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Revista Montijo

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Dezembro 2009

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

As Nossas Instituições Lions Clube Montijo – 16 e 17

Humberto d’ Ávila – Uma vida dedicada à música – 18

E os vencedores são… – 19

Novo mandato, novos desafios – 20 e 21

Autárquicas 2009 – 22, 23, 24, 25 e 26

Notícias da Reunião de Câmara – 27

São Martinho sénior – 28

Universidade Sénior homenageia alunos e professores – 29

Uma lição de Vida – 30 e 31

Autarquia premeia melhores alunos – 32

Proteja-se do frio – 33

Empresas e EmpresáriosFlorensis – 34 e 35

Obras – 36, 37 e 38

Editorial – 3

Cidade iluminada – 4

Espectáculos de Natal no CTJA – 5

Humildes e AldeanosLeontina Germano Costa e Silva – 6 e 7

Desporto em destaque – 8

Habitação para jovens – 9

“Pontes de Afecto” – 10

Câmara de Montijo serviu 26.815 refeições nas escolas em Outubro – 11

Gente da Nossa Terra Alvarito Bronze – 12 e 13

CERCIMA realizou intercâmbio na Turquia – 14

Mais de 80 jovens em projectos internacionais – 15

{í n d i c e }

Ficha Técnica

DirectoraMaria Amélia AntunesEditor Alcídio TorresRedacçãoAna Cantas Ribeiro, Ana Cristina Santos – Gabinete de Comunicação e MarketingFotografia Carlos RosaMiguel GervásioGrafismo e PaginaçãoDivisão de Informação e Relações Públicas PropriedadeCâmara Municipal de MontijoImpressãoGrafiponte

Publicação TrimestralDistribuição GratuitaDepósito Legal 121058/98ISSN1645-72187500ex.

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

A Presidente da Câmara

Maria Amélia Antunes

Com a tomada de posse no dia 26 de Outubro dos novos órgãos municipais sufragados pelas eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro de 2009, iniciou-se em Montijo um novo ciclo da vida municipal.

Nas eleições autárquicas de 11 de Outubro, os cidadãos de Montijo reforçaram a maioria absoluta do PS, confiando, mais uma vez, os destinos do município aos elei-tos socialistas para a Câmara, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia.

Investida como presidente de câmara naquela que foi a minha última tomada de posse, procurarei assumir, mais uma vez, este cargo com dignidade ao servi-ço do Montijo e dos montijenses.

Neste sentido, reafirmo a minha determinação em combater a corrupção e a lutar pela transparência e pela cidadania responsável. A corrupção corrói as ins-tituições, a dignidade do cidadão, contamina os indivíduos, deteriora o convívio

social, arruína os serviços públicos, compromete a vida das gera-ções actuais e vindouras e mancha a ética política.

Nos próximos quatro anos, tudo farei para honrar os compromis-sos eleitorais do PS. A confiança entre eleitos e eleitores é, para nós, ponto de honra. A adesão dos indivíduos ao processo de mo-dernização e de racionalização da administração é, além de um acto respeitante ao próprio interesse público, um acto de confiança na forma como a ética profissional e política é respeitada pela autori-dade autárquica. Da nossa parte, tudo faremos para aprofundar esta

relação de confiança entre eleitos e eleitores, entre o poder político e a cidadania. No próximo mandato queremos olhar ainda com mais atenção e equidade

para os problemas da solidariedade, da coesão social e territorial. Este compro-misso implica uma atenção redobrada, particularmente nesta conjuntura de crise económica e financeira, para com os cidadãos que correm riscos de pobreza e exclusão social. Neste âmbito assumiremos um novo compromisso com os ido-sos: a criação de um serviço municipal destinado a ajudar os idosos.

A continuação do processo de modernização administrativa dos serviços ca-marários é outro dos compromissos assumidos com os nossos concidadãos e com os trabalhadores da autarquia. Servir o interesse comum para servir melhor os cidadãos será ponto de honra de uma gestão autárquica moderna.

Não há desenvolvimento sem um bom ordenamento do território, capaz de va-lorizar o estuário do Tejo, o espaço urbano, agrícola e florestal. Durante o presente mandato teremos concluída a revisão do PDM. Só concebemos o ordenamento do território numa perspectiva de um todo coerente, articulando harmoniosamen-te os espaços agrícolas e florestais com os espaços habitacionais, ambientais, de lazer e de actividade económica.

É nossa preocupação fundamental manter em Montijo os elevados níveis de bem-estar que têm caracterizado a qualidade de vida da cidade e do concelho, proporcionando uma maior e melhor coesão social e territorial entre todas as partes do território concelhio.

A educação, a cultura e a solidariedade serão três vértices de um triângulo que queremos continuar a desenhar com a mesma determinação e responsabilidade com que temos vindo a fazer até aqui.

Os investimentos públicos projectados para a nossa região nos próximos anos, exigem que o concelho de Montijo esteja cada vez mais bem preparado não só para participar nesse processo de desenvolvimento, como para ser parte inclusiva na absorção de alguns investimentos estratégicos.

Reafirmo a minha determinação em

combater a corrupção e a lutar pela transparência

e pela cidadania responsável. A corrupção

corrói as instituições, a dignidade do cidadão,

contamina os indivíduos, deteriora o convívio

social, arruína os serviços públicos, compromete a

vida das gerações actuais e vindouras e mancha a

ética política.

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INICIOU-SE UM NOVO CICLO POLÍTICO

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{n a t a l } Exposição

A Arte dos PresépiosAté 7 de Janeiro de 2010, pode visitar no Posto de Turismo do Montijo uma exposição particular: “A Arte dos Pre-sépios”.Peças originais de artesãos da região que utilizaram materiais como o bar-ro e a cortiça na sua interpretação do tradicional presépio de Natal. Para além de divulgar o artesanato da região, a “Arte dos Presépios” é tam-bém uma mostra solidária, pois uma parte do valor da venda das peças em exposição reverterá a favor da CER-CIMA. A exposição pode ser vista de segun-da-feira a sábado das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30.Visite a “Arte dos Presépios”, conhe-ça o trabalho dos artesãos regionais e seja solidário, através da aquisição de um presépio, neste Natal!

NATAL SOCIALO Gabinete de Acção Social preparou um conjunto de iniciativas para este Natal.

Até ao dia 16 de Dezembro, a autarquia está a proceder à tradicional distribuição de cabazes de natal junto das famílias ca-renciadas.

No dia 18 de Dezembro, às 16h30 o Café da Praça recebe o convívio de Natal da Universidade Sénior. No dia seguinte, às 13h00, na sede do Tu Kontas decorrerá o almoço de Natal deste projecto.

Para finalizar, no dia 23 de Dezembro às 20h00, na Atalaia terá lugar o jantar/conví-vio de Natal dirigido às famílias carencia-das do concelho.

É Natal e a cidade de Montijo vestiu-se a rigor! Estrelas, flocos de neve, bolas, pi-nheiros, luzes e mais luzes iluminam diver-sas ruas da nossa cidade.

Desde as Portas da Cidade, passando pela Praça da República, pelas ruas Almi-rante Cândido dos Reis, Bulhão Pato, José Joaquim Marques, Joaquim de Almeida,

CIDADE ILUMINADA

até à Avenida João de Deus, muitas são as ruas onde o espírito de Natal marca presença. Este ano, as luzes também bri-lham na Avenida dos Pescadores.

Na Praça da República pode apreciar o brilho da árvore de Natal e quando passar no largo junto ao Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida pare uns minutos para ler um conto de Natal num livro iluminado.

Não se esqueça, neste Natal dê um pas-seio a pé ou de carro pela nossa cidade e aprecie a iluminação de Natal preparada pela câmara e que traduz um investimento na ordem dos 45 mil euros.

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Da programação do Cinema Teatro Joa-quim d’ Almeida (CTJA) para este Natal destacam-se dois eventos: o espectáculo da Orquestra Académica Metropolitana e o concerto de Natal do Grupo Coral do Montijo.

A Orquestra Académica Metropolitana (OAM) sobe ao palco do CTJA no dia 18 de Dezembro, às 21h30.

Com direcção musical de Jean-Marc Burfin, de alunos da Academia Nacional Superior de Orquestra e com a soprano Francine Romain, a Orquestra Académica Metropolitana traz ao Montijo um concerto composto por temas de Haydn, Wagner e Schumann.

A OAM estreou-se em 1993, na sequên-cia da criação da Academia Nacional Superior de Orquestra – uma instituição única no país, destinada a formar músicos profissionais nas áreas de Instrumento e Direcção de Orquestra.

Desde o seu início, é orientada por Je-an-Marc Burfin que é, simultaneamente, o seu maestro titular e director artístico. Constituída inicialmente por menos de 30 elementos, a OAM é hoje uma forma-ção sinfónica com cerca de 100 músicos. Com uma temporada que se estende ao longo de cada ano lectivo, mantém uma actividade regular de ensaios e concertos, apresentando-se não só na área metro-politana de Lisboa como também noutras localidades do país.

No dia 20 de Dezembro, às 16h00, a sala principal do CTJA recebe um concer-to de Natal pelo Grupo Coral do Montijo.

Com o Natal mesmo à porta, o Grupo

Coral do Montijo convidou alguns amigos do Alentejo para este concerto, nomeada-mente, o grupo coral infanto-juvenil “Ofi-cina do Canto” de Montemor-o-Novo e a Banda da Sociedade Musical Fraternida-de Operária Grandolense de Grândola.

Nesta tarde de Dezembro, revisite melo-dias tradicionais de Natal pelas vozes das crianças e jovens da “Oficina do Canto” e

pelas vozes mais adultas do Grupo Coral do Montijo.

Para além destes espectáculos, o CTJA proporciona aos mais pequenos no dia 19 de Dezembro, às 11h00, uma Hora do Conto de Natal com a “História de uma àr-vore de Natal” muito especial.

Já é quase Natal e esta árvore ainda nem começou os seus preparativos, ainda nem sequer foi ao cabeleireiro das árvores pentear os ramos, retocar a cor verde das suas folhas e enfeitar-se de fita longas e brilhantes. Será que esta árvore vai chegar antes ou depois do Natal?

A entrada nesta Hora do Conto de Na-tal custa dois euros e nos concertos da Orquestra Académica Metropolitana e do Grupo Coral do Montijo cinco euros, cada.

ESPECTÁCULOS DE NATAL NO CTJA

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Leontina Germano Costa e Silva

ESTOU SEMPRE A PENSAR NA

MINHA FARMÁCIALeontina Germano Costa e Silva nasceu e cresceu em Belém, Lisboa. Seguiu os passos do marido que foi colocado como médico veterinário em Montijo e aqui se fixou. As leis rígidas de uma ditadura não permitiram que pudesse abrir uma farmácia, área na qual se formara. Sem perder o sonho de vista, leccionou Eco-nomia Doméstica, Físico-Química e Ciências. Quando a lei o permitiu, Leontina assumiu-se como proprietária e directora técnica da farmácia São Pedro. Quarenta anos depois continua a assumir o comando da mesma, uma das mais modernas do concelho. Todos os dias vai trabalhar, sempre a arquitectar novas formas de melhorar o seu negócio. Uma força de mulher difícil de igualar.

A Revista Montijo foi recebida por Leon-tina no seu escritório. O imóvel de aspecto novo e imponente revela as obras feitas há poucos anos. A proprietária começa por explicar como foi a sua transição de Lisboa para este lado do Tejo. “Estava na faculdade quando conheci o meu marido, chegámos ao fim dos nossos cursos e ca-sámos. Ele já estava colocado em Montijo como médico veterinário municipal. Eu ti-rei farmácia”.

A opção pelo curso de Farmácia foi para Leontina “uma espécie de chamamento”, mas apesar de formada foi lhe vedada a possibilidade de abrir o seu negócio. “Na época era tudo muito diferente do que é hoje, não era permitido ter uma farmácia quando o cônjuge exercia medicina ou medicina veterinária” explica Leontina.

Confrontada com tal facto, Leontina não baixou os braços e abraçou a profissão de professora durante vários anos, leccionan-

“A farmácia está absolutamente bem equipada. Temos um Rowa que é um robot que vai buscar os medicamentos e um Prolog (um módulo adicional) que os repõe.”

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do Físico-Química e Ciências no Externato Sagrado Coração de Jesus e, na Escola Industrial, Economia Doméstica. “Gostei de dar aulas foi uma fase boa da minha vida, ainda hoje sinto um certo conforto quando encontro antigos alunos que per-guntam: ‘Lembra-se de mim?’ Dizem-me o nome e recordo-me deles, pequenos e de calções. Também há raparigas, hoje mulheres, que garantem fazer as receitas que lhes ensinei”.

Quando o marido deixou de fazer clíni-ca, era apenas veterinário municipal e pri-vativo da Casa Isidoro, montou a primeira farmácia também na Avenida Luis de Ca-mões, um pouco mais abaixo da actual. “Fiquei ali apenas um ano, era um espa-ço muito reduzido. Quando começaram a construir este prédio fui logo ter com o construtor para saber da possibilidade de aqui ser a farmácia, apenas no R/C por-que em cima havia inquilinos”.

“Sempre em frente e nunca desistir” é o lema desta empreendedora incansável e batalhadora. Muitos anos mais tarde, entrei em negociação com a inquilina de cima. “Estávamos, de novo, apertados. Há quatro anos ficámos com o segundo andar e fizemos obras. Crescemos.”

As obras permitiram a instalação de tecnologia de ponta. Leontina aposta na qualidade dos seus serviços e mantém-se em constante evolução. “A farmácia está absolutamente bem equipada. Temos um Rowa que é um robot que vai buscar os medicamentos e um Prolog (um módulo adicional) que os repõe.”

Para além da tecnologia, Leontina apos-ta também na qualidade do serviço, o seu empenho e dedicação fez com que o estabelecimento fosse galardoado por duas vezes. “Há um espaço infantil e um museu com acessórios já não utilizados. Temos bons funcionários, dois ajudantes técnicos e quatro licenciados em farmácia e serviço de entrega de medicamentos ao domicílio.”

A par de tanta inovação, a proprietária não esconde que crise económica tam-bém chegou à farmácia. “Há uma quebra evidente. As pessoas trazem uma lista de medicamentos e só levam o que faz mais falta, principalmente pessoas de idade que tem reformas muito pequenas. Como o dinheiro não chega para tudo, são co-medidas no que levam.”

Deixar de trabalhar são verbos que não cabem no dicionário de Leontina. “É aqui que tenho o meu trabalho de muitos anos, estou aqui diariamente, sempre a pensar na minha farmácia e no que vou fazer a se-guir. A minha afilhada, também Leontina, será a continuadora da minha obra”.

Palavras Soltas…

Sabedoria… as pessoas que sabem mais são modestas

Escritor… Aquele que tem o talento de pôr cá fora tudo o que lhe vai na alma

Livro… Li tantos que não lhe sei dizer um em especial. Comecei a ler o Equador, mas não o acabei

Voz … Pavarotti

Doces ou Salgados?... Salgados, fujo dos doces. Faço uma alimentação muito racional, carnes brancas e leite de soja.

Ministra da educação ou da saúde?... Saúde. A educação está muito difícil.

Tecnologias… São de louvar, foi com elas que o homem chegou à Lua.

Tradição... Gostava muito de ter tido uma tradição de família. Nunca tive filhos. Sou muito só. Tive um marido extraordinário, tenho muitas saudades dele.

Montijo agora e antes?...Não tem a mais pequena comparação. Conhecíamos todas as pessoas, hoje não conhecemos ninguém. É um aglomerado de casas e nascem mais todos os dias. Antes era mais calmo e eu gostava mais.

“Há um espaço infantil e um museu com acessórios já não utilizados. Temos bons funcionários, dois ajudantes técnicos e quatro licenciados em farmácia e serviço de entrega de medicamentos ao domicílio.”

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DESPORTOEM DESTAQUE

Há quem seja adepto da bicicleta, há quem goste mais dos passeios a pé ou do contacto com o rio através da canoagem.

Para tentar agradar a todos os gostos, a Câmara Municipal de Montijo vai continu-ar, durante o ano de 2010, a promover as actividades do Programa Mais, projecto “Naturalmente Desporto Sénior”.

Este projecto consiste na realização de actividades de bicicleta (BTT e cicloturis-mo), canoa e pedestrianismo em ambien-te rural e urbano, todos os meses do ano

em parceria com o movimento associativo e juntas de freguesia

Para além da prática física e desportiva, estes passeios são também uma forma de conhecer um pouco melhor o património natural e edificado do nosso concelho.

No calendário do projecto “Naturalmen-te Desporto Sénior” há momentos que já são marcantes. A Maratona de BTT Ca-nha, que terá lugar em Dezembro, tem re-gistado uma crescente adesão por parte dos amantes da modalidade. Para 2010 está também previsto, em Agosto, o tradi-cional Passeio de Cicloturismo “4ª Clássi-ca Afonsoeiro-Canha”.

A política de promoção da prática físi-ca e desportiva da autarquia montijense estende-se às escolas básicas e secun-dárias do concelho.

Todos os anos, através do projecto “Desporto na Escola” são promovidas ac-ções de sensibilização para modalidades praticadas no concelho pelo movimento associativo, como o andebol, o basquete-bol, o judo, o hip hop ou o futsal.

Está nas suas mãos a gestão do seu ca-pital de saúde ao longo da vida. A partici-pação nos passeios do projecto “Natural-mente Desporto Sénior” é uma boa forma de desenvolver a prática física e desporti-va e de implementar estilos de vida mais activos e saudáveis.

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HABITAÇÃO PARA JOVENS

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A Câmara Municipal de Montijo assinou, a 2 de Junho de 2006, um protocolo com a Cooperativa de Habitação Casa Famí-lia onde se comprometeu a ceder quatro lotes de terreno para construção de 32 fogos, a custos controlados, na Avenida de Olivença (frente à Praça de Touros) pensados para jovens em início de vida autónoma.

Os edifícios estão em fase de con-clusão e numa primeira fase (até 12 de Fevereiro de 2010) estes fogos desti-nam-se preferencialmente a jovens até à idade limite de 35 anos, a título individu-al, ou casais cuja soma de idades não ultrapasse os 65 anos, que residam ou trabalhem, com carácter de permanên-cia, há mais de cinco anos, no concelho de Montijo.

As pré-inscrições estão abertas até 12 de Fevereiro de 2010 na Divisão de Ha-bitação da Câmara Municipal de Montijo, das 14h00 às 17h00, na Praça Gomes Freire de Andrade N.º 19 – 1.º Andar. Todo o restante processo de avaliação ao crédito e comercialização ficará a cargo da Cooperativa Casa Família.

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PONTES DE AFECTO

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Durante o mês de Dezembro terão lugar ainda as seguintes sessões:

15 de Dezembro, 17h30-19h30EB1 da AtalaiaTema: Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem

16 de Dezembro, 17h30-19h30Junta de Freguesia de Santo Isidro de PegõesTema: Desenvolvimento Infantil

17 de Dezembro, 17h30-19h30Junta de Freguesia de PegõesTema: Desenvolvimento Infantil

Durante os meses de Novembro e Dezem-bro, a Câmara Municipal de Montijo, atra-vés do Serviço de Psicologia para a Pro-moção do Sucesso Educativo, tem vindo a promover o projecto “Pontes de Afecto”.

Este projecto consiste num conjunto de acções de sensibilização dirigidas aos pais, encarregados de educação e fami-liares das crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico do con-celho.

Os técnicos da autarquia têm-se deslo-cado aos quatro agrupamentos de escolas do concelho para falar sobre alimentação saudável, aquisição e desenvolvimento da linguagem, cuidados de saúde primários, desenvolvimento infantil e gestão do orça-mento familiar.

O projecto “Pontes de Afecto” foi cria-do pela autarquia com o intuito de ser um espaço de partilha de informações e de debate sobre um conjunto de questões relacionadas com as crianças, as famílias, a saúde e o orçamento familiar.

Até ao momento já participaram nestas sessões cerca de 300 encarregados de educação.

O projecto consiste num conjunto de acções de sensibilização dirigidas aos pais, encarregados de educação e familiares das crianças do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico do concelho.

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CÂMARA DO MONTIJO SERVIU 26.815 REFEIÇÕES NAS ESCOLAS EM OUTUBRO

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A Câmara Municipal de Montijo, ao longo dos anos, tem vindo a adoptar várias me-didas de apoio às famílias.

Na reunião pública da Câmara de 18 de Novembro foram aprovados os protocolos de parceria relativos ao fornecimento de refeições aos alunos do 1.º Ciclo do Ensi-no Básico entre a Câmara e o Agrupamen-to de Escolas de Afonsoeiro e Sarilhos Grandes e o Agrupamento de Escolas de Montijo, para o ano lectivo 2009/2010.

Os protocolos têm como objectivo ga-rantir o fornecimento de uma refeição di-ária equilibrada e adequada às necessi-dades da população escolar, segundo as orientações da Direcção Geral de Inova-ção e Desenvolvimento Curricular e com observância das normas de higiene e se-gurança alimentar.

Clara Silva, responsável pelo pelouro da educação, afirmou que “em todas as es-colas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e Pré-escolas foram servidas, durante o mês de Outubro, 10.733 refeições a alunos do es-calão A, o que quer dizer totalmente gra-tuitas para as famílias, 6.256 do Escalão B (0.73€ cada refeição), 8.328 (1.46€, valor sem comparticipação) e 1.496 (3.80€), ser-vidas a pessoal docente e não docente”.

As refeições são confeccionadas em refeitórios existentes nos edifícios escola-res por trabalhadores da autarquia, com ementas elaboradas por uma dietista. “As ementas incluem também escolhas das famílias em tipos de alimentação como sejam comida vegetariana ou ovolacteo-vegetariana e as indicadas pelos médi-cos, como sejam os celíacos” sublinhou a autarca.

Para além do ensino pré-escolar gratuito que este ano lectivo beneficia 563 crianças, outra das medidas adoptadas pela autar-quia foi a criação do Serviço de Apoio às Famílias que se desenvolve das 7h00 às 9h00 e das 15h30 às 19h00 e nos perío-dos de interrupções lectivas. “Este serviço é pago de acordo com o escalão de Abono de Família de cada criança e varia entre os 3€ e os 59,60€”, revelou a vereadora.

No 1.º ciclo do Ensino Básico também todas as crianças têm aulas e actividades das 9h00 às 17h30, excepto em três esco-las do Agrupamento do Montijo que têm horário duplo.

O apoio da autarquia estende-se ain-da ao nível dos transportes explica Clara

Silva: “os alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos que residem a quatro km dos estabeleci-mentos de ensino que possuem refeitório ou que residem a três km de escolas sem refeitório e os alunos dos circuitos de risco (Estradas Nacionais ou linhas férreas em utilização) beneficiam de transporte esco-lar fornecido pelas juntas de freguesia ou de passe escolar dos TST”.

Clara Silva concluiu a sua intervenção afirmando que “a educação é um inves-timento invisível, por isso muitas vezes in-compreendido. Na sociedade da imagem é difícil fazer passar a mensagem de um trabalho que não se vê”.

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{g e n t e d a n o s s a t e r r a }ALVARITO BRONZE

Sonhar…e continuar sempre a sonharJá o poeta dizia que o sonho comanda a vida. Sonhar e acreditar são os dois ver-bos regentes da vida de Alvarito Bronze, 50 anos, cavaleiro tauromáquico. Ter so-nhos e acreditar que é sempre possível concretizá-los é o seu lema de vida.

“Vou criando e concretizando os meus sonhos. Não se pode desistir. Os sonhos devem estar ao nosso alcance. Quando queremos muito uma coisa consegui-mos”, afirma Alvarito Bronze.

Esta vontade de concretizar sonhos aliada à paixão pelo campo foram os im-

pulsionadores da entrada no mundo da tauromaquia. “Aos 17 anos entrei para os forcados, participei também em garraia-das e em competições de raides. Com 25

anos comprei um terreno, comecei a criar cavalos, a montá-los e há dez anos a tou-rear a cavalo”.

“O meu sonho não era tirar a alternati-va. Eu queria ser amador e tourear com os cavaleiros, mas não era possível. Por isso tive que tirar a prova de praticante e depois fazer a alternativa”, salienta.

Praça cheia foi a lotação registada na Monumental Amadeu Augusto dos San-tos, no dia 6 de Junho de 1996, na corrida alternativa de Alvarito Bronze. “Senti-me acarinhado por todos. Foi um dia feliz.

Quase como um casamento. O João Mou-ra aceitou ser meu padrinho de alternativa. Foi um privilégio”.

Sobre este assunto, o cavaleiro apro-

veitou para desmistificar uma ideia: “não paguei para tirar a alternativa. Recebi cin-co mil euros do empresário da Praça do Montijo. Há duas maneiras de estar na tauromaquia: ou se paga e toureamos em todo o lado ou se anda com uma certa dignidade, toureamos quando nos convi-dam e o que recebemos tem de dar, pelo menos, para as despesas. Não ando nisto para perder ou ganhar dinheiro, mas para me divertir”.

O percurso de Alvarito Bronze no mun-do dos toiros tem sido caracterizado por alguns obstáculos. “Não tenho 20 anos, tenho 50 e as pessoas não me aceitam da mesma maneira. Pensam que com esta idade devia estar reformado, mas eu sou teimoso, não penso assim e enquanto ti-ver saúde vou continuar a tourear”.

Estes obstáculos são também fruto de algum preconceito que Alvarito Bronze afirma existir por parte dos colegas de profissão. “Alguns ainda não me aceitam muito bem. Não querem tourear comigo por causa da minha idade, porque come-çaram muito cedo e a família investiu mui-to neles ou porque vêm de famílias com tradição na tauromaquia”.

Estas contrariedades não desarmam o cavaleiro, até porque o público tem-se re-velado “bastante carinhoso. Ao princípio, as pessoas não me levavam a sério. Hoje noto uma evolução nessa postura. Come-çaram a apreciar o meu trabalho. Reco-nhecem que dou sempre o máximo, que sou um cavaleiro que arrisca. Hoje o meu nome no cartaz significa que a praça vai estar praticamente cheia. Para mim isso é sinal de reconhecimento”.

Alvarito Bronze considera-se um “au-todidacta. O que sei aprendi sozinho. Um dia, o João Moura disse-me: ‘a ver aprende-se muito’ e foi uma grande lição. Comecei a prestar atenção, sobretudo ao Moura e ao Pablo Hermoso, para tentar

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perceber como conseguiam colocar os cavalos em determinadas posições. Tentei fazer o mesmo e fui conseguindo, pouco a pouco. Estamos sempre a aprender”.

“Sempre tive uma paixão por cavalos, que são o elemento essencial da toura-da à portuguesa. Em parte sinto-me um ‘escultor’. De uma pedra, que é o cavalo, após um ano de trabalho coloco-o a tou-rear”, acrescenta.

Para a próxima temporada, o cavaleiro pretende realizar as habituais quatro ou cinco corridas, algumas das quais na pra-ça da sua terra. “Cresci no Montijo. Sou das Faias. Gosto da minha terra. O melhor que aconteceu ao Montijo foi a ponte. Te-nho algumas expectativas em relação ao novo aeroporto. Vai ser bom para o nosso

concelho. Gostava de ver a marginal, que começa no Montijo e acaba na Lançada, toda arranjada e menos construção em altura”.

Para além desta continuidade, Alvarito Bronze já tem definido a próxima etapa ou, quem sabe, o próximo sonho: “confirmar a alternativa no Campo Pequeno. Vou tentar convencer o Moura a apadrinhar-me e o

Rui Bento, o empresário da praça lisboeta, a aceitar-me”.

E porque, recorrendo novamente as pa-lavras do poeta, a verdade é que o sonho é uma constante da vida, Alvarito Bronze naturalmente vai continuar a sonhar. A so-nhar que “haja mais oportunidades para todos, que haja mais pessoas como eu que consigam realizar os seus sonhos”.

Praça cheia foi a

lotação registada na

Monumental Amadeu

Augusto dos Santos, no

dia 6 de Junho de 1996,

na corrida alternativa de

Alvarito Bronze. “Senti-

me acarinhado por todos.

Foi um dia feliz. Quase

como um casamento.

O João Moura aceitou

ser meu padrinho de

alternativa. Foi um

privilégio”.

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CERCIMA realizou intercâmbio

na Turquia

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A CERCIMA, através do Gabinete de Desenvolvimento Associativo e Cidadania da Câmara Municipal de Montijo, realizou um intercâmbio de jovens na Turquia entre os dias 22 e 30 de Setembro.

Três jovens portadores de defici-ência e dois técnicos da CERCIMA participaram neste intercâmbio, in-titulado “Dis – Ability Contest”, que promoveu a criatividade das pesso-as portadoras de deficiência através da produção de trabalhos artísticos manuais. No final do intercâmbio, realizou-se um concurso com todas as obras produzidas pelos jovens.

João Trindade, um dos jovens por-tugueses, afirma ter sido uma expe-riência “muito boa. A comida é boa e diferente. A Turquia é bonita e fiz novos amigos”, acrescentado com satisfação que ganhou “o primeiro prémio do Concurso de Design”.

Para os técnicos da CERCIMA que acompanharam os jovens, a participa-ção da instituição neste intercâmbio foi importante pois “promoveu a mobilida-de, a educação não-formal e o diálogo intercultural, encorajando a inclusão de todos os jovens. Os nossos jovens tive-ram a oportunidade de interagir com os seus pares de outros países, desenvol-vendo novas formas de comunicação, de conhecer outra cultura, praticar o inglês e passar por uma experiência única.”

O intercâmbio “Dis-Ability Contest” foi realizado através do Programa Ju-ventude em Acção da Comissão Euro-peia e contou com jovens de Portugal, Letónia, Roménia, Espanha e Turquia.

Câmara envia munícipe para voluntariado na AlemanhaMarisa dos Reis iniciou, em Outubro, um pro-jecto de voluntariado com a duração de 12 meses, na “Fundação para os Direitos das Gerações Futuras” na Alemanha, ao abrigo de uma candidatura apresentada pela Câmara do Montijo, através do Gabinete de Desenvol-vimento Associativo e Cidadania, ao Serviço Voluntário Europeu.

Marisa dos Reis, de 30 anos, jurista, espe-cialista em Direito Inter-nacional encontra-se a elaborar a sua tese de mestrado em Direitos Humanos e conta com experiência profissional na área da juventude e em projectos de soli-dariedade social.

Até ao momento, a voluntária está a con-siderar o trabalho de-senvolvido “muito mo-tivador. Já escrevi uma pequena notícia para a

Revista de Justiça Internacional da Fundação e fui convidada para escrever mais dois artigos”.

Marisa revela, também, que esta experiência já impôs uma transformação na sua vida: “vou alterar o tema da minha tese de mestrado para algo relacionado com os direitos civis e políti-cos das crianças”, revelando que “a Fundação pretende apoiar-me na tradução e publicação internacional da minha tese. Estou também a planear um seminário em Lisboa sobre o tema da Justiça Intergeracional”.

Para além do trabalho na Fundação, Marisa está a frequentar um curso de Alemão. “Pouco a pouco vou começando a entrar na língua. Mas é realmente muito, muito difícil!”, confessa.

O Serviço Voluntário Europeu é uma iniciativa da União Europeia que promove a mobilidade dos jovens entre os 18 e os 30 anos. Através deste programa o voluntário tem a possibili-dade de aprender uma nova língua, sendo-lhe garantida a assistência na saúde e a sua sub-sistência no país de acolhimento durante todo o tempo de duração do projecto.

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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Ao longo de todo o ano, a Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete de Desen-volvimento Associativo e Cidadania (GDAC), proporciona aos jovens do concelho a opor-tunidade de realizarem intercâmbios, cursos ou seminários em diversos países europeus, através do programa Juventude em Acção.

Este ano, mais de 80 munícipes tiveram, as-sim, a oportunidade de partilhar experiências com outros jovens europeus e adquirir novos conhecimentos e competências.

O ambiente, a música, o desporto, o diálo-go intercultural, as políticas de juventude, a igualdade de género, a cidadania e cultura europeias foram alguns dos temas destes projectos que decorreram em países como Malta, Turquia, Itália, França, Grécia, Alema-nha, Geórgia, Bulgária ou Polónia.

Num encontro realizado, no dia 22 de Se-tembro, no Salão Nobre dos Paços do Con-

{c i d a d a n i a }

celho, alguns dos participantes expressaram ao vereador Renato Gonçalves, responsável pelo GDAC, a necessidade de maior divulga-ção destes projectos junto da comunidade, bem como o balanço positivo da sua partici-pação nos mesmos devido ao conhecimento de novos países, culturas e gentes.

Para o próximo ano, o GDAC já tem agen-dado os seguintes projectos: de 14 a 19 de Janeiro de 2010 o seminário “Link Youth with Disability” na Roménia, de 20 a 30 de Janeiro, o curso de formação “Improving the quality of the international Youth projects” na Croácia e de 16 a 25 de Abril o intercâmbio “Creative Recycling” na Letónia.

Todos estes projectos são financiados atra-vés do Programa Juventude em Acção que comparticipa 70 por cento das passagens aéreas, bem como todas as despesas de alojamento e alimentação.

Para mais informações contacta o GDAC, através do telefone 212 327 878 ou do e-mail [email protected].

MAIS DE 80 JOVENS EM PROJECTOS INTERNACIONAIS

CÂMARA PROMOVEUESTÁGIOS NA EUROPADe 4 a 31 de Outubro, 11 alunos da Escola Profissional do Montijo, acom-panhados por um professor, realizaram estágios de formação profissional no Centro de Formação Garage, na Alema-nha, que dispõe da mais alta tecnologia nas áreas da Mecânica Industrial, Elec-tricidade e Energia (Frio e Climatização), Mecatrónica, Electrónica, entre outras.

Os estudantes são alunos dos cur-sos de “Manutenção Industrial/Varian-te: electromecânica” e “Refrigeração e

Climatização” e tiveram, assim, a oportu-nidade de ter acesso a boas-práticas, que mais tarde lhes serão vitais no seu desem-penho profissional.

Esta oportunidade resultou de uma candidatura que a Câmara, através do Gabinete de Desenvolvimento Associati-vo e Cidadania, apresentou ao Programa Sectorial Leonardo Da Vinci da União Eu-ropeia, que financiou na totalidade todo o projecto sem quaisquer custos para os seus beneficiários.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{a s n o s s a s i n s t i t u i ç õ e s }

Lions Clube Montijo AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

A crise de valores é um tema recorren-te na sociedade. A este propósito Mário Soares afirmava, no Diário de Notícias de 21 de Outubro de 2008, que a mais grave de todas as crises é “a crise mo-ral, crise de valores ou melhor: da falta deles (…) numa sociedade individualis-ta, egoísta e consumista, por excelência, em que conta, acima de tudo, o dinheiro - como supremo valor”1.

Numa época em que esta crise se ins-talou, há, ainda, pessoas e instituições que continuam a pautar a sua interven-ção na sociedade por valores. O Lions Clube Montijo é disso exemplo. Fundado em 1992, o seu trabalho na comunida-de montijense é reflexo do espírito de “servir e não servir-se”, o valor chave do lionismo.

Maria Teresa Leite, 59 anos, profes-sora aposentada do 2.º ciclo, é a actual presidente do Lions Clube Montijo. Uma instituição que, tal como todos os res-tantes Lions Clubes existentes no mun-do, se rege por um código de ética (ver caixa), que consagra o companheiris-mo, a solidariedade, a honra, o espírito de entreajuda e de serviço como valores essenciais.

Um código de ética que orienta a pos-tura e acção dos Lions dentro dos seus clubes, mas também na sociedade. “Nunca tanto se falou em valores e tão pouco se praticou como agora. Neste momento, é muito difícil criarmos uma sociedade conduzida por um código de ética como o nosso. As crianças, que hoje já são adultos, habituaram-se a receber tudo muito facilmente, com pouco trabalho e, por isso, para eles os valores são algo pouco relevante”.

Servir na comunidade de forma desinteressada e de acordo com as necessidades existentes é o objectivo primordial de qualquer Lion Clube. “A nossa missão é servir. Os Lions Clu-bes são a maior organização de serviço do mundo”, refere Maria Teresa Leite.

Este espírito de serviço traduz-se em acções concretas na comunida-de. No caso do Lions Clube Montijo, a actividade de maior impacto é o rastreio visual a todas as crianças do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico do concelho.

“Esta actividade iniciou-se em 2000 e até 2009 já abrangeu 4500 alunos. É re-alizada em parceria com a Associação Portuguesa de Prevenção Visual, a câ-mara e a junta de freguesia do Montijo. Após o rastreio, as crianças mais caren-ciadas são encaminhadas para consul-tas de oftamologia na União Mutualista, numa parceria com a câmara, e depois são-lhes doados óculos pelo Lions Clu-

be Montijo e Junta de Freguesia do Mon-tijo”.

O plano de actividades do Lions Clube Montijo não se esgota no rastreio visual. Todos os anos são realizadas dádivas de sangue, entregas de livros a crianças e cabazes de Natal a diversas famílias, recolhidos fundos para instituições lo-cais, nacionais e internacionais. O Clu-be, de acordo com o seu regulamento,

atribui bolsas de estudo, existindo uma parceria entre este, a câmara e a junta de freguesia”.

Actividades de cariz social e económi-co que pretendem ir ao encontro, segun-do Maria Teresa Leite, das necessidades “vastas e variadas e cada vez em maior número da comunidade montijense. São necessidades económicas e sociais por-que, por vezes, as pessoas precisam de orientação, de serem encaminhadas”.

“Nunca tanto se falou em valores e tão pouco se

praticou como agora. Neste momento, é muito difícil criarmos uma sociedade

conduzida por um código de ética como o nosso.

As crianças, que hoje já são adultos, habituaram-

se a receber tudo muito facilmente, com pouco

trabalho e, por isso, para eles os valores são algo

pouco relevante”.

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

“São necessidades, também, um pouco envergonhadas. Algumas vezes obtemos os bens necessários para entregar às fa-mílias e depois há uma certa resistência em receber, as pessoas revelam dificulda-de em estar disponíveis e, por isso, desen-volvemos parcerias com instituições que estão mais no terreno, de modo a facilitar o objectivo estabelecido. É também com-plicado obter donativos das empresas do concelho”, acrescenta.

Maria Teresa Leite foi professora de matemática e ciências da natureza do 2.º ciclo do ensino básico. Uma vida de 36 anos dedicada ao ensino que termi-nou, em Outubro de 2008, como a pró-pria confessa, com algum desencanto. “A escola deixou de ser um local para os alunos. Passou a ser uma escola de papéis, papéis e mais papéis, onde já não tinha prazer em estar. Fiquei desen-cantada e, como não sou capaz de fazer aquilo que não gosto, vim embora”.

Foi sempre professora na EB2 D. Pe-dro Varela e, também, por isso tem um conhecimento privilegiado do concelho. “Satisfaz-me a vida saudável que ainda conseguimos ter no Montijo, mas preo-cupa-me a falta de infra-estruturas cul-turais e de lazer. Temos o Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida. Não há uma livraria na cidade e isso é significativo. Não co-nheço o plano mas sei que vai continuar o arranjo da zona ribeirinha e espero que contemple mais zonas de lazer”.

O Lionismo e o Lions Clube Montijo

Em 1917, Melvin Jones, um empresário de Chicago, interrogou-se sobre a pos-sibilidade das pessoas usarem os seus conhecimentos, as suas habilidades em prol da comunidade em que vivem.

Esta interrogação foi o ponto de par-tida para a formação da Associação In-ternacional de Lions Clubes, que nesse mesmo ano realizou a sua primeira con-venção e criou um estatuto, regulamen-tos, objectivos e um código de ética.

Mais de 100 anos depois, a Associa-ção Internacional de Lions Clubes é a maior organização de serviço do mun-do, com mais de 45 mil clubes e 1,3 mi-lhões de sócios.

O Lions Clube Montijo é um desses

45 mil clubes. A hierarquia nos Lions é bastante explícita e respeitada. O Lions Clube de Montijo está inserido na Divi-são 10 da Região E do Distrito 115 Cen-tro Sul, que, por sua vez, pertence ao Distrito Múltiplo 115 que integra a Asso-ciação Internacional de Lions Clubes.

Todos os clubes têm autonomia para desenvolverem as suas próprias acti-vidades, mas respeitando o programa emanado pelo Distrito 115 Centro Sul e os estatutos e código de ética da Asso-ciação Internacional de Lions Clubes.

Todos os anos são realizadas dádivas de sangue, entregas de livros a crianças e cabazes de Natal a diversas famílias, recolhidos fundos para instituições locais, nacionais e internacionais. O Clube, de acordo com o seu regulamento, atribui bolsas de estudo, existindo uma parceria entre este, a câmara e a junta de freguesia.

Código de Ética da Associação Internacional de Lions Clubes

- Honrar a minha profissão, dignifican-do-a e impondo-a ao respeito alheio.

- Lutar pelo êxito da minha actividade profissional e aceitar toda a remu-neração ou lucro que equitativa e justamente mereça, recusando porém qualquer vantagem conseguida à custa da minha dignidade ou de cons-ciente transigência moral.

- Ter em mente que para triunfar não é necessário prejudicar o próximo.

- Decidir contra mim no caso de dú-vida quanto ao direito ou à ética dos meus actos.

- Cultivar a amizade como um fim e não como um meio, acreditando que ela não resulta de favores mutuamen-te prestados, mas sim de sentimentos espontâneos, que não encontram retribuição senão na própria amizade.

- Ter sempre presente os meus deveres para com o meu Deus e a minha Pátria, sendo-lhe sempre leal em pensamentos, palavras e obras, dedicando-lhes, desinteressadamen-te, o meu tempo, o meu trabalho e os meus recursos.

- Estar sempre pronto a ajudar o pró-ximo, a consolar o aflito, a socorrer o necessitado e a amparar o humilde.

- Ser comedido na crítica e generoso no elogio, construir e não destruir.

- Servir e não servir-se.

1 In “Os Folhetins da Crise”, Diário de Notícias, 21 de Outubro de 2008

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

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ExposiçãoHumberto d’Ávila

UMA VIDA DEDICADA À MÚSICA

Está patente até 20 de Dezembro, no 2.º foyer do Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida, a exposição biográfica dedicada ao musicó-logo montijense “Humberto d’ Ávila – Uma vida dedicada à música”

A inauguração da exposição teve lugar no dia 6 de Novembro e contou com a presen-ça da presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Amélia Antunes, de Gastão de Brito e Silva, familiar do musicólogo, e de

João Borges de Azevedo em representação da Associa-ção Juventude Musical Por-tuguesa.

A edil montijense relem-brou que “Humberto d’Ávila foi uma personalidade que conquistou projecção nacio-nal na área da divulgação, da crítica e do estudo da música e que foi “filho” desta terra, facto desconhecido da maior parte dos nossos con-cidadãos”.

“É um dever de cidadania evocar o contributo dos nossos conterrâne-os que desempenharam ou desempenham actividade de mérito ao serviço da comuni-dade”, acrescentou.

Gastão de Brito e Silva confessou que a exposição lhe “deu a conhecer facetas do Tio Humberto que eu próprio desconhecia”. João Borges de Azevedo fez um breve per-curso pela vida e obra de Humberto d’ Ávila salientando a sua “forte personalidade e a sua preocupação pelo destino do seu espó-lio”, que foi confiado à Biblioteca Nacional.

Após a inauguração da exposição seguiu-se um momento musical com o Quarteto La-cerda, um dos principais quartetos de corda portugueses.

Humberto de Ávila nasceu em 1922. Na-tural do Montijo foi uma figura de grande re-

levo no panorama musical português.Foi crítico musical em diversos jornais e

co-fundador da Juventude Musical Portu-guesa e membro activo de outras institui-ções como o Conselho Português da Mú-sica (UNESCO), director da Federação das Colectividades de Cultura e Recreio, tendo sido um acérrimo defensor das bandas civis e filarmónicas do país.

Enquanto director do Departamento de

Musicologia do extinto Instituto Português do Património Cultural (foi nomeado em 1976), desenvolveu um vasto trabalho de recuperação e valorização da música por-tuguesa, através da recolha e preservação de um importante espólio documental e ins-trumental, que após a extinção do referido Instituto foi distribuído por várias instituições, como a Biblioteca Nacional.

À data da sua morte (2006), Humberto de Ávila era comendador da Ordem do Infante Dom Henrique.

Horário:Quarta e Quinta-feira – 16h00 às 19h00 e das 20h30 às 22h00Sexta-feira – 16h00 às 22h00Sábado – 10h00 às 13h00 e das 16h00 às 22h00Domingo – 15h00 às 19h00

Embarcações Tradicionais em ExposiçãoEstá patente até ao final do ano, na Zona Ribeirinha de Montijo, a exposição “Tejo, Fonte de Vida II – Embarcações do Rio” que retrata, em 30 painéis, em-barcações de mercadorias, de pesso-as e de pesca que cruzaram o rio.

O rio Tejo desde cedo se assumiu como um meio de comunicação entre as duas margens, para além de ser uma via de circulação para o transpor-te de bens e mercadorias, proporcio-nou também uma intensa actividade piscatória, factores determinantes para o progresso económico da localidade e do concelho.

A exposição retrata a evolução e aperfeiçoamento das embarcações que, de acordo com a técnica, os ma-teriais disponíveis e as necessidades deram origem a diferentes tipologias: barcas, faluas, botes, batéis, varinos, lanchinhas, canoas, fragatas, vapores e ferry-boats.

As embarcações, que integram o património colectivo, podem ser visua-lizadas ao longo dos painéis da Frente Ribeirinha, divididos por embarcações de mercadorias (painéis junto à ponte e ao cais dos vapores), embarcações para transporte de pessoas (painéis da praça Norte) e embarcações de pesca (painéis junto ao moinho).

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“MONTIJO JOVEM 2009”E os vencedores são…

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David Erlich e Fábio Lima, ambos de 19 anos, foram os vencedores do V Concur-so de Poesia e Ficção Narrativa “Montijo Jovem 2009”. A cerimónia de entrega dos prémios e menções honrosas terá lugar no dia 15 de Janeiro de 2010, às 17h30, no auditório da Galeria Municipal.

Com “O Verso dos Pássaros”, David Er-lich venceu na categoria de poesia. “Peca-dos de Família” é o título da obra de Fábio Lima, vencedor na modalidade de ficção narrativa.

Após a leitura e avalia-ção das obras, o júri, com-posto por Manuel Frias Martins, Helena Barbas e o escritor Liberto Cruz de-liberou por unanimidade a atribuição dos prémios, incluindo men-ções honrosas para os seguintes auto-res: Ema Loureiro, Ângela Adrião, Ângela Constantino e Tiago Manuel.

Aos vencedores será atribuído um pré-mio monetário no valor de 1250 euros cada, bem como a oportunidade de verem a sua obra editada. Todos os participantes recebem um certificado de participação.

Este ano, participaram no V Concurso de Poesia e Ficção Narrativa 43 jovens com obras inéditas nas referidas modali-dades, sendo 30 de poesia e 13 de ficção narrativa.

O “Montijo Jovem” é uma iniciativa da Câmara Municipal de Montijo com o ob-jectivo de descobrir e divulgar novos ta-lentos na área da Literatura, dirigida aos jovens entre os 15 e os 25 anos.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

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NOVO MANDATO, NOVOS DESAFIOS

Uns eram repetentes, outros estreantes. Para todos o juramento foi o mesmo: “eu abaixo assinado, afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas”. A to-mada de posse dos titulares dos órgãos autárquicos para o mandato 2009/2013 decorreu no dia 26 de Outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

A sala estava lotada, eleitos e eleitores quiseram marcar presença neste acto so-lene que marca o início de um novo man-dato para os membros da Assembleia e da Câmara Municipal.

Após o empossamento dos novos ele-mentos de ambos os órgãos, a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, começou por enfatizar a

sua determinação em “combater a corrup-ção e lutar pela transparência e pela cida-dania responsável”.

“Neste mandato queremos olhar ainda com mais atenção e equidade para os problemas da solidariedade, da coesão social e territorial. (…) Neste âmbito assu-miremos um novo compromisso com os idosos: a criação de um serviço municipal

destinado a ajudá-los a resolver alguns dos seus problemas”.

A presidente destacou, ainda, outros compromissos assumidos que serão a imagem de marca do novo mandato, no-meadamente, a modernização adminis-trativa dos serviços camarários que “deve traduzir-se na simplificação dos procedi-mentos, na qualidade dos serviços pres-tados aos cidadãos, na transparência, na eficácia, na responsabilidade e na partici-pação”.

Segundo Maria Amélia Antunes, outras dimensões do novo mandato do executivo camarário serão “a criação de condições em todo o concelho para mais e melhor emprego”, bem como a cultura e a defesa do património edificado e natural.

A edil terminou a sua intervenção evo-cando a necessidade de separação entre os campos de actuação política e admi-nistrativa. “Há muito que tenho vindo a de-fender que a sociedade e a cultura política e administrativa têm de evoluir para a dis-tinção clara entre a responsabilidade polí-tica e a responsabilidade administrativa”.

“Os políticos não podem nem devem

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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pagar pela negligência, desleixo, incom-petência ou irresponsabilidade da admi-nistração nem a administração deve ser responsabilizada pela falta de visão es-tratégica ou pela indefinição das políticas públicas por parte do poder político autár-quico ou central”, concluiu.

O elenco da câmara municipal para o mandato 2009-2013 tem como protago-nistas Maria Amélia Antunes, Nuno Canta, Clara Silva, Renato Gonçalves (PS), Lucília Ferra e Nuno Ferrão (PSD/PP) e o estrean-te Joaquim Batalha (PCP-PEV).

Após a tomada de posse teve lugar a primeira reunião da Assembleia Municipal, tendo sido eleitos, para a mesa do referido órgão, Amândio de Carvalho (presidente), Sandra Anes (1.ª secretária) e Pedro Car-romeu (2.º secretário).

O novo presidente da Assembleia Muni-cipal realçou a necessidade de colabora-ção entre todos os eleitos da Assembleia, tendo como “fio comum o desenvolvimen-to da nossa terra, do nosso concelho”, ex-pressando apoio aos presidentes de junta e reiterando ao “executivo municipal e to-dos os membros da Assembleia o desejo de que os próximos quatro anos possam ser profícuos para o concelho”.

Atribuição de Pelouros

Por despacho, datado de 2 de Novem-bro, a presidente da Câmara Municipal de Montijo efectuou a distribuição de pelou-ros aos vereadores a tempo inteiro, não tendo sido atribuídos pelouros aos verea-dores da oposição.

Assim, Maria Amélia Antunes ficou res-ponsável pelo Departamento de Admi-nistração Urbanística, Divisão de Gestão Financeira do Departamento Administrati-vo e Financeiro, Divisão de Informação e Relações Públicas, Notariado, Secção de Expediente Geral e Arquivo da Divisão de Gestão Administrativa do Departamento Administrativo e Financeiro, Conselho Mu-nicipal de Segurança e Associação para Formação Profissional e Desenvolvimento de Montijo (Escola Profissional de Monti-jo).

O vereador Nuno Canta vai ter na sua alçada o Departamento de Obras e Meio Ambiente, a Divisão de Organização e In-formática e o Gabinete de Protecção Civil.

Por sua vez, a vereadora Maria Clara

Silva fica com o Departamento de Gestão de Recursos Humanos, a Divisão de Ha-bitação do Departamento de Administra-ção Urbanística, a Divisão Social, Cultural e de Ensino, a Divisão de Solidariedade e Saúde, a Divisão de Cultura e Recreio, a Comissão de Protecção de Crianças e Jo-vens e a Universidade Sénior.

Por último, o vereador Renato Gonçal-ves fica encarregue da Divisão de Eco-nomia e Turismo, da Divisão de Gestão

Administrativa do Departamento Adminis-trativo e Financeiro, da Divisão de Biblio-tecas e Arquivo, da Divisão de Desporto, do Gabinete da Juventude, do Gabinete de Desenvolvimento Associativo e Cida-dania, do Gabinete de Assessoria Jurídica e dos Museus.

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“Os políticos não podem nem devem pagar pela negligência, desleixo, incompetência ou irresponsabilidade da administração nem a administração deve ser responsabilizada pela falta de visão estratégica ou pela indefinição das políticas públicas por parte do poder político autárquico ou central”

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{d e s t a q u e }Autárquicas 2009O Partido Socialista (PS) foi o vencedor, em Montijo, das eleições autárquicas de 11 de Outubro, com um total de 8952 vo-tos (48,74 por cento), mais 1968 votos do que nas autárquicas de 2005. A coligação PSD/PP obteve o segundo lugar com 4712 votos (25,65 por cento), seguindo-se a coligação PCP-PEV com 2911 votos (15,85 por cento), o Bloco de Esquerda com 878 votos (4,78 por cento) e o PCTP/MRPP com 323 votos (1,76 por cento). Tal como em 2005, estes resultados tra-duzem o seguinte elenco municipal: qua-tro vereadores para o PS, dois para o PSD e um para o PCP-PEV. Na votação para a Assembleia Munici-pal, o Partido Socialista também reforçou a sua votação face às autárquicas de 2005 (de 6733 votos para 8364), elegendo mais um deputado municipal (de nove para dez deputados). A composição deste órgão autárquico fica completa com seis deputa-dos do PSD/PP, quatro do PCP-PEV, um do Bloco de Esquerda e os oito presidentes das juntas de freguesia. Nas Assembleias de Freguesia, o PS saiu vencedor, com maioria absoluta, no Afonsoeiro, Alto Estanqueiro-Jardia e San-to Isidro de Pegões e com maioria relativa na Atalaia, Montijo e Canha. A candidatura, apoiada pelo PS; do mo-vimento independente Pegões Merece + venceu com maioria absoluta em Pegões e a coligação PCP-PEV saiu vitoriosa, com maioria relativa, na assembleia de fregue-sia de Sarilhos Grandes. Comparativamente às autárquicas de 2005 todos os partidos políticos, com excepção do PCP-PEV que perdeu 384 votos, aumentaram as suas votações. O conjunto dos votos do PSD e do PP (em 2005 concorreram separados) traduziram-se num aumento de 197 votos, o Bloco de Esquerda obteve mais 171 votos e o PCTP/MRPP mais 148 votos. Nas autárquicas 2009, dos 38 046 elei-tores inscritos votaram 18 368, o que re-presenta uma taxa de abstenção de 51,72 por cento.

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Câmara Municipal de Montijo

48,74%

25,65%

15,85%

4,78%1,76%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

PS PSD/PP PCP-PEV BE PCTP/MRPP

Percentagem de Votantes: 48,28% | Abstenção: 51,72% | Votos Em Branco: 2,04% | Votos Nulos: 1.18%

Assembleia Municipal de Montijo

45,54%

26,23%

16,87%

6,14%1,91%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

PS PSD/PP PCP-PEV BE PCTP/MRPP

Percentagem de Votantes: 48,28% | Abstenção: 51,72% | Votes em Branco: 2,1% | Votos Nulos: 1,21%

o

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

Assembleia de Freguesia do Afonsoeiro

59,68%

18,63%16,62%

2,40%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

PS PCP-PEV PSD/PP PCTP/MRPP

Percentagem de Votantes: 42,57% | Abstenção: 57,43% | Votos em Branco: 1,84% | Votos Nulos: 0,84%

Assembleia Freguesia do Alto Estanqueiro-Jardia

55,03%

20,50% 20,21%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

PS PSD/PP PCP-PEV

Percentagem de Votantes: 43,17% | Abstenção: 56,83% | Votos em Branco: 2,03% | Votos Nulos: 2,22%

{d e s t a q u e }

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

Assembleia de Freguesia da Atalaia

42,12%

28,94%

25,37%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

PS PCP-PEV PSD/PP

Percentagem de Votantes: 54,13% | Abstenção: 45,87% | Votos em Branco: 1,97% | Votos Nulos: 1,6%

Assembleia Freguesia de Canha

36,27%

30,28%

22,18%

9,04%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

PS PSD/PP Independente PCP-PEV

Percentagem Votantes: 57,18% | Abstenção: 42,82% | Votos em Branco: 0.59% | Votos Nulos: 1,64%

{d e s t a q u e }

24

25

Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

{d e s t a q u e }Assembleia Freguesia de Montijo

45,40%

27,42%

16,03%

6,43%1,55%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

PS PSD/PP PCP-PEV BE PCTP/MRPP

Percentagem Votantes: 47,07% | Abstenção: 52,93% | Votos em Branco: 1,92% | Votos Nulos: 1,26%

Assembleia Freguesia de Pegões

64,04%

25,89%

7,70%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Independente C/Apoio PS

PSD/PP PCP-PEV

Percentagem de Votantes: 61,21% | Abstenção: 38,79% | Votos em Branco: 1,52% | Votos Nulos: 0,85%

26

Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

2626

Assembleia de Freguesia de Santo Isidro de Pegões

50,14%

27,71%

10,14% 9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

PS PSD/PP PCP-PEV Independente

Percentagem de Votantes: 52.16% | Abstenção: 47,84% | Votos em Branco: 1,71% | Votos Nulos: 1.29%

Assembleia Freguesia de Sarilhos Grandes

45,21%

37,34%

11,09%

4,01%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

PCP-PEV PS PSD/PP BE

Percentagem de Votantes: 52,52% | Abstenção: 47,48% | Votos em Branco: 1,43% | Votos Nulos: 0,93%

{d e s t a q u e }

Dados retirados do site: www.legislativas2009.mj.pt

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

{n o t í c i a s d a r e u n i ã o d e c â m a r a }

CÂMARA MUNICIPAL DO MONTIJO DISCUTE TAXAS E IMPOSTOS MUNICIPAIS Na reunião da Câmara Municipal de Mon-tijo, realizada no dia 4 de Novembro, fo-ram apresentadas propostas referentes à fixação da Taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis, à Derrama e à aprovação do Projecto de Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas do Município de Montijo.

O executivo deliberou fixar a Taxa de Im-posto Municipal sobre Imóveis para pré-dios urbanos em 0.7 por cento, cujo valor tributável é encontrado por via da correc-ção monetária ponderada. No caso dos prédios urbanos avaliados nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imó-veis (CIMI) foi fixada a taxa de 0,4 por cen-to. A proposta foi aprovada com os votos a favor do PS e PSD e um contra da CDU.

Recorde-se que, desde a entrada em vigor do novo regime de tributação sobre o património, a receita proveniente do IMI foi até Outubro de 2009 de 4.623.998,77€ enquanto no período homólogo no ano de 2008 foi arrecadada a quantia de 4.991.884,70€.

Em relação à Derrama, imposto sobre o lucro das empresas, a Câmara Municipal de Montijo manteve a taxa de 1.5 por cen-to por forma a reforçar a capacidade finan-ceira essencial à prossecução dos inves-timentos efectuados e a efectuar. Sendo este imposto aplicado sobre os lucros das empresas, só pagarão as que dão lucros.

Nesta reunião foi também aprovado o Projecto de Regulamento e Tabelas de Taxas e Tarifas do Município de Montijo. Nos termos da Lei N.º 53-E/2006 de 29 de Dezembro, os Regulamentos e Tabe-las de Taxas das autarquias locais devem obedecer a um conjunto de regras. Das novas exigências destaca-se a obrigação do valor das taxas estar de acordo com os custos e encargos financeiros que os municípios têm no desempenho dos seus serviços. O incumprimento desta obriga-ção por parte dos municípios terá como consequência, a partir de 1 de Janeiro de 2010, a revogação automática das taxas em vigor.

Um estudo económico-financeiro apro-fundado (solicitado pela autarquia a uma empresa da especialidade) conclui que, em muitos casos, os serviços prestados pela Câmara Municipal de Montijo não eram taxados ou, nos casos em que o

eram, a taxação estava e está, na maioria dos casos, abaixo do seu custo real.

Para que se proceda à aplicação cor-recta das taxas de acordo com a lei, em alguns casos, nomeadamente no urba-nismo, os valores a taxar seriam bastante superiores aos actuais.

A presidente da Câmara Municipal considerou, no caso dos valores mais elevados, que os mesmos devem ter um pagamento faseado no tempo, sempre de acordo com o estipulado pela lei. Durante o ano de 2010 as taxas com maior impac-to na economia e nas empresas não serão

aumentadas (licenciamentos), encontran-do-se plenamente justificada esta opção política.

O Projecto de Regulamento e Tabela de Taxas e Tarifas foi submetido a discussão pública, pelo prazo de 30 dias, após publi-

cação em Diário da República. Decorrido esse período volta à Câmara Municipal para ser submetido à deliberação da As-sembleia Municipal. A proposta foi apro-vada com quatros votos a favor do PS e três abstenções do PSD e da CDU.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{a c ç ã o s o c i a l }

A Câmara Municipal de Montijo, através do Gabinete de Saúde e Acção Social, re-alizou no dia 11 de Novembro o tradicional baile de São Martinho Sénior, no Círio dos Olhos de Água, na freguesia da Atalaia. Estiveram presentes cerca de 300 idosos de todo o concelho.

S. MARTINHO SÉNIOR

O tradicional baile foi animado por Né-lio Pinto e pela Marcha de Reformados de Montijo que apresentou uma nova mar-cha, interpretada por Maria Matilde Tava-res com letra de Carlos Ventura e música de José Manuel Borbinha.

Com o contributo das instituições, das juntas de freguesia e o patrocínio de al-

gumas entidades do conce-lho do Montijo, foi servido um lanche de confraternização, no decorrer do evento, com a ementa tradicional do São Martinho, onde não faltaram as castanhas, a batata-doce, o chouriço assado, a água –

pé e alguma doçaria. Participaram nesta iniciativa todas as

juntas de freguesia e instituições do con-celho. O Círio dos Olhos de Água dispo-nibilizou o espaço, recursos materiais e humanos.

A iniciativa contou com os seguintes pa-trocínios: Pastelaria Dragão Jovem, Paste-laria Mimosa, Padaria Montipão, Padaria - Firma Pinto Ramos, Madeira & C, Lda, Cooperativa Agrícola de Stº. Isidro de Pe-gões, Firma Alfredo Dias da Silva e Filhos, Lda. - Adega das Passarinhas de Santo Isidro de Pegões, Junta de Freguesia da Atalaia, Intermarché do Montijo, Firma Ra-poral, S.A. - Carnes STEC e Empresa “Ma-nuel Joaquim Crispim”.

Recorde-se, que estas e outras iniciati-vas promovidas pelo Gabinete do Idoso, ao longo do ano, procuram combater o isolamento, privilegiar o convívio e me-lhorar a qualidade de vida dos idosos do concelho.

OS LOUCOS ANOS 60

Um baile alusivo ao tema “Os Loucos Anos 60”, no âmbito das comemora-ções do Dia Internacional das Pessoas Idosas, levou três centenas de idosos ao Pavilhão de Bombeiros. Uma inicia-tiva do Gabinete do Idoso da Câmara Municipal de Montijo.

A iniciativa animada pelo grupo “Companhia Limitada” pretendeu re-criar o espírito da década de 60. Insti-tuições e juntas de freguesia do conce-lho foram convidadas a participar com os seus idosos e a trazerem um pouco de criatividade, apresentando-se com um projecto ilustrativo da época.

O objectivo foi estimular o convívio saudável entre pares, bem como pro-porcionar um clima alegre aos idosos institucionalizados.

Esta iniciativa contou com o apoio de todas as juntas de freguesia do concelho, dos Bombeiros Voluntários de Montijo e da Cruz Vermelha – nú-cleo de Montijo.

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

{a c ç ã o s o c i a l }No dia 13 de Novembro teve lugar na Quin-ta do Saldanha a cerimónia oficial de aber-tura do ano lectivo 2009/2010 da Universi-dade Sénior, que assinalou o seu terceiro aniversário. A cerimónia homenageou os professores que, desde a primeira hora, abraçaram este projecto, voluntariamente, com distinções de empenho e dedicação.

A presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia Antunes, e o Reitor da Uniseti, Brissos Lino, marcaram presen-ça neste evento, que distinguiu também o aluno e a aluna mais jovem, Maria Odete Rodrigues Antunes e José Manuel Moura-to Guerra Santos, assim como a aluna e o aluno menos jovem, Aura Afonso Sancho Beatriz e Fernando da Costa Godinho, pela vontade de aprender, de partilhar saberes e pelo seu espírito académico.

Brissos Lino mostrou-se satisfeito com o progresso da Universidade Sénior de Mon-tijo. “Dou, mais uma vez, os parabéns à autarquia pela visão que teve em organizar esta Universidade. Vejo professores e alu-nos muito envolvidos e empenhados. De-sejo que a Universidade cresça, se desen-volva e que o trabalho daqui para a frente seja ainda melhor”.

Por sua vez, Maria Amélia Antunes afir-mou que este é um projecto com dois aspectos fundamentais no ser humano, a vontade e a generosidade. “A vontade de aprender, estar e de viver e a generosida-de de dar, particularmente dos professores, mas também dos alunos, porque há recipro-cidade, partilha da experiência da vida que tiveram até à entrada na Universidade”.

A presidente não escondeu o orgulho. “A nossa gratificação é saber que desenvolve-mos políticas e projectos que engrandecem o concelho e a cidade, que estamos a traba-lhar para humanizar a vida de todos nós.”

A universidade prevê a distinção ao fim de três anos lectivos de alguns membros do corpo docente. As homenagens foram entregues a Anabela Rumor (Música), Cláu-dia Santos (Psicogerontologia), Dina Matias (Estudos Ambientais), Fernanda Fernandes (Matemáticas das Ciências Sociais), Joa-quina Grilo (Literatura Portuguesa), Maria João do Carmo (Oficina de Dança), Paulo Aleixo (Arte e Arquitectura) e Sesinando Pe-

reira (Ginástica de Manutenção).

Para comprovar que a formação ao longo da vida não tem idade, dois jo-vens, um caloiro e uma veterana da tuna académica da Escola Superior de Educação de Se-túbal contribuíram com os seus tes-temunhos para um

UNIVERSIDADE SÉNIOR HOMENAGEIA ALUNOS E PROFESSORES

momento intergeracional. A cerimónia con-tou ainda com a actuação da Tuna Acadé-mica da Universidade Sénior.

Recorde-se, que a Universidade Sénior pretende proporcionar à população resi-dente no concelho de Montijo, com idade igual ou superior a 50 anos, formação mul-tidisciplinar em diversas áreas. Se é o seu caso, dispõe de tempo livre e vontade de aprender novos saberes e competências, não hesite. A Universidade Sénior não tem requisitos de admissão nem avaliações obrigatórias.

Se preenche os requisitos acima des-critos inscreva-se na Universidade Sénior, situada na Casa Senhorial, na Quinta do Saldanha, Estrada do Seixalinho, telefo-ne 21 23142 03, e-mail: [email protected] .

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{a c ç ã o s o c i a l }Há acontecimentos que mudam uma vida. Momentos felizes, tristes, algumas vezes até mesmo trágicos. A guerra em Angola, após o 25 de Abril de 1974, tornou-a refugiada e fê-la fugir para Portugal. Um in-cêndio em Dezembro de 2004 foi o ponto de partida para mais uma re-viravolta na vida de Maria Carolina Ferrero, a protagonista desta nossa história. Aos 64 anos, os olhos bri-lham quando fala da “família”, é as-sim que lhe chama, que encontrou no Montijo.

Com 29 anos, a vida “boa” que tinha

em Angola foi interrompida pela guerra. “Lá tinha uma condição de vida razoável. O meu avô era europeu, engenheiro e

quando foi para Angola comprou uma fa-zenda de 15 mil hectares. Quando se deu a guerra tivemos de fugir, como tantos ou-tros. Primeiro fomos para a África do Sul e depois, também devido à língua, viemos para Portugal”.

“Fomos para perto de Castelo Branco. Tinha lá familiares. Depois estivemos na Covilhã. Como tinha uma prima aqui no Montijo, quando ela ficou viúva viemos vi-ver com ela”, esclarece.

Quando foi necessário sair da casa da prima, Maria Carolina, o companhei-ro e a filha depararam-se com o facto de não terem casa nem possibilidades financeiras de adquirir ou arrendar uma. “Não tínhamos onde ficar e apesar de saber que era ilegal fomos para a an-tiga estação do Apeadeiro de Sarilhos. Nasceram lá duas netas minhas. Não tínhamos luz. A água íamos buscar a uma fonte na Lançada. Dormíamos no chão. A comida era a Comissão Social do Alto Estanqueiro que nos dava. Es-tiveram os fiscais da câmara, a GNR e

pessoas da CP a saber por que razão lá estávamos”.

“Um dia a câmara fechou as portas e to-das as nossas coisas ficaram lá. Vim falar com o vereador Nuno Canta. Perguntou-me porque tinha ido para lá viver sem auto-rização. Respondi que não tinha onde dor-mir e que fomos para lá para não apanhar chuva. Ele disse que tínhamos de sair. Sai de lá a chorar e ele tornou a chamar-me e disse: ‘tome esta chave, mas um dia que seja preciso fazer lá obras a senhora tem de sair’”, conta Maria Carolina.

Em Dezembro de 2004, um incêndio destruiu por completo o “lar” de Maria Ca-rolina. O Serviço Municipal de Protecção Civil sinalizou a situação e o Gabinete de Acção Social da autarquia montijense en-trou em acção. Os olhos de Maria Caroli-na brilham de alegria e emoção quando recorda esse dia. “A assistente social do

Gabinete de Acção Social da câmara apareceu, perguntou como tínhamos ido para ali e disse que , em conjunto, ia tentar arranjar uma solução para começarmos uma vida nova. Fiquei muito contente!”

Este primeiro contacto transformou a vida de Maria Carolina. Foi a partir dele que

encontrou, no Montijo, “uma família. Nun-ca nas outras cidades onde estive tive o apoio que tenho aqui no Montijo”, afirma.

Durante três anos, viveram numa casa na Caneira. “Tenho um filho com doença de Crohn e fui a Castelo Branco buscar uma sobrinha que ficou órfã. Já éramos muitos naquela casa. Dei conhecimento de tudo isto à câmara e, assim, que houve oportunidade concorri a um concurso para atribuição de casas, esperei e calhou-me esta no Esteval. Hoje vivo aqui com o meu filho, o meu neto e a minha sobrinha”.

“O Gabinete de Apoio ao Imigrante aju-da-me em tudo o que preciso. Como não sei ler, nem escrever quando preciso de tratar de alguns documentos vou sempre lá. O Gabinete de Acção Social também me arranjou apoio alimentar, que recebo através do Centro Paroquial do Montijo”, acrescenta.

UMA LIÇÃO DE VIDA

“Quando se deu a guerra tivemos de fugir, como

tantos outros. Primeiro fomos para a África do Sul

e depois, também devido à língua, viemos para

Portugal”.

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

{a c ç ã o s o c i a l }Aos 55 anos, um acidente vascular ce-

rebral deixou-a incapaz para trabalhar. Desde então vive com uma reforma de invalidez de 243 euros. “Sempre trabalhei no campo e gostava muito. Agora é com a minha reforma e a do meu filho, que devido à doença de Crohn também está reformado por invalidez, e com a ajuda

alimentar do Centro Paroquial que vamos conseguindo viver”.

Apesar de todo este percurso, há pe-quenos passos que ainda são necessá-rios. Em casa de Maria Carolina faltam aparelhos essenciais como um frigorífico e uma máquina de lavar roupa, por exemplo. Pequenas dificuldades que não a desani-mam. “Desde que estou no Montijo a mi-nha vida não tem sido muito difícil porque tenho tido amigos que me apoiam, senão fossem eles era bem pior. Tenho uma casa para dormir, já é muito bom”.

Toda esta transformação na vida de Ma-ria Carolina só foi possível porque ela quis ser ajudada, cumpriu rigorosamente tudo o que a autarquia lhe solicitou e está sem-pre disponível para comparecer em todas as ocasiões. É uma presença assídua nos eventos da autarquia dirigidos aos idosos e às famílias carenciadas. “Gosto muito de ir a esses convívios. É a minha forma de retribuir tudo o que têm feito por mim”.

“Tenho sido muito ajudada, mas tam-bém gosto muito de ajudar. Tenho esse espírito. Gosto de ajudar os meus filhos, sobrinhos. Estou a ficar velhinha, doente e um dia também vou precisar de alguém para me ajudar”, confessa.

É na sobrinha Jessica que Maria Caroli-na deposita os seus sonhos. Aluna do 11.º ano, com média superior a 17 valores, no seu quarto destacam-se as inúmeras me-dalhas conquistadas em competições de atletismo, nomeadamente, nas modalida-des de 100 metros, salto em comprimento e triplo salto. “Gostava que a minha sobri-nha continuasse os estudos. É uma boa estudante e gostava que ela fosse alguém na vida”.

Caro leitor, esta história está prestes a chegar ao fim. Não é uma história de prín-cipes e princesas. Não é fantasia. É reali-dade. Como teve oportunidade de ler, é a história de uma senhora a quem a vida por vezes não sorriu. Mas tal como nos contos de fadas, há uma última pergunta que se impõe: “D. Maria Carolina é feliz?”

A resposta surge com um sorriso franco nos lábios, um brilho particular nos olhos e sobretudo com muita humildade: “neste momento aqui no Montijo sou muito feliz. Só falta a saúde, mas enquanto tiver quem me ajude sou feliz.

“Tenho sido muito ajudada, mas também gosto muito de ajudar. Tenho esse espírito. Gosto de ajudar os meus filhos, sobrinhos. Estou a ficar velhinha, doente e um dia também vou precisar de alguém para me ajudar”

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{a c ç ã o s o c i a l }

AUTARQUIA PREMEIA

MELHORESALUNOS

Pelo segundo ano consecutivo, a Câmara Municipal de Montijo procedeu à entrega de prémios de mérito a alunos beneficiá-rios do Serviço de Acção Social Escolar (SASE). A cerimónia teve lugar na Galeria Municipal no dia 14 de Novembro.

Os 20 alunos dos 2.º e 3.º ciclos do en-

sino básico e do ensino secundário, com médias iguais a cinco valores receberam cheques-compra do hipermercado Con-tinente, no valor de 100 euros para aqui-sição de material escolar didáctico, infor-mática, multimédia ou hi-fi. Os prémios resultam de um contrato de responsabili-dade social celebrado ente a autarquia e o Continente.

Para a presidente da Câmara Municipal de Montijo, Maria Amélia An-tunes, este prémio embora seja uma acto simbólico é um contributo “material para os alunos e as famílias pode-rem adquirir material escolar com vista a prosseguirem os seus estudos, mas também o reconhecimento do seu es-forço, pese embora todas as dificuldades, para obterem bons resultados escolares. Por terem trabalhado mere-

cem esse reconhecimento público”.“Com vontade ultrapassamos os maio-

res obstáculos. É estudando e trabalhan-do que conseguimos melhorar o nosso desempenho” afirmou a edil, sublinhando ainda a necessidade de que essas mes-mas dificuldades sejam transmitidas “aos

professores e responsáveis, aos pais e à Câmara Municipal de Montijo”.

Metade dos alunos que receberam este prémio são provenientes da Escola Básica 2.º Ciclo D. Pedro Varela, três da EB 2/3 de Pegões, três da Escola Secundária Jorge Peixinho e quatro da Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.

Seis dos premiados são filhos de imi-grantes, tal como aconteceu no ano tran-sacto, ficando assim, mais uma vez, de-monstrada a importância destas novas comunidades no concelho.

“Com vontade ultrapassamos os maiores obstáculos. É estudando e trabalhando que conseguimos melhorar o nosso desempenho”

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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PROTEJA-SE DO FRIO

Durante o Inverno, o Serviço Municipal de Protecção Civil aconselha-o a estar atento às informações meteorológicas. Uma des-cida brusca de temperatura pode ser um indício de uma vaga de frio, obrigando à adopção de medidas de autoprotecção.

Se acontecer uma vaga de frio, deve procurar manter-se em casa ou em locais quentes, com roupa e calçado adequado. Verifique, também, se as portas e janelas têm pontos por onde o ar frio possa entrar para dentro de casa. Vede esses espaços, fazendo um bom isolamento da habitação.

Lembre-se que o ar frio não é bom para a circulação sanguínea e, por isso, evite as actividades físicas intensas que obrigam o coração a um maior esforço e podem até conduzir a um ataque cardíaco.

Tenha sempre à mão uma lanterna e pilhas para o caso de faltar a luz, pois o consumo excessivo de electricidade devi-do a aparelhos como aquecedores pode sobrecarregar a rede originando falhas na energia.

Um alerta especial para as lareiras. Lem-

bre-se que em lugares fechados sem re-novação de ar, a combustão pode originar a produção de monóxido de carbono, um gás letal.

Saia de casa apenas se tal for estritamen-te necessário e com várias peças de roupa, em vez de uma única peça de tecido gros-so. Use um chapéu ou gorro para proteger a cabeça. Proteja o rosto e evite a entrada de ar extremamente frio nos pulmões.

Sempre que possível utilize os transportes públicos. No entanto, se tiver necessidade de utilizar a sua viatura, procure levar consi-go um rádio, uma lanterna, roupa quente e um cobertor. Leve também alimentos ricos em calorias e, caso tenha, não se esqueça do telemóvel.

Siga os conselhos da Protecção Civil!

Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

PREVENÇÃO GRIPE A

{p r o t e c ç ã o c i v i l }

Os casos de Gripe A aumentam de dia para dia. Com a chegada do Inverno e, consequentemente, das temperaturas mais frias as autoridades de saúde espe-ram um aumento do número de pessoas infectadas com o vírus H1N1.

Neste sentido e como a protecção co-meça em si, o Serviço Municipal de Pro-tecção Civil relembra-lhe que existem al-gumas medidas de prevenção para evitar a propagação da Gripe A.

Assim, tome em consideração os se-guintes conselhos:

- Se tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o an-tebraço, mas nunca com a mão. De ime-diato, coloque o lenço utilizado no lixo.

- Não se esqueça também de lavar fre-

quentemente as mãos com água e sabão, toalhetes ou uma solução anti-séptica de base alcoólica.

- Evite o contacto das mãos com os olhos, nariz e boca.

- A limpeza, com produtos de limpeza comuns, frequente das superfícies ou ob-jectos com que mais contacta é essencial. Evite frequentar espaços públicos fecha-dos e pouco arejados.

O Serviço Municipal de Protecção Ci-vil recorda que estas medidas são muito importantes nas crianças, pessoas idosas e pessoas portadoras de doenças cróni-cas.

Recorde-se, que os sintomas da Gripe A são semelhantes aos da gripe sazonal. Se tiver tosse, febre de início súbito (superior

a 38.ºC), dores de garganta, musculares, de cabeça, cansaço, arrepios de frio, diar-reia e/ou vómitos (os dois últimos sinto-mas são particulares do vírus H1N1), deve permanecer em casa e contactar a Linha Saúde 24 pelo número 808 24 24 24.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{e m p r e s a s e e m p r e s á r i o s }Desde 2007 que a empresa in-ternacional Florensis está em Portugal na freguesia se Santo Isidro de Pegões. Desde então, investiram três milhões de euros nesta unidade. Este ano produ-ziram 20 milhões de plantas. Já no próximo ano querem crescer em tamanho e em produção.

De origem holandesa, foi fundada em 1943 por Jan Hamer. À epoca tratava-se de um negócio familiar. Nos anos 70 a empresa passa a exportar para o merca-do europeu. Em 1986 a Florensis adqui-riu o seu próprio laboratório para produzir sementes. Nos anos 90 começa a fazer

entregas de plantas bebé e cabeças em tabuleiros especiais.

Hoje, é um grupo internacional com su-cursais na Alemanha, Inglaterra, Bélgica, Itália, França, Quénia, Etiópia e entrepos-tos na Hungria, Polónia, Suíça, Áustria. A empresa tem contratos de produção em Espanha e Israel.

A Florensis vende plantas em tabuleiros para revendedores e sementes cabeças

de plantas de cerca de três mil espécies diferentes.

A multinacional tem ainda um processo de criação própria de novas espécies de plantas e flores, o que, por ano representa uma média de 800 milhões de plantas e

sementes produzidas. A produção faz-se em estufas e laboratórios para cruzamen-to de espécies.

Peter Bresser, 37 anos, é o responsável pela unidade em Portugal. Esteve sempre ligado a esta área e há 14 anos e meio que trabalha para a Florensis.

O responsável explica que “algumas espécies são exclusivas de Portugal onde as condições atmosféricas e o clima pro-

FLORENSIS QUER CRESCEREM SANTO ISIDRO

porcionam o ambiente ideal para o seu desenvolvimento” .

A entrada dentro da estufa só é acessível a quem veste bata, coloca luvas e protege os sapatos. “As normas europeias para a saúde e segurança no trabalho são mui-to respeitadas” diz Peter. O processo de

“As estufas são climatizadas, as regas, as caldeiras e as condições atmosféricas dentro da estufa são controladas por sistemas computorizados modernos”

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

{e m p r e s a s e e m p r e s á r i o s }

produção é meticulosamente vigiado. “As estufas são climatizadas, as regas, as cal-deiras e as condições atmosféricas dentro da estufa são controladas por sistemas computorizados modernos”, explica.

O Florensis Group emprega 900 pesso-as. Em Portugal, trabalham 15 funcionários permanentes, a mão-de-obra é reforçada sazonalmente “O período de campanha exige mais pessoal, são oito meses de muito trabalho, nessa época temos cerca de 80 funcionários temporários”.

Toda a produção destina-se à exporta-ção. Ao todo, o Florensis Group tem 5 mil clientes em toda a Europa.

O empresário confessa que a Florensis não se deixou afectar pela crise econó-mica “Para este negócio não há muitas dificuldades. Em primeiro lugar para nós, como para todas as empresas nesta área o mais importante são as condições cli-matéricas. No entanto, tentamos reduzir os custos de produção.”

Florensis continua a manter “um lugar destacável nas vendas e uma margem de manobra na produção em Espanha e Is-rael. É uma empresa competitiva no mer-cado europeu e internacional e a primeira em novas variedades e novas espécies”, explica.

A Florensis apostou em Portugal e para Peter valeu a pena, embora não tenha sido

um processo fácil. “Há muita burocracia. As leis municipais para empresas que vêm do estrangeiro são difíceis e burocráticas. Mas a Câmara tem sido cooperante”, afir-ma

Em termos lucrativos o responsável considera que, em Pegões, ainda não se chegou ao patamar ideal. “Precisamos de

nos expandir, ter mais produção para que os custos sejam menores”.

Crescer cada vez mais parece ser o mote desta empresa. “Queremos criar mais estufas em Portugal, em Pegões, ain-da temos muito terreno aqui e queremos criar novos produtos aproveitando o bom clima, mesmo de inverno.”

“Para este negócio não há muitas dificuldades. Em primeiro lugar para nós, como para todas as empresas nesta área o mais importante são as condições climatéricas. No entanto, tentamos reduzir os custos de produção.”

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{o b r a s }

SARILHOS GRANDES, AFONSOEIRO E ATALAIA COM NOVOS EQUIPAMENTOS

A Câmara Municipal de Montijo procedeu à inauguração do Pólo da Atalaia da Bi-blioteca Municipal, do Pólo Cultural do Afonsoeiro e da Requalificação da Praça da Liberdade, em Sarilhos Grandes, nos dias 11, 12 e 18 de Setembro, respectiva-mente.

O novo pólo da Atalaia da Biblioteca Mu-nicipal localiza-se nas antigas instalações do mercado. A autarquia levou a cabo uma empreitada para a requalificação do edifício (no valor de 61.513 €, inclui obras de restauração, fundos bibliográficos, mobiliário e equipamento informático). O novo espaço é gratuito e está aberto a toda a comunidade, prestando serviços de leitura, informação, de apoio e orienta-ção bibliográfica.

O Pólo Cultural do Afonsoeiro, sede do Grupo Típico de Danças e Cantares do Afonsoeiro, foi inaugurado no dia 12 de Setembro. A nova sede situa-se perto da Igreja da freguesia e foi construída em ter-reno municipal.

O edifício de dois pisos tem uma arqui-tectura moderna e dispõe de auditório, sa-lão de dança, balneários, café/ bar, gabi-netes de direcção, sala de troféus, sala de reuniões e elevador para deficientes.

Recorde-se, que há muito tempo que o Grupo Típico de Danças e Cantares do

Afonsoeiro ansiava pela nova casa. Toda-via, a Câmara Municipal de Montijo desig-nou este edifício como Pólo Cultural, uma vez que é sua pretensão utilizar este es-paço para futuras manifestações culturais identitárias da freguesia. Esta obra, adju-dicada pelo valor de 398 mil euros, vem ainda reforçar os equipamentos colectivos e culturais na freguesia do Afonsoeiro, cuja população tem vindo a aumentar.

A requalificação da Praça da Liberdade teve como propósito resolver os problemas de abastecimento de água aos bairros da freguesia, bem como melhorar o estaciona-mento na zona. A autarquia procedeu tam-bém a uma intervenção de recuperação do coreto, repôs a calçada à portuguesa ali existente na década de 80 e colocou novo mobiliário urbano e iluminação pública. Um investimento de 300 mil euros.

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Dezembro 2009 |REVISTA MUNICIPAL Montijo

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ESCOLA BÁSICA 123JI – BAIRRO DO AREIASESTEVALA Câmara Municipal de Montijo aguarda o parecer do Tribunal de Contas para poder iniciar a obra da nova Escola Bá-sica 1,2,3/ JI do Areias/Esteval.

Trata-se de um equipamento escolar que será construído entre a Rua Leitão de Barros e a Rua Palmira Bastos com ligação à Avenida Rainha Isabel, no Bairro do Areias.

O equipamento visa colmatar uma lacuna na rede de equipamentos es-colares da cidade de Montijo. Apenas existe a Escola Básica D. Pedro Varela para o 2.º Ciclo na cidade de Montijo, sobrelotada, e é a mais carenciada de toda a rede escolar.

{o b r a s }

OPTIMIZAÇÃO DE RECOLHA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOSAs operações de recolha de resíduos só-lidos urbanos no concelho são das mais onerosas para a autarquia. No sentido de racionalizar meios e recursos utilizados, a Câmara Municipal de Montijo solicitou a uma empresa privada a avaliação da situação actual e que fornecesse respos-tas para uma solução optimizada para os circuitos de recolha de resíduos sólidos urbanos.

As propostas apresentadas têm em vis-ta a redução de custos, obtida através da diminuição do número de quilómetros, o que permite uma poupança em combus-tível e manutenção de veículos e na me-lhoria nos processos de gestão do serviço de recolha.

Alternativas que permitem manter o ní-vel do serviço prestado às populações ou até mesmo melhorá-lo.

Mais contentores em profundidade, a aquisição de um veículo com capacidade

de recolha mista de contentores à superfí-cie (verdes) e semi-enterrados, a reorgani-zação das zonas de recolha e a centraliza-ção de serviços são algumas das medidas que a autarquia vai adoptar já a partir do próximo ano.

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Montijo REVISTA MUNICIPAL| Dezembro 2009

{o b r a s }

PARQUE URBANO DAS PISCINASO Tribunal de Contas viabilizou a obra do Parque Urbano das Piscinas já em desen-volvimento na zona adjacente às Piscinas Municipais. O novo espaço de lazer con-tará com vários equipamentos desporti-vos, como um polidesportivo, um parque radical, um parque infantil aventura, um mini-golfe e uma ampla zona verde. Um investimento de 240 mil euros.

Neste imenso parque será privilegiada a introdução de espécies autóctones, de baixo custo de manutenção. Na envolven-te à área de construção serão construídos espaços de estacionamento que comple-mentarão os já existentes nas proximida-des.

O sistema de rega deste espaço verde será feito de forma inovadora. Uma nova gestão da água que passa por utilizar um aquífero superficial, ou seja água impró-prias para consumo humano (com dema-siados fertilizantes), mas benéficas para as plantas, ou seja, ideais para rega.

Esta medida tem também ganhos do

ponto de vista energético uma vez que o processo passa por bombear águas mais superficiais, consumindo menos energia.

A Câmara Municipal de Montijo está a ponderar a utilização deste inovador sis-tema de rega em outros espaços verdes públicos traduzindo-se na poupança de muitos m3 de água do aquífero para con-sumo urbano.

A autarquia pretende que este seja um novo espaço de lazer e recreio, agradável e funcional, que proporcione mais quali-dade de vida aos seus utilizadores.

AsfaltamentosAs obras de asfaltamento da Rua Eça de Queiroz, em Santo Isidro de Pegões, e da Rua do Norte em Pegões estão concluídas.

A Rua do Norte permite a ligação de São João das Craveiras à EN4 e Vendas Novas. Mais uma intervenção de quali-ficação da rede principal de caminhos rurais que com reflexos positivos no te-cido empresarial agrícola, uma vez que a circulação será mais segura.

A Rua Eça de Queiroz pertence à rede principal de estradas do antigo colonato de Pegões. Esta obra permitirá uma li-gação segura e mais rápida aos Casais mais afastados do centro da Freguesia de Santo Isidro.

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