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TENHO UM NÓDULO NA TIREOIDE: E AGORA? Esclarecimentos ao público Semana Internacional da Tireoide 19 a 26 de maio de 2017 A tireoide é uma glândula que fica na base da região anterior do pescoço. A tireoide produz dois hormônios: a TRIIODOTIRONINA (T3) e a TIROXINA (T4). Esses hormônios são muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), no crescimento, desenvolvimento, na fertilidade e reprodução. Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atu- ação nos batimentos cardíacos, no sono, raciocínio, na memória, temperatura do corpo, no funcionamento in- testinal e metabolismo. As principais doenças que afetam a glândula são: hipotireoidismo (função diminuída), hiper- tireoidismo (aumento de função), tireoidites (processos inflamatórios) e nódulos de tireoide (benignos ou malignos). O hipotireoidismo é mais comum em mulheres na pós-menopausa. VOCÊ SABIA?

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TENHO UM NÓDULO NA TIREOIDE:

E AGORA?Esclarecimentos ao público

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Semana Internacional da Tireoide19 a 26 de maio de 2017

• A tireoide é uma glândula que fica na base da região anterior do pescoço.

• A tireoide produz dois hormônios: a TRIIODOTIRONINA (T3) e a TIROXINA (T4).

• Esses hormônios são muito importantes em todas as fases da vida, como na formação dos órgãos fetais (principalmente o cérebro), no crescimento, desenvolvimento, na fertilidade e reprodução.

• Os hormônios da tireoide exercem ainda importante atu-ação nos batimentos cardíacos, no sono, raciocínio, na memória, temperatura do corpo, no funcionamento in-testinal e metabolismo.

• As principais doenças que afetam a glândula são: hipotireoidismo (função diminuída), hiper-tireoidismo (aumento de função), tireoidites (processos inflamatórios) e nódulos de tireoide (benignos ou malignos).

• O hipotireoidismo é mais comum em mulheres na pós-menopausa.

VOCÊ SABIA?

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• O diagnóstico de hipotireoidismo congênito é realizado por meio do “exame do pezinho” nos primeiros dias de vida da criança.

• Durante a gravidez o hipotireoi-dismo não diagnosticado e não tratado pode associar-se com complicações relativas à gesta-ção e ao feto.

1. Qual é o primeiro passo diante da descoberta de um nódulo de tireoide?

No exame dos pacientes, observa-se que cerca de 4% a 7% das mulheres e 1% dos homens apresentam nódu-los tireoidianos palpáveis. Nesse caso, eles costumam ter mais de 1 cm, e o médico avaliará o funcionamento da tireoide solicitando um exame de san-gue chamado TSH e também o exame de ultrassonografia da glândula.

2. Há risco de câncer? Como saber?

Cerca de 85% a 90% desses nódulos são benignos. Os fatores de risco de malignidade são: história de radiação na região cervical, história familiar de cân-cer de tireoide em parentes de primei-ro grau, crescimento rápido do nódulo, presença de adenomegalias (ínguas) na região do pescoço e rouquidão.

3. Como saber se meu nódulo é benigno ou maligno?

As características ultrassonográficas

do nódulo direcionarão para seu cará-ter maligno ou benigno.

4. Quando se deve fazer a punção-biópsia da tireoide?

Nem todo nódulo precisa ser

puncionado. São as caracte-rísticas ultrassonográficas e o tamanho que determinam se é necessário ou não realizar a punção aspirativa com agu-lha fina da tireoide, também denominada de PAAF.

5. Todo nódulo de tireoide deve ser operado?

Não. Apenas os nódulos

positivos ou fortemente sus-peitos de malignidade, bem como os nódulos com sinto-mas compressivos e benig-nos, de acordo com a PAAF.

6. O que fazer se o resultado da PAAF for benigno?

Se o resultado for benigno, será pre-

ciso acompanhamento médico para avaliar se há crescimento ou alteração do funcionamento da tireoide.

TENHO UM NÓDULO NA TIREOIDE: E AGORA?

• Na gestação, o diagnóstico deve ser feito no primeiro trimestre.

• Em crianças o hipotireoidismo atrapalha o rendimento escolar se não for tratado ade-quadamente.

• Os nódulos de tireoide são muito frequen-tes e podem afetar de 50% a 60% da po-pulação.

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O MEU NÓDULO É UM CÂNCER: E AGORA?

1. Qual é o primeiro passo diante do diagnóstico de câncer de tireoide?

Se for diagnosticado câncer de ti-reoide, será necessário saber qual

é o tipo de câncer.

2. Quais são os tipos de câncer existentes?

a. Papilífero: é mais comum e está presente em 80% das pessoas com câncer de tireoi-de. Geralmente cresce len-

tamente e muitas vezes se espalha para os gânglios linfáticos do pescoço. É raro ele se espalhar para os pulmões e os ossos. Esse tipo de câncer é duas vezes mais frequen-te nas mulheres do que nos homens e ocorre mais comumente entre os indiví-duos adultos jovens (30-50 anos).

b. Folicular: é o segundo mais comum e está presente em 10%

a 15% dos casos. A disseminação se dá nos pulmões ou nos ossos. Esse câncer é mais frequente em

mulheres do que em homens (duas vezes) e acomete os indivíduos mais velhos (40-60 anos).

c. Medular: é menos comum e ocorre em 5% dos casos. Quando não se espa-lha para além da tireoide, o paciente tem 90% de chance de sobreviver. Em 1/4 dos casos pode ocorrer em outros membros da família e requer avaliação genética.

d. Anaplásico: é a forma menos comum e ocorre entre 1% e 2% dos casos, além de ser o mais agressivo. A chance de sobrevida é de 6 a 12 meses. Afeta mais os homens do que as mulheres, bem como pessoas com mais de 65 anos.

3. O câncer de tireoide é agressivo?

Geralmente não. O papilífero cresce lentamente e, se for detectado ainda muito pequeno e confinado à glându-la tireoide, a taxa de cura fica próxima de 100%. O folicular também tem alta taxa de cura (95%) se o tumor for pe-queno e restrito à tireoide, particular-mente em indivíduos mais jovens. O medular e o anaplásico são os mais agressivos, mas felizmente são tam-bém mais raros.

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Referências: Rosario PW et al. Thyroid nodule and differentiated thyroid cancer: up date on the Brazilian consensus. Arqu Bras Endocrinol Metab. 2013;57(4):240-264; Haugen BR et al. 2015 American Thyroid Association Management Guidelines for Adult Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer Thyroid 2016;26(1):1-33.

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4. Como é o tratamento do câncer de tireoide?

O tratamento varia dependendo do tipo de câncer e de ele ter se espalha-do ou não. As opções de tratamento incluem:

a. Cirurgia: o cirurgião remove parte ou mais comumente toda a glândula ti-reoide, além dos nódulos linfáticos anormais. Alguns cirurgiões também removem os linfonodos próximos mesmo que não estejam visivelmen-te anormais. Após a cirurgia, o pacien-te deverá tomar hormônio tireoidiano pelo resto da vida para substituir os hormônios que a tireoide não pode mais produzir.

b. Terapia com iodo radioativo: esse tratamento consiste na ingestão de uma pequena quantidade de iodo ra-dioativo para destruir o tecido tireoi-diano não removido pela cirurgia. O iodo radioativo também pode tratar o câncer de tireoide que se espalhou para os nódulos linfáticos e outras partes do corpo.

5. Tenho de fazer quimioterapia e radioterapia?

A quimioterapia só é indicada para tratar os tumores anaplásicos, mas raramente é curativa. A radioterapia também não é co-mum no tratamento do câncer de tireoide. É usada apenas no caso de algumas pessoas que têm câncer avançado e não podem fazer cirurgia, mas podem beneficiar-se de alguma forma da radiação externa.

6. Como será minha vida com câncer de tireoide?

Sua vida será normal. Dependendo do tipo de câncer e do estadiamento, você ficará curado.

7. Como será depois da cirurgia para retirada da tireoide?

Após a cirurgia para retirada da tireoide a vida será normal. A pessoa usará levotiroxina diariamente na dose adequada para ter uma vida saudável. Usará essa medicação todos os dias, pela manhã, meia hora antes do café da manhã. O seu médico acom-panhará adequadamente o tratamento.

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