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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO BACHARELADO César Augusto Chaves Pereira Diogo do Carmo Santiago Félix Valois Chaves Neto Lincoln Fernandes Oliveira Vinícius Soares Nunes Coelho Uso de radiofrequencia por sistemas banda larga por meio de redes de energia elétrica Governador Valadares NOVEMBRO/2009.

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO – BACHARELADO

César Augusto Chaves Pereira

Diogo do Carmo Santiago

Félix Valois Chaves Neto

Lincoln Fernandes Oliveira

Vinícius Soares Nunes Coelho

Uso de radiofrequencia por sistemas banda larga por meio de redes de energia elétrica

Governador Valadares

NOVEMBRO/2009.

UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE

FACULDADE DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO – BACHARELADO

César Augusto Chaves Pereira

Diogo do Carmo Santiago

Félix Valois Chaves Neto

Lincoln Fernandes Oliveira

Vinícius Soares Nunes Coelho

Uso de Radiofrequencia por sistemas banda larga por meio de redes de energia elétrica

Monografia para obtenção do grau de bacharel em

Ciência da Computação, apresentada a Faculdade de

Ciências Tecnológicas da Universidade Vale do Rio Doce.

Orientador: Profª. Luciane Cardoso Mira

Governador Valadares

NOVEMBRO/2009.

César Augusto Chaves Pereira

Diogo do Carmo Santiago

Félix Valois Chaves Neto

Lincoln Fernandes Oliveira

Vinícius Soares Nunes Coelho

Uso de Radiofrequencia por sistemas banda larga por meio de redes de energia elétrica

Monografia para obtenção do grau de bacharel em

Ciência da Computação, apresentada a Faculdade de

Ciências Tecnológicas da Universidade Vale do Rio Doce.

Orientadora: Profª. Luciane Cardoso Mira

Governador Valadares, 10 de Novembro de 2009.

_________________________________________________

Orientadora: Professora Luciane Cardoso Mira

Fatec - UNIVALE

_________________________________________________

Professora: Rossana Cristina Ribeiro Morais

Fatec - UNIVALE

_________________________________________________

Professor: Rodrigo Santos de Oliveira

Fatec - UNIVALE

Governador Valadares

NOVEMBRO/2009.

Dedicamos esse trabalho a todas

pessoas que contribuíram de alguma

maneira para idealização, pesquisa,

desenvolvimento e conclusão

desse projeto.

AGRADECIMENTOS

À Deus, pois sem ele nada é possível;

À nossa orientadora Luciane Cardoso Mira pelas horas de dedicação, aos nossos pais

pelas oportunidades oferecidas;

Ao senhor Ângelo de Barreto Aranha, gerente de suporte em infra-estrutura de

telecomunicações e informática da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), por

todas as informações prestadas;

Aos nossos colegas de trabalho pelas incansáveis reuniões e horas de desenvolvimento

para tornar esse momento possível.

“Minha vida, meu trabalho devem ser uma

aventura empolgante, desafiadora, arrepiante.”

Rogério Caldas

RESUMO

A sociedade tem demonstrado cada vez mais a necessidade de estar conectada entre si

e a internet é a tecnologia atual que permite isto. Entretanto, uma barreira para utilização desta

tecnologia é a localização do usuário, uma vez que os serviços atuais não alcançam grande

parte do país. Este trabalho vem com a intenção de mostrar como a banda larga via energia

elétrica consegue abranger todo Brasil com um serviço de qualidade superior aos existentes

no país a um custo de implantação baixíssimo, tendo em vista que 99% da população

brasileira já tem acesso a energia elétrica. Desta forma, os serviços de internet terão um

concorrente fortíssimo, resultando em quedas tarifárias e vantagens para todos os usuários.

Para demonstrar o sucesso da tecnologia, é apresentada a situação da tecnologia no exterior,

tanto funcionamento quanto regulamentação, fazendo comparativo com situação atual

brasileira.

Palavras chave: Banda-larga. Energia elétrica. Radiofreqüência

ABSTRACT

Society has a great necessity of been connected and the internet is the technology that

allowed that. Therefore, the user location is a barrier for this kind of communication, knowing

that nowadays technologies cannot reach the entire Brazilian country. This research shows

how Broadband over Powerline gets through all country area with a high quality service

above all rivals with a very low cost of deployment. Like this, internet services will have a

tough adversary, resulting fee reduction and advantages for all users. To confirm this

technology success, this project demonstrates the actual situation abroad technical features

and rules, doing a parallel within the current Brazilian situation.

Key-words: Broadband. Electric energy. Radiofrequency.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Amostra de sinal analógico ___________________________________________ 14

Figura 2: Amostra de sinal digital _____________________________________________ 16

Figura 3: Exemplo de multiplexador analógico ___________________________________ 17

Figura 4: Exemplo de multiplexador digital ______________________________________ 18

Figura 5: Multiplexação TDM ________________________________________________ 19

Figura 6: Multiplexação WDM _______________________________________________ 19

Figura 7: Multiplexação DWDM ______________________________________________ 20

Figura 8: Cabo par trançado __________________________________________________ 21

Figura 9: Categoria para cabos UTP da EIA/TIA _________________________________ 22

Figura 10: Cabo par trançado blindado _________________________________________ 23

Figura 11: Cabo coaxial _____________________________________________________ 23

Figura 12: Cabo Fibra Óptica _________________________________________________ 25

Figura 13: Funcionamento de transmissão em fibra ótica ___________________________ 26

Figura 14: Tipos de fibra ____________________________________________________ 26

Figura 15: Comparativo para emissores em fibra óptica ____________________________ 27

Figura 16: Faixas de freqüência de utilização na fibra óptica ________________________ 27

Figura 17: Cabo OPGW _____________________________________________________ 28

Figura 18: Corte transversal do cabo OPGW _____________________________________ 29

Figura 19: Espectro da onda spread spectrum, OFDM e GMSK ______________________ 40

Figura 20: Topologia típica de rede PLC ________________________________________ 41

Figura 21: Modem PLC _____________________________________________________ 42

Figura 22: Modem PLC _____________________________________________________ 42

Figura 23: Repetidor BT / BT no medidor e em gabinete ___________________________ 43

Figura 24: Repetidor MT / BT ________________________________________________ 44

Figura 25: Acopladores para injeção do sinal PLC ________________________________ 45

Figura 26: Isolador de ruído __________________________________________________ 46

Figura 27: Caixa de distribuição _______________________________________________ 46

Figura 28: Empresas que iniciaram pesquisas em 2004 _____________________________ 49

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO _____________________________________________________________ 12

2. TRANSMISSÃO DE DADOS __________________________________________________ 14

2.1. SISTEMAS ANALÓGICOS __________________________________________________ 14

2.1.1. Modulação ______________________________________________________________ 15

2.2. SISTEMAS DIGITAIS ______________________________________________________ 15

2.2.1. Quantização ____________________________________________________________ 16

2.2.2. Multiplexação ___________________________________________________________ 17

2.3. MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS _______________________________ 20

2.3.1. Cabo Par Trançado ou UTP (Unshielded Twisted Pair) ________________________ 21

2.3.2. Cabo STP (Shielded Twisted Pair) __________________________________________ 23

2.3.3. Cabo Coaxial ____________________________________________________________ 23

2.3.4. Fibra Óptica ____________________________________________________________ 24

2.3.5. Cabo OPGW ____________________________________________________________ 28

2.4. MEIO NÃO-FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS ___________________________ 29

2.4.1. Bluetooth _______________________________________________________________ 29

2.4.2. Wi-Fi __________________________________________________________________ 30

2.4.3. Wimax _________________________________________________________________ 31

2.4.4. Satélite _________________________________________________________________ 31

3. CARACTERÍSTICA DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO BRASILEIRA ________________ 33

3.1. LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO COMO MEIO DE TRANSMISSÃO __________________ 34

3.1.1. Ruído __________________________________________________________________ 34

3.1.2. Atenuação ______________________________________________________________ 35

3.1.3. Impedância da Rede Elétrica ______________________________________________ 35

3.1.4. Baixa irradiação e captação de sinais __________________________________________ 36

4. COMUNICAÇÃO POR REDE ELÉTRICA – PLC ________________________________ 37

4.1. CARACTERÍSTICAS DO SINAL PLC _________________________________________ 38

4.1.1. Modulação ______________________________________________________________ 38

4.1.1.1. Spread Spectrum _______________________________________________________ 38

4.1.1.2. Orthogonal Frequency Division Multiplex (OFDM) ____________________________ 39

4.1.1.3. Gaussian Minimum Shift Keying (GMSK) ___________________________________ 39

4.1.2. A Topologia da Rede _____________________________________________________ 40

4.2. REDE INTERNA DO USUÁRIO ______________________________________________ 41

4.3. REDE DE ACESSO _________________________________________________________ 42

4.4. REDE PLC DE DISTRIBUIÇÃO ______________________________________________ 43

4.5. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS ___________________________________________ 44

4.5.1. Acopladores ____________________________________________________________ 45

4.5.2. Isolador de Ruídos _______________________________________________________ 45

4.5.3. Caixa de Distribuição _____________________________________________________ 46

4.6. PADRONIZAÇÃO _________________________________________________________ 47

4.7. EXPERIÊNCIAS EXISTENTES _______________________________________________ 48

5. TECNOLOGIA PLC NAS EMPRESAS BRASILEIRAS ___________________________ 51

5.1. PESQUISA INICIAL ________________________________________________________ 51

5.2. TESTE LIMITADO DE CAMPO ______________________________________________ 51

5.3. TESTE DE CAMPO DE LARGA ESCALA ______________________________________ 52

5.4. OPERAÇÃO COMERCIAL __________________________________________________ 53

5.5. CENÁRIO BRASILEIRO ____________________________________________________ 53

5.5.1. Alguns Projetos __________________________________________________________ 53

6. REGULAMENTAÇÃO _______________________________________________________ 55

6.1. NO MUNDO ______________________________________________________________ 55

6.2. NO BRASIL _______________________________________________________________ 57

7. CONCLUSÃO ______________________________________________________________ 60

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ___________________________________________ 61

12

1. INTRODUÇÃO

As redes de energia elétrica começaram sua expansão em meados de 1880. Com o

passar do tempo e com o crescimento das tecnologias para a transmissão de energia elétrica e

transmissão de dados em longas distâncias, surgiu a possibilidade da utilização da rede de

energia elétrica para transmissão de dados simultaneamente. Esta idéia surgiu na década de

1920 e tinha como finalidade principal a medição e comunicação de informações básicas em

redes internas das empresas de energia elétrica (IEEE, 1984).

Com o avanço da implantação da fibra óptica e com a redução dos custos dos sistemas

de telecomunicações esta tecnologia tornou-se viável. Assim, no decorrer na década de 1990,

foram feitos os primeiros testes de comunicação de dados pela rede elétrica, onde ocorreram

problemas nas transmissões relacionados a ruídos, os quais foram resolvidos no final da

década. Assim, as empresas de energia elétrica do mundo começaram a considerar a idéia de

se transformarem provedoras dos serviços de comunicação de dados.

Atualmente, a tecnologia usada para a transmissão de dados via rede elétrica é a

Broadband over Powerline (BPL), ou Banda Larga por Rede Elétrica. Ela é utilizada para

fornecer o acesso à internet banda larga para residências e empresas.

O objetivo deste trabalho é descrever o funcionamento desta tecnologia, especificando

suas características e sua viabilidade para vários segmentos, como residencial e comercial,

baseando-se em dados importantes como a população brasileira com energia elétrica em sua

residência, que é cerca de 95%, a rapidez do serviço que pode chegar a 200 megabits por

segundo de taxa de transmissão e a sua recente regulamentação no Brasil.

Para mostrar o funcionamento desta tecnologia primeiro será feito um retrospecto,

mostrando no segundo capítulo o funcionamento da transmissão de dados como é feita

atualmente.

O terceiro capítulo descreve as características da rede de distribuição de energia,

mostrando a baixa e a média, com o intuito de mostrar toda estrutura atual onde o BPL irá

atuar.

13

O quarto capítulo define como utilizar a transmissão de dados atual pela rede elétrica,

descrevendo todas as características e funcionamento do BPL, além de mostrar equipamentos

utilizados pela tecnologia.

O quinto capítulo mostra o patamar atual das empresas brasileiras em relação à

pesquisa e desenvolvimento desta fantástica tecnologia, mostrando testes executados e

estratégias comerciais.

O sexto capítulo descreve a regulamentação desta tecnologia não apenas no Brasil,

como nos Estados Unidos da América e no Reino Unido também, para servir de referência e

comparação das regulamentações.

O sétimo capítulo traz as considerações finais e conclusões deste trabalho.

14

2. TRANSMISSÃO DE DADOS

A transmissão de dados pode ser definida como o transporte de informações, voz,

imagem, vídeo e dados, da origem ao destino. Atualmente existem dois sistemas de

transmissão de dados, o sistema analógico, que usa a modulação para transmitir sinais, e o

sistema digital, que usa a quantização para transformar o sinal em informação digital e a

multiplexação para transmiti-los. Estes dados podem trafegar em meios físicos e não-físicos.

Nos meios físicos pode-se destacar a transmissão por cabo coaxial, fibra óptica e por cabo par

trançado, já em meios não-físicos pode-se destacar as transmissões Wi-max, Bluetooth,

satélite.

2.1. SISTEMAS ANALÓGICOS

Figura 1: Amostra de sinal analógico

Fonte: http://ensinar.wordpress.com/

Em sistemas analógicos, a transmissão de dados consiste na geração de sinais elétricos

baseados nas ondas eletromagnéticas, apresentando uma variação contínua ao longo do

tempo, podendo ter características de amplitude, freqüência e fase bastante variáveis.

Estes sinais sofrem fortes atenuações e ruídos, o que significa perda na qualidade do

sinal, para se transmitir estes sinais a grandes distâncias são utilizadas duas técnicas básicas, a

modulação e amplificação do sinal.

15

A transmissão analógica também é conhecida como transmissão por modulação de

onda portadora. De acordo com o parâmetro da onda portadora que é distinguida, o tipo de

transmissão utiliza modulação de amplitude, modulação de freqüência ou modulação de fase.

2.1.1. Modulação

Modulação em Amplitude ou simplesmente AM (Amplitude Modulation), é a forma

de modulação em que a amplitude de um sinal senoidal, chamado de onda portadora, varia em

função do sinal de interesse, que é o sinal modulador, mantendo a freqüência e a fase da

portadora constante (BEZERRA, 2008).

Já a Modulação por Frequencia ou FM (Frequency Modulation) corresponde a uma

técnica de modulação de sinais que consiste no deslocamento da frequência original do sinal a

ser transmitido através da variação da frequência da portadora, sendo esta variação

proporcional ao sinal a ser transmitido, mantendo a amplitude e a fase da portadora constante.

A modulação por fase (Phase Modulation) baseia-se na alteração da fase da portadora

de acordo com o sinal modulador, frequência e a amplitude da portadora são mantidas

constantes. (BEZERRA, 2008).

A partir dos sistemas analógicos que surgiram os sistemas digitais.

2.2. SISTEMAS DIGITAIS

Os sistemas de transmissão digital de dados consistem em transmitir os dados em

forma de um padrão binário (0 e 1), os dados recebidos são divididos em pacotes, codificados

para o padrão binário e então enviados.

16

Figura 2: Amostra de sinal digital

Fonte: http://ensinar.wordpress.com/

O sinal analógico que trafega em um enlace pode ser transformado em um sinal digital

usando-se a MCP, Modulação por Código de Pulso (PCM - Pulse Code Modulation), através

de uma amostragem do sinal analógico, o qual recebe uma MAP, Modulação por Amplitude

de Pulso (PAM – Pulse Amplitude Modulation). Posteriormente, estas amostragens são

transformadas em uma sequência de bits, através de um processo denominado quantização.

2.2.1. Quantização

A quantização é o processo através do qual estes sinais PAM são codificados em sinais

digitais. O processo de quantização consiste em introduzir no terminal de origem da

transmissão, um determinado número de níveis discretos em amplitude e fazer a comparação

entre o sinal PAM e o nível discreto mais próximo. Na outra extremidade da linha de

transmissão, deve-se executar a operação inversa, ou seja, fazer a recuperação destes pulsos

para um nível discreto semelhante ao sinal PAM original. Para se determinar os níveis

discretos de quantização, uma faixa completa de valores de amplitude possíveis é dividida em

intervalos de quantização.

O sistema digital possui um elevado grau de imunidade contra ruídos, podendo-se

dizer, que os sistemas digitais podem ser invulneráveis a ruído utilizando técnicas de

regeneração e retransmissão ao longo do caminho físico do sinal.

Existem também técnicas para a comunicação simultânea na mesma direção, tanto no

sistema analógico como no sistema digital, conhecida como multiplexação.

17

2.2.2. Multiplexação

A multiplexação é a transmissão de vários sinais usando uma única linha de

comunicação ou canal, e foi definida em dois tipos principais: por divisão de freqüência

(FDM – Frequency Division Multiplexing) e de tempo (TDM – Time Division Multiplexing).

Por exemplo, nos sistemas telefônicos modernos, os 32 sinais de 64 Kbps são reunidos em um

único canal de 2048 Kbps (2 Mbps) com o uso de multiplexadores. Com a utilização desta

técnica é possível transmitir simultaneamente 32 conversas telefônicas em um único meio de

transmissão. É óbvio que novas multiplexações podem ser realizadas, juntando-se vários

sinais de 2 Mbps em um novo sinal multiplexado de freqüência ainda maior. Desta maneira

pode haver vários níveis de multiplexação e demultiplexação.

Figura 3: Exemplo de multiplexador analógico

Fonte: http://pt.wikipedia.org

18

Figura 4: Exemplo de multiplexador digital Fonte: http://pt.wikipedia.org

Na FDM, as freqüências em cada chamada são alteradas para poderem ser inseridas

lado a lado em um canal de banda larga e transmitidas como um grupo. Na outra extremidade,

as freqüências em cada chamada são alteradas de volta para as freqüências originais. A FDM

foi por muitos anos a base da transmissão telefônica; ela é mais eficiente que os sistemas

digitais em termos de largura de banda. O problema é que o ruído é amplificado junto com a

voz. Esse fato, e também a grande redução no custo dos componentes eletrônicos digitais,

levou à substituição em grande escala de sistemas FDM por sistemas de multiplexação por

divisão de tempo (HELD, 1999).

Já a TDM se baseia no princípio da amostragem dos sinais de entrada formando com

estes, um sinal composto de saída possuidor de todas as amostragens iniciais, dispostas

seqüencialmente no tempo e quando ocorre a recepção deste sinal composto, os sinais de cada

canal são recompostos e devolvidos ao canal correspondente da recepção (MIRANDA

JUNIOR, AGHAZARM, 1993).

19

Figura 5: Multiplexação TDM

Fonte: Apostila DWDM em redes metropolitanas

O uso dessa técnica encontra duas limitações práticas: uma de ordem econômica sendo

muito elevado o custo das partes eletrônicas e eletro óptico (transmissores, receptores,

regeneradores) para operação com taxas de transmissão acima de 2,5 Gbps e outra de ordem

técnica relacionada à degradação do sinal devido à dispersão e a efeito não lineares. Sendo

assim, foi desenvolvido mais um tipo de multiplexação: por divisão de comprimento de onda

(WDM – Wavelength Division Multiplexing).

Na WDM, os sinais que transportam a informação, em diferentes comprimentos de

onda, são combinados em um multiplexador óptico e transportados através de um único par de

fibras, com o objetivo de aumentar a capacidade de transmissão e, conseqüentemente, usar a

largura de banda da fibra óptica de uma maneira mais adequada. Os sistemas que utilizam esta

tecnologia, em conjunto com amplificadores ópticos, podem aumentar significativamente a

capacidade de transmissão de uma rota sem a necessidade de aumentar o número de fibras.

Figura 6: Multiplexação WDM

Fonte: Apostila DWDM em redes metropolitanas

Analisando este potencial, foi desenvolvido os sistemas DWDM (Dense Wavelength

Division Multiplexing) que é nada mais do que a tecnologia WDM diferenciando-se apenas

no fato de que o número de comprimentos de onda transmitidos é bem maior, pois o

espaçamento entre eles é menor.

20

A DWDM combina múltiplos sinais ópticos de forma que eles possam ser ampliados

como um grupo e possam ser transportados sobre uma única fibra, aumentando sua

capacidade.

Figura 7: Multiplexação DWDM

Fonte: Apostila DWDM em redes metropolitanas

Para utilização das técnicas apresentadas se faz necessária a utilização de alguns meios

de transmissão que são exemplificados a seguir.

2.3. MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS

Os meios físicos de transmissão servem para levar a informação da origem ao destino

no processo de comunicação de dados, determinando a quantidade de informação que pode

ser transmitida em certo intervalo de tempo e também a distância máxima que a informação

pode percorrer na rede sem repetidores.

O sistema de comunicação vai se constituir de um arranjo topológico interligando os

vários módulos processadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e de um

conjunto de regras com o fim de organizar a comunicação (protocolos).

Qualquer meio físico capaz de transportar informações eletromagnéticas é passível de

ser usado em redes de computadores. Sob circunstâncias especiais, podem-se enviar ondas

através de freqüências chamadas RF (Radio Freqüências), estas são utilizadas pelos seguintes

sistemas, radiodifusão, infravermelho, enlace de satélite e microondas também são escolhas

possíveis. Os mais comumente utilizados são o cabo par trançado (não-blindado e blindado),

o cabo coaxial e a fibra ótica, sendo estes especificados abaixo.

21

2.3.1. Cabo Par Trançado ou UTP (Unshielded Twisted Pair)

O par trançado é a mais antiga e também a mais popular forma de meio físico para

transmissão de dados. Normalmente dois fios são trançados para reduzir a interferência

elétrica entre pares próximos (dois fios em paralelo constituem uma antena simples, enquanto

que um par trançado não).

Figura 8: Cabo par trançado

Fonte: http://www.clubedohardware.com.br

Os pares de fios trançados foram padronizados pela EIA (Electronics Industries

Association), a TIA (Telecommunications Industry Association), que determinaram uma

divisão em graduações.

De acordo com esse padrão, quanto mais elevado o número do grau, menor a

atenuação do cabo e mais tranças ele tem por metro, melhorando sua característica de

interferência entre pares próximos.

Nos cabos categorias 3, 4 e 5, o número mínimo é de 9 tranças por metro, e estas

nunca podem repetir o mesmo padrão de trança no cabo (entre pares), reduzindo o fenômeno

de linha cruzada.

O par trançado é largamente utilizado devido a certos fatores, entre eles pode-se citar o

preço baixo e seu uso disseminado no sistema telefônico.

22

O principal problema deste tipo de meio físico é sua suscetibilidade a influências

externas, como por exemplo, raios, descargas elétricas e campos magnéticos (como o gerado

por motores), causando ruídos e perda de informação. Além disso, o par trançado sofre

problemas de atenuação (que é maior à medida que aumenta a freqüência da transmissão),

necessitando de repetidores para distâncias acima de alguns quilômetros.

Os fatores citados acima são diminuídos em pares trançado de mais alta qualidade, que

possuem um cabo melhor e um enrolamento mais acentuado, evitando maiores interferências.

Um cabo de par trançado não blindado classe 5 possui uma fina camada metálica

envolvendo-o, evitando ainda mais a interferência eletromagnética e atingindo maiores

velocidades.

A tabela a seguir mostra algumas velocidades típicas para pares trançados não blindados

(UTP – Unshielded Twisted Pair). As taxas de transmissão mencionadas na tabela são para

distâncias de no máximo 100 m.

Figura 9: Categoria para cabos UTP da EIA/TIA

Fonte: http://www.clubedohardware.com.br

23

2.3.2. Cabo STP (Shielded Twisted Pair)

Existem ainda os pares trançados blindados, que possuem uma blindagem envolvendo

cada par trançado dentro do cabo. Este tipo de cabo é confeccionado industrialmente com

impedância característica de 150 ohms, podendo alcançar freqüências de 300 MHz em 100m

de cabo.

Figura 10: Cabo par trançado blindado

Fonte: http://www.clubedohardware.com.br

2.3.3. Cabo Coaxial

Figura 11: Cabo coaxial

Fonte: http://www.clubedohardware.com.br

24

O cabo coaxial possui em sua composição um condutor de cobre central, seguido por

uma camada de isolamento flexível, uma blindagem com malha ou trança metálica e uma

cobertura externa de isolamento e revestimento de proteção.

O cabo coaxial, ao contrário do par trançado, mantém uma capacitância constante e

baixa, teoricamente independente do comprimento do cabo. Esse fator faz com que os cabos

coaxiais possam suportar velocidades mais elevadas que o par trançado.

Existem dois tipos de cabo coaxial: o primeiro tipo é de 50 ohms, usado para

transmissão digital em banda básica, como, por exemplo, o Ethernet. O outro tipo é de 75

ohms e é utilizado tipicamente para TV a cabo e redes de banda larga.

A forma de construção do cabo coaxial (com a blindagem externa) proporciona uma

alta imunidade a ruído. Sua geometria permite uma banda passante de 60 kHz a 450 MHz.

Sua velocidade de transmissão pode chegar a 10 Mbps em distâncias de um quilômetro.

Maiores velocidades podem ser obtidas com cabos mais curtos.

2.3.4. Fibra Óptica

Uma fibra óptica é um capilar formado por materiais dielétricos cristalinos e

homogêneos (em geral, sílica ou plástico), transparentes o bastante para guiar um feixe de luz

(visível ou infravermelho) através de um trajeto qualquer. A estrutura básica desses capilares

são cilindros concêntricos com determinadas espessuras e com índices de refração tais que

permitam o fenômeno da reflexão interna total que ocorre quando um feixe de luz emerge de

um meio mais denso para um meio menos denso. O centro (miolo) da fibra é chamado de

núcleo e a região externa é chamada de casca.

25

Figura 12: Cabo Fibra Óptica

Fonte: Apostila fibras e cabos ópticos

Assim para que ocorra o fenômeno da reflexão interna total é necessário que o índice

de refração do núcleo seja maior que o índice de refração da casca.

O meio de transmissão mais utilizado é a sílica. Outros meios podem ser utilizados,

como a fibra de vidro e o plástico. O plástico é mais barato, mas possui taxas de atenuação

mais elevadas. Ao redor do núcleo, existem outras substâncias de menor índice de refração,

que fazem com que os raios sejam refletidos internamente, minimizando assim as perdas na

transmissão.

O transmissor pode ser um LED (Light Emitting Diode) ou um diodo laser, ambos

emitem luz quando recebem um pulso elétrico.

O receptor é um fotodiodo, que gera um pulso elétrico quando uma luz incide sobre

ele.

26

Figura 13: Funcionamento de transmissão em fibra ótica

Fonte: Apostila fibras e cabos ópticos

A sistemática de funcionamento de uma transmissão via fibra ótica é simples, sendo

baseada em um princípio da física. Quando um raio de luz passa de um meio a outro (por

exemplo, da sílica para o ar), o raio é refratado no limite da sílica e do ar. Nesta figura vê-se

um raio incidindo com um ângulo α1 e emergindo com um ângulo β1. O índice de refração

depende das características do meio. Para ângulos de incidência acima de certo valor crítico, a

luz é refratada de volta para a sílica (ou seja, nada escapa para o ar). Assim, um raio de luz

incidente acima do ângulo crítico pode se propagar por muitos quilômetros com uma

atenuação muito baixa.

A figura 14 mostra apenas um feixe de luz. Entretanto, existem situações onde vários

feixes de luz transmitem a informação, entrando na fibra com diferentes ângulos de luz

incidentes. Existem dois tipos de fibra ótica: a multimodo (degrau e índice gradual) com

62,5μm e a monomodo 8,3μm (SOARES, LEMOS, COLCHIER, 1995).

Figura 14: Tipos de fibra

Fonte: Apostila fibras e cabos ópticos

Fibras monomodo requerem diodos a laser (mais caros) para enviar a luz ao invés dos

LEDs (baratos) utilizados em fibras multimodo, mas são mais eficientes e podem atingir

maiores distâncias. A idéia é que o diâmetro do núcleo seja tão pequeno que apenas um raio

de luz seja transmitido. A tabela a seguir mostra as diferenças na utilização de LEDs ou de

diodos laser.

27

Figura 15: Comparativo para emissores em fibra óptica

Fonte: TANENBAUM, 2003

Em meados de 1999, a Alcatel-Lucent Bell Labs, empresa americana de pesquisa em

transmissão de dados, já conseguia transmitir 1,6 terabits por segundo (Tbps) em apenas uma

fibra ótica por 400 km, utilizando-se 40 comprimentos de onda diferentes e multiplexando-os

numa única fibra com WDM (Multiplexação por divisão de comprimento de onda). Como

cada comprimento de onda transmite 40 Gigabits por segundo (Gbps), tem-se o total de 1,6

Tbps. Nos 400 Km do teste, utilizou-se um repetidor a cada 100 Km, diferente do típico, que

eram 80 Km, fazendo que o sistema ficasse compatível com as redes comerciais correntes.

Logo no final do ano, eles conseguiram transmitir 160 Gbps em apenas um

comprimento de onda numa distância de 300 Km, além disso, conseguiram usar 1022

comprimentos de onda para enviar dados em uma única fibra óptica, em um experimento

separado.

Em termos de faixa de freqüência utilizada nas fibras óticas, existem bandas de baixa

atenuação. A figura a seguir mostra um exemplo de atenuação utilizando a parte visível do

espectro.

Figura 16: Faixas de freqüência de utilização na fibra óptica

Fonte: Apostila fibras e cabos ópticos

28

2.3.5. Cabo OPGW

As redes de telecomunicação têm passado por importantes mudanças tecnológicas nas

últimas décadas. Com os avanços tecnológicos e redução de custos que viabilizaram a

utilização de Fibras Ópticas, fabricantes de cabos ópticos, na década de 80, buscaram

soluções com maior abrangência para seus produtos, foi quando, nos EUA, surgiu o cabo

OPGW, uma solução inteligente utilizando a característica de imunidade às interferências

eletromagnéticas da Fibra Óptica somando ao potencial das linhas de transmissão das

concessionárias de energia elétrica.

O OPGW trata-se de um cabo com características elétricas de um cabo comum, mas

com o diferencial de abrigar em seu interior Fibras Ópticas, utilizando as redes elétricas como

excelentes rotas para redes ópticas de longa distância.

Desta maneira e seguindo os avanços das telecomunicações, em um futuro muito

próximo poderemos ter todas as cidades interligadas através do sistema óptico, que permitirá

transmissão dos mais diversos meios de comunicação, fazendo com que as concessionárias de

energia elétrica possam oferecer além da energia, televisão a cabo, telefonia, vídeo

conferência, internet, entre outros.

Figura 17: Cabo OPGW

Fonte: Avaliação de confiabilidade de cabos OPGW

29

Figura 18: Corte transversal do cabo OPGW

Fonte: Avaliação de confiabilidade de cabos OPGW

2.4. MEIO NÃO-FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DE DADOS

A transmissão por meio não físico utiliza o ar como meio de transmissão e são

utilizadas tecnologias sobre este meio para transmissão de dados.

2.4.1. Bluetooth

Bluetooth é uma especificação industrial para áreas de redes pessoais sem fio

(Wireless personal area networks - PANs). O Bluetooth provê uma maneira de conectar e

trocar informações entre dispositivos como telefones celulares, notebooks, computadores,

impressoras, câmeras digitais e consoles de videogames digitais através de uma freqüência de

rádio de curto alcance globalmente não licenciada e segura.

30

2.4.2. Wi-Fi

Wi-Fi é um conjunto de especificações para redes locais sem fio (WLAN - Wireless

Local Area Network) baseada no padrão IEEE 802.11.

Com a tecnologia Wi-Fi, é possível implementar redes que conectam computadores e

outros dispositivos compatíveis (telefones celulares, consoles de videogame, impressoras) que

estejam próximos geograficamente. Essas redes não exigem o uso de cabos, já que efetuam a

transmissão de dados através de radiofreqüência. Esse esquema oferece várias vantagens:

permite ao usuário utilizar a rede em qualquer ponto dentro dos limites de alcance da

transmissão por não exigir que cada elemento conectado use um cabo, permite a inserção

rápida de outros computadores e dispositivos na rede, evita que paredes sejam furadas ou

adaptadas para a passagem de fios, entre outros.

A flexibilidade do Wi-Fi é tão grande, que se tornou viável a implementação de redes

que fazem uso dessa tecnologia nos mais variados lugares, principalmente pelo fato das

vantagens citadas no parágrafo anterior resultarem em diminuição de custos. Assim sendo, é

comum encontrar redes Wi-Fi disponíveis em hotéis, aeroportos, rodoviárias, bares,

restaurantes, shoppings, escolas, universidades, escritórios, hospitais, etc, que oferecem

acesso à internet, muitas vezes de maneira gratuita. Para utilizar essas redes, basta ao usuário

ter algum laptop, smartphone ou qualquer dispositivo compatível com Wi-Fi.

O padrão 802.11 estabelece normas para a criação e para o uso de redes sem fio. A

transmissão dessa rede é feita por sinais de radiofreqüência, que se propagam pelo ar e podem

cobrir áreas na casa das centenas de metros. Como existem inúmeros serviços que podem

utilizar sinais de rádio, é necessário que cada um opere de acordo com as exigências

estabelecidas pelo governo de cada país. Essa é uma maneira de evitar problemas,

especialmente interferências. Há, no entanto, alguns segmentos de freqüência que podem ser

usados sem necessidade de aprovação direta de entidades apropriadas de cada governo: as

faixas ISM (Industrial, Scientific and Medical), que podem operar, entre outros, com os

seguintes intervalos: 902 MHz - 928 MHz; 2,4 GHz - 2,485 GHz e 5,15 GHz - 5,825 GHz

(dependendo do país, esses limites podem sofrer variações).

31

2.4.3. Wimax

O padrão WiMAX tem como objetivo estabelecer a parte final da infra-estrutura de

conexão de banda larga (last mile) oferecendo conectividade para uso doméstico, empresarial

e em hotspots.

A rede WiMAX atualmente possui dois padrões: Nomádico e Móvel.

O nomádico (IEEE 802.16-2004) é o padrão de acesso sem fio de banda larga fixa

(também conhecido como WiMAX Fixo) e teve os primeiros equipamentos (Aperto

Networks, Redline Communications, Wavesat e Sequans) homologados em Janeiro de 2006

pelo laboratório espanhol Cetecom. Já o móvel (IEEE 802.16-2005) é o padrão de acesso sem

fio de banda larga móvel - WiMAX Móvel (assegurando conectividade em velocidades de até

100 km/hora).

As redes WiMAX funcionam de maneira semelhante à das redes Bluetooth. As

transmissões de dados podem chegar a 1 Gbps e a uma distância de até 50 Km (radial), com

estudos científicos para se chegar até 10 Gbps. O funcionamento é parecido com o do

Bluetooth e o Wi-Fi (no ponto de vista de serem transmissão e recepção de ondas de rádio),

usado para comunicação entre pequenos dispositivos de uso pessoal, como PDAs, telefones

celulares (telemóveis) de nova geração, computadores portáteis, mas também é utilizado para

a comunicação de periféricos, como impressoras, scanners, etc. O WiMAX opera na faixa

ISM (Industrial, Scientific, Medical) centrada em 2,45 GHz, que era formalmente reservada

para alguns grupos de usuários profissionais

2.4.4. Satélite

A grande vantagem da conexão via satélite é a possibilidade de atender a grandes

distâncias e dispensar infra-estrutura terrestre de telecomunicações.

32

Em termos simples, o satélite é como um grande transmissor/repetidor onde este

recebe sinais de uma central terrestre e repetindo-o diretamente para uma área de cobertura

determinada em função do seu footprint.

Quando se analisa redes de dados por radiofreqüência, e considerando que estas terão

que trafegar por longas distâncias, se faz necessária a utilização de repetidores em intervalos

regulares. Quando a rede de dados utiliza fibras ópticas, é preciso fazer um grande

investimento em infra-estrutura. Da mesma forma se dá com a transmissão de dados por

outros cabos.

A conexão por satélite dispensa todos esses investimentos, o que possibilita a

instalação em localidades isoladas, tais como fazendas, pequenas cidades e mesmo em barcos

e caminhões. Qualquer outro meio de conexão precisa de grandes investimentos em terra e,

consequentemente, de um estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação ou

implantação da rede e é por isso que áreas remotas e pouco povoadas sempre ficam de fora

das redes de alta velocidade e alta qualidade.

33

3. CARACTERÍSTICA DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO BRASILEIRA

As linhas de energia elétrica foram concebidas para a transmissão e distribuição de

eletricidade para a população. Em virtude da vasta rede existente, surgiu a idéia de utilizar tais

linhas para a transmissão de dados, com diversas finalidades.

Inicialmente, a transmissão de dados via linhas de potência tinha por finalidade o

controle do sistema no caso de faltas, que continua sendo uma premissa básica desse tipo de

transmissão. A telemetria é usada para monitorar e controlar as linhas de transmissão. De fato,

uma comunicação rápida e precisa entre geradoras, subestações e distribuidoras faz-se

necessária para minimizar o impacto, sobre o usuário final, de defeitos ou problemas no

sistema.

Entretanto, a vasta e complexa rede elétrica atinge praticamente todas as localidades,

ao contrário dos outros meios de comunicação. Portanto, a sinalização e a troca de

informações entre as subestações e distribuidoras foi adequadamente baseada na própria linha

de transmissão. Atualmente, a telemetria e o sensoriamento remoto do sistema são

ferramentas modernas e eficazes na manutenção da rede elétrica.

A expressão Power Line Communications (PLC) é empregada para identificar

tecnologias, equipamentos, aplicações e serviços que proporcionem a comunicação entre

usuários por meio de linhas de potência (cabos que transmitem eletricidade). O PLC é

apontado como a maneira de implementar uma cadeia de comunicação universal, com a

condução de tais serviços via linhas de distribuição, reduzindo o cabeamento interno e

efetivamente integrando residências, escritórios e fábricas. O foco atual nas pesquisas com

PLC reside nas linhas de baixa tensão, chamadas de linhas de distribuição. A linha de

distribuição é transformada em uma rede de comunicações com a superposição de um sinal de

informação de baixa energia sobre a onda elétrica. Para garantir uma coexistência adequada e

uma separação entre os dois sistemas, a faixa de freqüência utilizada para comunicações é

bem superior à freqüência das linhas de energia (50 ou 60 Hz): de 3 a 148,5 kHz para

aplicações de PLC em banda estreita, e de 1 a 30 MHz para aplicações de PLC em banda de

difusão.

34

3.1. LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO COMO MEIO DE TRANSMISSÃO

As linhas de distribuição de energia elétrica constituem um meio muito hostil para a

transmissão de dados, já que não foram projetadas para tal finalidade. Impedâncias variantes,

ruído considerável e altos níveis de atenuação são alguns dos principais problemas referentes

à transmissão nesse ambiente.

A propagação do sinal não ocorre em um único trajeto entre o transmissor e o

receptor; por isso, o eco também é relevante e deve ser considerado, graças aos múltiplos

trajetos existentes no canal. A reflexão do sinal geralmente surge devido às várias

impedâncias distintas na rede elétrica.

3.1.1. Ruído

O ruído em linhas de distribuição constitui um problema significativo para a

transmissão de dados, já que ele dificilmente pode ser modelado como um ruído gaussiano

branco. A diversidade das características elétricas dos dispositivos conectados à rede pode

alterar as características da linha.

As características do sinal podem ser tanto dependentes do tempo quanto da

freqüência, bem como da localização do transmissor e do receptor na infra-estrutura da linha

de transmissão. Por exemplo, uma tomada próxima de uma fonte ruidosa pode apresentar uma

qualidade de sinal pequena comparada à outra que se situe mais distante dessa fonte

(equipamentos domésticos em funcionamento). Ao se ligar ou desligar eletrodomésticos

conectados à rede, a função de transferência do canal é alterada no tempo.

Fontes típicas de ruído são as ligações de equipamentos que utilizam algum tipo de

chaveamento, seja ele eletrônico (lâmpadas fluorescentes e halogênicas, fontes chaveadas) ou

mecânico (motor de escovas). O ruído nas linhas de transmissão pode ser de natureza

impulsiva ou seletiva.

35

3.1.2. Atenuação

A atenuação da onda portadora é causada por fatores que dependem do número e da

natureza das cargas conectadas, da indutância dos fios, da distância e da topologia da rede, e

deve ser considerada na análise do canal elétrico. Para compensar tal situação, algumas vezes

utilizam-se repetidores. A Alternativa é o aumento de potência, mas que pode ser limitado

pelas restrições dos padrões em vigor.

A atenuação varia não apenas com a freqüência do sinal como também com o tempo,

devido às cargas que são conectadas e desconectadas. Ou seja, as características elétricas da

rede são variantes no tempo em razão dos dispositivos que são conectados e desconectados

aleatoriamente.

Um canal variante no tempo exige maior complexidade no projeto de um sistema de

comunicações; em determinado momento a comunicação funciona bem, mas depois uma

fonte de ruído pode bloquear a comunicação. Uma possível solução é a adoção de um sistema

que se adapte ao canal, porém isso requer uma implementação complexa. O canal entre duas

tomadas quaisquer de uma casa, para exemplificar, apresenta uma função de transferência

complicada. Em tal meio de transmissão, a amplitude e a fase do sinal podem variar

drasticamente com a freqüência. Embora o sinal possa chegar até o receptor com poucas

perdas em determinadas freqüências, para outras ele pode ser completamente destruído.

3.1.3. Impedância da Rede Elétrica

Impedância é a oposição total que um circuito oferece ao fluxo de uma corrente

elétrica variável no tempo, assim garantindo que, por toda linha com os equipamentos de

comunicação em seus dois extremos, não ocorram reflexões e ondas estacionárias prejudiciais

à qualidade da informação transmitida ou recebida. As reflexões são ocasionadas por

descontinuidades nos valores da impedância característica ao longo da linha como, por

exemplo, variação em seus parâmetros dimensionais (distância entre seus condutores) ou uma

carga não adaptada (interposição de linhas com impedância diferente da impedância

característica da linha). Quanto mais precisa, estável e uniforme se apresente a linha em

36

relação às suas propriedades dimensionais, elétricas e construtivas, melhor será seu

desempenho.

3.1.4. Baixa irradiação e captação de sinais

Menor tendência de uma linha de transmissão de irradiar sinais que possam causar

interferências em outros serviços, bem como de sofrer interferências de sinais externos. A

condição de baixa irradiação e baixa sensibilidade à interferência de sinais externos é

normalmente alcançada através da utilização de linhas previamente blindadas, tais como as

linhas coaxiais.

37

4. COMUNICAÇÃO POR REDE ELÉTRICA – PLC

A tecnologia PLC (Power Line Communications) não pode ser considerada uma nova

tecnologia, pois desde o início do século XX as redes elétricas têm sido utilizadas pelas

empresas de energia elétrica para suportar serviços de telecomunicações em usos internos.

Exemplo desta utilização é a transmissão de voz em linhas de alta tensão, permitindo a

comunicação entre pessoas situadas nas usinas geradoras e nas diversas subestações (Carrier

Frequency System). Esta tecnologia também vem sendo, a longo tempo, utilizada para

telemetria alarmes e telecomandos. Estas aplicações eram caracterizadas pela largura de faixa

estreita que utilizavam, trabalhando com freqüências, sobre as linhas de energia, entre 3 kHz e

148,5 kHz.

Nos últimos anos um grande esforço tem sido realizado para a produção de tecnologia

que permita a utilização da rede elétrica para a transmissão de dados em banda larga. Este

esforço inclui o desenvolvimento de equipamentos para a rede de acesso, tanto em baixa

quanto em média tensão, além de equipamentos a serem utilizados dentro das instalações do

usuário. Para permitir a transmissão de dados em banda larga, é necessária a utilização de

freqüências mais altas, tipicamente entre 1,6 MHz e 30 MHz. Os dispositivos atualmente

disponíveis permitem capacidades de até 200 Mbps, estando previsto para o decorrer do ano

de 2010 um aumento desta taxa para até 400 Mbps. A tecnologia PLC de banda larga também

é denominada BPL (Broadband over Power Line).

Existem experiências sendo realizadas em todo o mundo, inclusive no Brasil, que já

provaram a robustez da tecnologia, sendo que em diversos países já existe comercialmente

disponível o serviço de banda larga sobre a linha de energia.

Adicionalmente, as empresas de energia elétrica pretendem aproveitar a

disponibilidade da banda larga até as instalações de seus usuários, para introduzir uma série

de melhorias na gerência da rede e do comportamento dos consumidores, sendo a medição

remota do consumo a mais evidente de todas.

38

4.1. CARACTERÍSTICAS DO SINAL PLC

O sinal PLC é transmitido sobre os fios de cobre (ou alumínio) das redes de

distribuição de baixa e média tensão. A transmissão de sinais de comunicação sobre as linhas

de corrente alternada se torna difícil por diversos fatores, dentre eles:

As características topológicas das linhas de distribuição de energia elétrica (linhas

abertas, de características não lineares, a existência de derivações ao longo de toda a linha, os

transformadores, etc..);

Existência de ruídos e interferências não previsíveis, causadas pela abertura e

fechamento de circuitos, aparelhos conectados às tomadas.;

Problemas de segurança de dados pelo compartilhamento dos mesmos circuitos entre

diversos consumidores;

Irradiações das freqüências transmitidas em linhas abertas, sem nenhum tipo de

blindagem, com um enorme potencial de interferência em sistemas que operam nas mesmas

freqüências, em bandas licenciadas ou não, no espaço aberto.

4.1.1. Modulação

A técnica de modulação deve permitir a superação destas restrições. As técnicas em

geral utilizadas nos sistemas Broadband PLC são Spread Spectrum, OFDM e GMSK,

descritas logo abaixo.

4.1.1.1. Spread Spectrum

39

A técnica de modulação de Espalhamento Espectral (Spread Spectrum) consiste em

distribuir a potência do sinal ao longo de uma faixa de freqüências muito ampla, de modo a

garantir que a densidade espectral de potencia seja bastante baixa. Em contrapartida, a largura

de banda necessária para transmissão de taxa na ordem de Megabits é bastante elevada.

4.1.1.2. Orthogonal Frequency Division Multiplex (OFDM)

A Multiplexação por Divisão de Freqüência Ortogonal também conhecida como

Discrete Multitone Modulation (DTM), é a técnica baseada na idéia de multiplexação por

divisão de freqüência (FDM) onde múltiplos sinais são enviados em diferentes freqüências.

Muitos são familiarizados com o FDM pelo uso de aparelhos de radio e televisão,

normalmente, cada estação esta associada a uma determinada freqüência (ou canal) e deve

utilizá-la para realizar suas transmissões. A OFDM parte deste conceito, mas vai além, pois

divide uma única transmissão em múltiplos sinais com menor ocupação espectral (dezenas ou

milhares). Isto adicionado com o uso de técnicas avançadas de modulação em cada

componente resulta em um sinal com grande resistência à interferência. A OFDM é quase

sempre utilizada juntamente com codificação de canal (técnica de correção de erro),

resultando no chamado COFDM.

4.1.1.3. Gaussian Minimum Shift Keying (GMSK)

O Chaveamento por Deslocamento Mínimo Gaussiano é o mesmo método utilizado na

modulação GSM (Global System for Móbile Communications). O GMSK é um tipo especial

de modulação de faixa estreita que transmite os dados na fase da portadora, resultando um

sinal constante. Isto permite o uso de amplificadores menos complexos, sem produzir

distúrbios harmônicos. O sistema multiportadoras GMSK pode ser considerado como um

sistema OFDM Banda Larga. O GMSK tem um formato de espectro do tipo Gaussiana, daí a

origem do seu nome.

40

Figura 19: Espectro da onda spread spectrum, OFDM e GMSK

Fonte: http://www.dsc.upe.br

4.1.2. A Topologia da Rede

Como não existem ainda padronizações na tecnologia PLC, a figura e o texto abaixo

apresentam soluções e terminologias que podem ser diferentes em implementações de

geradores de solução ou fornecedores diversos.

Uma topologia típica de rede PLC pode ser visualizada na figura que se segue:

41

Figura 20: Topologia típica de rede PLC

Fonte: ENDESA

Quatro níveis de rede são mostrados na figura, quais sejam, a rede interna do usuário

final, a rede de acesso, a rede de distribuição e a rede de Transporte, com a interconexão com

a internet. Logo abaixo serão descritos estes quatro níveis.

4.2. REDE INTERNA DO USUÁRIO

A rede do usuário final é constituída pela rede de distribuição elétrica nas instalações

do usuário, e pelos modems para conexão dos equipamentos que serão interligados ao serviço

de banda larga. Inúmeros modems podem estar conectados nas tomadas de energia elétrica

disponíveis em uma instalação de usuário.

Como alternativa, o usuário final pode conectar o seu modem PLC a um access point

802.11 e distribuir de forma wireless a rede de banda larga. Caso o usuário já disponha de

rede cabeada distribuída, este poderá também utilizar esta rede para o acesso da broadband

nos diversos pontos existentes.

Os modems PLC normalmente têm interface RJ45 para a rede Ethernet, interface

USB e uma interface RJ11 para se conectar diretamente um telefone comum, pois, em geral, o

modem funciona também como um gateway para propiciar o serviço de Voz sobre IP - VoIP.

Os modems podem também ser fornecidos integrados com access point 802.11, existindo

ainda modelos equipados apenas para o serviço VoIP.

42

Figura 21: Modem PLC

Fonte: PLC utilities alliance, PUA

Figura 22: Modem PLC

Fonte: http://www.ascom.com

4.3. REDE DE ACESSO

A rede de acesso PLC se inicia junto ao medidor de energia elétrica do usuário com

introdução do equipamento Repetidor ou Equipamento Intermediário (IE). Este equipamento

tem como função receber os sinais PLC gerados nos diversos modems existentes na rede,

fazer bypass no medidor e reinjetá-los na rede de baixa tensão. No caso de edifícios

residenciais, apenas um IE deve ser instalado, recebendo os sinais PLC que vem de todas as

unidades deste edifício e reinjetando-os na rede de baixa tensão.

43

Um repetidor é necessário sempre que a distância entre um IE e o transformador seja

maior que 300 metros, para fazer a recomposição do sinal. Outras situações adversas na rede,

que possam causar atenuação, podem requerer, também, a instalação de repetidores IE.

Da mesma forma, redes de distribuição, cuja distância entre o Modem PLC e o

transformador, for suficientemente pequena, pode ser dispensado repetidor, sendo o mesmo

substituído por uma ponte de acopladores na função de bypass no medidor.

A rede de acesso termina em um equipamento que é um Repetidor Baixa Tensão /

Média Tensão, também chamado de Transformer Equipment – TE. O TE, situado fisicamente

junto ao transformador da rede elétrica, recebe os sinais PLC colocados pelos diversos IE's na

rede de baixa tensão, e os coloca na rede de média tensão. Caso não exista a rede PLC de

média tensão, a rede de acesso PLC pode ser interconectada diretamente com uma rede de alta

velocidade sobre fibra, sobre cabos metálicos ou wireless. O equipamento que executa esta

função é chamado de Máster de Baixa Tensão.

Figura 23: Repetidor BT / BT no medidor e em gabinete

Fonte: PLC utilities e PLC Forum

4.4. REDE PLC DE DISTRIBUIÇÃO

A Rede PLC de Distribuição interconecta os Repetidores de Baixa Tensão / Média

Tensão (TE), instalados junto aos transformadores de distribuição de energia elétrica e

44

promove a interconexão do sinal PLC com a rede de transporte do Operador de

Telecomunicações, e daí seguindo até alcançar um ponto de acesso à rede internet. Esta

interligação é efetuada através de equipamento denominado Máster de Média Tensão.

Como foi visto, uma rede PLC pode ser constituída de apenas 4 tipos de equipamento,

localizados em 4 níveis. O modem PLC, O Repetidor de Baixa Tensão, o Repetidor Baixa

Tensão / Média Tensão e o Máster de Média Tensão. Dependendo do comprimento e

topologia da rede, o repetidor de Baixa Tensão poderá ser suprimido, restando três níveis.

Caso a interligação com a rede de transporte se dê através da linha de baixa tensão, pode-se

ter apenas os modems PLC e o Master de Baixa Tensão.

Figura 24: Repetidor MT / BT

Fonte: PLC utilities alliance, PUA

Isto caracteriza que, dependendo dos valores dos equipamentos, a solução PLC pode

ser bastante competitiva em uma área que não disponha de serviço, pela simplicidade da

solução

4.5. EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS

A seguir será apresentada descrição e imagen de equipamentos típicos de uma rede

PLC, já descritos anteriormente.

45

4.5.1. Acopladores

Para se introduzir e adaptar os sinais de dados dos equipamentos PLC para as redes de

Baixa e Média tensão são necessários acopladores. Dois principais tipos de acopladores são

utilizados, quais sejam:

Acopladores capacitivos, que injetam os sinais de dados através de contato direto com

as linhas de energia elétrica.

Acopladores indutivos, que injetam os sinais por indução.

As figuras abaixo apresentam exemplos de acopladores:

Figura 25: Acopladores para injeção do sinal PLC

Fonte: PLC utilities alliance, PUA

4.5.2. Isolador de Ruídos

O Isolador de Ruídos deve ser utilizado para a conexão do modem PLC, quando no

circuito aonde o modem será conectado existir um ou mais aparelhos eletroeletrônicos. Isto

permite um melhor desempenho do sistema PLC, com a redução do nível de ruído na rede.

46

Figura 26: Isolador de ruído

Fonte: Mitsubishi e Hypertrade V SPLC

4.5.3. Caixa de Distribuição

A Caixa de Distribuição, normalmente equipada com filtro de surto, que filtra os

ruídos provocados pelos equipamentos ligados na rede elétrica, promove a interface entre

diversos modems PLC e um repetidor BT/BT. É normalmente utilizada para facilitar a

distribuição de sinal PLC em painéis elétricos em edifícios.

Figura 27: Caixa de distribuição

Fonte: Mitsubishi e Hypertrade V SPLC

Diversos fabricantes já estão produzindo os equipamentos PLC em escala comercial.

A lista que se segue apresenta alguns dos principais fornecedores, tanto na Europa, Estados

Unidos e Ásia.

Ascom - http://www.ascom.com/plc

DS2 - http://www.ds2.es/

47

Dimat - http://www.dimat.com/

Eichhoff - http://www.eichhoff.de/english/

Vitran - http://www.yitran.com/

Mitsubishi - http://global.mitsubishielectric.com/bu/plc/index.html

Sumitomo - http://www.sei.co.jp/plc_e/index.html

Amperion - http://www.amperion.com/products.asp

Ebaplc - http://www.ebaplc.com/en/index_flash.html

Intellon - http://www.intellon.com/

4.6. PADRONIZAÇÃO

Um forte inibidor para o desenvolvimento rápido das redes Broadband PLC é a falta

de padronização nos produtos. Com a ausência da padronização, não existe interoperabilidade

entre equipamentos de fabricantes diferentes.

Desta forma, um provedor de rede após a escolha da tecnologia fica dependente da

evolução tecnológica e dos preços da tecnologia escolhida. Além disto, os custos dos

equipamentos permanecem elevados, dificultando uma adoção mais ampla da tecnologia,

gerando um claro círculo vicioso.

Buscando dentre outras, uma solução para este problema, diversos players atuantes na

tecnologia Broadband PLC criaram alguns fóruns de discussão, que contribuem com os

órgãos de padronização, principalmente na Europa, Estados Unidos e Japão. Dentre os fóruns

podem ser destacados:

48

PLCForum - www.PLCforum.com, criado no início de 2000, é constituído de 45

membros regulares e 15 convidados permanentes. 77% dos membros são entidades européias,

sendo a maioria constituída de fornecedores de produtos e desenvolvedores de soluções.

PLC Utilities Alliance, criado no início de 2002, constituído de 8 empresas de Energia

Elétrica européias que atuam em 13 países da Europa de um total de 25 países no mundo todo.

Essas empresas atendem a um mercado superior a 100 milhões de consumidores.

A HomePlug Powerline Alliance, formada em grande parte por fornecedores de

produtos, visa basicamente estabelecer padronização abertas dos equipamentos PLC de rede

interna

Com a seqüência dos trabalhos de padronização espera-se que ocorra um fenômeno

equivalente ao que ocorreu com a padronização do protocolo 802.11, promovido pela WiFi

Alliance, que permitiu uma disseminação extraordinária das redes locais wireless, em todo o

mundo.

4.7. EXPERIÊNCIAS EXISTENTES

Durante os últimos anos, com o grande crescimento do interesse pela tecnologia PLC,

diversas iniciativas de testes, e atualmente algumas já de cunho comercial tem ocorrido em

todo o mundo. O mapa que se segue mostra um retrato, não exaustivo, destas iniciativas, em

uma visão de meados de 2004.

49

Figura 28: Empresas que iniciaram pesquisas em 2004

Fonte: Arthur D. Little (2004) and PLCforum

Sumarizando os resultados obtidos nas experiências realizadas, pode-se concluir:

Os trabalhos realizados pela atividade PLC sobre a infra-estrutura elétrica foram

completados sem incidentes importantes;

A tecnologia demonstrou estar pronta para fornecimentos comerciais;

Os serviços de internet de banda larga e VoIP estão disponíveis na tecnologia;

O PLC de Média Tensão pode se tornar uma das principais opções para as redes de

distribuição de banda larga;

O PLC se tornará uma tecnologia competitiva frente às outras tecnologias de acesso

broadband;

Os principais fornecedores de equipamentos e serviços de suporte estão se envolvendo

nos fornecimento de redes PLC;

Empresas distribuidoras de energia elétrica em todo o mundo estão se direcionando

para iniciativas PLC de cunho comercial.

50

Conforme apresenta o mapa acima, CELG, ELETROPAULO, LIGHT, CEMIG,

COPEL, dentre outras, são empresas distribuidoras de energia elétrica que realizaram ou estão

realizando testes PLC no Brasil.

51

5. TECNOLOGIA PLC NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

A tecnologia PLC já está bastante difundida pelo mundo, estimasse que hoje mais de

750 empresas estejam envolvidas com esta tecnologia, principalmente nos EUA e na Europa,

onde os testes vêem ocorrendo desde 2003 em grandes escalas. Para se ter uma idéia do

quanto está avançada a tecnologia nestas regiões, na Europa existem diversos países com a

comercialização do PLC liberada e em fase de implantação para o consumidor.

O PLC no Brasil já vem sendo testado antes mesmo da aprovação do governo pela

resolução 527(8 abril de 2009), grandes empresas como Cemig, Eletropaulo, Light, Celg, e

Copel, estão investindo em pesquisas e equipamentos para a familiarização com a tecnologia

e avaliação de seu desempenho. A observação dos procedimentos adotados nestes testes

permite identificar alguns aspectos comuns a eles, dividindo-os em fases.

5.1. PESQUISA INICIAL

Caracterizada pelos testes em laboratório, em ambiente controlado onde a empresa

busca a familiarização com a tecnologia, a avaliação de seu desempenho em sua rede elétrica

e o estabelecimento dos resultados que pretende obter ao final dos testes. Tecnicamente esta

fase se traduz na caracterização dos parâmetros de desempenho da tecnologia em sua rede:

relação sinal/ruído, resposta em freqüência dos diversos canais e alcance, dentre outros.

O conhecimento do desempenho na rede permite estimar a quantidade de unidades que

serão necessárias para as fases seguintes dos testes (repetidores, unidades de acoplamento).

5.2. TESTE LIMITADO DE CAMPO

52

Nesta fase são realizados os primeiros testes de campo de pequena escala com o

objetivo de testar a tecnologia em condições reais de utilização com um maior número de

usuários. É importante medir as taxas de transmissão efetivamente obtidas nos enlaces

upstream e downstream, a estabilidade de funcionamento dos equipamentos nos mais diversos

ambientes e o desempenho da tecnologia nas topologias de rede mais significativas

encontradas na rede elétrica da empresa. Além disso, a instalação de equipamentos nos

usuários finais permite um melhor entendimento dos serviços que a tecnologia pode oferecer e

que têm potencial comercial, esse entendimento é extremamente importante para a elaboração

do Modelo Inicial de Negócios que se pretende ofertar ao mercado.

Uma boa amostra do comportamento da tecnologia pode ser obtida instalando

equipamentos em 01 ou 02 circuitos secundários e conectando de 25 a 50 usuários.

5.3. TESTE DE CAMPO DE LARGA ESCALA

Essa fase, que antecede o lançamento comercial dos serviços, caracteriza-se pelo

aprofundamento do conhecimento das variáveis relacionadas aos aspectos comerciais do

futuro empreendimento que, caso não sejam devidamente avaliadas, podem vir a inviabilizar

o negócio.

O maior número de usuários conectados permite que a empresa adquira

conhecimentos relacionados aos aspectos logísticos, operacionais e comerciais do negócio. É

nessa fase se definem:

Opção pela subcontratação (projeto, instalação, manutenção, operação,

comercialização) e sua influência no Modelo de Negócios;

Recursos necessários para a instalação dos equipamentos;

Custos do backbone (próprio/alugado uso de fibras ópticas ou de equipamentos de

média tensão);

Serviços de Atendimento ao Cliente (próprios/terceirizados Call Center);

53

Verificação final do Modelo de Negócios.

A instalação de 10 a 50 circuitos secundários e a conexão de 300 a 1000 usuários são

suficientes para se obter os resultados esperados nesta etapa.

5.4. OPERAÇÃO COMERCIAL

Fase de implantação de todas as alternativas estudadas nas fases anteriores,

caracterizada pelo lançamento do produto/serviço no mercado.

Algumas das empresas brasileiras que já detém da tecnologia do PLC, com a

regulamentação do PLC no país estão intensificando seus esforços na busca por contratos com

as empresas de telecomunicações para disponibilizar o serviço ao consumidor.

5.5. CENÁRIO BRASILEIRO

As empresas brasileiras que trabalham na tecnologia tiveram seus testes iniciados em

meados de 2001, onde vários projetos de testes foram lançados. Abaixo temos exemplos

destes projetos.

5.5.1. Alguns Projetos

Projeto em Barreirinhas, no Maranhão, foi um projeto piloto proposto em 2004 e teve

duração inicial de seis meses, ligando três pontos. Em 2007 com o avanço tecnológico o

projeto retomou forças, com velocidade 20 vezes superior. Esse projeto teve como analisar a

viabilidade da tecnologia em municípios com média de 50 mil habitantes.

54

O Projeto Telemedicina, realizado em Restinga, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul,

foi colocado em prática no ano de 2007, tendo como objetivo o auxílio nos acompanhamentos

pré-natal, enviando imagens de ultrassonografias via teleconferência para os médicos do

hospital.

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6. REGULAMENTAÇÃO

Para o correto funcionamento de determinadas tecnologias faz-se necessária sua

regulamentação que consiste em definir métricas de implementação e utilização de forma a

não interferir nas tecnologias já existentes. A seguir serão expostas regulamentações

internacionais e a regulamentação brasileira.

6.1. NO MUNDO

Nos Estados Unidos em novembro de 2004, os reguladores federais aprovaram as

regras destinadas a utilização de eletricidade para oferecer serviços de banda larga, esperando

que algum dia os consumidores estadunidenses se conectassem a web a partir de praticamente

qualquer saída de energia elétrica.

A ordem da Federal Communications Commission (FCC), agência independente do

governo estadunidense que é responsável pela regulação das comunicações interestaduais e

internacionais, também definiu regras destinadas a proteger os usuários existentes do serviço

licenciado de rádio da interferência dos sistemas de banda larga via rede elétrica (BPL),

proporcionando mais segurança jurídica às companhias de eletricidade a estudar a

implantação de serviços de internet.

Foi tudo parte de um esforço para encorajar uma maior adoção de serviços de alta

velocidade nos Estados Unidos, pois naquela época o modem de cabo e a Digital Subscriber

Line (DSL) eram os serviços que mantinham um duopólio virtual sobre serviços de banda

larga com fio para o lar.

Os reguladores disseram que esperam que essa regulamentação leve rapidamente uma

terceira alternativa à corrida por clientes de banda larga, o que poderia ajudar a diminuir os

preços e aumentar a velocidade e recursos oferecidos.

"A mágica acontece quando você encontrar a terceira via", disse o presidente da FCC

Michael Powell. Ele previu que os serviços BPL rapidamente começariam a atingir casas com

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pouco ou nenhum acesso a serviços de modem por cabo ou DSL, agora que a FCC tem agido.

"É potencialmente baseadas em IP de banda larga em qualquer lugar há poder", disse ele.

Prestadores de serviços de Internet ansiosos para encontrarem uma saída para um novo

serviço também elogiaram a ordem da FCC. Dave Baker, vice-presidente EarthLink da lei e

da ordem pública, disse em uma declaração escrita que a decisão seria "ajudar a impulsionar o

desenvolvimento e implantação de BPL, que tem um grande potencial para se tornar o terceiro

fio de banda larga em casa."

Reguladores da Federal Energy Regulatory Commission, que participaram da reunião

e trabalharam estreitamente com a FCC para coordenar detalhes, também projetaram

otimismo.

Vendedores de equipamentos, entretanto, ainda estão a discutir tecnologias

subjacentes. A HomePlug Powerline Alliance, por exemplo, ainda estavam a decidir um

padrão definitivo para o consumidor de obter acesso à internet utilizando linhas de energia

dentro de casa, embora os esforços estivessem nas fases finais.

Mas, apesar de obstáculos nos mercados de consumo, os reguladores disseram que

também devem ajudar companhias de eletricidade a melhor monitorar e proteger as suas redes

- uma peça de melhorar a confiabilidade da rede elétrica e ampliando a segurança interna.

Além disso, os sistemas de BPL podem permitir semáforos, câmeras de vigilância e outros

dispositivos, como a rede de imediato, a partir de qualquer tomada elétrica.

Em resposta às preocupações de interferência, a ordem também tenta criar mais

segurança para a indústria.

Especificamente, foi estabelecido "exclusão das bandas de freqüências", na qual a BPL

devem evitar operar para proteger e comunicações aeronáuticas, receptor das aeronaves, assim

como "zonas de exclusão" em locais próximos às operações sensíveis, como a Guarda

Costeira ou estações de radioastronomia. Dentro dessas zonas, BPL devem evitar operar em

determinadas freqüências.

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6.2. NO BRASIL

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) colocou sua proposta de

Regulamento sobre Condições de Uso do Sistema de Acesso em Banda Larga utilizando Rede

de Energia Elétrica (BPL) em consulta pública no final de agosto de 2008 e ficou aberta

durante o restante do mês e todo o mês de setembro. Foi proposto que a comunicação a ser

estabelecida pelo sistema BPL, confinada nas redes de energia elétrica, somente poderia

ocorrer na faixa de 1.705 MHz a 50 MHz. Além disso, os equipamentos que compusessem o

sistema BPL deveriam possuir certificação expedida ou aceita pela Anatel, de acordo com a

regulamentação vigente, e atender às normas cabíveis, referentes ao sistema elétrico,

expedidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Apenas no dia 8 de abril de 2009 foi aprovada a proposta para o uso do sistema BPL

por meio da Resolução 527. De acordo com a publicação da Anatel, o documento estabelece

os critérios e parâmetros técnicos que permitem a utilização dessa tecnologia de forma

harmônica com as aplicações de radiocomunicação que usam radiofreqüência na faixa entre

1.705 MHz e 50 MHz. Com essas regras, a Anatel permite que novas tecnologias sejam

utilizadas em benefício da sociedade, por meio do uso compartilhado do espectro

eletromagnético, uma vez que as redes de distribuição de energia elétrica disponíveis

apresentam grande capilaridade no território brasileiro.

A Agência tomou precauções para que os sistemas BPL não causem interferência

prejudicial em outros serviços, como o de Radioamador e o de Radiodifusão de Sons e

Imagens. Nesse sentido, os sistemas poderão operar nas faixas de 1.705 MHz a 50 MHz em

caráter secundário. Também foi estabelecida a obrigatoriedade da utilização de filtros capazes

de atenuar as radiações indesejadas. Os sistemas deverão dispor de mecanismo que possibilite

o desligamento remoto, a partir de uma central de controle, da unidade causadora de

interferência prejudicial, caso outra técnica para sua atenuação não alcance o resultado

esperado.

A operação do BPL, em Redes de Média Tensão, não poderá provocar radiações

indesejadas nas faixas de exclusão, que abrangem faixas de radiofreqüências atribuídas ao

serviço Móvel Aeronáutico e de Radioamador. Os limites de radiação indesejada causada

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pelos sistemas BPL dentro de zonas de proteção de estações costeiras atribuídas ao Serviço

Móvel Marítimo devem estar atenuados a um nível de pelo menos 10 dB abaixo dos limites

especificados na regulamentação. No caso das zonas de proteção de estações terrestres, é

vedada a operação desses sistemas na faixa de 1.705 MHz a 30 MHz.

Os equipamentos que compõem o sistema BPL devem possuir certificação expedida

ou aceita pela Anatel, de acordo com a regulamentação vigente, e atender às normas cabíveis,

referentes ao sistema elétrico, expedidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os sistemas existentes, em desacordo com o Regulamento aprovado, poderão operar até 30 de

junho de 2010, quando deverão ser desativados. A prestadora que fizer uso de sistema BPL

deve apresentar à Anatel, em até 30 dias antes de início de operação, informações necessárias

para a criação e manutenção de uma base de dados pública, disponível a quaisquer

interessados, atualizando-a na entrada de operação do serviço e sempre que houver alterações.

A Diretoria Colegiada da ANEEL aprovou, no dia 25 de agosto de 2009, as regras

para utilização da rede elétrica para transmissão de dados, voz e imagem e acesso à Internet

em alta velocidade por meio da tecnologia Power Line Communications (PLC). A Resolução

Normativa nº 375/2009 que estabelece as condições de compartilhamento da infraestrutura

das distribuidoras vai permitir significativos avanços ao país, com importante estímulo à

inclusão digital, pois 95% da população brasileira têm acesso à eletricidade por meio de 63

concessionárias e 24 cooperativas, que levam energia a 63,9 milhões de unidades

consumidoras.

Outros ganhos também são esperados. Significativa parcela dos ganhos das

distribuidoras com a locação da rede para transmissão de dados será empregada na busca de

tarifas mais justas ao consumidor. A resolução determina que parte da receita extra das

concessionárias com esse serviço seja destinada à modicidade tarifária. Além disso, ao

representar mais uma opção de acesso à Internet, aumenta-se a competição com as formas

existentes, o que pode contribuir para queda no preço do serviço.

A regulamentação do PLC contou com o trabalho técnico de diversas áreas técnicas da

Agência, como Regulação da Distribuição, Regulação Econômica, Fiscalização Econômica e

Financeira e Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição. O assunto está na

pauta da ANEEL desde 2006. O tema esteve em audiência pública de 12 de março a 13 de

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maio de 2009. Nesse período, o órgão regulador recebeu 163 contribuições de agentes do

setor elétrico e de telecomunicações, associações de classe e consumidores.

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7. CONCLUSÃO

Este trabalho mostrou como a transmissão de dados acontece atualmente, por meio de

seus sistemas analógicos e digitais, tal como os meios onde esses dados trafegam: os cabos e

o ar. Paralelamente, foi mostrado como está a estrutura da rede elétrica no país, definindo suas

características e funcionamento.

Com esses dois paradigmas bem definidos, pôde-se ver como os dois unidos seriam

poderosos, utilizando a transmissão de dados nesse meio tão bem conhecido, que é a rede

elétrica. E dessa união viu-se surgir o BPL, tecnologia de alta qualidade para internet em alta

velocidade via rede elétrica.

O poder dessa nova tecnologia é rapidamente percebido quando algumas de suas

características são apresentadas como seu baixo custo de implantação, uma vez que a

estrutura do serviço é a própria rede elétrica. Restará às empresas fecharem acordo com

provedores de serviço, ou criar suas próprias subsidiárias de telecomunicação. E isso com

uma velocidade extremamente alta, se comparada com serviços utilizados atualmente, como

ADSL e Internet a Cabo.

Outro diferencial competitivo é sua atual regulamentação pelos órgãos brasileiros

responsáveis: ANATEL e ANEEL. Suas regulamentações, que definem a utilização da

radiofreqüência para transmissão de dados por rede elétrica e a utilização da rede elétrica para

transmissão de dados, respectivamente, abrem as portas para as empresas de energia elétrica

do país, que já vem fazendo pesquisas e desenvolvimento na área há alguns anos, para

comercializarem a tecnologia. Assim logo será visto uma alteração grosseira no patamar dos

serviços de distribuição de internet no Brasil, trazendo benefícios para todos os consumidores

atuais deste tipo de serviço, que verão preços em queda e condições de utilização cada vez

melhores, tanto quanto aqueles cidadãos que terão acesso a esta tecnologia em lugares

remotos, onde as tecnologias atuais não alcançam.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Brasília, 2009.

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sistemas de banda larga pela rede elétrica. Brasília, 2009. Disponível em:

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