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Vladimir Ilitch Lenin O ESTADO E A REVOLUÇÃO Expositoras: Cristina Isabel de Carvalho e Silvia América Mansilla

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Page 1: Vladimir Ilitch Lenin O ESTADO E A REVOLUÇÃO Expositoras: Cristina Isabel de Carvalho e Silvia América Mansilla

Vladimir Ilitch Lenin

O ESTADO E A REVOLUÇÃO

Expositoras:Cristina Isabel de Carvalho e

Silvia América Mansilla

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QUEM É LENIN?

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Um pouco de sua vida...

Nasceu na Rússia, em 1870 e morreu em 1924.

Vladimir adotou o nome Lenin, por ser o apelido de seu irmão, morto por conspirar pela morte do Czar Alexandre III.

Foi expulso do curso de direito por participar de atividades estudantis subversivas, mas formou-se aos 21 anos.

Foi preso e deportado várias vezes.

Escrevia para jornais operários e deixou várias obras.

Fundou o partido Bolchevique, dirigindo a revolução russa, juntamente com Trotski e participou da II Internacional Comunista.

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Importância da obra

A obra tem importância do ponto de vista teórico e político prático e resgata o pensamento de Marx e Engels.

Foi escrita em agosto de 1917, em plena revolução.

Foi publicada em um período em que a guerra imperialista acelerou o processo de transformação do capitalismo monopolizador em capitalismo monopolizador de Estado.

Afirma que a luta das massas trabalhadoras para se libertarem da influência da burguesia imperialista é impossível sem uma luta contra os preconceitos oportunistas ou anarquistas em relação ao Estado.

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As Classes Sociais e o EstadoO Estado é produto e manifestação do antagonismo

inconciliável das classes.

“Para que essas classes antagônicas, com interesses econômicos contrários, não se entre devorassem e não devorassem a sociedade numa luta estéril, sentiu-se a necessidade de uma força que se colocasse acima da sociedade, com o fim de atenuar o conflito nos limites da “ordem”. Essa força, que sai da sociedade, ficando, porém, por cima dela e dela se afastando cada vez mais, é o Estado.”

Engels.

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Ainda sobre o conceito de Estado

O Estado é sempre o Estado da classe mais poderosa, classe economicamente dominante, que também graças a ele se torna a classe politicamente dominante e adquire, assim, novos meios de oprimir e explorar a classe dominada

Engels.

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Forças armadas, prisões...

Esse poder público se torna indispensável porque a organização espontânea da população em armas se tornou impossível desde que a sociedade se dividiu em classes. Esse poder público existe em todos os Estados. Compreende não só homens armados, como também elementos materiais, prisões, e instituições coercitivas de toda espécie, que a sociedade patriarcal (clã) não conheceu.

Engels

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O Estado é instrumento de exploração de uma classe por outra

Impostos e dívida pública

Santidade e inviolabilidade dos funcionários do Estado

Na República Democrática – a riqueza utiliza-se do seu poder, primeiro pela corrupção dos funcionários, depois pela aliança entre o Governo e a Bolsa.

O capital firmou seu poder de maneira tão sólida que nenhuma mudança de pessoas, instituições ou partidos na república democrática burguesa pode abalar esse poder.

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O “Definhamento” do Estado...Ao tomar o poder, o proletariado, por esse meio destrói o

Estado como Estado.

O Estado é uma força especial de repressão do proletariado pela burguesia que deve ser substituída pela Ditadura do Proletariado.

Os socialdemocratas, em 1870, defendem o Estado livre do povo. Lênin diz: “um Estado, seja ele qual for, não poderá ser livre e nem popular.” e ainda: “Nós somos partidários da república democrática como sendo a melhor forma de governo para o proletariado sob o regime capitalista, mas andaríamos mal se esquecêssemos que a escravidão assalariada é o quinhão do povo mesmo na república mais democrática.”

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Revolução violentaA violência desempenha um papel revolucionário; que é

segundo Marx, a parteira de toda velha sociedade, grávida de uma sociedade nova; que é a arma com a qual o movimento social abre caminho e quebra formas políticas petrificadas e mortas.

Engels

O esmagamento de uma minoria de exploradores pela maioria dos escravos assalariados de ontem é uma coisa relativamente tão fácil, tão simples, tão natural, que custará à humanidade muito menos sangue do que a repressão das revoltas de escravos, de servos e de operários assalariados.

Lenin

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Sobre a “sociedade civil”

Em lugar da velha sociedade civil, a classe trabalhadora, no curso do seu desenvolvimento, instituirá uma associação onde não existirão as classes nem os seus antagonismos; e, desde então, não haverá mais poder político propriamente dito, pois o poder político é precisamente o resumo oficial do antagonismo existente na sociedade civil

Marx

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E a eliminação da democracia?

A democracia é também o Estado e desaparecerá quando o Estado desaparecer. Só a revolução pode “destruir” o Estado burguês. O estado em geral, isto é, a plena democracia, só pode “definhar.”

Nosso objetivo final é a supressão do Estado, isto é, de toda violência organizada e sistemática, de toda coação sobre os homens e em geral. Não desejamos o advento de uma ordem social em que caducasse o princípio da submissão da minoria à maioria.

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Experiência concreta:COMUNA DE PARIS!

Constituída de conselheiros municipais eleitos por sufrágio universal; a maioria eram operários ou representantes reconhecidos da classe operária;

A começar pelos membros da Comuna, todos os funcionários públicos são amovíveis e tem remuneração não superior a de um operário. Todos os servidores do povo devem ser eleitos.

Polícia destituída de atribuições políticas e subordinada a Comuna; O órgão de repressão era a maioria da população e não mais a minoria. Não se brinca com um operário armado!

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Por que a Comuna de Paris foi derrotada?

“Derrotar a burguesia e quebrar a sua resistência não deixa de ser, por isso, uma necessidade. Para a Comuna, isso era particularmente necessário, e uma das causas da sua derrota foi não se ter lançado a fundo nessa tarefa.”

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Tarefas revolucionárias...A maioria da população pode exercer diretamente as

funções do poder político e quanto mais o próprio povo assumir essas funções, tanto menos se fará sentir a necessidade desse poder;

Funções de registro, fiscalização etc foram simplificadas pelo desenvolvimento e podem ser exercidas por cidadãos de instrução primária;

É preciso não confundir a questão do controle e do recenseamento com a questão do pessoal técnico, engenheiros, agrônomos etc: esses senhores trabalham, hoje, sob as ordens dos capitalistas; trabalharão melhor ainda sob as ordens dos operários armados.

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Crítica aos oportunistas

Os oportunistas defendem uma “concepção de uma transformação lenta, igual, progressiva, sem sobressalto nem tempestade, sem revolução.”

Segundo Lenin, o curso dos acontecimentos obriga a destruir o Estado. Impõe-se não o melhoramento da máquina governamental, mas a tarefa de destruí-la.

Apresentam o sufrágio universal como instrumento capaz de manifestar e impor a vontade da maioria dos trabalhadores. Classificam de anarquista toda crítica ao parlamentarismo.

Marx afirmava que a Comuna devia ser, não uma corporação de trabalho, ao mesmo tempo legislativa e executiva.

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Crítica aos anarquistasDiz Lenin: “Os adversários da autoridade exigem que o

Estado político seja suprimido de uma vez, antes mesmo que sejam suprimidas as condições sociais que o criaram. Reclamam que o primeiro ato da revolução social seja a supressão da autoridade. Esses senhores já terão visto alguma revolução?”

Diz Engels: “Assim, de duas uma: ou os adversários da autoridade não sabem o que dizem, e nesse caso só fazem criar a confusão, ou o sabem, e nesse caso traem a causa do proletariado. Em qualquer dos casos não fazem senão servir à reação.”

(Ed. Expressão Popular, pág 80)

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Federalismo xcentralismo democrático

Marx e anarquistas estão de acordo na necessidade de abolição do Estado, mas Marx e Engels defendem que o proletariado precisa do Estado por um certo tempo.

Mas afasta-se de Proudhon e de Bakunin na questão do federalismo: “o federalismo deriva, em princípio, do ponto de vista pequeno-burguês do anarquismo.”

Centralismo proletário, consciente, democrático em oposição ao centralismo burguês, militar, burocrático.

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Perspectivas de Lênin sobre o comunismo

“Não somos utopistas e não negamos, de forma alguma, a possibilidade e a fatalidade de certos excessos individuais, como não negamos a necessidade de reprimir esses excessos. Mas, em primeiro lugar, não há para isso necessidade um aparelho especial de pressão; o povo armado, por si mesmo, como uma multidão civilizada, na sociedade atual, aparta uma briga ou se opõe a um estupro.”

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E sobre a remuneração? Lênin se contrapõe ao “direito do operário ao produto

integral do seu salário”: É preciso deixar um fundo de reserva para hospitais, escolas...

No socialismo, a remuneração vai ser correspondente ao princípio “direito igual de cada um ao produto igual do trabalho”. Mas essa é uma igualdade aparente, com base no direito burguês, pois os indivíduos não são iguais.

No comunismo o princípio será o que Marx defende: “ De cada um conforme a sua capacidade, a cada um segundo as suas necessidades.”

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QUE FAZER...

HOJE?