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Page 1: Cavidade Oral e Fluidoterapia

Clínica de animais de companhia

Cavidade oralNeoplasias

MELANOMA – Maior incidência Diagnostico macroscópico: massa mole friável pode ser enegrecida.Confirmação citológica ou Histopatológica.Tratamento cirúrgico ou quimioterápico ou criocirurgia (não tem eficiência se o tumor infiltrar o osso).

Carcinoma de células squamosas relativamente comum em bocaPrincipalmente no gato.Tratamento cirúrgico.

Fibrossarcoma Mastocitoma

Papiloma tratado com Tuia.

Epúlide tratamento Cirúrgico

Doença PeriodontalBem comum em animais com focinho curto (maltes, Yorkshire) e animais idosos.Possui quatro graus.Sintomas: Halitose, gengivite, exposição da furca (raiz do dente), cálculos dentários (biofilme mineralizado).Diagnostico: Aplicação de corante indicam onde tem acumulo de biofilmepra facilitar a extração.Complicações: Endocardite, nefrite, glomerulite, discoenpondilite, artrite, meningite.

TRATAMENTORaspagem do dente (tem que trabalhar com o motorzinho de lado pq na ponta a pressão fica em um único ponto aí quebra o dente), aplainamento radicular, gengivectomia, polimento, exodontia.Medicação pré-operatória: antibioticoterapia e antisépticos: Periogard , amoxilina –clavulanato (indicado nos tratamento na cav. oral), Clidamicina (contra indicação em nefropatas), Metronidazol (mais barato), Ampicilina (emergencia), Spirophan CARO!

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Prevenção: Escovação do dente, Raspagem natural com biscoitos, brinquedos plásticos ..., controle químico (sabão e flúor, Hexametafosfato).

Periodontopatia (gengivite e/ou periodontite)Definição: a periodontopatia é a causa mais comum de infecções oral e perda de dentes em cães. A gengivite é uma inflamação reversível da gengiva e a periodontite envolve uma inflamação mais profunda, com perda da sustentação dentária e danificação permanente. Etiologia: a placa dentária é o fator etiológico primário responsável pela gengivite. A formação da placa supragengival se inicia com a adesão de bactérias a uma película de ácido glicoprotéico que se precipita da saliva sobre as superfícies do esmalte. Os microorganismos específicos predominantes nos cães são anaeróbicos gram-negativos. A periodontite se desenvolve como seqüela de gengivite persistente.

Agentes Comuns: Bacterioides asaccharolyticus, Fusobacterium nucleatum, Actinomyces viscosus e Actinomyces odontolyticus.9 Veterinarian Docs

Sinais Clínicos: mudança na coloração da gengiva (hiperemia) e pode-se ter hiperplasia gengival, dentes móveis, abscessos periodontais, inchaço facial, halitose, disfagia, sialorréia e perda de dentes.

Diagnóstico:-Anamnese e História Clínica;-Exame Físico: exame oral e periodontal completo;-Exames Complementares: radiografia;

Tratamento:-Cirúrgico (remoção dos cálculos dentários supragengival e subgengival);-Higiene oral diária;-Antibióticos:

Profilaxia:-Higiene oral diária;-Lavar a boca do animal com solução de clorexidina a 0,2% (Nolvsan®- Fort Dodge ou Periogard®) pós-cirurgia por 2 semanas. -Recomenda-se a extração dos cálculos dentários anualmente ou semestralmente.

Gengivite/Faringite Linfocítica Plasmocitária FelinaDefinição: inflamação com proliferação gengival acentuada e presença de úlceras;

Causas:-Idiopática;

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-Calicivírus, herpesvírus e panleucopenia felina;-Estímulo inflamatório gengival prolongado;

Sinais Clínicos:Anorexia, halitose, gengivite marginal (linha vermelha na junção da coroa do dente com a gengiva), salivação, inapetência, desidratação, hiperemia em faringe, proliferação e sangramento fácil;

Diagnóstico:-Anamnese e História Clínica;-Exame Físico;-Exames Complementares:-Biópsia: encontra-se infiltrado linfo-plasmocitário com número menor de linfócitos, neutrófilos e histiócitos.-Laboratorial: hiperglobulinemia (provavelmente indica base imunomediada para a doença);-Radiografia dentária;Diagnóstico Diferencial:-Neoplasias orais;-Causas sistêmicas de perda de peso;-FIV e FeLV;-Tratamento:-Limpeza oral: clorexidina tópica 0,2% (Nolvsan®- Fort Dodge ou Periogard®);-Antibióticos

-Sialocele ou MucoceleDefinição: é o acúmulo de saliva no subcutâneo causado por obstrução e/ou ruptura do ducto salivar.

Anatomia e Fisiologia: as maiores glândulas salivares do cão e do gato são as parótidas (pares), a mandibular, a sublingual e a zigomática. A saliva do cão e do gato não possui atividade enzimática, a saliva apenas amolece e lubrifica o alimento para o estômago. A saliva também funciona no umedecimento da membrana da mucosa oral, que é de importância para a perda de calor no cão.Causa: traumática ou idiopática.Locais: os locais de mucoceles incluem mucoceles cervicais, mucoceles sublinguais (rânula) e menos comumente, regiões faríngea e orbital.Características: edema volumoso e em geral indolor, sob a mandíbula, língua ou laringe.

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Sinais Clínicos: disfagia, náusea, dispnéia, exoftalmia, estrabismo e inchaço indolor (mucocele zigomático);

Diagnóstico:-Anamnese e História Clínica;-Exame Físico (palpação)-Exames Complementares: aspiração por agulha fina e radiografia (sialografia contratada).

Tratamento: drenagem da massa ou excisão cirúrgica (com posterior colocação de dreno para a não formação de seromas) da glândula salivar. Ocasionalmente, a sialocele não recidivará após a aspiração.

EstomatiteDefinição: úlceras ou erosões presentes na cavidade oral.

Etiologia:-Lesão física (corpos estranhos);-Lesão química (bases fortes, ácidos, destilados de petróleo e fenóis);-Lesão induzida por drogas ou toxinas (envenenamento com metal pesado e ingestão de Dieffenbachia – comigo ninguém pode);-Infecção (herpesvírus e calicivírus felino, estomatite necrosante ulcerativa e nocardiose);-FIV e FeLV;-Distúrbios auto-imunes (lúpus eritematoso e pênfigo);-Neutropenia (neutropenia cíclica e leucemia);-Deficiências nutricionais (deficiência de niacina);-Idiopáticas (estomatite plasmocítica felina e complexo granuloma eosinofílico); -Insuficiência Renal Crônica (uremia);

Sinais Clínicos: saliva grossa, halitose e anorexia (devido a dor);

Diagnóstico:-Anamnese e História Clínica;-Exame Físico;-Exames Complementares:-Biópsia;-Hemograma e bioquímica sérica;11 Veterinarian Docs-Tratamento:-Tratamento da causa primária;

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-Uso de clorexidina tópico 0,2% (Nolvsan® Fort Dodge ou Periogard®);

FLUIDOTERAPIATratamento de suporte que visa a restauração do equilíbrio hidroeletrolítico e ácidobásico.

Objetivos:*Melhorar a perfusão tecidual*Reparar o déficit de fluido*Ajustar os distúrbios eletrólitos e acidobásico.

São dividias em 3 categorias: Reposição, manutenção e Emergencial.1. Reposição

Utilizada em pacientes desidratados sem apresentar sinais clínicos de choque. Usa-se soluções cristaloides.

2. ManutençãoÉ utilizada quando o déficit hídrico já foi reposto. O vol. de fluido a ser empregado nesta fase é calculado com relação as necessidades diárias.

3. EmergencialUtilizada apenas em pacientes com sinais de hipotensão severa e sinais de choque. São utilizadas as soluções cristaloides administradas rapidamente em grandes volumes; soluções cristaloides em concentração hipertônica (salgadão); soluções coloidais e soluções cristaloides associadas as soluções coloidais.

Volume de sangue total emCães:8% do peso Gato 7% do peso.

Desidratação: perda de fluido é maior que sua ingestão.Tipos:

1. Isotônica: há dominuição proporcional de água e sais, permanecendo a osmolaridade inalterada. Ocorre em choque hipovolêmico, diabetes melitos, doença renal...

2. Hipotônica: há diminuição da concentração de Na+ no FEC, e consequente diminuição da osmolaridade do espaço extracelular e ingurgitamento celular. Ocorre em Hipoadrenocorticismo ou uso excessivo de diuréticos.

3. Hipertônica: há aumento da perda de água, diminuição de perda de sais, aumento na concentração de Na+ no FEC e saída de líquido das células, tornando-se o meio extracelular hiperosmolar. Ocorre em situações de calor excessivo ou exercício intenso, salivação excessiva, convulsões, enfermidades que cursem com febre intensa, DIABETES INSÍPIDO...

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Diagnostico de desidratação: Teste da elasticidade cutânea.Graus de desidratação:Suave 5 a 6% disturbios gastrointestinais, vomitos ...Moderada 6 a 8% Vomito moderado, diarreia moderada...Severa 10 a 12% Vomito severos, diarreia severa, anorexia, insuficiência renal cronica...Choque 12 a 15% Hemorragias, queimaduras...

Soluções Coloidais: contém grandes partículas que não conseguem atravessar facilmente as paredes dos vasos. Tais partículas quando administradas por via intravenosa, mantém, e por vezes atraem fluidos para o espaço intravascular expandindo o volume plasmático. Quando as soluções coloidais são empregadas em conjunto com a solução de salina hipertônica, ocorre aumento na duração dos efeitos da solução hipertônica, e redução no volume de cristaloides necessário para manter a pressão arterial sisteêmica e a perfusão tecidual.


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