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Universidade de São Paulo Literatura Portuguesa II Profª. Dra. Lilian Jacoto São Paulo Janeiro/2015

Uma casa na escuridão - José Luiz Peixoto

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Slides apresentados para a aula de Literatura Portuguesa.

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Page 1: Uma casa na escuridão - José Luiz Peixoto

Universidade de São Paulo

Literatura Portuguesa IIProfª. Dra. Lilian Jacoto

São PauloJaneiro/2015

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Universidade de São Paulo

Seminário: Uma casa na escuridãoJosé Luís Peixoto

São PauloJaneiro/2015

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Romance Gótico

•Origem da palavra “Gótico” (história): Godos; Barbárie.

•Gótico nas artes e na arquitetura: Séculos XIV à XVI; Renascimento.

•Gótico romance e nos filmes: Macabro; Terror.

•Gótico na música: Década de 70 (pós punk e new wave); Década de 80 (Heavy Metal e músicas

eletrônicas).

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Arquitetura

Catedral de Notre Dame (Paris e Montreal)

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Pintura

Francisco de Goya - Monk talking to an old woman (1824-25) (à esq.)/ Saturn devouring his son (1819-23) (à dir.)/ Duccio di Buoninsegna – A Maestà (1308).

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Filme e Música

•Drácula:https://www.youtube.com/watch?v=7Nfmh178L98https://www.youtube.com/watch?v=udqm1gw28xo

•Heavy Metal e cantos gregorianos:https://www.youtube.com/watch?v=x6LXp9uWQUkhttps://www.youtube.com/watch?v=8DvwUPCPnKo

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O autor: José Luis Peixoto

•Vida;

•Obra.

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Resumo

•Aspectos que causaram estranheza: Antigo x Moderno; Personagens sem nome x Personagens com nome; Claro x Escuro; Prisão do Editor; Barbárie (armas); Expressão do amor.

•Estrutura do livro: 7capitulos; Narrador personagem (1ª pessoa); Linguagem (repetições, digressões e comparações); Tempo e espaço; Prosa poética; Religião.

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Interpretações:

O amor; A depressão; Os gatos (fatos e superstições); Os nomes das escravas; Os sete capítulos; As crianças; Os corpos mutilados.

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Trecho religioso para análise:

Epigrafe – 1º capítulo

“Aleluia!Louvai o Senhor, todos os povos, exaltai-O, todas as nações.Grande é o seu amor para conosco e a sua fidelidade permanece para sempre (Salmos 117, 1-2)”

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Trecho ultra romântico para análise:

Página 179 – 4º capítulo

“(...) O negro dentro de mim a ser insuportável. A minha vida a ser essa escuridão vazia, sem possibilidade de fugir. A memória dela a olhar-me. O rosto tão bonito da primeira vez que o vira. Dentro de mim, carregava o primeiro lugar em que a vira. Para sempre, carregaria dentro de mim o primeiro lugar em que a vira. A escuridão obsidiante a repetir-se a si própria vezes e vezes. Um espelho de escuridão a refletir apenas escuridão em todas as direções. A ausência dela a ser tudo o que não existia. Tudo o que existia era ela não existir. Eu, com a voz do meu pensamento, perguntava, onde estás, amor? Perdido, abandonado, perguntava onde estás amor? Perguntava ao vazio, à ausência e o vazio, a ausência, não me respondiam (...)”.

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Trecho gótico para análise:

Página 194 – 4º capítulo

“(...) O meu corpo mutilado transformava-se aos poucos naquele mármore negro e frio, naquele mármore de cemitério. Aos poucos, eu era feito daquele mármore que a cobria. O seu rosto parado na fotografia crescia na minha pele. O seu nome, escrito na pedra, gravava-se na minha pele. O meu corpo transformava-se devagar. Sob a pele, as veias, enchiam-se de veneno. Eu sentia o veneno a correr nas minhas veias e a chegar a cada lugar do meu corpo. O meu coração bombeava veneno que corria pelas artérias mais grossas, e que avançava, e que alastrava até chegar ao fim da última veia, da veia mais fina, da grossura de um risco ou de um cabelo. O veneno era peste. O frio no meu corpo era peste. A peste era a mágoa infinita, era as minhas pernas e os meus braços arrancados, era o luto de mil mortes. A peste era ela ter desaparecido dentro de mim. Houve um instante, quando o meu corpo não tinha forças, quando estava sobre o mármore da sepultura dela, em que acreditei que ela nunca mais regressaria. Foi nesse instante que a peste, o frio, a escuridão, atravessaram a sepultura e entraram no meu corpo (...)”.

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Trecho reflexivo/ filosófico para análise:

Página 289 – 7º capítulo

“(...) Mas, devagar, o tempo transformava tudo em tempo. Essa é a explicação da eternidade. Devagar, o tempo transformava tudo em tempo. O ódio transformava-se em tempo, o amor transformava-se em tempo, a dor transformava-se em tempo. Os assuntos que julgávamos mais profundos, mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis, transformam-se devagar em tempo. Por si só, o tempo não é nada. A idade de nada é nada. A eternidade não existe e, no entanto, a eternidade existe (...)”.

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O Livro: Uma casa na Escuridão

•Conclusão:

Amor; Aspectos religiosos; Homem; Identidade portuguesa; Conservadorismo; Morte.

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Referências bibliográficas

COSTA, Cibele Lopresti. A morte como veneno, a narrativa como antídoto. In: Revista Desassossego, 7, junho 2012. Disponível em http://www.revistas.usp.br/desassossego/article/view/47632

PEIXOTO, José Luís. Uma casa na escuridão. Rio de Janeiro: Record, 2002.

RIBEIRO, Sandra Stephanie Holanda Ponte. Góticos na noite de Fortaleza: distinções e pertencimentos na construção de si. Disponível em http://www.lajusufc.org/coloquio/pdf/GT4/Sandra-Stephanie-Holanda-Ponte-Ribeiro.pdf. Acesso dia 19.01.2015.

SILVA. Bosco. Black Sabbath e o romance gótico. Disponível em http://bornalcerebrau.blogspot.com.br/2012/12/black-sabbath-e-o-romance-gotico-de.html. Acesso dia 19.01.2015.

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Elaborado por:

Carolina [email protected]

Cristina Araújo da [email protected]