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VERSÃO PRELIMINAR C C U U R R R R I I C C U U L L A A R R E E S S do Estado de São Paulo Ensino Fundamental - Anos Iniciais Ciências da Natureza Ciências da Natureza Ciências Humanas - Geografia e História O O R R I I E E N N T T A A Ç Ç Õ Õ E E S S Alunos do 1º Ano da E.E. Bairro Tomé, Itaberá Diretoria de Ensino de Itararé - Profª Valéria Aparecida Fogaça Silva VERSÃO PRELIMINAR

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  • OORRIIEENNTTAAEESS CCUURRRRIICCUULLAARREESS DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO EENNSSIINNOO FFUUNNDDAAMMEENNTTAALL AANNOOSS IINNIICCIIAAIISS

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    V E R S O PRELIMINAR

    Quadro de Expectativas de Aprendizagem do 1 Ano

    CCCUUURRRRRRIIICCCUUULLLAAARRREEESSS do Estado de So Paulo Ensino Fundamental - Anos Iniciais

    Cincias da Natureza Cincias da Natureza Cincias Humanas - Geografia e Histria

    OOORRRIIIEEENNNTTTAAAEEESSS

    Alunos do 1 Ano da E.E. Bairro Tom, Itaber Diretoria

    de Ensino de Itarar - Prof Valria Aparecida Fogaa Silva

    VERSO PRELIMINAR

  • OORRIIEENNTTAAEESS CCUURRRRIICCUULLAARREESS DDOO EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO EENNSSIINNOO FFUUNNDDAAMMEENNTTAALL AANNOOSS IINNIICCIIAAIISS

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    OORRIIEENNTTAAEESS CCUURRRRIICCUULLAARREESS DDOO

    EESSTTAADDOO DDEE SSOO PPAAUULLOO

    CCIINNCCIIAASS DDAA NNAATTUURREEZZAA EE CCIINNCCIIAASS HHUUMMAANNAASS::

    GGEEOOGGRRAAFFIIAA EE HHIISSTTRRIIAA EENNSSIINNOO FFUUNNDDAAMMEENNTTAALL

    AANNOOSS IINNIICCIIAAIISS

    So Paulo, 2013

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    V E R S O PRELIMINAR

    Sumrio Apresentao ------------------------------------------------------------------------------------- 08

    Apresentao das Orientaes Curriculares de Cincias da Natureza,

    Histria e Geografia

    07

    Os letramentos e o papel das linguagens nas Orientaes Curriculares

    do Estado de So Paulo Ensino Fundamental/Anos Iniciais das

    reas de Cincias Humanas e da Natureza - Roxane Rojo

    09

    Orientaes Curriculares para o ensino de Cincias da Natureza

    I. O ensino de Cincias da Natureza nos Anos Iniciais - Gustavo Isaac Killner e Grupo Referncia de Cincias (GReC)

    II. Orientaes Curriculares para o 1 ano III. Orientaes Curriculares para o 2 ano IV. Orientaes Curriculares para o 3 ano V. Orientaes Curriculares para o 4 ano

    VI. Orientaes Curriculares para o 5 ano

    21

    23

    29 37 47 59 73

    Orientaes Curriculares para o ensino de Geografia

    I. O Currculo de Geografia para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental Sonia Maria Vanzella Castellar e Grupo Referncia de Geografia (GReG)

    II. Orientaes Curriculares para o 1 ano III. Orientaes Curriculares para o 2 ano IV. Orientaes Curriculares para o 3 ano V. Orientaes Curriculares para o 4 ano

    VI. Orientaes Curriculares para o 5 ano

    87

    89

    101 109 117 125 133

    Orientaes Curriculares para o ensino de Histria

    I. O Currculo de Histria nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Ktia Maria Abud, Regina Ribeiro e Grupo Referncia de Histria (GRH)

    II. Orientaes Curriculares para o 1 ano III. Orientaes Curriculares para o 2 ano IV. Orientaes Curriculares para o 3 ano V. Orientaes Curriculares para o 4 ano

    VI. Orientaes Curriculares para o 5 ano

    143

    145

    151 163 171 179 191

    Sumrio

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    Apresentao

    Prezado professor, prezada professora

    com imensa satisfao que apresentamos as Orientaes Curriculares do Estado

    de So Paulo Anos Iniciais do Ensino Fundamental para as reas de Cincias da Natureza

    e Cincias Humanas: Histria e Geografia.

    Este documento resultado de um trabalho desenvolvido em conjunto, que teve

    como objetivo trazer para discusso as prticas de ensino e de aprendizagem das reas

    aqui apresentadas. Para tanto, foram reunidos diferentes atores tais como: pesquisadores

    das Universidades, grupo de gesto dos Anos Iniciais e dos Anos Finais da Coordenadoria

    de Gesto da Educao Bsica da Secretaria de Estado da Educao, alm dos Grupos

    Referncia de cada rea constitudo por profissionais que atuam nas Diretorias de Ensino

    de diferentes regies do estado de So Paulo.

    Esses grupos realizaram estudos coletivos, por mais de um ano sobre como o

    Currculo de Cincias da Natureza, Histria e Geografia dos Anos Iniciais podem ser

    desenvolvidos junto aos alunos. A escolha de contedos, conceitos e metodologia se deu a

    partir de longos estudos e discusses, sobre as necessidades de ensino e de aprendizagem,

    alm da metodologia adequada.

    Cabe salientar que um currculo para o 1 ao 5 ano do Ensino Fundamental um

    grande ganho em relao s aprendizagens das crianas, pois ter em suas mos um

    documento que orienta a sua ao pedaggica, com propostas de atividades possveis de

    serem realizadas em conjunto com seus alunos.

    Destacamos aqui que o protagonismo dos profissionais que atuam nos Anos Iniciais

    de forma polivalente, e que, trabalham todas as disciplinas que compem a matriz

    curricular, fica evidente que esse trabalho depende de sua capacidade de estudo constante

    nos processos referentes ao ensino e aprendizagem de cada uma dessas reas.

    O material est estruturado de forma a desenvolver expectativas de aprendizagem,

    consideradas como um conjunto de fazeres e saberes a partir de contedo especficos de

    cada rea, desenvolvidos por atividades investigativas, nas quais importante que o aluno

    reflita e seja capaz de relatar o que fez, tomando conscincia de suas aes e propondo

    explicaes para os fenmenos observados. Alm do compromisso de formar alunos que

    desenvolvam o senso crtico, a curiosidade e a pesquisa, desejamos tambm que os alunos

    mobilizem suas capacidades de leitura e escrita em diferentes gneros do discurso, tanto

    em linguagem oral, quanto escrita.

    Os contedos esto organizados de forma a atender, no 1 ao 3 ano, o ciclo de

    Alfabetizao, j no 4 e no 5 ano, um ciclo de aprofundamento dos contedos e conceitos,

    pois se espera que, nesses anos, os alunos desenvolvam de maneira mais plena as

    habilidades e competncias requeridas para sua idade / ano.

    Bom trabalho.

    A coordenao

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    Os letramentos e o papel das linguagens nas Orientaes Curriculares do Estado de So Paulo Ensino Fundamental/Anos Iniciais das reas de

    Cincias Humanas e da Natureza

    Roxane Rojo

    IEL/UNICAMP

    As Orientaes Curriculares do Estado de So Paulo Ensino

    Fundamental/Anos Iniciais para as reas de Cincias (Humanas/Histria e Geografia e

    da Natureza) reconhecem, de maneira mais ou menos explcita, os processos de ensino

    e de aprendizagem desses discursos cientficos como atividades de letramento. De

    maneiras diversas, as trs reas admitem a importncia das linguagens, dos gneros

    discursivos, dos textos e da leitura e escrita para a construo dos conhecimentos

    especficos dessas reas ou disciplinas. Todas so unnimes em reconhecer a

    importncia dos letramentos convencionais (ou letramentos da letra e do impresso) e

    das prticas de leitura e produo de textos escritos tradicionais. Todas tambm

    apontam a fala pblica como uma das prticas necessrias s reas/disciplinas. Cada

    uma a sua maneira aponta diferentes gneros de textos multissemiticos (mapas,

    infogrficos, linhas do tempo, grficos e tabelas etc.) como importantes para a

    construo dos conhecimentos das reas (multiletramentos). Algumas fazem

    referncia aos novos letramentos ou letramentos digitais como importantes na

    construo desses conhecimentos.

    Neste texto, buscamos comentar como as prticas escolares de

    (multi)letramento podem ser encaminhadas a partir das Orientaes Curriculares de

    Histria, Geografia e Cincias da Natureza.

    Ler e escrever como compromisso de todas as reas

    As Orientaes Curriculares de Cincias da Natureza deixam explcito seu

    compromisso com a leitura e escrita de discursos cientficos, inclusive fazendo

    referncia ao ler e escrever como compromisso de todas as reas.

    Entre as competncias e habilidades que podem ajudar uma criana a se tornar um cidado crtico destaca-se a competncia leitora, aqui definida como a capacidade que a criana tem de compreender, utilizar e analisar textos escritos. Quando falamos em leitura, o que primeiro

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    costuma vir nossa mente a leitura da palavra escrita e a compreenso dessas palavras. Entretanto, fundamental reconhecer que o letramento tambm se d sobre contedos especficos variados, transcendendo o espao exclusivo das letras, da prosa e do verso e incluindo os demais saberes, inclusive o cientfico, principalmente se considerarmos que este pode ajudar a criana a desenvolver competncia no pensar e fazer cincia a partir das habilidades como observar e identificar variveis, levantar hipteses, coletar, registrar e analisar dados, comunicar, descrever, argumentar e explicar suas concluses. (SO PAULO, 2013)

    Ou seja, o documento faz referncia a um modo de ler/escrever especfico da

    rea, que colabora na construo de conhecimentos, competncias e habilidades por

    ela requeridas.

    Mas essas Orientaes Curriculares no se atm somente aos letramentos

    convencionais. Logo em seguida (SO PAULO, 2013), amplia o escopo dos letramentos

    aos multiletramentos, fazendo referncia leitura/produo de outros gneros em

    outras linguagens: enunciados de problemas matemticos, frmulas, equaes, figuras

    geomtricas, mapas, tabelas, imagens etc..

    A leitura e a escrita so compromisso de todas as reas. Assim, o desenvolvimento da competncia leitora e escritora responsabilidade de toda a escola. Cabe a toda comunidade escolar ajudar as crianas a construir competncia leitora e escritora para ler e escrever contos, poemas, propagandas, textos cientficos, biografias, enunciados de problemas matemticos, frmulas, equaes, figuras geomtricas, mapas, tabelas, imagens etc.

    Esta postura assumida declaradamente pela rea de Cincias da Natureza

    nos ajudar, adiante, a redefinir o trabalho com os (multi)letramentos na escola, a

    partir de esferas especficas de discursos de divulgao da cincia que so mais bem

    abordadas nas reas e disciplinas especficas, o que no coloca grandes desafios nos

    anos iniciais do EF, j que o professor no formado para uma nica disciplina e que o

    tempo escolar tambm no precisa, em tese, ser disciplinarizado em horas aula de

    disciplinas especficas.

    Posio semelhante defendida nas Orientaes Curriculares de Geografia, mas

    desta vez mais centrada nos multiletramentos ou na leitura de imagens (mapas,

    imagens de satlite etc.), sobretudo na leitura cartogrfica. No possvel negar a

    proximidade que se estabelece com as teorias de leitura quando se afirma:

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    Para ocorrer aprendizagem importante que se construa em sala de aula uma relao crtica, mediada por outros saberes anteriormente construdos e que durante as aulas considere as representaes que os alunos tm da realidade (conhecimento prvio) na qual vivem, colocando em jogo as vrias concepes dos objetos em estudo. (SO PAULO, 2013, nfase adicionada).

    Alm disso, o documento, mais adiante, defende a especificidade da leitura

    cartogrfica1 e sua importncia para o conhecimento e representao do espao,

    conceito-chave para a Geografia, colocando, como primeiro objetivo:

    Compreender os conceitos geogrficos a partir do uso da linguagem cartogrfica e grfica; reconhecer e fazer uso dessas linguagens e de outras, como diferentes gneros textuais, imagens, audiovisuais, para explicar, analisar e propor solues que utilizem os conceitos geogrficos em situaes do cotidiano. (SO PAULO, 2013, nfase adicionada).

    Claro est que no possvel se atingir esse objetivo, sem se apelar aos

    multiletramentos que trabalham com a leitura-produo de outras linguagens como

    imagens e audiovisuais:

    A partir deste objetivo, valorizaremos a capacidade de leitura e escrita do aluno, iniciando uma atividade interdisciplinar para aprofundar conceitos geogrficos. Ao utilizar imagens, vdeos, obras de arte ou diferentes gneros textuais, pode-se estimular o aluno a compreender os conceitos geogrficos, considerando no s sua capacidade cognitiva, mas os aspectos afetivos e culturais, potencializando a aprendizagem significativa. (SO PAULO, 2013b, nfase adicionada).

    O mais interessante que o texto das Orientaes alerta para o fato de que

    leitura e produo desses textos, em diferentes linguagens, no so instrumentais, ou

    seja, no so tcnicas para se chegar a um fim, mas so finalidades em si mesmas que

    conduzem construo dos conhecimentos da rea: importante entender que essas

    linguagens no so instrumentos ou meras ferramentas, mas so utilizadas como

    propostas voltadas para o processo de ensino e de aprendizagem e ampliao cultural

    do aluno. (SO PAULO, 2013)

    J as Orientaes Curriculares para a disciplina de Histria do forte destaque,

    como cabido, leitura e produo de narrativas e relatos, tomados como um meio

    1 Mais adiante, o documento dedica toda uma seo aos multiletramentos cartogrficos (p. 14-16), sob o ttulo

    A linguagem cartogrfica no processo de alfabetizao.

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    propcio construo de conhecimentos histricos e dedicando tambm um de seus

    objetivos leitura e produo de textos desse tipo:

    O trabalho pedaggico deve possibilitar a leitura histrica do cotidiano do aluno, mediante a utilizao de categorias temporais (anterioridade e posterioridade, simultaneidade e contemporaneidade, passado, presente e futuro, permanncia e mudana, semelhana e diferena), presentes nas narrativas orais e escritas, trabalhadas por meio de fontes diversas (documentos histricos, manuais didticos, etc.) e tambm das construdas na sala de aula. (SO PAULO, 2013, nfase adicionada).

    Por fim, todas as trs Orientaes Curriculares elencam, nos seus Quadros

    Curriculares para os diferentes anos do Ensino Fundamental/Anos Iniciais, na coluna

    Orientaes Curriculares Gerais, situaes de aprendizagem que se baseiam ou se

    valem de diversos gneros de fala (cotidiana e pblica), de escritos e multimodais. So

    mencionadas, frequentemente, conversas e rodas de conversa (fala cotidiana); debates,

    depoimentos, entrevistas, pesquisas, exposies ou apresentaes orais (fala pblica);

    e textos escritos de gneros diversos (letras de cano, poemas, textos literrios, pea

    teatral), mas, em especial, textos de divulgao cientfica ou informativos, de livros

    didticos, roteiros, narrativas e relatos histricos, dirios e biografias, notcias. Mas

    tambm so mencionados e com frequncia textos multissemiticos, que se vale de

    diferentes linguagens, tais como imagens, fotos, vdeos, HQ, tirinhas, propagandas,

    grficos, tabelas, infogrficos, mapas, croquis, planta baixa, linhas de tempo, painis

    fotogrficos etc. Apenas o que aparece mais raramente so os gneros ou ferramentas

    propriamente digitais, tais como blog, programas de rdio, redes sociais.

    Em resumo, implcita ou explicitamente, as Orientaes Curriculares parecem

    indicar um forte trabalho com os letramentos (prticas de leitura e produo) para a

    construo do conhecimento cientfico, seja nas cincias da natureza, seja nas

    humanas. Mais que isso, duas delas parecem reconhecer esse trabalho com os

    letramentos como especficos das reas ou disciplinas e no simplesmente como um

    instrumento ou ferramenta para construir conceitos em quaisquer reas.

    Os letramentos mais enfatizados so, naturalmente, os letramentos da letra ou

    os convencionais, mas h tambm um forte apelo aos multiletramentos (leitura e

    produo em linguagens mltiplas). Ficam relativamente pouco mencionados os novos

    letramentos ou letramentos digitais.

    Com base nessas constataes, defenderemos, nas sees a seguir, uma posio

    segundo a qual, em especial nos anos iniciais, seria um grande ganho deixar o trabalho

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    com certas esferas de circulao dos discursos (como a jornalstica e a de divulgao

    cientfica) e com um conjunto de gneros orais e escritos (da ordem do relatar, do

    argumentar e do expor2) e de gneros multissemiticos especficos dessas esferas

    (grficos, mapas, infogrficos, tabelas, certas imagens fotogrficas ou vdeos etc.) para

    o mbito dessas reas curriculares, ao invs de simular um trabalho com gneros

    dessas esferas, brevemente, em aulas de Lngua Portuguesa. Em nosso entender, isso

    o que quer dizer leitura e escrita como um compromisso de todas as reas.

    Alm disso, trataremos, nas prximas sees, de trs tipos de letramentos,

    todos, a nosso ver, necessrios na escola contempornea: os letramentos da letra ou

    convencionais, os multiletramentos e os novos letramentos ou letramentos digitais.

    Os letramentos da letra ou convencionais: dominando as ferramentas

    do Estado-Nao

    Claro est que a escola guardi patrimonial dos letramentos convencionais,

    i.e., as prticas de leitura e escrita da era do impresso, em esferas dominantes de

    circulao de discursos (como a iluminista esfera da divulgao cientfica ou a moderna

    esfera do jornalismo de massa ou da grande imprensa), que, entre outras conquistas,

    garantem o acesso lngua padro, norma culta, aos formatos cannicos dos textos e

    gneros, aos textos valorizados socialmente. Ningum pensaria em propor que a escola

    abandonasse essa sua vocao fundante.

    Assim que faz todo sentido propor que certas reas ou disciplinas se

    encarreguem de certas esferas ou campos de circulao de discursos, como a

    jornalstica ou a de divulgao cientfica, para formar o leitor/produtor de textos

    escritos desses campos. Isso no deve significar grandes desafios ao professor, j que

    didatizaes da abordagem de gneros do campo da divulgao cientfica tais como

    verbetes, notcias e notas, artigos etc. e do campo jornalstico como notcias,

    reportagens, artigos de opinio, editorial etc. j circulam h pelo menos 15 anos em

    livros e sequncias didticas.

    2 Esses so alguns dos agrupamentos de gneros textuais (relatar, narrar, prescrever, argumentar e expor) primeiro

    propostos pelos pesquisadores de Didtica do Francs/Lngua Materna da Universidade de Genebra, Dolz e Schneuwly (2004[1996]), que estrutura o currculo de Francs lngua materna, organizando uma progresso de gneros nesses agrupamentos. A ideia dos agrupamentos surgiu porque um modelo aplicvel a todas as sries de ensino, sendo organizada a progresso atravs das sries e dos anos de ensino. Mas como agrupar estes gneros? Que critrios seguir? A rede pblica genebrina pensou em alguns domnios prioritrios de interao social como critrios de seleo destes agrupamentos e, sendo assim, chegaram seguinte diviso: cultura literria ficcional (narrar); documentao e memorizao das aes humanas (relatar); discusso de problemas sociais controversos (argumentar); transmisso e construo de saberes (expor); instruo e prescrio de aes (prescrever).

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    V E R S O PRELIMINAR

    No entanto, como mostram as Orientaes, h que entender tambm que

    mesmo essas esferas da cultura do impresso se valem de diferentes modalidades

    (oral/escrita) e semioses (linguagem verbal, imagens, udio) para significar. Tratar de

    um grfico ou de um mapa um letramento to convencional quanto leitura/escrita

    de um verbete enciclopdico, que pode, alis, inclu-los.

    Como lembra Lemke (1998, s/p, traduo nossa),

    As habilidades multimdia de autoria ou de anlise crtica correspondem de perto s habilidades tradicionais de produo de textos e de leitura crtica, mas preciso que entendamos o quo restritivas foram no passado nossas tradies de educao para os letramentos, de maneira a compreendermos o quanto os alunos precisaro no futuro alm daquilo que lhes damos no presente. No ensinamos os alunos nem como integrar desenhos ou diagramas em sua escrita, que dir arquivos de imagem fotogrfica, videoclipes, efeitos sonoros, udio de voz, msica, animao ou representaes mais especializadas (frmulas matemticas, grficos e tabelas etc.) [...] O que realmente precisamos ensinar e entender antes de podermos ensinar - como vrios letramentos, vrias tradies culturais combinam essas diferentes modalidades semiticas para gerar significao que mais abrangente que a soma do que cada uma das linguagens significa separadamente.

    Assim que um professor dos anos iniciais dever conhecer tanto os gneros de

    textos verbais como os multimodais (grficos, infogrficos, mapas, lbuns de fotos,

    videoclipes etc.) indicados nessas Orientaes, para poder abordar com adequao os

    letramentos ou prticas de leitura/produo que sobre eles se exercem3. No

    leio/produzo da mesma forma um texto geogrfico impresso com mapas ou grficos,

    uma notcia de relevncia histrica que apresenta uma linha do tempo ou um verbete

    cientfico de divulgao que conta com um infogrfico. No momento em que esses

    impressos entram em sala de aula nessas reas/disciplinas, para a construo de

    conhecimentos, conceitos, competncias e habilidades especficas, o professor tambm

    tem de ter em mente as propriedades desses textos e gneros, para encaminhar

    adequadamente leituras e produes. E isso significa conhecer bem esses gneros, seu

    funcionamento e circulao, para poder abordar adequadamente seus modos de

    ler/produzir especficos. E no campo dos gneros multimodais, ele se encontra um

    3 Nesse sentido, especialmente til a j mencionada seo A linguagem cartogrfica no processo de alfabetizao

    das Orientaes Curriculares de Geografia (p. 14-16), que explora algumas das caractersticas do gnero multimodal mapa que determinam seus modos de leitura e produo. Talvez o mesmo devesse ser feito em relao a outros gneros muito relevantes das duas outras reas, tais como os infogrficos em Cincias da Natureza e as linhas de tempo em Histria.

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    V E R S O PRELIMINAR

    pouco mais desvalido, pois h poucas didatizaes para a abordagem eficiente desses

    gneros que se valem da linguagem escrita e da imagem/diagramao.

    Outro campo em que o professor se encontra um pouco desamparado e trabalha

    de maneira muitas vezes intuitiva ainda o campo dos textos na modalidade oral

    formal e pblica (debates, depoimentos, entrevistas, pesquisas, exposies ou

    apresentaes orais etc.), indicados nas situaes didticas das Orientaes

    Curriculares, mas ainda raramente abordados em materiais didticos4.

    Embora esses gneros multimodais, sejam aqueles em linguagem oral formal e

    pblica, sejam os que combinam a escrita e imagem/diagramao, no venham sendo

    tradicionalmente abordados com efetividade na escola como lembra Lemke (1998) ,

    eles no so gneros que surgiram com os novos multiletramentos digitais, como os

    clipes, a animao, os games, os remixes. Ao contrrio, so gneros que surgem nos

    letramentos convencionais. Que outros desafios nos reservaro os novos letramentos?

    Os novos multiletramentos: um mundo de misturas de lnguas e

    linguagens e de produsagem.

    Como diz Ronaldo Lemos, em novembro de 2011, em um vdeo do MODMTv5,

    Um dos problemas da educao no mundo de hoje o apego excessivo ao texto [escrito]: a expresso de ideias no acontece mais s escrevendo alguma coisa. A vida, ela muito mais multimdia hoje em dia.

    Isso significa que no basta mais a escola enfatizar os letramentos da letra e os

    gneros discursivos escritos e impressos da tradio e do cnone. urgente enfocar os

    multiletramentos6 e os novos letramentos7 que circulam na vida contempornea de

    nossos alunos. E as Orientaes Curriculares mencionam muitos deles em suas

    4 Uma das fontes de referncia importantes para a abordagem dos gneros orais formais e pblicos com os alunos

    Schneuwly, Dolz et al. (2004). 5 Disponvel em http://mtv.uol.com.br/programas/mod/videos/02x08-educacao , acesso em 17/02/2013. 6 Multiletramentos so as prticas de trato com os textos multimodais ou multissemiticos contemporneos majoritariamente digitais, mas tambm impressos , que incluem procedimentos (como gestos para ler, por exemplo) e capacidades de leitura e produo que vo muito alm da compreenso e produo de textos escritos, pois incorporam a leitura e (re)produo de imagens e fotos, diagramas, grficos e infogrficos, vdeos, udio etc. 7Novos letramentos, ou letramentos digitais, so um subconjunto dos multiletramentos, definido, segundo Lankshear e Knobel (2007), pela nova tecnologia (digital) adotada, mas no principalmente. O que define fundamentalmente os novos letramentos, segundo os autores, um novo ethos, isto uma nova maneira de ver e de ser no mundo contemporneo, que prioriza a interatividade, a colaborao e a (re)distribuio do conhecimento, ao invs da hierarquia, da autoria e da posse controlada e vigiada do conhecimento por diversas agncias, como a escola, as editoras e a universidade.

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    V E R S O PRELIMINAR

    sugestes de didatizaes, tais como os vdeos e clipes, as postagens de blogs, os painis

    (ou lbuns) fotogrficos etc.

    A maior parte dos gneros discursivos que esto presentes nas atividades

    letradas de nossa vida contempornea, nas vrias mdias (impressa, televisiva,

    radiofnica, digital), incorpora textos escritos, mas no unicamente e nem

    principalmente. Apresentam tambm diagramas, tabelas, campos, formulrios, boxes

    (como e-mails, torpedos e agendas) ou fotos, imagens, mapas, plantas, vdeos,

    animaes, sons, msica, fala e uma multido de outras linguagens. Isso quer dizer que

    as capacidades de leitura e escrita dos letramentos da letra no so mais suficientes

    para a vida contempornea. Assim, no bastam mais para compor os currculos nas

    escolas.

    Os currculos escolares devem comear a incluir mais decisivamente a leitura e

    escrita de gneros de texto multissemiticos ou multimodais (compostos por todas

    essas linguagens, para significar e funcionar) e os multiletramentos e novos

    letramentos requeridos pelas prticas em que eles esto inseridos.

    Lcia Santaella, em seu livro Culturas e artes do ps-humano, prope uma

    diviso das eras culturais em seis tipos de formaes (SANTAELLA, 2010, p. 13) que

    podem nos ajudar a compreender como as prticas de letramento e, em especial,

    interessam-me aqui as prticas escolares de letramento se alteram com as mudanas

    tecnolgicas. Essas eras culturais so: a cultura oral, a cultura escrita, a cultura

    impressa, a cultura de massas, a cultura das mdias e a cultura digital. Vejamos como

    esses conceitos de Santaella podem nos ajudar a compreender a realidade das nossas

    prticas escolares de letramento e os desafios postos para ns na era digital.

    Na era da cultura oral, no havia nem escola nem ensino, tais como os

    compreendemos hoje. A escola e o ensino, como bem diz Lahire (1993), so instituio

    e prticas derivadas da lgica da cultura da escrita. H, na Internet, um vdeo de

    animao A histria das tecnologias na educao 8 que mostra bem como as

    diversas tecnologias do quadro negro aos celulares, tablets e lousas digitais foram

    adentrando as escolas e modificando as prticas, conforme as eras mencionadas por

    Santaella. Vale a pena ver.

    Esse vdeo data a educao pblica, ainda oral, do sculo XVII e o aparecimento

    da escrita em sala de aula (o quadro negro), de 1700. Mas a cultura do impresso (isto ,

    o livro e os textos mimeografados ou xerocados somente adentram a escola no final do

    8The history of technology in education. Disponvel em https://www.youtube.com/watch?v=UFwWWsz_X9s. Acesso

    em 02/05/2013.

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    V E R S O PRELIMINAR

    sculo XIX e no sculo XX). Nesses sculos, consolidaram-se na escola prticas de

    letramento prprias das funes da escola e das mentalidades letradas neste perodo.

    A cpia do quadro negro e depois do livro, o ditado, as questes fechadas de avaliao

    baseadas em localizao de trechos escritos, as chamadas orais, as provas, os

    seminrios, as descries vista de gravura, as narraes ou histrias, as dissertaes,

    todas essas eram e so prticas da escola da modernidade, em que o ensino visava

    disciplinar corpo, linguagem e mente (CHERVEL, 1990) e em que o texto, escrito ou

    impresso, convoca prticas letradas muito especficas, de confiana, respeito e

    repetio/reproduo; de reverncia. Essas prticas, embora modificadas,

    permanecem ainda hoje fortemente na escola, pois nem a escrita, nem os impressos e

    nem essa mentalidade escolar disciplinadora desapareceram: ainda so teis

    sociedade.

    Em nossa opinio, tanto as tecnologias da cultura de massas (rdio e TV) como

    as da cultura das mdias (retroprojetores, episcpios, reprodutores de videocassete e

    de fitas cassete etc.) penetraram fraca, lateral e incidentalmente na escola e nunca

    foram incorporadas constitutivamente ao currculo e s prticas letradas escolares

    fundantes da cultura escrita e impressa: a escola , ainda hoje, principalmente um lugar

    de oralizao do escrito e do impresso. No entanto, nas casas do sculo XX (segunda

    metade), essas so tecnologias onipresentes e extremamente importantes na vida

    cotidiana das pessoas em geral e dos alunos em particular.

    A cultura de massas preserva a unidirecionalidade (de um para muitos, as

    massas, sem possibilidades de retroalimentao) das culturas do escrito e do impresso.

    Mas a cultura das mdias no. Pela primeira vez na histria, podemos adequar os bens

    de consumo simblicos (filmes, vdeos, msicas etc.) a nosso gosto e s nossas

    colees (GARCA-CANCLINI, 2008[1997]): alugamos o filme que queremos,

    gravamos fitas/CDs/tocadores de mp3 de nossas msicas preferidas, ao invs de

    ficarmos submetidos ao que nos oferecem as culturas do impresso e de massas. Isso, de

    certa forma, preparou-nos para a cultura digital: aumentou nossa capacidade de

    deciso, escolha e seleo de que produtos culturais preferamos ler, ver ou consumir

    e, com isso, nosso raio de ao e influncia sobre a produo cultural. Tambm nos

    levou a prticas multiletradas de leitura de textos escritos, impressos ou no, mas

    tambm de imagens em movimento (vdeos e filmes) e de udio. Mas a escola no

    incorporou centralmente essas linguagens em suas prticas: ateve-se, como os

    impressos, imagem esttica (foto, ilustrao, mapas etc.), quando muito. Com isso, de

    certa forma, os multiletramentos ainda no adentraram ainda a escola.

    A quarta revoluo da escrita, como a chama Chartier (1997), a cultura digital,

    pe por terra todo o edifcio de prticas letradas cultuadas e perpetuadas pela escola.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Nela, o leitor no mais reverente ao texto, concentrado e disciplinado, mas disperso,

    plano, navegador errante; no mais receptor ou destinatrio sem possibilidade de

    resposta, mas comenta, curte, redistribui, remixa. As fronteiras entre leitura e autoria

    se esfumaam. Surge o lautor ou o produsurio 9. Podemos dizer que nem as

    tecnologias digitais e nem os novos multiletramentos da cultura digital efetivamente

    chegaram ainda s prticas escolares, que continuam aferradas ao impresso e a suas

    prticas. No entanto, essas so as prticas letradas das pessoas, dos trabalhadores e

    dos cidados do sculo XXI em diante.

    Fica o convite ao leitor para refletir sobre a urgncia de incorporar esses

    gneros, prticas, mentalidades e (novos) multiletramentos escola o quanto antes, de

    maneira a formar pessoas, cidado e trabalhadores para o sculo em que estamos.

    Como pergunta o vdeo de animao que mencionamos antes: Como voc vai moldar a

    sala de aula de amanh?.

    Referncias Bibliogrficas

    BRUNS, A. Blogs, Wikipedia, Second Life, and beyond. From production to produsage. New York, USA: Peter Lang, 2008.

    CHARTIER, R. A aventura do livro: Do leitor ao navegador. So Paulo: Editora UNESP, 1997.

    CHERVEL, A. Histria das disciplinas escolares: Reflexo sobre um campo de pesquisa. Teoria e Educao, 2: 177-229.1990.

    DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Genres et progression en exprssion orale et crite Elments de rflexions propos dune exprience romande. Enjeux, 37-38: 49-75, 1996. Traduzido como Gneros e progresso em expresso oral e escrita Elementos de reflexo sobre uma experincia sua (francfona) em SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al., 2004.

    GARCA-CANCLINI, N. Culturas hbridas, poderes oblquos. In: _____. Culturas hbridas: Estratgias para entrar e sair da modernidade. So Paulo: EDUSP, 2008[1997], p. 283-350.

    LAHIRE, B. Culture crite et ingalits scolaires: Sociologie de lchec scolaire lcole primaire. Lyon: PUL, 1993.

    LEMKE, J. L. Metamedia literacy: Transforming meanings and media. In: REINKING, D. et al. (Eds.). Literacy for the 21st Century: Technological transformation in a post-typographic world. Hillsdale, NJ: Erlbaum, 1998. P. 283-301. Disponvel em

    9 Produsurios no esto envolvidos em uma forma de produo tradicional de contedo, mas esto envolvidos em produsagem a construo contnua e colaborativa e a ampliao do contedo existente, na busca de novas melhorias. (BRUNS, 2008, p. 21)

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    19

    V E R S O PRELIMINAR

    http://academic.brooklyn.cuny.edu/education/jlemke/reinking.htm, acesso em 22/07/2010.

    LANKSHEAR, C.; KNOBEL, M. Sampling "the New" in New Literacies. In: M. Knobel; C. Lankshear (Orgs.). A New Literacies Sampler. New York: Peter Lang, 2007. Vol. 29, p. 1-24.

    SO PAULO. Orientaes Curriculares do Estado de So Paulo Ensino Fundamental/Anos Iniciais Cincias da Natureza. So Paulo, SP: SEE-SP/CGEB, 2013a, verso preliminar.

    _____. Orientaes Curriculares do Estado de So Paulo Ensino Fundamental/Anos Iniciais Geografia. So Paulo, SP: SEE-SP/CGEB, 2013b, verso preliminar.

    _____. Orientaes Curriculares do Estado de So Paulo Ensino Fundamental/Anos Iniciais Histria. So Paulo, SP: SEE-SP/CGEB, 2013c, verso preliminar.

    SANTAELLA, L. Culturas e artes do ps-humano: Da cultura das mdias cibercultura. So Paulo: Paulus, 2010[2003].

    SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al. Gneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004. Traduo e organizao de ROJO, R. H. R.; CORDEIRO, G. S.

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    ORIENTAES CURRICULARES

    Cincias da Natureza

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    O ensino de Cincias da Natureza nos Anos Iniciais

    Gustavo Isaac Killner

    Grupo Referncia de Cincias (GReC)

    Atualmente as sociedades so marcadas pelas novas formas de produo

    cultural e hegemonia econmica, com isso tanto o desenvolvimento cientfico quanto a

    inovao tecnolgica so imprescindveis nesse processo.

    verdade que, inicialmente, o desenvolvimento tecnolgico no estava atrelado

    ao desenvolvimento cientfico (Hobsbawn10), e que, atualmente cincia e tecnologia

    apresentam-se interligadas de tal forma que comum referir-se a elas como uma coisa

    s - C&T (Longo11). Entretanto, segundo Popper12, a cincia produz ideias e hipteses

    que podem e devem ser testadas, fundamentando teorias, enquanto a tecnologia

    produz objetos e bens utilizveis. Em outras palavras, a tecnologia estaria mais voltada

    para as necessidades e demandas do mercado enquanto a cincia buscaria, antes de

    tudo, o conhecimento como um bem em si mesmo (Fernandes13, 2002).

    A tecnologia, vinculada prtica, muito mais antiga do que a cincia, que est

    ligada teoria, sendo provavelmente to antiga quanto prpria humanidade. Do

    paleoltico idade dos metais, das pirmides egpcias s construes maias, das

    edificaes astecas, castelos medievais aos grandes templos no oriente, os grandes

    feitos da humanidade no foram construdos com base em princpios fsicos, mas por

    mestres que se valiam da experincia prtica acumulada e no de um conhecimento

    abstrato sobre o tema. O casamento recente entre cincia e tecnologia pode ser

    ilustrado com a histria da termodinmica, da eletricidade, da biotecnologia ou da

    Mecnica Quntica (Menezes14).

    Com a revoluo industrial no final do sculo XVIII, cincia, tecnologia e

    sociedade andam juntas, atreladas ao desenvolvimento industrial (Hessen15). Desde

    ento, o desenvolvimento cientfico e tecnolgico vem promovendo mudanas

    significativas na maneira de ser, pensar e agir do ser humano. De l para c, muita coisa

    mudou. O conhecimento prtico foi organizado e aprimorado pela teoria e a produo

    manual, desde ento, a produo manual vem sendo substituda pelas mquinas, o que

    10

    HOBSBAWN, E.; A era das revolues. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1989. 11

    LONGO, W.P. Conceitos Bsicos sobre Cincia e Tecnologia. Rio de Janeiro, FINEP, 1996. v.1 12

    POPPER, K. A Lgica da Pesquisa Cientfica. So Paulo, EDUSP, 1975. 13

    FERNANDES, P.M.N.R. , Ligao cincia-tecnologia e a fsica na engenharia. So Paulo, Dissertao

    (Mestrado); IFUSP, 2002. 14

    MENEZES, L.C.; A Matria: uma aventura do esprito - Fundamentos e fronteiras do conhecimento

    fsico. So Paulo, Editora Livraria da Fsica, 2005. 15

    HESSEN, B. M.; Las races socioeconmicas de la Mecnica de Newton, Academia, La Habana 1985.

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    V E R S O PRELIMINAR

    acabou gerando novos modelos econmicos, novas tarefas e novas formas de trabalho

    e organizao social.

    Como consequncia disso, atualmente convivemos com o lanamento contnuo e

    desenfreado de produtos eletrnicos variados e com os avanos da biotecnologia, da

    nanotecnologia e das pesquisas com clulas-tronco. Alm disso, o rpido avano da

    informtica, da Internet e das redes sociais so exemplos de uma modernidade que

    vem modificando significativamente nosso modo de interagir e interpretar a realidade,

    exigindo a atualizao constante de conhecimentos e procedimentos.

    Mas, como afirma Tambosi16: A tecnologia j conquistou os coraes, mas a

    cincia ainda no alcanou as mentes enfatizando que, apesar de todos os avanos da

    modernidade, o modo cientfico de pensar e agir ainda esto longe de ser universal. Tal

    fato, alis, tambm expresso nos PCN 17 de Cincias do Ensino Fundamental e Mdio

    como motivo para justificar mudanas na metodologia de trabalho e sugesto de novas

    sequencias didticas para fundamentar a prtica de professores comprometidos com a

    melhoria da qualidade do ensino em geral e do ensino de cincias em particular.

    Para posicionar-se criticamente frente a temas como preservao e degradao

    ambiental, produo e utilizao de energia e bens de consumo em geral, alimentao,

    hbitos de higiene, cuidados com a sade e sexualidade, por exemplo, fundamental

    que a criana se aproprie do conhecimento cientfico como instrumento de anlise da

    realidade e das situaes-problema do seu cotidiano. Para isto, fundamental que as

    crianas aprendam cincias de modo a questionar e problematizar a realidade, pois

    impossvel o exerccio da cidadania separado da avaliao crtica de informaes,

    principalmente daquelas veiculadas pela mdia que muitas vezes se aproveita da falta

    de maturidade e conhecimento cientfico das crianas para impor padres de

    comportamento e de consumo, muitas vezes nocivos, utilizando expresses como os

    cientistas afirmam que ou uma pesquisa mostra que ou ainda produto testado

    cientificamente, entre outras.

    Partindo da hiptese de que o papel da escola promover a difuso dos

    conhecimentos sistematizados e acumulados historicamente, de forma viva, concreta e

    inter-relacionados com a realidade social, atravs de uma prtica institucional, o

    ensino de Cincias pode contribuir para formar cidados crticos e ativos na medida

    em que possibilite s crianas transformar sua curiosidade ingnua numa curiosidade

    epistemolgica, incentivando a observao, a problematizao da realidade e a busca

    pelo conhecimento, oportunizando o levantamento de hipteses, sua formalizao,

    comunicao e socializao.

    16

    TAMBOLSI, O.; O desafio de gerar, aplicar e divulgar o conhecimento cientfico; revista Nexus - C&T,

    Florianpolis, UFSC, jan 2005. 17

    BRASIL, MINISTRIO DA EDUCAO E DO DESPORTO. Secretaria de Educao Fundamental ;

    Parmetros Curriculares Nacionais. Braslia, MEC, 1997

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    25

    V E R S O PRELIMINAR

    Com isso, pode ocorrer o debate de ideias e a proposio de solues, auxiliando

    a criana a reconhecer que o conhecimento cientfico uma construo social. O

    conhecimento cientfico no um conhecimento pronto e acabado que s interessa aos

    cientistas, como aparece nos livros e na mdia em geral, mas que um conhecimento

    em constante construo e reconstruo, podendo ser questionado, modificado,

    transformado e melhorado.

    Desta forma, o aprendizado de cincias pode se tornar significativo e contribuir

    para a criticidade dos alunos, dando a alunos e professores uma chance de

    desempenhar um papel ativo que lhes permita desenvolver o pensamento, a funo

    planejadora da linguagem, a fala e a escrita como ferramentas de reflexo,

    aprendizagem, criao, registro, comunicao e interao social.

    Tudo isso nos coloca frente necessidade de novos aprendizados e novas

    prticas pedaggicas impondo s escolas uma reorganizao do espao, do tempo e das

    metodologias de trabalho, pensadas a partir das competncias e habilidades a serem

    aprendidas em vez de informaes a serem memorizadas.

    A reorganizao das atividades escolares impe a reestruturao do currculo.

    Repensar o currculo tambm reinventar a escola. O currculo escolar busca integrar

    esforos a fim de partir da criana que temos e chegar a um cidado tico, crtico, ativo

    e autnomo. Sendo assim, a partir do sculo XX, o domnio do conhecimento cientfico

    foi se tornando cada vez mais importante nas propostas curriculares, tanto para

    alavancar o desenvolvimento cientfico e tecnolgico das naes quanto para

    possibilitar s pessoas o pleno exerccio da cidadania.

    Por isso, o ensino de cincias da natureza vem se modificando sistematicamente

    nas escolas, adaptando-se aos diferentes modos de organizao social e s diversas

    tendncias pedaggicas vigentes. Embora o ensino da chamada filosofia natural j

    acontecesse em tempos remotos, at o final dos anos 50 ensinava-se cincias, em geral,

    apenas nas duas ltimas sries do antigo curso ginasial (equivalente ao 8 e 9 anos

    atuais). A partir de 1961, com a promulgao da primeira LDB, o ensino de cincias

    passou a ser obrigatrio nas quatro sries do curso ginasial (equivalente ao atual

    perodo do 6 ao 9 ano) e, aps a lei 5.692, de 1971, passou a ser obrigatria em toda a

    educao bsica.

    Atualmente, muitas propostas curriculares no reservam espao especfico para

    a disciplina de cincias da natureza na matriz curricular bsica das primeiras sries,

    mas isso no significa que ela esteja alijada da escola nesses anos iniciais uma vez que

    ler e escrever nas diferentes linguagens essencial no mundo moderno. Apesar do

    foco nos primeiros anos estar centrado na alfabetizao das crianas, fundamental

    reconhecer a necessidade de tambm considerar contedos das demais reas do

    conhecimento.

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    26

    V E R S O PRELIMINAR

    Entre as competncias e habilidades que podem ajudar uma criana a se tornar

    um cidado crtico destaca-se a competncia leitora, aqui definida como a capacidade

    que a criana tem de compreender, utilizar e analisar textos em diversas linguagens.

    Quando falamos em leitura, o que primeiro costuma vir nossa mente a leitura da

    palavra escrita e a compreenso dessas palavras. Entretanto, fundamental

    reconhecer que o letramento tambm se d sobre contedos especficos variados,

    transcendendo o espao exclusivo das letras, da prosa e do verso e incluindo os demais

    saberes, inclusive o cientfico, principalmente se considerou que este pode ajudar a

    criana a desenvolver competncia no pensar e fazer cincia a partir das habilidades

    como observar e identificar variveis, levantar hipteses, coletar, registrar e analisar

    dados, comunicar, descrever, argumentar e explicar suas concluses. Paulo Freire18

    (1998) j nos alertava que a leitura bem mais que decodificar palavras: ler o mundo

    e a sua multiplicidade.

    Ler e escrever so um compromisso de todas as reas. Assim, o

    desenvolvimento da competncia leitora e escritora responsabilidade de toda a

    escola. Cabe a toda comunidade escolar ajudar as crianas a construir competncia

    leitora e escritora para ler e escrever contos, poemas, propagandas, textos cientficos,

    biografias, enunciados de problemas matemticos, frmulas, equaes, figuras

    geomtricas, mapas, tabelas, imagens etc.

    Para que isso ocorra, so necessrio que se reconstruam as prticas docentes,

    resignificando o que ensinar e substituindo a aprendizagem mecnica pela

    aprendizagem significativa.

    Assegurar a todos as condies de acesso, permanncia e aprendizagem na

    escola, sem nenhum tipo de discriminao, um princpio fundamental presente na

    Constituio e na LDB. Nesse sentido, a educao inclusiva uma ao poltica, social e

    pedaggica, que visa garantir o direito de todos os alunos ao convvio social e

    aprendizagem, sem qualquer tipo de discriminao s crianas que apresentem

    necessidades educacionais especiais, associadas ou no a deficincias de qualquer

    espcie.

    A educao inclusiva fundamenta-se numa concepo de direitos humanos que

    preconiza que todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e

    considera que tratar com igualdade pessoas diferentes apenas aprofunda as

    desigualdades e a excluso j existentes. A equidade, por outro lado, ao reconhecer

    igualdade e diferena como conceitos complementares pode ajudar a superar as

    circunstncias histricas da produo da excluso dentro e fora da escola. O

    aprendizado em geral e o de cincias em particular, no podem ficar margem de tal

    concepo pedaggica.

    18

    FREIRE, Paulo. A importncia do Ato de Ler: Em trs artigos que se completam. 22 ed. So Paulo SP:

    Cortez, l988.

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    27

    V E R S O PRELIMINAR

    Deste modo, oferece-se aos professores, as expectativas de aprendizagem para

    alunos dos cinco primeiros anos do ensino fundamental no estado de So Paulo. So

    noes e valores a serem construdos na escola, ao longo da trajetria acadmica e

    tambm ao longo de toda vida dos alunos. Estas expectativas so proposies que

    definem intenes de ensino, as quais s sero concretizadas medida que se

    reconstruam as prticas docentes.

    Para a elaborao deste documento, alm de vrios profissionais da educao da

    rede Estadual de Educao de So Paulo, foram consultados os Parmetros

    Curriculares Nacionais (PCN)19, as Orientaes Curriculares da Prefeitura da Cidade de

    So Paulo20, o IRES21, o Real Decreto Espanhol22 e o Documento de trabalho n 7, da

    Secretaria de Educao da Cidade de Buenos Aires23. Foi consultada, tambm, a Matriz

    Curricular do SARESP e do SAEB.

    19

    BRASIL, Ministrio da Educao. Parmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Braslia: MEC,

    1996.

    20 SO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educao. Diretoria de Orientao Tcnica. Orientaes

    curriculares e proposio de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental: ciclo I primeiro

    ao quinto ano/ Secretaria Municipal de Educao So Paulo: SME / DOT, 2007.

    21 GRUPO INVESTIGACIN EN LA ESCUELA. Ptoyecto curricular. Investigacion y Renovacin

    Escolar IRES Sevilla: Diade Editoras S.L., 1991. 22

    ESPANHA, Ministerio de Educacin y Ciencia, MEC (2006) Real Decreto 1513/2006, de 7 de diciembre,

    por el que se establecen las enseanzas mnimas de la Educacin Primaria. Disponvel em:

    http://www.mec.es/files/a43053-43102.pdf (acesso em 23/09/2008) 23

    BUENOS AIRES, Gobierno de la ciudad de Buenos Aires, Secretaria de Educacin Direccin de curricula;

    Documento de trabajo n 7. Algunas orientaciones para la enseanza escolar de las Ciencias Naturales.

    Disponvel em http://estatico.buenosaires.gov.ar/areas/educacion/curricula/docum/areas/csnat/doc7.pdf

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    V E R S O PRELIMINAR

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    V E R S O PRELIMINAR

    ORIENTAES CURRICULARES

    1 ano

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    V E R S O PRELIMINAR

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    V E R S O PRELIMINAR

    Quadro de Expectativas de Aprendizagem do 1 Ano

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    ORIENTAES CURRICULARES GERAIS

    OBSERVAR SE O ALUNO

    Identificar a existncia de algumas formas de conhecimento.

    Levantamento de conhecimentos prvios dos alunos, sobre fenmenos da natureza. Conversa com familiares sobre as diferentes vises do conhecimento a respeito dos fenmenos naturais. Pesquisas em que os alunos possam comparar as diferentes vises em relao aos fatos e fenmenos da natureza. Anlise de imagens de fenmenos da natureza para que os alunos, a partir de seus saberes, reflitam sobre as diversas explicaes sobre esses fenmenos. Situaes de intercmbio oral, em que, os alunos expliquem alguns fenmenos trabalhados em sala.

    Questiona a realidade. Reconhece algumas diferenas entre o conhecimento cientfico e o senso comum. Prope questes e formas de investigao. Expe suas ideias, explicando-as coerentemente com base nos conhecimentos construdos.

    Identificar, registrar (de diferentes formas) e comunicar, a partir da observao da natureza, as caractersticas comuns dos seres vivos e no vivos.

    Levantamento de conhecimentos prvios por meio de conversa sobre as diferenas entre seres vivos e no vivos. Anlise de imagens e materiais diversos em que os alunos investiguem as semelhanas e as diferenas entre seres vivos e no vivos.

    Diferencia seres vivos e no vivos. Agrupa seres vivos distintos em uma mesma categoria. Reconhece e valoriza a biodiversidade. Compreende que plantas e animais so seres vivos que merecem cuidados.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Pesquisar, registrar (de diferentes formas) e comunicar semelhanas e diferenas entre diversos seres vivos, identificando caractersticas comuns e especficas. Agrupar os seres vivos com base em caractersticas comuns de acordo com critrios prprios e ou cientficos. Reconhecer a existncia de seres vivos que no so animais nem vegetais. Valorizar a diversidade biolgica, posicionando-se contra quaisquer formas de discriminao, menosprezo ou maltrato com plantas e animais.

    Leitura compartilhada de textos de divulgao cientfica que apresentem a diversidade biolgica. Atividades em que os alunos classifiquem diversos objetos e seres vivos para desenvolver critrios discriminativos, a partir de critrios prprios e posteriormente por critrios cientficos. Situaes em que seja discutido o tema maus tratos a plantas e animais.

    Reconhece a existncia de outros seres vivos que no so animais e plantas. Interage com o contedo da leitura realizada pelo professor.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Reconhecer a existncia de um ciclo vital para todos os seres vivos, que inclui nascimento, crescimento, reproduo e morte. Pesquisar ciclos vitais de diferentes seres vivos, identificando semelhanas e diferenas entre eles. Reconhecer as diferentes escalas de tempo no ciclo vital dos seres vivos.

    Levantamento de conhecimentos prvios por meio de roda de conversa sobre o ciclo da vida. Propor investigao sobre os ciclos vitais e suas relaes com as escalas de tempo. Leitura compartilhada sobre os seres vivos e seu respectivo ciclo vital.

    Reconhece o ciclo vital como caracterstica dos seres vivos. Identifica semelhanas e diferenas entre os ciclos vitais de diferentes seres vivos. Reconhece escalas diferentes de tempo de vida.

    Conhecer e valorizar formas de higiene pessoal e do ambiente como elementos fundamentais para a promoo e manuteno da sade individual e coletiva.

    Levantamento dos conhecimentos sobre os hbitos de higiene do grupo.

    Situaes problema em que os alunos reflitam sobre a valorizao de formas de higiene pessoal e do ambiente em que vivem por meio da reflexo de suas prticas cotidianas.

    Leitura compartilhada de textos que tratam sobre a manuteno da sade.

    Valoriza bons hbitos de higiene pessoal. Reflete sobre a importncia de um ambiente saudvel para promoo da sade individual e coletiva.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Orientaes Curriculares Especficas para o ensino de Cincias nos Anos Iniciais

    1 Ano Para que as expectativas de aprendizagem em relao s Formas de Conhecimento / Fenmenos da Natureza possam ser concretizadas, necessrio que se planeje e organize situaes didticas, tais como: Roda de conversa para

    levantamento dos conhecimentos prvios dos alunos sobre os fenmenos naturais, propondo questionamentos como: o que a chuva? O que o vento? O fogo? Registrar em um cartaz os saberes dos alunos para posterior retomada pelo professor.

    Entrevista com os seus familiares

    sobre curiosidades e diferentes vises a respeito dos fenmenos da natureza como chuva, vento e fogo.

    Pesquisa orientada pelo professor em livros, revistas cientficas e internet sobre os fenmenos da natureza (chuva, vento, fogo).

    A partir da pesquisa e discusses j realizadas, construir um painel com imagens relativas a fenmenos da natureza (erupes vulcnicas, terremoto, raios, relmpagos, troves, enchente, tsunami). Para finalizar o painel, o professor dever realizar a produo coletiva de legendas.

    Estudos do meio (visita ao entorno da escola), para observao de atividades naturais do ambiente como o movimento das folhas, brisa no rosto, movimento de alguns animais, entre outras, para percepo dos fenmenos naturais.

    Discusses nas quais o aluno possa questionar os fenmenos da natureza a partir de questes discutidas no grupo com a mediao do professor. Sugesto: trazer um catavento ou uma pipa para que os alunos observem a existncia do vento e sua influncia na natureza.

    Situaes de comunicao oral nas

    quais os alunos possam comparar conhecimentos de origem do senso comum, confrontando-os com os de base cientfica.

    Para que as expectativas de aprendizagem em relao aos Seres Vivos e No Vivos possam ser concretizadas, necessrio que se planeje e organize situaes didticas, tais como:

    Roda de conversa em que sejam

    levantados os conhecimentos prvios sobre as diferenas entre seres vivos e no vivos, a

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    V E R S O PRELIMINAR

    partir de questionamentos tais como: A rvore considerada ser vivo? Apresenta movimentos? E a bola, um ser vivo ou morto? Ela se movimenta?

    Pesquisa de imagens e/ou

    fotografias variadas para analisar e diferenciar os seres vivos e no vivos (selecionar primeiramente por critrios prprios e depois com a orientao do professor).

    Situaes de observao da diversidade biolgica presentes no entorno escolar com a elaborao de registros na forma de desenhos ou textos coletivos sobre seres vivos e no vivos.

    Leitura compartilhada realizada

    pelo professor, de textos de divulgao cientfica sobre a temtica estudada, considerando os grupos que no so animais nem vegetais, por exemplo: fungos e bactrias.

    Sugesto de pesquisa: Levar um

    pedao de po para a sala de aula para que os alunos observem a presena do bolor. (processo da decomposio).

    Produo de texto do gnero Voc sabia que?, a partir das informaes sobre seres vivos e no vivos, tendo o professor como escriba, com a finalidade de divulgar informaes estudadas sobre os seres vivos e no vivos.

    Apresentao e explorao de

    vdeos sobre o tema abordado.

    Elaborao de registros por parte dos alunos na forma de desenhos e textos coletivos ou em duplas sobre os seres vivos e no vivos.

    Para que as expectativas de

    aprendizagem em relao aos Ciclos de Vida possam ser concretizadas, necessrio que se planeje e organize situaes didticas, tais como:

    Roda de conversa, partindo do

    questionamento: todo ser vivo um dia morre? Levantar os posicionamentos dos alunos e registrar coletivamente em um cartaz.

    Produo de um lbum de

    fotografias, em que sejam retratados diferentes momentos da vida da criana, em que se discuta o desenvolvimento em cada uma das etapas de sua vida.

    Anlise do ciclo de vida de um

    determinado animal por meio de imagens que o retratem em sua fase filhote e adulta.

    Experimentos em que seja observado o desenvolvimento de uma planta (alpiste, feijo, entre outras) com a finalidade de acompanhar as etapas de seu do ciclo de vida.

    Pesquisa de campo no espao

    escolar, para observao dos seres vivos que compem o ambiente (plantas, pessoas, pssaros, insetos), observando semelhanas e diferenas entre eles.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Conversa com familiares sobre ciclos vitais, por meio de discusses estabelecendo relaes com as escalas de tempo.

    Leitura compartilhada, realizada

    pelo professor, de gneros especficos da rea sobre curiosidades dos seres vivos.

    Montagem de mural a partir de

    imagens e/ou textos de tudo que os alunos pesquisaram a respeito de ciclos de vida, para apreciao de toda a turma e da comunidade escolar.

    Produo de texto do gnero

    Voc sabia que?, a partir de informaes sobre as semelhanas e diferenas entre os seres vivos, tendo o professor como escriba.

    Cultivo de horta ou jardim

    coletivo para a valorizao da diversidade biolgica e a observao dos ciclos de vida das plantas.

    Para que as expectativas de aprendizagem em relao a Ser Humano e Sade possam ser concretizadas, necessrio que se planeje e organize situaes didticas, tais como: Roda de conversa para

    levantamento coletivo sobre os hbitos de higiene dos alunos e de suas famlias.

    Leitura compartilhada de textos

    de diferentes portadores (livros paradidticos, revistas cientficas, jornais) e gneros (folhetos de postos de sade, poesia, msica, artigos cientficos) a respeito de bons hbitos de sade e higiene.

    Conversa do profissional da rea da sade para discutir sobre as prticas de higiene pessoal e coletiva.

    Prticas dirias (individuais e

    coletivas), nas quais o professor oriente os alunos quanto higiene pessoal (lavar as mos antes da alimentao, conservar o ambiente harmonioso e limpo, e outras atitudes), incorporando hbitos e comportamentos saudveis no seu dia a dia.

    Jogos, brincadeiras, msicas e

    teatro em que seja tratado o desenvolvimento de hbitos saudveis.

    Produo de painel com

    informaes e/ou imagens produzidas pelo grupo sobre hbitos saudveis de higiene.

    Observao da prpria sala de

    aula e dos outros ambientes da escola a fim de analisar as condies de higiene e refletir e propor aes de conservao.

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    V E R S O PRELIMINAR

    ORIENTAES CURRICULARES

    2 ano

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    V E R S O PRELIMINAR

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    V E R S O PRELIMINAR

    Quadro de Expectativas de Aprendizagem do 2 Ano

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    ORIENTAES CURRICULARES GERAIS

    OBSERVAR SE O ALUNO

    Investigar e analisar, semelhanas e diferenas entre vrios ambientes, reconhecendo os elementos (gua, solo, ar e os seres vivos e no vivos) comuns entre eles.

    Comunicar a partir de diferentes formas de registros como os elementos se relacionam no ambiente. Reconhecer-se como ser humano e perceber-se como parte integrante da natureza e do ambiente. Reconhecer a ao humana como um dos agentes transformadores do ambiente em escala local e global.

    Levantamento de conhecimentos prvios sobre o ambiente. Comparao de imagens de diferentes ambientes. Investigao de ambientes com foco na relao entre os elementos que o compe. Investigao da ao humana no ambiente para que possam refletir sobre as transformaes realizadas pelo ser humano em escala local e global.

    Identifica ar, gua, solo e seres vivos como elementos constituintes do ambiente. Reconhece a si mesmo e seus colegas como parte integrante do ambiente. Relaciona os hbitos dos seres vivos com o ambiente em que eles vivem. Identifica animais e plantas nos diferentes ambientes. Reconhece o ar, a gua e o solo como elementos essenciais para a vida e prope formas de preservao e uso consciente. Relaciona a ao humana como um dos fatores nos processos de transformao do ambiente, tais como: poluio, extino de seres vivos, entre outras.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Investigar e estabelecer relaes entre caractersticas e comportamentos dos seres vivos e condies do ambiente em que vivem valorizando a diversidade da vida. Identificar a gua, o solo e o ar como elementos essenciais para a vida, valorizando sua proteo e posicionando-se criticamente em relao poluio. Reconhecer e valorizar a fauna e flora local, identificando plantas e animais presentes em seu ambiente. Relacionar a extino de plantas e animais com as alteraes ambientais e refletir sobre as aes para a preservao das espcies ameaadas.

    Propor experimentos em que os alunos investiguem a relao dos efeitos da poluio do ar, da gua e do solo sobre o ambiente e os seres vivos. Pesquisa com imagens em diversos portadores, sobre a biodiversidade local, nacional e global. Entrevista com moradores antigos do bairro sobre permanncias e mudanas ocorridas na fauna e flora local. Investigao da biodiversidade do bairro e localidade em que vivem.

    Estabelece relaes entre as caractersticas e comportamentos dos seres vivos e as condies do ambiente em que vivem.

    Percebe a importncia

    da gua, solo e o ar

    para a existncia da

    vida.

    Observa, analisa e

    diferencia a fauna e

    flora local de outros

    ambientes.

    Argumenta sobre a

    extino de plantas e

    animais ameaados,

    sugerindo alternativas

    para sua preservao.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Reconhecer a alimentao como fonte de energia para as mais variadas formas de vida do planeta. Identificar a existncia de uma cadeia alimentar e reconhecer a importncia de cada uma de suas etapas na preservao da biodiversidade. Comparar diferentes modos de alimentao entre os seres vivos e relacion-los ao seu habitat. Reconhecer diferentes estratgias de sobrevivncia como mimetismo e camuflagem

    Levantamento de conhecimentos prvios sobre a origem da energia. Anlise de propagandas veiculadas nos diversos portadores e veculos de comunicao.

    Construo do conceito de

    cadeia alimentara partir

    do fluxo de energia.

    Anlise de vdeos, imagens

    ou infogrficos que tratem

    sobre as estratgias de

    sobrevivncia de

    mimetismo e camuflagem.

    Reconhece a importncia de uma alimentao balanceada e saudvel

    Identifica a existncia de cadeias alimentares

    Reconhece estratgias de sobrevivncia que os animais utilizam, tais como, mimetismo e camuflagem, relacionando-os com a cadeia alimentar.

    Compreender a sade como um bem individual, construdo socialmente. Reconhecer-se como integrante no alcance e manuteno da sade, assumindo cuidados com seu corpo e com o dos colegas. Reconhecer alteraes fisiolgicas do prprio corpo. Compreender as formas de higiene pessoal e do ambiente, como elementos fundamentais para a promoo e manuteno da sade individual e coletiva.

    Investigao das alteraes de massa corporal estabelecendo relao com a sade.

    Investigao sobre as possibilidades de ser saudvel em condies inadequadas de poluio sonora, do ar, da gua, de resduos slidos, de substncias qumicas, entre outras.

    Orientao aos alunos em relao observao de alteraes fisiolgicas em seu corpo, a fim de comunicar seu estado de sade a outras pessoas

    Compreende a

    importncia da

    promoo da sade,

    tanto como um bem

    individual, quanto

    coletivo.

    Reconhece sintomas de

    alteraes fisiolgicas

    do prprio corpo,

    comunicando s

    pessoas mais velhas.

    Percebe e reflete sobre a importncia de um ambiente saudvel para promoo da sade individual e coletiva

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    V E R S O PRELIMINAR

    Conhecer e valorizar o trabalho dos profissionais da sade. Identificar, valorizar e comunicar hbitos saudveis de autocuidado e com o outro, evitando riscos sade e ao ambiente.

    Identificar animais que podem ser prejudiciais sade assumindo medidas preventivas.

    Visita orientada pelo professor ao posto de sade mais prximo para conversarem sobre o trabalho dos profissionais que atuam neste espao. Roda de conversa para discutir sobre os animais que podem ser prejudiciais a sade e as formas de preveno. Repertrio por meio de leituras de artigo expositivo de cincias ou vdeos que tratam dos animais prejudiciais sade humana.

    Reconhece e valoriza a importncia dos profissionais da rea da sade.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Orientaes Curriculares Especficas para o ensino de Cincias nos Anos Iniciais

    2 Ano

    Para que as expectativas de

    aprendizagem dos alunos em relao ao

    Ambiente e a Ao Humana possam

    ser concretizadas, necessrio que se

    planeje e organize situaes didticas,

    tais como:

    Roda de conversa realizada em

    sala de aula, com o intuito de

    perceber semelhanas e

    diferenas entre os diversos

    ambientes.

    Situaes de observao das

    interaes entre elementos da

    natureza, em locais como jardim,

    lago, rio, entre outros, prximos

    escola.

    Registro das observaes com

    desenhos/ ou textos durante o

    estudo de campo. De volta sala

    proporcionar uma situao de

    intercmbio oral das

    observaes registradas.

    Pesquisa em diversos portadores

    como: livros, revistas, jornais e

    internet sobre alteraes

    ambientais provocadas pelo ser

    humano.

    Atividades por meio das quais os

    alunos possam reconhecer a

    ao predatria e/ou construtiva

    do homem sobre o ambiente,

    reconhecendo-se como

    responsvel pela preservao do

    mesmo, aproximando-o da ideia

    de: reduzir, reutilizar e reciclar.

    Construo de terrrio e/ou

    aqurio que possibilite a

    observao das interaes entre

    os elementos vivos e no vivos

    do ambiente por um

    determinado perodo de tempo.

    Para tanto necessrio que o

    professor oferea oportunidades

    em que os alunos observem e

    reconheam o ar, a gua e o solo

    como elementos essenciais para

    a vida.

    Elaborao de instrumento de

    registro das observaes

    realizadas sistematicamente na

    sucesso de fatos, que possibilite

    a anlise da interao entre os

    elementos destes ambientes

    artificialmente criados. Este

    registro pode ser realizado

    coletivamente e ficar exposto

    para que seja consultado sempre

    que necessrio.

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    V E R S O PRELIMINAR

    Para que as expectativas de aprendizagem em relao ao Ambiente e Seres Vivos possam ser concretizadas, necessrio que se planeje e organize situaes didticas, tais como:

    Roda de conversa para discutir

    as mudanas ambientais

    ocorridas no bairro,

    identificando as alteraes

    ambientais e suas possveis

    causas.

    Situaes de investigao em

    ambientes fora da escola, a fim

    de observar alteraes

    ambientais provocadas pelo ser

    humano.

    Entrevista com moradores

    antigos do bairro com o objetivo

    de conhecer como eram os

    aspectos naturais do bairro e

    como so atualmente,

    estabelecendo semelhanas e

    diferenas entre as mesmas.

    Anlise de fotos antigas e atuais

    do bairro, para que possam

    identificar as mudanas

    ocorridas pela ao humana.

    Montagem de painel com

    imagens do bairro ou outras

    paisagens, para identificar e

    registrar diferenas e

    semelhanas nas duas situaes.

    Roda de conversa para

    levantamento dos

    conhecimentos prvios dos

    alunos a respeito do

    comportamento dos seres vivos

    em seu ambiente natural.

    Anlise imagens de seres vivos

    (animais, vegetais, fungos,

    bactrias) de diversos

    ecossistemas, para que os alunos

    possam relacionar: o tipo de

    alimentao, habitat,

    temperatura, clima e outros

    fatores ambientais, em que

    coletivamente ou em grupos os

    alunos possam discutir as

    apreciaes entre as imagens e a

    relao entre os seres vivos e

    seu ambiente natural.

    Leitura de textos de fontes

    diversas, como livros, jornais,

    revistas e sites de busca sobre o

    tema proposto (ambiente e seres

    vivos).

    Registro por meio de ilustraes

    com legenda e/ou textos,

    retratando as relaes existentes

    entre os seres vivos e o ambiente

    em escala local e global.

    Para que as expectativas de aprendizagem em relao Alimentao e Energia possam ser concretizadas, necessrio que se planeje e organize situaes didticas, tais como:

    Conversa coletiva com a classe,

    propondo questionamentos a

    respeito de brinquedos movidos

    por diferentes fontes de energia

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    V E R S O PRELIMINAR

    (corda, frico, energia eltrica,

    pilha, etc). Como tais brinquedos

    se movimentam?

    Roda de conversa com os alunos,

    realizando questionamentos

    como: De onde vem energia

    que utilizamos para nos manter

    vivos? Qual seria nossa fonte

    energtica? Todos os seres vivos

    se alimentam? Como eles se

    alimentam?

    Registro dos cardpios da escola,

    ou da prpria casa dos alunos,

    durante uma semana, para

    discusso posterior dos

    alimentos mais utilizados, assim

    como elencar os mais saudveis.

    Anlise da Pirmide Alimentar

    para que possam relacionar o

    tipo de alimento (carboidratos,

    protenas e gorduras) maior ou

    menor liberao de energia,

    alm de permitir a discusso

    sobre uma alimentao

    saudvel.

    Repertoriar o aluno com leitura

    de textos e vdeos sobre a funo

    biolgica dos alimentos como

    fontes primrias de energia

    qumica para a manuteno da

    vida.

    Apresentao e anlise de vdeos

    e imagens sobre estratgias de

    sobrevivncia dos seres vivos

    como mimetismo e camuflagem.

    Situaes de investigao de

    imagens de alimentos atravs da

    anlise de propagandas

    veiculadas nos diversos

    portadores e veculos de

    comunicao, tendo como ponto

    de partida para reflexo as

    seguintes questes: quais

    alimentos aparecem na

    propaganda? Como so

    apresentados esses produtos aos

    consumidores? So saudveis os

    alimentos apresentados nessas

    propagandas?

    Para que as expectativas de

    aprendizagem dos alunos em

    relao Sade Humana possam

    ser concretizadas, necessrio que

    se planeje e organize situaes

    didticas, tais como:

    Roda de conversa a partir dos

    seguintes questionamentos:

    possvel ser gordo e mal

    nutrido? possvel ser magro e

    no ser saudvel?

    Leitura Compartilhada /

    colaborativa de textos de

    divulgao cientfica para

    crianas sobre os cuidados com

    a sade.

    Roda de conversa, entrevistas e

    pesquisas para que os alunos

    conheam e reflitam sobre o

    trabalho dos profissionais da

    sade.

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    46

    V E R S O PRELIMINAR

    Leitura de textos de fontes

    diversas, como livros, jornais,

    revistas e sites de busca sobre o

    tema proposto.

    Apresentao de imagens e/ou

    vdeos acerca da temtica Sade

    Humana.

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    47

    ORIENTAES CURRICULARES

    3 ano

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    48

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    49

    Quadro de Expectativas de Aprendizagem do 3 Ano

    EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

    ORIENTAES CURRICULARES GERAIS

    OBSERVAR SE O ALUNO

    Reconhecer a importncia dos rgos sensoriais dos seres vivos na percepo do ambiente onde vivem e seu papel na interao com os outros. Propor e realizar experimentos simples para investigar o sistema sensorial humano. Comparar o sistema sensorial humano e de outros animais, identificando semelhanas e diferenas entre eles. Identificar as partes do corpo responsveis pela percepo e aquisio de informaes como cheiro, temperatura, sonoridade, gosto e cor. Relacionar a percepo e interpretao de sabores, aromas, sons, viso, formas, calor e texturas a fatores orgnicos, afetivos e culturais.

    Levantamento dos conhecimentos prvios dos alunos, por meio de atividade de percepo do ambiente.

    Experimentao por meio da manipulao de diversos objetos em que os alunos mobilizem seus sentidos.

    Leitura de textos de divulgao cientifica e vdeos ilustrativos sobre o tema alteridade.

    Prtica da alteridade em que os alunos vivenciem situaes que fazem parte da rotina de pessoas com deficincia na sua interao com o ambiente.

    Investigao com a utilizao da caixa preta.

    Brincadeiras em que utilizem os sentidos como cheiro, tato, olfato, paladar, audio e viso.

    Propor investigaes e experimentos para que os alunos associem que o cheiro e o gosto so conhecimentos socialmente construdos.

    Leitura de textos informativos e vdeos sobre o sistema sensorial de diferentes animais.

    Identifica quais so os rgos dos sentidos. Reconhece a funo de cada rgo dos sentidos na interao com o outro e com o ambiente. Diferencia a percepo dos sentidos em diferentes animais, associando seu desenvolvimento s necessidades do organismo. Identifica o crebro como fonte de decises a partir dos sentidos Reconhece que os sentidos recebem influencias culturais.

    SE

    R H

    UM

    AN

    O E

    SA

    D

    E

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    50

    Reconhecer a esfericidade da Terra, sua estrutura e sua composio. Identificar os movimentos de rotao e translao da Terra e relacion-los com os ciclos dia-noite e as estaes do ano. Determinar os pontos cardeais a partir do movimento aparente do Sol. Identificar direo e tamanho das sombras formadas pela luz do Sol relacionando com diferentes horrios do dia.

    Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prvios, sobre a esfericidade da Terra. Elaborao e Socializao de desenhos sobre o tema. Leitura compartilhada de textos de divulgao cientifica sobre o tema. Explorao de imagens e modelos explicativos sobre os movimentos de rotao e translao da Terra. Observao da posio aparente do Sol. Investigao sobre a sombra dos objetos ao longo do dia. Elaborao de um relgio de Sol e da rosa dos ventos.

    Reconhece a esfericidade da Terra. Identifica a composio do planeta Terra.

    Identifica os movimentos de rotao e translao da Terra e o relaciona com os ciclos dia-noite e as estaes do ano.

    Determina os pontos cardeais a partir do movimento aparente do Sol.

    Relaciona o tamanho e a direo das sombras com a posio do Sol em diferentes horrios do dia e do ano.

    Investigar, registrar e comunicar semelhanas e diferenas entre diversos objetos presentes no cotidiano, identificando materiais que os constituem. Classificar os materiais de acordo com suas caractersticas e propriedades.

    Levantamento de conhecimentos prvios, a partir de roda de conversa e leitura compartilhada explorando o tema.

    Atividades em que os

    alunos tenham contato

    com diferentes objetos,

    para que possam

    classific-los segundo

    critrios prprios e

    convencionais,

    explicitando para o grupo

    suas impresses.

    Investiga, registra, comunica e analisa semelhanas e diferenas entre diversos objetos presentes no cotidiano. Identifica o objeto e a natureza de seus materiais.

    Classifica os materiais de acordo com suas caractersticas e propriedades.

    TE

    RR

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    IV

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    51

    Reconhecer que todos os produtos que temos acesso so uma combinao de matria prima, processos tecnolgicos e o trabalho humano. Reconhecer e nomear os diferentes estados fsicos da matria e sua relao com a temperatura. Desenvolver autonomia de investigao, propondo experimentos simples com diferentes materiais, para verificar suas caractersticas e propriedades fsicas e qumicas. Distinguir a origem e processos bsicos de produo de bens de consumo, naturais ou industrializados. Reconhecer e valorizar a participao humana em todas as etapas de gerao de bens de consumo. Diferenciar os impactos ambientais resultantes da produo de bens de consumo. Caracterizar semelhanas e diferenas na cadeia produtiva, reconhecendo o desenvolvimento tecnolgico como agente das mudanas observadas na produo de bens no passado e no presente.

    Roda de conversa, discutir a existncia de diferentes materiais, substncias e elementos qumicos, presentes nos objetos analisados pelos alunos. Situaes de investigao

    sobre o estado fsico da

    matria, podendo utilizar

    gelo, para as crianas

    observarem o seu

    derretimento.

    Situaes em que os alunos investiguem a solubilidade de