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Descobrir Portugal  Verão 2011

Santarém

A Igreja do Santíssimo Milagre, também conhecida como Igreja de

Santo Estêvão, situa-se no centro histórico de Santarém, na freguesiade Marvila. Este templo, fundado no século XIII, adquiriu o seu actualaspecto maioritariamente renascentista no século XVI, em resultado da

destruição provocada por um  sismo. A igreja passou a ser designadapela actual denominação após a ocorrência do Santíssimo Milagre, em1266, na paróquia  que então a tinha como sede. Desde então, arelíquia do Milagre, objecto de grande veneração popular, permaneceaqui guardada. A igreja é Monumento Nacional desde 1917.

Largo do Milagre, Marvila, 2000 069 Santarém

A Ermida do Santíssimo Milagre situa-se em Santarém, no centro histórico da cidade,na proximidade da Igreja de Santo Estêvão. Este pequeno templo, fundado no séculoXVII, foi erigido no local onde, segundo a tradição, se erguia a casa da mulher quecometera o sacrilégio que esteve na origem do Santíssimo Milagre

 

, ocorrido em 1266. Actualmente, a relíquia  do milagre encontra-se exposta na  Igreja de Santo Estêvão (conhecida hoje como Santuário do Santíssimo Milagre).

História do Santíssimo Milagre de Santarém 

Corria o ano de 1247, em Santarém, então vila de Portugal, vivia uma pobre mulher, aquem o marido muito maltratava, andando desencaminhado com outra. Cansada desofrer, foi pedir a uma bruxa judia que, com os seus feitiços, desse fim à sua triste sorte. Prometeu-lhe esta remédioeficaz, mas necessitaria de uma Hóstia Consagrada.

Depois de naturais hesitações, a pobre mulher foi à Igreja de Santo Estêvão,confessou-se e, recebida a Sagrada Partícula, com suma cautela a tirou da boca,embrulhando-a no véu. Saiu prestes da Igreja, e encaminhou-se para a casa dafeiticeira. Mas, então, sem que ela o notasse, do véu começou a escorrer Sangue,que, visto por várias pessoas, as levou a perguntará infeliz que ferimentos tinha.Confusa em extremo, corre para casa, e encerra a Hóstia Miraculosa numaarca.Passou o dia, entrentanto, e, à tarde, voltou o marido. Alta noite, acordam osdois, e vêem toda a casa resplandecente. Da arca saíam misteriosos raios de luz.Inteirado o homem do acto pecaminoso da mulher, de joelhos, passaram o resto danoite, em adoração.

Mal rompeu o dia, foi o pároco informado do prodígio sobrenatural. Espalhado osucesso, meia Santarém acorreu pressurosa a contemplar o Milagre. A SagradaPartícula foi então levada, processionalmente, para a Igreja de Santo Estêvão, ondeficou conservada dentro de uma espécie de custódia feita de cera. Mas, passadotempo, ao abrir-se o sacrário para expor à adoração dos fiéis, como era costume, oSanto Milagre, encontrou-se a cera feita em pedaços, e, com espanto, se viu estar aSagrada Partícula encerrada numa âmbula de cristal, miraculosamente aparecida.

Esta pequena âmbula foi colocada numa custódia de prata dourada onde ainda hojese encontra. Santo Estêvão é agora o Santuário do Santíssimo Milagre.

 

COM APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA

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A Igreja de Santa Maria da Graça, igualmente conhecida comoIgreja da Graça ou como Igreja de Santo Agostinho, localiza-se noLargo Pedro Álvares Cabral  (também conhecido como Largo daGraça), em pleno centro histórico da cidade de Santarém. A igreja,inserida no conjunto do convento dos Eremitas Calçados de SantoAgostinho, é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade,constituindo um dos mais importantes exemplares da  arte gótica 

no país. Neste templo, Monumento Nacional  desde 1910,encontra-se sepultado Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil. 

A Igreja de Santa Maria de Marvila localiza-se em pleno centro históricode Santarém, na freguesia de Marvila, em Portugal. Está situada junto ao largo conhecidoanteriormente como Praça Nova, onde se localizavam os Paços do Concelho  na  IdadeMédia. A igreja, que remonta à reconquista  cristã, era uma das mais importantes daantiga vila. O templo actual, representativo do manuelino e do renascimento

 

, é fruto dasvárias campanhas construtivas que foi sofrendo ao longo do tempo. Encontra-seclassificada como Monumento Nacional desde 1917.[1] 

O Castelo de Santarém, no Ribatejo localiza-sena cidade de mesmo nome, freguesia deMarvila, Concelho e  Distrito de Santarém, emPortugal. (Largo do Barão e Rua Pedro

Canavarro - Muralhas e Portas de Santarém (vestígios).Em sítio privilegiado em termos estratégico-defensivos, com fácil acesso aorio e cercado por solos férteis para a agricultura, o castelo era integranteda chamada  Linha do Tejo  à  época medieval. Atualmente restam apenasalguns troços das suas muralhas e a chamada Torre das Cabaças. 

Castelo de montanha, com elementos do estilo românico  e do estilo gótico, era primitivamente integrado pelorecinto da alcáçova  e pela muralha  da vila, defendida por uma barbacã. Também possuiam cerca os bairrosribeirinhos da Ribeira e do Alfange. A cerca da vila era rasgada por sete portas, determinadas pelas sete vias deacesso: 

Porta de Santiago, de acesso à Ribeira;Porta do Sol , de acesso ao Alfange;Porta da Alcáçova;Porta de Leiria;Porta de São Manços e postigo de mesmo nome;Porta de Alpram ou de Alporão, de acesso a Marvila;

Porta de Valada.

Destas, restam apenas vestígios das duas primeiras. Um brasão de armas dePortugal, ladeado por uma epigrafia (atualmente mutilada e ilegível) ladeia osrestos das ogivas, interna e externa, da Porta de Santiago. Outras referênciasexistem à Porta de Atamarma (de acesso à Ribeira), à Porta das Figueiras, aoPostigo de Gonçalo Eanes (da Carreira ou de D. Margarida), ao Postigo de SantoEstevão, ao Postigo de Vale de Rei , ao Postigo de Gonçalo Correia (na muralha quedelimitava uma zona intermédia entre a Alcáçova e Marvila, à sombra da Igreja deSão Martinho), e o Postigo do Ferragial (em Marvila).

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Das primitivas  torres  são referidas a Torre do Bufo, na  Alcáçova, a Torre de Manços e a  torre albarrã ou tambémdenominada como torre de menagem, junto à Alcáçova. Chegaram aos nossos dias:

o recinto junto à Porta do Sol  com três torreões coroados por merlões, que se prolonga sobranceiro ao vale doAlfange, na ribeira, integrado por uma guarita seiscentista em um dos vértices;troços de muralha junto à Porta da Traição, no monte sobranceira à Fonte das Figueiras;troços da cerca da vila na escola primária de Marvila (bairro do Pereiro) e fronteiros à igreja dos gracianos.

o chamado Cabaceiro ou Torre das Cabaças. 

Desses vestígios conclui-se que as muralhas medievais apresentavam panos verticais, coroados por merlõesprismáticos, rasgados por seteiras  e reforçados a espaços regulares por baluartes  de planta  quadrangular esemicircular e por torres quadrangulares. As portas de acesso apresentavam vão em arco quebrado. Com relação àfortificação seiscentista, em estilo maneirista, era integrada por um revelim  de planta triangular, com panos emtalude e guarita encimada por cúpula no vértice.

A Torre das Cabaças, também conhecidasimplesmente como Torre do Relógio, localiza-sena freguesia de Marvila, cidade de Santarém, 

Concelho e Distrito de Santarém, em Portugal. Aatual torre-relógio remonta ao reinado de D.Manuel I (1495-1521), sendo datada de meados doséculo XV. Foi erguida a partir de uma estruturadefensiva envolvente da Porta do Alporão, que se rasgava nas muralhas doCastelo de Santarém. O nome "das Cabaças" fixou-se popularmente a partir defins do século XVIII, devido à colocação de oito cabaças  de barro em umaestrutura de ferro  que suporta um sino  de bronze  de grandes dimensões,fundido em  1604. O povo identificou, jocosamente, essas cabaças às cabeças"ocas" dos seus vereadores municipais.

Encontra-se classificada como Monumento Nacional  por Decreto de 3 deFevereiro  de 1928. Atualmente encontra-se requalificada como "Núcleo

Museológico do Tempo", administrado pelo Museu Municipal de Santarém, exibindo exposição documental.

Jardim da República e Convento de S. Francisco

Vista geral da fachada principal do edifício conventual e da igreja.

O Convento de Nossa Senhora de Jesus do Sítio e a respectiva igreja, igualmente conhecida como Igreja do Hospital,situam-se em Santarém, na zona extra-muros da cidade. Este convento foi fundado por D. Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa, nos finais do século XVII, para albergar os frades da Ordem Terceira de São Francisco, que até

então residiam no  Convento de Santa Catarina do Vale de Mourol. O conjunto conventual foi edificado na zonaconhecida na época como Fora de Vila, no local onde anteriormente se situavam o Paço dos Arcebispos e a Ermidade Santa Maria Madalena. Mais tarde, já no século XIX, foi aqui instalado o Hospital de João Afonso, que aqui

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permaneceria até aos anos 80 do século XX. A igreja conventual é um dos melhores exemplos existentes do estilochão, corrente arquitectónica característica do maneirismo português. Anexa à igreja, situa-se a Capela da Ordem

Terceira de São Francisco, conhecida igualmente como Capela Dourada, que é considerada uma obra-prima dobarroco de estilo nacional, encontrando-se completamente revestida por talha dourada. A igreja conventual éMonumento Nacional desde 1923. Morada - Largo Cândido dos Reis

A Fonte das Figueiras situa-se na cidade de Santarém, na

freguesia de São Salvador, num vale entre o planalto,onde se erguiam os principais bairros da vila medieval, ea Ribeira. Esta fonte, Monumento Nacional desde 1910, éum dos raros exemplos que chegaram até aos dias dehoje da arquitectura civil  gótica  e de abastecimento deágua às populações na Idade Média portuguesa.

A fonte encontra-se localizada num ponto estratégicofundamental da vila medieval, dentro da antiga cinturade  muralhas que ligava a Porta de Atamarma, que davaacesso a Marvila, à  Ribeira, situada junto ao Tejo. Esta

obra data do século XIV, provavelmente do reinado de D.Dinis ou de D. Afonso IV, e resultou da acção conjunta doMunicípio e do Rei, facto comprovado pela presença das

respectivas pedras de armas.

A fonte, que se encontra adossada a um troço da antiga  muralha, temuma planta de forma quadrangular, delimitada por cunhais quesustentam um alpendre  ameado, com arco quebrado  aberto em cadaalçado. Estes arcos descarregam sobre colunas com capitéis vegetalistas.A cobertura da fonte é em abóbada  de cruzaria de ogivas. EstradaNacional 114


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