CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE
Nódulo da tireóide :
Palpável em 4 a 7% dos adultos americanos
aumentam 0,08% / ano
Identificável em aprox. 50% das autópsias
Ecografia de alta resolução :
50% dos individuos com mais de 50 anos +
Nódulo da tireóide
Grande maioria é benigna1% da totalidade dos cancros no humano< 0,5% da mortalidade por cancroTaxa de incidência cancro tir.: 4/100.000/ano
...mas post-morten: 6-28% cancros da tiroide (papilares)
COMO DECIDIR
FOBIA DO CANCRO
COMO ACTUAR
DILEMA
BENIGNIDADE MALIGNIDADE
AnsiedadeResponsabilidade
Custos
Estudo sistemático?Onde parar?
AVALIAÇÃO CLÍNICA
A maioria são assintomáticosauto-exame“incidentalomas”
Alterações clínicas dependentes de :Presença de massa cervical
compressãoinvasão
Alteração funcionalhipertireoidismohipotireoidismo
Nódulo da tireóideAVALIAÇÃO CLÍNICA
Factores de risco
Nódulo único/BMNIdadeIrradiação cervical préviaGeografiaSexoHistória familiarCaracterísticas do nódulo
TamanhoConsistênciaFixação
AdenopatiasParalisia das cordas vocaisSintomas compressivos
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS
ESTADO FUNCIONAL:
doseamento de TSH ( screening )
doseamento de T3 e T4 livres
CINTIGRAFIAI123 / Tc99
Nódulo frio não captanteNódulo normofuncionante isocaptanteNódulo quente hipercaptante
mais de 80% dos nódulos são “frios” - 20% malignos 10% dos nódulos são quentes - < 10% malignos
Permite imagem morfofuncional da glandula
Mau método para distinguir benignidade/malignidade
ECOGRAFIA
Muito dependente do operador
Permite distinguir lesões > 3mm
Permite caracterizar :
sólidas
císticas
simples
complexas
calcificações
SEM INTERESSE PRÁTICO NA DISTINÇÃO
BENIGNO / MALIGNO
CITOLOGIA POR BIÓPSIA ASPIRATIVA
Procedimento de escolha no estudo de nódulos tireoideus
Boa compliance dos doentesSeguro ( baixa morbilidade )Baixos custosFacilmente repetívelAlta sensibilidade e especificidade
Coloração por Papanicolaou e GiemsaComplementado por
imunocitoquimicacolorações especiais
NODULO TIREOIDEU
BAAF
Cisto Nodulo coloide Tireoidite linfocitica Maligno Tumor folicular Material insuf.
C. papilar C. Anaplastico C. Medular Linfoma Metastase Adenoma Carcinoma
C is to N ó d u lo c o lo id e T ireo id ite lin foc it ic a
C . p ap ila r C . A n ap las tico C . M ed u la r L in fom a M etas tase
M a lig n o
A d en om a C arc in om a
Tu m or fo lic u la r M a te ria l in s u f.
B A A F
N Ó D U L O TIR E O ID E U
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C is to N ó d u lo co lo id e Tireo id ite lin foc it ica
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M alig n o
A d en om a C arc in om a
Tu m or fo licu la r M ate ria l in su f.
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Citologia
A nossa experiência
CitologiaSensibilidade - 58.0%
Especificidade - 98.0%
Valor preditivo + - 80.0%
Valor preditivo - - 93.0%
com tumores folicularesn = 956
CitologiaSensibilidade - 76.0%
Especificidade - 97.0%
Valor preditivo + - 96.3%
Valor preditivo - - 80.4%
sem tumores folicularesn = 743
CITOLOGIA POR BIÓPSIA ASPIRATIVA COM AGULHA FINA
Maior limitação:
Tumor folicular
adenoma vs carcinoma
histologiainvasão vascularinvasão da capsula
?
Tumores tireoideus
Questões importantes na sua classificação:
1- serão alterações nucleares minor ( de tipo papilar ) suficientes para o diagnóstico da variante folicular de carcinoma papilar ?
2 - serão graus minimos de invasão da capsula suficientes para o diagnóstico de malignidade ?
Proposta de classificação segundo Dillwin Williams
Follicular adenoma (FA)
Follicular carcinoma (FC)
Papillary carcinoma (PTC)
Well-Differentiated carcinoma NOS (WDC-NOS)Well-Differentiated carcinoma NOS (WDC-NOS)
Well-Differentiated Tumor of Uncertain Malignant Potential Well-Differentiated Tumor of Uncertain Malignant Potential
(WDT-UMP)(WDT-UMP)
Follicular Tumor of Uncertain Malignant Potential (FT-UMP)Follicular Tumor of Uncertain Malignant Potential (FT-UMP)
PTC-type nuclear changes Capsular invasion Diagnosis
ObviousDefiniteQuestionableAbsent
PTC-FV
QuestionableDefiniteQuestionableAbsent
WDC-NOS WDT-UMP WDT-UMP
AbsentDefiniteQuestionableAbsent
FC FT-UMP FA
Dillwyn Williams
FACTORES DE PROGNÓSTICO NO
CANCRO DA TIREÓIDE
FACTORES DE PROGNÓSTICO NO CARCINOMA BEM DIFERENCIADO DA TIREÓIDE
FACTORES CLINICO-PATOLÓGICOS
• Idade– Factor de prognóstico mais importante– Idade piora prognóstico
• Sexo
• Tamanho– > 4 cm maior metastização pior prognóstico
• Extensão extratireoideia • Diferenciação tumoral
– A maioria são de baixo grau– A presença de áreas de menor diferenciação (>10%)
• Agrava prognóstico
• Multifocalidade– Aumenta a probabilidade de :
• Metastização ganglionar• Recorrência local• Recorrência regional • Metastização à distância • Mortalidade
• Invasão vascular– Maior incidência de :
• Metastização à distância• Recorrência
• Metástases– Ganglionares
• Estudos contraditórios relativamente á sua importância (importantes se relacionadas com outros factores)
– À distância
• Tratamento– Vantagem da tireoidectomia total por
• Multicentricidade• Envolvimento ganglionar• Menor tecido tireóideu para ablação por I131
A maioria dos clínicos acredita que um tratamento agressivo inicial leva a sobrevida sem doença em mais de 90 % dos doentes
• Subtipos histológicos– C. Papilares melhor prognóstico que c. Foliculares
• Há autores que afirmam não haver diferença se os doentes forem agrupados por
– Idade– Estadio
– Variantes de melhor prognóstico no carc. Papilar• Microcarcinoma• Cístico• Capsulado
– Variantes de pior prognóstico no carc. Papilar• Células altas• Células colunares• Esclerosante difuso
SCORES PARA PROGNÓSTICO
• Nenhum é completamente eficaz na previsão do prognóstico– Factores comuns importantes
• Idade• Extensão extratireóideia
AGES• A age• G grade• E extent of the tumor
• Local• Distância
• S size
• 4 grupos– Grupo 1 (86% dos doentes) mortalidade < 1 %– Grupo 4 mortalidade 95 %
AMES
• A age• M distant metastases• E extent of the tumor
• Local• Distância
• S size
• 2 grupos – Alto– Baixo risco
TNM
• 4 estadios
• 2 grupos– < 45 anos
• Apenas estadio I e II• Independentemente do T ou N ( apenas M0 ou
M1)
– >= 45 anos
CARCINOMAS DIFERENCIADOS DA
TIREÓIDE
Carcinoma papilar da tireóide
Diagnóstico pré-operatório
Tireoidectomia total vs lobectomia+istmectomia
Vantagens:
multifocalidade
bilateralidade
tratamentos complementares
I131
frenação de TSH com L-T4
seguimento
Carcinoma papilar da tireóide
Diagnóstico diferido após lobectomia + istmectomia
? Quando não totalizar?
Carcinoma papilar < 1,5 cm
Carcinoma folicular minima/ invasivo < 2 cm
Intratireoideu
Unifocal
Sem metastases
Após lobectomia+istmectomia
Doentes de muito baixo risco
Seguimento:
Clínico
LT4 para frenação de TSH ?
Ecografia ???
Terapêutica ablativa com I131
Indicada em todos os doentescom excepção daqueles de muito baixo risco
carcinomas totalmente ressecados e
< 1,5 cm
intratireoideus
unifocais e
sem metastases
Terapêutica ablativa com I131
Vantagens:Eliminação de focos neoplásicos microscópicosFacilita detecção de recidiva localPermite detecção de metástasesAumenta especificidade do doseamento da Tg
Em doentes de mais alto risco:Reduz as taxas de recidiva e de mortalidade
Cintigrafia diagnóstica
?
Terapêutica com levotiroxina
Frenação de TSH
Doentes de baixo risco
Benéfico??? .... Só substituição ?
Riscos:
Cardíaco
Ósseo
vigilância da densidade óssea
terapêutica com bifosfonatos ?
Seguimento
Deve ser continuado toda a vida
Recorrências tardias
Efeitos laterais
levotiroxina
I131
Médico de família ???
SeguimentoTireoglobulina
Influência dos anticorpos antitireoglobulina
devem ser sistematicamente doseados
devem reduzir na ausência de doença
subida secundária sugere doença de novo
indicador precoce e fiável
Baixa sensibilidade se TSH
Muito alta sensibilidade se TSH
SeguimentoImagiologia
Ecografia cervicalalta sensibilidade em met. gang. cervicaisdeve ser efectuada 6-12 meses após I131
Se Tg(sob estimulação) e ecografia negativasValor preditivo negativo
100%
SeguimentoImagiologia
FDG-PET
Útil na detecção de metástases se cintigrafia negativa
Maior sensibilidade sob rhTSH
Captação de FDG mais frequente em tumor que não fixa I131
Fixação intensa
Pior prognóstico
Seguimento
Após cintigrafia negativa:
Se Tg (sob estimulação) negativa
Desnecessário repetir cintigrafia
Seguimento
Doentes de baixo riscoTireoidectomia totalTerapêutica ablativa com I131 Sem evidência de doença residualTg indoseável sob terapêutica de frenaçãoSem atcs. antitireoglobulina em circulação
Se Tg sob estimulação de TSHIndoseável
Indicador seguro de ausência de doença
SeguimentoTireoglobulina
Sob tratamento com LT4 não é fiável
falsos negativos
Sob estimulção de TSH é suficiente para determinar a orientação dos doentes de baixo risco
Suspensão de LT4 ou rhTSH ???