3
A Região de Leiria-Fátima exibe um património arquitectónico histórico de tirar o fôlego a qualquer viajante. Um mosteiro classificado como Património da Humanidade e quatro castelos absolutamente ímpares, todos monumentos nacionais, num raio de apenas 40 quilómetros, conferem a esta região um papel imprescindível em qualquer roteiro turístico. LAZER UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA PEDRA DA BATALHA A POMBAL, PASSANDO POR OURÉM, PORTO DE MÓS E LEIRIA: O ESPLENDOR DA PEDRA DOMINA O VALIOSO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO HISTÓRICO DA REGIÃO DE LEIRIA-FÁTIMA. “A abóbada não caiu, a abóbada não cairá” Não há ninguém que não o conheça. Que não o tenha visitado pelo menos uma vez na vida. O Mosteiro da Batalha é, sobretudo, uma elaborada coreografia de pedra, visível, de imediato, no Pórtico da Glória, onde 78 figuras esculpidas preenchem por completo as arquivoltas. Ao entrar no mosteiro surge a nave central, autêntico desfiladeiro de colunas. No início deste alinhamento, à direita, está a Capela do Fundador, onde o mausoléu do rei D. João I e de Dona Filipa de Lencastre ocupa o lugar central. Segue-se a justamente famosa Sala do Capítulo, onde entra a lenda de Afonso Domingues, o primeiro arquitecto da Batalha, que perante o arrojo da obra e a incerteza do seu desfecho, se sentou debaixo da pedra que rematava a abóbada, e desafiando os incrédulos disse: “A abóbada não caiu, a abóbada não cairá”. É tempo de olhar para os dois claustros: o Claustro Real, espaçoso e exuberante, e o claustro de D. Afonso V, marcado pelo despojamento. Para final de visita, temos as chamadas Capelas Imperfeitas. Uma límpida ostentação marca este octógono de pedra, onde ressalta a harmonia das formas e o equilíbrio dos elementos, que, embora profusamente trabalhados, permanecem leves e harmoniosos. Se dúvidas houvesse, aqui está uma prova inequívoca do porquê de o mosteiro ser Património de toda a Humanidade. Um conde com vistas largas Vale a pena passar pela vila de Porto de Mós, por causa do seu castelo. Os castelos conduzem sempre o imaginário para um tempo diferente e neste caso isso ainda é mais evidente, porque este é um castelo apalaçado, de fisionomia única no país. A elegância exterior está replicada no interior, com os elementos góticos distribuídos pelo espaço palaciano, como a arcaria em ogiva que fecha na abóbada com o emblema de D. Afonso, IV Conde de Ourém. Acerca do castelo de Porto de Mós pode dizer-se que “foi concebido com preocupações mais artísticas e socialmente prestigiantes do que propriamente militares” (IPPAR). O ESPLENDOR DO PÓRTICO DA GLÓRIA DO MOSTEIRO DA BATALHA CASTELO DE POMBAL 52

UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA … · UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA PEDRA DA BATALHA A POMBAL, PASSANDO POR OURÉM, PORTO DE MÓS E LEIRIA: O ESPLENDOR

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA … · UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA PEDRA DA BATALHA A POMBAL, PASSANDO POR OURÉM, PORTO DE MÓS E LEIRIA: O ESPLENDOR

A Região de Leiria-Fátima exibe um património arquitectónico

histórico de tirar o fôlego a qualquer viajante.

Um mosteiro classificado como Património da Humanidade e quatro

castelos absolutamente ímpares, todos monumentos nacionais,

num raio de apenas 40 quilómetros, conferem a esta região um

papel imprescindível em qualquer roteiro turístico.

LAZER

UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA PEDRA

DA BATALHA A POMBAL, PASSANDO POR OURÉM, PORTO DE MÓS E LEIRIA: O ESPLENDOR DA PEDRA DOMINA O VALIOSO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO HISTÓRICO DA REGIÃO DE LEIRIA-FÁTIMA.

“A abóbada não caiu, a abóbada não cairá”Não há ninguém que não o conheça. Que não o tenha visitado pelo

menos uma vez na vida.

O Mosteiro da Batalha é, sobretudo, uma elaborada coreografia de

pedra, visível, de imediato, no Pórtico da Glória, onde 78 figuras

esculpidas preenchem por completo as arquivoltas. Ao entrar no

mosteiro surge a nave central, autêntico desfiladeiro de colunas. No

início deste alinhamento, à direita, está a Capela do Fundador, onde

o mausoléu do rei D. João I e de Dona Filipa de Lencastre ocupa o

lugar central. Segue-se a justamente famosa Sala do Capítulo, onde

entra a lenda de Afonso Domingues, o primeiro arquitecto da Batalha,

que perante o arrojo da obra e a incerteza do seu desfecho, se sentou

debaixo da pedra que rematava a abóbada, e desafiando os incrédulos

disse: “A abóbada não caiu, a abóbada não cairá”. É tempo de olhar

para os dois claustros: o Claustro Real, espaçoso e exuberante, e o

claustro de D. Afonso V, marcado pelo despojamento. Para final de

visita, temos as chamadas Capelas Imperfeitas. Uma límpida

ostentação marca este octógono de pedra, onde ressalta a harmonia

das formas e o equilíbrio dos elementos, que, embora profusamente

trabalhados, permanecem leves e harmoniosos. Se dúvidas houvesse,

aqui está uma prova inequívoca do porquê de o mosteiro ser

Património de toda a Humanidade.

Um conde com vistas largasVale a pena passar pela vila de Porto de Mós, por causa do seu

castelo. Os castelos conduzem sempre o imaginário para um tempo

diferente e neste caso isso ainda é mais evidente, porque este é um

castelo apalaçado, de fisionomia única no país. A elegância exterior

está replicada no interior, com os elementos góticos distribuídos

pelo espaço palaciano, como a arcaria em ogiva que fecha na abóbada

com o emblema de D. Afonso, IV Conde de Ourém. Acerca do castelo

de Porto de Mós pode dizer-se que “foi concebido com preocupações

mais artísticas e socialmente prestigiantes do que propriamente

militares” (IPPAR).O ESPLENDOR DO PÓRTICO DA GLÓRIA DO MOSTEIRO DA BATALHA

CASTELO DE POMBAL

52

Page 2: UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA … · UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA PEDRA DA BATALHA A POMBAL, PASSANDO POR OURÉM, PORTO DE MÓS E LEIRIA: O ESPLENDOR

Ourém, a cidade que foi vila medievalMas a grande obra de D. Afonso encontra-se alguns quilómetros a

Norte, em Ourém, terra que beneficiou muito da acção deste fidalgo

viajado.

Partindo do Largo da Colegiada, em redor do qual se concentra o

principal núcleo da povoação, passamos o jardim de Santa Teresa

e chegamos à Porta de Santarém, de onde já se avista a mais arrojada

obra de D. Afonso: o Paço Condal. É um conjunto grandioso e

compacto, mas que ganha elegância pelo uso acertado de tijolo,

empregue em arcaturas de feição ogival e em ornamentos

geométricos. Sobranceiro ao Paço, num pequeno planalto que remata

a colina, fica o castelo, que apresenta a pouco usual planta triangular,

com cada um dos vértices fechado por um torreão.

O castelo de Ernesto KorrodiSeguimos para Leiria para conhecer o seu castelo, que também foi

Paço Real. O castelo que agora vemos é, em boa medida, uma criação

do arquitecto Ernesto Korrodi. Quando este suíço chegou a Leiria,

em 1894, a fortaleza era uma ruína. Korrodi estudou-o, desenhou-

o, fotografou-o, idealizou-o e lançou-se na sua reconstrução.

Chega-se ao castelo por uma ladeira empinada, pois a fortaleza está

assente num pedestal rochoso, a 113 metros acima do mar. Antes

INFORMAÇÕESTURISMO DE LEIRIA-FÁTIMA Jardim Luís de Camões | Tel.: 244 848 770www.rt-leiriafatima.pt

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA BATALHA DE ALJUBARROTAAv. D. Nuno Álvares Pereira, nº 120, São JorgeCalvaria de Cima | Tel.: 244 480 060www.fundacao-aljubarrota.pt

de entrar, é boa ideia fazer uma aproximação, de modo a que se

possa observá-lo de várias perspectivas e de maneira a que tenha

lugar o conhecimento do espaço envolvente, ou seja, aquela parte

da cidade que lhe fica na base, a “Baixa”.

Há dois espaços dominantes dentro das muralhas do castelo.

A Torre de Menagem, exemplo clássico da arquitectura militar,

construção ordenada por D. Dinis. Mas o grande encanto deste

castelo reside na sua loggia, onde se aliam a “esbelteza gótica da

ogiva, a força do suporte românico e o doadoiro árabe” (IPPAR).

E aqui muito facilmente se evoca D. Dinis, as cantigas de amor

e de amigo, o passado cortesão deste castelo apalaçado.

Lembranças do MarquêsPombal é (era?) terra de passagem. Por ficar à beira daquela que foi

durante muito tempo a principal estrada do país, as pessoas

passavam, mas raramente se detinham. De Pombal ficava a imagem

do castelo, no alto de uma colina, um pouco como um cenário.

A data mais provável da construção do Castelo de Pombal é o ano

de 1161, sendo que no século XVI beneficiou de obras de restauro,

e novamente no século XX. Agora o castelo volta a estar em obras,

não com o objectivo de evitar a ruína, mas antes para o aproximar

da cidade. E também para lhe acrescentar, numa linguagem

contemporânea, elementos valorizadores (cafetaria e área de

espectáculos ao ar livre) que contribuam para que participe na

vivência diária da comunidade.

COMO IRO mosteiro da Batalha, tal como os castelos de Leiria, Pombal, Ourém e Porto de Mós, são monumentos facilmente acessíveis pelas auto-estradas A1, A8 e A17, utilizando os nós de Leiria e Fátima. O comboio também serve Pombal, através da Linha do Norte.

DORMIRTodas as localidades onde estão implantados os monumentos dispõem de unidades hoteleiras de diversas categorias e tipologias. Destaque para Leiria, Batalha e Fátima, onde a oferta é maior.

POUSADA CONDE DE OURÉM (pertencente à rede Pousadas de Portugal)Largo João Mansos 2490 – 481 OurémTel: 249 540 920

HOTEL VILLA BATALHARua D. Duarte I, 248 2440 – 415 BatalhaTel: 244 240 400

HOTEL DOM GONÇALORua Jacinto Marto, 100 2495- 450 FátimaTel: 249 539 330

COMERA oferta no que diz respeito à restauração é muito ampla, com diversos restaurantes em cada uma das localidades referidas. Em Leiria e Fátima existem estabelecimentos de restauração que são verdadeiras instituições. Alguns restaurantes oferecem pratos regionais, como sejam o leitão, a morcela de arroz ou a friginada.

O TRUÃOEstrada de Minde | Largo da Capela – Boleiros2495 Fátima Tel: 249 521 195

PONTUELLargo Camões, 15 2410- 127 LeiriaTel: 244 821 517

O MANJAR DO MARQUÊSEN 1 – Km 151 3100 PombalTel: 236 218 153

CASTELO DE OURÉM | TORRE DE MENAGEM DO CASTELO DE LEIRIA | ALCÁÇOVA DO CASTELO DE LEIRIA

53

Page 3: UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA … · UM MOSTEIRO, QUATRO CASTELOS: O ESPLENDOR DA PEDRA DA BATALHA A POMBAL, PASSANDO POR OURÉM, PORTO DE MÓS E LEIRIA: O ESPLENDOR

54

7

2

6

1

3

8

4

9

5

O TRABALHO DE AUDITORIA COMEÇA COMO QUALQUER OUTRO TRABALHO: COM O AO LONGO DE TODO

O TRABALHO É EXERCIDO COM TODA A CONSCIÊNCIA O PROFISSIONAL, QUER NO QUE RESPEITA A TOMADA

DE DECISÕES DE PROGRAMAÇÃO, QUER NO QUE RESPEITA À APRECIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE NORMATIVOS

CONTABILÍSTICOS, QUER NO QUE RESPEITA À APRECIAÇÃO DA ACUMULADA E EVIDENCIADA, QUER AINDA

NO QUE RESPEITA À EMISSÃO DA . PARA GARANTIR A NECESSÁRIA CONFIANÇA, TODO O TRABALHO É

EFECTUADO DE MODO A GARANTIR QUE O DE AUDITORIA FICA SITUADO A UM NÍVEL ACEITAVELMENTE

BAIXO.

1º DOS 3 PILARES QUE GARANTEM A ACTUAÇÃO NECESSÁRIA COM VISTA À PRETENDIDA CREDIBILIZAÇÃO

DA INFORMAÇÃO. VALOR QUE PERMITE O RECONHECIMENTO DA IDONEIDADE DE QUEM O DEFENDE EM TODA A SUA

ACTUAÇÃO.

2º DOS 3 PILARES QUE GARANTEM A ACTUAÇÃO NECESSÁRIA COM VISTA À PRETENDIDA CREDIBILIZAÇÃO

DA INFORMAÇÃO. VALOR QUE PERMITE O DISTANCIAMENTO NECESSÁRIO A UMA APRECIAÇÃO DA INFORMAÇÃO

DESTITUÍDA DE QUALQUER PRECONCEITO OU INTENÇÃO.

3º DOS 3 PILARES QUE GARANTEM A ACTUAÇÃO NECESSÁRIA COM VISTA À PRETENDIDA CREDIBILIZAÇÃO

DA INFORMAÇÃO. CONSEGUE-SE COM A DEVIDA FORMAÇÃO PROFISSIONAL, COM EXPERIÊNCIA E COM O RECURSO

A OUTROS COLEGAS OU A PERITOS SEMPRE QUE A COMPLEXIDADE DA MATÉRIA O JUSTIFIQUE.

POR VEZES PARECENDO PADECER DE UM EXCESSO DE CURIOSIDADE, TAL A QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO QUE

PEDE, POR VEZES CONFUNDIDO PELOS MENOS AVISADOS COM UM FISCAL, ELE É APENAS AQUELE QUE, COM TODA

A INTEGRIDADE, INDEPENDÊNCIA E COMPETÊNCIA, CREDIBILIZA, DE FORMA SUPORTADA, A INFORMAÇÃO PRESTADA.

ELE É O...

COMO SE DESENVOLVE UM TRABALHO DE AUDITORIA?

12

34

5

6

7

8

QUAIS OS PILARES?

QUEM FAZO TRABALHO?

LAZERSOLUÇÃO: 1: PLANEAMENTO; 2: JULGAMENTO; 3: PROVA; 4: OPINIÃO; 5: RISCO; 6: INTEGRIDADE; 7: INDEPENDÊNCIA; 8: COMPETÊNCIA; 9: AUDITOR.

AU

DIT

ORI

A

9