strongyloides stercolaris

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Strongyloides stercoraliswww.profbio.com.br

Strongyloides stercoralisReino: Animalia Filo: Aschelminthes Superfamilia: Rhabdiasoidea Famlia: Strongyloididae Gneros: Strongyloides Espcie: S.stercoralis

Strongyloides stercoralisDoena: estrongiloidose. Habitat: criptas da mucosa duodenal e poro superior do jejuno. Via de transmisso: penetrao ativa (primoinfeco, auto-infeco externa e auto-infeco interna). Morfologia: larvas rabditides, filariides, macho e fmea de vida livre e fmea partenogentica.

Strongyloides stercoralisParasito monoxeno Podem infectar homem, gato, co e macaco Reproduo da fmea partenogentica: partenognese Reproduo da fmea de vida livre: partenognese meitica

Ciclo biolgicoEliminao de larvas rabditides nas fezes do hospedeiro que podem realizar dois ciclos:Ciclo direto ou partenogenticoRealizado pela eliminao de larvas rabditides 3n que daro origem fmeas partenogenticas no hospedeiro

Ciclo indireto, sexuado ou de vida livre:Realizado pelas larvas rabditides 2n e 1n que daro origem a fmeas e machos de vida livre respectivamente.

Ciclo biolgicoCiclo direto:As larvas rabditides 3n liberadas no ambiente (solo ou regio perianal) diferenciam-se em larvas filariides de 24 a 72 hrs . Penetrao ativa na pele, mucosa oral, esofgica ou gstrica 10 cm / hora. Atingem a circulao chegando ao corao e pulmes. Chegam ao capilares pulmonares (L4), atravessam a membrana alveolar, rvore brnquica e chegam a faringe. So deglutidas, chegam ao intestino delgado e se transformam em fmeas partenogenticas que eliminam ovos larvados depois de 15 a 25 dias.

Ciclo biolgicoCiclo indireto:As larvas rabditides 2n e 1n liberadas no ambiente, produzem aps 18 a 24 hrs, fmea e macho de vida livre respectivamente. Ovos originados do acasalamento produziro larvas rabditides 3n que se diferenciaro em filariides infectantes. Podem permanecer no solo por 4 semanas.

Strongyloides stercoralisFmea partenogentica:Constituio gentica triplide (3n) produzindo ovos 3n, 2n e n. Cutcula fina e transparente, boca com trs lbios, esfago longo tipo filariide, Parasito cilndrico. Medem 1,4 mm a 2,5 mm de comprimento No apresenta receptculo seminal. Vulva localizada no tero posterior do corpo. Eliminam 30 a 40 ovos larvados/dia - ovo libera larva rabditide dentro do hospedeiro.

Strongyloides stercoralisFmea de vida livre:Constituio gentica 2n Cutcula fina e transparente, boca com trs lbios, esfago curto rabditide. Medem 0,8 mm a 1,2 mm de comprimento. Vulva localizada prximo ao meio do corpo. tero com aproximadamente 28 ovos Apresenta receptculo seminal

Fmea de vida livre

Presena de ovos

Strongyloides stercoralisMacho de vida livre:Constituio gentica 1n Boca com trs lbios, esfago tipo rabditide seguido de intestino terminando em cloaca. Apresenta espculos auxiliadores na cpula

Macho de vida livre

espculo

Macho de vida livre

larva rabditide

Parasita 1,7 a 2,5 mm 3n

vida livre 0,8 a 1,2 mm 0,7 mm 2n n

larva rabditide 0,02 mm

larva filariide 0,35 a 0,50mm

Vida livreVivem no solo ou no esterco. Podem viver durante cinco semanas no ambiente. Alimentam-se de bactrias e matria orgnica. Nas fmeas mais velhas, a ecloso dos ovos pode ocorrer ainda no interior do tero do parasito.

Larva rabditidePrimrdio genital desenvolvido

Primrdio genital

Esfago rabditide Vestbulo bucal curto

Ilustraes disponvel em http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Strongyloidiasis_il.htm

Larva rabditide

Esfago rabditide

vestbulo bucal curto

Ilustrao disponvel em http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Strongyloidiasis_il.htm

Larva filariidecauda entalhada

esfago do tipo filariide

Ilustrao disponvel em http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Strongyloidiasis_il.htm

TransmissoHetero ou primoinfecoPenetrao ativa na pele ou mucosa

Autoinfeco externaLarvas rabditides na regio perianal diferenciam-se em filariides e invadem a mucosa iniciando novo ciclo.

Autoinfeco internaTransformao da larva rabditide para filariide ainda no intestino do hospedeiro . Ex :paciente com constipao e retardo na eliminao do material fecal.

PatologiaPodem ser assintomticos ou sintomticos, dependendo da carga parasitria Principais aes:Mecnica Traumtica Irritativa Txica Antignica

PatologiaFormas:Cutnea: ponto de penetrao das larvas. Reao celular apenas no local onde as larvas esto mortas. Ocorrncia de cordo eritematoso em tecido subcutneo com presena de prurido: Larva currens - 5 a 15 cm hora Pulmonar: tosse, febre, dispnia, hemorragia pela travessia das larvas e formao de infiltrado inflamatrio constitudo de linfcitos e eosinfilos.

PatologiaIntestinal : Enterite catarral:Parasito localizado nas criptas glandulares Inflamao leve Aumento do nmero de clulas que secretam mucina responsveis pelo aumento na produo de muco

Enterite edematosa :Parasitos localizados em todas as tnicas da parede intestinal Reao inflamatria com edema Desaparecimento do relevo mucoso Sndome de m-absoro

PatologiaEnterite ulcerosaInflamao com intensa eosinofilia Ulcerao, produo de tecido fibrtico e alterao do peristaltismo (leo paraltico) Invaso bacteriana Sintomas: diarria, nusea, vmito, esteatorria, desidratao, emagrecimento, choque hipovolmico, que associado a outras condies, pode ser fatal.

PatologiaDisseminada:rins(larvas na urina), corao(larvas no lquido pericrdico) , crebro (LCR), pncreas, adrenais, linfonodos tireide, prstata... Complicaes decorrentes de infeces bacterianas secundrias

PatologiaHiperinfeco em pacientes imunodeficientes e pacientes que utilizam corticoesterides em doses elevadas. Os corticoesterides, por seus metablitos que se assemelham a hidroxiecdisona, promovem completa transformao das larvas rabditides em filariides que invadem a mucosa intestinal.

DiagnsticoLiberao de larvas nas fezes irregular Utilizao de 3 a 5 amostras colhidas em dias alternados. Pesquisa de larvas em fezes sem conservantes. Mtodos baseados em hidro e termotropismo: Tcnica de Rugai e Baermann-Moraes. Coprocultura: Desenvolvimento do ciclo indireto Mtodo de Loos (carvo vegetal), Harada& Mori (papel filtro) e mtodo de cultura em placa de gar.

A Mtodo de Rugai B Mtodo de Baermann C Mtodo de Harada-Mori

Ilustrao disponvel em Rey, 2010

A: LR ancilostomdeo B: LR S. stercoralis C: LF ancilostomdeo D: LF S.stercoralis 1.vestbulo bucal longo 2. primrdio genital rudimentar 3. vestbulo bucal pequeno 4. primrdio genital 5. Bainha 6. cauda pontiaguda 7. esfago longo 8. cauda bifurcada.

Diagnstico diferencial

7

Ilustrao disponvel em Neves, 2005

Teste imunolgicoELISAUtilizao de antgeno de S ratti. Reaes cruzadas com ancilostomose e ascarase

Outras formas de diagnsticoWestern blotting Bipsia intestinal Endoscopia digestiva

TratamentoTiabendazol Cambendazol Albendazol IvermectinaAtuam sobre as fmeas partenogenticas e larvas Nos casos de constipao intestinal, associar um laxativo para impedir a evoluo das larvas rabditides e causar uma auto-infeco interna.

EpidemiologiaDistribuio mundial heterognea Nos paises desenvolvidos, a infeco prevalece em trabalhadores rurais e agricultores. Nos pases tropicais, a infeco prevalece em crianas. Fatores epidemiolgicos:Contaminao do solo com fezes Temperatura entre 25 a 35C Solo arenoso, mido , rico em matria orgnica e com ausncia de luz direta.

ProfilaxiaTratamento dos indivduos parasitados Uso de calados Higiene alimentar Higiene pessoal Cuidado com contaminao do solo

Referncia bibliogrficaDE CARLI, Geraldo Attlio. Parasitologia Clnica.2.Ed.So Paulo: Ed. Atheneu, 2207. 906p NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11.Ed.So Paulo: Editora Atheneu, 2005. 494p. REY, Luis. Bases da Parasitologia Mdica. 3.Ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2010.391p.

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