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passear Nº. 39 . Ano IV . 2014 . PVP: 2 € (IVA incluído) sente a natureza Reportagem : Algarve e os segredos : Turismo Rural em debate Património Palácio de Estoi Caminhos De Santiago Caminhada Serra do Topo, AÇORES

Revista Passear Nº39 Versão Gratuita

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Revista Digital Passear Nº39 Versão Gratuita

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passearNº. 39 . Ano IV . 2014 . PVP: 2 € (IVA incluído)

DESCOBRIRRio Maior

sente a natureza

Reportagem: Algarve e os segredos: Turismo Rural em debate

PatrimónioPalácio de Estoi

Caminhos

De Santiago

CaminhadaSerra do Topo, AÇORES

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Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987

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Capa Fotografia

José Carlos Callixto(pág. 46)

Correspondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net

Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....

Grafismo

Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países

Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]

Contacto +351 965 510 041emal: [email protected]/lobodomardesign/comunicar

www.passear.com

Trabalhar em redeEsta foi uma das ideias que mais ouvi debater durante a Press Trip ao Algarve e no Congresso Internacional de Turismo Rural em Reguengos de Monsaraz. Este é um grande desafio que a sociedade portuguesa tem pela frente para que o turismo de natureza e cultural seja, efetivamente, um produto turístico estruturado. Esta estruturação tornará o produto credível perante os potenciais compradores e, por conseguinte, mais “fácil” de vender. A Organização Mundial de Turismo alertou recentemente, em Londres, para a problemática da sustentabilidade do Turismo. Trata-se de assunto sério e para o qual o trabalho em rede, por parte das nações, poderá trazer benefícios a todo o planeta.Nesta edição publicamos uma reportagem sobre uma visita que fizemos ao Algarve para descobrir alguns dos seus Segredos. Realmente existe um Algarve por descobrir e posso assegurar que é muito interessante.

Bons passeios.

[email protected]

Veja os eventos sempre

actualizados em www.passear.com

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Sumário

04 ASSINATURA Passear

06 Atualidades

12 dormidas : comidas : bebidas

16 Reportagem: Algarve:

À descoberta de

alguns segredos

24 Reportagem:Congresso

Internacional de Turismo Rural

30 GR28 Por Montes de Vales

de Arouca (3º Dia)

38 Caminho Português de

Santiago pela Costa (2º dia)

46 Crónica: O caminho de Santiago

pelo caminho da aventura!

54 À descoberta do Património

O Palácio de Estoi e os seus jardins

68 Açores: Ilha São Jorge

84 Equipamentos

54Edição Nº.39

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Tenha acesso à versão completa da revista passear por apenas 1€

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Nº. 25

passearsente a natureza

byNº.17 . Ano II . 2012 . PVP: 2 € (IVA incluído)

Rota dos Moinhos

CrónicaRuta de los Túneles

EquipamentoMochila Deuter Futura 28

Washington SummitBobble, a garrafa

edição digital

DestinosParque das NecessidadesMata Bom Jesus do Monte

Nº. 5 Nº. 6 Nº. 17 Nº. 18 Nº. 19

Nº. 20 Nº. 21 Nº. 22 Nº. 23

passearsente a natureza

byNº. 24 . Ano III . 2013 . PVP: 2 € (IVA incluído)

CaminhadaPiódão - Foz d´Égua - Piódão

De Óbidos a Torres Vedras

EQUIPAMENTOS• BINÓCULOSSTEINER• NOVOSMODELOSGARMIN

• MOBIKYYOURI16

Caminho Português Interior de Santiago

(1ª Parte)PR6 VLR Rota das Conheiras

outlet

Nº. 24

Nº. 26 Nº. 27 Nº. 28 Nº. 29

Nº. 30 Nº. 31 Nº. 32 Nº. 33 Nº. 34

Nº. 35 Nº. 36 Nº. 37 Nº. 38

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es APROVEITAR A ENERGIA DE MIL MILHÕES DE TURISTAS PARA ALCANÇAR UM FUTURO SUSTENTÁVEL

O uso eficiente dos recursos, a con-servação e as novas tecnologias cen-tram a atenção de uma nova aliança internacional sobre turismo sustentável (Londres, Reino Unido, 5 de Novembro de 2014).No início do mês de novembro foi apresentado no World Travel Market um novo programa internacional que aspira catalisar a mudança durante a próxima década a um turismo mais sus-tentável.O programa de turismo sustentável será dirigido pela Organização Mundial de Turismo (OMT) e pelos governos da França, Reino de Marrocos e República da Coreia, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

O turismo é hoje um dos sectores económicos de maior envergadura e de mais rápido crescimento no mundo. Aporta cerca de 9% do PIB mundial e representa 1 em cada 11 postos de tra-balho e 6% das exportações mundiais. Para o ano de 2030, a OMT prevê que se registarão 1800 milhões de chega-das de turistas internacionais ao ano.Se não se gerir de maneira sustentá-vel, o turismo pode esgotar os recursos naturais e provocar a escassez de água, a perca de biodiversidade e a degra-dação da terra, para além de contribuir para as mudanças climatéricas. Foi es-timado que o turismo contribui para o aquecimento global com 5% das emis-sões mundiais de CO2.

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ASSOCIAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA LAGO ALQUEVA APRESENTOU EM MOURÃO O PLANO DE AÇÃO 2014-2020

O Plano de Ação 2014 – 2020, foi apre-sentado no passado dia 7 de Novembro, na Câmara Municipal de Mourão es-pelha uma estratégia de gestão territo-rial integrada, que resulta do empenho e da vontade expressa pelos principais atores e agentes com responsabilidades públicas, regionais e locais, para o de-senvolvimento de todo um território em Portugal e Espanha em torno do maior lago artificial da Europa - Alqueva. Este plano reflete ainda uma estratégia piloto e pioneira de alavancagem de um território predominantemente rural e de baixa densidade, onde a abordagem e políticas de desenvolvimento têm de ser diferentes das aplicadas nas regiões de litoral ou em zonas urbanas. A relevância do atual Plano de Ação que corporiza uma estratégia para a região decorre da constatação de vários fatores, nomeadamente, a perda de 8,22 % de população nos concelhos portugueses da ATLA por comparação entre os de Censos de 2001 e 2011, a expectativa gerada em torno do EFMA não obstante o enchimento do Lago Alqueva ter sido iniciado há doze anos, e a observância

de que os vários quadros comunitários não foram capazes de alavancar o tão prometido e desejado desenvolvimen-to socioeconómico. Acresce o fato dos concelhos portugueses da ATLA terem perdido território e importantes empre-gadores da região (exemplo Portucel Recicla) face à promessa de um futuro mais risonho que atualmente não se verifica. Face a este contexto o próximo Quadro Comunitário afigura-se como a derradeira oportunidade de alavan-cagem do território representado pela ATLA, o que pressupõe contudo uma abordagem diferenciada face ao pas-sado. A ATLA considera assim que o mecanis-mo previsto no Acordo de Parceria do governo Português, de constituição da ITI Alqueva se afigura como o meio de garantir a exequibilidade do Plano de Ação no período 2014 – 2020 e desta assegurar uma estratégia integradora para a região capaz de inverter a atual situação. A ATLA, pretende assumir assim, e ser o parceiro garante da materialização de uma gestão territorial integrada, onde a dimensão transfronteiriça da Asso-ciação, e o trabalho em parceria e de colaboração com a Região da Extrema-dura Espanhola e os seus ayuntamien-tos, já cimentado ao longo dos anos, afigura-se como fator determinante para o sucesso do processo de desen-volvimento deste “espaço Ibérico”.

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CONVERSA SOBRE AMBIENTE “QUAL A RESPONSABILIDADE DE CADA UM PARA COM A FLORESTA?”

No próximo dia 20 de Novembro (17h00 às 19h30) realiza-se mais uma Con-versa sobre Ambiente, uma iniciativa da LPN e da Fundação de Serralves. Asso-ciada ao tema condutor deste novo ciclo de conversas, Educação e Cidadania ambiental, esta conversa irá abordar a questão da Floresta de uma perspectiva de responsabilidade e de boas práticas que cada um poderá ter no seu dia-a-dia. Local: Sala Multiusos do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves | Horário: 17h00 às 19h30Entrada gratuita mediante inscrição: Tel.: 22 61 56 587 ou e-mail: [email protected] | Oradores Convidados:Pedro Bongre - Escola Superior Agrária de Coimbra* (orador a definir) - Forestis*(orador a definir) - Instituto de Con-servação da Natureza e FlorestasModeradora: Arminda Deusdado (di-rectora do programa Biosfera)

DE FARO A ZURIQUE COM A AIRBERLIN

A partir de agora, já é possível reservar bilhetes de avião para Zurique com a airberlin, para o próximo verão. A partir de 2 de abril de 2015, a airberlin voará todas as quintas e todos os domingos para a maior cidade da Suíça. Zurique oferece um circuito cultural dinâmico, uma vida noturna vibrante e diversas possibilidades de ir às compras. A nova ligação da airberlin entre Faro e Zurique complementa a atual oferta de voos da companhia aérea com destino a Berlim, Dusseldorf, Hamburgo e Mu-nique. Os bilhetes de avião de Faro para Zu-rique podem ser reservados através da Internet no site airberlin.com, através do Service Center da empresa marcando o número de telefone 808 202 737 (0,07 EUR/min), bem como presencialmente na agência de viagens.

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SERRANIAS: FESTIVAL DA ROTA DA ÁGUA E DA PEDRA

O Serranias: Festival da Rota da Água e da Pedra irá decorrer no fim-de-semana 22-23 de novembro na Serra da Arada e Rio Paiva e no fim-de-semana 29-30 de novembro na Serra de Montemuro e o Rio Vouga.Laboratórios da natureza, interpretação geológica, rafting, canoagem, fotogra-fia de natureza, cogumelos, passeios de burro, provas de produtos locais, magusto, histórias e percursos ines-quecíveis por entre serras e vales são alguns dos atrativos do programa do Serranias Centro, centrado na Rota da Água e da Pedra das Montanhas Mági-cas®.Esta rota turística (ainda em fase de pre-paração) irá promover a visita a alguns dos melhores locais de interesse natural

e cultural do território, ligados à temáti-ca da água e da pedra: rios, cascatas, poços, lagoas, levadas, albufeiras, tur-feiras, geossítios (sítios de interesse geológico), moinhos de água, pontes e gravuras rupestres de arte atlântica, dos concelhos de São Pedro do Sul, Castro Daire e Sever do Vouga.O projeto é promovido pela ADRIMAG -Associação de Desenvolvimento Rural e Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira, com apoio dos Pro-gramas Operacionais do Norte, ON.2, e do Centro, +Centro, no âmbito do PROVERE, Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos.Mais informações sobre o Serranias em www.facebook.com/RotaH20Pedra

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PARQUE BIOLÓGICO DA SERRA DA LOUSÃ No passado dia 31 de Outubro, chegou ao Parque Biológico da Serra da Lousã dois gamos (Dama dama) cedido no âmbito da parceria que o parque tem com o Instituto da Con-servação da Natureza e Florestas.Estes animais encontravam-se sob a alçada do Departamento de Con-servação da Natureza e Florestas do Centro da Quinta do Soqueiro em Vi-seu, tendo sido entregue nas nossas instalações, pelos agentes florestais acompanhados no transporte até Mi-randa do Corvo, pela GNR (SEPNA).O Parque Biológico, ao longo dos seus cinco anos de atividade, tem histórico de colaborações semelhantes tendo, inclusive recebido recentemente aves de rapina e noturnas consideradas ir-recuperáveis pelo Centro de Recupe-ração de Animais Selvagens de Mon-tejunto, também pertencente ao ICNF.Aberto todos os dias do ano, o Parque Biológico da Serra da Lousã convida a um agradável passeio pela Serra e a conhecer de perto espécies em-blemáticas como o Urso, o Lince, o Lobo entre muitas outras que habitam ou habitaram o território português.

OBSERVAÇÃO DE GROUS

Data 6 de Dezembro 2014 Vindos do Norte da Europa para passar o Inverno na Península Ibérica, os grous procuram alimento preferencialmente em zonas de montado com cereais. São facilmente observados no final do dia, descrevendo linhas no céu em forma de “V”, quando se deslocam para os açudes onde passam a noite.Organização / LPN Local / Ponto de Encontro Centro de Edu-cação Ambiental do Vale GonçalinhoHorário 15H30Público-alvo Público em geralZona da atividade Monte Salto – Sra. da AracelisRequisitos para participar Interesse pela Natureza, gosto pela observação de aves e binóculos (se os tiver).Inscrições gratuitas, limitadas e obri-gatórias até 4 de Dezembro.Inscrições e informações Centro de Edu-cação Ambiental do Vale Gonçalinho; Tel. 286328309 [email protected]

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IDSPRING: GUIA DE CAMPO INTERATIVOO iDSpring é uma aplicação móvel que permite a identificação de espécies sem a necessidade de transportar guias de vários grupos de fauna e flora. Basta ter um telemóvel, fazer o download da aplicação e temos ao nosso dispor uma chave de identificação baseada em vári-as características que nos permite iden-tificar qualquer planta ou animal que surja no caminho.

O iDSpring é resultado de uma parceria entre a AmBioDiv, a Cocinfar e o Natur-data. Para os responsáveis do projeto, a ambição será ter uma plataforma dis-ponível em várias línguas e com uma base de dados para o máximo de es-pécies possível assim como imagens de grandes fotógrafos associadas a cada identificação. A aplicação funciona da seguinte forma. É feita uma observação e a identificação pode ser feita através de várias carac-terísticas como a localização, época do ano, características físicas como dimen-sões e cores e comportamentos deteta-dos. Podem ser preenchidas todas as categorias da aplicação ou apenas al-

gumas, desde que as mesmas resultem numa lista de resultados inferior a 30 possibilidades. Na lista de resultados surge o nome comum e o nome cientí-fico da espécie, o grupo faunístico ou florístico com uma imagem associada e a possibilidade de saber mais com aces-so à ficha de caracterização da espécie. Estando atualmente apenas disponível para o sistema Android, estará breve-mente desenvolvida para iOSx e irá conter mais espécies e mais módu-los de participação. Para além de ser possível manter um diário com as ob-servações também será possível colocar num fórum de discussão questões sobre observações dúbias ou mesmo simples-mente para exibir o diário adquirido. Esse fórum irá conter uma série de participantes especializados por forma a validar as identificações feitas pelos utilizadores que assim o desejem. No futuro irá incluir ainda a identificação acústica de algumas espécies e a pos-sibilidade de reconhecimento de índices de presença.Para aceder à chave de identificação não há necessidade de utilizar a inter-net. O acesso só será necessário quan-do se quiser saber pormenores sobre as espécies (direcionado para o website do nosso parceiro Naturdata) e para utili-zação do fórum de discussão. A equipa que desenvolveu o iDSpring deseja que a aplicação seja útil e de fácil utilização. Para qualquer dúvida podem utilizar o website da aplicação http://grupospring.com/pt/idspring/ e o email [email protected]

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CASA DO FORAL EM RIO MAIOR

Situada em Rio Maior, importante centro de extracção de sal, desde os tempos da nacionalidade, a Casa do Foral é uma construção de traça rústica típica da região ribatejana do final do século passado e tem no seu interior belíssimos painéis de azulejos do século XVIII. Na família à quatro gerações, o seu nome advém de, no passado, terrenos e ha-bitações circunvizinhos lhe pagarem o “foro ou foral”.A casa está inserida na rede da Turihab / Solares de Portugal e possui para alo-jamento 6 quartos twins.Mais informações em: CENTER, tel. +351 258 931 750 | E-mail: [email protected]

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PROJETO CATAPLANA ALGARVIACataplana Algarvia é um projeto pro-movido pela Tertúlia Algarvia, a Região de Turismo do Algarve e a Associação de Turismo do Algarve, cujo objetivo cen-tral é Criar um Programa de Conteúdos e Experiências que contribua para a val-orização e aumento da notoriedade da Cataplana Algarvia e da Gastronomia Regional.A Cataplana Algarvia constitui um ele-mento de valorização da promoção turística do território, pela sua ligação à identidade histórico-cultural e às ativi-dades económicas tradicionais (pesca e agricultura) do Algarve. Não obstante, existe um diferencial significativo entre o potencial económico e a efetiva geração de valor.As várias ações a realizar no âmbito deste projeto, nomeadamente lançamento de um livro, produção de vídeos para divul-

gação online e ações de show cooking locais de grande afluência de público, permitirão fortificar a relevância desta receita enquanto símbolo da gastro-nomia do Algarve e de Portugal, ex-ponenciando o seu potencial turístico e económico para a região.A Tertúlia Algarvia é uma associação local que tem como missão divulgar a gastronomia, história e tradições da região.Neste momento a associação tem já aberto ao público um espaço na Vila-Adentro, o centro histórico de Faro. Nesse espaço além de refeições de base tradicional, a Tertúlia Algarvia proporciona aos seus visitantes de-monstrações e oficinas de cozinha, ate-liers de artesanato, exposições, entre outras experiências.Para mais informação visite: www.tertulia-algarvia.pt

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sRUI ROBOREDO MADEIRA APRESENTA COLEÇÃO DE VINHOS QUE REFLETEM A EXCELÊNCIA DO VALE DO DOURO

Sob a assinatura do enólogo e com a marca ‘By Rui Roboredo Madeira’, acaba de ser apresentada a coleção de vinhos que expressam a excelência do grande Vale do Douro na produção de vinhos de classe mundial.

“Por fim, um grande e novo passo na minha vida de enólogo: fazer os vinhos com que sempre sonhei. Sem estar con-dicionado por modas, estilos ou merca-dos e nas regiões que melhor conheço, procurei a máxima expressão dos ter-roirs do Vale do Douro”, afirma o enól-ogo. “É uma seleção pessoal seguindo critérios de qualidade máxima, buscan-do a excelência em uvas de pequenas parcelas de vinhas velhas, res-peitando na adega toda a integridade da fruta e escolhendo as melhores bar-ricas, para produzir vinhos elegantes e de guarda, com grande estrutura, con-centração, frescura e fruta”, acrescenta sobre esta edição limitada.O percurso de Rui Roboredo Madeira - traduzido nesta coleção com três vinhos distintos - leva-nos às mais importantes regiões vinícolas do Norte de Portugal: um tinto do Douro Superior, continuan-do pela Beira Interior e concluindo com um Vinho Verde Alvarinho. O vinho do Douro Superior combina a grande concentração dos vinhos tintos desta sub-região do Douro, com a grande

“GUIA DO ENOTURISMO DE PORTUGAL”A Zest - books for life irá lançar o «Guia do Enoturismo de Portugal», da autoria da jornalista e crítica de vinhos Maria João de Almeida, no próximo dia 27 de Novembro de 2014, no Ritz Four Sea-sons Hotel, em Lisboa.O evento contará com a presença do Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Frederico Falcão; e da Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Orde-namento do Território, Assunção Cris-tas; entre outras entidades oficiais do vinho e do turismo.

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complexidade aromática só possível de alcançar em Vinhas Velhas. Na Beira Interior, expressa-se a casta tinta de altitude por excelência – a Tinta Roriz, que na invulgar colheita de 2011 atin-giu as condições ótimas, num equilíbrio entre concentração e frescura. A este percurso não podia faltar a casta Alva-rinho, onde o enólogo procurou acres-centar à intensidade aromática natural desta casta, uma maior complexidade e equilíbrio com o recurso a fermentação e estágio em barricas.Esta coleção, em que as garrafas po-dem ser compradas individualmente, estará disponível em quantidades mui-to limitadas (2924 garrafas do Douro, 3973 da Beira e apenas 1839 de Alva-rinho) nas melhores garrafeiras e lojas gourmet, como por exemplo a Garra-feira Nacional, o Clube El Gourmet do

El Corte Inglês, Garrafeira Tio Pepe. Garrafeira da Laje, entre outras.

Em termos de preço de venda ao público:

By Rui Roboredo Madeira Alvarinho – 16,50€

By Rui Roboredo Madeira Beira Interior – 28€

By Rui Roboredo Madeira Douro – 28€

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ALGARVE

À DESCOBERTA DE ALGUNS SEGREDOS

Texto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

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A CONVITE DA REGIÃO DE TURISMO DO ALGARVE FOMOS DESCOBRIR, DURANTE TRÊS DIAS, ALGUNS DOS SEGREDOS QUE O ALGARVE ENCERRA.

O Algarve é muito mais do que Sol e Mar ou mesmo Golfe. A região é rica em ter-mos de gastronomia, tradições ancestrais, produção de vinho, património natural e edificado.

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PRIMEIRO DIAO primeiro dia foi dedicado à descoberta de diferentes tipos de património, o Palá-cio de Estoi e o Projeto Tasa.O Palácio de Estoi e os seus jardins são uma pérola que podemos observar numa zona mais interior do Algarve. Depois de anos ao abandono, o edifício e os jardins foram recuperados e hoje funciona como unidade hoteleira integrado na rede das Pousadas de Portugal.O Projeto Tasa - Técnicas Ancestrais, Soluções Atuais é muito interessante pois visa criar um artesanato moderno e útil, com design e baseado em propostas an-cestrais. O projeto trabalha com artesões locais e procurar recuperar técnicas que há muito caíram em desuso. Parale-lamente desenvolve produtos atuais e modernos aplicando, na sua construção, materiais oriundos dos Algarve. É muito interessante de ver a complementaridade que as novas gerações, mais instruídas, trazem aos artesões com anos de ex-periência na criação de objetos uteis ao seu dia-a-dia no campo ou no mar. Esta nova abordagem ao artesanato veio cri-ar valor e permite a recuperação de um património cultural que está em vias de extinção.Nesta passagem pelo Projeto Tasa, em Loulé, fui convidado a experimentar no-vas proposta do denominado Turismo Criativo. Durante uma tarde, tive a opor-tunidade de experimentar fazer trabalhos em cana (cestaria), em palma e em bar-ro. Uma experiência a não perder!

Foi este Algarve que fui redescobrir pois ele não me era estranho e há mui-to que o exploro através das caminha-das e dos passeios de bicicleta ou de barco.O programa proposto era muito inte-ressante porque, num espaço curto de tempo, proporcionava aos jornalistas uma diversidade de experiências sig-nificativas.A gastronomia foi o fator comum a toda esta Press Trip. Ela esteve sempre pre-sente e funcionou como um elemento de transmissão do que é a identidade algarvia.

Vila de Alcoutim

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mChegada à Pousada de Estoi.

Nas ruas de Loulé fomos conhecer o Projecto TASA.

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19SEGUNDO DIAO segundo dia foi exclusivamente dedi-cado à gastronomia e ao vinho através do Projeto Cataplana Algarvia e da Rota dos Vinhos do Algarve.De manhã fomos fazer compras (legumes, marisco, corvina) ao Mercado de Olhão com o Chefe Frederico Lopes para confe-cionar a famosa Cataplana Algarvia. Com-pras feitas rumámos a Faro para conhecer o espaço Tertúlia Algarvia onde decorreu o workshop de culinária. A Cataplana saiu ótima e foi um regalo desgostá-la durante o almoço. Foi uma excelente experiência e fiquei a saber um pouco mais sobre as tradições algarvias no que à alimentação diz respeito e, em particular, ao Projeto Cataplana Algarvia. Penso que este pro-

Chegada à Pousada de Estoi.

Nas ruas de Loulé fomos conhecer o Projecto TASA.

A experiência com o barro foi muito gratificante.

A Tertúlia Algarvia fica situada na parte antiga de Faro.

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jeto tem tudo para ser vencedor!A tarde foi mais calma e dedicada ao vinho e à Rota dos Vinhos do Algarve. O nosso destino a Quinta de Mata-Mouros onde está mais um dos “se-gredos” do Algarve, os vinhos Conven-to do Paraíso. Trata-se de um projeto recente desenvolvido pelo casal João e Rita Soares que visa demonstrar que no Algarve também se produzem vin-hos de qualidade. Esta aposta na exi-gência de produção e na promoção é algo que o casal já desenvolveu na região do Alentejo com o projeto Her-dade da Malhadinha Nova. Despois

de uma caminhada na vinha onde foi explicado o conceito e a estratégia do Convento do Paraíso, a prova insidio nos vinhos Euphoria (rosé, branco e tinto) e no Imprevisto (tinto). Fiquei encantado com o Euphoria tinto de 2012!

TERCEIRO DIAO terceiro dia foi mais dedicado às atividades de ar-livre no rio Guadiana e co-nhecer a vila de Alcoutim. Chegados a Alcoutim fomos recebidos pelo Presi-dente de Câmara e pelo Presidente da Junta que nos desafiaram a experimen-tar a mais recente atração, uma descida

No final do workshop sobre Cataplana Algarvia. O Chefe Frederico Lopes no Mercado de Olhão a comprar uma corvina.

Visita à Quinta Mata Mouros e ao novo projeto dos vinhos do Convento do Paraíso.

Os vinhos do Convento do Paraíso.

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em slide de 720 metros que une Sanlú-car de Guadiana (Espanha) a Alcoutim atravessando o rio Guadiana. Trata-se de uma iniciativa recente de um empresário inglês e que tem tido um grande sucesso. A experiência é fabu-losa e segura mas, só experimentando é que se pode avaliar!Depois da aventura uma visita rápida ao centro histórico de Alcoutim pois, uma viagem de barco pelo Guadiana até Laranjeiras do Guadiana estava à nossa espera. O fim da manhã foi passado a apreciar a cozinha típica do Algarve servida no restaurante Canta-

rinha do Guadiana num ambiente in-formal e acolhedor.

Foram três dias intensos e cheios de segredos que a Região de Turismo do Algarve tenta promover, em Portugal e em Espanha, no sentido de cativar as pessoas a visitarem um outro Algarve e fora das grandes afluências de pessoas. São experiências únicas, não sazonais e que visam fortalecer as economias locais tão assoladas pela desertificação que se faz sentir nas regiões do interior.

As despedidas do Algarve com a incansável equipa da RTA.

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Garoupa assada com cebolada de chou-riço e grelos no restaurante da Pousada de Estoi.

Massinha de peixe, uma especialidade da Adega Nunes.

Requintada Mojama que podemos sabo-rear na Tertúlia Algarvia.

Cataplana Algarvia confecionada na Tertúlia Algarvia. A melhor refeição que tivemos na visita ao Algarve.

Um excelente pato com legumes no res-taurante Lagar da Mesquita.

O arroz de coelho (caça) e um ensopado de enguias são algumas das especialidades do restaurante Cantarinha do Guadiana.

O QUE FIZEMOS E O QUE COMEMOS

• Palácio de Estoi / www.pousadas.pt• Projecto TASA / www.projectotasa.com• Tertúlia Algarvia / www.tertulia-algarvia.pt• Vinhos Convento do Paraíso / http://www.conventodoparaiso.com• Limitezero / www.limitezero.com• Restaurante Adega Nunes em São Brás de Alportel• Lagar da Mesquita / www.lagardamesquita.com

• A Cantarinha do Guadiana em Laranjeiras do Guadiana

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REGUENGOS DE MONSARAZ ACOLHEU O CONGRESSO INTERNACIONAL DE TURISMO RURAL 2014, UMA INICIATIVA DA RESPONSABILIDADE DA ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DO ALENTEJO/RIBATEJO.

CONGRESSO INTERNACIONAL DE

TURISMO RURAL 2014NO ALENTEJO DEBATEU-SE O

TURISMO RURALTexto e fotografia: Vasco de Melo Gonçalves

Durante dois dias (30 e 31 de Outubro) debateu-se, em Reguengos de Mon-saraz, a problemática relacionada com o Turismo Rural. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo foi a res-ponsável pela organização do evento

que contou com a participação de bons oradores que não defraudaram, penso eu, as cerca de 600 pessoas que com-pareceram no pavilhão multiusos. Esta adesão demonstra o interesse da socie-dade sobre o tema e de que muito está

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por fazer para que a atividade se trans-forme num negócio.Num congresso com esta dimensão, as apresentações não estão todas ao mes-mo nível e nem poderiam estar. Gostaria de salientar algumas intervenções que, na minha ótica, marcaram os trabalhos:- Abertura dos trabalhos pelo Presidente Ceia da Silva onde, através de um dis-curso esclarecido enunciou objetivos, definiu um rumo e alertou para alguns dos problemas que o setor padece.- Maria Celina de Lemos Godinho, Pre-sidente da Privetur, pela sua experiência e pela forma apaixonada como trata o tema do Turismo Rural.- Francisco Calheiros, Presidente - Tu-rihab - Associação do Turismo de Ha-

bitação, pela sua forma pragmática de encarar o tema e pela ampla visão do setor.- Oliver Zahn, Diretor - Olimar Reisen, operador com grande conhecimento sobre Portugal e que ajudou a perceber como se comercializa um produto de ni-cho.- Otto-Mark Schaap, Co-fundador - Girassol Vakanties, operador holandês que partilhou a visão de um mercado de consumidores forte e a forma de como o produto se deverá estruturar.Um destaque final para o responsável da autarquia de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, que demonstrou que uma pequena localidade consegue acolher eventos de dimensão internacional.

O Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo António José Ceia da Silva.

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CONCLUSÕES DO CONGRESSO

UMA AGENDA PARA O DESENVOLVIMENTO DO

TURISMO RURAL

As conclusões do congresso foram apresentadas por José Santos, Diretor do Departamento de Administração Geral do Turismo do Alentejo / Ribate-jo: “ Um Congresso de nível e à escala internacional que mantém a Região no roteiro da discussão dos grandes temas do turismo mundial e também inova-dor no formato, combinando mesas re-dondas de discussão com duas Confe-rências de grande qualidade, às quais acabámos de assistir.

Durante um dia e meio reputados espe-cialistas nacionais e internacionais dis-cutiram com uma audiência predomi-nantemente constituída por empresários, promotores turísticos, autarcas, técnicos e académicos, a agenda do desenvolvi-mento do turismo rural para os próximos anos.Estamos a encerrar este Congresso mas já a pensar nos novos desafios e projetos, nos domínios da estruturação do produto, da comunicação, da pro-moção integrada, do apoio à comer-cialização e à venda e da internaciona-lização, cuja base técnica e estratégica foi aqui debatida e perspetivada com muita qualidade.As redes e as associações de turismo ru-ral que as suportam, o posicionamento do turismo rural nos canais on-line - re-des sociais, plataformas de venda, sites de partilha - e as estratégias de brand-ing e comunicação, ocuparam grande parte da discussão do Congresso e é também nesses temas que centraremos a nossa agenda de intervenção no curto e médio prazo.Essa agenda para o desenvolvimento do turismo rural no Alentejo e no Ribatejo a implementar até 2020 será constituída por cinco vetores principais que pas-saremos a descrever sucintamente.O primeiro vetor que é estratégico para o destino passa pela certificação de toda a cadeia de valor do turismo rural.Certificação para fazer o up-grade da Oferta de forma gradual e abrangente, procurando chegar a todo o mix de ativ-idades, de atrações e de equipamentos

O Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz José Calixto.

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existente nas áreas rurais.Constatamos com satisfação no Con-gresso que este desígnio encontra cor-respondência com uma das prioridades da estratégia dos fundos estruturais e de investimento regional para o período 2014-2020 no Alentejo e Ribatejo, que é precisamente a Qualificação e Valori-zação da Oferta.O segundo vetor incide na institucion-alização e na capacitação das Redes de Oferta que pretendemos criar e reforçar em todo o território.Rede foi provavelmente a palavra mais ouvida durante o Congresso, mas isso de pouco servirá se não conseguirmos conferir-lhe o alcance, o significado e a escala adequados. Por isso, foi impor-tante discutir em Reguengos de Mon-saraz, ouvindo exemplos de boas práti-cas nacionais e internacionais, o papel das organizações de turismo rural na organização do produto, no branding, na comunicação e na venda, tendo como pano de fundo as oportunidades de financiamento do próximo ciclo de política comunitária 2014-2020, mais permeável a ambientes de inovação e à contratualização de resultados, tanto para o lado público, como para os pro-motores privados.Alguns atributos são essenciais para que as Redes gerem negócio e valor acrescentado para o territórios e seus “acionistas”, atuando na ligação vir-tuosa dos serviços de base rural e na comunicação eficaz com o cliente, esta simultaneamente cada vez mais global e segmentada.

Enumeremos alguns desses requisitos: I) cumplicidade estratégica entre os as-sociados das Redes e necessidade do aparecimento de líderes empresariais que assumam a sua gestão II) definição de um conceito de produto integrado – alojamento mais mix de atividades em áreas rurais - que encontre eco nas dinâmicas e preferências da procura, mas que esteja ligado ao Território, III) escala adequada das Redes para que tenham, simultaneamente, peso de mer-cado e identidade e coesão internas, são desafios de monta para os quais a ERT quer providenciar rapidamente res-postas, em articulação com todos os agentes económicos da fileira turística em meio rural.Neste campo, a ERT desenvolverá nos próximos seis anos um programa com-pleto e faseado de assessoria para ca-pacitar estas Redes, convocando para esse esforço a abordagem plurifundos Leader e outros instrumentos regula-mentares do PO Regional 2020, sus-citando igualmente o apoio do Fundo Social Europeu na dimensão da qualifi-cação e formação dos atores do turismo rural, imprescindível para que o setor alcance maiores níveis de profissiona-lismo e de qualidade.Esta abordagem integrada aos Fundos Estruturais 2014-2020 implica que a ERT se posicione, não só como entidade beneficiária dos apoios, mas igualmente como agente de definição das políticas, nomeadamente no seio da Estratégia Regional de Especialização Inteligente, em que pelo menos três domínios, o

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m do “Património, Indústrias Culturais e Criativas e Serviços de Turismo”, o da “Alimentação e Florestas” e o da “Eco-nomia dos Recursos Naturais”, concor-rerão para a dinamização e inovação das atividades turísticas em meio rural.Conjugado com a ideia de Rede, surge a Criação dos Corredores Turísticos, pro-jeto que queremos executar em parceria com as Comunidades Intermunicipais e que constitui o terceiro vetor da nossa agenda de desenvolvimento. Trata-se de figuras inovadoras que funcionarão como veículos de oferta, servindo de suporte à distribuição dos turistas por zonas do território mais periféricas.O quarto vetor apoia-se na criação das Plataformas Logísticas Rurais, as quais pretendem estimular o escoamento dos produtos endógenos para a atividade turística, ajudando a rentabilizar as des-ignadas cadeias curtas de comerciali-zação que queremos incentivar.O quinto vetor passa pela digitalização da promoção turística e pela adoção de uma estratégia concertada e profis-sional de comunicação online, que retire o Turismo Rural do quase anoni-mato em que se encontra. Nesta área e transversalmente a toda a nossa ativi-dade promocional, a ERT imprimirá um novo fôlego ao posicionamento e co-municação on-line do destino, através da execução do programa Alentejo/Ribatejo 3.0, que apostará, entre ou-tras dimensões, no lançamento de uma plataforma de apoio à venda e de um sistema de CRM associado, tornando o marketing do destino mais direcionado

e relacional.Com a Agência Regional de Promoção Turística trabalhar-se-á o desdobramen-to da estratégia nos mercados interna-cionais, que é vital para se aumentar as taxas de ocupação das unidades de tu-rismo rural. Mas todo este de trabalho de planeamento requer inteligência de mercado e para isso é necessário dispor-se, pelo menos, de informação sobre hóspedes, dormidas, taxas de ocupação e proveitos. Tanto mais que o conheci-mento do cliente do turismo rural con-stitui um dado fundamental para definir estratégias de marketing - basta pensar na mutação do respetivo perfil que está a acontecer, com cada vez maiores fran-jas do segmento urbano a quererem ex-perienciar as atividades e as ofertas as-sociadas ao rural.O turismo rural na sua componente de alojamento tem que deixar de ser o parente pobre do edifício estatístico do turismo em Portugal. É por isso que deixamos aqui o repto ao INE para que integre o mais rapidamente possível e na plenitude, os empreendimentos de turismo rural nas estatísticas do turismo nacional. O sucesso deste Congresso será fundamentalmente avaliado pelo cumprimento futuro das propostas e dos desafios que daqui sairão. Por estarmos conscientes disso, um primeiro balanço do trabalho realizado fica prometido para daqui a dois anos, quando em ou-tubro de 2016 o Alentejo/Ribatejo rece-ber o 6º Congresso Europeu de Turismo Rural e a 2ª Conferência Intercontinental de Turismo Rural”.

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GR28 - POR MONTES E VALES DE AROUCA (3º DIA)

FINAL DA AVENTURANO TERCEIRO DIA, BEM CEDO O SR. BRANDÃO LEVOU-

NOS ATÉ À CAPELA DE SANTA MARIA DO MONTE

ONDE RETOMAMOS A GR AQUI FAZ INTERCEÇÃO

COM O PR4 -”CERCANIAS DA FREITA”. DE SANTA

MARIA DO MONTE SUBIMOS PARA A PORTELADA,

ONDE PERCORRE CAMINHOS COMUNS COM O PR2

- “CAMINHOS DO VALE DO URTIGOSA” ATÉ SOUTO

REDONDO E PÓVOA REGUENGA.

Texto e Fotografia: Caminhantes

No terceiro dia, bem cedo, retomamos a GR na Capela de Santa Maria do Monte

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31Santa Maria do Monte ficou para trás

Percorremos caminhos comuns com o PR2 - “Caminhos do Vale do Urtigosa” até Souto Redondo e Póvoa Reguenga

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Da Póvoa seguimos para o Merujal, inicialmente pelo caminho que ligava ao santuário da Sr.ª da Laje e, depois, por um caminho que, após atraves-sar a estrada de asfalto que liga Pro-visende à serra, atinge a cumeada e a via romana Viseu - Porto. Rumando para leste, segui-mos aquela via até ao Merujal. Neste lugar a GR Iiga com o PR15 - “Viagem à Pré-história” e com o PR16 - “Caminhada exótica”. Seguimos pelo PR15 até ao parque de campismo, onde entronca com o PR7 - “Nas Escarpas da Mizarela”. Daqui seguimos para Albergaria da Serra, por caminhos comuns ao PR15. Após o ce-mitério continuamos pela direita, pela

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via romana, até à Portela da Anta onde volta ao contacto com o PR15. Um pou-co à frente abandonamos a via romana e subimos à esquerda, até ao Vidoeiro, onde volta a abandonar o PR15. Aqui, e após passar as ruínas da antiga casa flo-restal, Iniciamos a descida para Tebilhão onde percorremos caminhos comuns com o PR6 - “Caminho do Carteiro” até Cabreiros e daqui até Candal onde ter-minamos a GR 28.

TRILHA EM: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.

do?id=7575295

Serranias da Freita

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Serranias da Freita

Caminhos comuns com o PR2 “Caminhos do Vale do Urtigosa”

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Souto Redondo

Souto Redondo

Via Romana Sec. II Viseu – Porto

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Sinalética da GR28 e PR15 - “Viagem à Pré-história”Carro de bois

Póvoa Reguenga

Cumeada da serra, Via Romana

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Sinalética da GR28 e PR15 - “Viagem à Pré-história”Carro de bois

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Póvoa Reguenga

Cumeada da serra, Via Romana Igreja Nª Sª da Assunção em Albergaria da Serra

Ponte Romana sobre o Rio Caima

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Açude em Albergaria da Serra

Gado na pastagem...

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FICHA TÉCNICA DO 3º DIA:

DIA 17 DE AGOSTO DE 2014.

ETAPA 3: SANTA MARIA DO MONTE-SOUTO REDONDO-PÓVOA-

MERUJAL-ALBERGARIA DA SERRA-TEBILHÃO-CABREIROS-CANDAL

DISTANCIA: 23,9 KM

MARCHA EFETIVA: 6:30 HORAS

Os Caminhantes da GR28 - Por Montes e Vales de Arouca, percurso pedestre de grande rota que envolve o vale de Arouca, a serra da Freita e da Arada e os vales do Paivô e do Paiva

Tebilhão Cabreiros

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CAMINHO PORTUGUÊS DE SANTIAGO PELA COSTA (2º DIA)

DE MARINHAS ATÉ CAMINHATexto e fotografia: António José Soares | http://coimbrasantiago.blogspot.pt/

EMBORA A CHUVA AMEAÇASSE, UMA LIGEIRA BRISA E A TEMPERATURA AMENA FAVORECIAM O ANDAMENTO.

Ligação Aveiro / Porto, 101 km registados.

O ritual matutino acaba por ser idên-tico, variando apenas de lugar para lugar. Preparar a bicicleta, montar os alforges, este ano um pouco mais

pesados que o habitual, aprovisionar água quanto baste e demais utilidades necessárias à jornada.A primeira boa surpresa do dia surgiu

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próximo do rio Neiva. Um bonito per-curso em terra estreito e sinuoso, per-corrido na companhia de um grupo de Braga, folgados no peso das bicicletas e nos quilómetros. Boa malta.Em alguns pontos do percurso é mesmo necessário apearmo-nos das bicicletas, ou porque era impossível pedalar ou porque os alforges se soltavam, perante tantos embates, com paragem obri-gatória para a sua fixação.A passagem sobre o Neiva, pela ponte do Sebastião oferece um momento de

indiscutível beleza. Após a passagem do rio, continuei nas fotos e agradeci o convite da malta de Braga para os acompanhar, mas este ano estava com outro sentido de Caminho, preferia rolar impondo o meu ritmo, parando quando me apetecesse, ou dar uma sapatada quando necessário. Curiosa-mente sentia-me em forma, nunca virei a cara a alguma subida mais difícil, também não se encontram muitas por este Caminho da Costa.Em Castelo do Neiva, antes de subir à igreja de Santiago, a mais antiga con-sagrada ao apóstolo, fora do território espanhol, aproveitei para me instalar num café e tomar o indispensável café com leite e o pão com manteiga, um telefonema, no final ainda houve tem-po para estar à conversa com o amigo Álvaro Cardoso, que invejou não me poder acompanhar.Na descida, uma pequena distração impediu que tivesse passado no Mosteiro de São Romão. Retomei o Caminho em Chafé, onde coincide com a Estrada Real. Depois foi seguir as setas até Darque e Viana do Caste-lo, onde a passagem pela ponte Eiffel é sem dúvida um momento apreciado.Seguir as setas em aglomerados urba-nos de alguma dimensão, por vezes é tarefa difícil, especialmente quando a sinalização não é muito evidente. Em Viana, o Caminho está bem sinaliza-do, no entanto a reduzida dimensão da vieira e das setas pode levar ao en-gano os peregrinos mais distraídos.Mas não podia passar em Viana sem

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uma ida ao Natário. Substituí o al-moço por um lanche antecipado, não dispensando a famosa bola de berlim e um saboroso croissant com fiambre. Saindo de Viana, o caminho envereda entre quintas e ambientes pitorescos, passando junto de antigos penedos gravados, por casas agrícolas, igre-jas, capelas, e cruzeiros, abrigado pela frescura das árvores que abundam neste troço.Antes de chegar a Afife, trilha-se um caminho florestal até Cabanas, onde se cruza o ribeiro com o mesmo nome, que desce a Serra de Santa Luzia a caminho do mar. A beleza da pais-agem e a frescura do ribeiro, abrigado

sob castanheiros e carvalhos, foram mo-tivos de sobra para forçar uma paragem e desfrutar do momento, comendo cal-mamente um cacho de uvas deliciosas.De Cabanas o Caminho sobe a Agri-chouso, passando pelo lugar da Pedreira até encontrar o trilho, empedrado, que o conduz até ao cruzeiro do Vale para dali alcançar o lugar da Matança, junto à velha Cividade de Afife, castro ocupado aproximadamente entre 200 a.C. e 200 d.C.Aqui se entra no concelho de Caminha, descendo sempre a direito por caminhos florestais encontramos casario, depois um fontanário, o Cruzeiro Novo e chega-mos à Ponte da Torre, de finais do século

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Subida para Agrichouso< A descer para o Neiva

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Nicho com o Apóstolo – Neiva

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Igreja de Santiago - C. Neiva

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> Em Viana do Castelo

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Igreja de Santiago - C. Neiva

43Em Viana do Castelo

XVII, com lajes baixas e que, antes da construção da nova estrada real em 1856, permitia a passagem de pessoas e de bens sobre o rio Âncora.Finalmente Vila Praia de Âncora, por entre campos de cultivos e por antigos troços lajeados, alcanço a rua Miguel Bombarda, eixo de ligação entre as comunidades agrícola, comercial e piscatória locais.Na Praça da República, onde se pode admirar a artística capela da Sra. da Bonança, padroeira dos pescadores, decorrem com grande animação as festividades de Setembro com ponto alto na procissão naval com a solene bênção das embarcações.Na antiga via romana, podem encon-trar-se na areia até à chegada da zona

urbana de Moledo, alguns vestígios de instrumentos datáveis entre 15 000 e 10 000 a.C., salinas romanas e medievais, camboas para aprisionamento de peixe e flora dunar autóctone.Continuando a pedalar, entro em Cami-nha através do antigo Caminho de Vi-ana, hoje rua dos Pescadores, de casa-rio baixo e típico, saúdo duas peregrinas espanholas, com quem entabulei breves minutos de conversa.No centro monumental de Caminha destacam-se a Torre do Relógio e o ex-traordinário chafariz de cantaria do sécu-lo XVI, entre outras edificações.Ultrapassada a Torre do Relógio, segui pela rua Direita ou dos “Meyos”, eixo vertebral do amuralhado medieval, e, ao longo das ruas estreitas, forradas a lajes

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O rio em Cabanas

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Passagem sobre o rio Âncora

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> Festividades em Âncora

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Passagem sobre o rio Âncora

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gastas pelo tempo, alcanço o alber-gue de peregrinos, onde um simpáti-co casal de hospitaleiros voluntários saúda a minha chegada. Informo que virão por certo mais duas per-egrinas.Decidi voltar atrás, a fim de poder indicar mais rapidamente o albergue às peregrinas com quem falei, mas o desencontro fez com que chegassem ao albergue sem necessitar da min-ha ajuda. Fui informado pelo casal de hospitaleiros que apenas eu, as peregrinas espanholas, uma jovem israelita e eles mesmos, seríamos os únicos ocupantes do albergue.Combinei com as duas chicas fazer pasta com atum, e assim se cozin-hou o jantar, acabando ainda por sobrar alguma comida.Ainda houve tempo para tomar um café na Praça e degustar uma gu-loseima típica de Caminha. Depois foi caminhar apenas para apanhar o fresco da noite e esticar as pernas, para recuperar.Procurando fazer um balanço sucinto, apesar de poucos quilómetros per-corridos, cerca de 63, a jornada foi sem dúvida gratificante, o enquadra-mento cénico do trajeto, paisagem tipicamente minhota, é formidável, a disponibilidade física encontrava níveis satisfatórios, apesar da dureza do Caminho, com muita pedra, ora tratando-se de paralelos ou lajeados ainda mais agressivos, face às suas formas irregulares.

Festividades em Âncora

O Monte de Santa Tecla- A Guarda

Caminha

Peregrinas de Barcelona

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O CAMINHO DE SANTIAGO... PELO CAMINHO DA AVENTURA!

DE BRAGA A SANTIAGO DE COMPOSTELA... E ÀS TERRAS

DO FIM DO MUNDO!

Texto e Fotografia: José Carlos Callixto / http://porfragasepragas.blogspot.pt/

TRÊS DIAS ANTES DE PARTIR DE BRAGA, PUBLIQUEI A HISTÓRIA DA PREPARAÇÃO DO NOSSO

CAMINHO DE SANTIAGO, MEU E DA EQUIPA QUE DESDE SEMPRE SE JUNTOU AO MEU PRO-

JETO. ERA, COMO ENTÃO DISSE, UN CAMIÑO POR DESCOBRIR, JÁ QUE MUITO POUCAS

INFORMAÇÕES HAVIA SOBRE OS CAMINHOS HISTÓRICOS QUE LIGAVAM BRACARA AUGUS-

TA A SANTIAGO, PELO “MEU” AMADO GERÊS (ATRAVESSANDO A GEIRA ROMANA, OU VIA

NOVA) E POR VELHAS ROTAS MEDIEVAIS UTILIZADAS POR PEREGRINOS QUE, DO NORTE DE

PORTUGAL E DO SUL DA GALIZA, SE DIRIGIAM À CIDADE DO APÓSTOLO, POR VEZES NA ES-

PERANÇA DE UMA CURA MILAGROSA PARA A LEPRA.

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Agora, de regresso ao ninho, posso dizer que vivi, fora do âmbito da famí-lia que felizmente e orgulhosamente construí, aquela que foi sem dúvida a experiência e a vivência mais fasci-nante da minha vida! Obrigado meus amigos, que partilharam comigo esta aventura, que partilharam comigo emoções, vivências intensas e ines-quecíveis. Obrigado... meus irmãos!É impossível descrever o que foi este Caminho, o que foram estes 12 dias, seja por palavras, fotos (há mais de mil...) ou vídeo. Este meu post nestas minhas “memórias”... é portanto muito mais curto do que eu próprio esperava que viesse a ser.Não há descrição possível para o tur-bilhão de emoções sentidas e partilha-das. Não há descrição possível para a força interior que sai de cada um de nós, nos momentos de fraqueza, na en-treajuda, na comoção, nas emoções. Seja-se o que se seja do ponto de vista espiritual, gnóstico, religioso, ou o que se lhe queira chamar... o Caminho mexe com cada um de nós. Quem volta não é o mesmo que quem parte.Sendo um Caminho de descoberta de velhas rotas medievais, este foi também um Caminho de Descoberta de nós próprios... mas também um verdadeiro Caminho de Aventura... como sabíamos que iria ser. Quantas vezes nos “perdemos” por entre fetos e silvas, desbravando matos, voltando atrás, abrindo novos rumos?

Milha XV da Geira Romana, em terras de Ter-ras de Bouro 5.07.2014, 13h10 (1º dia)

No “meu” Gerês: Barragem de Vilarinho da Furna, 6.07.2014, 14h30 (2º dia)

De Castro Laboreiro ao Porto dos Cavaleiros, 8.07.2014, 08h00... nem tudo são rosas... (4º dia)

> Ribadavia, 9.07.2014, 13h40 (5º dia)

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48 Por paraísos perdidos... Outeiro de Lebosende, 10.07.2014, 8h45 (6º dia)

Quando construímos um “monolito” nos Montes de Testeiro... 11.07.2014, 11h30 (7º dia)

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49Mas, na tarde do 8º dia... avistámos o “farol” que nos passou a guiar: o len-dário Pico Sacro, recheado de lendas, de que sobressai a história de Santiago e da Rainha Lupa. Em Ponte Ulla en-trámos no Camiño Sanabrés... mas in-cluímos na nossa “aventura” o cume do Pico Sacro!Chegados a Compostela ao 9º dia, com 260km percorridos desde Braga... tínhamos terminado o Caminho? Não! O Caminho não acaba em Santiago... o Caminho acaba nas terras do fim do mundo...!Particularmente para um dos membros da nossa “irmandade”, o objetivo su-premo era Fisterra, o finis terrae, con-siderado antes de Colombo o ponto extremo do mundo conhecido na Es-

panha de então.Não tendo parte do grupo disponibili-dade para mais dias, aquele nosso Irmão optou pela admirável solução de com-promisso que permitia manter a união dos quatro. E assim, ao 10º dia, fomos portanto de Santiago a Dumbría, onde iniciámos a última jornada... até ao fim do mundo!Quase 40 longos quilómetros levaram-nos de Dumbría à ponta do Cabo Fister-ra... e o que ali vivemos foi uma autên-tica catarse purificadora, antes e durante o espetáculo grandioso do pôr-do-Sol no mar!Ficam para já apenas estas fotos, poucas, muito poucas. A seu tempo aparecerá o vídeo, que procurará transmitir o que foi o nosso Caminho... da Aventura.

À vista do Pico Sacro! 12.07.2014, 15h20 (8º dia)

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Cume do Pico Sacro... frente a Santiago de Compostela, 13.07.2014, 9h50 (9º dia)

Plaza do Obradoiro, Santiago de Compostela. Para aqui convergem todos os Caminhos... todos os destinos... todas as emoções...13.07.2014, 16h10 (9º dia)

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Ao abraçar o geodésico do Sacro...abraço a vida!

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52 No lugar onde o fim se torna início...

Uma irmandade unida pela energia cósmica... 14.07, 21h30

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Edição nº29