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Pág . 3 Pág. 13 Jornal tem nova coluna. É sobre Saúde Mental. Nesta edição a vez é da depressão Pág. 12 Problemas estruturais em prédio no Campus assustam estudantes de Biologia da UFF ANO 36 • Nº 1.445 • R$ 1,00 • 2 a QUINZENA DE AGOSTO • 2014 O JORNAL DE NITERÓI No dia 2 de setembro de 1996, surgia, em Niterói, um espaço que passaria a ser símbolo da cidade, conhecido internacionalmente. Um museu que tem o desenho de uma flor, mas para muitos lembra um disco voador. Em setembro haverá exposições especiais. Página 5 MAC comemora 18 o aniversário com muitas atividades culturais Prefeito e secretário estadual de Obras se reúnem para agilizar parcerias em andamento Foto: J.C.Xavier

Santa Rosa 1445

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Page 1: Santa Rosa 1445

Pág . 3 Pág. 13

Jornal tem nova coluna.

É sobre Saúde Mental.

Nesta edição a vez é da

depressão

Pág. 12

Problemas estruturais em

prédio no Campus

assustam estudantes de

Biologia da UFF

ANO 36 • Nº 1.445 • R$ 1,00 • 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014 O JORNAL DE NITERÓI

No dia 2 de setembro de 1996,

surgia, em Niterói, um espaço que

passaria a ser símbolo da cidade,

conhecido internacionalmente. Um

museu que tem o desenho de uma

flor, mas para muitos lembra um

disco voador. Em setembro haverá

exposições especiais.

Página 5

MAC comemora

18o aniversário com

muitas atividades

culturais

Prefeito e secretário

estadual de Obras se

reúnem para agilizar

parcerias em andamento

Foto: J.C.Xavier

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SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 20142

NO PLANO ANUAL

Sócios R$ 50,00

Não sócios R$ 58,00

Academia de Ginástica – Musculação e Ergonometria

Praia de Icaraí, 335 – Niterói – RJ

Tels.: 2711-0899 ou 7780-6161

• O Teatro Municipal de Ni-

terói recebe de 05 a 14 de se-

tembro (sextas e sábados,

20h; domingos, 19h), a Cia

de Teatro Manual com espe-

táculo o ‘Hominus Brasilis’,

utilizando uma linguagem

cênica inédita no Brasil, com

a técnica da Plataforma. Qua-

tro atores como, Diogo Ca-

valcanti, Helena Marques,

Matheus Cavalcanti e Patrí-

‘Hominus Brasilis’ faz temporada na cidade

cia Ubeda, sobem em um palco

e conduzem o espectador atra-

vés de uma fantástica viagem

pela história da humanidade.

O espetáculo pincela momen-

tos marcantes da passagem do

homem na Terra, recriando em

cena uma seleção dos principais

eventos históricos do Brasil e do

mundo. Desde o Big Bang até

hoje em dia, a peça recria os

momentos mais marcantes da

história, com foco no Brasil

após a colonização. Vemos o

nascimento e extinção dos

dinossauros, o surgimento

das grandes civilizações, a

expansão marítima, as revo-

luções industriais, as gran-

des guerras e os mais recen-

tes avanços tecnológicos.

Momentos imperdíveis!

Rua Quinze de Novembro

35, Centro/Niterói.

Page 3: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA2a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014 3

CORRIDA PRESIDENCIAL

André Santa Rosa

• O prefeito de Niterói, Rodrigo

Neves, se reuniu nesta quinta-fei-

ra 28, com o secretário estadual

de Obras, José Iran Peixoto Juni-

or, para tratar de quatro projetos

prioritários em parceria entre o

município e o governo estadual,

que já estão em andamento. Um

dos assuntos foi sobre o progra-

ma de pavimentação e drenagem

de ruas da Região Oceânica. O

prefeito destacou que, em setem-

bro, serão entregues cerca de dez

ruas do Bairro Peixoto e que o tra-

balho nas vias da localidade de

Maravista será intensificado nos

próximos meses. A meta é que,

até o fim do ano, 140 ruas estejam

recuperadas.

"Esse programa é o maior in-

vestimento em infraestrutura e

pavimentação da história da RO.

Cerca de 40 ruas já foram entre-

gues em Piratininga e Camboi-

nhas. Esses investimentos me-

lhorarão muito a qualidade ur-

bana e de vida dos moradores",

disse o prefeito.

Rodrigo e José Iran também

conversaram sobre o novo Mer-

cado Municipal da cidade. De

acordo com o secretário, o proje-

to licitatório para a obra está

em andamento.

O empreendimento, com pre-

visão de conclusão em 2015,

ocupará uma área de 8.020 m².

As eleições já se avizi-

nham, mas o povo bra-

sileiro parece que ainda

não entrou no clima. Ao

que tudo indica, a Copa

do Mundo deixou um misto de

desesperança e indiferença. A

fragorosa derrota sofrida diante

da seleção alemã ainda não foi

devidamente digerida pelo cida-

dão que sonhava com o sexto

título mundial.

Porém, queiramos ou não, é

ano eleitoral e teremos demo-

cráticas eleições em outubro. É

tempo de começar a prestar

atenção nos candidatos que se

apresentam e pedem seu voto.

Nesta hora, devemos tentar

descobrir quais são as inten-

ções do ilustre pleiteante ao car-

go público. Sua história pessoal,

sua trajetória política até este mo-

mento, suas propostas em prol da

sociedade que deseja representar,

são passos significativos para que

o votante saiba a quem destinar

seu precioso voto.

Assim como a mulher, que entre-

ga sua virgindade àquele que lhe

parece ser merecedor de tal honra,

deve se portar o eleitor, ao entregar

a joia preciosa da democracia, o

voto, ao ávido postulante.

Sem desmerecer as candidatu-

ras menos prováveis, o Brasil pos-

sui três fortes candidatos ao cargo

de presidente do país. A atual pre-

sidente da República, Dilma Rous-

seff (PT) buscando a reeleição, o

senador Aécio Neves (PSDB), ex-

governador de Minas Gerais por

duas vezes, onde deixou o cargo

com aprovação superior a 90%,

tendo feito, portanto, excelentes

governos, lembrando que Aécio

Neves é neto do ex-presidente do

Brasil, Tancredo Neves, um dos

maiores políticos que esta nação já

produziu e, por fim, com a morte do

presidenciável Eduardo Campos, a

sua candidata a vice-presidente, a

ex-senadora Marina da Silva, assu-

me a cabeça de chapa e será a can-

didata do PSB à presidência da

República.

As pesquisas eleitorais, ainda

com Eduardo no páreo, indicavam

que Dilma e Aécio seriam os con-

tendores em um segundo turno elei-

toral. Com a saída traumática do

político pernambucano, e a entrada

de Marina da Silva na disputa, Aé-

cio sofre leve recuo e Marina, talvez

catapultada pelo apelo emocional

causado pelo ocorrido com Eduar-

do Campos, avança e ultrapassa

Aécio nas pesquisas.

Enquanto isto, Dilma perde im-

portantes pontos junto ao eleitorado

feminino, que agora tem mais uma

opção do gênero na disputa. Ocorre

que Marina se parece muito com

Dilma e dificilmente seria uma alter-

nativa que representasse mudança

real na forma de governar o país.

Sua origem petista não permite que

se escondam suas posições seme-

lhantes ao que pensa a atual presi-

dente. De fato, a candidata do PSB

não é opção para quem quer mudar

os rumos do Brasil.

A verdade deve ser dita, o Brasil

foi alçado à condição de país a ser

respeitado no conceito das grandes

nações, a partir do governo de Fer-

nando Henrique Cardoso (PSDB).

Os governos que se seguiram ao do

tucano (Lula e Dilma) se beneficia-

ram de políticas deixadas prontas

pelo antecessor. O ex-presidente

FHC, como era chamado pela im-

prensa, foi um grande estadista,

como há muito não se tinha no

Brasil e, depois dele, só nos

cabe lamentar os que tivemos.

Hodiernamente, observamos

um país descendo ladeira abai-

xo quando o assunto é credibi-

lidade internacional, governos

de contas maquiadas, saúde

pública que mata seus cida-

dãos, educação pífia (vide índi-

ces internacionais); há mais se-

gurança em viver no conflagra-

do Iraque do que nas cidades

brasileiras, onde morre mais

gente que nas guerras pelo

mundo afora.

Como mudar este quadro

cruel e desumano? Com mais

do mesmo? A decisão é sua,

caro leitor/eleitor.

André Santa Rosa é Ator e

Advogado

[email protected]

Prefeito se reúne com secretário estadual de

Obras para agilizar parcerias em andamentoRodrigo Neves e José Iran Peixoto conversaram sobre programa de pavimentação e drenagem na RO, RJ-100, Rio Imagem 2 e Mercado Municipal

Está prevista a recuperação da

estrutura metálica e restauração

da fachada, preservando o estilo

arquitetônico original da edifi-

cação, a implantação de 63 bo-

xes para a comercialização de

produtos, espaços para a instala-

ção de restaurantes, áreas inter-

nas de convivência, paisagismo

e estacionamento.

Outro projeto discutido foi o

Rio Imagem 2. Será realizada

uma reunião entre a prefeitura, as

secretarias estadual de Obras e

municipal de Saúde para agilizar

o desenvolvimento do projeto.

A obra já foi iniciada e já teve

concluída a primeira etapa de

terraplanagem e canteiros. O

Rio Imagem 2 ocupará uma área

total de cerca de 5 m² e contará

com três salas de raio-X, duas de

ressonância, duas de tomogra-

fia, cinco salas de ultrassonogra-

fia, quatro de eletrocardiograma

e duas de mamografia. Vai ofe-

recer à população exames gra-

tuitos, como tomografia compu-

tadorizada de artérias coronári-

as e ressonância de mama.

A recuperação da RJ-100 tam-

bém esteve em pauta. O prefeito

solicitou ao secretário apoio e

orientação junto ao Departamen-

to de Estradas e Rodagem do Rio

de Janeiro, para acompanhar a

obra, que deverá ser concluída

ainda este ano. Segundo Rodrigo,

a intervenção é muito importante

para a mobilidade e qualidade de

vida de moradores da região de

Pendotiba e de São Gonçalo.

"Essa integração entre a prefei-

tura e o governo estadual tem

sido decisiva para a retomada de

investimentos em infraestrutura

e qualidade urbana da cidade",

disse Neves. O secretário José

Iran afirmou que as parcerias

são firmes e duradouras.

CISP – Ainda na quinta-feira,

o prefeito acompanhou o anda-

mento das obras de construção

do Centro Integrado de Seguran-

ça Pública (CISP), na Estrada Fran-

cisco da Cruz Nunes, em Pirati-

ninga, na RO. Toda a parte de ter-

raplanagem e escavação já foi

concluída. Os operários estão tra-

balhando na colocação das 41 es-

tacas raízes que serão o suporte

para fase de implantação da laje e

início da estruturação do prédio

que terá quatro andares.

Com previsão de conclusão

em 2015, o local ocupará uma

área de 1.756 m² e contará com

500 câmeras, integrando todas

as forças de segurança da cidade

que terá os bairros monitorados

durante 24 horas.

O edifício abrigará também a

sede da Administração Regional

da RO e o Centro de Controle

Operacional, que vai monitorar

o trânsito na cidade.

Foto: Bruno Eduardo Alves

Rodrigo Neves e José Iran Peixoto acompanhados de técnicos do Estado e da Prefeitura de Niterói

Page 4: Santa Rosa 1445

O JORNAL SANTA ROSA

FAZ A DIFERENÇA...

SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 20144

Editora Chefe: Maria Sílvia de Souza Tani (15428 MT)

Diretora: Maria Sílvia de Souza Tani

Assessoria Jurídica: Ennio Figueiredo Júnior

Diagramação: José Rosário (freelancer: 2710-3984)

Distribuição: Ernesto Guadelupe

CIRCULAÇÃO: Bairro de Fátima • Boa Viagem • Centro • Charitas • Cubango • Fonseca • Ingá • Icaraí • Jardim Icaraí • Jurujuba

NOSSO GRUPO PUBLICIDADE E EDITORA LTDA.

CNPJ: 06.091.234/0001-78

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Tels.:(21) 2613-0948 / 99751-2915

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• Pendotiba • Santa Rosa • São Domingos • São Francisco • Região Oceânica • Vital Brazil etc...

[email protected]

[email protected]

Matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores

• O deputado Comte Bitten-

court (PPS), presidente da Co-

missão de Educação da Alerj,

anunciou que vai representar

o Ministério Público Estadual

contra o modelo de seleção

adotado pela Secretaria de Es-

tado de Educação para o in-

gresso nas escolas de Ensino

Médio Integrado. Segundo

Comte, o acesso a estes colégi-

os deveria ser por sorteio, o

que daria a oportunidade a

qualquer aluno da rede, oriun-

do de qualquer unidade e de

qualquer município a estas

poucas vagas.

— Educação é um direito da

criança e do adolescente, um

dever da família e uma obri-

gação do Estado, devendo ser

oferecida com qualidade para

todos. A partir do momento

em que se faz um processo de

seleção meritocrática para

onze unidades da rede de

educação estadual, faz-se

uma rede de excelência dentro

da própria rede – afirmou

Comte.

O parlamentar ainda lem-

brou que muitos alunos não

Felipe Peixoto, Comte, Bruno Lessa, Soraya e Alexandre Santos, unidos pela

educação de qualidade no Estado do Rio

Comte quer modificar processo de seleção

de escolas de ensino médio integrado

• Proporcionar oportunida-

des para quem deseja uma

posição no concorrido mun-

do do trabalho. Esse é o

objetivo da parceria entre a

Legião da Boa Vontade

(LBV) e o Serviço Nacional

de Aprendizagem Industri-

al (Senai), que oferece aos

jovens e adultos de baixa

renda cursos gratuitos de

qualificação profissional na

área de Construção Civil.

A iniciativa, desenvolvida

há dois anos no Centro

Comunitário de Assistên-

cia Social, da LBV, faz par-

te do programa ‘Capacita-

ção e Inclusão Produtiva’.

As aulas de Pedreiro e

Aplicador de revestimento

cerâmico são divididas em

prática e teoria. Nelas, o

participante aprende sobre

vão poder participar desta se-

leção, já que muitos ainda não

têm professor, estudam em es-

colas de estrutura precária ou

em unidades cujo histórico

não permite que ingressem

em uma unidade por meio de

prova de seleção meritocráti-

ca. Para o deputado, esse mo-

delo de seleção é uma forma

de burlar a Constituição Fede-

ral, já que não cabe concurso

público para ingresso em esco-

la pública de educação básica.

— É um erro, é uma incons-

titucionalidade gravíssima

frente ao direito do estudante

de se matricular em qualquer

uma das escolas do Estado -

concluiu Comte.

Parcerias capacitam

profissionais no ramo

da Construção Civil

segurança do trabalho,

preservação do Meio Am-

biente, redução de resídu-

os gerado durante a tare-

fa e a execução da profis-

são na prática. Além disso,

o Senai disponibiliza ao ins-

crito uniforme e todo o

material necessário.

De acordo como o instru-

tor do Senai, Paulo Rober-

to, o mercado estará aque-

cido para quem busca uma

vaga na área, já que o Rio

de Janeiro se prepara para

sediar as Olimpíadas de

2016. “A Construção Civil

está sempre em ascensão e

buscando profissionais qua-

lificados para atender sua

demanda”, comentou. Infor-

mações: (21) 3628-8660.

Alameda São Boaventu-

ra 474, Fonseca/Niterói.

• A Sociedade Fluminense de

Fotografia está com inscrições

abertas para o curso inédito de

Filmagem com Máquinas Digi-

tais, dirigido a profissionais e

estudantes que desejam atuar

na área de produção e filma-

gem de eventos e entrevistas.

O curso será dirigido pelo pro-

fessor e cineasta Paco Padilla,

formado pelo Centro de Estu-

dos Cinematográficos da Cata-

lunha, em Barcelona e será di-

vidido em 16 aulas com dura-

ção de dois meses.

“É mais um curso que pas-

samos a oferecer na SFF e que

Curso de Filmagem na Sociedade

Fluminense de Fotografia

tem o objetivo de ser um curso

técnico profissionalizante, mas

com um olhar artístico e dife-

renciado. Estamos confiantes

no sucesso desse novo curso,

que faz parte da nossa progra-

mação comemorativa do 70º

aniversário de fundação da

SFF”, explica Antonio Macha-

do, presidente da instituição.

O curso terá início nesta se-

gunda-feira, dia 1º de setembro,

com duas aulas semanais, as

segundas e quartas-feiras, cada

uma com três horas de dura-

ção. O objetivo é dar ao aluno as

noções exatas de como filmar

com máquinas digitais, tirando

o maior proveito possível do

equipamento. “As aulas terão

um forte viés prático e o aluno

terá a possibilidade de editar o

seu material de trabalho. Ao

término do curso ele terá total

noção de captação de imagens,

iluminação e edição do produ-

to específico para cada público

que ele irá trabalhar”, explica o

professor Padilla, radicado no

Brasil e acaba de concluir o seu

primeiro longa metragem, ‘Vida

Besta’. Informações: 2620-1848.

Rua Doutor Celestino 115 –

Centro/Niterói.

Page 5: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 52a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014

O Museu de Arte Contem-

porânea de Niterói está

em festa! Completando 18

anos, nesta terça-feira, 02

de setembro as comemo-

rações tiveram início nos dias 30 e

31 de agosto sendo esta a 4ª edi-

ção do projeto MAC Como Obra

de Arte, com performances, proje-

ções de filmes, dança, mostras,

lançamentos de publicações, en-

tre outras atividades. As come-

morações continuarão durante

todo o mês de setembro.

No dia 2 de setembro de 1996,

surgia, em Niterói, um espaço

que passaria a ser símbolo da ci-

dade, conhecido internacional-

mente. Um museu, que tem o de-

senho de uma flor, mas para

muitos lembra um disco voador.

Em setembro, haverá exposições

especiais – reforçando a impor-

tância das Coleções João Sattami-

ni/MAC de Niterói, além de

apresentar a arquitetura de Oscar

Niemeyer como inspiração para

criações de artistas nacionais e in-

ternacionais.

O MAC como Obra de Arte tem a

proposta de transformar o museu

em um laboratório de experiênci-

as de metáforas da criação artísti-

ca participativa e aberta.

Fazem parte deste projeto o

Programa AtivAções, do Coletivo

Conectores Platônicos, formado

pela equipe de artistas e educado-

res do MAC; O lançamento do li-

vro ‘Sudário’, de Carlos Vergara;

A instalação do ‘Projeto Rede’, do

artista João Modé; A Oficina ‘Lati-

fúndios de Papel’, com o artista

Raimundo Rodriguez; O Progra-

ma de Projeções e Intervenções,

com Cineclube Cineolho, e com

o Coletivo Plus Ultra + Alexan-

dre Gwaz; Intervenções com ar-

tistas da exposição ‘Espaços Des-

locados – Futuros Suspensos: Re-

pensando Oscar Niemeyer’; e

lançamento do folder da exposi-

ção ‘Fique à Vontade’ (uma mos-

tra colaborativa com a participa-

ção de 429 artistas, que ficou em

cartaz em junho e julho deste

ano), do artista Ricardo Pimenta.

ALGUMAS ATIVIDADES:

�Sob a curadoria de Luiz Gui-

lherme Vergara (também Diretor

do MAC), Lula Wanderley e Gina

Ferreira, foi aberta a mostra ‘Es-

paços Deslocados – Futuros Sus-

pensos: Repensando Oscar Nie-

meyer’, uma colaboração interna-

cional do coletivo Suspended

Spaces, com a participação de ar-

tistas franceses, libaneses e brasi-

leiros; No dia 13 de setembro,

acontece a inauguração da mostra

‘Latifúndios’, do artista visual Ra-

imundo Rodriguez.

�O livro ‘Sudário’, do artista Car-

los Vergara, foi lançado no dia 30

de agosto, durante Chá das Cinco.

� Já o ‘Projeto Rede’, do artista

João Modé aconteceu entre os dias

30 e 31 de agosto. Composta de li-

nhas de diferentes materiais, esta

escultura orgânica e participativa

cresce para todas as direções como

uma planta trepadeira que acolhe

a contribuição espontânea de cada

visitante. O diálogo entre as cur-

vas da rampa e arquitetura do

MAC marca a força poética da

proposta colaborativa do artista.

�A Oficina ‘Latifúndios de Pa-

pel’, com o artista Raimundo Ro-

driguez, que esteve aberta ao pú-

blico no dia 30 de agosto, tem

como objetivo criar uma obra co-

laborativa a partir do manuseio

de papel, para a exposição ‘Lati-

fúndios’, que estará em cartaz, de

13 de setembro até 5 de outubro.

� Por sua vez, o Programa de

Projeções e Intervenções, com o

Cineclube Cineolho e com o Co-

letivo Plus Ultra + Alexandre

Gwaz foi apresentado no dia 30

de agosto, quando foram ofereci-

dos filmes e vídeo-intervenções

projetados na fachada do MAC.

�Quando da exposição ‘Espaços

Deslocados – Futuros Suspensos:

Repensando Oscar Niemeyer’,

ocorrido em 30 de agosto, os ar-

tistas participantes do Coletivo

Suspended Spaces (Françoise

Parfait, Eric Valette, Jan Kopp,

Lamia Joreige, Daniel Lê, Valérie

Jouve, Maïder Fortuné, Marcel

Dinahet) fizeram intervenções

onde foram criados diálogos com

a arquitetura de Oscar Niemeyer.

�A Instalação ‘Banho de Chuva -

Projeto Som da Maré’, exposta dos

dias 30 de agosto a 7 de setembro,

com curadoria de Pedro Rebelo,

compreende uma instalação sono-

ra interativa sendo parte de um

processo que iniciou-se na Maré

no início de 2014 e terá a participa-

ção de Alan da Silva Lira, Aline

Pereira Macário, Aline de Moura,

Artur Costa Lopes, Danilo Andra-

de, Everton Ramos, Geandra No-

bre, Jaqueline Alves, Jaqueline

Andrade, Jeferson Luciano Gaspar

Mesquita, Joyce Rodrigues de Oli-

veira, Larissa Paredes, Matheus

Frazão de Almeida Silva, Matilde

Meireles, Marco Aurélio Damace-

no, Mariluci Nascimento, Marina

Cortês, Natália Chaves Bruno,

Phellipe Azevedo, Priscilla Mon-

teiro, Raíza Barros Nascimento,

Rodrigo Furman, Rodrigo Souza,

Sebastian Wiedemann, Tullis Ren-

nie, Wagner Belo de Siqueira e

Wallace Lino.

A reflexão sobre as vivências

sonoras dos participantes sugeriu

vários temas que vão desde o pre-

gão de rua até as brincadeiras de

criança. O som da chuva foi uma

das sensações mais fortemente re-

latadas durante este processo de

re-pensar o cotidiano a partir do

som. Esta vivência sonora surge

na alegria de rua do banho de chu-

va no verão, mas também numa

vertente doméstica relacionada

aos telhados deixando cair gotas

de água dentro de casa.

�No dia 31 de agosto houve o

lançamento do folder da exposi-

ção ‘Fique à Vontade’, do artista

Ricardo Pimenta, com curadoria

de Luiz Guilherme Vergara, em

cartaz no museu entre junho a ju-

de Oscar Niemeyer em Trípoli,

com uma nova etapa de coopera-

ções internacionais incluindo ar-

tistas brasileiros em 2014. O pro-

jeto ‘Espaços Deslocados – Futu-

ros Suspensos’ traz como propo-

sição conceitual e crítica a vivên-

cia de artistas franceses, libaneses

e brasileiros com a realidade des-

sas fronteiras entre as visões mo-

dernistas de Niemeyer e os desa-

fios cotidianos da cidade de Nite-

rói. Estas cidades são confrontadas

por obras e utopias do legado e

processos de construção de espa-

ços visionários de Oscar Nie-

meyer. Trípoli, Famagusta e Nite-

rói são tomados como campos de

semelhanças e diferenças para o

desenvolvimento de 13 projetos

de residência artística conjugando

experiências de seis artistas fran-

ceses, uma libanesa, um ítalo-ger-

mânico e cinco brasileiros. Além

de investir em intercâmbios, en-

contros, debates e pesquisas em

processos e práticas artísticas em

realidades urbanas adversas, o

MAC acolherá a exposição, cru-

zando os resultados das investi-

gações em Trípoli e em Niterói.

�A mostra ‘Latifúndios’, do artis-

ta Raimundo Rodriguez – abrirá

no dia 13 de setembro, às 17h e a

exposição estará aberta ao públi-

co até 5 de outubro. A curadoria é

de Luiz Guilherme Vergara, apre-

sentando uma série que vem sen-

do desenvolvida pelo artista des-

de o ano 2000. São obras recortadas

de lata e tinta que compõem poe-

mas para serem decifrados e re-

contados. Em diversos veículos,

tais como Teatro, Carnaval, Cen-

tros Culturais, Vídeos e TV, as cri-

ações de Rodriguez ultrapassam

limites e preenchem lacunas de

expressão. O artista, acompanhado

por sua equipe, foi o responsável

pela estética final das construções

da novela Meu Pedacinho de Chão,

dirigida por Luiz Fernando Car-

valho. O visitante vai poder perce-

ber e explorar o traço do artista,

que deu vida à fantasia, e transfor-

mar sonhos reais e imaginários,

fazendo-os fundirem e confundi-

rem-se em novos latifúndios. A

exposição vai se estender pela pai-

sagem a caminho do Morro do

Palácio. A entrada é franca na aber-

tura das exposições dos dias 6 e 13

de setembro, às 17h. A visitação

pode ser feita de terça a domingo,

das 10h às 18h. A bilheteria fechará

15 minutos antes do término do

horário de visitação e o ingresso

custará R$ 10,00. Estudantes, pro-

fessores e pessoas acima de 60 anos

pagam meia. Entrada gratuita

para estudantes da rede pública

(ensino médio), crianças de até 7

anos, portadores de necessidades

especiais e moradores ou nascidos

em Niterói (com apresentação do

comprovante de residência). En-

trada gratuita também as quartas-

feiras. Informações: 2620-2400/

2620-2481 ou pelo endereço www.

macniteroi.com.br

lho deste ano, confraternizando

com os artistas participantes dessa

grande ação, que ocorreu na Va-

randa do MAC e contou com a

participação de vários artistas de

diferentes abordagens, meios ex-

pressivos e gerações.

�Outra belíssima exposição a ser

admirada é ‘Lygia Clark: Tudo

que é concreto se desmancha no

ar – obras da Coleção João Satta-

mini/MAC de Niterói’ – aberta

ao público a partir do dia 6 de se-

tembro, às 17h, até 30 de novem-

bro com curadoria de Luiz Gui-

lherme Vergara, Lula Wanderley

e Gina Ferreira.

�Imperdível também é a mostra

‘Espaços Deslocados – Futuros

Suspensos: Repensando Oscar Ni-

emeyer’, que também será aberta

no dia 06 de setembro, às 17h, es-

tendendo-se até 30 de novembro,

sob a curadoria de Luiz Guilher-

me Vergara e Coletivo Suspen-

ded Spaces, com os seguintes ar-

tistas: Françoise Parfait, Eric Va-

lette, Daniel Lê, Valérie Jouve,

Maïder Fortuné e Marcel Dinahet

(França); Jan Kopp (Alemanha-

Itália); Lamia Joreige (Líbano);

André Parente, Analu Cunha, Lu-

iza Baldan, Luciano Vinhosa e

João Modé (Brasil).

O MAC, em colaboração com o

coletivo de artistas e pesquisado-

res Suspended Spaces (Espaços

Suspensos), com base em Paris,

investe em Niterói como um

campo aberto de investigações

artísticas, contrapondo a experi-

ência libanesa das ruínas de obras

MAC: diversas atividades

marcam o 18º aniversário

Page 6: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 20146

• O Grêmio Recreativo So-

cial e Comunitário ‘Põe pra

Fora’, que reúne semanal-

mente pessoas atendidas

na Policlínica Regional Sér-

gio Arouca, promoverá, no

dia 10 de setembro, às 9

horas, a Festa da Primave-

ra e da Solidariedade. O

evento acontecerá nos jar-

dins da unidade de Saúde,

situada na Praça Vital Bra-

zil, em Niterói. O médico

psiquiatra Daniel Chutori-

anscy, coordenador do pro-

‘Põe pra Fora’ promove

Festa da Primavera

jeto, atende no local, todas

as segundas e quartas,

pela manhã; apenas seis

pessoas são agendadas,

para que sejam ouvidas com

atenção e calma, já que a

queixa principal é que o

médico, o patrão, a socie-

dade não as ouvem sufici-

entemente, restando a

mágoa e frustração pelo

que não foi dito e ouvido.

Antes do atendimento in-

dividual, todos (incluindo

acompanhantes) são cha-

mados para formar um gru-

po, ocasião em que as

pessoas se conhecem, inte-

ragem, rompendo-se com o

modelo tradicional de se

esperar pacientemente,

sem nenhuma atividade. A

cada 45 dias, uma festa é

realizada com a participa-

ção de todos: pacientes,

acompanhantes, familiares,

funcionários e demais pes-

soas que queiram aderir ao

movimento.

Mais uma vez, Niterói

coloca-se na vanguarda da

promoção da Saúde, de uma

forma criativa e original.

Dr. Daniel Chutorianscy

Niterói Vacina contra Hepatite A

• A Fundação Municipal de Saúde de Niterói intensificou a

vacinação contra a Hepatite A, que agora faz parte do Ca-

lendário Nacional de Vacinação da Criança. Segundo os co-

ordenadores do Programa Municipal de Imunização, a

vacina está disponível nas unidades de saúde, de segunda

a sexta-feira, das 8h às 17h. De acordo com normas do Mi-

nistério da Saúde, é preciso agendar a imunização para ser

administrada em crianças com 12 meses, em dose única,

podendo ser aplicada até a idade de 23 meses e vinte e nove

dias. Todas as Policlínicas, Unidades Básicas e módulos do

Programa Médico de Família estão vacinando.

Imunização está disponível nos postos, mas

deve ser agendada previamente

• Diretores e editores de

Jornais Alternativos de

Niterói tomaram café da

manhã, no Hotel Solar

do Amanhecer, nesta

quinta-feira, dia 28 de

agosto, com Waldeck

Carneiro (PT), candidato

a deputado estadual e

com Chico D’Angelo

(PT), candidato a depu-

tado federal, intermedia-

do pelo Secretário de Re-

lações Institucionais e

Comunicação, André Fe-

lipe Gagliano.

Chico fez um breve re-

lato de sua trajetória pro-

fissional, lembrando que

seu primeiro emprego foi

no Hospital Santa Cruz. Sobre

sua gestão como Secretário de

Saúde destacou a abertura da

emergência do Getulinho e a

recuperação de outras unida-

des de saúde, principalmente o

Médico de Família.

Lembrou também de que na

condição de deputado federal

aprovou uma verba de um mi-

lhão para a área de segurança

e que de 20 unidades da saú-

Candidatos conversam com

diretores e editores de jornais

de recuperadas, cinco foram

através de suas emendas.

Já, Waldeck Carneiro, fez

um balanço de sua gestão

como Secretário de Educação,

ressaltando que das 86 esco-

las do município, 24 foram

inauguradas pelo prefeito Ro-

drigo Neves. Ao lembrar Bri-

zola, defendeu o retorno da

escola integral ressaltando

ainda que o Estado do Rio

vive sob um apagão de mão

de obra por falta de escolas

profissionalizantes.

Waldeck também destacou

que por sua iniciativa o Colégio

Dom Pedro II, a Faetec, a Cederj,

foram implantadas em Niterói e

que brevemente começarão as

obras do Instituto Tecnológico.

Na foto de Heber Salles: André

Felipe Gagliano, Waldeck Car-

neiro e Chico D’Angelo.

Page 7: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 72a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014

• Candidato ao senado, o

ex-prefeito carioca, Cesar

Maia recebeu, na tarde des-

ta sexta-feira, o apoio de 10

vereadores e dois suplentes

para a sua campanha ao se-

nado federal, em Niterói. O

encontro aconteceu durante

almoço em uma churrasca-

ria da zona sul da cidade e

foi costurado pelo presiden-

te da Câmara, Paulo Baguei-

ra (SDD), que também é um

dos coordenadores da cam-

panha de reeleição do go-

vernador Luiz Fernando

Pezão, em Niterói. “Esse

grupo que está aqui reunido

vai trabalhar para que Cé-

sar Maia, assim como Pe-

zão, saiam vitoriosos de Ni-

terói na eleição de outubro.

Vejo o Cesar Maia como o

mais preparado, entre to-

dos para assumir a vaga

do senador Francisco Dor-

neles e vamos trabalhar

Seplag oferece

curso de Políticas

Públicas para os

servidores

• A Secretaria de Estado de

Planejamento e Gestão do Esta-

do do Rio de Janeiro (Seplag)

vai oferecer, nos meses de se-

tembro e outubro, uma capaci-

tação em Monitoramento e

Avaliação de Políticas Públicas.

O curso, gratuito, é voltado

para profissionais de secretari-

as de estado envolvidos com o

ciclo de gestão do Plano Pluria-

nual ou de políticas setoriais.

Com carga horária de 40h, a

capacitação terá duas turmas e

é fruto de uma parceria entre a

Subsecretaria de Planejamento

(SUBPL), da Seplag, e a Escola

Nacional de Administração

Pública (Enap), do Ministério

do Planejamento, Orçamento e

Gestão. A primeira turma será

realizada nos dias 9, 10, 11, 16 e

17 de setembro e a segunda,

nos dias 23, 24 e 25 de setem-

bro, e 1º e 2 de outubro. O cur-

so acontecerá das 9h às 18h, na

Seplag - Avenida Erasmo Braga

118, Centro. As vagas são limi-

tadas. Mais informações e ins-

crições pelo e-mail

[email protected].

para isso”, disse Bagueira.

César Maia disse que o en-

contro dá o que um candidato

precisa para sair vitorioso em

uma eleição. “Esse apoio me

dá capilaridade, que é funda-

mental para um candidato. Sei

do peso político que este apoio

representa na cidade de Nite-

rói e sou muito grato a ele.

Agradeço a todos que aqui es-

tão”, disse Maia. Durante o al-

moço, Bagueira disse que é im-

portante para a cidade de Nite-

rói manter um forte e bom rela-

cionamento com outras esferas

do poder legislativo, como o

caso do Senado Federal. “Nos-

so apoio está acima de inte-

resses pessoais. Prova dis-

so é de que temos aqui vere-

adores de diferentes parti-

dos e de posições ideológi-

cas. O que queremos é

ampliar o espaço do legis-

lativo da cidade”.

Participaram do almoço

os vereadores Paulo Ba-

gueira, Emanuel Rocha e

Betinho, do Solidariedade;

Bruno Lessa, do PSDB; Pas-

tor Ronaldo e José Vicente

Filho, do PROS; Rodrigo

Farah e Beto da Pipa, do

PMDB; Paulo Henrique, do

PPS; Milton Cal, do PP e os

suplentes Carlos Magaldi e

João Gustavo, também do

Solidariedade. Cesar Maia

estava acompanhado do

seu colega da Câmara do

Rio de Janeiro, Carlo Caia-

do, um dos coordenadores

de sua campanha.

Fotos: Nathalia Félix

CESAR MAIA RECEBE APOIO DE VEREADORES DE NITERÓI

César Maia e Paulo Bagueira

Page 8: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 20148

TOUR DOS SONHOS — O casal Lenita e Luiz Teixeira de Oliveira, em recente viagem

pelo norte da Europa, cheio de encantamento com seus castelos medievais, imponentes igre-

jas, museus, teatros e palácios reais. No roteiro, Rússia, Finlândia, Suécia, Estocolmo. Real-

mente, uma viagem de sonhos mágicos e maravilhosos!

Festejando Sávio

com estilo

• Será na Academia Fluminense de

Letras, presidida pelo acadêmico

Waldenir de Bragança, as comemo-

rações do 90º aniversário de Sávio

Soares de Sousa, no dia 18 deste

mês, quinta-feira, às 17h, em sessão

especial, na Biblioteca Pública de

Niterói (Praça da República, s/n° -

Centro). O aniversariante é jornalis-

ta, advogado, ensaísta, poeta e tro-

vador, e, desde o ano de 1963,

integra a Classe de Letras da insti-

tuição cultural, como titular da Ca-

deira n° 26, patronímica de Lúcio

de Mendonça. O imortal acadêmico

também é integrante da Academia

Niteroiense de Letras, da Associa-

ção Internacional de Escritores e

Artistas/IWA, além de fundador

dos "Escritores ao ar Livro".

• Para comemorar o

57º aniversário de

fundação do tradici-

onal Country Club

de Niterói, o presi-

dente Alfredo Ca-

margo e sua direto-

ria receberão sócios

e convidados com

elegância e em cli-

ma de total descon-

tração. A festa acon-

tecerá no dia 19 de setem-

bro, sexta-feira, às 22h, onde

serão oferecidos aos convi-

dados o excelente Buffet do

Lazary, Open Bar, sem fal-

tar a excelente música para

Alô, alô...

• A Avenida Amaral Peixoto, hoje quase corredor ju-

diciário, tem um calçadão de pedras portuguesas

que é um perigo. Há várias armadilhas para o pedes-

tre, especialmente os idosos, por falta das pedras.

Um casal de advogados (bem jovens, ainda) já beijou

o chão ao enfiar o pé em um desses buracos que bro-

tam pela inexistência de fiscalização.

• Em breve, a importante avenida no centro da cida-

de vai perder o quase para se transformar no pio-

neiro corredor judiciário, com a chegada do novo

fórum federal. Nela já se encontram os fóruns esta-

dual e trabalhista. Olho vivo, prefeitura...

Country Club de Niterói em festas

ouvir e lotar a pista de dan-

ça. A noite promete muita

animação até altas horas

da madrugada. Festa im-

perdível, onde sua presen-

ça é importante!

Festa deve superar o sucesso do ano passado

Page 9: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA92

a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014

[email protected]

• Glória Blauth

reuniu parentes

e amigos para

celebrar seu

65º aniversário.

O ambiente

aconchegante

em estilo

Hollywoodiano

encantava a

todos, onde a

aniversariante,

muito feliz,

brindava, agra-

decendo a pre-

sença dos con-

vidados. Duas

DJs animavam

a festa com

muita simpatia

durante todo o

tempo. A cantora Josileine

interpretou a música Sau-

dade, autoria de Claudio

Hutchmaker, emocionando

a todos. Já o cordelista

• Cerca de 200 pessoas, in-

tegrantes das famílias Abu-

nahman, Abirached, Abifa-

del, Abi Ramia e Matouk,

entre outras, estiveram reu-

nidas no último domingo

24, em almoço festivo em

comemoração ao 100º ani-

versário do dentista, Felipe

Jorge Abunahman, o último

dos homens de uma família

de oito irmãos. Casado com

dona Judith, em 1952, o ca-

sal tem dois filhos, Célia e

Jorge Francisco, três netos,

uma bisneta e outra que

Felipe Jorge Abunahman entre Renata e o Monsenhor Elídio Robaina

Felipe Jorge Abunahman:

em pleno centenário

Alegria, carinho e amor marcam festa de

aniversário que reuniu diferentes gerações

nascerá em outubro.

O Monsenhor Elídio Ro-

baina, da Igreja de São Do-

mingos, ministrou a Benção

de Aniversário e presen-

teou Felipe com um crucifi-

xo. Renata, uma das netas

e grávida de sete meses, leu

uma oração em homena-

gem ao avô e às famílias

presentes. Parabéns Dr. Fe-

lipe, que hoje tudo seja

amor, luz, emoção, com ca-

minhos repletos de flores

por onde passar...

O JORNAL SANTA ROSA

FAZ A DIFERENÇA...

Noite de glórias em Hollywood

João Batista Melo declamou

com alegria Glória

Blauth, 65 anos de glórias,

distribuindo o livreto com o

cordel aos convidados. No

finalzinho da festa, Glória

ofereceu a todos um botão

de rosa. Salve Glória! Sua

vida é marcada de bên-

çãos e felicidades.

Fotos: Belvedere Bruno

Glória e os filhos, André e Beatriz

Amigos da Cultura: Maurício Salkinni, Saddy Bianchin, Glória Blauth e Marcela Gianini

Page 10: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 201410

CULTURA ALBERTO ARAÚJO

[email protected]

�Programação de Setem-

bro da Academia Niteroi-

ense de Letras: Dia 10: Ses-

são de reabertura da sede,

às 17h; Dia 17: Projeto ‘Mú-

sica na Academia’, com

apresentação de Lauro Go-

mes; ‘Panorâmica sobre a

História do Rádio’, com

Oswaldo Siqueira (voz e

violão) e Sandro Rebel;

Dia 24: Painel da Saudade,

em memória à acadêmica

titular Yara Vidal Fonseca. Ora-

dores: Apparecida Picanço e Re-

nato Augusto Farias de Carva-

lho. Os eventos acontecem as

quartas-feiras, às 17 horas.

�Os “Escritores ao ar Livro”

(Praça Getúlio Vargas, Icaraí),

convidam para o lançamento dos

livros de Cristiana Seixas e Car-

los Rosa Moreira, no domingo,

dia 14, a partir das 10h; e no dia

15, segunda-feira, às 18h30h, na

Cultura Inglesa-Icaraí (Rua Otá-

vio Carneiro 23, Icaraí).

�O Cineclube Brasileiro, que

acontece no Teatro Municipal de

Niterói, recebe nesta quarta-feira

03, às 19h, o filme Bye Bye Bra-

sil, do diretor Cacá Diegues. O

projeto, em parceria com a Nite-

rói Filmes, trará um filme nacio-

nal por mês, com a presença de

um convidado para conversar so-

bre a obra a ser exibida. A medi-

ação da conversa será feita pelo

cineasta Flávio Cândido. Ingres-

so: R$ 2,00. (Rua Quinze de No-

vembro 35, Centro).

�A Sociedade Fluminense de

Fotografia abre curso de foto-

grafia para pessoas com defici-

ência visual. A professora Shay-

ane Lima faz palestra neste dia

4, às 19h30, sobre o funciona-

mento do curso, que terá início

no no dia 10 de setembro, com

aulas semanais e duração de três

meses.

�O pediatra Clóvis Abrahim

Cavalcanti foi reeleito presi-

dente do Sindicato dos Médi-

cos de Niterói, São Gonçalo

e Região para o triênio

2014/2017. O pleito foi con-

duzido por Alcir Chacar,

presidente da Academia de

Medicina do Estado do RJ;

Gilberto Garrindo, presiden-

te da Unicred/Niterói e Jose-

mar dos Reis, diretor da Uni-

med Leste/Fluminense.

UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS...

Marianna Leporace e Sheila Zagury

no Teatro Municipal de Niterói

‘As Bodas de

Rapunzel’ na

cidade

• A Artecorpo Teatro e Cia entra

em cartaz no Teatro Municipal

de Niterói, nos dias 06, 07, 13 e

14 de setembro às 16h, com o

espetáculo infantil ‘As Bodas de

Rapunzel’. Numa versão adapta-

da por Rachel Palmeirim e Elia-

na Lugatti, Rapunzel e o Príncipe

Encantado estão comemorando

suas Bodas Encantadas de 200

anos de casamento.

Para surpresa do casal surge a

senhora Gothel, a mulher que

criou Rapunzel desde que nas-

ceu. Ela retorna para buscar sua

filha, pois em sua história não

existiam mais personagens. Ao

ser acusada de suas maldades,

Gothel resolve explicar o moti-

vo de todas as suas ações. Os

personagens então voltam no

tempo e a clássica história é re-

contada com música ao vivo,

intervenções sonoras e solos

instrumentais. No finalzinho da

história os espectadores poderão

entender até onde os exageros

do amor materno poderá nos

levar.

Rua Quinze de Novembro 35,

Centro/Niterói.

• Completando quinze anos do

primeiro encontro, Marianna

Leporace e Sheila Zagury reú-

nem-se novamente, para relan-

çar o ‘São Bonitas as Canções’,

que revisita a parceria musical

de Edu Lobo e Chico Buarque

para o teatro. O show acontece

nesta quinta-feira 04, às 19h, no

Teatro Municipal de Niterói.

O encontro de Marianna e

Sheila se deu em 1999, quando

juntas montaram o show, e de-

pois o CD, com as parcerias de

Edu Lobo e Chico Buarque.

Depois de vários trabalhos

realizados individualmente,

elas se reúnem para o relança-

Foto: Guilherme Leporace

Marianna Leporace e Sheila Zagury

mento deste projeto (agora

pelo selo Mills Records), reto-

mando a carreira de sucesso do

CD, que teve as bênçãos e as

participações dos autores - Edu

Lobo gravou com elas ‘Na Ilha

de Lia’, ‘No Barco de Rosa’ e

Chico Buarque ‘Tororó’, produ-

zido por Rodrigo Faour, em

2008.

‘São Bonitas as Canções’ faz

um belo passeio musical e tea-

tral pelas parcerias de Edu Lobo

e Chico Buarque compostas

para espetáculos de teatro e

dança.

Rua Quinze de Novembro 35

– Centro/Niterói.

Cuidando de Idosos

• A ABRAz, Associação Brasileira de Idosos, oferece Curso/Treina-

mento para Cuidadores de Idosos e Portadores do Mal de Alzheimer.

As aulas serão ministradas nos dias 05, 06, 18, 19, 26 e 27 de setembro; e

nos dias 03, 04, 10, 11, 17, 18, 24, 25 e 31 de outubro, sempre no horário

das 8h às 19h, no PIGG da UFF, situado à Rua Jansen de Melo, no Cen-

tro. Informações: 2717-6093/2629-9606/2717-6868. Ótima oportunidade

para quem quer entrar neste mercado de trabalho!

Academia Niteroiense de Letras

• Estarão abertas, de 03 a 24 de setembro, as inscrições para a Ca-

deira nº 47, patronímica de Everardo Backheuser, em vaga decorren-

te do falecimento de José Inaldo Alves Alonso. Os interessados

deverão se inscrever mediante as seguintes exigências: envio de cor-

respondência candidatando-se à referida vaga, anexando currículo e

comprovantes de atuação literária (livros editados, artigos publica-

dos em jornais, revistas etc); pagamento de taxa no valor de R$

100,00. O candidato deve comprovar residência em Niterói ou, que

participe efetivamente do movimento literário da cidade.

Inscrições na sede da ANL (Rua Visconde do Uruguai 456) as quar-

tas-feiras, das 17 às 18 horas.

Wanderlino Teixeira Leite Netto (2º secretário da ANL)

• Com entrada franca, o Centro

Cultural Pascoal Carlos Magno

recebe a exposição de cultura

urbana ‘Mutant, O Verdadeiro

Dono da Vaca’, do artista Álvaro

Mutant, a partir do dia 11 de

setembro, quinta-feira, às 18h.

A mostra tem como temática o

não consumo de carne verme-

lha e traz telas com imagens de

vacas, além de fotografias do

artista em ação, produzindo sua

arte em diferentes pontos de

Grafite em telas e fotografias

no Carlos Magno

Niterói e também do Estado do

Rio de Janeiro. Com mais de 14

anos de carreira, Mutant é um

dos pioneiros do grafite no mu-

nicípio e há 11 anos tem como

marca registrada a imagem da

vaca, sempre estilizada. Visita-

ção: De 12 a 30 setembro, de

segunda a sexta, das 10h às 17h;

Sábados, domingos e feriados,

das 10h às 15h.

Rua Lopes Trovão s/nº, Cam-

po São Bento, Icaraí.

Álvaro Mutant

Page 11: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 112a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014

O JORNAL SANTA ROSA

FAZ A DIFERENÇA...• Bastou serem abertas as

inscrições, e já nos primei-

ros dias a campanha ‘Na-

tal Premiado de Niterói’

contabiliza a adesão de

quase sessenta estabeleci-

mentos comerciais: além

de literalmente todas as 53

lojas do Bay Market, garan-

tiram sua participação a

Átrio Presentes; Fan Para-

fusos; Agroquímica; Fiore-

lla Modas, Óticas Marinho

e PCR Mattos.

A campanha é uma inici-

ativa conjunta da Associa-

ção Comercial do Estado

(Acierj), da Câmara de Di-

rigentes Lojistas (CDL) Ni-

terói e do Sindilojas Nite-

Adesões de lojistas já apontam sucesso

da campanha ‘Natal Premiado em Niterói’

Consumidores concorrerão a carro zero, notebook, Iphone e bicicleta elétrica

rói, como forma de estimular

as vendas de final de ano na

cidade, fortalecendo o comér-

cio local e estimulando a

emissão de cupons fiscais.

Inédita no município, a

campanha prevê a distribui-

ção de mais de 520 prêmios,

que contemplarão consumi-

dores que fizerem compras

nas lojas participantes, além

de concurso de melhor orna-

mentação (nas categorias loja,

casa e edifício), com prêmios

de R$ 3 mil para cada primei-

ro colocado.

A campanha propriamente

dita ocorrerá de 14 de novem-

bro de 2014 a seis de janeiro

de 2015, quando serão sortea-

dos os prêmios. Os estabe-

lecimentos participantes da

campanha receberão um kit

com material para orna-

mentação da loja, cartazes,

480 raspadinhas premia-

das, cupons, uma urna e li-

vreto explicativo. Além dis-

to, haverá suporte publici-

tário, com veiculação de

anúncios em jornais, TVs

privadas e mídia urbana.

Para aderir ao projeto, o

comerciante pode ligar

para (21) 2711-6459/3617-

3334 e solicitar a visita de

um representante.

Contatos por e-mail: na-

tal@goldonicomunicacao.

com.br.

Os presidentes Fabiano Gonçalves (CDL/Niterói); Luiz Paulino Moreira Leite (Associação Comercial) e Charbel

Tauil (Sindilojas Niterói)

Foto: Divulgação

Page 12: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 201412

• Com cartazes espalhados

pelos espaços da Universi-

dade Federal Fluminense,

em Niterói, alunos de Bio-

logia querem respostas

acerca da construção dos

novos prédios. Assustados

com os últimos acontecimen-

tos, eles querem saber por-

que as construções no Cam-

pus Gragoatá estão lentas

e o novo ambiente de estu-

dos e pesquisas, que deve-

ria estar pronto em 2011,

ainda é sonho.

O Instituto de Biologia da

instituição, no Valonguinho,

foi interditado por problemas

estruturais. Rachaduras, in-

filtrações e divisórias de com-

pensado tortas – que fica-

ram mais visíveis após as

chuvas – fizeram com que

• Parar nos sinais de trânsito à

noite é motivo de preocupação

para os motoristas que são

obrigados a conviver com o

risco de assaltos. E, para tentar

reduzir essa incidência, o vere-

ador Bruno Lessa (PSDB) apre-

sentou o projeto de lei que im-

põe e restringe à NitTrans a

aplicação de penalidades de-

correntes da fiscalização ele-

trônica vinculada aos sinais de

trânsito e à velocidade, respec-

tivamente, no período compre-

endido entre às 23h e 6 horas.

Pela proposta, os motoristas

que avançarem os sinais nes-

se período não serão multa-

dos. As multas serão somente

aplicadas aos motoristas que

transitarem acima de 60 km/h,

ainda que o radar tenha limite

inferior. O radar ficará ligado

no período, respeitando o li-

mite de velocidade.

— Niterói tem tido um au-

mento na criminalidade nos

últimos meses e ficar parado

no sinal à noite é perigoso.

Problemas estruturais

em prédio no Campus

assustam alunos

de Biologia da UFF

uma engenheira da Superin-

tendência de Engenharia e

Arquitetura da própria UFF

declarasse, a partir de um

laudo técnico, risco de desa-

bamento. O prédio foi rea-

berto no último dia 21 deste

mês, quando um novo laudo

declarou que, com o remane-

jamento e retirada de alguns

móveis e aparelhos dos labo-

ratórios que eram mais pe-

sados, o local tem condições

para continuar funcionando.

Apesar disso, nem todas as

salas estão em funciona-

mento; alguns laboratórios

terão que encontrar outro

lugar para funcionar e os

alunos vão continuar pres-

sionando a reitoria, pois o

medo é o que os cercam to-

dos os dias.

Projeto de lei propõe desligamento

de radares à noite no município

Com o meu projeto, a prefeitu-

ra não poderá multar os car-

ros que avançarem o sinal no

horário previsto. Porém, para

que tal medida não se torne

um incentivo ao desrespeito

às leis de trânsito, os radares

de velocidades não serão des-

ligados, somente os dos semá-

foros – ressalta o vereador.

Vereador Bruno Lessa

Foto: Sergio Gomes

• A exposição ‘Carlos Ruas:

Fotos & Acervo’, aberta à visita-

ção pública desde o dia 11 de

agosto, será prorrogada por

mais uma semana e ficará até

o dia 5 de setembro no saguão

da Câmara de Vereadores de

Niterói, com entrada gratuita.

A mostra de fotografias tira-

das pelo jornalista durante as

décadas de 50, 60 e 70 faz par-

te das comemorações do 195º

aniversário do legislativo nite-

roiense e marca os 60 anos de

fotojornalismo do autor.

De seu acervo de mais de

duas mil fotos, Ruas apresen-

ta algumas inéditas para o to-

tal de 200 trazidas à exposi-

ção. Podem ser vistos de se-

gunda a sexta-feira a partir

das 9h, painéis sobre a vida

de políticos como o ex-gover-

nador Roberto Silveira, o co-

mandante Amaral Peixoto e

deputados estaduais já faleci-

dos. Os bailes de gala do Bal

Masqué no Clube Central, o

trampolim da Praia de Icaraí,

as mulheres com os famosos

maiôs Catalina, os desfiles da

Fábrica de Tecidos Bangu,

imortalizada nos versos de

Noel Rosa, e muito mais.

Avenida Amaral Peixoto

625, Centro.

• A poeta e atriz Eda Damá-

sio lança o livro ‘César de

Araújo – Memórias e Poe-

mas’, na segunda-feira 8, às

19h, no saguão da Câmara

dos Vereadores de Niterói,

numa edição da Nitpress.

César foi perseguido e preso

na época do período

ditatorial.

César teve 12 obras publi-

cadas, organizou duas anto-

logias, além de ter

participado de vários movi-

mentos culturais. Recebeu o

título de Cidadão Niteroiense

conferido pela Câmara Muni-

cipal de Niterói. Poeta capi-

xaba, sempre morou e se

dedicou à nossa cultura. Fa-

leceu em 2006.

Conhecido, também, por

sua arte de interpretar poe-

sia, Araújo influenciou uma

geração de escritores e artis-

tas. Como estudante de Direi-

to da UFF, foi atuante na luta

contra a ditadura usando a

poesia como arma de protes-

to, sendo conhecido como o

Poeta Universitário do Brasil,

Exposição com

acervo de

Carlos Ruas foi

prorrogada

A mostra de fotografias tiradas

pelo jornalista durante as

décadas de 50, 60 e 70 faz

parte das comemorações do

195º aniversário do legislativo

niteroiense e marca os 60 anos

de fotojornalismo do autor

Atriz lança livro sobre vida do

poeta César de Araújo

após publicação do poema

‘Canto de Morte’ e ‘Enterro

do Menino de Belém’, pelo

jornal A Tribuna da Impren-

sa, em homenagem a Edson

Luiz, estudante morto pela

polícia.

Escolhido para representar

o Estado do Rio de Janeiro no

1°Encontro Nacional de Poe-

tas em Fortaleza, foi preso ao

dizer seu poema ‘Da Liberda-

de’, que havia sido premiado

no I° Festival de Poesia Fala-

da em Niterói. Toda a edição

do livro editado na época foi

queimada. A anistia só lhe

foi concedida depois de sua

morte, pela perseguição

sofrida.

Foi diretor da Casa de Cul-

tura Euclides da Cunha, em

Cantagalo, tendo tido que

abandonar o trabalho devido

à perseguição política, foi

diretor Cultural da OAB, do

Centro Orcal de Cultura e

Arte, tendo dirigido também

a Casa Norival de Freitas, em

Niterói.

Page 13: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA2a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014 13

• Neste domingo, 07 de Setem-

bro, a União da Mocidade Espíri-

ta de Niterói – UMEN –, recebe-

rá amigos e companheiros para

• A resposta para esta per-

gunta é de extrema importân-

cia hoje porque a depressão se

transformou em uma epidemia

que atinge indistintamente to-

dos os países do mundo, le-

vando milhões de pessoas ao

suicídio, às drogas, à deses-

truturação de famílias e à ruína

de carreiras profissionais.

Dados fornecidos pela Or-

ganização Mundial da Saúde

indicam que a depressão é a

segunda maior causa de inca-

pacitação humana atualmente

e que pulará para o primeiro

lugar em 2030. Com base

nestes dados, podemos proje-

tar que cerca de 100.000

pessoas entre a população

atual de Niterói terão ao me-

nos um episódio depressivo

ao longo de suas vidas. Isto

explica a grande e crescente

procura por psicanalistas e

psiquiatras em nossa cidade.

A Depressão – doença

que afeta o cérebro, a mente

e o corpo – é causada por

uma combinação de fatores

genéticos, ambientais e psico-

lógicos. Caso haja algum caso

confirmado de depressão em

sua família, você tem a pre-

disposição de ter esta doença,

pois os genes têm um peso de

O que é Depressão?

cerca de 50% entre suas causas.

Se você for mulher, suas chances

são 200% maiores ainda.

Existem muitos mitos e precon-

ceitos que tornam a identificação

e o tratamento da depressão uma

árdua tarefa. É importante frisar

que a depressão afeta pessoas

de todas as idades, pois ainda há

quem acredite que criança não

tem depressão. Isto é um grave

erro, pois ela atinge pessoas cada

vez mais jovens. É comum tam-

bém vermos pessoas afirmarem

com forte convicção que não têm

depressão porque trabalham

muito e têm a “mente forte”. Esta

crença é fruto da desinformação,

pois hoje sabemos que a depres-

são pode surgir sem uma causa

aparente e nada tem a ver com a

atitude mental que possa ter.

O preconceito contra a depres-

são está tão arraigado que é co-

mum que o doente esconda a do-

ença de seus familiares e até dos

amigos. Isto contribui para o apro-

fundamento da doença, uma vez

que o isolamento afeta fortemen-

te sua autoestima. Alguns de

meus pacientes não querem que

suas famílias, principalmente

seus filhos, saibam que eles têm

depressão porque não querem

ser vistos como “pessoas fracas”.

Certa vez, uma paciente chegou

ao meu consultório chorando. Ha-

via acabado de comprar uma re-

vista sobre a doença em uma ban-

ca de jornal. Quando pediu a revis-

ta, a reação do jornaleiro foi cho-

cante. Ele perguntou se ela tinha

depressão e ela respondeu que

sim. ‘Que vergonha! Uma moça

tão jovem e tão bonita! Tire isto

da sua cabeça e você vai se sentir

melhor’! Esta foi a terrível reação

do jornaleiro mal informado.

É necessário que o profissional

da área de saúde mental tenha

paciência e que dê o necessário

acolhimento emocional ao doente

de depressão. É comum que eu

precise realizar algumas sessões

no consultório para que o pacien-

te se convença de que tem de-

pressão, embora já tenha vindo do

psiquiatra com este diagnóstico.

“Eu não posso melhorar só com

força de vontade?”. Ouço esta

pergunta com muita frequência.

A Federação Mundial para a

Saúde Mental recomenda que o

tratamento de pacientes com de-

pressão envolva quatro passos:

informações claras ao paciente e

à família, uma terapia como a psi-

canálise, a utilização de medica-

mentos prescritos por um médico

psiquiatra e a formação de uma

rede de apoio emocional compos-

ta por familiares e amigos do do-

ente. A eficaz combinação destes

quatro fatores aumenta a possibi-

lidade de que se tenha uma me-

lhor qualidade de vida com a re-

missão dos principais sintomas

SAÚDE MENTAL

que tanto afligem ao paciente.

Em tempo: O Jornal Santa

Rosa presta um grande serviço

à população com o lançamento

desta coluna em suas páginas.

A cada edição, trataremos de

um tema ligado à saúde men-

tal. Através do e-mail abaixo

você, caro leitor, poderá fazer

perguntas a respeito da de-

pressão, bipolaridade, ansie-

dade, stress, vícios, relaciona-

mentos afetivos, dificuldades

escolares, transtornos alimen-

tares, entre outros, ligados às

emoções humanas. Elas serão

respondidas, mesmo sem se

identificar. Caso queira, use

um pseudônimo. Boa Saúde

Mental a Todos!

Lenilson Ferreira

– Psicanalista

[email protected]

Bazar

Florescer na

UMEN

o seu tradicional Bazar Frater-

no, que recebeu o nome de Flo-

rescer.

— Assim como as flores se

abrem na natureza, com a inter-

rupção das privações do inverno,

sorrisos desabrocham, diaria-

mente, no nosso bazar, pela mi-

tigação das duras dores da vida,

resulta uma permanente e exube-

rante primavera espiritual, em

nossa instituição, será motivo de

alegria contar com a participação

de toda a família UMEN nas ati-

vidades planejadas para esse dia

com atrações e muita confrater-

nização – convidam os organiza-

dores do evento.

PROGRAMAÇÃO: Exposição

doutrinária com o tema "A Cari-

dade Material e a Caridade Mo-

ral", às 9h30, baseada na mensa-

gem da Irmã Rosália, contida

em ‘O Evangelho Segundo o Es-

piritismo’. Cap. XIII, item 9;

Abertura do Bazar, às 11h, per-

manecendo aberto até às 16h30.

Rua Princesa Isabel 55 - Bairro

de Fátima/Niterói.

Sala Carlos Couto recebe a exposição ‘Mandinga’

• A artista visual e performer, Christiane da Cunha mostra cartografias

da experiência interior e exterior da dança através de desenhos, pintu-

ras, vídeos e animações, na exposição ‘Mandinga’, que acontecerá a par-

tir desta quarta-feira 03, na Sala Carlos Couto, com entrada gratuita.

Os trabalhos resultam de um processo onde a criação visual vem a

ser origem e prolongamento de uma peça em Dança Contemporânea:

o dueto ‘Mandinga’ – que após turnê em Festivais na Holanda, Alema-

nha e África do Sul, será apresentado no Teatro Municipal de Niterói.

Horário: Terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados e domingos, das

15h às 18h. Compareça, vale conferir!

Rua Quinze de Novembro 35, Centro.

• Informo que o Grupo de Apoio à Pessoa com De-

pressão (GAP) se reunirá no próximo dia 17 de setem-

bro, às 18h30, na Biblioteca Pública de Niterói. Nosso

objetivo é fornecer informação e orientação sobre o tra-

tamento da depressão. A participação é gratuita. Pra-

ça XV de Novembro s/nº (próximo à Câmara de Vere-

adores). Você é nosso convidado, compareça!!!

Page 14: Santa Rosa 1445

A ERA DE ‘EROS’

SANTA ROSA 2a

QUINZENA DE AGOSTO • 201414

H. Francisconi

P

ode-se imaginar no

Portugal do início do

século passado o

quanto de coragem

foi preciso para a

jovem Florbela d’Alma, filha

ilegítima, nascida em 1894 no

Alentejo, conseguir o nível de

ensino superior e tornar-se

poetisa, com méritos

reconhecidos?

Vamos tentar acompanhar

um pouco da trajetória dessa

mulher com M maiúsculo:

Em 1917, depois de forma-

da em Letras, ingressou na

faculdade de direito e, em

1919, quando cursava o ter-

ceiro ano, publicou o seu pri-

meiro título: Livro de Mágoas

(poesias). Quatro anos de-

pois, em 1923, veio a ser edi-

tado o Livro de Sóror

Saudade, também de

poesias.

Seriam esses os dois únicos

livros da escritora publicados

com ela ainda viva, embora

em seu acervo constassem,

além de suas Cartas, pelo

menos cinco outros títulos

(inclusive dois de contos) edi-

tados postumamente.

Mulher sensível, mas de

forte personalidade, Florbela

jamais foi ligada a qualquer

movimento literário, sofren-

do, apenas, alguma influência

de Antero de Quental na téc-

nica de escrever os sonetos

que a tornaram famosa.

A temática preferida de

seus versos é a do amor, da

solidão e da ternura, e a pas-

sionalidade deles faz com que

muitas vezes sejam conceitu-

D

esde que homem é homem e mulher é mulher que

homem é homem e mulher é mulher.

Antes que me julguem mal, não sou pessoa de

preconceitos (pré-conceito). Meus conceitos não

são prévios, são diretos e não passam por ne-

nhum “trailer”, sequer pelo “trailer” do Gúti, que ficava

estacionado na praia de Piratininga.

O que pretendo dizer é que sexo é um ato fricativo, en-

dossado (e adoçado) pelo fonema fricativo do vocábulo,

fonema esse que às vezes pode ser absurdamente sono-

ro, como em alguns atos sem vergonha, muito embora os

surdos também o exercitem.

O sexo pode ser praticado de várias maneiras, e por

vários maníacos, dependendo da mania de vê-lo sob di-

versas maneiras e da maneira de cada maníaco ao prati-

cá-lo à sua maneira: com pressa, devagar, em cima da

hora, embaixo da hora, do lado de dentro e até do lado

de fora. Esta última modalidade é muito conhecida entre

os ansiosos, o que resultou no “prazer precoce” – e que

nada tem a ver, obviamente, com essa prática desde cri-

ança. Mas já ouvi ou li em algum lugar que “se a pressa

fosse inimiga da perfeição ejaculação precoce não faria fi-

lhos bonitos”. E isso é uma grande verdade, tanto quanto

um mais um são dois e dois mais um é “suingue”.

Interessante mesmo é como a expressão “sexo oposto”

contradiz o seu significado, já que a outra parte jamais se

opõe. A não ser em caso forçado, lógico, mas aí seria por

força das circunstâncias, o que, sem dúvida, teria susci-

tado o sexo forte.

Também sou defensor de que o assunto envolvendo sexo

seja discutido somente no lar, entre os familiares, porque

o sexo na escola levaria o colégio à interdição.

Poderíamos ficar aqui a falar (está vendo? De falo!) so-

bre sexo ininterruptamente durante várias horas (várias

horas de sexo ininterruptamente? Que utopia, hein?). É

que este assunto é tão necessário quanto complexo, à par-

te, logicamente, os complexos de Édipo.

Então eu diria sobre o sexo como tradição passada atra-

vés das gerações, quando seus ensinamentos eram trans-

mitidos antes da invenção da escrita, época em que o sexo

era somente oral... Não sei, acho melhor encerrar este

assunto...

Hilário Francisconi é escritor

[email protected]

ados de sensuais, quase

eróticos.

Sua obra é marcada pro-

fundamente pelas frustrações

amorosas e pela morte do

irmão Apeles, ocorrida na

queda do avião que ele pilo-

tava em 1927.

Florbela Espanca é conside-

rada dona de uma técnica

primorosa e insuperável na

feitura do soneto, esse tipo

de poema tão difícil de ser

construído. Um belo

exemplo é:

VaidadeSonho que sou a poetisa

eleita/Aquela que diz tudo e

tudo sabe,/Que tem a

inspiração pura e perfeita,/

Que reúne num verso a

imensidade!

Sonho que um verso meu

tem claridade/Para encher o

mundo! E que deleita/Mesmo

aqueles que morrem de

saudade!/Mesmo os de alma

profunda e insatisfeita!/Sonho

que sou Alguém cá neste

mundo.../Aquela de saber

vasto e profundo,/Aos pés de

quem a Terra anda curvada!

E quando mais no céu eu

vou sonhando/E quando mais

no alto ando voando,/Acordo

do meu sonho... E não sou

nada!...

Em busca da felicidade, a

escritora casou-se, sucessiva-

mente, com Alberto Moutinho

(1913), Antonio Guimarães

(1921) e, finalmente, com o

médico Mário Laje (1925),

sem se importar com a socie-

dade altamente conservadora

da época e afrontando seus

valores preconceituosos.

Em 2 de dezembro de 1930

seu diário é encerrado com a

seguinte frase: ...e não haver

gestos novos, nem palavras

novas! Cinco dias depois, no

dia de seu aniversário, Flor-

bela d’Alma da Conceição

Espanca suicida-se em Mato-

sinhos, com uma dose exces-

siva de medicamentos.

Oficialmente, teria morrido de

problemas pulmonares. É sa-

bido, contudo, que sofria des-

de algum tempo de graves

problemas psicológicos.

Alberto Cohen é escritor

[email protected]

Flor Bela

AlbertoCohen

REGGAE NA PRAÇA DA CANTA-

REIRA — O projeto “Cultural Reg-

gae na Praça” agita a Praça Leoni

Ramos (Cantareira), em São Domin-

gos, no domingo, 7 de setembro, das

16h às 22h, com música, artesanato,

gastronomia, feira de troca de livros

e oficinas artísticas.

Idealizado e realizado pelo pro-

dutor cultural e compositor Gilber-

to Filho, o programa é uma inter-

venção cultural gratuita com apre-

sentações ligadas ao universo do

reggae e a cultura rastafári e tem

como objetivo implementar práticas

socioeducativas através de mensa-

gens positivas, reforçando atitudes

que envolvam saúde, bem estar, ar-

tes integradas, atividades lúdicas,

como cama elástica, oficina de sten-

cil e gastronomia integral; tudo

numa atmosfera alegre e descontra-

ída. Entre as atrações, haverá DJs,

MC’s e grande show com a banda

Plantae.

O evento tem o apoio da Prefei-

tura de Niterói, através da Secreta-

ria Municipal de Cultura e da

Fundação de Arte de Niterói.

Page 15: Santa Rosa 1445

SANTA ROSA2a

QUINZENA DE AGOSTO • 2014 15

JORNAL SANTA ROSA: Que tipo

de sentimentos ou cenários

costumam lhe inspirar?

HILÁRIO FRANCISCONI: Penso

que a ‘inspiração’ para a

arte criativa da escrita este-

ja no entorno de todos nós,

impregnada no ar que res-

piramos e solícita a qual-

quer pessoa predisposta a

aspirá-la. O importante é a

observação, o olhar atento

do cronista (todo escritor é,

em essência, um cronista);

a percepção da minúcia, a

elaboração ligeira da sínte-

se sobre um fato qualquer,

pois a ideia – a tal da ins-

piração – é fulminante-

mente passageira e escorre-

gadia. Daí para a frente,

resta-nos o trabalho árduo,

puramente intelectual,

para o garimpo das letras

que vieram com a ideia.

JSR: Teve influência de al-

guns autores no início de sua

carreira?

HF: Somos ‘bombardea-

dos’ por contingências da

vida desde o nosso nasci-

mento. Afinal, “o homem é

produto do meio”, não é

verdade? Contudo, há in-

fluências marcantes que

podem direcionar o sujeito

para uma vertente mais es-

pecífica. A principal delas,

acredito, seja a motivacio-

nal. Por isso, não citarei

autores. Prefiro enaltecer,

também sem citá-las, as

pessoas que, de uma forma

ou outra, contribuíram

para a formação da minha

visão do mundo. Com o

tempo, vamos nos moti-

vando, numa via crucis

progressiva, ampliando a

nossa visão geral, e acaba-

mos, durante o caminho,

selecionando as ‘influênci-

as’ que, na verdade, já es-

tavam em plena gestação

no nosso plano consciente.

É quando dá-se o salto – a

quebra do elo que nos liga-

va a tudo que nos influen-

ciava – e mergulhamos no

mar de coisas que vivem

em sintonia com o que pen-

samos. Então tudo flui con-

forme o nosso pensamento.

Já escreveu o poeta Mário

Quintana: Não há influênci-

as, mas, confluências.

JSR: O que o motivou a in-

gressar na vida literária?

HF : Um impulso natural.

Como disse, quando há moti-

vação direcionada o processo

– embora doloroso e longín-

quo – flui espontaneamente.

De uma forma geral, damos

início à aventura com alguns

versos. De quando em vez,

com algumas confissões. E fi-

cam lá, no caderno ultrasse-

creto (conforme a nova orto-

grafia!), e de onde, penso, ja-

mais deveriam sair! Faltam,

ainda, as ‘influências’ e, prin-

cipalmente, as confluências...

JSR: Quando teve certeza em re-

lação ao momento de publicação

de suas obras?

HF: Acho que não deva haver

um momento exato para pu-

blicações, como aquele de se

retirar um bolo do forno. É que

algumas receitas são falhas e

eu prefiro as naturais. Por

isso, assim como se colhem

do pé os frutos maduros, as-

sim devem ser retirados da

gaveta os textos quando ama-

durecidos e prontos para o

consumo.

JSR: Quais os seus métodos de

elaboração da escrita?

HF: Eu sempre invejei os metó-

dicos, aqueles que sabem divi-

dir às 24 horas de um dia em

setores claros entre o fazer isto

e aquilo. E cumprem. Também

admiro os que fazem planos e

elaboram esquemas para os

seus projetos, literários ou não.

De minha parte, não me res-

sinto de confessar ser uma

pessoa completamente desor-

ganizada. Posso inaugurar o

dia lendo ou escrevendo; pos-

so terminá-lo escrevendo ou

lendo. E no meio desse proces-

so sou impelido a interromper

uma leitura no seu clímax

para dar início a uma crônica

que, por sua vez, pode ter o seu

desenvolvimento negligencia-

do para retornar à leitura.

Mas, para não dizer que sou

isento de toda e qualquer re-

gra, jamais escrevo de forma

manuscrita. E não por tratar-se

de uma suposta mania ou pre-

conceito, mas, terminantemen-

te, por não entender, dez ou

quinze minutos depois, a mi-

nha própria letra. Há quem te-

nha desenvolvido uma invejá-

vel caligrafia; eu, sem dúvida,

carrego comigo uma indecifrá-

vel ‘cacografia’.

JSR: Que conselhos daria aos

que aspiram seguir essa arte?

HF: Que leiam. Muito e tudo.

Inclusive bulas de remédio.

JSR: Sente-se realizado com sua

produção literária?

HF : Penso que realizar-se é

aposentar-se da vida. Ainda te-

nho tudo para aprender. Tudo

para ler. E a cada dia chegam

novas bulas de remédio...

JSR: Quais as dificuldades que

observa no universo literário?

HF: A ênfase empreendida,

por parte de nossas editoras,

às traduções e produção de li-

vros estrangeiros em detri-

mento de lançamentos nacio-

nais de nossos novos e compe-

tentes autores.

JSR: Deixe uma mensagem aos

leitores.

HF: Dia desses estive pensan-

do seriamente sobre o que, de

fato, a vida espera de cada um

de nós. Agora, quero aprovei-

tar esta oportunidade para

expressar aquilo que, tal-

vez, considero ser de suma

importância: para a nature-

za não importa o homem,

enquanto matéria, e sim o

seu legado.

JSR: Poderia oferecer ao lei-

tor um pequeno texto de sua

autoria?

HF: Com prazer.

O menino e o mar

“Olha a praia, mãe!”

E foi só o que ouvi.

Na costumeira pressa mati-

nal, o garoto vinha arrastado

pelo bracinho por uma senho-

ra mais forte que o mundo, de-

fronte à Estação das Barcas,

em Niterói

— que a vida é um eterno

conflito e não pode parar.

“Olha a praia, mãe!”

Esse imperativo, por de-

mais pungente, não me saiu

da cabeça durante o dia intei-

ro. Pude notar, antes que os

dois se misturassem à multi-

dão, que aquela senhora não

atendeu à súplica infantil. Ela

não olhou o mar; não olhou o

menino.

Apenas seguiu em frente, como

todos os outros que nada olha-

vam naquela manhã invisível.

Embora o menino não con-

seguisse transmutar o seu

sentimento em código linguís-

tico, o seu espírito, que enten-

de tudo, processou:

“Será que mamãe olhou

para o mar quando me ouviu?

Será que mamãe olhou para

mim quando ouviu o mar?”

Tocado pelo cheiro da mare-

sia, uma versão da madeleine-

de Proust me fisgou e eu in-

corporei aquele menino. E vi o

mar da minha infância que me

invadia os poros com o seu

fluxo feiticeiro, e as suas va-

gas, belas e infinitas, iam que-

brar na encosta da minha alma;

vi abrir-se à minha frente a

imensidão azul, serena e enig-

mática, que me levava sobre as

suas águas para um outro

mundo, talvez o da fantasia,

talvez o da genuína realidade.

Mas ainda pude ouvir, por

um desses processos mágicos,

o espírito do menino pela últi-

ma vez:

“Esse mar, suplicante, é um

poema vivo que a mamãe não

leu...”

“Olha a praia, mãe!...”

Pude notar, antes

que os dois se

misturassem à

multidão, que

aquela senhora não

atendeu à súplica

infantil. Ela não

olhou o mar; não

olhou o menino.

Apenas seguiu em

frente, como todos

os outros que nada

olhavam naquela

manhã invisível.

H

ilário Francis-

coni é natural

da capital do

Estado de São

Paulo e radi-

cado em Niterói desde

os 10 anos de idade. Li-

cenciado em Língua Por-

tuguesa e Literatura

Brasileira pela FACEN,

sempre trabalhou em

áreas administrativas

do serviço público, até

aposentar-se, em 2009,

pelo Tribunal de Justi-

ça/RJ, onde exerceu o

cargo de Analista Judi-

ciário. É cronista, escri-

tor e roteirista.

ENTREVISTA: Hilário Francisconi

Por Belvedere Bruno ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

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QUINZENA DE AGOSTO • 201416