NeurologiaSociedade Portuguesa de
Publicao da Sociedade Portuguesa de Neurologia
S i n a p s e
RECOMENDAES TERAPUTICASPARA CEFALEIASI PARTE. CEFALEIAS PRIMRIAS
Edio conjunta da:Sociedade Portuguesa de NeurologiaSociedade Portuguesa de Cefaleias
Autores:Prof. Doutor Jos Maria Pereira MonteiroProf. Doutor Carlos Alberto Fontes RibeiroDra. Isabel Maria dos Santos LuzeiroDra. Maria Gabriela de Arajo Sousa Fernandes MachadoDra. Paula Maria Ferreira Lopes Esperana
SUPLEMENTO 1Volume 4 | N2
Novembro de 2004
Orgo oficial de:Sociedade Portuguesa de NeurologiaLiga Potuguesa Contra a EpilepsiaSociedade Portuguesa de Cefaleias
Verso electrnica em: www.spneurologia.orgIndexada em: www.indexrmp.com
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Mesa da Assembleia GeralPresidenteDr. Orlando Leito SecretriosDr. Celso PontesDr. Grilo Gonalves
Conselho FiscalPresidenteProf. Doutor Carlos GarciaVogaisDra. Lvia SousaDra. Edite Rio
Sociedade Portuguesa de Neurologia
SinapsePublicao Semestral da Sociedade Portuguesa de Neurologia
Orgo oficial de:Sociedade Portuguesa de Neurologia; Liga Potuguesa Contra a Epilepsia; Sociedade Portuguesa de Cefaleias
Ficha tcnica
DirectorProf. Doutor Jos M. Pereira Monteiro
Director-adjuntoDr. Jos Barros
Comisso CientficaDr. Joo PalmeiroDr. Jos Castro LopesProf. Doutor Lus CunhaProf. Doutor Alexandre Castro CaldasProf. Doutor Antnio Bastos LimaDr. Orlando LeitoProf. Doutora Paula CoutinhoProf. Doutor Jos Azeredo KeatingProf. Doutor Antnio Andrade SaraivaProf. Doutora Maria de Lourdes Sales LusProf. Doutor Lus Bigotte de AlmeidaProf. Doutor Jos Manuel FerroProf. Doutora Catarina Resende OliveiraProf. Doutor Jorge SequeirosDr. Celso PontesDr. Antnio GuimaresDr. Francisco PintoProf. Doutor Alexandre MendonaDr. Jos Maria Bravo MarquesProf. Doutor Jos Manuel CalheirosProf. Doutora Maria Joo SaraivaProf. Doutor Jos Manuel Castro Lopes
Comisso de Redaco deste suplementoProf. Doutor Jos Maria Pereira Monteiro Prof. Doutor Carlos Alberto Fontes RibeiroDra. Isabel Maria dos Santos LuzeiroDra. Maria Gabriela de Arajo Sousa Fernandes MachadoDra. Paula Maria Ferreira Lopes Esperana
SecretariadoAna Isabel Teixeira
Endereo:Sinapse / Comisso editorial da SPNRua D. Manuel II, 33, sala 41, 4050-345 PortoTel/Fax: 351-22-6001553E-mail: [email protected]
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SUPLEMENTO da Sinapse
Edio: Suplemento 1; Volume 4; Nmero 2 - Novembro de 2004Tiragem: 600 exemplares
Verso electrnica em www.spneurologia.org
SUPLEMENTO 1 | Volume 4 | N. 2 | Novembro de 2004 Sinapse 1
RECOMENDAES TERAPUTICAS PARA CEFALEIAS
I PARTE. CEFALEIAS PRIMRIAS
Edio conjunta da: Sociedade Portuguesa de Neurologia e Sociedade Portuguesa de Cefaleias
Porto, Novembro de 2004
Autores: Prof. Doutor Jos Maria Pereira Monteiro; Prof. Doutor Carlos Alberto Fontes Ribeiro; Dra. Isabel Maria dos Santos Luzeiro; Dra. Maria Gabriela de Arajo Sousa Fernandes Machado; Dra. Paula Maria Ferreira Lopes Esperana
SUPLEMENTO 1 | Volume 4 | N. 2 | Novembro de 2004 Sinapse 3
NDICE GERAL pg.Chave de Siglas 3ndice de Quadros 3Nota prvia 4Resumo 5Introduo 5Epidemiologia 6Descrio, classificao e critrios de diagnstico da IHS 2004 8Enxaqueca 8Cefaleia tipo Tenso 13Cefaleia em Salvas e outras Cefaleias Trigemino-autonmicas 14Outras cefaleias primrias 16Teraputica 17I. Objectivos 17II. Medidas gerais 17III. Medidas especficas 17
1. No farmacolgicas 17Enxaqueca 17Cefaleia tipo Tenso 18Cefaleia em Salvas e outras Cefaleias Trigmino-autonmicas 18Outras cefaleias primrias 16
2. Farmacolgicas 18Enxaqueca 18Cefaleia tipo Tenso 21Cefaleia em Salvas e outras Cefaleias Trigmino-autonmicas 22Outras cefaleias primrias 24
Precaues, contra-indicaes, reaces adversas, interaces 25Fluxogramas de diagnstico e tratamento 28Bibliografia fundamental 31
N. INDICE DE QUADROS1 GRADAO DA EVIDNCIA CIENTIFICA2 CLASSIFICAO INTERNACIONAL DE CEFALEIAS (ICHD-II)3 ENXAQUECA: CLASSIFICAO4 ENXAQUECA SEM AURA / ENXAQUECA COM AURA5 AURA TPICA COM CEFALEIA TPICA6 AURA TPICA COM CEFALEIA ATPICA7 AURA TPICA SEM CEFALEIA8 ENXAQUECA HEMIPLGICA FAMILIAR9 ENXAQUECA HEMIPLGICA ESPORDICA10 ENXAQUECA DE TIPO BASILAR11 SNDROMOS PERIDICOS DA INFNCIA GERALMENTE
PRECURSORES DE ENXAQUECA12 ENXAQUECA RETINIANA13 COMPLICAES DA ENXAQUECA14 PROVVEL ENXAQUECA 15 CEFALEIA TIPO TENSO: CLASSIFICAO16 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DA CEFALEIA TIPO TENSO
EPISDICA17 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DA CEFALEIA TIPO TENSO
CRNICA18 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DA CEFALEIA TIPO TENSO
PROVVEL19 CEFALEIA EM SALVAS E OUTRAS CEFALEIAS TRIGEMINO-
AUTONMICAS 20 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DAS CEFALEIA EM SALVAS21 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DOS SUBTIPOS DE
CEFALEIAS EM SALVAS22 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DA HEMICRNIA
PAROXISTICA23 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DOS SUBTIPOS DE
HEMICRANIA PAROXISTICA24 CRITRIOS DE DIAGNSTICO DO SUNCT25 DIAGNSTICO DIFERENCIAL DAS CEFALEIAS
TRIGMINO-AUTONMICAS 26 TRATAMENTO: MEDIDAS ESPECFICAS (NO
FARMACOLGICAS)27 TRATAMENTO SINTOMTICO DA CRISE DE ENXAQUECA28 TRATAMENTO PROFILCTICO DA ENXAQUECA29 TRATAMENTO FARMACOLGICO DA CEFALEIA TIPO
TENSO30 TRATAMENTO FARMACOLGICO DA CEFALEIA EM SALVAS31 TRATAMENTO FARMACOLGICO DA HEMICRANIA
PAROXSTICA32 TRATAMENTO SINTOMTICO DA ENXAQUECA (Via de
administrao, dose, precaues, contra-indicaes ereaces adversas)
33 TRATAMENTO PROFILCTICO DA ENXAQUECA (Dose,precaues, contra-indicaes e reaces adversas)
34 TRATAMENTO SINTOMTICO DA CEFALEIA TIPO TENSO(Dose, precaues, contra-indicaes e reaces adversas)
35 TRATAMENTO PROFILCTICO DA CEFALEIA TIPO TENSO(Dose, precaues, contra-indicaes e reaces adversas)
36 TRATAMENTO SINTOMTICO DA CEFALEIA EM SALVAS(Via de administrao, dose, precaues, contra-indicaese reaces adversas)
37 TRATAMENTO PROFILCTICO DA CEFALEIA EM SALVAS(Via de administrao, dose, precaues, contra-indicaese reaces adversas)
38 INTERACES FARMACOLGICAS (a nvel farmacocinticoe a nvel farmacodinmico)
CHAVE DE SIGLAS
I Evidncia cientfica de nvel III Evidncia cientfica de nvel IIIII Evidncia cientfica de nvel IIIIV Evidncia cientfica de nvel IVV Evidncia cientfica de nvel VA Evidncia cientfica categoria AB Evidncia cientfica categoria BC Evidncia cientfica categoria C CTA Cefaleia Trigemino-autonmicaAINE Antiinflamatrio no esterideEEG ElectroencefalogramaF Sexo femininoICHD-II Internacional Classification of Headache Disorders II ed. IHS International Headache SocietyM Sexo masculinoNNT Nmero necessrio tratarRMN Ressonncia Magntica NuclearTAC Tomografia axial computorizada
Sinapse Novembro de 2004 | N. 2 | Volume 4 | SUPLEMENTO 14
NOTA PRVIAOs autores das RECOMENDAES TERAPUTICAS PARA CEFALEIAS da Sociedade Portuguesa de Neurologia e da Sociedade
Portuguesa de Cefaleias consideram que, dado o volume e diversidade de situaes clnicas que esta patologia envolve, asrecomendaes devero ser elaboradas por fases sucessivas e propem a seguinte distribuio:
1 Cefaleias primrias (grupos 1 a 4 da Classificao de Cefaleias da International Headache Society - IHS 2004) 2 Cefaleias secundrias (grupos 5 a 12) 3 Nevralgias cranianas, dor facial central ou primria e outras cefaleias (grupos 13 e 14 da IHS).
Consideram ainda que no mbito das recomendaes teraputicas devero ser includos dados epidemiolgicos, critrios dediagnstico, mtodos de avaliao clnica e regras teraputicas gerais e especficas para cada grupo nosolgico.
Prof. Doutor Jos Maria Pereira Monteiro (Coordenador)Prof. Doutor Carlos Alberto Fontes RibeiroDra. Isabel Maria dos Santos LuzeiroDra. Maria Gabriela de Arajo Sousa Fernandes MachadoDra. Paula Maria Ferreira Lopes Esperana
SUPLEMENTO 1 | Volume 4 | N. 2 | Novembro de 2004 Sinapse 5
RESUMO
As recomendaes teraputicas para as cefaleias
incluem a avaliao clnica, o diagnstico, a investigao
laboratorial, as medidas gerais e medidas especficas no
farmacolgicas e farmacolgicas para o tratamento das
cefaleias primrias.
DIAGNSTICO
Baseia-se nos critrios de diagnstico propostas pela
Sociedade Internacional de Cefaleias publicados na revista
Cephalalgia em 2004.
AVALIAO
Consiste, para alm da avaliao clinica geral na
investigao laboratorial apropriada a cada caso, sempre
que se justifique, isto , sempre que se suspeite de leso
orgnica subjacente.
MEDIDAS GERAIS
Para as cefaleias primrias estas medidas consistem
essencialmente em tranquilizar o doente informando-o
sobre a natureza benigna da sua doena, aconselhar a
reconhecer e evitar os factores desencadeantes e de
agravamento da sintomatologia (variveis conforme o
tipo de cefaleia em causa), aconselhar a teraputica
apropriada e a evitar a auto-medicao e o abuso
medicamentoso.
MEDIDAS ESPECIFICAS
I. No farmacolgicas
Nas cefaleias idiopticas estas medidas variam conforme
o tipo de cefaleia que o doente apresenta. Assim teremos:
1. na enxaqueca - Tcnicas de relaxamento e tcnicas de
retro-controlo biolgico (Bio-feedback);
2. na cefaleia tipo tenso - Fisioterapia; Acupunctura e
Psicoterapia;
3. na cefaleia em salvas - Cirurgia (termo-coagulao do
Ganglio de Gasser; seco da raiz oftlmica do nervo
trigmio);
4. nas outras cefaleias primrias as medidas variam
conforme o tipo e o causa da cefaleia.
II. Farmacolgicas
Variam com o tipo de cefaleia em causa. Consistem em
tratamento sint
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