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TRILHANDO O
RUCU PICHINCHA
O GUIA COMPLETO
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TRILHANDO O
RUCU PICHINCHA O GUIA COMPLETO
1ª EDIÇAO
2019
2
Copyright © 2019 por Férias Contadas
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida, distribuída ou
transmitida por qualquer forma ou por qualquer meio,
incluindo fotocópia, gravação ou outros métodos
eletrônicos ou mecânicos, sem a prévia autorização por
escrito do autor ou editor, exceto no caso de breves
citações incluídas em revisões críticas e alguns outros
usos não comerciais permitidos pela lei de direitos
autorais.
1ª edição, 2019
www.feriascontadas.com
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SUMÁRIO
MAIS SOBRE O RUCU PICHINCHA
QUAL É A MELHOR ÉPOCA DO ANO PARA IR?
QUAL O NÍVEL DE DIFICULDADE? DEVO ESTAR EM FORMA?
COM RELAÇÃO AO MAL DE ALTITUDE, DEVO ME PREOCUPAR?
E COM RELAÇÃO À SEGURANÇA (ASSALTOS, FURTOS, ETC...)?
PRECISO DE UM SEGURO DE VIAGEM ESPECIAL?
COMO CHEGAR?
PRECISO DE ALGUMA PERMISSÃO ESPECIAL?
É UMA BOA IDEIA CONTRATAR UM GUIA?
DEVO USAR UM MAPA?
O QUE DEVO VESTIR? ALGUM EQUIPAMENTO ESPECIAL?
VESTIMENTA
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
O QUE LEVAR PARA COMER?
QUAL O CUSTO DISSO TUDO?
TRILHANDO O RUCU PICHINCHA – O NOSSO RELATO
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MAIS SOBRE O RUCU PICHINCHA
Rucu Pichincha, que significa "velho vulcão" em
Quéchua, é um vulcão inativo localizado nos arredores de
Quito. Seu cume está a 4698 metros de altitude em
relação ao nível do mar. Sua última erupção foi em 1859
causando destruição à cidade de Quito na época.
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A trilha (ida e volta) ao cume é em torno de 10 km e
pode demorar de 4-5 horas para ser percorrida. O Rucu
Pichincha é também um dos melhores pontos de partida
para aclimatação se você pretende fazer outras
montanhas no Equador.
QUAL É A MELHOR ÉPOCA DO ANO PARA IR?
Pra falar a verdade não existe época ruim para subir
ao cume do Rucu Pichincha. A época seca vai de Junho
à Agosto e de Dezembro à Fevereiro, sendo os melhores
meses para escalar devido as condições climáticas
favoráveis. Em algumas épocas do ano, pode nevar e o
uso de equipamento especial pode ser necessário, assim
como roupas mais apropriadas.
QUAL O NÍVEL DE DIFICULDADE? DEVO ESTAR EM FORMA?
Mesmo sendo um hiking de fácil acesso e
aparentemente fácil, subir ao cume do Rucu Pichincha
pode ser bem exigente. Primeiro, você tem o efeito da
altitude. Se não estiver bem aclimatado, você vai sentir o
efeito da altitude e isso pode ser bem perigoso em alguns
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casos (falo mais sobre isso no próximo tópico). Tirando
a altitude, a parte final da trilha é bem técnico, sendo
necessário muito cuidado pois você vai ter que quase
escalar a encosta do vulcão. Pedras podem se soltar a
qualquer momento e isso pode ser no mínimo perigoso.
Li em vários lugares que o Rucu Pichincha é uma das
montanhas que mais se resgatam pessoas. Isso se dá
principalmente pelo fato que pessoas sem nenhum
preparo acham que conseguem encarar o vulcão e
descobrem que não da pior forma possível.
Se você já faz hiking ou trekking com regularidade e
está acostumado com escaladas leves, vai achar o Rucu
Pichincha bem tranquilo. Mas se você nunca fez nada,
nem academia gosta de ir, a gente não recomenda que
você se arrisque a subir ao cume do Rucu Pichincha.
COM RELAÇÃO AO MAL DE ALTITUDE, DEVO ME PREOCUPAR?
Com certeza! Você vai sentir a falta de ar já a partir do
início da trilha, na saída do teleférico à cerca de 4000
metros. O importante é sempre manter um ritmo
tranquilo e constante, beber bastante água e não acelerar
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ou querer chegar o mais rápido possível ao cume. Por
isso é importante chegar cedo e fazer a trilha com calma.
Mal de altitude é coisa séria e pode matar se não evitado
ou tratado.
E COM RELAÇÃO À SEGURANÇA (ASSALTOS, FURTOS, ETC...)?
Um tópico muito recorrente relacionado ao Rucu
Pichincha é a questão da segurança. Anos atrás, turistas
eram desaconselhados a fazer o hiking ao cume do
vulcão devido a falta de segurança na trilha. Vários
relatos de assaltos e violações graves foram reportados
em fóruns, principalmente por volta do ano de 2010.
Entretanto, o governo local tomou várias providências e
agora a trilha é completamente segura e altamente
frequentada por turistas e locais. Ainda se recomenda
fazê-la em grupo (mais de uma pessoa).
Já com relação à segurança ou dificuldade da trilha,
eu diria que é de moderado a difícil. Não são exigidos
nenhum equipamento técnico de escalada, mas a
precaução é sempre bem-vinda, principalmente na parte
final da subida ao cume. Como a trilha não é bem
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sinalizada nessa parte, a subida fica complicada. Além
disso, existe o perigo constante de pedras caírem do alto
e atingirem as pessoas que vem abaixo. Eu recomendaria
a utilização de um capacete de escalada no mínimo
PRECISO DE UM SEGURO DE VIAGEM ESPECIAL?
Devido ao nível de dificuldade e às características
geográficas do hiking, se recomenda fortemente a
contratação de um bom seguro de viagem. Isso vai fazer
você economizar com taxas relacionadas à
hospitalização, resgate, remédios etc., e de quebra, pode
salvar a sua vida, literalmente.
É muito provável que o seu seguro de viagem da
empresa/firma, privado ou do cartão de crédito não cubra
acidentes decorrentes de atividades como hiking,
trekking, quem dirá montanhismo ou esportes radicais
durante sua viagem. Então, a primeira coisa que a gente
recomenda é verificar diretamente com o seu seguro se
ele cobre esse tipo de atividade.
Caso contrário, você irá precisar de um bom seguro
de viagens que cubra qualquer acidente durante
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hiking/trekking ou montanhismo em até 6000 metros de
altura.
Existem vários bons seguros de viagem que vão
garantir sua segurança durante a trilha ao cume do Rucu
Pichincha. A gente, recomenda o seguro de viagem da
WorldNomads.
COMO CHEGAR?
O ponto base da trilha ao cume do Rucu Pichincha é o
teleférico da cidade de Quito, chamado TelefériQo. Pra
chegar lá, a melhor forma possível é de táxi. Simples
assim. Você vai gastar algo em torno de 5 dólares saindo
do centro histórico. Existe também a opção de ir com
transporte público. A principal parada de ônibus perto do
teleférico é a Antonio Jose de Sucre Y N25. Dá uma
olhadinha no Google Maps pra saber os horários.
Para usar o teleférico, estrangeiros devem pagar uma
entrada de USD 8.50 ida e volta (em 2019). Só guarda o
comprovante de pagamento para a volta, pois ele vai ser
exigido. Se você quer saber mais sobre horários de
funcionamento ou como chegar a estação do teleférico
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da forma mais simples, você pode acessar o
site teleferico.com.ec.
Recomendo chegar bem cedo, se der esteja já na
entrada do teleférico na hora de abertura para o dia que
você planeja atacar o cume. Você vai pegar a trilha vazia
e vai voltar com tempo para descansar. Chegar ao topo
tarde, pode significar voltar tarde e pode ficar meio
perigoso pegar a trilha, principalmente quando não há
mais luz do sol.
PRECISO DE ALGUMA PERMISSÃO ESPECIAL?
Definitivamente não. O governo do Equador não
impõem nenhum tipo de restrição quanto à subida ao
cume do vulcão Rucu Pichincha. Vai de cada um a
decisão de ir ou não ir.
É UMA BOA IDEIA CONTRATAR UM GUIA?
A resposta simples é não. É totalmente possível
chegar ao cume e fazer a trilha com toda a segurança
possível sozinho sem um guia que conhece o local, assim
como a gente fez. Agora, se você sente mais confiança
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com um guia, aí você pode contratar um. Vimos vários
grupos de pessoas com guias, muitos em
preparação/aclimatação para as demais montanhas,
como Cotopaxi ou Chimborazo. Se for contratar algum
guia, sugiro fortemente que você consulte o site da
ASEGUIM, a associação de guias de montanhas do
Equador.
DEVO USAR UM MAPA?
Não, no máximo um aplicativo de mapas offline com
GPS (recomendamos o Maps.me) pra se localizar em
algum momento da trilha. Grande parte da trilha é bem
sinalizada ou bem marcada. Somente a parte final, já
perto do cume merece uma atenção especial, mas nada
que vá fazer você se perder ou coisa do tipo. Além disso,
devido a popularidade do vulcão, você sempre vai
encontrar pessoas pelo caminho pra perguntar se está na
direção correta.
Agora fique atento às condições do tempo. Em dias
com mais neblina, pode ficar mais complicado encontrar
o caminho correto e já houve relatos de resgates de
pessoas nessas condições. Não se arrisque e se ver que
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as coisas estão ficando complicadas, volte para um lugar
seguro até as coisas melhorarem.
O QUE DEVO VESTIR? ALGUM EQUIPAMENTO ESPECIAL?
Nada além do que você levaria para um hiking, exceto
um casado ou fleece para as partes mais altas que pode
ventar muito e a temperatura cai bastante. Nós
recomendamos o seguinte:
VESTIMENTA
• 1x Par de calças de trekking. Opte por usar uma
que pode ser convertida em short. Não precisa ser
impermeável. Usamos uma da x
• 1x Camiseta Dry-Fit. Usamos uma da Quechua que
é bem baratinha e cumpre com o objetivo.
• 1x Fleece Polartec 100 (leve). Esse é um fleece
leve, que permite uma boa transpiração sem
perder a capacidade de aquecimento e que pesa
muito pouco. Usei um fleece da Columbia
(recomendo) e Gabriela um da MEC (marca de
equipamentos e roupas aqui do Canadá).
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• 1x Anorak a prova de água e vento, respirável, com
no mínimo 2.5 camadas. Ela vai te manter seco e
protegido do vento e da chuva. A gente usou a
Hardshell Hydrofoil Stretch da MEC. Pertex Shield,
40-Denier e com bolsos frontais embaixo dos
braços.
• 1x Par de luvas de lã. Você vai usar principalmente
no cume.
• 1x Par de meias de hiking de cano longo, ideais
para botas mais altas com suporte para o
tornozelo. Usamos meias da marca J.B. Field’s
Super-Wool Hiker GX Socks. Elas são compostas
de 74% merino wool, 20% nylon e 6% Lycra
Spandex.
• 1x Bandana daquelas que você pode cobrir o rosto
e ao mesmo tempo proteger a cabeça. A trilha,
principalmente nos meses de mais seca pode ficar
muito empoerada e altitude e poerira não
combinam muito. Ter algo que impessa que a
poera seja respirada é de extrema importância. A
gente levou, mas acabou não usando muito e no
dia seguinte estávamos com a guarganta irritada.
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• O básico para atividade física em dia de sol, como
protetor solar, protetor labial, alcool em gel, ôculos
escuros, boné, etc.
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS
• 1x par de botas de trekking. Eu usei a Salomon
Quest 4D 3 GTX e a Gabriela usou a La Sportiva
Nucleo High GTX. O importante aqui é que ela
tenha um solado antiderrapante (razões óbvias) e
o cano seja alto que segure bem o seu tornozelo
(pra evitar torção, principalmente em terreno
irregular como o do Rucu Pichincha). Isso vai
trazer conforto e vai impedir acidentes
indesejados!
• 2x Trekking poles. Itens obrigatórios para esse
trekking. Eu recomendo fortimente os trekking
poles Black Diamond Trail Ergo Cork. Eles já vem
nos acompanhando em todos os hikings e
trekkings que fazemos por aí e são excelentes.
São expansivos, podendo chegar até 140 cm.
• Opicional mais vale a pena levar: se você tiver um
capacete de escalada, vale a pena usar. A parte
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final do Rucu Pichincha é bem rochosa e a queda
de rochas lá do alto é bem frequente. A gente
mesmo foi quase vítima de uma dessas pedras.
Um capacete nessas horas pode ser bem útil.
Recomendamos o capacete Half-Dome da Black
Diamond (o que a gente usa!).
O QUE LEVAR PARA COMER?
Tudo que você vai precisar são algumas barrinhas de
serais, frutas e um sanduiche para comer no cume. Nada
mais nada menos. Leve pelo menos 1L de água, pois não
existe nenhuma fonte de água na trilha para você
reabastecer a garrafa.
QUAL O CUSTO DISSO TUDO?
Agora que você já sabe de tudo sobre o Rucu
Pichincha, você deve estar se perguntando quando custa
fazer o cume. Fica tranquilo, que não vai sair nada caro.
Espere gastar algo em torno de 30 dólares com táxi,
teleférico e comida (não estou considerando a compra ou
aluguel de equipamentos, etc.). É uma atividade barata
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que fica pertinho de Quito, o que vai te trazer vistas
incríveis e uma experiência inesquecível.
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TRILHANDO O RUCU PICHINCHA – O NOSSO RELATO
Acordamos bem cedinho, preparamos o café e
pedimos o táxi até o teleférico de Quito na recepção do
hostel. Tentaríamos subir ao cume do vulcão Rucu
Pichincha. Deixamos tudo preparado no dia anterior para
não perder tempo. Queríamos chegar no máximo às 9h
da manhã, hora que o teleférico de Quito (chamado
TelefériQo) abriria naquela terça feira, 1 de janeiro.
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Saímos do teleférico rapidamente e logo começamos
a trilha. Ela começa indo para a esquerda, subindo umas
escadarias por trás de um prédio. Dali pra frente, não tem
muito erro. Foram quilômetros e quilômetros de subidas
intermináveis, mas como estávamos dosando os passos,
não foi nada complicado.
Eu diria que a trilha ao cume do vulcão Rucu Pichincha
é dividida em três partes. A primeira parte, a mais longa,
é composta de um hiking moderado em uma trilha bem
sinalizada. É a parte mais tranquila de toda a trilha. A vista
que tínhamos de Quito e das montanhas ao redor era
incrível.
Dava pra ver todos os principais vulcões do Equador
no horizonte, principalmente o Cotopaxi, imponente,
majestoso, surgindo ao fundo da cidade. Além disso, a
vegetação era muito característica. Era praticamente
rasteira com algumas árvores e flores que nunca
tínhamos visto. Parecia um cenário dos senhor dos anéis.
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A segunda parte da trilha começou lá pelo 3.5
quilômetro. Estávamos mais perto do cume do vulcão
Rucu Pichincha, e lá, as coisas começaram a ficar mais
complicadas.
A trilha foi deixando de ser fácil para ser tornar
somente um filetinho de terra na encosta do vulcão,
composto principalmente de pedras soltas, alguns
pequenos rochedos (que tivemos que escalar) e areia
escorregadia.
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Um paredão de pedras negras surgiu mais a frente e
o vento aumentou consideravelmente, assim como a
temperatura ficou um pouco mais baixa. Até esse ponto,
nada que nos assustou o bastante para nos desmotivar
de continuar e alcançar o cume.
E finalmente, a terceira parte e mais complicada de
todas. Até ali, não sentimos em nenhum momento o
efeito da altitude (estávamos a mais de 4000 metros de
altura) e o corpo respondia a todos os comandos.
Foi na terceira parte que tivemos a ideia de esforço.
Depois de contornar o paredão de rochas negras, um
enorme desfiladeiro de areia e pedras apareceu. Muito
grande. Começava justamente bem perto ao cume e
descia praticamente por todo o vulcão. A trilha ali já não
tinha mais sinalizações que faziam sentido e cada um
tentava subir da maneira que dava. Isso incluiu a gente.
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Começamos a subir e vimos que ninguém tinha ido
atrás de nós. A pergunta ficou no ar: "Só a gente está
certo?". Demos meia volta, descendo quase que
esquiando sobre a areia para acompanhar o grupo de
pessoas que subiam com a gente.
Depois de alguns minutos de trilha incompreensível,
chegamos de fato ao paredão de rochas negras. Não
tínhamos escolha, era subir ou subir. A inclinação
passava dos 50 graus na maioria dos trechos.
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Começamos a subida, pedra por pedra, com o maior
cuidado possível, pois qualquer deslize poderia ser fatal.
Em um dado momento, não sabíamos mais como subir.
Lá do alto, um equatoriano gritou, desceu alguns metros
e nos ajudou a encontrar o melhor lugar para escalar. Foi
muito gentil e nos ajudou bastante! Antes disso,
estávamos quase pensando em desistir,
com medo da inclinação e da dificuldade da subida.
Além disso, algumas pedras que se desprenderam quase
nos acertaram. Mas essa ajuda nos trouxe mais ânimo e
alguns minutos depois, chegamos ao cume, a incríveis
4698 metros de altitude, nosso recorde até então.
A emoção era tanta, eu e Gabriela nos abraçamos e
começamos a lacrimejar. O abraço foi demorado, quase
de alívio por ter chegado vivo ali em cima. Não
conseguíamos acreditar que tínhamos chegado ao cume
do Rucu Pichincha. A sensação foi intensa, uma alegria
imensa de mais um passo cumprido rumo ao objetivo
final.
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Nos sentamos, comemos e descansamos um pouco.
Percorremos toda a extensão do cume e tiramos várias
fotos. Lá no alto, encontramos um guia que levava um
grupo de americanos ao cume. Era do Equador (se
chamava Alejo) e parecia super doido.
Conversando com a gente, ele disse que já percorreu
todo o Rio Amazonas saindo do Equador de barco e em
suas próprias palavras: "foi uma coisa de louco!". Só
ouvindo pra acreditar. Ele também nos ajudou nos
informando a melhor rota pra descer o vulcão.
Ficamos por mais alguns minutos no cume e
resolvemos descer. A descida foi mais tranquila do que a
subida, mas devido ao cansaço um pouco mais perigosa.
Em um determinado momento, quase despenquei de um
rochedo por não ter ponto de apoio para os pés. Mas não
passou de um susto, se não não estaria aqui para contar
a história.
30
A trilha de volta dava uma visão limpa e direta do
Cotopaxi. Foi praticamente nosso companheiro durante
toda a descida. Algumas horas depois, estávamos
novamente no teleférico, prontos para descer e
descansar. Teríamos mais um grande desafio no outro
dia: o Iliniza Norte.
*** FIM ***