49
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Zootecnia Dissertação Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim- forrageiro cv. Amarillo Vanessa Monks da Silveira Pelotas, 2007

Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

  • Upload
    others

  • View
    9

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

Dissertação

Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro cv. Amarillo

Vanessa Monks da Silveira

Pelotas, 2007

Page 2: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Vanessa Monks da Silveira

Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro cv. Amarillo

Dissertação apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Zootecnia da

Universidade Federal de Pelotas, como

requisito parcial à obtenção do título de

Mestre em Ciências (área do

conhecimento: Pastagens).

Orientador: Prof. Dr. Pedro Lima Monks

Colaborador: Prof. MSc. Jesus Juarez de O. Pinto Pelotas, 2007

Page 3: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Dados de catalogação na fonte: (Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744)

S587e Silveira, Vanessa Monks da

Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim forrageiro cv. Amarillo/ Vanessa Monks da Silveira. - Pelotas, 2007.

48f. Dissertação ( Mestrado ) –Programa de Pós-Graduação em

Zootecnia. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel. Universidade Federal de Pelotas. - Pelotas, 2007, Pedro Lima Monks, Orientador.

1. Arachis Pintoi 2. Amendoim forrageiro 3. Herbicidas

4. Toxicidade 5. Latifolicidas 6. Graminicidas I . Monks, Pedro Lima (orientador) II .Título.

CDD 633.368

Page 4: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Banca examinadora: Prof. Dr. Pedro Lima Monks Prof. Ph.D. Lotar Siewerdt Dr. José Carlos Leite Reis Dr. Otoniel Geter Lauz Ferreira

Page 5: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

À minha mãe;

À minha irmã.

Pelo apoio, paciência, compreensão, encorajamento e carinho...

Dedico.

Page 6: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

AGRADECIMENTOS

À UFPEL/FAEM/DZ, pela oportunidade de realizar o curso de Pós-

Graduação;

À CAPES, pela concessão da bolsa de estudos;

Ao Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, pelo suporte financeiro ao

projeto de pesquisa que resultou nesta dissertação;

Ao professor Pedro Lima Monks pela orientação, incentivo, interesse na

minha aprendizagem, ensinamentos, e, acima de tudo, pela confiança durante meu

mestrado.

Ao professor Jesus Juarez de O. Pinto, pela fundamental contribuição e

apoio para a realização deste trabalho e, principalmente, pelos conhecimentos

transmitidos.

Aos professores e funcionários da UFPEL/FAEM/DZ com os quais convivi,

pelo auxilio durante a realização deste trabalho.

Aos colegas Daiane Sganzerla, Leandro Galon, Otoniel G. Lauz Ferreira,

Carlos Eduardo da S. Pedroso e Roger Marlon Gomes Esteves, pelo auxílio e

companheirismo.

A minha família que sempre esteve presentes em todos os momentos do

meu aprendizado, sempre com uma palavra de incentivo.

À todos aqueles que, de uma maneira ou outra, auxiliaram na realização

deste trabalho.

Enfim a todos...

Page 7: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Resumo

SILVEIRA, Vanessa Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro cv. Amarillo 2007. 48f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. Para avaliar a toxicidade de herbicidas em amendoim-forrageiro cv. amarillo foram testados os seguintes herbicidas latifolicidas nas doses recomendadas para outras leguminosas, como a soja (Glycine max) e o amendoim anual (Arachis hypogaea L.): 2l/ha de paraquat (200 g/l); 70g/ha de clorinuron etil (250g/l); 123g/ha de imazapique (700g/l); 1l/ha de glifosato (360g/l); 0,69l/ha de lactofen (240 g/l); 0,9 l/ha de fluazifop-p-butil+fomesafen ( 200+250 g/l); 41,69 g/ha de cloransulam (840g/l) e 29ml/ha de carfentrazone (400g/l). Posteriormente, foram avaliadas doses dos herbicidas mais seletivos no primeiro experimento, ou seja: 1,0l/ha; 2,0l/ha; 3,0l/ha e 4,0l/ha de paraquat; 35g/ha; 70g/ha; 105g/ha e 140g/ha de clorinuron etil; 21g/ha; 42 g/ha; 63 g/ha e 84 g/ha de cloransulam. Em um terceiro experimento, foram testados os seguintes graminicidas: 0,875l/ha; 1,75l/ha; 2,63l/ha e 3,5l/ha de fluazifop-p-butil (250g/l); 0,25l/ha; 0,5l/ha; 0,75l/ha e 1,0l/ha de trepaloxydim (200g/l). O delineamento experimental foi de blocos completos ao acaso com quatro repetições. As variáveis avaliadas foram produções de matéria seca (MS) do amendoim-forrageiro e toxicidade, nos dois primeiros experimentos e MS do amendoim-forrageiro e controle de plantas daninhas no terceiro. Os herbicidas paraquat e clorinuron etil são os que menos afetam a produção de MS do amendoim-forrageiro e apresentam menor toxidade nas doses usualmente recomendadas para outras leguminosas. O paraquat não altera a produção de MS e apresenta menor toxicidade nas doses testadas. O herbicida fluazifop-p-butil é mais efetivo no controle das gramíneas invasoras, principalmente grama-seda (Cynodon dactylon Pers.) do que o trepaloxydim. Não ocorre prejuízo na produção de MS e no desenvolvimento do amendoim-forrageiro com o uso dos graminicidas. Palavras-chave: Arachis pintoi, toxicidade, seletividade, produção de forragem, plantas daninhas, graminicidas, latifolicidas.

Page 8: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Abstract

SILVEIRA, Vanessa M. Effect of post-emergence herbicides in pinto peanut production (Arachis pintoi Krapovickas & Gregory) cv. Amarillo. 2007. 48f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Zootecnia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. This study evaluated the toxicity of herbicides in pinto peanut cv. Amarillo. First the latifolicide herbicides were tested in doses usually recommended: 2 l/ha of paraquat (200 g/l); 70g/ha of clorinuron ethyl (250 g/l); 123 g/ha of imazapique (700 g/l); 1 l/ha of glifosato (360 g/l); 0,69 l/ha of lactofen (240 g/l); 0,9 l/ha of fluazifop-p-butil+fomesafen (200+250 g/l); 41.69 g/ha of cloransulam (840 g/l) and 29 ml/ha of carfentrazone (400 g/l). After wars doses of the herbicides more selective to pinto peanut, were evaluated: 1.0 l/ha; 2.0 l/ha; 3.0 l/ha and 4.0 l/ha of paraquat; 35 g/ha; 70 g/ha; 105 g/ha and 140 g/ha of clorinuron ethyl; 21 g/ha; 42 g/ha; 63 g/ha and 84 g/ha of cloransulam. In a third experiment the following graminicides herbicides, were tested: 0.875 l/ha; 1.75 l/ha; 2.625 l/ha and 3.5 l/ha of fluazifop-p-butil (250 g/l); 0.25 l/ha; 0.5 l/ha; 0.75 l/ha and 1.0 l/ha of trepaloxydim (200g/l). Experimental design consisted of randomized complete blocks with four replications. Variables evaluated were had produced dry matter yield (DM) of pinto peanut and toxicity in the two first experiments, and dry matter yield of pinto peanut and weed control in the third. The herbicides paraquat; clorinuron etil affected less pinto peanut yield. Paraquat is the most indicated in all doses tested. The herbicides fluazifop-p-butil was the most effective for weed grasses, the mainly bermuda grass (Cynodon dactylon) compared to trepaloxydim. No production damage in DM yield and in the development of pinto peanut occurred with the use of graminicides. Keywords: selectivity, forage yield, weed plants, graminicides, latifolicides.

Page 9: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Lista de Figuras

Figura 1 Toxicidade (%) aos 10, 20 e 30 dias após aplicação em amendoim-forrageiro cv. Amarillo de diferentes herbicidas latifolicidas ...................................................................................... 32

Figura 2 Toxicidade (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo

submetido à aplicação de herbicidas latifolicidas pós-emergentes em diferentes doses.................................................... 33

Figura 3 Toxicidade (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo

submetido à aplicação de herbicidas latifolicidas pós-emergentes aos 10, 20 e 30 DAA................................................... 35

Figura 4 Controle (%) de plantas daninhas por herbicidas graminicidas

pós-emergentes em diferentes doses em área de amendoim-forrageiro cv. Amarillo ..................................................................... 37

Page 10: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Lista de Tabelas

Tabela 1 Principais registros climáticos ocorridos durante o período experimental, acompanhados das normais disponíveis.................. 23

Tabela 2 Tratamentos utilizados para controle de plantas daninhas da

ordem das magnoliopicidas, no experimento 1. CAP/UFPEL. Capão do Leão, RS ........................................................................ 24

Tabela 3 Tratamentos utilizados para controle de plantas daninhas da

ordem das magnoliopicidas, no experimento 2. CAP/UFPEL. Capão do Leão, RS ........................................................................ 26

Tabela 4 Tratamentos utilizados para controle de plantas daninhas da

ordem poaceas, no experimento 3. CAP/UFPEL. Capão do Leão, RS......................................................................................... 28

Tabela 5 Médias de produção de biomassa seca (Kg/ha) e de

toxicidade (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo submetido à aplicação de diferentes herbicidas latifolicidas pós-emergentes .............................................................................. 30

Tabela 6 Toxicidade de herbicidas latifolicidas pós-emergentes

aplicados em amendoim-forrageiro cv. amarillo em diferentes doses .............................................................................................. 34

Tabela 7 Toxicidade de herbicidas latifolicidas pós-emergentes

aplicados em amendoim-forrageiro cv. Amarillo em diferentes doses e em diferentes épocas de avaliação .................................. 35

Tabela 8 Controle (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo submetido

à aplicação de herbicidas graminicidas pós-emergentes em diferentes doses.............................................................................. 37

Page 11: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Sumário

Pág.

Resumo................................................................................................................. 06

Abstract................................................................................................................. 07

Lista de Figuras..................................................................................................... 08

Lista de Tabelas.................................................................................................... 09

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 11

2- REVISÃO DE LITERATURA............................................................................. 15

3. METODOLOGIA GERAL.................................................................................. 22

3.1 Avaliação de herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro................... 24

3.2 Avaliação de doses de diferentes herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro.................................................................................................... 26

3.3 Avaliação de doses de diferentes herbicidas graminicidas em amendoim-forrageiro...................................................................................................... 28

4- RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 30

4.1 Avaliação de herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro................... 30

4.2 Avaliação de doses de diferentes herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro....................................................................................................... 33

4.3 Avaliação de doses de diferentes herbicidas graminicidas em amendoim-forrageiro....................................................................................................... 36

5. CONCLUSÕES................................................................................................. 39

6- REFERÊNCIAS................................................................................................. 40

ANEXOS............................................................................................................... 44

Page 12: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Introdução

Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e

quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de

hectares de terras agricultáveis férteis, dos quais 90 milhões ainda não foram

explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a

agropecuária e todos os negócios relacionados às respectivas cadeias produtivas. O

agronegócio é hoje a base da economia brasileira e responde por um em cada três

reais gerados no país, sendo responsável aproximadamente por 33% do Produto

Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos brasileiros.

Assim como a agricultura, a pecuária também registra um crescimento significativo.

De 1990 a 2003, a produção de carne bovina aumentou 85,2% ou seja, 6,1% ao

ano, passando de 4,1 milhões para 7,6 milhões de toneladas. O complexo carne,

que inclui outros tipos de produto, também faz investimento em pesquisa, por

intermédio do melhoramento genético, e na certificação de origem do produto. Tudo

para oferecer aos consumidores alimentos seguros e de alta qualidade, como o

chamado "boi verde", um animal alimentado apenas com pastagem, muito diferente

dos sistemas mantidos em outros países produtores (ARROZPEC, 2007).

No Rio Grande do Sul a agropecuária é uma das principais atividades sócio-

econômicas e corresponde a aproximadamente 16% do PIB do Estado (SCP, 2006).

A pecuária de corte (bovinos e ovinos) desta região tem como principal suporte

alimentar a forragem de campos naturais em exploração extensiva. (MORAES et al.

1995).

O rebanho bovino do Rio Grande do Sul é de aproximadamente 14,2

milhões de cabeças, representando 8,0% do rebanho nacional, estimado em 185,8

milhões de cabeças, sendo o segundo maior rebanho comercial do mundo (SCP,

2006). O abate anual do Estado chega a 2,0 milhões de cabeças e a produção anual

é de 440 mil toneladas (equivalente carcaça) para um consumo de 480 mil

toneladas. O consumo per capita é de 48 kg por habitante. A aptidão predominante é

a pecuária de corte, 82,17% do rebanho, enquanto a pecuária leiteira corresponde a

17,83%. A predominância racial na pecuária de corte é européia. A exploração

pecuária é desenvolvida basicamente pelo pastoreio contínuo de campos nativos,

totalizando no Rio Grande do Sul, uma área de 11,9 milhões de hectares.

Page 13: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

12

As formações campestres do Rio Grande do Sul, desde a introdução dos

bovinos e ovinos em fins do século XVIII, vêm sendo utilizadas em regime de

pastoreio contínuo, nos quais a pecuária extensiva tem sido, por mais de duzentos

anos, a forma de aproveitamento econômico destes campos. Com o decorrer dos

anos, os rebanhos aumentaram, as lotações elevaram-se, houve a subdivisão dos

campos e, como conseqüência, o superpastejo ocorre hoje, na maioria dos campos

sul-rio-grandenses (GONÇALVES, 1999). Portanto, este contínuo manejo intensivo,

tem provocado redução de freqüência de muitas espécies nativas, inclusive

leguminosas.

O aumento da participação de leguminosas forrageiras nestas áreas deve

ser valorizado, visto que elas melhoram à dieta animal e, também, incorporam de

nitrogênio atmosférico ao ecossistema pastoril, a um custo baixo, através da fixação

biológica.

Segundo Sample (1974) as leguminosas valorizam as pastagens devido a

sua capacidade de enriquecimento do solo, facilitando a fixação de nitrogênio

atmosférico. Carambula (1977) afirma que as leguminosas são elementos

indispensáveis na produção de forragens, devido a suas propriedades de

incorporação de nitrogênio e seu alto valor nutritivo, especialmente pelo conteúdo de

proteínas e minerais. Sendo assim, a utilização de uma leguminosa apropriada em

determinada circunstância é garantia de êxito da pastagem. Além de possibilitar a

redução dos efeitos negativos da atividade pecuária sobre a qualidade do solo e da

água, ela possibilita também a expressão do potencial genético dos animais, fato

esse que reverterá em maior lucratividade para o produtor rural (LIMA et al., 2004).

Embora haja um expressivo número de leguminosas nativas nos campos do

Rio Grande do Sul, cerca de 150 espécies, segundo Moraes et. al. (1995), estas

ainda são pouco estudadas. Vários trabalhos têm sido realizados para avaliações do

comportamento de leguminosas forrageiras de distintas origens visando à melhoria

das pastagens, e dentre essas tem se destacado o amendoim-forrageiro (Arachis

pintoi Krapovickas & Gregory). O amendoim-forrageiro é uma leguminosa perene de verão, com 20 a 60cm

de altura, que é originaria da região do Cerrado brasileiro. O hábito de crescimento

rasteiro faz com que esta planta produza uma camada densa de estolões com

entrenós curtos e os pontos de crescimento protegidos do pastejo. A espécie A.

pintoi tem despertado interesse de pesquisadores em âmbito nacional e

Page 14: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

13

internacional por sua potencialidade para uso como forrageira e como cobertura

verde em culturas perenes (VALENTIM et al., 2001). Segundo Argel & Villarreal

(2004) esta leguminosa tem mostrado boa adaptação à grande variedade de solos e

climas, boa compatibilidade com gramíneas estoloníferas e agressivas do gênero

Brachiaria e Cynodon. Produz boa quantidade de forragem de alta qualidade e é

bem consumida pelos animais. Apresenta boa adaptação em regiões tropicais com

altitudes de 0 a 1800 m e com precipitações de 2000 a 3500mm anuais (RINCÓN,

1999). Após a fecundação há o desenvolvimento do ginóforo fazendo com que a

semente fique enterrada no solo o que dificulta a colheita posterior. Devido a esse

fato o preço da semente no mercado é alto, levando a prática do estabelecimento da

cultura através de mudas (estolões) enraizadas.

O lento estabelecimento do amendoim-forrageiro em áreas implantadas

através de mudas limita o seu sucesso, especialmente em áreas com alta incidência

de plantas daninhas. Argel & Villarreal (2004) ao descreverem a cultivar Porvenir,

afirmam que o lento crescimento inicial propicia uma maior interferência de plantas

daninhas. Esta característica compromete a rápida cobertura do solo, prejudicando o

aproveitamento da pastagem no mesmo ano de implantação (BRUYN, 2003).

Plantas daninhas são aquelas cujo número é suficiente para causar

significativa limitação no resultado de um sistema específico. Entre os danos

causados por estas plantas, destacam-se os provocados pela competição por luz,

água e nutrientes (GONZAGA et al., 1998).

As plantas daninhas se instalam onde o solo está descoberto, o que

prejudica plantas de lento estabelecimento e de porte baixo. Entre as consideradas

mais problemáticas em áreas de pastagens instaladas, estão espécies perenes, que

apresentam grande capacidade competitiva com as espécies forrageiras, que

podendo reduzir sobremaneira a produtividade das pastagens. A maior ênfase no

controle de plantas daninhas tem sido dada ao uso de herbicidas, devido a sua

eficácia, praticidade e vantajosa relação custo/benefício (CARMONA et al., 2001). O

manejo químico de pastagens é basicamente realizado em pós-emergência, com a

pastagem já implantada. Entretanto, também pode-se fazer o manejo com

herbicidas na fase de formação da pastagem, visando o não estabelecimento de

espécies indesejáveis (DEUBER, 1997). Em se tratando de amendoim-forrageiro,

devido ao seu lento estabelecimento, a opção pela utilização de herbicidas em pós-

emergência se mostra a mais adequada.

Page 15: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

14

Tendo em vista a corrente prática do estabelecimento dessa forrageira

através de mudas na região, e a falta de informações sobre o uso de herbicidas para

o controle de plantas daninhas que prejudicam esse estabelecimento, realizou-se

este estudo para avaliar o efeito de herbicidas sobre o comportamento do amendoim

forrageiro.

Page 16: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Revisão de Literatura

No Rio Grande do Sul a pecuária tem como principal suporte alimentar a

forragem de campos naturais. Nestes campos há uma predominância de gramíneas,

o que justifica o crescente estudo de espécies leguminosas nativas ou introduzidas,

com o objetivo de melhorar a pastagem para o consumo animal. A disponibilidade de

nitrogênio é componente chave na produtividade e persistência de pastagens e pode

ser pelo menos, parcialmente fixado por associações leguminosas-rizobium. A

elevada qualidade nutritiva das leguminosas forrageiras, a fixação simbiótica do

nitrogênio atmosférico e a diminuição de custos têm sido um dos fatores que

mantém o interesse por este grupo de plantas (PEREZ E PIZARRO, 2006). Entre as

distintas espécies de leguminosas introduzidas no Rio Grande do Sul o amendoim-

forrageiro (Arachis pintoi Krap. & Greg.) tem mostrado grande potencial na produção

de forragem com alta qualidade (NASCIMENTO, 2004).

As leguminosas deste gênero são nativas da América do Sul, onde cerca de

70 a 80 espécies se distribuem pela Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Peru e

Uruguai. O primeiro acesso desta espécie foi obtido pela coleta realizada por

Geraldo Pinto, em 1954, junto à foz do Rio Jequitinhonha, em Belmonte, no Estado

da Bahia. O material coletado foi levado ao Instituto de Pesquisas e Experimentação

Agronômica do Leste – Ipeal, em Cruz das Almas, também na Bahia, onde foi

mantido em observação em canteiro experimental por muitos anos (VALLS &

PIZARRO, 1995).

O amendoim-forrageiro é uma leguminosa herbácea da família Fabaceae

(Papilionoideae), perene de verão, com 20 a 60 cm de altura. Possui raiz pivotante

de até 30 cm e folhas alternadas compostas com quatro folíolos oblongos de cor

verde claro a escuro, com flores, predominantemente, da cor amarela. Seus estolões

são ramificados, circulares a ligeiramente planos, com entrenós curtos e fortemente

enraizados. O hábito de crescimento rasteiro faz com que esta leguminosa produza

uma camada densa de estolões com entrenós curtos e os pontos de crescimento

bem protegidos do pastejo (ARGEL E PIZARRO, 1992; RINCÓN et al, 1992). De

acordo com os mesmos autores, a cv. Amarillo tem origem genética do primeiro

acesso colhido em 1954, e foi a primeira a ser lançada no mercado, pela Austrália.

Page 17: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

16

A implantação desta espécie, na maioria das vezes, é feita através de

propágulos vegetativos devido à dificuldade de obtenção de sementes que se

desenvolvem abaixo do solo. O lento estabelecimento da pastagem por mudas limita

o seu sucesso, principalmente em áreas com alta incidência de plantas daninhas,

atrasando o fechamento da área e a produção da pastagem. A presença de plantas

silvestres que emergem espontaneamente nos ecossistemas agrícolas pode

condicionar uma série de fatores bióticos atuantes sobre as plantas cultivadas.

Aquelas irão interferir não só na produtividade biológica da planta cultivada como

também na operacionalização do sistema de produção empregado. Por isso, tais

plantas, normalmente, são alvo de controle, e passam a ser chamadas de daninhas

(LORENZI, 2000). De acordo com Perez & Pizarro (2006), esta situação pode ser

revertida através do controle químico ou mecânico, dependendo da situação

específica da área.

O estabelecimento é o período mais crítico no desenvolvimento de uma

pastagem, pois é onde a competição com as plantas daninhas pode provocar as

maiores perdas. A interferência das plantas daninhas com as plantas forrageiras se

faz da mesma forma que com as outras plantas cultivadas, pois elas interferem na

produtividade da pastagem, na produtividade de carne e leite, no custo de produção,

na disseminação de pragas e doenças para planta forrageira e na infestação de

ectoparasitas. Além disto, as plantas daninhas podem proporcionar intoxicação aos

animais e contribuir para a redução do valor da terra (DEUBER, 1997).

As plantas daninhas competem com as cultivadas pelos recursos do meio

necessários à sobrevivência dos vegetais. A duração do tempo da competição

determina prejuízos no crescimento, desenvolvimento, e consequentemente, na

produção das culturas (PAULO et al., 2001). A ocorrência de plantas indesejáveis

em pastagens representa graves problemas à criação pecuária nos Campos Sul

Brasileiros. Entre os danos causados destacam-se os provocados pela competição

por luz, água, espaço e nutrientes, especialmente pelas semi-arbustivas como a

chirca (Eupatorium buniifolium) (Gonzaga et al., 1998).

Segundo Rizzardi et al. (2004), o controle de plantas daninhas consiste na

adoção de práticas que resultam na redução da infestação por estas plantas, mas

não necessariamente na sua completa erradicação ou eliminação. Os principais

métodos de controle são: preventivo, cultural, mecânico, biológico e químico.

Page 18: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

17

O controle das plantas daninhas pode ser feito de forma mecânica ou com

herbicidas (ARGEL E VILLARREAL, 2004). O controle mecânico pode ser realizado

através de capinas, roçadas e utilização estratégica de animais. Nas pastagens

pode-se utilizar a roçadeira para corte das forrageiras, com isso, baixa-se a altura do

pasto, cortam-se espécies indesejáveis e, propicia-se a rebrota mais vigorosa e

uniforme das forrageiras (DEUBER, 1997).

Na realidade, o meio mais eficaz para combater as plantas daninhas é o uso

combinado de diferentes práticas e meios, visando aproveitar bem os recursos

disponíveis, conseguir maior eficácia, reduzir custos e obter a máxima segurança

para o homem e a mínima contaminação ou alteração do meio. Sendo assim, deve-

se produzir alimentos em grande quantidade e qualidade mantendo-se o meio

ambiente saudável. Para controle de plantas daninhas em pastagens naturais e

cultivadas, os melhores resultados são conseguidos também, com a integração entre

diferentes métodos objetivando estruturar assim um plano racional de manejo da

pastagem, com conhecimentos prévios da planta daninha e sua relação com as

plantas forrageiras e o ambiente.

Para o controle químico de plantas daninhas em pastagens, como em

qualquer cultura, é necessário que esta seja, no mínimo, tolerante ao herbicida.

Quando surgirem sintomas de toxicidade a planta deve recuperar-se e apresentar

desenvolvimento fenológico absolutamente normal.

Herbicidas são substâncias químicas ou culturas de organismos biológicos

usados para matar ou suprimir o crescimento de plantas, além de serem

consideradas substâncias químicas capazes de selecionar populações de plantas

(RIZZARDi et al, 2004).

Dentre os herbicidas com ação exclusiva em pós-emergência registrados

para manejo de plantas daninhas em semeadura direta, pomares já estabelecidos e

áreas não agrícolas pode-se destacar o Roundap (glifosato) e o Gramoxone

(paraquat). Com o nome químico de sal isopropilamina de n(fosfonometil) glicina, o

glifosato é um derivado da glicina não-seletivo e sistêmico que apresenta pouca

toxicidade a seres ou organismos vivos não vegetais (MONSANTO, 2006). De

acordo com Junior et al. (2002), o glifosato apresenta elevada eficiência na

eliminação de ervas daninhas, sendo um organofosforado que não afeta o sistema

nervoso. O glifosato costuma ser pulverizado sendo, em geral, absorvido pelas

plantas daninhas através de suas folhas e dos caulículos novos. O herbicida é,

Page 19: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

18

então, transportado por toda a planta, agindo nos vários sistemas enzimáticos,

inibindo a síntese de aminoácidos. As plantas tratadas com glifosato morrem

lentamente, em poucos dias ou semanas e, devido ao transporte por todo o sistema,

nenhuma parte da planta sobrevive. O glifosato é indicado no manejo de ervas

daninhas anuais e perenes na semeadura direta de culturas anuais, em culturas

transgênicas já estabelecidas e em controle de plantas daninhas de culturas perenes

com aplicação dirigida (JUNIOR et al., 2002).

O Gramoxone (paraquat), 1,1’-dimetil-4,4’ bipiridilio íon (dicloreto), é

classificado quimicamente como um bipiridilio. Ele age na planta por absorção foliar

e através de outros tecidos verdes da planta. Possui absorção quase instantânea. É

um herbicida de contato não-seletivo, sendo considerado extremamente tóxico. É

indicado para controle de plantas daninhas anuais em culturas perenes como

abacate (Persea americana Mill.), banana (Musa spp.), cacau (Theobroma cacao L.),

café (Coffea arabica L.), cana-de-açúcar (Sacharum officinarum), chá (Camellia

sinensis (L.) Kuntze), citros, maça (Malus domestica), oliveira (Olea europaea),

pessegueiro (Prunus persica), pêra (Pyrus spp.), seringueira (Hevea brasileisis M.

Arg.) e videira (Vitis vinifera). Também é usado, com aplicação dirigida, em culturas

anuais, como algodão (Gossypium hirsutum L.), arroz (Oryza sativa), aspargo

(Asparagus officinalis L.), batata (Solanum tuberosum L.), milho (Zea mays), trigo

(Triticum aestivum L.), soja (Glycine max) e sorgo (Sorghum bicolor L. Moench).

Entre as plantas daninhas controladas por este herbicida podemos citar a capim

carrapicho (Cenchrus echinatus L.), capim pé-de-galinha (Eleusine indica), milhã

(Digitaria sp.), capim arroz (Echinocloa sp.), azevém (Lolium multiflorum Lam.), picão

preto (Bidens pilosa), beldroega (Portucala oleracea L.), poaia branca (Richardia

brasiliensis), arroz vermelho (Oryza sativa), trapoeraba (Commelina benghalensis),

serralha branca (Sonchus oleraceus), amendoim bravo (Euphorbia heterophyla L.),

mentrasto (Ageratum conyzoides L.) e picão branco (Galinsoga ciliata) (SYNGENTA,

2006).

Além destes, outros herbicidas latifolicidas pós-emergentes são bastante

empregados, como Classic (Chlorimuron ethyl), Plateau (Imazapique), Cobra

(Lactofen), Robust (Fluazifop-p-butil+fomesafen), Aurora (Carfentrazone) e Pacto

(Cloransulam).

Classic (chlorimuron ethyl) é um herbicida seletivo sistêmico do grupo das

sulfoniluréias. É um herbicida que apresenta como ingrediente ativo o Etil-2-[[[[(4-

Page 20: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

19

cloro-6-metoxipirimidina-2-il) amino] carbonil] amino] sulfonil] benzoato.

Recomendado para o controle de plantas infestantes de folhas largas na cultura da

soja. É um produto de rápida absorção pela planta através de folhas e raízes e que

se transloca para várias partes da planta. Age inibindo a enzima acetolactato sintase

(ALS), responsável pela síntese dos aminoácidos vanila, leucina e isoleucina. A

inibição desta enzima interrompe a produção de proteínas, interferindo na divisão

celular e levando a planta à morte. Age controlando importantes plantas daninhas

como o carrapicho-rasteiro (Amaranthus deflexus), carrapicho-de-carneiro

(Acanthospermum hispidum DC.), mentrasto, caruru (Amaranthus retroflexus L),

caruru-roxo (Amaranthus hybridus), picão-preto, erva-palha (Blainvillea biaristata),

erva-quente (Spermacoce latifolia Aubl), trapoeraba, desmódio (Desmodium

purpureum), picão-branco, corda-de-viola (Ipomea hederifolia L.), estrelinha

(Rynchospora nervosa ssp. Ciliata), losna-branca (Parthenium hysterophorus), entre

outras (DUPONT, 2006).

O 2-(4-isopropyl-4-methyl-5-oxo-2-imidazolin-2-yl)-5-methylnicotinic acido,

cujo produto técnico é denominado de imazapique, e no Brasil, comercialmente

conhecido como Plateau, é um herbicida seletivo recomendado no controle de

plantas infestantes na cultura do amendoim (Arachis hypogaea L.) e da cana-de-

açúcar. Medianamente tóxico é um inibidor de ALS (AHAS) e pertence ao grupo

químico das imidazolinonas. Atua no controle de plantas daninhas como a anileira

(Indigofera hirsuta L.), apaga-fogo (Alternanthera tenella Colla), beldroega,

braquiária (Brachiaria decumbens Stapf), capim-colchão (Digitaria horizontalis

Willd.), capim-colonião (Panicum maximum Jacq.), capim-marmelada (Brachiaria

plantaginea (Link) Hitchc.), capim-pé-de-galinha, caruru, corda-de-viola, falsa-

serralha (Emilia sonchifolia (L.)), guanxuma (Sida rhombifolia L.), picão-preto, tiririca

(Cyperus rotundus), entre outras. Apresenta seletividade para amendoim e soja. A

seletividade mencionada é devido à rapidez com que a cultura metaboliza o

composto (BASF, 2006).

Cobra (lactofen) é um herbicida seletivo de contato pós-emergente do grupo

éter difenílico, extremamente tóxico e composto pelo ethyl O-[5-(2-chloro-

alfa,alfa,alfa-trifluoro-p-tolyloxy)-2-nitrobenzoyl]-DL-lactate(Lactofen). É um

concentrado emulsionável indicado para a cultura da soja no controle de

dicotiledôneas como apaga-fogo, anileira, beldroega, capim-tapete (Axonopus

affinis), carrapicho-de-carneiro, carrapicho-rasteiro, caruru-de-mancha (Amaranthus

Page 21: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

20

viridis), caruru-de-espinho (Amaranthus spinosus), caruru-roxo, caruru, caruru-

rasteiro (Acanthospermun australe), corda-de-viola, erva–quente, falsa-serralha,

guanxuma, leiteira ou amendoim–bravo, mentrasto, mentruz (Lepidium virginicum),

picão-branco, picão-preto, poaia-branca, maria-pretinha (Solanum americanum Mill.)

e a monocotiledônea trapoeraba (BAYER, 2006).

Robust é uma mistura formulada com os herbicidas fluzifop−P−butil e

fomesafen que apresentam respectivamente, as composições químicas: Butil(R) −2−

(4− (5−trifluorometil−2−piridiloxi) −fenoxi) propionato (Fluzifop−P−butil) e 5 − ( 2 −

cloro − 4 − ( trifluorometil−fenoxi ) − N − metilsulfonil − 2 −nitrobenzamida

(fomesafen). Essa mistura herbicida é comercialmente utilizada nas culturas de soja

e feijão (Phaseolus vulgaris), para controle de um amplo espectro de plantas

daninhas anuais tanto mono como dicotiledônedas (SYNGENTA, 2006).

Pacto (Cloransulam) é um herbicida seletivo, de aplicação em pós-

emergência, recomendado para o controle de plantas infestantes (magnoliopicidas)

na cultura da soja. É um herbicida seletivo, do grupo das sulfonanilida

triazolopirimidina que apresenta a composição química methyl- 3 -chloro - 2 - ( 5-

ethoxy - 7 - fluoro [ 1,2,4]triazolo [ 1,5c ] pyrimidin-2-yl ) sulfonamido benzoato

(cloransulan metílico)(DOWAGRO, 2006).

Aurora é um herbicida de contato cujo ingrediente ativo é o carfentrazone,

pós-emergente, seletivo condicional de ação não sistêmica do grupo químico da

Triazolona e apresenta a composição química ethyl (RS)- 2 -chloro -3- [2-chloro -5-

[4-(difluoromethyl) -4,5 -dihydro- 3-methyl- 5 -oxo- 1H -1,2,4- triazol -1- yl] -4-

fluorophenyl] propionacte. Atua no controle de diferentes espécies daninhas como a

trapoeraba e a corda-de-viola. Seu exclusivo modo de ação (PPO) faz com que ele

seja importante ferramenta para o manejo de resistência de plantas daninhas. (FMC,

2006).

Muitas vezes, há a necessidade de se utilizar o controle químico de plantas

daninhas em manejo de pastagens tanto cultivadas como nativas. Quando se trata

de forrageiras da ordem das magnoliopicidas o controle de plantas daninhas

poaceas é facilitado pela disponibilidade de um grande número de herbicidas

chamados graminicidas que controlam somente espécies da famíla Poaceae.

O herbicida fluzifop-p-butil é um graminicida seletivo de ação sistêmica do

grupo químico: ácido ariloxifenoxipropiônico, apresentando como ingrediente ativo o

butyl (R) −2− [4−(5−trifluoromethyl−2−pyridyloxy) phenoxy ]propionate, com nome

Page 22: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

21

comercial de Fusilade. É um herbicida sistêmico, que se transloca

aposimplasticamente, concentrando−se nos pontos de crescimento da planta e

acarretando a sua morte. É muito ativo e específico para o controle de gramíneas

anuais e perenes nas culturas do algodão, alface (Lactuca sativa L.), cebola (Allium

cepa L.), cenoura (Daucus carota L.), batata, feijão (Phaseolus vulgaris L.), soja e

tomate (Lycopersicon esculentum L.). Pode, também, ser utilizado como maturador

de cana−de−açúcar, aumentando significativamente a concentração de sacarose.

Atua bem no controle de plantas daninhas como capim−marmelada,

capim−carrapicho, capim−pé−de−galinha, capim−colchão, grama−seda (Cynodon

dactylon), milho, trigo e arroz vermelho (SYNGENTA, 2006).

O Aramo é um herbicida graminicida sistêmico, pós-emergente das plantas

infestantes que controla gramíneas anuais e perenes, com total seletividade e

segurança, recomendado para as culturas de soja, feijão e algodão. Com

composição química (EZ)-(RS)-2-{1-[(2E)-3-chloroallyloxyimino]propil}-3-hydroxy-5-

perhydropyran-4-ylcyclohex-2-en-1-one(TEPRALOXYDIM) é eficaz no controle de

plantas como capim-papuã, capim carrapicho e milhã (BASF, 2006).

No que diz respeito ao controle químico, não existe produto registrado para

amendoim-forrageiro (PEREZ, 2004). Severino & Christoffoleti (2001) ao avaliarem a

toxicidade de herbicidas de pré e pós-emergência em amendoim forrageiro,

concluíram que herbicidas de pré-emergência causam menor redução na produção

de biomassa dessa planta. No entanto, devido ao lento estabelecimento do

amendoim-forrageiro a opção pela utilização de herbicidas em pós-emergência se

mostra mais adequada.

Com o objetivo de avaliar a seletividade de herbicidas latifolicidas e o

controle de plantas daninhas por graminicidas pós-emergentes em pastagem

estabelecida de Arachis pintoi Krap. & Greg, foram conduzidos três experimentos.

Page 23: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Metodologia

O trabalho foi conduzido no Centro Agropecuário da Palma/UFPEL, situado

no município de Capão do Leão, RS, Brasil, na região fisiográfica denominada Litoral

Sul, a 31°52´ de latitude Sul e 52°29´ de longitude Oeste. O clima da região é

classificado como subtropical úmido (Cfa), segundo a classificação de Köppen,

sendo as estiagens mais freqüentes em meados de dezembro. O solo da área

experimental é classificado como Argissolo Vermelho Eutrófico Típico (Camaquã).

Os dados climáticos do período experimental encontram-se na Tabela 1.

A área foi estabelecida em novembro de 2001 com preparo convencional,

utilizando-se uma densidade de 10 kg/ha de Arachis pintoi cv. Amarillo. Desde a

implantação da pastagem até o início deste trabalho, a área foi utilizada através de

cortes para confecção de feno, na primavera-verão de cada ano. Em setembro de

2005 a área experimental foi roçada e adubada conforme as recomendações da

Comissão de Fertilidade do Solo - RS/SC (CQFS RS/SC, 2004), com base nos

seguintes dados obtidos na análise de solo: 19% m/v de argila, pH= 6,0; Índice

SMP= 6,7; 1,4% de Matéria Orgânica; P, K e Na= 5,5; 28 e 9 mg/dm3; Al, Ca + Mg=

0 e 4,4 respectivamente; CTC 6,5 cmolc/dm3.

O estudo constou de três experimentos. No primeiro foi avaliado o efeito de

diferentes herbicidas latifolicidas pós-emergentes ,recomendados para o controle de

plantas daninhas na cultura da soja e do amendoim, sobre o comportamento do

amendoim forrageiro. No segundo avaliaram-se os três herbicidas que menos

afetaram a leguminosa no primeiro experimento, em diferentes doses. Para finalizar

foi realizado terceiro experimento testando dois herbicidas graminicidas pós-

emergentes em doses distintas.

Page 24: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

23

Tabela 1 – Principais registros climáticos ocorridos durante o período experimental, acompanhados das normais disponíveis.

Período Temperatura

Média (ºC)

Precipitação (mm)

Evaporação Tanque Classe A

(mm) Ocorrida 14,3 241,6 120,3 Set Normal 14,9 123,7 100,8 Ocorrida 17,0 93,3 151,8 Out Normal 17,5 100,7 143,9 Ocorrida 20,8 23,7 228,8 Nov Normal 19,6 99,5 179,6 Ocorrida 21,1 54,6 245,4

2005

Dez Normal 22 103,2 215,6 Ocorrida 23,7 113,8 199,3 Jan Normal 22,2 119,1 205,3 Ocorrida 22,7 82,8 195,8 Fev Normal 23 153,3 160,7 Ocorrida 21,9 135,6 111,1 Mar Normal 21,7 97,4 149,3 Ocorrida 18,6 30,2 115,6 Abr Normal 18,5 100,3 106,2 Ocorrida 13,6 58,4 72,1

2006

Mai Normal 15,1 100,7 71,9

Fonte: Estação Agroclimatológica da EMBRAPA-UFPEL

Page 25: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

24

Experimento 1 - Avaliação de herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro

Quando o amendoim-forrageiro apresentava-se no estágio vegetativo, com

altura de 15-20 cm acima do solo, ou seja, em 12 de novembro de 2005, foram

aplicados os tratamentos do primeiro experimento. Os herbicidas escolhidos são

aqueles recomendados para controle de plantas daninhas na cultura da soja e

também para a cultura do amendoim (LORENZI, 2000). Os tratamentos encontram-

se relacionados na Tabela 2. Os herbicidas foram aplicados com pulverizador costal,

munido com barra, bicos do tipo leque (110,02), com pressão constante de 245 kPa

(mantida por CO2 comprimido). Esta pressão resultou num volume de 150 Lha-1 de

calda (água + herbicida). A aplicação ocorreu no período das 7 às 8 h, com boa

luminosidade, pouca umidade no solo, ventos fracos e umidade relativa de 75%.

Tabela 2 - Tratamentos utilizados para controle de plantas daninhas da ordem das magnoliopicidas, no experimento 1. CAP/UFPEL. Capão do Leão, RS.

Trat. Nome Comum Nome Comercial Conc. g/L Dose P.C./ha 1 paraquat Gramoxone 200 2,00 l 2 chlorimuron ethyl Classic 250 70 g 3 imazapique Plateau 700 123 g 4 glifosato Roundap 360 1,00 5 lactofen Cobra 240 0,69 l 6 fluazifop-p+fomesafen Robust 200+250 0,90 l 7 cloransulam Pacto 840 42 g 8 carfentrazone Aurora 29 ml 9 Sem herbicida

O delineamento experimental foi de blocos completos distribuídos ao acaso,

com quatro repetições e com unidades experimentais medindo 12m2 (3X4m) de

área. O experimento contou com dois fatores para a variável toxicidade, ou seja,

herbicidas e três datas de avaliações, e somente o fator herbicida para a variável

produção de biomassa seca.

Foi avaliada a seletividade dos herbicidas através da determinação visual da

toxicidade aos 10, 20 e 30 dias após a aplicação (DAA), ou seja, 22 de novembro,

02 e 11 de dezembro de 2005. Os níveis de controle observados foram

representados por valores percentuais atribuindo-se as notas de zero (0) a cem

(100) para os tratamentos onde a toxicidade foi nula e máxima, respectivamente.

Page 26: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

25

No final do período experimental, em 28 de dezembro de 2005 , foi avaliada

a produção de biomassa. Para isso foi coletada amostra em área de 0,50 X 0,50 m

no centro de cada unidade experimental, mediante corte com tesoura manual a

aproximadamente 2,5 cm acima do solo. As amostras identificadas foram levadas

para o laboratório para secagem em estufa com ventilação forçada de ar a 65°C

durante 72h, e pesadas em balança digital de uma casa decimal.

Os dados obtidos foram analisados por meio de análise da variância e as

médias comparadas utilizando-se o teste Duncan, ao nível de 5% de probabilidade,

através do programa SANEST (ZONTA & MACHADO, 1984).

Page 27: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

26

Experimento 2 - Avaliação de doses de diferentes herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro.

A partir dos resultados obtidos no primeiro experimento foram selecionados

três herbicidas para estudo do efeito de doses diferentes. Foram utilizados os que

apresentaram maior seletividade para o amendoim forrageiro.

Foram testados 15 tratamentos em delineamento experimental de blocos

completos ao acaso em esquema fatorial, com 4 repetições, sendo 3 herbicidas em

4 doses ( 0,5- metade da dose; 1-dose recomendada; 1,5 -uma vez meia a dose

recomendada e 2-duas vezes a dose recomendada), mais a testemunha (sem

herbicida). As parcelas experimentais apresentavam 12m2 (3X4m) de área.

A área utilizada para o experimento, foi adjacente ao primeiro experimento.

A área inicialmente foi roçada e quando o amendoim-forrageiro se apresentava em

estádio vegetativo pleno, com altura de 15-20 cm acima do solo, em 28 de março de

2006, foram aplicados os tratamentos conforme a tabela 3.

Tabela 3 - Tratamentos utilizados para controle de plantas daninhas da ordem das magnoliopicidas, no experimento 2. CAP/UFPEL. Capão do Leão, RS.

Trat. Nome Comum Nome Comercial Conc. g/L Dose P.C./haT1D1 0,5 1,00 l T1D2 1,0 2,00 l T1D3 1,5 3,00 T1D4

paraquat Gramoxone 200

2,0 4,00 T2D1 0,5 35 g T2D2 1,0 70 g T2D3 1,5 105 g T2D4

chlorimuron ethyl Classic 250

2,0 140 g T3D1 0,5 21 g T3D2 1,0 42 g T3D3 1,5 63 g T3D4

cloransulam Pacto 840

2,0 84 g

TEST Sem herbicida Os herbicidas foram aplicados com pulverizador costal, munido com barra,

bicos do tipo leque (110,02), com pressão constante de 245 kPa (mantida por CO2

comprimido). Esta pressão resultou num volume de 150 Lha-1 de calda (água +

herbicida). A aplicação ocorreu no período das 8 às 9 h, com boa luminosidade,

pouca umidade no solo, ventos moderados e umidade relativa de 70%.

Page 28: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

27

Foi avaliada a seletividade dos herbicidas através da determinação visual da

toxicidade, através de injúrias observadas nas plantas de amendoim aos 10, 20 e 30

dias após a aplicação (DAA), ou seja, 07, 17 e 27 de abril 2006, e expressada em

percentual, atribuindo-se os valores zero (0) e cem (100) respectivamente, à

ausência de injúria e morte total das plantas de amendoim forrageiro.

Ao final do período experimental foi avaliada a produtividade de biomassa

seca. Para isso foram coletadas amostras em área de 0,25 m2 (0,50 x 0,50 m) no

centro de cada parcela experimental, aproximadamente 2,5 cm acima do solo,

mediante corte com tesoura manual. As amostras foram identificadas e levadas para

laboratório e submetidas à secagem em estufa com ventilação forçada à

temperatura de 65°C durante 72h. Passado esse período as amostras contendo o

material seco foram pesadas em balança digital com aproximação de uma casa

decimal.

Os dados obtidos foram analisados por meio de análise da variância,

regressão polinomial e comparação de médias, utilizando-se o teste Duncan, ao

nível de 5% de probabilidade, através do programa SANEST (ZONTA & MACHADO,

1984).

Page 29: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

28

Experimento 3 - Avaliação de doses de diferentes herbicidas graminicidas em amendoim-forrageiro

No terceiro experimento foram testados dois herbicidas graminicidas,

aplicados em diferentes doses para controle de plantas daninhas da família das

poáceas, com enfoque sobre grama-seda (Cynodon dactylon). Os herbicidas e

doses foram utilizados com base nas recomendações para controle de plantas

daninhas na cultura da soja nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Foram testados 10 tratamentos distribuídos em delineamento experimental

de blocos completos ao acaso em esquema fatorial, com 4 repetições, com 2

herbicidas em 4 doses (0,5-metade da dose; 1-dose recomendada; 1,5 - uma vez e

meia a dose e 2 - duas vezes a dose) mais a testemunha (sem herbicida). As

parcelas experimentais apresentavam 12m2 (3X4m) de área.

A área inicialmente foi roçada e quando o amendoim-forrageiro se

apresentava em estádio vegetativo, com altura de 15-20 cm acima do solo, em 28

de março de 2006, foram aplicados os tratamentos conforme a tabela 4.

Tabela 4 - Tratamentos utilizados para controle de plantas daninhas da ordem poaceas, no experimento 3. CAP/UFPEL. Capão do Leão, RS.

Trat. Nome Comum Nome Comercial Conc. g/L Dose P.C./ha T1D1 0,5 0,875 l T1D2 1,0 1,85 l T1D3 1,5 2,625 l T1D4

fluazifop-p-butil

Fusilade

250

2,0 3,5 l T2D1 0,5 0,25 l T2D2 1,0 0,5 l T2D3 1,5 0,75 l T2D4

trepaloxydim

Aramo

200

2,0 1,0 l TEST Sem herbicida

Os herbicidas foram aplicados com pulverizador costal, munido com barra,

bicos do tipo leque (110,02), com pressão constante de 245 kPa (mantida por CO2

comprimido). Esta pressão resultou num volume de 150 Lha-1 de calda (água +

herbicida). A aplicação ocorreu no período das 8 às 9 h, com boa luminosidade,

pouca umidade no solo, ventos moderados e umidade relativa de 70%.

O efeito dos herbicidas sobre o controle de plantas daninhas foi verificado

através de avaliações visuais, realizadas aos 10, 20 e 30 (DAA), ou seja, 07, 17 e 27

Page 30: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

29

de abril 2006, e representadas por valores percentuais de controle atribuindo-se zero

(0) e cem (100) respectivamente, para ausência de controle e controle total das

plantas daninhas.

No final do período experimental, em 01 de maio de 2006, foi avaliada a

produção de biomassa seca do amendoim forrageiro. Para isso foram coletadas

amostras em área de 0,25 m2 (0,50X0, 50) m no centro da parcela experimental,

mediante corte com tesoura manual a aproximadamente 2,5 cm acima do solo. As

amostras identificadas foram levadas para o laboratório para secagem em estufa

com ventilação forçada a 65°C durante 72hs, medindo-se a massa da matéria seca

com balança digital com aproximação de uma casa decimal.

Os dados obtidos foram analisados por meio de análise da variância,

regressão polinomial e comparação de médias, utilizando-se o teste Duncan, ao

nível de 5% de probabilidade, através do programa SANEST (ZONTA & MACHADO,

1984).

Page 31: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Resultados e Discussão

Experimento 1 - Avaliação de herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro

Na tabela 5 encontram-se os resultados obtidos para as médias de produção

de biomassa seca e de toxicidade apresentadas pelo amendoim-forrageiro em

resposta aos diferentes tratamentos com herbicidas latifolicidas pós-emergentes. Os

herbicidas cloransulan e chlorimuron ethyl não diferiram significativamente da

testemunha, enquanto o tratamento com imazapique apresentou a menor produção

de biomassa.

O imazapique foi o herbicida que causou maior redução na produção de

biomassa seca no amendoim-forrageiro. Este resultado não era o esperado uma vez

que este herbicida é seletivo para leguminosas como soja e amendoim anual

(LORENZI, 2000), indicando a importância do presente estudo por não ser

aconselhável generalizar indicações de herbicidas dentro do gênero Arachis.

Tabela 5-Médias de produção de biomassa seca (t/ha) e de toxicidade (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo submetido à aplicação de diferentes herbicidas latifolicidas pós-emergentes.

Tratamento Dose Biomassa Seca (t/ha)

Toxicidade (%)

Sem herbicida 2,00 a2 0 cloransulam 41,69 g/ha 1,53 ab 17,92 c 2

chlorimuron ethyl 70,00 g/ha 1,30 abc 14,58 cd glifosato 1,00 l/ha 1,22 bc 32,92 a paraquat 2,00 l/ha 1,12 bc 12,08 d

carfentrazone 29,00 l/ha 0,93 bc 22,50 b lactofen 0,69 l/ha 0,93 bc 12,50 d

fluazifop-p +fomesafem 0,90 l/a 0,92 bc 25,42 b imazapique 123,00g/ha 0,63 c 31,67 a

2 Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Duncan

De todos os herbicidas avaliados o glifosato e imazapique apresentaram as

maiores médias de toxicidade (Tabela 5). Com esses herbicidas foram observados

Page 32: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

31

sintomas de injúria com maior intensidade. Por outro lado, os herbicidas paraquat,

lactofen, clorinuron ethyl e cloransulan atingiram níveis de toxicidade inferiores a

20%. Resultados semelhantes foram encontrados por Novo et al. (1998) ao testarem

os herbicidas fomesafen, lactofen, fluazifop-p-butil e fomesafem+fluazifop-p-butil em

amendoim anual (Arachis hypogaea L.). Os autores não observaram sintomas de

injúria no amendoim nas parcelas tratadas com os herbicidas e observaram maior

produção de biomassa seca quando aplicados os latifolicidas, principalmente

lactofen.

O glifosato e o imazapique foram os herbicidas que causaram maior dano ao

amendoim-forrageiro. Resultados semelhantes aos encontrados por Severino &

Cristoffoleti (2001) ao trabalharem com amendoim-forrageiro. Os herbicidas

fluazifop-p+fomesafem e carfentrazone também causaram interferência no

desenvolvimento das plantas, apresentando toxicidade média superior a 20%.

A análise da variância acusou efeito do fator época de avaliação (P≤0,05)

para a variável toxicidade. Os valores de toxicidade ao longo do período de

avaliação podem ser observados na figura 1.

Na primeira avaliação (10DAA) a toxicidade foi maior, ocorrendo

descoloração e deformação das folhas. Com o desenvolvimento das plantas, estes

sintomas foram se tornando menos intensos e aos 20 DAA foram observados

menores índices de toxidade. Houve diminuição contínua dos índices de toxicidade,

embora essa recuperação pudesse ter sido melhor se não tivesse ocorrido déficit

hídrico intenso neste período de avaliação, produzindo sintomas semelhantes ao da

toxicidade ( Tabela 1).

Em todos os tratamentos observa-se tendência à diminuição dos sintomas

de toxicidade mostrando, assim, a boa recuperação do amendoim-forrageiro após

aplicação dos herbicidas. Este fato abre a possibilidade de uso dos herbicidas que

apresentaram maior toxicidade quando o objetivo é a implantação de gramínea

forrageira em cobertura em pastagens exclusivas de amendoim-forrageiro.

Page 33: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

32

y = 39,97 - 1,70 x + 0,04x2

R2 = 1

5

15

25

35

5 10 15 20 25 30 3Dias após a aplicação

Toxi

cida

de

5

Figura 1 - Toxicidade (%) aos 10, 20 e 30 dias após aplicação em amendoim-forrageiro de diferentes herbicidas latifolicidas.

Quando se relaciona a toxicidade e produção de matéria seca, pode-se

observar que o herbicida que menos prejudicou o desenvolvimento do amendoim-

forrageiro foi clorinuron ethyl, seguido do cloransulan e do paraquat (Tabela 5).

Dentro destes mesmos parâmetros o imazapique e o glifosato foram os que

causaram maior toxicidade, sendo que o imazapique foi o que causou maior

interferência na produção de biomassa seca.

Os herbicidas que se destacaram por não afetar o amendoim-forrageiro são

indicados para o controle de importantes invasoras de pastagens da região, como

picão preto e guanxuma (SYNGENTA, 2006; DUPONT, 2006; DOWAGRO, 2006).

Page 34: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

33

Experimento 2 - Avaliação de doses de diferentes herbicidas latifolicidas em amendoim-forrageiro.

Na avaliação dos herbicidas paraquat, cloransulan e clorinuron ethyl em

diferentes doses, a análise da variância mostrou que não houve efeito dos fatores

(P>0,05) para a produção de biomassa seca do amendoim-forrageiro, apresentando

uma média de 1,15 t/ha.

No que se refere à toxicidade dos herbicidas, a análise de variância mostrou que

houve interação entre herbicida e dose e entre herbicida e época de avaliação

(P≤0,05). A análise da regressão polinomial do fator dose dentro de herbicidas foi

significativa (P≤0,05) para o grau dois para os três herbicidas, sendo que o ponto

crítico dessas curvas foi distinto (figura 2), ou seja, 1,45 da dose, 1,56 da dose e

1,48 da dose, respectivamente para paraquat, clorinuron ethyl e cloransulan.

y = 1,45 + 35,98x -11,52x2

R2 = 0,96

y = 2,20 + 21,10x - 7,26x2

R2 = 0,77

y = 2,09 + 35,95x -12,14x2

R2 = 0,92

0

5

10

15

20

25

30

35

0 0,5 1 1,5 2

Doses (em relação à dose média recomendada)

Toxi

cida

de (%

)

Paraquat Chlorimuron ethyl Cloransulam

Figura 2 - Toxicidade (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo submetido à aplicação de herbicidas latifolicidas pós-emergentes em diferentes doses

O herbicida que apresentou menor valor médio de toxicidade foi o paraquat, nas

doses superiores a meia dose (Tabela 6), sendo que os outros não diferiram

significativamente entre si. Os três herbicidas apresentaram pico de toxicidade

quando submetidos a 1,45 da dose, 1,56 da dose e 1,48 da dose, respectivamente

para paraquat, clorinuron ethyl e cloransulan, sendo que o paraquat atingiu este pico

em um valor inferior a 20% de toxicidade, ao contrário de chlorimuron e cloransulan.

Page 35: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

34

Tabela 6 – Toxicidade (%) de herbicidas latifolicidas pós-emergentes aplicados em amendoim-forrageiro cv. amarillo em diferentes doses

Doses (em relação à dose média recomendada)

Herbicidas 0,5 1 1,5 2

Paraquat 15,42b 15,83b 13,33b 17,5b

Chlorimuron ethyl 19,5ab 25,83a 26,67a 28,75a

Cloransulam 22,08a 23,33a 27,08a 26,67a

2 Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si a 5% de significância pelo teste de

Duncan

A análise da regressão polinomial do fator época de avaliação dentro de

herbicida foi significativa (P≤0,05) para o grau dois para o herbicida paraquat, para o

grau um com o herbicida chlorimuron ethyl e não significativa para o herbicida

cloransulam (figura 3 e tabela 7). O herbicida chlorimuron ethyl apresentou aumento

de toxicidade a medida que passavam os dias após a aplicação, enquanto que com

o herbicida cloransulam não foi observada uma diferença significativa. Para o

herbicida paraquat observa-se uma diminuição da toxicidade, mostrando a

capacidade do amendoim-forrageiro recuperar-se após a aplicação deste. A

tendência de manutenção e aumento da toxicidade observada aos 30 dias para o

paraquat pode ter sido provocada por erro de avaliação tendo em vista a

subjetividade da metodologia e as condições climáticas desfavoráveis ocorridas no

período que a antecedeu (Tabela 1).

Page 36: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

35

y =39,75 - 2,56x + 0,05x2

R2 = 1

y = 16,1 + 0,20xR2 = 0,75

0

5

10

15

20

25

0 10 20 30 4

Dias após a aaplicação (DAA)

Toxi

cida

de (%

)

0

Paraquat Chlorimuron ethyl Cloransulam (ns)

Figura 3 - Toxicidade (%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo submetido à aplicação de herbicidas latifolicidas pós-emergentes aos 10, 20 e 30 DAA.

Tabela 7 – Toxicidade de herbicidas latifolicidas pós-emergentes aplicados em amendoim-forrageiro cv. amarillo em diferentes doses

Dias após a aplicação (DAA) Herbicidas

10 20 30

Paraquat 19,25 a 9,00 b 9,00 b2

Chlorimuron ethyl 17,45 a 21,50 a 21,50 a

Cloransulam 19,50 a 20,00 a 20,00 a

2 Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Duncan

Os resultados indicam que o herbicida prejudicial ao desenvolvimento do

amendoim-forrageiro foi o paraquat, em qualquer uma doses, uma vez que sua

produção não diferiu da testemunha e sua toxicidade em nenhuma das doses foi

superior a 20%.

Page 37: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

36

Experimento 3 - Avaliação de doses de diferentes herbicidas graminicidas em amendoim-forrageiro

Nesse experimento não foi avaliada toxicidade, uma vez que o amendoim-

forrageiro é uma planta de folha larga, e não apresentou sintomas de toxicidade

quando submetido aos tratamentos. No entanto, foi avaliado o controle das plantas

daninhas, principalmente grama seda (Cynodon dactylon), que se encontrava em

alto grau de infestação na área.

Na avaliação da produção de biomassa seca de amendoim-forrageiro

submetido aos herbicidas fluazifop-p-butil e trepaloxydim em diferentes doses, a

análise da variância mostrou que não houve efeito (P>0,05) dos fatores herbicida e

dose. A produção média de biomassa de amendoim-forrageiro foi de 0,9 t/ha, a qual

não se diferenciou da testemunha, embora já tenha sido obtido valor de produção de

matéria seca de amendoim-forrageiro na região, em torno de 12,0 t/ha (Nascimento,

2004), a pequena produção obtida neste trabalho está relacionada a apenas um

corte realizado para a avaliação de forragem de uma pastagem altamente infestada

por grama seda.

Para o controle das plantas daninhas, a análise da regressão polinomial para

o fator dose foi significativa (P≤0,05) para os dois herbicidas. O herbicida fluazifop-p-

butil apresentou maior valor médio de controle (Figura 4) na dose mais baixa em

relação ao trepaloxydim, o que não foi verificado nas doses restantes.

Na área experimental havia predominância de espécies como a grama-seda

e azevém (Lolium multiflorum L), e além destas, encontrou-se em menor quantidade

guanxuma (Sida rhombifolia), capim de Rhodes (Chloris gayana Kunth.) e picão-

preto (Bidens pilosa L.). O grau de controle variou entre 20 e 65%. Os dois

herbicidas apresentaram distintos picos de controle, sendo que o herbicida

trepaloxydim proporcionou controle mais efetivo em doses mais elevadas (duas

vezes a dose média recomendada). Este fato pode tornar o custo de aplicação deste

herbicida mais elevado. Com o herbicida fluazifop-p-butil o controle foi maior na

metade da dose recomendada, resultando em redução da emissão deste produto no

ambiente e no custo de aplicação.

Page 38: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

37

Tabela 8 - Controle de plantas daninhas(%) em amendoim-forrageiro cv. Amarillo submetido à aplicação de herbicidas graminicidas pós-emergentes em diferentes doses.

Doses (em relação a dose média recomendada) Herbicidas

0,5 1 1,5 2

fluazifop-p-butil 65,83 a 50,42 a 60,83 a 66,25 a2

trepaloxydim 24,17 b 47,08 a 51,25 a 63,75 a

2 Médias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Duncan

y =9,59 + 79,79x -27,14x2

R2 = 0,73

y = 6,33 + 30,92x R2 = 0,94

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0 0,5 1 1,5 2Doses (em relação à dose médias recomendada)

Con

trol

e (%

)

Fluasifop-p Tepraloxydim

Figura 4 - Controle (%) de plantas daninhas por herbicidas graminicidas pós-emergentes em diferentes doses em área de amendoim-forrageiro cv. Amarillo.

O herbicida fluazifop-p-butil foi mais efetivo no controle da grama-seda, que

infestava fortemente a área experimental. Ainda que tenha ocorrido melhor controle

das invasoras com esse herbicida este fato não se refletiu na diferença de produção

de biomassa seca de amendoim-forrageiro.

As doses dos herbicidas são estabelecidas para uso em ampla variação de

condições ambientais e de manejo das culturas. Contudo, algumas vezes, as doses

de herbicidas podem ser reduzidas e, ainda assim, a interferência das plantas

daninhas com a cultura pode ser suprimida, obtendo-se assim um menor dano ao

Page 39: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

38

meio ambiente e redução nos custos de produção. Portanto o bom controle de

gramíneas com a aplicação de fluazifop-p-butil em doses menores garante a

possibilidade do bom desenvolvimento do amendoim-forrageiro, sem a necessidade

de grandes investimentos na aplicação deste insumo.

.

Page 40: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Conclusões

Os herbicidas clorinuron ethyl e cloransulam apresentam baixa toxicidade e

não alteram a produção de biomassa seca do amendoim-forrageiro, quando

aplicados nas doses recomendadas para culturas de soja ou amendoim anual.

O herbicida imazapique deve ser evitado em áreas com amendoim-

forrageiro, uma vez que apresenta toxicidade elevada, reduzindo a produção de

biomassa seca.

A toxicidade de diferentes herbicidas latifolicidas pós-emergentes em

amendoim-forrageiro tende a diminuir aos 20 dias após a aplicação e mantem-se

praticamente estável até 30 dias.

O aumento de até uma vez e meia a dose recomendada para cultura da soja

e amendoim anual de herbicida resulta em aumento da toxicidade em amendoim-

forrageiro.

O paraquat pode ser usado na cultura do amendoim-forrageiro, tendo em

vista sua baixa toxicidade nas doses testadas, quando comparado ao clorinuron

ethyl e cloransulam.

O herbicida fluazifop-p-butil é mais efetivo no controle de gramíneas em

cultivos de amendoim-forrageiro, quando comparado com o trepaloxydim.

Page 41: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

Referências Bibliográficas

ARGEL, P. J.; PIZARRO, E. A. Germplasm case study: Arachis pintoi. In: Pasture for the tropical lowlands: CIAT’s Contribution. Cali, Colombia: CIAT, 1992. p. 57-

73.

ARGEL, P. J.; VILLARREAL, M. M. Cultivar porvenir - Nuevo maní forrajero Perene (

Arachis pintoi Krapov y Greg nom. nud). CIAT 18744: Leguminosa herbacea para

alimentación animal el mejoramiento y conservación del suelo el embellecimiento del

paisaje. Disponível em: <

http://www.ciat.cgiar.org/tropileche/documentos/articulos/articulos.pdf/mani.pdf/ARA

CHIS_3.pdf>. Acesso em 17 abr. 2004.

ARROZPEC - O portal do Arroz e da Pecuária. Disponível em:

<htth://www.arrozpec.com.br> Acesso em: 10 jan. 2007, 21h33min.

BASF. Site construído e mantido pela Basf S/A, [2004-2007]. Disponível em: <

http://www.agro.basf.com.br/produtos/produtos.asp>Acesso em: 11 dez 2006.

BAYER. Site construído e mantido pela Bayer Cropscience LTDA., [2004-2007].

Disponível em: < http://www.bayercropscience.com.br/>Acesso em: 11 dez 2006.

BRUYN, T. F. L. Estabelecimento de amendoim-forrageiro (Arachis pintoi) cv. Amarillo em associação com milho (Zea mays). Pelotas, 2003. 56f. Dissertação

(Mestrado em Zootecnia). Programa de Pós Graduação em Zootecnia/Universidade

Federal de Pelotas

COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO – CQFS RS/SC. Manual de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Porto Alegre, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Núcleo Regional Sul, 2004.

400p.

CARÁMBULA, M. Producción y Manejo de Pasturas Sembradas. Montevideo:

Editora Hemisferio Sur, 1977. 464p.

CARMONA, R.; ARAÚJO NETO, B. S. C.; PEREIRA, R. C. Controle de Acacia

farnesiana e de Mimosa pteridofita em pastagem. Pesquisa Agropecuária

Brasileira. Brasília v.36 n° 10 p. 1301-1307, 2001.

Page 42: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

41

DE LIMA, J. A.; PINTO, J. C.; EVANGELISTA, A. R.; SANTANA, R. A. V.

AMENDOIM-FORRAGEIRO (Arachis pintoi Krapov. & Gregory) - Boletim Técnico

Agropecuário da Universidade Federal de Lavras. Disponível em:

<http://www.editora.ufla.br/Boletim/pdfextensao/bol_01.pdf >. Acesso em: 14 jul.

2004.

DEUBER, R. Ciência das Plantas Infestantes: Manejo, Campinas, v.2., 1997.

285p

DOWAGRO. Site construído e mantido pela DowAgro Sciences, [2004-2007].

Disponível em: <www.dowagro.com/br/produtos/agro/herb.htm >Acesso em: 12 abr

2006.

DUPONT. Site construído e mantido pela DuPont do Brasil, [2004-2007]. Disponível

em: < http://www.ag.dupont.com.br/>Acesso em: 12 ago 2006.

FMC. Site construído e mantido pela FMC Agricultural Products, [2004-2007].

Disponível em: < http://www.fmcagricola.com.br/>Acesso em: 18 nov 2006.

GONÇALVES, J.O. N. Efeito do diferimento estacional sobre a produção e composição botânica de dois campos naturais, em Bagé, RS. Bagé: EMBRAPA

Pecuária Sul, 1999. Boletim de Pesquisa, 18. 34p.

GONZAGA, S. S.; GONÇALVES, J. O., GIARDEIRO, A. M. Controle de Plantas

Indesejáveis em Áreas de Campo Natural. In: XXXV Reunião Anual da Sociedade

Brasileira de Zootecnia. 1998 Botucatu. Disponível em: <

http://www.sbz.org.br/eventos/Fortaleza/Forragicultura/Sbz206.pdf> . Acesso em: 17

ago. 2004.

JUNIOR, O. P. A.; DOS SANTOS, T. C. R.; RIBEIRO, M. L.; BRITO, N. M. Glifosato:

Propriedades, Toxicidade, Usos e Legislação. Química Nova. V. 25, nº 4 p. 589-

593, 2002.

LORENZI, H. Manual de Identificação e de Controle de Plantas Daninhas: Plantio Direto e Convencional. 5º edição, Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum,

2000. 200 p.

MONSANTO. Site construído e mantido pela Monsanto Company, [2004-2007].

Disponível em: <http://www.monsanto.com.br/roundup/glifosato/indice.asp> .Acesso

em: 28 nov 2006.

Page 43: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

42

MORAES, A; MARASCHIN, G. E.; NABINGER, C. Pastagens no Ecossistema de

Clima Subtropical: Pesquisa para o desenvolvimento sustentável In: SIMPÓSIO

SOBRE PASTAGENS NOS ECOSSISTEMAS DE CLIMA SUBTROPICAL:

PESQUISAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. In: XXXII REUNIÃO

ANUAL DA SBZ, 23a, 1995, Brasília. Anais... Brasília: SBZ, 1995, p.147-209

NASCIMENTO, I. S. Adubação e utilização do amendoim-forrageiro (Arachis pintoi

Krapovickas & Gregory) cv. Alqueire. 2004. 74f. Tese (Doutorado em Zootecnia).

Programa de Pós Graduação em Zootecnia/Universidade Federal de Pelotas

NOVO, M. C. S. S., CRUZ, L. S. P., PEREIRA, J. C. N. A., NAGAI, V. Influência de

herbicidas aplicados em condições de pós-emergência no crescimento da planta e

fixação simbiótica do nitrogênio na cultura do amendoim. Scientia Agrícola, v. 55,

nº 2. Piracicaba.Maio/Agosto de 1998

PAULO, E. M.; KASAI, F. S.; CAVICHIOLO, J. C. Efeito dos períodos de competição

do mato na cultura do amendoim: II.Safra das águas. Bragantia, Campinas. Brasília

n° 60 p. 27-33, 2001.

PEREZ, N. B. ; PIZARRO, E. A. Producción animal em associaciones gramíneas-maní forrajero. X Seminário de Pastos y Forrajes. 109-119p. 2006.

Disponível em:<http://www.avpa.ula.ve/congresos/seminario_pasto_X/

Conferencias/A10-Naylor%20Bastiani.pdf >. Acesso em: 23 dez. 2006.

RINCON C. A. MANÍ FORRAJERO (Arachis pintoi), LA LEGUMINOSA PARA SISTEMAS SOSTENIBLES DE PRODUCCIÓN AGROPECUARIA. Corpoica-

Pronata/Colômbia, 1999. (Información Técnica n°24 Ano 3)

RINCÓN. C. A.; CUESTA, M. P.A.; PÉREZ, B. R. et al. Maní forrajero perenne (Arachis pintoi Krapov. & Gregory): uma alternativa para ganaderos y

agricultores. CaliInstituto Colombiano de Agropecuária, CIAT, 1992. 23p. (Boletín

Técnico ICA, 219).

RIZZARDI, M. A.; VARGAS, L.; ROMAN, E. S.; KISSMANN, K. Aspectos do Manejo

e Controle de Plantas Daninhas In: VARGAS, L.; ROMAN, E. S. (eds). Manual de

Manejo e Controle de Plantas Daninhas. Bento Gonçalves. Embrapa Uva e vinho.

2004. Capítulos, 105-144.

Page 44: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

43

SAMPLE, A. T. Avances en Pasturas Cultivadas y Naturales. Buenos Aires:

Editorial Hemisferio Sur, 1974. 544p.

SECRETARIA DA COORDENAÇÃO E PLANEJAMENTO DO RIO GRANDE DO

SUL- SCP- Atlas Sócio-econômico do Rio Grande do Sul. Disponível em:

<http://scp.rs.gov.br/atlas>. Acesso em: 19 set. 2006.

SEVERINO, J. S.; CHRISTOFFOLETI, P. J. Seletividade de herbicidas aplicados em

pré e pós-emergência do adubo verde perene Arachis pintoi. Revista Brasileira de Herbicidas, v2, n°1. p. 13-17,2001.

SYNGENTA. Site construído e mantido pela Syngenta do Brasil, [2004-2007].

Disponível em: < http://www.syngenta.com.br/pt/produtos/guia1.asp>Acesso em: 12

ago 2006.

VALENTIM, J. D.; CARNEIRO, J. C.; SALES, M. F. L. Amendoim-forrageiro cv. Belmonte: Leguminosa para a Diversificação das Pastagens e Conservação do Solo no Acre. EMBRAPA CPAFAC, 2001.(Circular Técnica, n° 43). 18p.

VALLS, J. F. M.; PIZARRO, E. A. Colletion of Arachis Germoplasm In: KEDRRIDGE,

P. C.; HARDY, B> (eds). Biology and Agronomy of forage Arachis. Cali: CIAT,

1994. Chapter 2, 19-27, 1995.

ZONTA, E. P.; MACHADO, A. D. - SANEST, Sistema de Análise Estatística para

Microcomputadores. Pelotas/RS, UFPEL, 1984 75p.

Page 45: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

ANEXOS

Page 46: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

45

ANEXO 01 – Quadro da análise da variância para produção (t/ha) exp. 1.

Causas de variação GL SQ QM VALOR F PROB>F BLOCOS 3 0,4068 HERBICIDA 8 5,2138 0,6517 2,6549 0,03034 RESIDUO 24 5.8928 TOTAL 35 11,5134

MEDIA GERAL = 1,17 t/ha COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = 42,221%

ANEXO 02 – Quadro da análise da variância para toxicidade (%) exp. 1.

Causas de variação GL SQ QM VALOR F PROB>F BLOCOS 3 221,6155 HERBICIDA 7 5755,9896 822,2842 32,9461 0,03034 ÉPOCA DE AVALIAÇÃO 2 616,1458 308,0729 12,3434 0,00010 HERB*AVAL 14 471,3542 33,6682 1,3490 0,20249 RESIDUO 69 1722,1344 24,9585 TOTAL 95

MEDIA GERAL = 21,197917% COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = 23,568%

ANEXO 03 – Quadro da análise da variância para produção (t/ha) exp. 2.

Causas de variação GL SQ QM VALOR F PROB>F BLOCOS 3 HERBICIDA 2 0,8500 0,6500 0,8980 0,58220 DOSE 4 1,3000 0,4333 0,5987 0,66866 HERB*DOSE 8 1,7333 0,1708 0,2360 0,98097 RESIDUO 42 1,3667 0,7238 TOTAL 59 30,4000

MEDIA GERAL = 1,1500 t/ha COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = 73,980%

Page 47: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

46

ANEXO 04 – Quadro da análise da variância para Toxicidade (%) exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB>F BLOCOS 3 191,1555 HERBICIDA 2 2298,2333 1149,1167 72,7204 0,00001 DOSE 4 14248,8555 3562,2139 225,4301 0,00001 ÉPOCA DE AVALIAÇÃO 2 144,4000 72,2000 4,5691 0,01200 HERB*DOS 8 950,7111 118,8389 7,5206 0,00001 HERB*AVAL 4 1478,4667 369,6167 23,3907 0,0001 DOS*AVAL 8 130,3778 16,2972 1,0313 0,41614 HERB*DOS*AVAL 16 532,7555 33,2972 2,1072 0,01140 RESIDUO 132 2085,8445 15,8018 TOTAL 179 22060,8000

MEDIA GERAL = 17,466667% COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = 22,759%

ANEXO 05 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de dose dentro de paraquat para toxicidade no exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 130,2083 1300,2083 82,2820 0,00001 0,54 REGRESSAO QUADRATICA 1 553,7202 553,7202 35,0415 0,00001 0,77 REGRESSAO CÚBICA 1 563,3333 563,3333 35,6498 0,00001 1,00 REGRESSAO GRAU 4 1 1,0714 1,0714 0,0678 0,79092 1,00 RESÍDUO 132 2085,8445 15,8018

ANEXO 06 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de dose dentro de

clorinuron ethyl para toxicidade no exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 5018,1333 5018,1333 317,5661 0,00001 0,75 REGRESSAO QUADRATICA 1 1394,3809 1394,3809 88,2416 0,00001 0,96 REGRESSAO CÚBICA 1 249,4083 249,4083 15,7835 0,00030 1,00 REGRESSAO GRAU 4 1 0,1440 0,1440 0,0091 0,92110 1,00 RESÍDUO 132 2085,8445 15,8018

ANEXO 07 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de dose dentro de cloransulam para toxicidade no exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 4083,3333 4083,3333 258,4085 0,00001 0,67 REGRESSAO QUADRATICA 1 1548,2143 1548,2143 97,9768 0,00001 0,92 REGRESSAO CÚBICA 1 333,3333 333,3333 21,0946 0,00007 0,97 REGRESSAO GRAU 4 1 154,2857 154,2857 9,7638 0,00257 1,00 RESÍDUO 132 2085,8445 15,8018

Page 48: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

47

ANEXO 08 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de avaliação dentro de paraquat para toxicidade no exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 1050,6250 1050,6250 66,4875 0,00001 0,75 REGRESSAO QUADRATICA 1 350,2083 350,2083 22,1625 0,00005 1,00 RESÍDUO 132 2085,8445 15,8018

ANEXO 09 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de avaliação dentro de clorinuron ethyl para toxicidade no exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 164,0250 164,0250 10,3801 0,00200 0,75 REGRESSAO QUADRATICA 1 54,6750 54,6750 3,4600 0,06168 1,00 RESÍDUO 132 2085,8445 15,8018

ANEXO 10 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de avaliação dentro de cloransulam para toxicidade no exp. 2.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 2,5000 2,5000 0,1582 0,6940 0,75 REGRESSAO QUADRATICA 1 0,8333 0,8333 0,0527 0,8136 1,00 RESÍDUO 132 2085,8445 15,8018

ANEXO 11 – Quadro da análise da variância para produção (t/ha) exp. 3.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB>F BLOCOS 3 0,0773 HERBICIDA 1 0,0360 0,0360 0,1938 0,66696 DOSE 4 0,3288 0,0822 0,4425 0,77877 HERB*DOSE 4 0,2204 0,0551 0,2966 0,87737 RESIDUO 27 5,0156 0,1858 TOTAL 39 5,6781

MEDIA GERAL = 0,8975 t/ha COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = 48,023%

Page 49: Vanessa Monks da Silveira · forrageiro cv. Amarillo. Vanessa Monks da Silveira . Pelotas, 2007. Vanessa Monks da Silveira . Efeito de herbicidas pós-emergentes em amendoim-forrageiro

48

ANEXO 12 – Quadro da análise da variância para Controle (%) exp. 3.

Causas de variação GL SQ QM VALOR F PROB>F

BLOCOS 3 1865,6198 HERBICIDA 1 3910,2083 3910,2083 26,3648 0,00003 DOSE 4 60963,3333 15240,8333 102,7621 0,00001 ÉPOCA DE AVALIAÇÃO 2 400,4167 200,2083 1,3499 0,26367 HERB*DOS 4 7161,6667 1790,4167 12,0720 0,00001 HERB*AVAL 2 20,4167 10,2083 0,0688 0,93321 DOS*AVAL 8 157,9167 19,7396 0,1331 0,99676 HERB*DOS*AVAL 8 92,0833 11,5104 0,0776 0,99924 RESIDUO 87 12903,1302 148,3118 TOTAL 119 87474,7916

MEDIA GERAL = 42,958332% COEFICIENTE DE VARIAÇÃO = 28,349%

ANEXO 13 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de dose dentro de

fluazifop-p para controle no exp. 3.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 19507,5000 19507,5000 131,5303 0,00001 0,52 REGRESSAO QUADRATICA 1 7735,7143 7735,7143 52,1584 0,00001 0,73 REGRESSAO CÚBICA 1 6976,8750 6976,8750 47,0419 0,00001 0,91 REGRESSAO GRAU 4 1 3260,7440 3260,7440 21,9857 0,00007 1,00 RESÍDUO 87 12903,1302 148,3118

ANEXO 14 – Quadro de análise da regressão polinomial para os níveis de dose dentro de trepaloxydim para controle no exp. 3.

CAUSAS DA VARIAÇÃO GL SQ QM VALOR F PROB > F r² REGRESSAO LINEAR 1 28675,2083 28675,2083 193,3440 0,00001 0,94 REGRESSAO QUADRATICA 1 1518,0059 1518,0059 10,2352 0,0023 0,99 REGRESSAO CÚBICA 1 110,2083 110,2083 0,7431 0,6047 0,99 REGRESSAO GRAU 4 1 340,7440 340,7440 2,2975 0,1293 1,00 RESÍDUO 87 12903,1302 148,3118