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Aula1 Introduo Histrico Grandezas Eltricas Tenso Eltrica Corrente Eltrica Potncia Eltrica Resistncia Eltrica Exerccios Aula2 Transmisso de Sinais Formas de Transmisso Pneumtica Eletrnica Hidrulico Digital Exerccios Aula3 Diferena entre analgica e Digital Sinal Analgico Protocolo Hart Sinal Digital Distoro Correo Exerccios

05 05 06 08 09 10 12 14 16 17 17 17 17 21 26 29 31 32 32 32 33 37 37 38 39

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Aula4 Redes Ethernet Cabos e Conectores Exerccios Aula5 Devicenet Endereamento Terminais Exerccios Aula6 Profibus DP Profibus PA Terminais Exerccios Aula7 Transdutores Sensores Exerccios Aula8 Pneumtica Tipos de Compressores Redes Exerccios Aula9 Atuadores Cilindros Redes Exerccios

40 40 44 46 50 51 51 55 57 59 60 61 64 66 68 69 69 69 79 80 80 84 85 87 88 88 89 95 96 3

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Aula10 CLP Controlador Lgico Programvel Programao Exerccios Aula11 Instrumentos Inteligentes Configurao Exerccios Aula12 Combate de Incndio Tipos de Extintores Exerccios Aula13 Primeiros Socorros Tipos de Traumas Exerccios Aula14 Avaliao Final

97 97 99 101 102 102 102 103 104 104 110 114 115 115 120 125 126 126

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INTRODUO: Com a grande oferta e competitividade do mercado mundial, tem obrigado as indstrias a procurar por meios de melhora para o processo e produo. E esta procura levou a inovaes tecnolgicas para que melhore a produo. Ento, devido a esta necessidade surgiu a automao, como a soluo na otimizao dos processos de produo industrial. Assim tornando-se indispensvel no processo de qualquer indstria, sendo na automao de mquinas ou na substituio da fora muscular do homem, aonde grande necessidade de capacidade de decidir e corrigir erros. Pontos positivos de implantao da Automao em meios Industriais: Substituio do ser humano em tarefas de alto risco e sujeitas a intoxicaes, radiaes e etc... Substituio do ser humano em tarefas repetitivas e cansativas por longos perodos que levam a fadiga fsica e psicolgica. Garantia da qualidade principalmente em operaes complexas e de alta preciso. Facilidade em modificaes de sequncias de operaes atravs da utilizao de programas.

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DEFINIO: A Automao um conjunto de equipamentos eletrnicos e/ou mecnicos que controlam seu prprio funcionamento, quase que sem a interveno do homem. Automao diferente de mecanizao. A mecanizao consiste simplesmente no uso de mquinas para realizar um trabalho, substituindo assim o esforo fsico do homem. J a automao possibilita fazer um trabalho por meio de mquinas controladas automaticamente. Automao o conjunto das tcnicas baseadas em mquinas e programas com objetivo de executar tarefas previamente programadas pelo homem e de controlar sequncias de operaes sem a interveno humana. HISTRICO: As primeiras iniciativas do homem para mecanizar atividades manuais ocorreram na pr-histria. Invenes como a roda, o moinho movido por vento ou fora animal e as rodas d gua demonstram a criatividade do homem para poupar esforos fsicos. Porm, a automao s ganhou destaque na sociedade quando o sistema de produo agrrio e artesanal transformou-se em industrial, a partir da segunda metade do sculo XVIII, inicialmente na Inglaterra. Os sistemas inteiramente automticos surgiram no incio do sculo XX. Entretanto, bem antes disso foram inventados dispositivos simples e semi-automticos. Por volta de 1788, James Watt desenvolveu um mecanismo de regulagem do fluxo de vapor em mquinas. Isto pode ser considerado um dos primeiros sistemas de controle com realimentao.

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O regulador consistia num eixo vertical com dois braos prximos ao topo, tendo em cada extremidade uma esfera pesada. Quando a rotao aumentava, a fora centrifuga atuando sobre as esferas forando a haste para baixo restringindo a passagem de vapor e assim reduzindo a velocidade. Com isso, a mquina funcionava de modo a regular-se sozinha, automaticamente, por meio de um lao de realimentao.

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Grandezas Eltricas Para conhecermos melhor a Automao de Processos Industriais precisamos aprender algumas definies bsicas na linguagem da automao, em que so chamada de grandezas eltricas. A partir deste conhecimento bsico poderemos entender melhor o funcionamento das redes, ou ate mesmo terminologias utilizadas dentro da indstria. DEFINIO: A Cincia Eltrica estuda o fenmeno da existncia de troca entre cargas eltricas. A eltrica uma propriedade fundamental da matria que se manifesta atravs de uma interao, designadamente atravs de uma fora. As principais grandezas da cincia eltrica so: Tenso Corrente Potncia Frequncia Resistncia Para determinarmos estas grandezas necessitamos de um equipamento chamado de Multmetro, este equipamento possibilita a determinao de algumas das principais grandezas eltricas sendo: Tenso Corrente Resistncia As demais grandezas so determinadas atravs de clculo a partir destas grandezas acima citadas:

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- Vamos conhecer as funes do Multmetro e como utiliz-lo. Display Digital, aonde visualizado o valor de grandezas eltricas.

Escalas e unidades das grandezas eltricas determinadas.

Tenso Eltrica: Define-se como a diferena potencial entre dois pontos. a fora responsvel pela movimentao de eltrons. Sua unidade de medida (Volt), simbolizada por V. Exemplo: A tenso eltrica utilizada em nossas casas geralmente 110V ou 220V (Corrente Alternada AC) . As baterias de automotores possuem uma tenso eltrica de 12V (Corrente Continua CC).

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A tenso de 110V ou 220V corrente alternada (AC), pois no possui polaridade, apenas duas fases, F fase e FN fase neutra.

F FNA tenso de 12V corrente continua (CC), pois possui polaridade, sendo uma positiva simbolizada por +, e uma negativa simbolizada por -

+ Corrente Eltrica: a intensidade do fluxo constante de carga eltrica que, se mantida entre dois fios condutores retos e infinitos, transfere energia eltrica de uma extremidade a outra. Sua unidade de medida (Ampere) simbolizada por A. Podemos citar como exemplo os disjuntores utilizados em quadros de energia, caixa dos padres de nossas casas tem a funo de proteger os eletrodomsticos para caso de sobre tenso da sua carga nominal, ou seja, carga excessiva. Disjuntor de 20A caso a corrente ultrapasse esta nominal de 20 amper o disjuntor ira desarmar, e no passara corrente eltrica para frente, evitando assim a queima dos equipamentos.

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Para adicionarmos dijuntores devemos efetuar um calculo para sabermos a demanda de corrente eltrica, para aplicao do dijuntor correto: A intensidade de corrente pode ser calculada pela frmula seguinte: V a tenso (Volt) P a potncia (Watts) I a intensidade (Ampere)

I=P V

Imagine que existe em uma casa 4 lmpadas de 100W, 1 chuveiro de 4400 W a uma tenso de 110V . Ento qual seria a corrente eltrica aplicando a formula acima? 4 Lmpadas de 100W = 4 x 100 = 400W 1 Chuveiro de 4400W = 1 x 4400 = 4400W Somando os dois equipamentos 400W + 4400W = 4800W I=P I = 4800 I = 43,6A V 110 Devemos aplicar um disjuntor de 60A, para caso de aplicao de mais equipamento, no ser necessrio a troca por outro disjuntor.

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Potncia Eltrica: Define-se como a capacidade de realizar trabalhos pela corrente eltrica em determinado intervalo de tempo, sua unidade medida o (Watt), simbolizada por W. Exemplo: As lmpadas utilizadas em nossas casas possuem uma potncia variada como de 100W, 60W, 40W, 20W.

Frequncia Eltrica: Define-se como ciclos por espao de tempo, ou seja ciclos ou inverses de polaridade em 1 segundo. Sua unidade de medida (Hertz) e sua simbologia Hz. No Brasil a energia eltrica que chega at nossas casas de 60Hz, ou seja, 60 ciclos por segundo. Em outros pases esta frequncia pode variar para 50Hz ou 55Hz.

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Suponhamos que um determinado eixo leve 0,5 segundos para "dar a volta em torno de si mesmo". Podemos denominar o tempo gasto para realizar este trajeto de perodo (T). Ento podemos deduzir que em 1 segundo o eixo poder dar duas voltas, ou seja, ir "dar duas voltas em torno de si mesmo". Assim nesse caso, sua frequncia de 2 vezes por segundo, ou 2 Hz. 2 0,5 s = 1 s

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Imagine agora que seja possvel realizarmos esse mesmo evento em 0,25 segundos. Consequentemente, em um segundo ele ocorrer 4 vezes, fazendo com que a frequncia passe a ser de 4Hz. 4 0,25 s= 1 s Perceba que o tempo considerado para frequncia sempre o mesmo, ou seja, 1 segundo. O que varia o tempo gasto para o eixo dar uma volta em torno si mesmo, em que no primeiro caso foi de 0,5 s e no segundo de 0,25 s. Se ligarmos um motor eltrico, diretamente na rede eltrica ele ir atingir uma frequncia de 60Hz, ou seja 60 voltas do eixo em torno de si mesmo em 1 segundo. Ento qual ser o tempo gasto de cada volta do eixo? 1s 60Hz = 0,0166s Este o tempo gasto de cada volta do eixo de 0,0166s ou 1 centsimo. Resistncia Eltrica: Define-se como oposio a passagem da corrente eltrica no condutor ( fios de cobre). Sua unidade de medida o (Ohms) e sua simbologia (), tambm simbolizada por (R). A lmpada uma resistncia, pois atravs desta resistncia podemos gerar Luz. Os chuveiros eltricos tambm so um exemplo de resistncia, pois sua resistncia interna revestida de cermica e a energia eltrica transformada em energia trmica, assim aquecendo a gua.

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Se medirmos a resistncia de um cabo normal de cobre de 4mm sua resistncia ser de 120,3.

Por este motivo quando ligamos algum equipamento em que utiliza muita corrente eltrica a um tipo de condutor ( cabo de Cobre) o mesmo aquece, pela obstruo da energia, assim o condutor torna-se uma resistncia como de um chuveiro eltrico. Os componentes eletrnicos utilizados so chamados de resistores, possuem a mesma funo de obstruir o fluxo de corrente eltrica.

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Exerccios:1 O que Automao Industrial? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 O que grandezas eltricas? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Quais grandezas eltricas podem ser determinadas com o multmetro. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 O que Hertz? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Transmisso de Sinais Para comunicarmos os instrumentos utilizamos redes para a transmisso dos dados ou valores das variveis do processo, podendo ser: Pneumtica Eletrnica Hidrulica Digital Pneumtica: Esse tipo de rede utiliza o ar comprimido, aonde o mesmo comprimido e sua presso alterada, para adquirir fora suficiente para atuar as vlvulas, ou seja abrir e fechar. A variao da presso do ar totalmente ajustvel em numa faixa especfica, padronizada internacionalmente, aonde esta faixa tambm chamada de parmetro determina seu ponto mximo e seu ponto mnimo de trabalho. Geralmente seu ponto mnimo inicia-se acima de zero para indicao de vazamentos. Faixa de Trabalho: 0,2 a 1,0 kgf/cm 3 a 15 psi 17

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Vantagem: A grande e nica vantagem em se utilizar os instrumentos pneumticos est no fato de se poder oper-los com segurana em reas onde existe risco de exploso (centrais de gs, por exemplo). Desvantagens: Necessita de tubulao de ar comprimido para seu suprimento e funcionamento. Necessita de equipamentos auxiliares tais como compressor, filtro, desumidificador, etc..., para fornecer aos instrumentos ar seco, e sem partculas slidas. Devido ao atraso que ocorre na transmisso do sinal, este no pode ser enviado longa distncia, sem uso de reforadores. Normalmente a transmisso limitada a aproximadamente 100 m. Vazamentos ao longo da linha de transmisso ou mesmo nos instrumentos so difceis de serem detectados. No permite conexo direta aos computadores.

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Observe em o Transmissor, utiliza o ar comprimido para se comunicar com o atuador (vlvula), o transmissor identifica a vazo e controlar a abertura e fechamento da vlvula.

O ar pressurizado pelo compressor e posteriormente direcionado a um filtro para a remoo de impurezas

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O reservatrio aonde todo ar gerado ser armazenado e direcionado aos equipamento de campo.

O Atuador apenas abrir ou fechar a vlvula caso o transmissor envie alimentao (ar comprimido), se no ocorre alterao na vazo a vlvula ficar estvel.

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Eletrnica: Esse tipo de transmisso utilizando sinais eltricos de corrente ou tenso, hoje esse tipo de transmisso largamente usado em todas as indstrias, onde no ocorre risco de exploso. O sinal modulado em uma faixa padronizada representando o conjunto de valores entre o limite mnimo e mximo de uma varivel de um processo qualquer. Como padro para transmisso a longas distncias so utilizados sinais em corrente contnua variando de 4 a 20mA. Vantagens: Permite transmisso para longas distncias sem perdas. A alimentao pode ser feita pelos prprios fios que conduzem o sinal de transmisso. Necessita de poucos equipamentos auxiliares. Permite fcil conexo aos computadores. Fcil instalao. Permite de forma mais fcil realizao de operaes matemticas. Permite que o mesmo sinal (4~20mA)seja lido por mais de um instrumento, ligando em srie os instrumentos. Desvantagens: Exige utilizao de instrumentos e cuidados especiais em instalaes localizadas em reas de riscos. Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais. Os cabos de sinal devem ser blindados para proteo contra rudos eltricos. 21

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Observe o equipamento aonde esta instalados os instrumentos, este equipamento chamado de Pr-Evaporador.

Observe a vlvula em que controla a entrada de fluido para dentro do equipamento, esta vlvula tem comunicao eletrnica com o Controlador, comunicao chamada de 4 a 20mA.

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Vlvula de sada possui a mesma comunicao com o Controlador.

Vlvula de Controle de Entrada de Vapor, como o equipamento um pr -evaporador tem a necessidade de ser aplicado vapor para aumentar sua temperatura e poder trabalhar de forma adequada.

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Transmissor de Temperatura envia para o Controlador varivel de temperatura, tendo a mesma comunicao de 4 a 20mA.

Transmissor de Nvel, este instrumento ir determinar quantos % existem de fluido dentro do equipamento, tendo a mesma comunicao de 4 a 20mA.

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O Controlador gerencia toda esta operao, de forma em que no necessite de mo de obra humana pra a operao, tipo abertura e fechamento de vlvulas e monitoramento visual de nvel e temperatura.

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Hidrulico: Similar ao tipo de transmisso pneumtica e com desvantagens equivalentes, o tipo hidrulico utiliza-se da variao de presso exercida em leos hidrulicos para transmisso de sinal. especialmente utilizado em aplicaes onde torque elevado necessrio ou quando o processo envolve presses elevadas, como por exemplo caldeiras, turbinas geradoras de energia, etc. Vantagens: Podem gerar grandes foras e assim acionar equipamentos de grande peso e dimenso Resposta rpida Desvantagens: Necessita de tubulaes de leo para transmisso e suprimento Necessita de inspeo peridica do nvel de leo bem como sua troca Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatrio, filtros, bombas, etc...

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Reservatrio de leo aonde ser armazenado todo leo em que ser utilizado para a alimentao dos instrumentos

Sistema de bombeamento de leo, bombeia leo para o controlador

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Sistema de Filtragem de leo, pois este tipo de transmisso necessita de filtragem para manter todo o sistema de atuao totalmente livre de partculas em que possam prejudicar seu funcionamento. Controlador Hidrulico a onde ir liberar a passagem de leo para a vlvula.

Vlvula de controle de Vapor Superaquecido, o sistema hidrulico mais utilizado em processo que necessitam de torque e fora para a atuao. O Vapor Superaquecido em determinadas caldeiras podem chegar at 465C a 42Kgf/cm. 28

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Digital: Este tipo de transmisso de sinais, so enviados pacotes de informaes sobre a varivel medida e enviada a um controlador de rede em processa os dados e os reenvia atravs de sinais digitais modulados e padronizados. Para a comunicao entre os instrumentos e o controlador utilizada linguagem padro chamado protocolo de rede ou protocolo de comunicao. Vantagens: No necessita ligao ponto a ponto por instrumento. Pode utilizar um par tranado ou fibra ptica para transmisso dos dados. Imune a rudos externos. Permite configurao, diagnsticos de falha e ajuste em qualquer ponto da malha. Menor custo final. Desvantagens: Existncia de vrios protocolos no mercado, o que dificulta a comunicao entre equipamentos de marcas diferentes. Caso ocorra rompimento no cabo de comunicao pode-se perder a informao e/ou controle de vrias malha.

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Os Computadores trabalham todos interligados a mesma malha, aonde podemos visualizar os valores enviados pelo instrumentos e tambm configurar os instrumentos a quente, ou seja em funcionamento.

O Switch distribui conexo dos computadores com o Controlador.

O Controlador gerencia o trabalho de toda a rede inclusive a modificao de protocolo de rede, para poder enviar e receber sinais dos instrumentos de campo. Os instrumentos em que so instalados no campo possuem um conexo direta com o controlador atravs de apenas um cabo, aonde ele recebe e envia dados do processo para o controlador.

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Exerccios:1 Cite o funcionamento da rede Pneumtica ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Qual a funo do controlador em uma rede eletrnica? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Qual a importncia do reservatrio de leo? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Quais as vantagens de uma rede Digital? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Sinal Analgico: As comunicaes na instrumentao eletrnica so feitas atravs de um nico sinal eltrico de (4 a 20mA), e por isso utilizam apenas um par de fios. No podemos, por exemplo, transferir dados por essas linhas no formato paralelo (vrios bits de uma s vez), mas sim, no formato serial (um bit de cada vez). A figura abaixo nos mostra o aspecto de um sinal analgico. Observe que o valor da sua corrente eltrica varia em uma faixa de 4 a 20mA. O sinal digital, por sua vez, mantm seu valor praticamente constante durante pequenos intervalos de tempo, variando apenas em perodos de transio ainda mais curtos.

20mA 4mA

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Protocolo HART O protocolo Hart foi introduzido pela Fisher Rosemount em 1980. HART um acrnimo de Highway Addressable Remote Transducer. Em 1990 o protocolo foi aberto comunidade e um grupo de usurios foi fundado. A grande vantagem oferecida por este protocolo possibilitar o uso de instrumentos inteligentes em cima dos cabos 4 a 20mA tradicionais. Como a velocidade baixa, os cabos normalmente usados em instrumentao podem ser mantidos. Sinal HART O sinal Hart modulado em FSK (Frequency Shift Key) e sobreposto ao sinal analgico de 4 a 20mA. Para transmitir 1 utilizado um sinal de 1 mA pico a pico na frequncia de 1200 Hz e para transmitir 0 a frequncia de 2400 Hz utilizada. A comunicao bidirecional.

Sinal Hart sobreposto ao sinal 4 a 20 mA

Este protocolo permite que alm do valor da PV outros valores significativos sejam transmitidos como parmetros para o instrumento, dados de configurao do dispositivo, dados de calibrao e diagnstico. O sinal FSK contnuo em fase, no impondo nenhuma interferncia sobre o sinal analgico. 33

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Topologia A topologia pode ser ponto a ponto ou multi drop. O protocolo permite o uso de at dois mestres. O mestre primrio um computador ou CLP. O mestre secundrio geralmente representado por terminais hand-held de configurao e calibrao. Deve haver uma resistncia de no mnimo 230 ohms entre a fonte de alimentao e o instrumento para a rede funcionar. O terminal handheld deve ser inserido sempre entre o resistor e o dispositivo de campo.

O terminal handheld deve ser inserido sempre entre o resistor e o dispositivo de campo conforme mostrado na figura ao lado. Este tipo de conexo geralmente utilizada para configurao de instrumentos em bancadas, antes de serem instaladas no campo para operao.

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Configuradores Estes equipamentos so utilizados para parametrizar um instrumento, porem para comunicao entre o palmtop, e o instrumento necessrio uma interface Hart para converter o sinal digital, para protocolo Hart. Assim o palmtop entra em comunicao com o instrumento atravs de um software disponibilizado pelo fabricante do instrumento. O CLP ira controlar a malha, que composta por 8 instrumentos, sendo 4 de entrada, e 4 de sada, e ira mandar e receber as informaes para o instrumento atravs da remota. A remota converter o sinal digital do controlar para Hart, cada instrumento recebera um cabo shield(cabo blindado) com as polaridades positivas e negativa para alimentao e comunicao do instrumento.

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Cabos A distncia mxima do sinal HART de cerca de 3000 m com cabo com um par tranado blindado e de 1500 m com cabo mltiplo com blindagem simples. O protocolo HART utiliza o mesmo cabeamento para instrumentao de campo convencional.

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Sinal Digital: Os dados que trafegam pelo computador so digitais, e so representados por dois valores distintos de tenso eltrica. Um valor representa o bit 1, e o outro valor representa o bit 0. Na figura abaixo observamos uma sequncia de bits e a sua representao atravs de tenses eltricas apropriadas. O sinal digital uma sequncia eletrnica, na forma de uma tenso eltrica que varia ao longo do tempo, com o objetivo de representar a sequncia de bits. Um sinal digital nada mais que uma tenso varivel que assume dois valores tpicos para representar os bits 0 e 1.

Distoro do Sinal Digital: Infelizmente, cabos de instrumentao no possuem caractersticas eltricas que permitam transmitir sinais digitais, mas sim, sinais analgicos. Ao contrrio dos sinais digitais, que assumem tipicamente dois valores de tenso eltrica, os sinais analgicos podem assumir infinitos valores de tenso eltrica. A interface serial o meio natural para transmitir e receber dados por linhas telefnicas, j que transmitem ou recebem um bit de cada vez.

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Correo do Sinal Digital A soluo para transmitir um sinal digital por um cabo simples, sem apresentar distores, usando um processo conhecido como modulao e demodulao. Na modulao, o sinal digital transformado em analgico, e assim pode trafegar em um cabo simples sem apresentar distores. Ao ser recebido no seu destino, o sinal demodulado, voltando a assumir a forma digital. Existem vrios mtodos de modulao. A figura 4 mostra um sistema de modulao bem simples, no qual cada bit representado por um sinal analgico senoidal com uma determinada frequncia. Observe que o bit 1 convertido em uma frequncia maior, ou seja, varia mais rpido. O bit 0 convertido em um sinal de frequncia mais baixa, ou seja, varia mais lentamente.

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Exerccios:1 Faixa de trabalho do sinal analgico? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 O que protocolo HART? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 O que deve ser instalado entre a fonte de alimentao e o instrumento para conexo da rede HART? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Defina o sinal digital. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Uma rede de computadores consiste, na forma mais simples de sua definio, na conexo de diversos computadores por meio de cabos e outros tipos de hardware. Podendo trocar dados entre si. A interao entre computadores envolve a movimentao de muitos dados, mas difcil de se mover muitas coisas, torna se cada vez mas atravs de uma longa distncia. Ento a interao de computadores normalmente comea com computadores no mesmo escritrio ou no mesmo prdio conectados a uma rede local. O termo rede de rea local ou LAN descreve um grupo de computadores geralmente conectados por mais de 300 metros de cabo, a qual interage e permite o compartilhamento de recursos. 40

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As redes Ethernet e Token-ring so dois tipos diferentes de redes que podem ser conectadas Internet. Nas redes Token-ring os dados so transmitidos de computador para computador Em uma configurao:

Anel

Estrela

Em redes Ethernet, os dados passam de um servidor para um computador na rede.

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Alguns sistemas de rede no usam qualquer cabo. A aparelhagem de redes remotas (ou sem fio) estendem as redes alm do alcance dos cabos de cobre ou dos cabos de fibra tica, que so chamadas de wireless.

A Internet uma interconexo de diversas redes atravs de linhas de alta capacidade chamadas Backbones, construdos para comportar o grande trfego de informaes que circulam na Internet. um local pblico e no pertence nem operada por nenhuma empresa. Um Backbone uma estrutura bsica para transmisso de dados na Internet extremamente veloz, so as espinhas dorsais do trfego. Alm do computador diversos outros tipos de hardware sero envolvidos ao se navegar na Internet. Esse hardware projetado para transmitir dados entre redes e forma grande parte do "elemento de coeso" que une a Internet. As cinco partes mais importantes so: Hubs, repetidores, pontes, portas de comunicao(gateways) e roteadores.

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O Switch importante porque interliga os grupos de computadores entre si e permitem que os computadores se comuniquem uns com os outros.

Os dados sempre atravessam grandes distncias quando viajam atravs da Internet, o que pode criar um problema, pois o sinal que os envia pode enfraquecer com a distncia. Para evitar que isto ocorra, os repetidores amplificam os dados, em determinados intervalos, para que o sinal no enfraquea.

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As pontes ligam as redes locais (LANs) umas s outras. Permitem que os dados destinados outra LAN sejam enviados a partis delas, enquanto mantm simultaneamente dados locais dentro de sua prpria rede. As portas de comunicao (gateways) so semelhantes s pontes, mas tambm traduzem dados de um tipo de rede para outro. Ethernet A rede Ethernet passou por uma longa evoluo nos ltimos anos se constituindo na rede de melhor faixa e desempenho para uma variada gama de aplicaes industriais. A Ethernet foi inicialmente concebida para ser uma rede de barramento multidrop (100Base-5) com conectores do tipo vampiro (piercing) , mas este sistema mostrou-se de baixa praticidade. A evoluo se deu na direo de uma topologia estrela com par tranado. As velocidades da rede cresceram de 10 Mbps para 100 Mbps e agora alcanam 1 Gbps (IEEE802.3z ou Gigabit Ethernet). A Gigabit Ethernet disputa com a tecnologia ATM o direito de ser a espinha dorsal (backbone) das redes na empresa. A outra evoluo se d no uso de hubs inteligentes com capacidade de comutao de mensagens e no uso de cabos full duplex em substituio aos cabos half duplex mais comumente utilizados. Isto faz com que a rede se torne determinstica e reduzem a probabilidade de coliso de dados.

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Ethernet/IP : Ethernet/IP o nome comercial da especificao da camada de aplicao Control Net sobre TCP/UDP/IP sobre Ethernet. A especificao foi gerada pela Control Net International e agora est sendo adotada pela ODVA (Open Device Net Vendors Association). A especificao da Control Net consiste do Control and Information Protocol (CIP) rodando sobre a canada CTDMA (Concurrent Time Domain Multiple Access). O protocolo DeviceNet uma especializao do CIP rodando sobre CAN. Ethernet/IP uma especializao do protocolo CIP rodando sobre TCP/UDP/IP, que por sua vez roda sobre a rede Ethernet. Os dados para serem enviados de um local para outro so divididos em pacotes pelo TCP (Protocolo De Controle De Transmisso). Os roteadores garantem que estes pacotes cheguem ao seu destino. E posteriormente estes pacotes so montados formando a informao como foi enviada. Caso o destino seja uma outra rede local dentro da rede regional a qual as duas fazem parte. A transmisso ter um roteador captando estes dados do provedor, servio comercial ou rede local e transmitindo para o roteador da outra rede local. No caso da transmisso entre vrias redes regionais, os pacotes sero enviados a um ponto de acesso rede (NAP). Aps o envio backbone enviado a outro ponto de acesso prximo ao destino, a um roteador e em seguida ao computador de destino. Esta diviso em pacotes que faz a Internet ser conhecida como uma rede comutada em pacotes. isto que os dois Protocolos (conjunto de regras) de comunicao mais importantes fazem: o TCP e o IP. TCP o Protocolo de Controle de Transmisso e o IP o Protocolo Internet. 45

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Cabos e Conectores: Os cabos para rede Ethernet possuem trs padres, sendo: 10megabits 100megabits 1000megabits

Crimpagem dos cabos: A ferramenta bsica para crimpar os cabos o alicate de crimpagem. Ele "esmaga" os contatos do conector, fazendo com que as facas-contato perfurem a cobertura plstica e faam contato com os fios do cabo de rede: O primeiro passo para crimpagem dos cabos descascar os cabos, tomando cuidado para no ferir os fios internos, que so bastante finos. Normalmente, o alicate inclui uma salincia no canto da guilhotina, que serve bem para isso. Existem tambm descascadores de cabos especficos para cabos de rede, que so sempre um item bemvindo na caixa de ferramentas:

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Os quatro pares do cabo so diferenciados por cores. Um par laranja, outro azul, outro verde e o ltimo marrom. Um dos cabos de cada par tem uma cor slida e o outro mais claro ou malhado, misturando a cor e pontos de branco. pelas cores que diferenciamos os 8 fios.

O segundo passo destranar os cabos, deixando-os soltos. Para facilitar o trabalho, descasque um pedao grande do cabo, uns 5 ou 6 centmetros, para poder organizar os cabos com mais facilidade e depois corte o excesso, deixando apenas a meia polegada de cabo (1.27 cm, ou menos) que entrar dentro do conector. Corte com a guilhotina do alicate o excesso de cabo, para que ele fique no tamanho desejado e as pontas retas.

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Existem dois padres para a ordem dos fios dentro do conector, o EIA 568B (o mais comum) e o EIA 568A. A diferena entre os dois que a posio dos pares de cabos laranja e verde so invertidos dentro do conector. Existe muita discusso em relao com qual dos dois "melhor", mas na prtica no existe diferena de conectividade entre os dois padres. A nica observao que voc deve cabear toda a rede utilizando o mesmo padro. Como o EIA 568B de longe o mais comum, recomendo que voc o utilize ao crimpar seus prprios cabos.

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No padro EIA 568B, a ordem dos fios dentro do conector (em ambos os lados do cabo) a seguinte: 1- Branco com Laranja 2- Laranja 3- Branco com Verde 4- Azul 5- Branco com Azul 6- Verde 7- Branco com Marrom 8- Marrom

Coloque o conector encaixado no alicate de climpagem e aperte-o para que possa ser prensado e o fio tenha contato com a faca do conector.

Pronto seu cabo j esta climpado, e pronto para uso. Observe que os fios ficaram presos ao conector.

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Exerccios:1 O que LAN? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 O que Switch? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Aplicao da rede Ethernet? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Cheque o IP do computador (se sentir dificuldade chame seu professor) ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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DeviceNet um sistema de barramento de campo para a conexo direta de sensores e atuadores no campo (por ex., sensores de aproximao, dispositivos de partida do motor, vlvulas etc.). O DeviceNet originrio da Amrica do Norte e, atualmente, utilizado mundialmente em todas as reas de automao industrial. O DeviceNet baseado na especificao CAN (Controller Area Network), no entanto, em comparao com o CAN, a sua funcionalidade restrita devido sua fcil implementao. Introduo: A rede DeviceNet classifica-se como uma rede de dispositivo, sendo utilizada para interligao de equipamentos de campo, tais como sensores, atuadores, AC/DC drives e CLPs. Esta rede foi desenvolvida pela Allen Bradley sobre o protocolo CAN (Controller Area Network) e sua especificao aberta e gerenciada pela DeviceNet Foundation. CAN, por sua vez, foi desenvolvida pela empresa Robert Bosh Corp. como uma rede digital para a indstria automobilstica. Hoje existem inmeros fornecedores de chips CAN: Intel , Motorola, Philips/Signetics, NEC, Hitachi e Siemens.

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A rede DeviceNet permite a conexo de at 64 nodos. O mecanismo de comunicao peer to peer com prioridade. O esquema de arbitragem herdado do protocolo CAN e se realiza bit a bit. A transferncia de dados se d segundo o modelo produtor consumidor. Caractersticas do nvel fsico: Topologia fsica bsica do tipo linha principal com derivaes. Barramentos separados de par tranado para a distribuio de sinal e de alimentao (24VCC), ambos no mesmo cabo. Insero e remoo de nodos a quente, sem necessidade de desconectar a alimentao da rede. Uso de opto acopladores para permitir que dispositivos alimentados externamente possam compartilhar o cabo do barramento com os dispositivos alimentados pelo barramento. Usa terminadores de 121 ohms em cada fim de linha. Permite conexo de mltiplas fontes de alimentao. As conexes podem ser abertas ou seladas.

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Meio de transmisso Geralmente, as estaes so interligadas atravs de um cabo hbrido para a transmisso de dados (conforme RS485) e da alimentao de tenso (eletrnica dos mdulos e sensores). Ele composto por dois pares de fios torcidos e blindados e blindagem total. Existem dois tipos de cabos padronizados: "Thick cable" para cabos tronco "Thin cable" com dimetros de cabos menores para cabos de derivao

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Caixa de Juno Este equipamento empregado para conexo de instrumentos em um ponto, ento a linga tronco chega at a caixa de juno depois ela distribuda para os instrumentos, facilitando a instalao e manuteno nos instrumentos.

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Endereamento O endereamento efetuado atravs do software ou da chave rotativa. O endereamento com o software pode ser efetuado atravs das ferramentas de endereamento ou atravs do mestre. Os mdulos so integrados na rede de forma senqencial e realizam um auto-teste, para verificar se existem na rede outros mdulos com o mesmo endereo. Se for o caso, o mdulo desativado. Se o resultado do teste for negativo, a unidade pode ser endereada atravs do mestre. Para utilizar o endereo e o endereamento do software, a chave rotativa para o endereamento deve estar na posio 99. Diagnstico A mensagem de diagnstico na rede DeviceNet efetuada atravs de bytes de entrada adicionais (bytes de estado), acrescentados aos dados de entrada. Nos mdulos compactos de entrada e saida, so indicados no bit 7, um curto-circuito nos sensores (estado de sobrecarga) e, no bit 6, um curto circuito dos atuadores (estado do atuador) como uma mensagem coletiva. Adicionalmente, LEDs existentes nos mdulos facilitam a localizao das falhas.

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Topologia da rede DeviceNet As seguintes regras devem ser obedecidas para que o sistema de cabos seja operacional: A distncia mxima entre qualquer dispositivo em uma derivao ramificada para a linha tronco no pode ser maior que 6 metros. A distncia entre dois pontos quaisquer na rede no pode exceder a distncia mxima dos cabos permitida para a taxa de comunicao e tipo de cabo utilizado. A distncia se refere a distncia entre dois dispositivos ou resistores de terminao. Velocidades de transmisso e comprimentos do cabo admissveis Dependendo da velocidade de transmisso (baud rate), os comprimentos admissveis do cabo (cabo tronco e cabo de derivao) se alteram como mostra a tabela a seguir: Velocidade de 125 kbits/s 250 kbits/s 500 kbits/s Transmisso Comprimento mximo da linha principal Comprimento mximo da linha de derivao 500 m 250 m 100 m

6m

6m

6m

Comprimento 156 m mximo de linhas de derivao acumulados

78 m

39 m

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Terminais So peas fundamentais para a rede, pois atravs dele pode ser facilmente conectado um instrumento sem que haja necessidade de parada ou desligamento de todas rede para manutenes e instalaes a e quente, ou seja em funcionamento.

Terminais do tipo T Com um distribuidor em T aparafusado em uma porta E/S pode-se duplicar a quantidade de entradas e sadas disponveis. Assim torna-se possvel que dois sinais de sensor ou atuador possam ser conectados atravs de uma nica porta E/S. Com a utilizao mxima (ou seja, cada porta de um mdulo equipada com um distribuidor duplo), possvel economizar um mdulo completo. Assim um distribuidor (2 canais por borne) com 8 encaixes pode comandar at 16 sinais 57

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Terminadores de Rede O terminador uma impedncia que se acrescenta na rede com a funo de casar a impedncia da rede. Quanto maior for o comprimento da rede, maior poder ser a distoro dos sinais. O terminador elimina erros de comunicao por distores de sinais. Vale a pena ainda lembrar que se no colocarmos o terminador, o cabeamento funciona como uma antena, facilitando a distoro de sinais e aumentando a susceptibilidade a rudos.

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Exerccios:1 O que DeviceNet? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Numero mximo de Nodos na rede devicenet? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Tenso de alimentao da rede Devicenet ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Funo da caixa de juno? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Profibus a rede mais empregados no mundo. Esta rede foi concebida a partir de 1987 em uma iniciativa conjunta de fabricantes, usurios e do governo alemo. A rede est padronizada atravs da norma DIN 19245 incorporada na norma europea Cenelec EN 50170. A rede Profibus na verdade uma famlia de trs redes ou communication profiles na liguagem Profibus. Profibus DP (Distributed Peripherals) Esta rede especializada na comunicao entre sistemas de automao e perifricos distribudos. Profibus FMS (Fieldbus Message Specification) uma rede de grande capacidade para comunicao de dispositivos inteligentes tais como computadores, CLPs ou outros sistemas inteligentes que impem alta demanda de transmisso de dados. FMS vem perdendo espao para a rede Ethernet TCP/IP. Profibus PA (Process Automation) uma rede para a interligao de instrumentos analgicos de campo tais como transmissores de presso, vazo, temperatura, etc. Esta rede possui uma grande fatia do mercado de barramentos de campo geralmente chamados de fieldbus. 60

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Caractersticas gerais: Profibus uma rede multimestres. A especificao fieldbus distingue dois tipos de dispositivos: Dispositivos Mestre: Um mestre capaz de enviar mensagens independente de solicitaes externas quando tiver a posse do token. So tambm chamados de estaes ativas. Dispositivos Escravos: No possuem direito de acesso ao barramento e podem apenas confirmar o recebimento de mensagens ou responder a uma mensagem enviada por um mestre. So tambm chamadas de estaes passivas. Sua implementao mais simples e barata que a dos mestres. Profibus DP uma rede de alta velocidade e multimestres utilizando o padro RS 485. Os mestre podem ser de duas categorias: Classe 1: so mestres que realizam comunicaes cclicas tais como CLPs. Classe 2: So mestres que trabalham com mensagens assncronas como estaes de operao e de configurao.

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Repetidores Equipamento capaz de amplificar o sinal para que possa ser transmitido em maiores distancias, sem perda de dados e atrasos na execuo e recebimento de informaes.

Topologia da rede Profibus DP A rede Profibus DP permite a conexo de at 32 dispositivos por segmento, at o mximo de 4 segmentos, atravs de 3 repetidores. O nmero mximo de nodos deve ser 126. A distncia mxima de 1.2 Km utilizando interface RS-485. A rede pode ser estendida com repetidores at 15 Km com fibra tica. A rede terminada por um terminador ativo no comeo e fim de cada segmento. Ambos os terminadores devem ser alimentados.

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Velocidade da rede: A velocidade da rede nica e determinada pelo escravo mais lento. Hoje a velocidade mxima da rede Profibus DP 12 Mbps. A velocidade default de 1.5 Mbps. A velocidade de transmisso ir depender do comprimento do cabo no segmento: (kbit/s)Comprimento do segmento (m)

9,6 1,2 00

19,2 1,200

93,75 1,200

187,5 1,000

500 400

1,500 200

12,000 100

Conectores Atravs desse equipamento a rede DP interligada entre os perifricos, formando uma rede de barramento ou em jumper, conforme for a necessidade de instalao da rede.

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Topologias:

Profibus PA A rede Fieldbus PA uma rede para interligar vlvulas, transmissores de presso diferencial, etc., portanto geralmente dispositivos escravos. A alimentao dos dispositivos pode se dar pela prpria rede. Caso se deseje interligar esta rede de baixa velocidade a uma rede de alta velocidade (DP) ou a um CLP, deve-se utilizar um acoplador. O protocolo muito simples, o que facilita a interoperabilidade. A distribuio do controle depende sempre de um mestre externo. O mestre deve ler as PVs dos transmissores, executar os algoritmos de controle e definir a abertura da vlvula de controle. Acoplador DP/PA Atravs desse equipamento a rede Pd pode ser convertida em PA, e assim comunicar com instrumentos de campo, com maior velocidade e segurana.

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Caixa de juno Permite a conexo de vrios instrumentos em um s ponto, evitando a passagem de vrios cabos, assim facilitando a manuteno e ampliao da malha, caso haja necessidade.

A Profibus PA permite ligar 32 dispositivos por segmento sem segurana intrnseca (IS) ou at 9 dispositivos com segurana intrnseca, ou seja, proteo interna. Os dispositivos podem ser conectados e desconectados para manuteno com a rede em operao, mesmo quando operando em reas classificadas.

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A rede Profibus-PA obedece o padro IEC 1158-2 que utiliza como meio de transmisso um par tranado blindado, e apresenta a velocidade de 31.25 kbit/s. Este padro de nvel fsico o mesmo da rede H1 da Foundation Fieldbus. Ele permite alimentar os dispositivos diretamente, usando o barramento de dois fios e apresenta segurana intrnseca. Esta rede pode ser usada em reas classificadas e atende ao modelo FISCO (Fieldbus Intrinsically Safe Concept) definido pelo Federal Physical Technical Institute da Alemanha. Os princpios fundamentais so: Cada segmento deve ter uma nica fonte de potncia: a fonte de alimentao. Nenhuma potncia alimentada no barramento quando a estao est enviando dados. Cada dispositivo de campo consume uma potncia fixa conhecida em regime. Os dispositivos de campo funcionam como consumidores passivos de corrente. A terminao passiva de linha realizada nos dois extremos da linha. Topologias linear, rvore e estrela so permitidas.

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Topologia da rede PA

Profibus PD + HART A rede profibus DP permite a conexo entre outros protocolos de rede, atravs de conversores, um mtodo muito empregado em industrias aplicao de rede profibus DP mais HART para comunicao de instrumentos, aumentando a velocidade da rede e facilitando a manuteno de instrumentos j que equipamentos HART so facilmente encontrado. 67

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Exerccios:1 A rede Profibus DP utilizada para comunicao de: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Explique a funo do repetidor de rede: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Como podemos mudar de Profibus DP para Profibus PA ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Desenhe um tipo de topologia de rede Profibus PA

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Transdutores Um transdutor um dispositivo que recebe um sinal de entrada na forma de uma grandeza fsica e fornece um sinal de sada da mesma espcie ou diferente. Em geral, os transdutores transformam a informao da grandeza fsica, que corresponde ao sinal de entrada, em um sinal eltrico de sada. Exemplo: Um transdutor de presso transforma a fora exercida pela presso numa tenso eltrica proporcional presso. O sensor a parte sensitiva do transdutor a qual, na maioria das vezes, se completa com um circuito eletrnico para a gerao do sinal eltrico que depende do nvel de energia da grandeza fsica que afeta o sensor. Ainda com relao ao exemplo do transdutor de presso, o sensor seria apenas a membrana(diafragma) sobre a qual exercida a presso que se esta monitorando. Mas, o termo Sensor usado como sendo o mesmo que Transdutor. Ento, os sensores so como os rgos dos sentidos dos sistemas de automao.

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Podemos classificar os diversos tipos de sensores de acordo com sua aplicao, sendo: Sensores de Presena Sensores Magnticos Sensor Capacitivo Sensores Indutivos Sensores pticos Sensores de Posio Sensores de presena: comum, em sistemas automticos, a necessidade de se saber a presena ou no de uma pea, de um componente de uma maquina, de uma parte de um robot manipulador em determinada posio, sendo: mecnicos ou de contato fsico de presena ou sem contato fsico

Mecnicos ou de contato fsico: So os mais simples e so acionados por botes, alavancas, pinos, roletes e etc.. Os acionados por botes ou pedais so empregados geralmente para iniciar ou terminar o funcionamento.

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Sensor de proximidade ou sem contato fsico: Os sensores de proximidade tem as seguintes vantagens em relao aos sensores mecnicos: No necessitam de energia mecnica para operar; Atuam por aproximao, sem contato fsico com a pea; So totalmente vedados; Funcionam com altas velocidades de comutao; So imunes a vibraes e choques mecnicos. Por no possurem peas moveis estes sensores tem a grande vantagem de no sofrer desgaste mecnico.

Sensores magnticos: O tipo mais comum o interruptor de laminas ou reedswitch. constitudo por laminas dentro de um bulbo de vidro que contem gs inerte. Quando um campo magntico de um m ou de um eletrom atua sobre as laminas, magnetizando-as, as laminas so unidas fechando o circuito.

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Sensores capacitivos: O capacitor um componente eletrnico composto de duas placas metlicas, colocadas uma sobre a outra e isoladas eletricamente, capaz de armazenar cargas eltricas. O isolante chamado de dieltrico. A caracterstica que define um capacitor sua capacitncia. A capacitncia diretamente proporcional rea das placas e da constante dieltrica do material isolante e inversamente proporcional distncia entre as placas. O sensor capacitivo tambm possui duas placas mas estas ficam uma ao lado da outra e no uma sobre a outra como no capacitor. O dieltrico do sensor capacitivo e o ar cuja constante dieltrica 1 (um). Quando um objeto, que possui constante dieltrica diferente, aproxima-se provoca a variao da sua capacitncia. Um circuito de controle detecta essa variao e processa essa informao. Sensores indutivos: O indutor um componente eletrnico composto de um ncleo envolto por uma bobina. Quando fazemos circular uma corrente pela bobina um campo magntico forma-se no ncleo. A caracterstica que define um indutor a sua INDUTNCIA. Quando um objeto metlico aproxima-se deste campo, ele absorve parte deste campo provocando alterao na indutncia. Um circuito de controle detecta essa variao. 72

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Sensores pticos: Os sensores pticos baseiam-se na emisso e recepo de luz que pode ser interrompida ou refletida pelo objeto a ser detectado. Existem trs formas de operao, sendo, por: Difuso Barreira Reflexo Sensor ptico por difuso: Neste sistema o transmissor e o receptor so montados na mesma unidade. Sendo que o acionamento da sada ocorre quando o objeto a ser detectado entra na regio de sensibilidade e reflete para o receptor o feixe de luz emitido pelo transmissor. Sensor ptico por barreira: O transmissor e o receptor esto em unidades distintas e devem ser dispostos um frente ao outro, de modo que o receptor possa constantemente receber a luz do transmissor. O acionamento da sada ocorrer quando o objeto a ser detectado interromper o feixe de luz.

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Sensor ptico por reflexo: Este sistema apresenta o transmissor e o receptor em uma nica unidade. O feixe de luz chega ao receptor somente apos ser refletido por um espelho prismtico, e o acionamento da sada ocorrer quando o objeto a ser detectado interromper este feixe. Sensores de posio: Dentre os sensores que atuam por transmisso de luz, alm dos j vistos, h os encoders (codificadores), que determinam a posio atravs de um disco (encoder rotativo) ou trilho (encoder linear) marcado. Nos encoders rotativos, tem-se uma fonte de luz, um receptor e um disco perfurado, que ira modular a recepo da luz. Nos lineares, o disco substitudo por uma rgua ou fita. O disco preso a um eixo, de forma a criar um movimento rotacional, enquanto que a fonte de luz e o receptor esto fixos. A rotao do disco cria uma serie de pulsos pela interrupo ou no da luz emitida ao detector. Estes pulsos de luz so transformados pelo detector em uma serie de pulsos eltricos. A frequncia do pulso diretamente proporcional ao numero de rotaes no intervalo de tempo, e ao numero de furos ao longo do disco, que se dividem em: Incrementais(ou relativos) Absolutos

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Incrementais(ou relativos): Nos quais a posio demarcada por contagem de pulsos transmitidos, acumulados ao longo do tempo. Os encoders pticos incrementais no fornecem informao sobre a localizao absoluta do eixo de movimento no espao. Mais precisamente, eles fornecem a quantidade de movimento executada pelo eixo, comeando do momento em que o computador ativado e o movimento comea.

Se o sistema desligado ou ocorre uma queda de energia, a informao da localizao do eixo de movimento perdida. Quando o sistema for religado, a posio inicial do eixo de ser fixada.

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Absolutos: Os encoders pticos absolutos fornecem informaes mais rigorosas que os encoders pticos incrementais. Encoders absolutos fornecem um valor numrico especfico (valor codificado) para cada posio angular. Possuem a capacidade de informar a posio fsica do eixo assim que ele ativado, sem a necessidade de fixao da posio inicial. Isto possvel porque o encoder transmite, para o controlador, um sinal diferente para cada posio do eixo. Os encoders absolutos rotativos podem ser: Giro simples: Fornecem a posio angular de apenas uma volta. Giro mltiplo: Podem fornecer a posio apos varias voltas( 4096)

Encoder rotativo absoluto de giro simples.

Encoder rotativo absoluto de giro mltiplo.

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Sensores de temperatura Os sensores de temperatura so componentes eletrnicos sensveis temperatura, ou seja, variam a sua resistividade com a temperatura. Existem dois tipos o PTC (Positive Temperature Coefficient) NTC (Negative Temperature Coefficient) O NTC diminui sua resistncia com o aumento da temperatura e o PTC aumenta sua resistncia com o aumento da temperatura. So construdos com misturas de cermicas de xidos semicondutores como o Titanato de Brio. Termistores Os termistores apresentam baixo custo e alta sensibilidade, mas sua preciso baixa e trabalha com temperatura mxima em torno de 300C. O PTC e usado quando mudanas drsticas de temperatura devem ser detectadas tais como: Proteo de sobrecarga Proteo contra superaquecimento O NTC usado quando se necessita de detectar variaes contnuas de temperatura, tais como: Medida de temperatura Variao de temperatura (em torno de 0,001C) Controle de temperatura

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Sensor de Presso Os sensores de Temperatura podem ser chamado de tambm de Pressostato que um instrumento de medio de presso utilizado como componente do sistema de proteo de equipamento ou processos industriais. Sua funo bsica de proteger a integridade de equipamentos contra sobrepresso ou subpresso aplicada aos mesmos durante o seu funcionamento. O pressostato constitudo em geral por um sensor, um mecanismo de ajuste de set-point e uma chave de duas posies (aberto ou fechado). Como mecanismo de ajuste de setpoint utiliza-se na maioria das aplicaes uma mola com faixa de ajuste selecionada conforme presso de trabalho e ajuste, e em oposio presso aplicada. O mecanismo de mudana de estado mais utilizado o micro interruptor, podendo ser utilizado tambm ampola de vidro com mercrio fechando ou abrindo o contato que pode ser do tipo normal aberto ou normal fechado.

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Exerccios1 Qual tipo de sensor deve-se instalar para determinar a rotao de um motor? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Sensor utilizado para determinao de presso: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Explique o funcionamento do sensor ptico. ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Explique o que transdutor: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Pneumtica Nos tempos atuais o uso de sistemas pneumticos bastante comum nas industrias. Isto se deve a sua simplicidade aliada a possibilidade de variar a velocidade e a fora aplicada, como por exemplo, acionar uma prensa ou exercer uma leve presso para segurar um ovo sem quebr-lo. Alm disso uma ferramenta indispensvel para a automao. Vantagens 1 - Robustez dos componentes pneumticos. A robustez inerente aos controles pneumticos torna-os relativamente insensveis a vibraes e golpes, permitindo que aes mecnicas do prprio processo sirvam de sinal para as diversas sequencias de operao. So de fcil manuteno. 2 - Facilidade de implantao. Pequenas modificaes nas maquinas convencionais, aliadas disponibilidade de ar comprimido, so os requisitos necessrios para implantao dos controles pneumticos. 3 - Simplicidade de manipulao. Os controles pneumticos no necessitam de operrios especializados para sua manipulao. 4 - O ar est disponvel em qualquer parte. 5 - No h necessidade de tubulao de retorno. 6 - A velocidade de fluxo do ar no interior das vlvulas e tubulao mais alta. 7 - O ar comprimido pode ser estocado dentro de reservatrios. 8 - Limpeza, em caso de vazamentos; 9 - Facilidade de montagem entre os componentes com tubulaes flexveis (engate rpido).

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Desvantagens 1 - O ar comprimido necessita de uma boa preparao para realizar o trabalho proposto: remoo de impurezas, eliminao de umidade para evitar corroso nos equipamentos, engates ou travamentos e maiores desgastes nas partes mveis do sistema. 2 - Os componentes pneumticos so normalmente projetados e utilizados a uma presso mxima de 1723,6 kPa. Logo o tamanho dos atuadores so maiores quando deve-se vencer grandes foras. 3 - Velocidades muito baixas so difceis de ser obtidas com o ar comprimido devido `as suas propriedades fsicas. Neste caso, recorre-se a sistemas mistos (hidrulicos e pneumticos). 4 - O ar um fluido altamente compressvel, portanto, impossvel se obterem paradas intermediarias e velocidades uniformes. O ar comprimido e um poluidor sonoro quando so efetuadas exaustes para a atmosfera. Esta poluio pode ser evitada com o uso de silenciadores nos orifcios de escape. 5 - As perdas por vazamento so muito caras devido a constante perda de energia(os compressor permanece muito tempo ligado). Fundamentos fsicos Fluido Qualquer substancia que capaz de escoar e assumir a forma do recipiente que a contem um fluido. O fluido pode ser liquido ou gasoso. A pneumtica trata dos fluidos gasosos, especialmente o ar.

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Automao Industrial Propriedades do ar: Expansibilidade: Propriedade do ar que lhe possibilita ocupar totalmente o volume de qualquer recipiente, adquirindo o seu formato. Compressibilidade: O ar quando submetido a ao uma fora reduz seu volume. Elasticidade: Devido a sua elasticidade, o ar volta ao seu volume inicial quando cessa a ao da fora.

Observe que quando a vlvula esta fechada o ar no se expande por todo os recipientes demais da rede.

Observe que quando a vlvula aberta o ar se expande rapidamente por todo os recipientes demais da rede.

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Efeitos do calor sobre o ar: O ar quando recebe calor (aumento de temperatura) o seu volume aumenta. Portanto, quando diminumos sua temperatura o seu volume diminui. Quando o ar estiver em um recipiente fechado, o aumento de temperatura aumenta sua presso. Portanto, quando diminumos sua temperatura a presso diminui. Transferncia de energia para o fluido A energia primria para utilizao de fluido de trabalho, so os motores eltrico ou trmico. Esses equipamentos convertem energia eltrica ou qumica da combusto em energia mecnica na forma de rotao e torque. A partir do acoplamento com eixo dos compressores, os mesmos convertem essa energia mecnica em energia fludica.

Gerao de presso Na indstria, de modo geral, o ar comprimido produzido em local central (casa de mquinas) e conduzido ao local da aplicao atravs de uma rede de tubulao.

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Tipos de compressores: Compressores alternativos Diafragma Pisto simples efeito(um ou mltiplos estgios) duplo efeito(um ou mltiplos estgios) Compressores rotativos Palhetas Lbulos Parafuso Turbo compressores Preparao do ar comprimido O ar aspirado da atmosfera contem p e umidade. Aps passar pelo compressor, apesar da reduo da quantidade de poeira, retirada por uma pr-filtragem, junta-se o leo usado na lubrificao. A presena da poeira prejudicial porque ela abrasiva, provocando desgastes nas peas mveis. A presena da gua condensada nas linhas de ar provocando: oxidao da tubulao e componentes pneumticos reduo da vida til das peas por remover a pelcula lubrificante avarias em vlvulas e instrumentos, etc. Para tanto, antes de fazer utilizao do ar comprimido nas instalaes deve-se prepara-lo, atravs da unidade de condicionamento de ar, composta por: Filtros Resfriadores Secadores

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Alm disso, nos pontos de utilizao so colocadas unidades de conservao que so compostas de: filtro, regulador de presso e lubrifica dor. Tubulao: importante dimensionar o dimetro da rede de ar comprimido de forma tal que no ocorra uma perda de presso maior que 0,1 bar. Para evitar transtornos futuros tambm recomendvel que seja prevista uma ampliao, pois uma substituio posterior da rede demasiadamente cara. Para o dimensionamento do dimetro da rede deve-se levar em considerao: Vazo Comprimento da rede Queda de presso admissvel Presso de trabalho Pontos de estrangulamento Rede de distribuio em anel aberto

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Rede de distribuio em anel fechado

Devemos lembrar que a tubulao de ar comprimido requer manuteno peridica, sendo portanto necessrio deix-la exposta, evitando passagens estreitas. As tubulaes devem ser montadas com um declive de 1 a 2% na direo do fluxo. As tomadas de ar devem sair pela parte de cima da tubulao principal.

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Exerccios1 Quais so as propriedades do ar: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Cite 2 tipos de compressor de ar rotativos: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Onde utilizado o ar comprimido na indstria? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Onde deve-se aplicar a tomada de ar na tubulao principal? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Atuadores A funo dos atuadores executar a converso da energia fludica em energia mecnica. Num circuito qualquer, o atuador ligado mecanicamente carga. Assim, ao sofrer a ao do fluido, sua energia convertida em trabalho. Os atuadores podem ser divididos em dois grupos: Atuador linear: Cilindros de simples ao Cilindros de dupla ao Atuador rotativo: Limitados - cilindros de movimento giratrio Contnuos(motores) Atuador Linear Convertem a energia fludica em energia mecnica na forma de fora e velocidade linear. So popularmente conhecidos por cilindros.

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Os cilindros podem ser classificados: Conforme o acionamento (simples ao ou dupla ao);

Cilindros de simples ao ou simples efeito So assim chamados porque utilizam o fluido para produzir trabalho em um nico sentido de movimento, no avano ou no retorno. Estes cilindros possuem apenas um orifcio de para entrada e sada do fluido. No lado oposto existe outro orifcio que serve apenas para respiro, para impedir a formao de contrapresso. Nos cilindros de simples ao o retorno feito geralmente por ao de uma mola. Porm, o retorno pode ser tambm realizado por ao de uma fora externa, a gravidade, por exemplo(caamba de caminho).

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Cilindros de dupla ao ou duplo efeito So aqueles que utilizam fluido para produzir trabalho em ambos os sentidos: avano e retorno. Estes possuem dois orifcios por onde, alternadamente, entra e sai o fluido.

No avano o ar ou o leo entra pelo orifcio traseiro, empurrando o mbolo, e sai pelo orifcio dianteiro. No retorno o sentido invertido.

Cilindro tandem So cilindros que possuem dois mbolos em uma nica haste, separadas por um cabeote intermedirio, com orifcios independentes. O ar, ou o leo, atua simultaneamente nos dois mbolos, tanto no avano como no retorno, desta forma a fora produzida ser a soma das foras individuais que atuam em cada mbolo. indicado quando se necessita de uma fora maior mas no se dispe de espao para um aumento no dimetro do cilindro. 90

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Atuador Rotativo Convertem a energia fludica em energia mecnica na forma de momento de toro contnuo ou limitado. Podem ser: Limitados Contnuos

Limitados Os atuadores rotativos limitados so aqueles que produzem movimentos oscilatrios, ou seja, giram em um sentido at alcanar o fim de curso e precisam retornar girando no sentido oposto. Dependendo de sua construo, podem ser limitados a apenas uma volta ou a algumas voltas.

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Contnuos Os atuadores rotativos contnuos, tambm chamados de motores, podem realizar um nmero infinito de voltas. O motores pneumticos so similares aos compressores quanto sua construo. Existem motores de engrenagens, de palhetas, de pistes radiais , de pistes axiais e turbomotores(turbinas). Vlvulas As vlvulas so componentes dos sistemas pneumticos ou hidrulicos, responsveis pela distribuio e regulagem do fluido transmitido da bomba ou compressor at os atuadores. A regulagem consiste em limitar os nveis de presso e vazo para garantir a disponibilidade de fora e velocidade, respectivamente.

Vlvulas direcionais So vlvulas que influenciam no trajeto do fluxo do fluido.

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Vlvulas de bloqueio So vlvulas que bloqueiam completamente a passagem do fluido em um sentido. No outro sentido o fluido com a mnima perda de presso.

Vlvula alternadora(elemento OU) Esta vlvula possui duas entradas, X e Y, e uma sada A. Quando o fluido entra em X a esfera bloqueia a entrada em Y. Quando o fluido entra por Y a esfera bloqueia a entrada X. Vlvula de simultaneidade(elemento E)

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Esta vlvula tambm possui duas entradas, X e Y, e uma sada A. O fluido s passa quando houver presso em ambas as entradas. Um sinal apenas em X ou em Y fica impedido de passar para A porque ele atua sobre a pea mvel fechando a passagem. Quando dois sinais iguais chegam em tempos diferentes, o ultimo passa para A. Quando os sinais so de presses diferentes, o de presso maior fica bloqueado o de presso menor passa para A. Vlvulas controladoras de fluxo So vlvulas que ao reduzirem a seo de passagem do fluido influenciam o valor da vazo na linhas de ligao com os atuadores. Essa regulagem da vazo est relacionada com a variao da presso nas tomadas de entrada e sada da vlvula. Dessa forma, para uma melhor preciso, devem trabalhar em conjunto com vlvulas que regulam os nveis de presso no sistema. Vlvulas controladoras de presso So vlvulas que agem sobre a presso do sistema. As vlvulas reguladoras de presso podem ser utilizadas como: Redutoras de presso So vlvulas usadas para manter a presso do sistema em um nvel uniforme.

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Limitadoras de presso (de segurana ou de alvio); Nos sistemas hidrulicos quando, por exemplo, uma bomba manda fluido para um cilindro e este chega ao fim de curso, a presso sobe at um nvel mximo podendo causar danos ao sistema. Por isso usamos uma vlvula de alvio ou de segurana que desvia parte do fluxo para o reservatrio. Nos sistemas pneumticos esta vlvula colocada no compressor. Sequenciais. So usadas para garantir que um determinado atuador s inicie seu trabalho quando outro chegar ao fim.

Vlvula de alvio: 1- Entrada do fluido sob presso; 2 - Sada do fluido; 3 - Mola; 4 - Contra-porca; 5 - Parafuso de regulagem; 6 - Esfera; 7 - Cone. 95

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Exerccios1 Qual a funo do atuador? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Aplicao das vlvulas controladoras de presso no processo: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Faa do desenho do smbolo de um cilindro de ao simples:

4 Cite os componente de uma vlvula de alivio: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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CLP - Controladores Lgicos Programveis Os primeiros CLPs surgiram na dcada de 60 na indstria automobilstica para substituir os painis de rels. Fazer alteraes nos painis de rels no era econmico e quase sempre exigia sua substituio. Os CLPs por possurem uma lgica de controle programvel, permitem essa modificao via software sem grandes mudanas no hardware. Na dcada de 80 foi introduzido o microcontrolador e o CLP passou a contar com maior capacidade para executar algoritmos mais complexos e conexo via rede. O CLP um aparelho que possui memria programvel para armazenar instrues que desenvolvem funes lgicas de: sequenciamento, temporizao, contagem e operaes aritmticas usadas para controlar diversos tipos de mquinas e aparelhos. Podemos citar algumas das vantagens dos CLP em relao aos comandos convencionais: Ocupam menos espao Trabalham com menor potncia eltrica Por serem programveis, pode-se alterar os parmetros de controle; So mais confiveis; Podem comunicar-se com outros CLPs ou computadores; 97

Automao Industrial Os projetos do sistema de controle so mais rpidos. O CLP pode ser considerado um microcomputador destinado ao controle de um sistema ou de um processo. Possui uma arquitetura modular composta de fonte, CPU e mdulos de entrada e sada, alm de mdulos para comunicao em rede. O controlador monitora o estado inicial e final dos dispositivos conectados aos terminais de entrada e, de acordo com o programa, controla os dispositivos conectados aos terminais de sada. Mdulos de entrada (Input) Todo sinal recebido pelo CLP a partir de dispositivos ou componentes externos(sensores) so conectados aos mdulos de entrada que podem ser analgicos ou digitais. Cada mdulo possui normalmente 16, 8 ou 4 pontos de entrada onde podemos conectar os elementos de entrada tais como: Botes Transmissores Sensores Mdulos de sada (Output) atravs dos mdulos de sada que todos os sinais so enviados pelo CLP para comandar dispositivos ou componentes do sistema de controle. Os mdulos de sada possuem uma estrutura parecida ao dos mdulos de entrada. Tambm podem ser analgicos ou digitais. Nos pontos de entrada dos mdulos de sada podemos conectar: Sinalizadores: lmpadas, sirenes Bobinas de rels e contatores bobinas de vlvulas solenoides Motores Inversores de frequncia

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Programao As linguagens de programao permitem a comunicao com o CLP atravs de um dispositivo de programao para definir as tarefas que o CLP deve executar. Dentre as linguagens de programao podemos citar o diagrama ladder e o STEP5. Ladder uma linguagem de programao para CLP que baseia-se no diagrama de fiao eltrica. A estrutura do diagrama ladder consiste de duas linhas verticais, chamadas linhas de alimentao, e de linhas horizontais, chamadas de linhas de contato ou caminhos de corrente. Cada linha de contatos consiste de vrias instrues. Instrues Vamos estudar apenas as principais instrues usadas em programao ladder. Contato Normal Aberto(NA): Funciona como um contato normal aberto.

Contato Normal Fechado(NF): Funciona como um contato normal fechado.

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Bobina Simples: Funciona como uma sada digital fsica energizando o elemento ligado ao ponto de sada correspondente ou como sada auxiliar utilizada dentro do programa no energizando qualquer ponto de sada.

Smbolos: Os elementos de entrada so colocados a esquerda e os de sada a direita sempre na ltima coluna.

Exemplo: A lmpada L1 deve ser acesa por um boto.

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Exerccios1 Abra o click02 e programe a exemplo abaixo:

2 Desenhe a simbologia de um contato aberto:

3 Linguagem de programao para CLPs ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Qual a funo do CLP: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Instrumentos Inteligentes So chamados desta forma por realizarem varias funes no processo, que anteriormente s era possvel atravs da instalao de vrios equipamentos diferentes. Um instrumentos inteligentes pode realizar as seguintes funes: Enviar dados a distancia Indicar a varivel Ser ajustado a quente(sendo possvel ajustar sua configurao em funcionamento) Receber informaes e atuar diretamente no processo Um das principais empresas de fornecimento de instrumentos inteligente no mercado brasileiro a SMAR. Vamos fazer uma visita e pesquisas sobre alguns produtos que so utilizados na automao industrial www.smar.com.br.

Configurao Os instrumentos so configurados atravs de um software acoplado a uma interface para comunicao, como foi falando anteriormente. Pois possvel realizar configuraes em Offline, ou seja, sem conexo com instrumento, para depois ser passado ao instrumento. Os configuradores para instrumentos SMAR so: CONF401 e HPC310 para palmtop.

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Exerccios1 Abra o site da smar e visualize alguns produtos:

2 Abra o CONF401 e faa a configurao de alguns instrumentos em offline:

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Combate de Incndio: Todos os funcionrios da indstria devem ter um treinamento de combate de incndios, para ajudar em combate de incndios caso necessrio, ou na preveno de possveis incndios. Tringulo do Fogo: O Tringulo do Fogo uma didtica criada para melhor ilustrar a reao qumica do fogo, onde cada lado do tringulo representa um elemento participante desta reao. Para que exista fogo, trs elementos so necessrios. Combustvel Comburente (oxignio) Calor (temperatura de ignio)

Combustvel toda substncia capaz de queimar, servindo de propagao do fogo. Os combustveis podem se apresentar na natureza sob trs estados fsicos: slido, lquido e gasoso.

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Comburente (Oxignio - 02) o elemento, presente no ar atmosfrico, participando da reao qumica do fogo. Calor o elemento que fornece a energia necessria para iniciar a reao entre o combustvel e o comburente, mantendo e propagando a combusto, como a chama de um palito de fsforos. Processos de extino de incndio Conhecido o tringulo do fogo, este s existir quando estiverem presentes os trs elementos constituintes. Portanto, para extinguir o fogo, basta desfazer o tringulo, isto , retirar um de seus lados. Isolamento Processo de extino de incndio que constitui na retirada do combustvel.

Abafamento Processo de extino de incndio que consiste na reduo ou retirada do oxignio.

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Resfriamento Processo de extino de incndio que consiste na retirada parcial do calor (diminuio da temperatura).

Classes de incndio Para que as aes de combate a incndio possam ter a mxima objetividade e rendimento, com emprego correto de um agente extintor, os materiais combustveis foram divididos em Classes de Incndios. Classe A Incndio em materiais slidos combustveis. Ex.: madeira, papel, tecido, borracha, etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: Deixam resduos quando queimados (brasas, cinzas, carvo); Queimam em superfcie e em profundidade. Classe B Incndio em lquidos inflamveis. Ex.: lcool, gasolina, querosene, graxa, diesel, etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: No deixam resduos quando queimados; Queimam somente em superfcie.

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Classe C Incndio em equipamentos eletro-eletrnicos energizados. Ex.: televisor, geladeira, computador, etc. Ao serem desligados da tomada, o incndio passa a ser de classe A. Classe D Incndio em metais pirofricos. Ex.: sdio, magnsio, etc. Para extino de fogo nesses materiais, existem agentes extintores especiais. Agentes extintores de incndio So substncias que possuem a propriedade de extinguirem determinadas combustes. O sucesso do combate est relacionado com a sua correta utilizao e o tipo de combustvel. gua o agente extintor universal. A sua abundncia na natureza e as suas caractersticas de emprego, sob diversas formas, possibilitam uma boa aplicao em incndios, porm ocorre desvantagem desse agente ser condutor de corrente eltrica. Gs carbnico (co2 dixido de carbono) um gs incombustvel, inodoro, incolor, mais pesado que o ar. No txico, mas a sua ingesto em excesso provoca asfixia. Atua por abafamento e, secundariamente, por resfriamento. Dissipa-se rapidamente quando aplicado em locais abertos. No conduz corrente eltrica, nem danifica materiais eletrnicos. 107

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P qumico seco (PQS) um composto qumico, que atua por abafamento. No txico, mas sua ingesto em excesso provoca asfixia. Por ser corrosivo, o uso deste agente pode danificar os eletro-eletrnicos. No conduz corrente eltrica. Espuma Soluo aquosa obtida atravs de reao qumica ou processo mecnico. Atua por abafamento e, em menor proporo, por resfriamento. Conduz corrente eltrica. Atualmente, este agente extintor dificilmente encontrado em estabelecimentos comerciais e residenciais, embora ainda seja utilizado por indstrias e pelo Corpo de Bombeiros. Aparelhos extintores de incndio So equipamentos fundamentais para o estgio inicial das aes de combate a incndio. So transportados em todas as viaturas operacionais do CBMERJ sendo encontrados, tambm, nas edificaes e estabelecimentos comerciais. O xito no emprego dos aparelhos extintores de incndio depende dos seguintes fatores basicamente: Aplicao correta do agente extintor para o tipo de combustvel (slido ou lquido) e sua composio qumica; Manuteno peridica adequada; O operador do aparelho extintor dever possuir conhecimentos especficos de maneabilidade do equipamento e tcnicas de combate a incndio.

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Partes do aparelho extintor

Tipos de aparelhos extintores Normalmente, os aparelhos extintores so chamados pelo nome do agente que contm e apresentam caractersticas para cada tipo. APARELHO EXTINTOR DE GUA-GS (AG) Dados tcnicos: Mangueira Esguicho Ala para transporte Recipiente Tubo sifo Cilindro de gs propelente (ampola externa) Capacidade: 10 litros Alcance mdio do jato: 10 metros

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Tcnicas de utilizao: Identifique o extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manmetro se est carregado; Retire o extintor do suporte preso parede ou outro lugar em que esteja acondicionado; Transporte o extintor at prximo do local sinistrado ( 10 metros); Retire o lacre do volante da ampola externa e o pino de segurana; Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido anti-horrio para pressurizar a carga extintora e aperte o gatilho rapidamente; Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de zigue-zague horizontal.

Aparelho Extintor De gua-pressurizada (AP) O gs propelente est acondicionado junto carga extintora, mantendo o aparelho pressurizado permanentemente. Dados tcnicos: Mangueira com esguicho Gatilho Ala de transporte Pino de segurana Tubo sifo Recipiente Manmetro Capacidade: 10 litros Alcance mdio do jato: 10 metros

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Tcnicas de Utilizao: Identifique o extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manmetro se est carregado; Retire o lacre e o pino de segurana; Transporte o extintor at prximo do local sinistrado ( 10 metros); Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de zigue-zague horizontal. Aparelho Extintor de CO2 (GS CARBNICO) Dados tcnicos: Mangueira Gatilho Ala de transporte Pino de segurana Tubo sifo Recipiente Punho Difusor Capacidade: 6 kg Alcance mdio do jato: 3 metros

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Tcnicas de utilizao: Identifique o extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo; Retire o extintor do suporte preso parede ou outro lugar em que esteja acondicionado; Retire o lacre e o pino de segurana; Segure no punho e aponte o difusor para baixo; Transporte o aparelho at prximo do local sinistrado ( 3 metros); Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de zigue-zague horizontal, de forma que crie uma nuvem sobre o fogo. Aparelho Extintor De P Qumico Seco (PQS) Dados tcnicos: Mangueira Gatilho Ala para transporte Recipiente Capacidade 4, 6, 8 e 12 quilogramas. Alcance mdio do jato: 6 metros Tcnicas de utilizao: Identifique o extintor atravs de sua aparncia externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manmetro se est carregado; Retire o extintor do suporte preso parede ou outro lugar em que esteja acondicionado; Retire o lacre e o pino de segurana; Transporte o extintor at prximo do local sinistrado ( 6 metros); 112

Automao Industrial Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de zigue-zague horizontal. Sistemas Preventivos Mangueiras Tubos enrolveis de nylon revestidos internamente de borracha, possuindo nas extremidades juntas do tipo storz. Utilizado como duto para fluxo de gua entre a caixa de incndio e o esguicho. Esguicho Tubo metlico dotado de junta storz na extremidade de entrada e sada livre, podendo possuir um sistema para comando.

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Exerccios1 Importncia do Combate de Incndios? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 O que o Triangulo do fogo? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Quais so as classes de Incndios? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Forma de Manuseio de extintores: ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________

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Primeiros Socorros: Lembramos que a funo de quem est fazendo o socorro : 1 - Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: Salvar uma vida Prevenir danos maiores 2 - Manter o acidentado vivo at a chegada deste atendimento. 3 - Manter a calma e a serenidade frente situao inspirando confiana. 4 - Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 5 - Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as do local do acidente, evitando assim causar o chamado "segundo trauma", isto , no ocasionar outras leses ou agravar as j existentes. 6 - Ser o elo das informaes para o servio de atendimento emergencial. 7 - Agir somente at o ponto de seu conhecimento e tcnica de atendimento. Saber avaliar seus limites fsicos e de conhecimento. No tentar transportar um acidentado ou medic-lo. Etapas Bsicas de Primeiros Socorros O atendimento de primeiros socorros pode ser dividido em etapas bsicas que permitem a maior organizao no atendimento e, portanto, resultados mais eficazes.

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Avaliao do Local do Acidente Esta a primeira etapa bsica na prestao de primeiros socorros. Ao chegar no local de um acidente, ou onde se encontra um acidentado, deve-se assumir o controle da situao e proceder a uma rpida e segura avaliao da ocorrncia. Deve-se tentar obter o mximo de informaes possveis sobre o ocorrido. Dependendo das circunstncias de cada acidente, importante tambm: a) evitar o pnico e procurar a colaborao de outras pessoas, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas; b) manter afastados os curiosos, para evitar confuso e para ter espao em que se possa trabalhar da melhor maneira possvel. A proteo do acidentado deve ser feita com o mesmo rigor da avaliao da ocorrncia e do afastamento de pessoas curiosas ou que visivelmente tenham perdido o autocontrole e possam prejudicar a prestao dos primeiros socorros. importante observar rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro nas proximidades da ocorrncia. Por exemplo: fios eltricos soltos e desencapados; trfego de veculos; andaimes; vazamento de gs; mquinas funcionando. Devem-se identificar pessoas que possam ajudar. Deve-se desligar a corrente eltrica; evitar chamas, fascas e fagulhas; afastar pessoas desprotegidas da presena de gs; retirar vtima de afogamento da gua, desde que o faa com segurana para quem est socorrendo; evacuar rea em risco iminente de exploso ou desmoronamento. Avaliar o acidentado na posio em que ele se encontra s mobiliz-lo com segurana (sem aumentar o trauma e os riscos), sempre que possvel deve-se manter o acidentado deitado de costas at que seja examinada, e at que se saibam quais os danos sofridos. No se deve 116

Automao Industrial alterar a posio em que se acha o acidentado, sem antes refletir cuidadosamente sobre o que aconteceu e qual a conduta mais adequada a ser tomada. Se o acidentado estiver inconsciente, por sua cabea em posio lateral antes de proceder avaliao do seu estado geral. preciso tranqilizar o acidentado e transmitir-lhe segurana e conforto. A calma do acidentado desempenha um papel muito importante na prestao dos primeiros socorros. O estado geral do acidentado pode se agravar se ela estiver com medo, ansiosa e sem confiana em quem. Est cuidando. Proteo do Acidentado A avaliao e exame do estado geral de um acidentado de emergncia clnica ou traumtica a segunda etapa bsica na prestao dos primeiros socorros. Ela deve ser realizada simultaneamente ou imediatamente "avaliao do acidente e proteo do acidentado". O exame deve ser rpido e sistemtico, observando as seg