

vizinhas no que diz respeito aos bens destinados a bebés e crianças. Henrique e Joana Monteiro são os mentores deste projeto.

bebebrinquedo

Brincadeiras, conforto e segurança

Qual a missão da vossa empresa para com a população de Alpendorada, onde

se encontram?

A missão da loja Bebebrinquedo é proporcionar qualidade e diversidade em todos os

produtos pensando no bem-estar e conforto e sobretudo na segurança dos nossos

bebés e crianças.

Que serviços e produtos disponibilizam aos vossos clientes?

A loja bebebrinquedo comercializa as áreas de puericultura onde abrange uma gama

de acessórios em várias etapas de crescimento do bebé como por exemplo na área

da higiene, alimentação, segurança, conforto. No vestuário incidimos no enxoval e

em moda até aos 36 meses de idade. No que diz respeito a brinquedos dispomos

de uma vasta gama de brinquedos abrangendo desde os zero meses até aos doze

anos, oferecendo uma maior oferta nos artigos didáticos para um maior e melhor

desenvolvimento pessoal e intelectual nestas faixas etárias. Temos também uma área

de organizações de festas e eventos, no qual prestamos o apoio e a colaboração

em festas de aniversário dos nossos clientes proporcionando decorações utilizando

a técnica de modelagem em balões, proporcionamos também dentro desta área

actividades socio culturais e de lazer para as crianças.

Pela sua experiência neste mercado tão específico, considera que o

empresário que trabalha na área infantil necessita ter uma sensibilidade

diferente?

A loja Bebebrinquedo ao trabalhar na área infantil para além de apostar num bom

atendimento ao publico aposta sobre tudo na sensibilidade visto que trabalhamos com

futuras mamãs que merecem um atendimento cuidado e especial pelo facto de se

encontrarem num estado emocional muito sensível.

O que vos diferencia das restantes empresas da área?

A diferença da nossa empresa com outra empresa do mesmo setor é apostar na

qualidade, na oferta e em especial no acolhimento ao cliente, proporcionando desta

forma totalmente gratuito a todos os clientes aulas de parentalidade e diversos

workshops destinados aos futuros pais e bebés.

Estamos perante uma empresa recente, que nasce num tempo de crise, a

Bebebrinquedos é também um exemplo de um empreendedorismo de jovens

empresários que acreditam num Portugal que dá certo?

Num contexto de crise que o desenvolvimento da economia atravessa cabe sobretudo

aos jovens portugueses o poder de impulsionar com ideias inovadoras para que

possamos ter uma visão diferente do empreendedorismo essencialmente local.

De que forma têm contribuído para o desenvolvimento de Alpendorada?

Com a abertura da loja é possível uma maior proximidade, qualidade de produto, que

são predominantes nos grandes centros urbanos.

Qual o número de parceiros em comercialização com a empresa?

Neste momento a empresa conta com cerca de mais de uma dezena de parceiros

representando marcas conceituadas em Portugal e Europa.

Quais a perspetivas para o futuro da Bebebrinquedo?

As perspetivas do crescimento da empresa Bebebrinquedo, é ,que possa satisfazer e

cativar um olhar atento da sociedade e criar mais postos de trabalho e expandir por

outras regiões do nosso país.

henrique e joana monteiroAdministradores

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

79

MARCO DE CANAVESES

Domingos Neves abraçou a liderança da Junta de Freguesia de Alpendorada, Várzea e Torrão com entusiasmo e determinação, convicto

que, juntamente com o seu Executivo será protagonista do ciclo de desenvolvimento da freguesia, oferecendo melhor qualidade de vida

aos habitantes e aos visitantes.

junta de freguesia de alpendorada

com as pessoas e para as pessoas

Alpendorada, Várzea e Torrão é uma freguesia do concelho de Marco

de Canaveses, com 16,82 quilómetros quadrados de área e 8 485

habitantes. Foi criada aquando da reorganização administrativa, resultando

da agregação das antigas freguesias de Alpendurada e Matos, Várzea do

Douro e Torrão. Em entrevista à Revista Business Portugal, Emília Monteiro, secretária

do executivo da Junta de Freguesia, revelou que esta união das freguesias foi feita

respeitando as suas identidades e harmonizando o território. As antigas juntas de

freguesia transformaram-se em delegações e funcionam numa lógica de proximidade

às populações.

Volvidos dois anos deste mandato de Domingos Neves, o balanço a traçar é claramente

positivo tendo em conta o trabalho desenvolvido em equipa por um executivo muito

dedicado.

A educação sempre se assumiu como uma das grandes preocupações, por isso

mesmo, Emília Monteiro adiantou que as crianças do ensino pré-primário e do básico

têm prolongamento de horário, assumido pela Junta, “dando oportunidade dos pais os

levarem à escola às 7h45 e ir buscá-los as 18h30 e as refeições são confecionadas

pelas nossas assistentes operacionais”, referiu, salientando a implementação de um

sistema rotativo, que permite que todas as funcionárias estejam aptas para desenvolver

todas as funções no seio da comunidade escolar.

Paralelamente, a junta de freguesia proporciona às crianças do ensino pré-primário

uma panóplia de atividades extracurriculares, desde a expressão musical, expressão

motora corporal, iniciação à língua inglesa e natação.

Na vertente social, tendo em conta a atual conjuntura socioeconomica do país, “criámos

um gabinete de acção social para dar resposta aos problemas prementes da nossa

comunidade. “Neste gabinete de acção social faz-se um atendimento permanente,

tendo em conta as necessidades auscultadas. O apoio traduz-se em alimentos,

medicamentos, transporte e consultas médicas às pessoas mais desfavorecidas”,

revela, acrescentando ainda a isenção do pagamento das refeições e prolongamento

nas escolas às famílias mais desfavorecidas.

O apoio à natalidade é outra das medidas assumidas. Os bebés que nascem na

freguesia são apoiados em produtos lácteos e fraldas, nalguns casos durante seis

meses.

Emília Monteiro deu ainda nota da criação da Comissão Social de Freguesias, no

seio da qual foi elaborado um diagnóstico social da freguesia, em parceria com as

instituições locais.

Outra das políticas implementadas pela Junta de Freguesia prende-se com o apoio às

associações e coletividades da freguesia, tendo em conta os seus planos de atividades

anuais.

Os objetivos para o futuro passam por continuar a harmonizar a freguesia, tendo em

conta, que ainda existem lacunas para colmatar. “É também nosso objetivo aproveitar

os fundos comunitários, mais especificamente, o programa Portugal 2020, para poder

reabilitar as zonas ribeirinhas, já que a nossa freguesia tem o privilégio de ser banhada

por dois rios, o Douro e o Tâmega, e uma paisagem única aliada ao seu património que

certamente apelará à visita de muitos turistas e contribuirá para uma melhor qualidade

de vida da nossa comunidade”, remata Emília Monteiro.

Domingos nevesPresidente

Page 80: Revista Business Portugal | Janeiro '16

REVISTA BUSINESS PORTUGALCOIMBRA

80

coim

bra C

oimbra, a aclamada ‘cidade dos estudantes’ é composta por 143.396 habitantes

e com um território de 319,4 Km², dados do ano de 2011. O dia 4 de julho é o

feriado municipal em memória daa rainha Santa Isabel de Aragão, considerada a

padroeira da cidade. No que se refere a serviços prestados é mais propriamente

nas áreas da saúde e do ensino que se vê maior relevância. Coimbra é ainda considerada

a cidade universitária não só por todos os anos acolher um grande número de jovens que

vão para lá estudar, mas também por ter a Universidade de Coimbra, uma das maiores de

Portugal, fundadda em 1290 por D. Dinis. Este local de ensino foi diferenciado a 22 de junho

de 2013 ao ser declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. No ano de 2003

foi considerada Capital Nacional da Cultura. O facto de reunir um grande número de espaços

culturais permitiu-lhe este reconhecimento. Neste sentido pode-se falar de alguns espaços que

caracterizam tão bem esta cidade banhada pelo rio Mondego. O Portugal dos Pequeninos é

ainda hoje um referencial histórico e pedagógico de muitas gerações. A 8 de junho de 1940

inaugurou-se um parque lúdico-pedagógico destinado essencialmente à Criança. Um espaço

que pela particularidade de ser um “mundo” de miniaturas acaba por reunir crianças, jovens e

adultos. Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, que é um importante local por simbolizar a carismática

figura da Rainha Santa. Um ponto de curiosidade mais propriamente para os interessados de

história é Conimbriga. Pelo que conta

a lenda este sítio foi visto como um

castro quando os Romanos em 138

a.c. lá chegaram e se apoderraram

do local. Estes são exemplos de

locais que pode encontrar ao visitar

a cidade de Coimbra.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL

81

COIMBRA

A Revista Business Portugal esteve à conversa com o Presidente da União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, José Simão.

união de freguesias de santa clara e castelo viegas

A ‘nossa’ História passa por aqui

Santa Clara, segundo nos revela José Simão,

“esteve sempre ligada a um ambiente

religioso e romântico”, estando ligada a sua

história também à Quinta das Lágrimas e à

vida de Inês de Castro ou à Fonte dos Amores, na qual,

segundo a lenda, a efémera Rainha recebia mensagens

de D. Pedro, está também ligada a Rainha Santa Isabel,

que mais tarde foi transladada para o Convento de Santa

Clara-a-Nova, um dos ex libris desta freguesia.

A origem de Castelo Viegas remonta a 1122, derivando

o seu nome de Castelo, alusiva a uma torre de defesa

medieval, situada num ponto estratégico desta freguesia,

da qual infelizmente já não existem vestígios e Viegas, de

Salvador Viegas, um senhor que doou a sua herdade ao

Mosteiro de S. Jorge de Milreu em 1159.

Esta União de Freguesias tem verificado um crescimento

significativo ao longo destes últimos anos, “destacando-

se as áreas comerciais, serviço de educação, social

e saúde, hotelaria e turismo, entre outros”, destaca o

Presidente da União de Freguesias de Santa Clara e

Castelo Viegas.

Na sua malha urbana, Santa Clara contém notáveis

arquiteturas patrimoniais religiosas, científicas e de lazer

turístico, como o Convento de Santa Clara-a-Velha,

Convento de S. Francisco (que está já pronto a inaugurar

como Centro de Convenção e Congressos), Santa

Clara-a-Nova onde está sepultada a Rainha Santa Isabel,

Capela da Senhora da Esperança, Capelas de N.S.

Conceição e N.S. da Graça. Nesta freguesia de Coimbra

está a Quinta das Lágrimas e Portugal dos Pequenitos.

“Portugal dos Pequenitos enriquece todo o património

nacional porque tem dentro de si, em ponto pequenino,

os mais emblemáticos monumentos nacionais e

também das nossas antigas colónias, parecendo até que

ainda não tiveram a independência. Da Torre de Belém

à Universidade de Coimbra, das casinhas tipicamente

portuguesas até ao Castelo de Guimarães, tudo está

miniaturizado no Portugal dos Pequenitos”. Com olhos

de ver cultura, este espaço está rodeado por colunas

que têm brasões de todas as cidades portuguesas em

pedra talhada. Dentro do Portugal dos Pequenitos, tem

toda a história de Portugal, tendo também um pavilhão

que destaca a antiga colónia portuguesa do Brasil. Pode

ainda visitar o Museu do Traje e o Museu de Marinha

dentro do Portugal dos Pequenitos, assim como admirar

o bule da artista Ana Vasconcelos, que é a última obra

adquirida pela Fundação Bissaya Barreto para aquele

espaço único em Portugal.

Nesta freguesia foram encontradas ossadas humanas

que se julga serem do primeiro homo sapiens que

pisou solo nacional. Estas ossadas estão actualmente no

Museu Santos Rocha na Figueira da Foz.

Em Santa Clara está instalado o Observatório

Astronómico, onde vários astrónomos e astrofísicos

fazem as suas pesquisas sobre o universo estrelar,

fotografando diariamente o astro rei que é o Sol. São

vários os cientistas da NASA que têm passado pelo

Observatório Astronómico de Coimbra em investigações.

Recentemente foi inaugurada a Cúpula Astronómica

Fundação Caloute Gulbenkian e um Planetário. Dentro

do Observatório poderá encontrar um museu valioso e

importante na descoberta do firmamento, assim como

raríssimas peças da sismografia mundial.

José Simão dá destaque a dois eventos que a região

acolhe, as festas da Rainha Santa e da Cidade de

Coimbra, com grande destaque para a Feira Popular,

que se realiza no Choupalinho em Santa Clara, durante

os meses de junho e julho.

No surgimento da união de freguesias, José Simão teve

a ideia de criar uma mascote de forma a ser mais simples

e divertido identificar a união de freguesias, deixando os

tradicionais brasões para actos mais oficiais. É que na

opinião de José Simão, a reforma administrativa não

acabou com nenhuma freguesia, o que foi extinto foram

muitos presidentes de junta.josé simãoPresidente

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Santo António dos Olivais é uma freguesia do concelho de Coimbra, com cerca de 65 mil habitantes e foi criada a 25 de novembro de

1854. Nesta região é possível encontrar duas áreas distintas: a urbana e a suburbana.

junta de freguesia de santo antónio dos olivais

Mais de 160 anos a servir a comunidade

A sua urbanização é muito marcada pelo

casario das zonas residenciais que desde

muito cedo se terão começado a desenvolver.

Este desenvolvimento deve-se à presença

do antigo Mosteiro de Celas situado numa área erma

de Coimbra, onde a paisagem se caracterizava pela

existência de pinhais e olivais, permitindo assim que se

fizessem as construções ao seu redor.

Na atualidade, não é apenas junto a este mosteiro que

podemos encontrar bairros habitacionais. As zonas da

Solum, Vale das Flores, Tovim, Chão do Bispo, Quinta

de S. Jerónimo, Quinta da Portela, Boavista e Pinhal

de Marrocos, são exemplos do grande crescimento da

freguesia.

Picoto, Vale de Canas, Casal do Lobo, Cova do Ouro,

compõem o panorama suburbano da freguesia de

Santo António dos Olivais.

Desde muito cedo que a zona dos Olivais foi procurada

por monges, e, foi em Santo António dos Olivais que o

padroeiro desta freguesia trocou o nome de Fernando

por António, abdicando do rico hábito e da murça branca

de cónego regrante de Santo Agostinho pelas humildes

vestes franciscanas, e daqui partiu para o Mundo para

a evangelização.

Esta freguesia, “desde sempre foi muito marcada pela

religiosidade, aspeto presente não só nas celebrações

eucarísticas mas, sobretudo, em importantes festas e

romarias, realizadas em diversas épocas do ano, com

manuel oliveiraPresidente

COIMBRA

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destaque para a romaria do Espírito Santo e as Festas

em honra de Santo António”, refere Manuel Oliveira,

Presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos

Olivais.

Como mais de 160 anos de existência, e, por forma

a que as memórias não se apaguem, procuramos

nas comemorações do aniversário, recriar a história

relembrando as figuras mais marcantes, na criação da

freguesia.

Foi assim em 2014 quando comemoramos 160 anos

realizando o “Encontro das Princesas” espectáculo

alusivo à infanta D. Sancha que viveu no Mosteiro de

Santa Maria de Celas, fundado no século XIII e está

classificado como Monumento Nacional. Em 2015 a

recriação histórica incidiu sobre a Vida e Obra de Santo

António, contando toda a sua passagem por Coimbra,

pelos Olivais e pelo Mundo.

Apoio Social

“Santo António dos Olivais, uma freguesia sempre

solidária”

Sendo este o lema da freguesia, esta está muito

focada para o apoio social e Manuel Oliveira salienta

“Temos várias valências de apoio, procuramos dar

sempre resposta ao cidadão que nos procura a solicitar

ajuda social, no caso de não ser da competência da

freguesia, a técnica de ação social depois de fazer a

avaliação, procura ajuda nas instituições parceiras até

encontrar soluções. Em Setembro de 2015 criámos

mais um reforço no apoio a quem precisa, um centro

social, denominado de Centro Social Partilha e Saber

Dr. Fausto Correia, onde são apoiadas as famílias ao

nível do vestuário, calçado, roupa de casa, móveis,

electrodomésticos, etc. Neste Centro, encontramos

ainda, uma sala de estudo acompanhado dirigida a

crianças em idade escolar, bem como, a adultos com

vontade de aprender a ler e a escrever. Manuel Oliveira

refere ainda que os atelieres diversos, onde a pintura,

tricô, as técnicas decorativas, a informática, e outras

artes, vão ajudando a combater o isolamento e a solidão

de alguns dos utentes.

O Presidente da Junta explica ainda que “em Santo

António dos Olivais, também existe a Comissão Social

de Freguesia, onde simultaneamente a Junta a Câmara

de Coimbra, e uma série de instituições parceiras,

sinalizam situações de carência com vista ao apoio às

famílias e ao combate à exclusão”. Tudo isto é que faz

da freguesia uma freguesia sempre solidária.

Obras e Infraestruturas

Manuel Oliveira, referindo que as pessoas e o seu bem-

estar é que são o factor principal, tem procurado fazer

obras que efetivamente beneficiam as populações.

Temos protocolo de delegação de competências da

Câmara para fazer as obras que são propostas pelo

executivo da freguesia de Santo António dos Olivais,

fazemos as obras que a população vêm há muitos

anos procurando que sejam concretizadas, quer a nível

desportivo, quer a nível de acessos.”

Património e Festividades

Para além do Mosteiro de Santa Maria de Celas, fazem

parte do riquíssimo e vasto património de Santo António

dos Olivais, a Igreja de Santo António dos Olivais, a

Capela de São Sebastião de estilo renascentista, a

Capela do Senhor dos Remédios, a Capela de Nossa

Senhora da Guadalupe, a Igreja de S. José, o Cruzeiro

dos Olivais e o Cruzeiro de Celas. Deste património

fazem parte também algumas fontes, como é o caso

da Fonte da Calçada do Gato de estilo barroco, a Fonte

da Cheira e a Fonte de Celas ou Fonte d’ El-Rei, que se

encontra na Rua Bernardo Albuquerque e foi construída

em 1761.

O Património Natural também tem grande destaque

nesta região, sendo que os pontos de visita obrigatória

são o Penedo da Meditação, a Mata de Vale de Canas e

a área circundante do rio Mondego.

As Romarias também são uma das maiores

características inerentes a esta região, sendo que as

festividades que mais se comemoram são: a Romaria

do Espírito Santo, que se realiza há mais de 100 anos,

a Feira das Coletividades, fazem-se também Rotas

Temáticas/Caminhadas pela Freguesia, as Marchas

Populares de Santo António, Festejos dos Santos

Populares, Mostra de Arte, a Feira de Artesanato, Serões

Culturais e Musicais em vários pontos da Freguesia e o

famoso cortejo de Carnaval.

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