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1 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL- FATESG CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES MEDIÇÕES DE FIBRA ÓPTICA UTILIZANDO O OTDR EDSON GABRIEL CARVALHO GUIMARÃES FERNANDO XAVIER OLIVEIRA THALITA CRISTINY DE CASTRO CARVALHO VANESSA SANTOS CAETANO

TCC - OTDR - Corrigido

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Page 1: TCC - OTDR - Corrigido

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL-

FATESG

CURSO TÉCNICO EM TELECOMUNICAÇÕES

MEDIÇÕES DE FIBRA ÓPTICA UTILIZANDO O OTDR

EDSON GABRIEL CARVALHO GUIMARÃES

FERNANDO XAVIER OLIVEIRA

THALITA CRISTINY DE CASTRO CARVALHO

VANESSA SANTOS CAETANO

Goiânia

2014

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EDSON GABRIEL CARVALHO GUIMARÃES

FERNANDO XAVIER OLIVEIRA

THALITA CRISTINY DE CASTRO CARVALHO

VANESSA SANTOS CAETANO

MEDIÇÕES DE FIBRA ÓPTICA UTILIZANDO O OTDR

Trabalho de conclusão de curso apresentado a

Faculdade de Tecnologia SENAI de

Desenvolvimento Gerencial- FATESG, como parte

dos requisitos para obtenção do Título de Técnico

em Telecomunicações.

Orientador: Prof°: Marcos Fernandes de Castro

Abreu.

Goiânia

2014

Page 3: TCC - OTDR - Corrigido

3

EDSON GABRIEL CARVALHO GUIMARÃES

FERNANDO XAVIER DE OLIVEIRA

THALITA CRISTINY DE CASTRO CARVALHO

VANESSA SANTOS CAETANO

MEDIÇÕES DE FIBRA ÓPTICA UTILIZANDO O OTDR

Trabalho de conclusão de curso, apresentado a Faculdade de Tecnologia

SENAI de Desenvolvimento Gerencial, como parte das exigências para a

obtenção do título de Técnico em Telecomunicações.

Goiânia, ____ de _____________ de _____.

________________________________________Prof. Marcos Fernandes de Castro Abreu

ORIENTADOR

________________________________________Prof. Alessandro Neves Caetano

COORDENADOR

Page 4: TCC - OTDR - Corrigido

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Page 5: TCC - OTDR - Corrigido

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DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho de conclusão de curso aos nossos familiares

e amigos, a instituição SENAI-FATESG e ao corpo docente que nos

acompanharam nesse trajeto.

“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”

Charles Chaplin

Page 6: TCC - OTDR - Corrigido

6

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível.

A nossa família pelo apoio e principalmente aos nossos pais pelo incentivo.

Aos nossos amigos que fizeram parte da execução desse trabalho.

Agradecemos também а todos os professores qυе nos acompanharam durante

todo o curso, е em especial ао orientador e prof. Marcos Fernandes de Castro

Abreu e ao prof. Fábio Barbosa Rodrigues, pela a ajuda e incentivo deste

trabalho. A instituição SENAI-FATESG e a todos os funcionários pela

oportunidade e dedicação conosco. A todos, nosso muito obrigado!

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RESUMO

Com o aumento da utilização da tecnologia de fibra óptica tornou-se necessário

o desenvolvimento de aparelho com a capacidade de diagnosticar a fibra

óptica, a fim de se obter melhor qualidade no envio das informações através da

fibra. Uma das técnicas utilizadas para caracterização em enlaces e

dispositivos de fibras ópticas é a técnica chamada reflectometria óptica. Dentre

os tipos de reflectometria óptica conhecidos, o mais utilizado é a reflectometria

óptica no domínio do tempo (OTDR). Este trabalho visa apresentar uma

metodologia de utilização do equipamento OTDR MT9083A2 Anritsu,

explicando as ferramentas OTDR (Padrão), OTRD (construção), Fiber

Visualizer e conceitos de transmissão da fibra para a utilização do

equipamento, também abordando a fibra monomodo padrão G.652. Foram

realizados testes em fibras monomodo padrão G.652 disponibilizada pela

unidade SENAI FATESG.

Palavras Chaves: OTDR: reflectometria óptica no domínio do tempo, ITU-T,

Fibra Óptica.

Page 8: TCC - OTDR - Corrigido

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ABSTRACT

With the increased use of fiber optic technology has become necessary to

develop a device with the ability to diagnose the optical fiber in order to achieve

better quality in the transmission of information via the fiber. One of the

techniques used for characterization links and optical fiber devices is called the

optical reflectometry technique. Among the known types of optical reflectometry,

the most used is the optical time domain reflectometry (OTDR) This paper

presents a methodology for using the Anritsu MT9083A2 OTDR equipment,

explaining some tools and concepts for the use of equipment, performing tests

on standard G.652 available from SENAI unit FATESG single mode fibers.

Key Words: OTDR: Optical Time Domain Reflectometry, ITU-T,

Fiber Optics,

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura da fibra óptica........................................................................................12Figura 2 - Entradas e saídas do OTDR................................................................................17Figura 3 - Menu principal do OTDR......................................................................................18Figura 4 - Imagem OTDR padrão (Análise).........................................................................19Figura 5 - OTDR (Padrão) opção "Mais >>"........................................................................20Figura 6 - Opção modo perda................................................................................................20Figura 7 - OTDR (Construção)..............................................................................................21Figura 9 - Configurações dos parâmetros limiares de medição........................................22Figura 10 - Opção fiber visualizer (Passa)...........................................................................23Figura 11 - Resultado do fiber visualizer (Falha)................................................................23

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LISTA DE ABREVEATURAS

OTDR - Refletômetro óptico no domínio do tempoITU-T - União de Telecomunicação Internacional – Departamento de Padronização de Telecomunicações.ITU - União de Telecomunicação InternacionalFTTx - Fiber to the (x)OLS - Luz ÓpticasVFL - Localizador Visual de FalhaIOR - Índice de refração BSC - Coeficiente de Retro espalhamento

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................11

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................12

2.2 Comprimento de onda.............................................................................................13

2.3 Tipos de fibras..........................................................................................................13

2.4 Zona morta...............................................................................................................13

2.5 FTTx..........................................................................................................................14

2.6 OTDR........................................................................................................................14

2.6.1 Anritsu OTDR MT9083A2...............................................................................14

2.7 ORL - perda de retorno óptico...............................................................................15

2.8 Perda de emenda....................................................................................................15

2.9 Refletância................................................................................................................15

2.10 Fim de fibra...............................................................................................................15

2.11 Macro curvatura.......................................................................................................15

2.12 IOR- índice de refração...........................................................................................16

2.13 BSC - coeficiente de retroespalhamento..............................................................16

3 DESENVOLVIMENTO....................................................................................................17

4 CONCLUSÃO..................................................................................................................25

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................26

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1 INTRODUÇÃO

O projeto irá abordar sobre o tema medições de fibra óptica utilizando o

OTDR modelo MT9083A2 da ANRITSU que pode medir atenuação na emenda,

atenuação total em distâncias específicas (trechos de fibra), refletância,

distância à falha ou à emenda e o comprimento da fibra em teste. OTDR

verificam a qualidade de transmissão da fibra óptica através da medição por

meio de análise eficaz de perda.

As ferramentas do aparelho OTDR podem ajudar a identificar

irregularidades na fibra óptica, localizá-las e medir sua atenuação, perda

relevante e homogeneidade. Elas podem salvar e transferidas.

Será desenvolvido uma metodologia de utilização do equipamento

MT9083A2. Esse equipamento possui funções que executa diagnósticos de

fibra óptica.

Terá como importância a análise de uma fibra óptica em todos os

aspectos verificando a qualidade de transmissão da fibra, realizará uma análise

completa da fibra para uma manutenção rápida e eficiente.

O modelo MT9083A2, reduz o tempo de instalação e manutenção de

fibras com seu hardware e software fáceis de usar e com isso ajudando no

entendimento mais abrangente sobre o equipamento.

Para a execução do trabalho serão utilizados rolos de fibras fornecidos

pela unidade SENAI FATESG, um com 1,5 km e outro com 21 km, utilizara o

rolo de 1,5 km como zona morta e executou-se medições na fibra

apresentando algumas funções do OTDR tendo como objetivo principal a

execução em dos comprimentos de ondas distintos apresentando as diferenças

ocorridas nos resultados.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1Fibra óptica

O cabo de fibra óptica é uma tecnologia que utiliza um filamento de

vidro transparente e com alto grau de pureza como meio físico. Seu diâmetro é

tão fino quanto um fio de cabelo humano, sendo usado para transmitir raios de

luz ao longo de grandes distâncias, permitindo carregar milhares de

informações digitais sem perdas significativas.

Figura 1 - Estrutura da fibra ópticaFonte: Madeira, 2013.

Tem como vantagens, grande capacidade de transmissão de dados;

insensibilidade às perturbações eletromagnéticas; atenuações muito reduzidas,

permitindo ligações de dezenas de quilômetros sem amplificadores; dá origem

a cabos com diâmetros menores, mais leves e flexíveis, o que permite uma

diminuição dos custos de implementação e montagem.

O funcionamento desses cabos ocorre de forma bem simples. Como

mostrado no figura1, cada filamento que constitui o cabo de fibra óptica é

basicamente formado por um núcleo central de vidro, por onde ocorre a

transmissão da luz, que possui alto índice de refração, de uma casca

Page 14: TCC - OTDR - Corrigido

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envolvente, também feita de vidro, porém com índice de refração menor em

relação ao núcleo e o revestimento primário, que é uma proteção maior,

geralmente feita de plástico. A transmissão da luz pela fibra óptica segue o

princípio da reflexão. Em uma das extremidades do cabo óptico é lançado um

feixe de luz que, pelas características ópticas da fibra, percorre todo o cabo por

meio de sucessivas reflexões até chegar ao seu destino final.

Os feixes de luz que penetram no cabo óptico sofrem várias reflexões

na superfície de separação entre os dois vidros que o formam e dessa maneira

a luz caminha, podendo percorrer vários quilômetros de distância. Utilizadas

como meio para transmissão de ondas eletromagnéticas, como a luz, por

exemplo, elas são feitas em vidro porque esse material absorve menos essas

ondas.

2.2 Comprimento de onda

Comprimento de onda é o espaço em que uma onda se repete, no

caso da fibra ótica, é onde a luz (sinal) se propaga através de reflexões até o

seu destino final.

2.3Tipos de fibras

Multimodo são adequadas para enlaces em LAN, em distâncias

menores, pois apresenta uma alta atenuação do sinal; tem comprimento de

ondas comerciais de 850nm e 1300nm.

Monomodo tem comprimentos de onda principais de 1310nm e

1550nm; são ideais para instalações de grandes distâncias e baixa larga, por

isso são as mais utilizadas pelas companhias prestadoras de serviços de

telecomunicação.

2.4 Zona morta

Zona morta é uma zona em que o aparelho não mede nenhum evento,

sendo de aproximadamente 2 km, sendo também definida como a capacidade

Page 15: TCC - OTDR - Corrigido

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para poder distinguir dois eventos discretos separados por uma distância curta.

A zona morta reduz-se quando à largura dos pulsos também reduz.

2.5 FTTx

Uma rede FTTX é uma rede de acesso baseada em fibra que conecta

uma grande quantidade de usuários finais (residências, prédios, ERBs,...) a um

ponto central, conhecido como nó de acesso ou ponto de presença (POP) da

operadora.

2.6OTDR

OTDR’s também são usados para manter o desempenho da planta de

fibra. Um OTDR permite a visualização de mais detalhes afetados

pela instalação de cabeamento. Ele mapeia o cabeamento e pode ilustrar a

qualidade da terminação e os locais de falha. Ele oferece diagnóstico avançado

para isolar um ponto de falha que pode prejudicar o desempenho da rede,

permite a descoberta de problemas ao longo do comprimento de um canal que

pode afetar a confiabilidade em longo prazo, caracteriza recursos como a

uniformidade e a taxa de atenuação, o comprimento de segmento, a perda da

posição e de inserção de conectores e juntas, e os outros eventos tais como

dobras que podem ter ocorrido durante a instalação do cabo.

2.6.1 Anritsu OTDR MT9083A2

Conjuntos de teste MT9083A / B são projetados para tornar a

experiência de medição simples e livres de erros com um botão de localização

de faltas, aprovação / reprovação classificação, arquivo automatizado salvar e

nomear e até mesmo um recurso de detecção de macro curvatura para a

identificação de problemas de instalação.

Neste trabalho será abordado o modelo MT9083A2, que dispõe de

funções requeridas para executar diagnósticos de falhas em fibras ópticas,

especialmente em aplicações FTTx. Além disso, o OTDR MT9083A2 possui

também um medidor de potência óptica para medições de potências e fontes

Page 16: TCC - OTDR - Corrigido

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de luz ópticas (OLS) para identificação de fibras. Unidades podem também ser

equipadas com o opcional localizador visual de falha (VFL) que provê uma luz

visível para localização de dobraduras e quebras em fibras dentro da zona

morta do OTDR.

2.7ORL - perda de retorno óptico

Em telecomunicações, a perda de retorno é a perda de potência do

sinal resultante da reflexão causada a uma descontinuidade de uma linha de

transmissão ou de fibra óptica. Esta descontinuidade pode ser uma

incompatibilidade com a carga de terminação ou com um dispositivo inserido

na linha. Ele é geralmente expresso como uma proporção em decibéis (dB)

2.8Perda de emenda

É a perda proveniente da fusão feita na fibra, isso causa uma

atenuação no sinal.

2.9Refletância

Refletância determina o menor valor que será relatado pela análise.

Qualquer evento com uma refletância igual ou superior ao valor deste

parâmetro será relatado em análise de evento. A gama de configurações para

este parâmetro é de -70,0 dB a -20,0 dB em incrementos de 0,1 dB.

2.10 Fim de fibra

Determina um valor igual ou superior ao que será identificado e

relatado na análise eventos como fim de fibra. A gama de configurações para

este parâmetro é de 1 dB a 99 dB em incrementos de 1 dB.

2.11 Macro curvatura

Page 17: TCC - OTDR - Corrigido

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O macro curvatura é onde se detectada dobra no decorrer da fibra, tal

que a luz tende a escapar de seu confinamento. Este fenômeno é usado para

extrair e inserir luz em uma fibra, para fins de medida, para alinhamento em

máquinas de emenda, para comunicação em campo.

2.12 IOR- índice de refração

IOR: o índice de refração é que relaciona a velocidade da luz no vácuo

com a velocidade em outro meio.

2.13 BSC - coeficiente de retroespalhamento

É a irradiação da luz das moléculas de vidro, proporcional à luz

incidente. O instrumento faz uso deste fenômeno da seguinte forma:

Gera-se um impulso luminoso que é inserido na fibra óptica sob teste.

Ao percorrer a fibra até um ponto X, a luz é atenuada. Ao chegar ao ponto X, a

luz provoca o espalhamento das moléculas de vidro desse ponto, com

intensidade proporcional à luz existente nesse ponto. Como o espalhamento é

homogêneo em todas as direções, parte dessa energia luminosa retorna à

fonte (OTDR). A luz que retorna à fonte também é atenuada. É importante

observar que a atenuação do retorno à fonte é igual à atenuação do sinal até o

ponto X, pois o caminho de propagação é o mesmo. O OTDR mede a potência

de luz que retorna à fonte, bem como o tempo gasto para que o impulso gerado

vá até o ponto X e retorne ao início da fibra.

Page 18: TCC - OTDR - Corrigido

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3 DESENVOLVIMENTO

Irá tratar de um aparelho de medição de fibra ótica, conhecida como

OTDR, que tem a função de fazer medições técnicas de fibras óticas. Para

realizar estes testes, será utilizado também a fibra ótica monomodo mais

utilizada no mercado e que foi disponibilizada pela instituição SENAI-FATESG,

o padrão G.652, da norma ITU-T.

Atualmente é possível classificar as fibras monomodos em três grupos:

fibras monomodo convencionais ITU-T G.652, fibras de dispersão deslocada

ITU-T G.653 e fibras de dispersão deslocada não nula ITU-T G.655.

As fibras ITU-T G.652 foram as primeiras a serem construídas. Esses

tipos de fibras foram otimizadas para operarem no comprimento de onde de

1310 nm. Para sinais nesse comprimento de onda, as fibras convencionais

apresentam dispersão nula e baixa atenuação. Esse tipo de fibra vem sendo

fabricado desde o início dos anos 80 e é o tipo de fibra monomodo mais

instalada no mundo inteiro. Apesar de estar otimizada para operação em

1310nm, essa fibra também permite a operação na janela de 1550 nm, quando

a dispersão não é um fator interessante para o sistema.

Figura 2 - Entradas e saídas do OTDR

Na figura 2 mostra as saídas que o equipamento tem, sendo: uma

porta DC Input; uma para LASER apertura; uma entrada para fibras multimodo

e outra para monomodo; e duas para USB, sendo uma para PC e outra para

pen drive, ou outros modos de armazenamento com conectividade USB.

Page 19: TCC - OTDR - Corrigido

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Figura 3 - Menu principal do OTDR

A figura 3 mostra o menu principal do equipamento estudado,

mostrando as principais funções e opções.

Na figura 4 mostrará a opção OTDR (Padrão), nesta opção o aparelho

faz uma rápida análise sobre a fibra que está sendo trabalhada. Utilizando as

fibras disponibilizadas pela unidade SENAI-FATESG, foi realizada uma

medição simples para observar algumas configurações disponibilizadas nesse

aparelho:

Tempo real: ao marcar essa opção o equipamento ira fazer medições

em tempo real, ou seja, constantemente mostrando apenas a curva e a

refletância. Comprimento de onda na fibra monomodo tem duas opções

que são 1550nm e 1310nm, o comprimento de onda altera os

resultados.

Escala/ largura de pulso: Na escala o fabricante informa o dobro do

comprimento da fibra. Largura do pulso é o tamanho do pulso que será

enviado para fazer as medições, que serão em nano segundos. Esse

parâmetro define a zona morta entre os eventos ocorridos.

Ponto de análise: que são apresentados com as letras A e B. Quando

selecionado, tem a opção de mover o cursor A ou B, podendo ajuda em

marcações distintas. Tendo também como opção uma distância entre o

ponto A e o ponto B, representado da seguinte forma: A>B, essa opção

marca a distância entre os dois pontos utilizados na análise.

Page 20: TCC - OTDR - Corrigido

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Total de eventos: esta opção informa o número total de eventos que foi

detectado na análise, como relatado na imagem, nesta análise foi

detectado dois eventos, uma perda por evento refletido (conector), e

outro é um fim de fibra.

Comprimento de fibra: é uma opção onde indica o comprimento total

aproximado da fibra medida.

“Mais>>” abrirá algumas outras opções como visto na figura 5.

F

i

g

u

r

a

- Imagem OTDR padrão (Análise)

De acordo com a figura 5:

Tempo médio que define o tempo do pulso de medição.

IOR/BSC: cada fibra tem valores específicos pré-estabelecidos pelo

fabricante, o OTDR já vem de fábrica com alguns modelos definidos de

fibras.

Modo perda: define o modo de perda específico, é apresentado as

seguintes opções como apresentado na figura 5.

Page 21: TCC - OTDR - Corrigido

21

Figura 5 - OTDR (Padrão) opção "Mais >>"

Figura 6 - Opção modo perda

De acordo com a figura 6:

Perda de Emenda: para medir a perda óptica causada por conectores,

emendas e acopladores em um cabo de fibra óptica.

O modo 2-Pt: será selecionado dois pontos específicos da medição da

fibra utilizando o ponto de análise, esse ponto será estipulado pelo

Page 22: TCC - OTDR - Corrigido

22

operador do equipamento, nesse modo será apresentado a perda em

dB do ponto A ao Ponto B.

LSA 2-Pt: nessa opção será estipulados intervalos de medições, o

comprimento dos intervalos LSA é selecionável pelo usuário. O valor

padrão é de aproximadamente 400 metros. Dentre os intervalos será

feito uma média dos valores dos intervalos, em seguida será feito uma

média dos resultados dos intervalos.

Perda dB / km: será feito a medição da fibra total, em seguida dividirá o

valor de perda total por quilômetro, para isso faz-se necessário colocar

o cursor B no final da fibra.

LSA dB/Km: após fazer a medição LSA total da perda, será dividida por

quilômetro.

2-Pt, dB/Km: após fazer a medição 2-Pt o resultado da perda será

dividida por quilômetro.

ORL: será calculado a perda por luz refletida para a origem.

Na opção OTRD (construção), como mostrado na figura 7, mostra uma

forma de salvar os arquivos analisados, tanto na memória interna do aparelho,

como em pen drive ou dispositivos USB. Sendo bastante útil em uma medição

de enlace em campo, onde cada análise pode ser salvada com nomes

diferentes, e também com opções específicas, comprimentos de onda distintos

números de fibras utilizadas e direção de teste, como (de A pra B) ou (de B

para A).

Figura 7 - OTDR (Construção)

Page 23: TCC - OTDR - Corrigido

23

A opção Fiber Visualizer como apresentado nas figuras 8,9 e 10, serão

definidos valores de parâmetros de perda, onde que tais parâmetros serão

configurados pelo operador do equipamento, seguindo esses parâmetros a

fibra será verificada e se determinara se passa ou falha, muito útil para

verificação de confiabilidade de um enlace mostrando fibras defeituosas que

não estão de acordo com as configurações requeridas.

Para um melhor entendimento foi realizado um teste em sala de aula

utilizando uma fibra monomodo de 1,5Km como zona morta e outra de 21km

como fibra de teste. Foram configuradas as liminares, definindo os seguintes

valores para teste como mostrado na figura 8, e foi utilizado dois comprimentos

de onda:

1310 nm que é utilizado para longas distâncias, pois tem baixa

dispersão e perda de sinal ao decorrer do percurso.

1550 nm são mais utilizadas em distâncias menores, pois tem uma

taxa de perda superior aos 1310 nm, ou poder ser utilizada também

para ocasiões onde a perda não é significativa pra o sistema operado.

Foi conectado a fibra de 1,5 km a fibra de 21 km usando o conector

SC, que oferece perda média de 0.25 dB.

Figura 8 - Configurações dos parâmetros limiares de medição

Page 24: TCC - OTDR - Corrigido

24

Utilizando o comprimento de onda de 1310 nm a fibra passa na

verificação como apresentado na figura 9, pois todos os valores de perda

ficaram dentro dos limites pré-estabelecidos anteriormente.

Figura 9 - Opção fiber visualizer (Passa)

Utilizando o comprimento de onda de 1550nm obteve-se uma maior

atenuação no conector, onde a perda aceitável seria de 4 dB, teve uma perda

de 4.840 dB. Foi possível observar um maior retorno de luz (ORL) fazendo com

que a fibra não passe no teste como apresentado na figura 10.

Figura 10 - Resultado do fiber visualizer (Falha)

Page 25: TCC - OTDR - Corrigido

25

Foi possível observar que com o comprimento de onda de 1550 nm em

uma fibra monomodo será obtido uma maior atenuação do sinal como descrito

na padrão ITU-T G.652.

Page 26: TCC - OTDR - Corrigido

26

4 CONCLUSÃO

Todo esse conhecimento descrito, aliado a conhecimento técnico

adquirido ao longo do curso e em atividades de pesquisas em livros e manuais

do equipamento, tornaram possível o desenvolvimento de uma metodologia de

utilização das ferramentas do equipamento OTDR MT9083A2, capaz de

diagnosticar uma fibra mostrando parâmetros de perdas.

As ferramentas utilizadas foram descritas em detalhes abordando uma

metodologia de fácil entendimento, permitindo concluir diagnósticos na fibra

monomodo G.652 em comprimentos de onda distintos (1310nm e 1550nm),

observando diferenças de atenuações.

A parte de desenvolvimento do trabalho sofreu algumas limitações,

pois não foi possível ter contato com um enlace que se proporciona a

oportunidade de utilizar todas as ferramentas do aparelho. Os resultados

encontrados permitem a continuação deste trabalho, visando melhorias no

desenvolvimento. Assim algumas propostas para trabalhos futuros devem ser

citados: fornecer metodologias de utilização quanto à parte de medição de

potência, fonte de luz, localizador visual de falha e VIP. Fazer testes de enlace

em campo para fundamentar os conceitos abordados na ferramenta OTDR

(construção).

Foi observado que o OTDR é uma ferramenta bastante útil para quem

fabrica, implementa, e repara trabalhos em fibra óptica, apresentando

parâmetros pertinentes para o desenvolvimento das atividades.

Page 27: TCC - OTDR - Corrigido

27

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FEUP/DEEC, Fibras Ópticas Medição da atenuação, comprimento e perdas de

um cabo óptico com OTDR. Disponível em

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Page 28: TCC - OTDR - Corrigido

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