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3 JORNAL DA UNICAMP Campinas, 6 a 12 de outubro de 2008 MANUEL ALVES FILHO [email protected] os tempos que correm, a ciência tem dedica- do cada vez mais es- forços ao desenvolvi- mento de alternativas aos combustíveis fós- seis. Ocorre, porém, que as fontes tra- dicionais de energia seguirão sendo im- portantes para a humanidade por lon- go período. E para que sejam aprovei- tadas da melhor forma possível, estas últimas também precisam continuar sendo objeto de pesquisas científicas. É neste contexto que atua a equipe co- ordenada pelos professores Araí Augusta Bernárdez Pécora e Leonar- do Goldstein Junior, do Laboratório de Processos Térmicos e Engenharia Ambiental, unidade vinculada à Facul- dade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp. O grupo dedica-se, entre outras atividades, a pesquisas em tor- no da queima de carvão mineral, em- pregando uma tecnologia denominada leito fluidizado circulante. O objetivo dos pesquisadores é estudar as variá- veis que afetam o processo de combus- tão do carvão mineral, visando sua otimização, o que inclui a redução da emissão de poluentes como óxidos de enxofre e de nitrogênio, monóxido de carbono e mercúrio. A relevância dos trabalhos realiza- dos no Laboratório de Processos Tér- micos e Engenharia Ambiental justifi- ca-se pela abundância e participação do carvão mineral na matriz energética mundial. Dados de 2005 indicavam que as reservas globais desse combus- tível fóssil seriam da ordem de um trilhão de toneladas, quantidade sufi- ciente para suprir o consumo nos ní- veis atuais por um período superior a 200 anos. No Brasil, conforme dados do Ministério de Minas e Energia, os recur- sos somariam 32 bilhões de toneladas, sendo que 90% desse montante estão lo- calizados no estado do Rio Grande do Sul. “Ou seja, por mais que pensemos em fontes alternativas de energia, e é importante que o façamos, o carvão mi- neral deve continuar merecendo a nos- sa atenção”, pondera a docente. Os leitos fluidizados com aplicação para a queima de carvão, informa a pesquisadora, constituem uma tecno- logia relativamente antiga, que data da década de 50. Ela tem sido empregada para promover a queima de carvão mineral, assim como de outros com- bustíveis sólidos, incluindo a biomassa, em substituição ao modelo convenci- onal, que usa queima pulverizada em grelhas. “No sistema tradicional, os níveis de eficiência tanto da combus- tão quanto do controle de poluentes são muito inferiores”, compara a professo- ra Araí. Mas a despeito da vantagem que representava, a tecnologia de fluidização voltada para geração de energia permaneceu “esquecida” por algum tempo, em razão da abundância do petróleo. Em virtude da crise da década de 70, no entanto, a tecnologia voltou a ser apontada como uma alter- nativa à diversificação da matriz energética mundial, visto que o carvão mineral é utilizado pelas usinas terme- létricas para a geração de eletricidade. Ainda que a tecnologia de leitos fluidizados já represente uma evolução em relação ao método de queima por grelhas, a disposição do grupo de pes- quisa é de torná-la ainda mais eficien- te. A planta piloto construída no labo- ratório da FEM foi projetada sob a co- ordenação do professor Goldstein, hoje professor colaborador voluntário na Unicamp, e contou inicialmente com financiamento da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. e posteriormente com apoio da Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno- lógico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Trata-se do único reator de leito fluidizado circulante em escala piloto em funcionamento em universi- dades brasileiras. A planta piloto instalada na FEM pode ser considerada de segunda gera- ção, por assim dizer, em razão de utili- zar um sistema circulante. Em tal mo- delo, um ciclone, instalado na saída da coluna principal do reator, coleta as partículas sólidas que atingem o topo da coluna, direcionando-as para a co- luna de retorno, onde uma válvula de recirculação as conduz novamente à coluna principal, o que faz com que as partículas sólidas cumpram uma traje- tória em forma de looping. “Com isso, é possível reter as partículas de carvão por mais tempo no reator, além de asse- gurar uniformidade de temperatura na coluna principal do reator, em função do elevado arraste de partículas pelo gás, fazendo com que a queima seja mais eficiente”, explica a professora Araí. Outra vantagem dessa tecnologia, prossegue a pesquisadora, é que ela dis- pensa o uso de uma planta adicional, en- carregada de promover a separação do enxofre presente no carvão, processo denominado tecnicamente de dessul- furação. Isso é possível porque, no leito fluidizado, a adição de calcário é reali- zada no próprio reator, de tal forma que os óxidos de enxofre gerados pela quei- ma sejam absorvidos no local. “Ao final desse processo, obtém-se o sulfato de cálcio (gesso), subproduto que pode ser aproveitado”, destaca a docente. Os leitos fluidizados permitem, ain- da, que a queima do carvão seja feita a partir de temperaturas mais baixas do que no modelo por grelhas – cerca de 800 o C contra temperaturas acima de 1.000 o C. Isso é especialmente vanta- joso para o Brasil porque o minério nacional tem um elevado teor de cin- zas na sua composição, que varia de 40% a 60%. “Quando produzimos a queima desse carvão em temperaturas acima de 1.000 o C, existe a possibili- dade de ocorrer o processo de sinteri- zação das cinzas, com a conseqüente formação de aglomerados que preju- dicam a operação. Entretanto, quando queimamos o carvão a aproximada- mente 800 o C, essa temperatura fica abaixo do ponto de sinterização, o que é operacionalmente vantajoso”, escla- rece a professora Araí. Atualmente, a equipe coordenada pela cientista tem se ocupado de deter- minar alguns fatores que possam am- pliar ainda mais a eficiência da quei- ma de carvão em leitos fluidizados circulantes. Os estudos visam obter dados experimentais que permitam a análise da influência de parâmetros operacionais como diâmetro das partí- culas de carvão e calcário, tipo de calcário, velocidade do gás na coluna principal, posição da alimentação e re- torno de sólidos, proporção calcário/ carvão na alimentação, injeção de ar secundário, entre outros. “Como são muitos os parâmetros envolvidos no processo, as combinações também são vastas. Temos muitos temas para estu- dos”, acrescenta a especialista. De acordo com a docente da FEM, os estudos envolvendo o sis- tema experimental de leito flui- dizado circulante já renderam qua- tro teses de doutorado, uma disser- Tecnologia torna mais eficiente a combustão do carvão mineral De acordo com dados de 2005 da International Energy Outlook, o carvão mineral é o combustível fóssil com a maior disponibilidade no mundo. Suas reservas totalizariam perto de um trilhão de toneladas, quantidade suficiente para suprir o consumo nos níveis atuais por 219 anos. Além disso, conforme a entidade, ao contrário do que ocorre com o petróleo e com o gás natural, as reservas de carvão apresentam uma distribuição geográfica mundial muito mais equitativa. Atualmente, 75 países possuem depósitos expressivos do mineral. Entretanto, 57% deles estão localizadas em apenas três nações: Estados Unidos (27%), Rússia (17%) e China (13%). Outros seis países respondem por mais 33%, a saber: Índia, Austrália, África do Sul, Ucrânia, Cazaquistão e ex- Iugoslávia (atuais Servia e Montenegro). As reservas brasileiras de carvão mineral, segundo o Balanço Energético Nacional, formulado em 2006, somariam 32 bilhões de toneladas. Os recursos estão localizados nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com maior predominância neste último (90% do total). A jazida gaúcha de Candiota é a maior do país, com aproximadamente 12, 2 bilhões de toneladas. É explorada desde 1961, produzindo combustível para a usina termelétrica Presidente Médici, que tem 446 megawatts de capacidade instalada. A segunda maior mina de carvão mineral do Brasil é a jazida Santa Terezinha, também no Rio Grande do Sul, com depósitos de 5 bilhões de toneladas de carvão mineral. N tação de mestrado e um trabalho de iniciação científica. Além do ganho acadêmico, traduzido na formação de mão-de-obra qualificada, as pes- quisas também contribuem para co- locar à disposição da indústria bra- sileira, principalmente o setor que fornece equipamentos para terme- létricas, dados que permitam o de- senvolvimento, no futuro, de uma tecnologia genuinamente brasileira. “Atualmente, essa tecnologia só é dominada por grandes fabricantes de caldeiras da América do Norte e Europa. Penso que não podemos continuar dependendo deles, inclu- sive porque a nossa realidade e o nosso carvão mineral tem caracte- rísticas próprias”, assinala. Ela lamenta, porém, que o setor pro- dutivo brasileiro, à exceção da Petrobras, ainda não esteja utilizando os saldos das pesquisas produzidas pela sua equipe como poderia. “Como tem tradição na área de pesquisa e desenvolvimento, a Petrobras emprega os dados fornecidos por nossos estudos em suas plantas in- dustriais. Já os fabricantes de caldeiras, ao contrário, têm se valido timidamente dessas informações. Particularmente, penso que a indústria brasileira poderia aproveitar melhor a oportunidade para começar a projetar a sua autonomia tecnológica nessa área”, analisa. Pesquisadores da FEM estudam as variáveis que afetam o processo de queima do combustível fóssil A professora Araí Augusta Bernárdez Pecora, coordenadora da pesquisa: “Temos muitos temas para estudos” Reator em laboratório da FEM: único equipamento de leito fluidizado circulante em escala piloto em funcionamento em universidades brasileiras Reservas do país somam 32 bilhões de toneladas Foto: Antoninho Perri

Technology makes more efficient combustion of Coal

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3JORNAL DA UNICAMPCampinas, 6 a 12 de outubro de 2008

MANUEL ALVES FILHO

[email protected]

os tempos que correm,a ciência tem dedica-do cada vez mais es-forços ao desenvolvi-mento de alternativasaos combustíveis fós-

seis. Ocorre, porém, que as fontes tra-dicionais de energia seguirão sendo im-portantes para a humanidade por lon-go período. E para que sejam aprovei-tadas da melhor forma possível, estasúltimas também precisam continuarsendo objeto de pesquisas científicas.É neste contexto que atua a equipe co-ordenada pelos professores AraíAugusta Bernárdez Pécora e Leonar-do Goldstein Junior, do Laboratório deProcessos Térmicos e EngenhariaAmbiental, unidade vinculada à Facul-dade de Engenharia Mecânica (FEM)da Unicamp. O grupo dedica-se, entreoutras atividades, a pesquisas em tor-no da queima de carvão mineral, em-pregando uma tecnologia denominadaleito fluidizado circulante. O objetivodos pesquisadores é estudar as variá-veis que afetam o processo de combus-tão do carvão mineral, visando suaotimização, o que inclui a redução daemissão de poluentes como óxidos deenxofre e de nitrogênio, monóxido decarbono e mercúrio.

A relevância dos trabalhos realiza-dos no Laboratório de Processos Tér-micos e Engenharia Ambiental justifi-ca-se pela abundância e participação docarvão mineral na matriz energéticamundial. Dados de 2005 indicavamque as reservas globais desse combus-tível fóssil seriam da ordem de umtrilhão de toneladas, quantidade sufi-ciente para suprir o consumo nos ní-veis atuais por um período superior a200 anos. No Brasil, conforme dados doMinistério de Minas e Energia, os recur-sos somariam 32 bilhões de toneladas,sendo que 90% desse montante estão lo-calizados no estado do Rio Grande doSul. “Ou seja, por mais que pensemosem fontes alternativas de energia, e éimportante que o façamos, o carvão mi-neral deve continuar merecendo a nos-sa atenção”, pondera a docente.

Os leitos fluidizados com aplicaçãopara a queima de carvão, informa apesquisadora, constituem uma tecno-logia relativamente antiga, que data dadécada de 50. Ela tem sido empregadapara promover a queima de carvãomineral, assim como de outros com-bustíveis sólidos, incluindo a biomassa,em substituição ao modelo convenci-onal, que usa queima pulverizada emgrelhas. “No sistema tradicional, osníveis de eficiência tanto da combus-tão quanto do controle de poluentes sãomuito inferiores”, compara a professo-ra Araí. Mas a despeito da vantagemque representava, a tecnologia defluidização voltada para geração deenergia permaneceu “esquecida” poralgum tempo, em razão da abundânciado petróleo. Em virtude da crise dadécada de 70, no entanto, a tecnologiavoltou a ser apontada como uma alter-nativa à diversificação da matrizenergética mundial, visto que o carvãomineral é utilizado pelas usinas terme-létricas para a geração de eletricidade.

Ainda que a tecnologia de leitosfluidizados já represente uma evoluçãoem relação ao método de queima porgrelhas, a disposição do grupo de pes-quisa é de torná-la ainda mais eficien-te. A planta piloto construída no labo-ratório da FEM foi projetada sob a co-ordenação do professor Goldstein, hojeprofessor colaborador voluntário naUnicamp, e contou inicialmente comfinanciamento da Eletrosul CentraisElétricas S.A. e posteriormente comapoio da Petróleo Brasileiro S.A.(Petrobras), Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecno-lógico (CNPq) e Fundação de Amparoà Pesquisa do Estado de São Paulo(Fapesp). Trata-se do único reator deleito fluidizado circulante em escalapiloto em funcionamento em universi-dades brasileiras.

A planta piloto instalada na FEMpode ser considerada de segunda gera-ção, por assim dizer, em razão de utili-

zar um sistema circulante. Em tal mo-delo, um ciclone, instalado na saída dacoluna principal do reator, coleta aspartículas sólidas que atingem o topoda coluna, direcionando-as para a co-luna de retorno, onde uma válvula derecirculação as conduz novamente àcoluna principal, o que faz com que aspartículas sólidas cumpram uma traje-tória em forma de looping. “Com isso,é possível reter as partículas de carvãopor mais tempo no reator, além de asse-gurar uniformidade de temperatura nacoluna principal do reator, em funçãodo elevado arraste de partículas pelo gás,fazendo com que a queima seja maiseficiente”, explica a professora Araí.

Outra vantagem dessa tecnologia,prossegue a pesquisadora, é que ela dis-pensa o uso de uma planta adicional, en-carregada de promover a separação doenxofre presente no carvão, processodenominado tecnicamente de dessul-furação. Isso é possível porque, no leitofluidizado, a adição de calcário é reali-zada no próprio reator, de tal forma queos óxidos de enxofre gerados pela quei-ma sejam absorvidos no local. “Ao finaldesse processo, obtém-se o sulfato decálcio (gesso), subproduto que pode ser

aproveitado”, destaca a docente.Os leitos fluidizados permitem, ain-

da, que a queima do carvão seja feita apartir de temperaturas mais baixas doque no modelo por grelhas – cerca de800 oC contra temperaturas acima de1.000 oC. Isso é especialmente vanta-joso para o Brasil porque o minérionacional tem um elevado teor de cin-zas na sua composição, que varia de40% a 60%. “Quando produzimos aqueima desse carvão em temperaturasacima de 1.000 oC, existe a possibili-dade de ocorrer o processo de sinteri-zação das cinzas, com a conseqüenteformação de aglomerados que preju-dicam a operação. Entretanto, quandoqueimamos o carvão a aproximada-mente 800 oC, essa temperatura ficaabaixo do ponto de sinterização, o queé operacionalmente vantajoso”, escla-rece a professora Araí.

Atualmente, a equipe coordenadapela cientista tem se ocupado de deter-minar alguns fatores que possam am-pliar ainda mais a eficiência da quei-ma de carvão em leitos fluidizadoscirculantes. Os estudos visam obterdados experimentais que permitam aanálise da influência de parâmetrosoperacionais como diâmetro das partí-culas de carvão e calcário, tipo decalcário, velocidade do gás na colunaprincipal, posição da alimentação e re-torno de sólidos, proporção calcário/carvão na alimentação, injeção de arsecundário, entre outros. “Como sãomuitos os parâmetros envolvidos noprocesso, as combinações também sãovastas. Temos muitos temas para estu-dos”, acrescenta a especialista.

De acordo com a docente daFEM, os estudos envolvendo o sis-tema experimental de leito flui-dizado circulante já renderam qua-tro teses de doutorado, uma disser-

Tecnologia torna mais eficientea combustão do carvão mineral

De acordo com dados de 2005da International Energy Outlook,o carvão mineral é o combustívelfóssil com a maiordisponibilidade no mundo. Suasreservas totalizariam perto deum trilhão de toneladas,quantidade suficiente para supriro consumo nos níveis atuais por219 anos. Além disso, conforme aentidade, ao contrário do queocorre com o petróleo e com ogás natural, as reservas decarvão apresentam umadistribuição geográfica mundialmuito mais equitativa.Atualmente, 75 países possuemdepósitos expressivos do mineral.Entretanto, 57% deles estãolocalizadas em apenas trêsnações: Estados Unidos (27%),Rússia (17%) e China (13%).Outros seis países respondem pormais 33%, a saber: Índia,Austrália, África do Sul,Ucrânia, Cazaquistão e ex-Iugoslávia (atuais Servia eMontenegro).

As reservas brasileiras decarvão mineral, segundo oBalanço Energético Nacional,formulado em 2006, somariam 32bilhões de toneladas. Os recursosestão localizados nos estados doParaná, Santa Catarina e RioGrande do Sul, com maiorpredominância neste último(90% do total). A jazida gaúchade Candiota é a maior do país,com aproximadamente 12, 2bilhões de toneladas. É exploradadesde 1961, produzindocombustível para a usinatermelétrica Presidente Médici,que tem 446 megawatts decapacidade instalada. A segundamaior mina de carvão mineral doBrasil é a jazida Santa Terezinha,também no Rio Grande do Sul,com depósitos de 5 bilhões detoneladas de carvão mineral.

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tação de mestrado e um trabalho deiniciação científica. Além do ganhoacadêmico, traduzido na formaçãode mão-de-obra qualificada, as pes-quisas também contribuem para co-locar à disposição da indústria bra-sileira, principalmente o setor quefornece equipamentos para terme-létricas, dados que permitam o de-senvolvimento, no futuro, de umatecnologia genuinamente brasileira.“Atualmente, essa tecnologia só édominada por grandes fabricantes decaldeiras da América do Norte eEuropa. Penso que não podemoscontinuar dependendo deles, inclu-sive porque a nossa realidade e o

nosso carvão mineral tem caracte-rísticas próprias”, assinala.

Ela lamenta, porém, que o setor pro-dutivo brasileiro, à exceção da Petrobras,ainda não esteja utilizando os saldos daspesquisas produzidas pela sua equipecomo poderia. “Como tem tradição naárea de pesquisa e desenvolvimento, aPetrobras emprega os dados fornecidospor nossos estudos em suas plantas in-dustriais. Já os fabricantes de caldeiras,ao contrário, têm se valido timidamentedessas informações. Particularmente,penso que a indústria brasileira poderiaaproveitar melhor a oportunidade paracomeçar a projetar a sua autonomiatecnológica nessa área”, analisa.

Pesquisadoresda FEMestudam asvariáveis queafetam oprocesso dequeima docombustívelfóssil

A professora Araí Augusta Bernárdez Pecora, coordenadorada pesquisa: “Temos muitos temas para estudos”

Reator em laboratório da FEM: único equipamento de leito fluidizadocirculante em escala piloto em funcionamento em universidades brasileiras

Reservas do paíssomam 32 bilhõesde toneladas

Foto: Antoninho Perri