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CENTRO DE EXCELÊNCIA EM TECNOLOGIA E MANUFATURA MARIA

MADALENA NOGUEIRA – SENAI CETEM BETIM

Técnico em Mecatrônica

Eder Marciano

Erick Souza

Henrikesen Silva

Luiz A. Oliveira

Marcelo Félix

Tharine Camargos

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL

DOMÓTICA

BETIM 2015

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Eder Marciano

Erick Souza

Henrikesen Silva

Luiz A. Oliveira

Marcelo Félix

Tharine Camargos

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL DOMÓTICA

Trabalho apresentado à disciplina de

Projetos, do Centro de Excelência em

Tecnologia e Manufatura Maria Madalena

Nogueira – SENAI CETEM Betim.

Orientador: Renan Eustáquio.

BETIM

2015

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Eder Marciano

Erick Souza

Henrikesen Silva

Luiz A. Oliveira

Marcelo Félix

Tharine Camargos

AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL

DOMÓTICA

Trabalho apresentado à disciplina de

Projetos, do Centro de Excelência em

Tecnologia e Manufatura Maria Madalena

Nogueira – SENAI CETEM Betim.

________________________________________________

Renan Eustáquio (Orientador) – SENAI CETEM Betim

Betim, 15 de maio de 2015.

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Este trabalho é dedicado aos nossos

familiares e amigos que sempre estiveram

ao nosso lado e nos deram apoio para

chegarmos até aqui. Dedicamos a Deus por

sempre ter nos guiado para o caminho certo.

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AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer a todos os professores que por esta turma

passaram e compartilharam momentos e conhecimentos. Agradecer aos membros

da pedagogia e gerência de ensino pelo suporte dado. Agradecer também aos

nossos colegas turma que desde o inicio tiveram conosco facilidades e dificuldades,

mas que venceram e chegaram até aqui.

Agradecemos também o empenho de cada componente deste grupo para a

execução deste trabalho, que mesmo com as dificuldades do dia-a-dia, conseguimos

finalizá-lo.

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"De nada valem as idéias sem homens que possam pô-

las em prática." [Karl Marx]

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RESUMO

A utilização de sistemas automatizados é cada vez mais notória na vida

moderna. Hoje, casas e prédios já contam com sistemas integrados de controle que

possibilitam a realização de inúmeras atividades e, em alguns casos, sem haver a

necessidade da presença física. Os sistemas automatizados têm o custo elevado e

poucas pessoas têm acesso a tais tecnologias. Sendo assim, o presente trabalho

tem como objetivos, demonstrar que é possível utilizar um sistema residencial

automatizado com baixo custo com uma programação voltada à internet.

Nosso projeto visa demonstrar a utilização da automação residencial no

acionamento da iluminação interna e externa, controle do portão de entrada e do

sistema de ventilação, utilizando a plataforma Arduino Mega 2560.

Palavras-Chave: Domótica, Automação Residencial, Arduino Mega 2560.

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ABSTRACT

The use of automated systems is increasingly evident in modern life. Today,

houses and buildings already have integrated control systems that allow the

realization of numerous activities and , in some cases , without the need of physical

presence. Automated systems have high costs and few people have access to such

technologies. Thus, this paper aims to demonstrate that it is possible to use an

automated home system with low cost provide programs to the Internet.

Our project aims to demonstrate the use of home automation in the drive for

indoor and outdoor lighting , entrance gate control and the ventilation system using

the Arduino Mega 2560 platform.

Keyword:Home Automation, Arduíno Mega 2560.

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SUMÁRIO

Introdução 10 1. Automação Residencial - Domótica 11

1.1. Qual a sua utilidade 14 2. Referencias Técnicas: Plataforma Arduino 16

2.1. Hardware 16

2.2. Software 18 3. O Projeto 20

3.1. Como Funciona 21

3.2. Ligações de Comando e Controle 21

3.3. Acionamento Remoto e Manual 22

3.4. Elementos Comandados 22

3.5. Montagem 23

3.4. Viabilidade Prática 23 4. Viabilidade Econômica 23 5. Impactos Sociais e Ambientais 24 6. Relatório de Gastos 25 Considerações Finais 27 Referências Bibliográficas 28

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INTRODUÇÃO

Com a automação residencial o que se objetiva é a total integração da rede

de dados com os sistemas de entretenimento multimídia, internet e segurança de

uma residência. Isso é obtido através de um projeto único que envolve infra-

estrutura, dispositivos físicos (fixos e/ou móveis) e softwares de controle cuja meta é

garantir ao usuário a possibilidade de controle e de acesso à sua residência à

distância, dentro ou fora da mesma.

O papel da automação residencial vai além do aumento da eficiência e

qualidade de vida, ele está intimamente ligado ao uso eficaz da energia e dos

demais recursos naturais, sendo importante para a economia e para o meio

ambiente, tendo assim um impacto social positivo.

O uso da Domótica está em expansão e cada vez mais acessível. Apesar de

ainda não ser tão popular no país - o que gera alto custo para utilização dos

benefícios -, hoje é possível fazer a incorporação de recursos simples da automação

residencial e com baixo custo.

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1. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL OU DOMÓTICA

O termo Domótica é um neologismo resultante da junção da palavra latina

“Domus” (casa) com “Robótica” (controle automatizado de algo). Estes termos se

referem à automatização e o controle aplicado á residência, utilizando-se de

equipamentos que dispõem de capacidade de comunicar-se interativamente entre si

e com capacidade de seguir as instruções de um programa previamente

estabelecido pelo usuário da residência e com possibilidades de alterações

conforme seus interesses.

A automação residencial migrou-se dos conceitos utilizados em automação

industrial. Porém, em virtude da diferente realidade entre o uso dos dois tipos de

arquiteturas, têm sido criadas tecnologias embarcadas (dedicadas) para ambientes

onde não se dispõe de espaço para grandes centrais controladoras (CLPs) e

pesados sistemas de cabeamento. No entanto, nas residências não são necessárias

lógicas complexas e dispositivos que controlam os processos iguais a de uma linha

de produção industrial, porém requer diversos tipos de interfaces, configurações

diferentes, equipamentos com aspectos e acabamento melhorados de acordo com a

característica de cada cliente.

Na década de 70 é lançado nos EUA o protocolo X-10, utilizando uma

tecnologia PLC (Power Line Carrier) sendo os primeiros módulos inteligentes que

utilizava a rede elétrica como canal de comunicação entre diversos dispositivos

(lâmpadas, ar condicionado, sistemas de alarmes, etc.), possibilitando o controle

remoto destes dispositivos sem haver a necessidade de alterar a infra-estrutura

elétrica da residência. No mercado, existe uma gama enorme de produtos X-10, de

diversos fabricantes. Pela sua característica básica, o sistema X-10 é recomendado

para aplicações autônomas, não integradas. Uma de suas limitações é de operar

apenas funções simples tipo liga/desliga e dimerização de luzes. É um sistema de

fácil implantação, pois não precisa de intervenção na estrutura da residência. Em

contrapartida, torna-se um sistema instável, visto que a rede elétrica pode ocasionar

comportamentos falhos dos componentes seja por duplicidade de fase, falta de

energia ou descargas eletromagnéticas. Outro empecilho para sua utilização em

larga escala é sua baixa integração com os demais sistemas automatizados que

utilizam cabeamentos dedicados (áudio, vídeo, alarmes).

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Com a popularização dos computadores pessoais (PCs) na década de 80, os

computadores passaram a ser utilizados como central de automação, mas logo

foram percebidas suas desvantagens de utilização, como o elevado consumo de

energia devido à necessidade de manter o computador ligado constantemente e a

centralização do controle que pode vir a ser falho e comprometer o funcionamento

de todo o sistema automatizado. A partir desses problemas parte-se para o

desenvolvimento de dispositivos dedicados através da utilização de

microprocessadores e microcontroladores e da exclusão dos PCs. Porém, o final da

década de 90 é o grande responsável pela vasta gama de novidades para o

mercado de automação residencial. Algumas conquistas tecnológicas incorporadas

ao nosso dia-a-dia, como o telefone celular e a internet, despertaram no consumidor

o gosto pelas facilidades que o uso destas tecnologias trouxeram.

No Brasil, apesar de ainda ser pouco conhecida e divulgada, pelo conforto e

comodidade que pode proporcionar, a Domótica promete vir a ter muitos adeptos,

face ao crescente número de novos projetos que visam utilizar estas soluções de

automatização na construção civil. Mais que o simples uso da tecnologia, a

automação residencial, procura atender os aspectos tecnológicos que possam trazer

mais acessibilidade, conforto, economia e segurança ao usuário.

Embora este seja um panorama otimista para o Brasil, é preciso atentar para

algumas condições que podem dificultar o ritmo deste esperado crescimento. Entre

as principais, estão:

Falta de conhecimento específico dos projetistas: percebe-se um

crescente interesse de arquitetos e projetistas pelo tema, no entanto

muitos ainda se mostram inaccessível às novidades e nem sempre

contribuem positivamente no processo de melhoria dos projetos de

infra-estrutura;

Ausência da cultura da automação residencial entre os usuários finais,

o que prejudica a percepção dos seus reais benefícios.

Para afastar estas incertezas e reforçar os aspectos positivos da automação

residencial, empresas brasileiras e profissionais têm se empenhado num trabalho de

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esclarecimento, divulgação e inovação, trazendo benefícios para este emergente

mercado.

Existem hoje no mercado, sistemas que oferecem vários tipos de recursos e

cabe ao usuário escolher a programação que atenda melhor às suas necessidades.

Agregar e alterar funções aos equipamentos de segurança, de home theater e todos

os eletrodomésticos da casa são algumas dessas programações. Todos os

dispositivos podem ser acionados pela mesma interface, seja ele um controle

remoto, telefone ou voz. Podem também, ativar a programação assim que

identificarem o usuário ou receberem ordens pelo telefone simulando alguém em

casa, acendendo uma luz ou abrindo as persianas. O equipamento de segurança

pode emitir avisos sonoros e visuais ou discar os números dos serviços de

emergência quando detectar algum intruso ou qualquer outro tipo de perigo no

interior da residência.

As características fundamentais que devemos encontrar num sistema

inteligente são:

Capacidade para integrar todos os sistemas – os sistemas interligados

por meio da rede doméstica devem possibilitar o monitoramento e o

controle externos, bem como atualização remota de software e

detecção de falhas;

Atuação em condições variadas – o sistema deve ser capaz de operar

em condições adversas (clima, vibrações, falta de energia) e prover

múltiplas interfaces para os diferentes usuários, segundo o

entendimento tecnológico, idade, etc., bem como auxiliar portadores de

deficiência;

Memória – o sistema deve ser capaz de memorizar suas funções

principais mesmo em regime de falta de energia, deve possibilitar a

criação de um histórico das últimas funções realizadas e prover meios

de checagem e auditoria destas funções;

Noção temporal – o sistema deve ter a noção de tempo, bem como dia

e noite e estações climáticas a fim de possibilitar a execução de

processos e atividades baseadas nestes aspectos;

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Fácil relação com o usuário – o sistema deve prover interfaces de fácil

acesso e usabilidade, pois os usuários detêm diferentes níveis de

instrução e entendimento sobre novas tecnologias;

Facilidade de reprogramação – o sistema deve permitir a fácil

reprogramação dos equipamentos e prover ajustes pré-gravados em

casos de falha ou mau funcionamento;

Capacidade de autocorreção – o sistema deve ter a capacidade de

identificar uma seleção de problemas e sugerir soluções.

Um ambiente inteligente é aquele que aperfeiçoa certas funções inerentes à

operação e administração de uma residência ou edifício. Estabelecendo uma

analogia com um organismo vivo, a residência moderna parecerá ter vida própria,

com cérebro e sentidos.

Figura 1 - Possibilidades em automação residencial.

Fonte: Nantech – Soluções em Tecnologia.

1.1. Qual a sua utilidade

A necessidade de se facilitar as tarefas do dia-a-dia para realizá-las com mais

rapidez e conforto leva diretamente à automatização dos sistemas elétricos e

eletrônicos de uma moradia. Tais avanços podem ser utilizados tanto para gerar

mais comodidade e segurança, como também para gerar acessibilidade aos

indivíduos com necessidades especiais que tenham, por exemplo, dificuldade de

locomoção ou visual.

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Imagine que ao chegar em casa, após um dia cansativo de trabalho, o portão

da garagem abra automaticamente sem a necessidade de apertar qualquer botão, e

depois do jantar, poder deitar confortavelmente em um sofá e assistir a um bom

filme, tendo ao fundo um cenário perfeito: cortinas que se fecham automaticamente,

o ar-condicionado ou aquecedor é ligado, as luzes mais fortes do ambiente são

desligadas e as mais fracas são acesas, enquanto o telão desce de um

compartimento no teto e para, exatamente no ponto ideal previamente determinado,

onde o morador só terá que inserir o filme no equipamento e aproveitar a historia,

tudo isso ao simples toque em um botão ou por um comando de voz. Agora imagine

essas e outras possibilidades de se controlar todos os recursos de uma residência à

distância com o simples toque na tela de um dispositivo móvel com acesso a internet

(celular, smartfone, tablet, etc.).

Figura 2 - Benefícios que a Domótica traz.

Fonte: Casa Domótica Brasil.

Para o planejamento de um bom sistema de automação residencial, vários

fatores devem ser atendidos. Devemos considerar qual a infra-estrutura necessária,

quais as aplicações e componentes que serão utilizados, os procedimentos de

instalação, as normas técnicas e outras recomendações que irão assegurar a

longevidade do sistema instalado.

É preciso fazer um levantamento das necessidades individuais e coletivas

com relação às aplicações da tecnologia doméstica que os usuários desejam inserir

em sua residência e, para tanto, pode se aplicar um questionário. A partir das

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respostas obtidas e da análise detalhada do projeto arquitetônico, é possível efetuar

um diagnóstico preciso sobre as características que irão compor o projeto integrado

de infra-estrutura do novo imóvel.

2. REFERÊNCIAS TÉCNICAS: PLATAFORMA ARDUINO

Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica de código aberto

(hardware e software) criada para auxiliar no ensino de eletrônica para estudantes

de design e artes. O objetivo principal foi o de criar uma plataforma de baixo custo,

para que os estudantes pudessem desenvolver seus protótipos com o menor custo

possível.

O Arduino é composto por uma placa de prototipagem na qual são

construídos os projetos (hardware) e por uma IDE (software), que é executado em

um computador onde é feita a programação, conhecida como sketch, na qual será

feita upload para a placa de prototipagem, através de uma comunicação serial.

O sketch feito pelo projetista dirá à placa o que deve ser executado durante o seu

funcionamento.

2.1. Hardware

Por ser open-source, existem diversas placas oficiais de Arduino e muitas

outras não oficiais. Na arquitetura deste projeto iremos utilizar a placa Arduino Mega

2560.

Figura 3 – Placa de prototipagem Arduino Mega 2560.

Fonte: Embarcados.com.

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A placa Arduino MEGA 2560 possui 54 pinos de entradas e saídas digitais

que podem ser utilizadas como entrada ou saída conforme a necessidade de seu

projeto, através das funções pinMode(), digitalWrite(), edigitalRead(). Os pinos

operam com tensão de 5V e podem fornecer ou drenar até 40 mA. Cada pino

possui resistor de pull-up interno que pode ser habilitado por software. Alguns desse

pinos possuem funções especiais como exibido a seguir:

Comunicação Serial - Serial 0 (RX) e 1 (TX); Serial 1: 19 (RX) e 18

(TX); Serial 2: 17 (RX) e 16 (TX); Serial 3: 15 (RX) e14 (TX). Os

pinos 0 e 1 estão conctados aos pinos do ATmega16U2

responsável pela comunicação USB;

Interrupções externas - 2 (interrupt 0), 3 (interrupt 1), 18 (interrupt

5), 19 (interrupt 4), 20 (interrupt 3), and 21 (interrupt 2). estes pinos

podem ser configurados para disparo da interupção tanto na borda

de subida ou descida, ou em niveis lógicos alto ou baixo, conforme

a necessidade do projeto. Veja a função attachInterrupt() para mais

detalhes;

PWM: os pinos 2 a 13 e 44 a 46 podem ser utilizados como saídas

PWM. O sinal PWM possui 8 bits de resolução e é implemetado

com a função analogWrite();

Comunicação SPI: Pinos: 50 (MISO), 51 (MOSI), 52 (SCK), 53 (SS).

A comunicação SPI pode se manipulada pela função SPI library.

Estes pinos estão ligados ao conector ICSP;

Comunicação I2C: (TWI): pinos 20 (SDA) and 21 (SCL).

A Arduino Mega2560 possui 16 entradas analógicas (pinos A0 a A15), onde

pode ser feita a conversão com uma resolução de 10 bits, ou seja, o valor será

convertido entre 0 e 1023. Por padrão a tensão de referência é conectada a 5V.

Porém é possível mudar o valor de referência através do pino AREF e a função

analogReference().

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2.2. Software

O software para programação do Arduino é uma IDE que permite a criação

de sketches para a placa Arduino. A linguagem de programação é modelada a partir

da linguagem Wiring. Quando pressionado o botão upload da IDE, o código escrito é

traduzido para a linguagem C e é transmitido para o compilador avr-gcc, que realiza

a tradução dos comandos para uma linguagem que pode ser compreendida pelo

microcontrolador. O Ciclo de programação do Arduino pode ser dividido da seguinte

maneira:

1. Conexão da placa a uma porta USB do computador;

2. Desenvolvimento de um sketch com comandos para a placa;

3. Upload do sketch para a placa, utilizando a comunicação USB.

4. Aguardar a reinicialização, após ocorrerá à execução do sketch criado.

A partir do momento que foi feito o upload, o Arduino não precisa mais do

computador e executará o sketch criado, desde que este já ligado a uma fonte de

energia.

Por ser um código aberto, o download da IDE pode ser feito gratuitamente no

próprio site da Arduino (http://www.arduino.cc/en/Main/Software). O IDE é dividido

em três partes: Barra de Ferramentas, Código ou Sketch e a Janela de Mensagens

conforme é exibido na figura a seguir.

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Figura 4 – Ambiente de programação IDE Arduino.

Fonte: Ilustração produzida pelos autores.

Na Barra de Ferramenta há uma guia, ou um conjunto de guias, com o nome

do sketch. Ao lado direito há um botão que habilita o serial monitor. No topo há uma

barra de menus, com os itens Arquivo, Editar, Sketch, Ferramenta e Ajuda. Os

botões na barra de ferramenta oferecem acesso rápido às funções mais utilizadas

dentro desses menus. Abaixo são identificados os ícones de atalho da IDE:

Verificar: Verifica se existe erro no código digitado;

Carregar: Compila o código e grava na placa Arduino se

corretamente conectada;

Novo: Cria um novo sketch em branco;

Abrir: Abre um sketch, presente no sketchbook;

Salvar: Salva o sketch ativo;

Monitor serial: Abre o monitor serial.

Após a conexão do Arduino ao computador, é atribuída a placa uma COM –

uma porta de comunicação entre o hardware e o computador. A primeira vez que o

programa Arduino for executado deve-se selecionar o modelo de placa ser utilizado

(no nosso caso escolheremos Arduino Uno) e qual COM a placa irá se comunicar.

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Figura 5 – Configurando o ambiente da IDE Arduino.

Fonte: Ilustração produzida pelos autores.

3. O PROJETO

O projeto consiste em utilizar as aplicações da Domótica no acionamento da

iluminação (interna e externa), do sistema de ventilação e do portão de entrada da

garagem. Nosso objetivo é demonstrar que é possível implementar recurso da

automação residencial com baixo custo, eficiência e segurança.

Figura 6 – O protótipo.

Fonte: Ilustração produzida pelos autores.

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3.1. Como Funciona

O protótipo simula uma residência com recursos de iluminação, ventilação e

acesso automatizados. Sendo possível o acionamento destes, através de

interruptores e/ou de qualquer dispositivo via web (PC’s, Smartphone, Tablet, etc.).

3.2. Ligações de Comando e Controle

O sistema elétrico instalado no protótipo funciona com interruptores paralelos

ligados a um relé e o seu controle é feito manualmente ou através de um

microcontrolador.

Figura 7 – Ligação de acionamento das lâmpadas.

Fonte: Ilustração produzida pelos autores.

Figura 8 – Ligação Paralela (threeWay).

Fonte: Ilustração produzida pelos autores.

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3.3. Acionamento Remoto e Manual

São utilizados interruptores paralelos conectados há relês (NA/NF) em ligação

threeway permitindo o acionamento através de interruptores e/ou qualquer

dispositivo via web (PC’s, Smartphone, Tablet, etc.).

Para o acesso manual basta o usuário pressionar o interruptor

correspondente ao recurso que deseja acionar;

Para o acesso via Ethernet basta acessar o endereço IP pré-

estabelecido e programado no controlador, neste caso no Arduino. A

conexão é feita utilizando-se um Shield Ethernet acoplado ao

controlador e se comunica via cabo de pares transados (classe 5E) a

um roteador que pode ou não estar conectado a internet;

Para o acesso via internet deve ser feito um cadastro alocado a um

servidor de DDNS (Dynamic Domain Name System) e configurar o

roteador onde ele irá redirecionar e verificar o acesso de usuários

externos.

Ao acessar via remoto, o usuário terá uma interface com todas as aplicações

que foram utilizadas no protótipo/projeto.

3.4. Elementos Comandados

Os elementos comandados que iremos acionar são:

07 lâmpadas de LED 09W 127V, sendo 05 em ambientes internos e 02

no ambiente externo;

01 cooler de computador simulando o sistema de ventilação, e;

01 drive de CD-Room simulando um portão de garagem.

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3.5. Montagem

Na construção e montagem deste protótipo foram utilizados os seguintes

materiais: Madeira MDF de 18mm, 15mm e 06mm nas cores Gesso e Decorado;

Cantoneira de Alumínio 3,8x3,8mm; Policarbonato translúcido de 03mm, e; Acrílico

de 06mm. Para a junção das peças, utilizamos parafusos 4x40mm, cola madeira,

cola quente.

Para o acabamento da parte interna e externa utilizamos: Adesivo simulando

telhado; EVA diversas cores para o piso e, brinquedos simulando móveis e veículos.

3.6. Viabilidade Prática

Em referência a parte física, percebemos a ausência de ferramentas que

poderiam ter facilitado o processo de montagem do protótipo e até mesmo uma

limitação em referência aos materiais disponíveis. Na parte lógica programável, por

falta de tempo hábil, não iremos implementar o sistema de senha de acesso.

Acreditamos que este projeto mostrou-se viável e de fácil execução, mesmo

havendo dificuldades durante a sua elaboração e construção, não o torna complexo.

Uma pessoa que tenha conhecimento básico em programação C/C++ e elétrica terá

condições e realizar o mesmo trabalho sem muito esforço.

4. VIABILIDADE ECONÔMICA

Por se tratar de algo novo e pouco divulgado no Brasil, o custo para a

instalação e utilização da Domótica para usuários pertencentes à classe média não

tem sido de fácil acesso, pois, hoje no mercado brasileiro há uma quantidade

limitada de empresas especializadas que disponibiliza este tipo de serviço.

A automação residencial é feita de acordo com as preferências de casa

usuário, o que resulta no custo final do projeto, quanto mais itens e recursos a serem

acionados de forma remota, maior será o valor a ser investido.

Tendo em vista uma automação simples com o acionamento das lâmpadas,

do sistema de ventilação e do portão de entrada, devemos calcular o valor

necessário para comprar os itens da parte física (unidade controladora, acionadores,

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lâmpadas, cabos, etc.) e o valor estimado da parte não física (planejamento,

programação, execução) do projeto, sendo relevante a situação da estrutura

predial/elétrica existente na residência do usuário. Podendo ter um custo

aproximado de R$5 mil a R$15 mil reais dependendo dos componentes utilizados e

dos requisitos de programação que devem ser satisfeitos para o cliente.

5. IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS

A inclusão social consiste em um processo de transformações que ocorrem

em prazos diferentes, na mentalidade dos indivíduos. (Eloy, S. 2010).

A habitação tem tido necessidade de se adaptar aos novos padrões de

ocupação da sociedade, onde a tecnologia tem aparecido para facilitar esse

processo com o uso da Domótica. A Domótica tem como objetivo essencial

simplificar a vida dos usuários da residência onde suas aplicações estão inseridas,

facilitando a comunicação e a aquisição de informações e aumentando os seus

níveis de conforto, segurança e gestão do consumo energético e hídrico na

realização das tarefas do dia-a-dia.

As aplicações da Domótica possibilitam que pessoas com deficiência ou

capacidade limitada de locomoção possam continuar morando em suas casas, com

conforto e ajuda na realização de tarefas, proporcionando um sentimento de poder e

auto-estima. Onde consigam acender as luzes, ligar ou desligar o ar condicionado,

abrir ou fechar uma persiana ou simplesmente acionar o sistema de irrigação do

jardim com o menor esforço possível em segurança e reduzindo a possibilidade de

um acidente. Estas aplicações também podem ser feitas por comando de voz,

sensores de presença ou temperatura, controles remotos e/ou dispositivos móveis,

que terão todas as funções pré-definidas através de uma programação que atenderá

as necessidades especificas de cada caso e usuário.

A inclusão social também é proporcionada, traduzindo-se em maior

participação na comunidade através das redes sociais. A carga psicológica

envolvendo a família, nesses grupos, bem como os serviços de assistência pessoal,

pode ser reduzida com o uso de equipamentos que auxiliam no monitoramento dos

sinais biológicos através de dispositivos dedicados, seja em pulseiras ou roupas,

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significando um recurso prático para o caso de emergências, onde o usuário, ao

ativar o aparelho, aciona um serviço de pronto atendimento.

O conforto pode ser comprometido de forma imperceptível, através da gestão

automatizada dos recursos naturais de um domicílio, o que pode ser visto em

algumas aplicações, como a diminuição ou desligamento automático da iluminação

em determinado ambiente ou regulação do uso de aparelhos de controle de

temperatura. A utilização de sistemas solares e estratégias bioclimáticas associadas

à Domótica também podem garantir um melhor aproveitamento da energia, como o

acionamento de tetos solares de acordo com as condições ambientais – abrindo o

mesmo para facilitar a entrada de luz solar ou o fechando em caso de chuva para

evitar a entrada da água no ambiente.

6. RELATÓRIOS E MATERIAIS GASTOS

Item Quantidade Unidade Valor

aproximado Origem

MDF Branco 15mm 2 m² R$

80,00 Madeireira RM

MDF Branco 6mm 0,5 m² R$

7,00 Madeireira RM

MDF Decorado 18mm 0,5 m² R$

30,00 Madeireira RM

Fita Acabamento

branca 8 m²

R$

4,00 Madeireira RM

Fita Acabamento

Decorada 1 m²

R$

5,00 Madeireira RM

Cola adesiva 50 ml R$

2,00 Madeireira RM

Cantoneira pass. Fio

pvc 3 m² - SENAI

Parafusos 4x40 58 unidade R$

5,00

Rei dos

Parafusos

Policarbonato 3 mm 1 m² - SENAI

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Acrílico 6 mm 1 m² - Doação

Cantoneira Alumício 6 m² - SENAI

EVA 1,5 m² R$

9,00 Porte

Adesivos 2 m² R$

24,30 Qualicopias

Interruptor Triplo

Simples 6 unidade - SENAI

Espelho interruptor 2 unidade - SENAI

Cabo 1mm 30 m - SENAI

Modulo de Relé com 8 1 unidade R$

47,00 DealExtreme.com

Modulo de Relé com 2 1 unidade R$

12,90 DealExtreme.com

Arduino Mega 2560 1 unidade R$

36,00 DealExtreme.com

Ethernet W5100 R3 1 unidade R$

58,48 DealExtreme.com

Modem Wireless 1 unidade R$

156,48 Ricardo Eletro

Tomada Macho 1 unidade R$

2,50 Eletro Betim

Caixa de Distribuição 2 unidade - SENAI

Cooler 1 unidade - Sucata

Drive CD 1 unidade - Sucata

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A tecnologia e suas perspectivas de evolução, cada vez mais presentes no

dia-a-dia da sociedade, têm influenciado diretamente em nosso modo de viver,

pensar e agir. Exemplo disso é que há alguns anos atrás, não se imaginava que o

celular e/ou dispositivos móveis seriam elementos indispensáveis ao nosso

cotidiano. Hoje é difícil imaginar um automóvel, por mais simples que ele seja, que

não tenha itens e acessórios como: injeção eletrônica, trava e vidros elétricos,

direção hidráulica, alarme e sensor de ré. Todos estes itens antigamente tratados

como supérfluo por muitos, atualmente são considerados como básico por muitos,

sem, falar do maior conforto e segurança.

O fato é que a modernidade já atinge os lares brasileiros e a Domótica já é

uma realidade que proporciona total conforto e segurança ao morador. Mas para que

esta nova tecnologia possa ser usufruída por todos, é necessário uma infra-estrutura

adequada para receber a infinidade de recursos disponíveis no mercado.

Para o grupo, este projeto trouxe uma visão mais ampla e nova sobre como

lidar com trabalho em equipe, assim como, com as adversidades que apareceram

em seu desenvolvimento. Buscamos aprimorar nossos conhecimentos e

aprendemos a utilizar novas ferramentas de trabalho. Chegamos até aqui porque

todos nós estávamos envolvidos no processo de desenvolvimento deste projeto,

onde a opinião de cada um era levada em consideração e as decisões eram

tomadas de forma democrática.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Bolzani, Caio Augutus Morais, Residência Inteligentes, Domótica, Redes

Domésticas, Automação Residencial, 1ª Edição, São Paulo, Editora Livraria da

Física, 2004.

[2] AURESIDE (Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial) -

http://www.aureside.org.br.

[3] TEZA, Vanderlei Rabelo, Alguns Aspectos sobre Automação Residencial -

Domótica, Dissertação de mestrado, Santa Catarina, 2002, Programa de Pós-

Graduação em Ciência da Computação da Universidade de Santa Catarina.

[4] Futura Profissão - Técnica em Automação Industrial e Técnico em Mecatrônica,

Canal Futura. Disponível em: https://youtu.be/__Fbgg4F7Zs.

[5] SRA Engenharia Blog – Histórica da Automação Residencial. Disponível em:

www.sra.eng.br.

[6] GDS Automação - www.gdsautomacao.com.br.

[7] Arduino - http://playground.arduino.cc/Portugues/HomePage.

[8] Eloy, S.; Plácido, I.; Nunes, R. Utilização de domótica na estratégia de

sustentabilidade social e ambiental, Proceedingsofthe 1º Congresso Internacional de

Habitação no Espaço Lusófono (CD), ISCTE - IUL, September 22-24 2010.

[9] Embarcados - http://www.embarcados.com.br.


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