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editorial

highlight

baloubest o potente filho de baloubet durouet no brasil

internacionalo disputado

grande prêmio de bordeaux

3,00 € R$ 14,90

entrevistao talento do irlandês

billy twomey

Ano VI | Número 70 - 2014

#70

claudia raia ejarbas homem de mello

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ABOVE AND BEYOND

ABOVE AND BEYOND

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ABOVE AND BEYOND

ABOVE AND BEYOND

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4 | Mundo EquEstrE - luxo

Mundo EquEstrE luxo

editor

Afonso Westphal

diretoria executiva

Manuela Merico

assistente de redação

Lucas Panek

revisão

Lays CoutinhoLucas Panek

arte e diagramação

Editora Bemamostra

departamento comercial

Manuela Merico - [email protected]

Mileny Merico - [email protected]

+55 (41) 3203-1960 / (41) 8534-1492

endereço para contato

Rua Visconde do Rio Branco, nº 1630 - 705.

Bairro: Centro - Cidade: Curitiba - PR / Brasil - CEP: 80420-210 - Todos os direitos reservados.

Edição mensal - artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.

colaBoraçãoIvan Camargo - Luís Fernando Monzon

Manuelle Berger - Raphael Macek

mala direta para:Clube Hípico de Santo AmaroSociedade Hípica de BrasíliaSociedade Hípica ParanaenseSociedade Hípica Catarinense

Sociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica de Ribeirão Preto

Criadores Brasileiro de Hipismo

assine a revista mundo equestre luxo:Ligue para (41) 3203-1960 ou acesse o site: www.mundoequestre.com.br/assine

onde comprar?Livrarias Laselva (Aeroportos), Livrarias Cultura e Livrarias da Vila - Shopping Iguatemi JK (SP) e Pátio Batel (CWB).

Lojas especializadas:• Em São Paulo: maison du cavalier: Rua Quintana, 206 – São Paulo – Brooklin (dentro da Sociedade Hípica Paulista) / salto

e sela: Av. Santo Amaro, 1775 – São Paulo – Vila Nova Conceição / cia do cavalo: Rua Visconde de Taunay, 809 – São Paulo – Vila Cruzeiro / selaria villaça: Rua Pero Leão, 161 – São Paulo – Pinheiros.

• No Rio de Janeiro (RJ): maison du cavalier: Rua: Borges Medeiros, 2448 – Rio de Janeiro – Lagoa / • No Paraná (PR): selaria santa rosa: Av. Victor Ferreira do Amaral, 2299 – Curitiba – Tarumã (dentro do Jockey Club) / • No Rio Grande do Sul (RS): selaria santa rosa: Rua: Cel. Claudino, 10 casa12 – Porto Alegre – Cristal (dentro do Jockey Club) ecuyer: Av. Juca Batista, 4931 – Porto

Alegre (dentro da Sociedade Hípica Porto Alegrense) / • Em Santa Catarina (SC): cia do cavalo: Rodovia SC 401, 4677 – Florianópo-lis – Saco Grande II (dentro da Sociedade Hípica Catarinense) / agro agropecuária: Rua Blumenau, 126 – Brusque.

capa

Atores: Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello - Cavalo: Salamandra Baloubest - Proprietário: Gabriel Khoury

Foto: Raphael Macek - Stylist: Arno Júnior - Beauty: Henrrique Mello

Claudia Raia veste - Vestido: Patbo, sandálias: Schutz, cinto: Andre Lima e joias: H. Stern

Jarbas Homem de Mello veste - Calça, blazer, camisa e

gravata: Camargo, cinto: Horse Shop e sapato: Democrata.

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caro leitor,

O final de fevereiro e início de março marcam, para os praticantes

dos esportes equestres, o início do calendário hípico 2014. Hora de

retomar a rotina de treinos, ajustar os detalhes dos equipamentos

e afinar a comunicação com seu cavalo para um ano de novos

objetivos e conquistas.

Para ajudá-lo nessa meta e sabendo da im-

portância do quesito “experiência” em nosso

esporte, trazemos como entrevistado o talen-

toso e experiente cavaleiro ir landês Bi l ly Two-

mey. Ídolo nacional e um dos melhores atletas

do mundo, Bi l ly revela que seu dom foi lapida-

do através de discipl ina e treinos, sempre mo-

tivado pela paixão ao esporte.

Explorando os aspectos de comunicação

com os cavalos, o “Encantador de cavalos”,

Monty Roberts, dá dicas preciosas sobre o

tratamento dos equinos em sua coluna. O ex-

periente tratador revela pontos chaves para

cuidar de cavalos “ansiosos” e ressalta a im-

portância de prezar pelo bem-estar dos nossos

companheiros.

Em nosso editorial de moda, temos o prazer

de contar com a talentosa e bela Claudia Raia.

Aceitando o convite da revista Mundo Equestre

Luxo, a renomada atr iz posa ao lado de seu

namorado, o ator Jarbas Homem de Mello, ir-

radiando elegância e sofist icação, somadas ao

f ino cenário do Clube Hípico de Santo Amaro e

a nobreza de um dos cavalos mais proeminen-

tes de nosso país, o potente Baloubest.

Ainda sobre bem-estar e elegância, produ-

zimos uma matéria exclusiva sobre o talentoso

art ista alagoano Suêtonio Medeiros, que tem

nos cavalos fonte de inspiração para suas ref i-

nadas obras de arte.

Nesta edição, conheça a história da famosa

marca feminina Longchamp e f ique por dentro

do Hipismo com as notícias mais recentes do

esporte.

Informações, entretenimento, lazer e co-

nhecimento. Bem-vindo a mais uma edição

Mundo Equestre Luxo: bem-estar para cavalo

e cavaleiro.

Editor

c a r ta d o e d i to r

6 | Mundo EquEstrE - luxo

Em 2014, desfrute de conteúdos exclusivos em seu tablet ou smartphone. Agora, a Mundo

Equestre Luxo conta com interatividade em seu aplicativo online. Baixe gratuitamente o app

e tenha acesso a fotos, vídeos e links que engrandecem ainda mais as principais matérias da

Revista. Verifique em seu aplicativo online as páginas com este ícone e aproveite da tecnologia

e inovação da revista de cavalos com maior número de downloads da América do Sul.

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interativo

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Mundo EquEstrE luxonúMEro 70 . ano vI

• EDITORIAS •

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Terapia do luxo

Souvenir

Editorial de moda

Tendências, novidades, artigos luxuosos. Confira a lista de alguns dos produtos mais comentados e desejados do mês.

Neste mês, a Revista Mundo Equestre conta um pouco da inusitada his-tória da marca francesa Longchamp, que há décadas atua no mercado de luxo mundial.

Um dos ícones da televisão brasileira, Claudia Raia, estrela, ao lado de seu namorado Jarbas Homem de Mello, o editorial de moda da revista Mundo Equestre Luxo.

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• EDITORIAS •

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Entrevista

Equestrian Arts

Monty Roberts

O cavaleiro irlandês Billy Twomey comenta sobre sua trajetória no es-porte e suas histórias de superações.

Conheça um pouco mais sobre o artista plástico brasileiro Suetônio Medeiros, que procura representar a aura dos cavalos com cores puras e tonalidades fortes, para transmitir toda a nobreza destes animais.

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O especialista em cavalos Monty Roberts responde questões sobre a relação da psicologia humana com o comportamento do cavalo, dando dicas para que possamos prezar pelo bem-estar dos equinos.

Mundo EquEstrE luxonúMEro 70 . ano vI

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ModA EquESTRE

Quando uma garrafa de água vira objeto de arte e design ela fica assim: elegante e banhada de cristais Swarovski. Além da delicada coroa feita a mão, a sofisticação está também na água, que é prove-niente das nascentes naturais de Kobe, região japonesa que produz os melhores vinhos do país. O preço está na média dos 100 euros.

Ganhar reconhecimento no mercado do luxo e das celebridades não é fácil, mas a marca inglesa IVLISA conquistou o universo fashion ao abrir as portas para estilistas e pioneiros em moda contemporânea. Sua nova coleção é inspirada no mundo equestre e na natureza.

A revista Mundo Equestre Luxo traz, a cada edição, uma coluna men-sal assinada por Manu Berger com sugestões de artigos de luxo, moda e decoração associados a temática equestre. Para mais dicas e produtos, acesse: www.terapiadoluxo.com.br

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terapia

do luxo

fillico

doublE bAgA nova linha de bolsas Prada Double Bag possui um de-sign minimalista e leve que mistura a beleza do couro por fora com a sutileza da napa por dentro. O modelo tem versões em diversas cores, desde as mais vivas até tons neutros. A bolsa chega a todas as lojas Prada no Brasil custando R$ 7.990 e faz parte da linha de acessó-rios permanentes da marca.

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ARMAnd dE bRignAc

Mundo EquESTRE luxoEm comemoração aos seus 06 anos de existência, a revis-ta Mundo Equestre Luxo lança, em parceria com a marca Tee of the Day, a promoção de assinatura “Horse Lovers”. Saiba mais em: www.mundoequestre.com.br

O olhar de qualquer pessoa brilharia ao mencionar o cham-panhe Armand De Brignac. Encontrado apenas nas celebra-ções mais extravagantes do mundo, a marca é a número um quando se trata de champanhe de luxo. Exclusividade, tradição e excelência; qualidades que proporcionam um sa-bor refinado e uma sensação inigualável.

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cElEbRATionA marca de relógios Paris Saint Honoré lançou a fina linha Valentine Coloseo. As peças foram criadas para as mu-lheres e inspiradas na celebração do amor. Trabalhado na cor da paixão, com um design arredondado e moderno, este relógio é uma homenagem aos amores femininos. A marca ainda oferece o Valentine Coloseo nas cores: roxo, marrom, preto e branco.

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Billy Twomey

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Quarto colocado na penúltima qualificatória da Copa do Mundo, em Bordeaux, e campeão do Rolex Top 10 Final em 2011, Billy Twomey conta sua história de superação no hipismo. Depois de um acidente grave em 2008, o atleta

revela questões sobre o seu treinamento e a sua relação com os seus cavalos, assim como aborda a perspectiva para

a final da Copa do Mundo deste ano.

Como você começou no esporte?Foi através da minha família, que sempre foi

envolvida com cavalos de corridas. Sempre gostei

de cavalos e comecei montando pôneis com apenas

anos. Aos nove, venci minha primeira prova Royal

Dublin e, depois que experimentei o gosto da vitó-

ria, tive certeza que era isso que iria fazer da minha

vida. Dos pôneis passei para os cavalos e felizmente

obtive muitas vitórias dentro do circuito nacional.

Quando iniciou, imaginava que se tornaria um cavaleiro de sucesso?

Sim, eu sempre sonhei com isso. Eu sabia que

tinha um longo caminho pela frente, mas também

sabia que eu era capaz de alcançar este sonho.

Em que momento sua carreira decolou?Tive a oportunidade de trabalhar para ninguém

menos que Michael Whitaker. Sempre busquei o

melhor de mim no esporte, e trabalhar para Micha-

el foi realmente uma grande escola. Para mim, ele

é o melhor cavaleiro do mundo. Aprender com ele

e ainda poder montar ótimos cavalos foi essencial

para meu desenvolvimento como atleta. O Michael

é um brilhante professor e o conhecimento e valo-

res que ele me passou realmente não tem preço.

Você tem alguma competição em especial?Sim, organizo o meu próprio campeonato em

Dublin, Irlanda. Esse é o meu evento favorito, pois

é muito bom ir para casa, ver meu pessoal, minha

família e ainda contar com o apoio da torcida. É

fantástico.

Para organizar seu treinamento, que valores você mais preserva?

Eu tento manter as coisas bem simples com

meus cavalos para que eles estejam sempre felizes

e tranquilos. Nos treinos, aplico o prático e o bá-

sico e, sempre que possível, solto os animais nos

piquetes para que se mantenham relaxados. Nor-

malmente, salto apenas uma vez na semana com os

cavalos, principalmente se eu for competir no final

de semana.

Em sua opinião, qual a importância de um bom trabalho de solo para o Salto?

É muito importante para desenvolver o contro-

le sobre o seu cavalo, fazer com que ele entenda

seus comandos e você entenda o comportamento

e os pontos fortes e fracos de cada animal. O

adestramento básico é imprescindível para que

você tenha sucesso com sua montaria nas séries

mais fortes.

Existe algum segredo para alcançar o suces-so dentro do hipismo?

Eu acho que o principal ingrediente, pelo me-

talento irlandês

e n t r e v i s taTexto: Revista Mundo Equestre - Foto: SportFot - GCT

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nos no meu caso, foi o trabalho duro e minha sede

de conhecimento. Eu nunca paro de aprender. Busco

aprender em todos os momentos: nos acertos, nos er-

ros, observando outros cavaleiros, etc.

Sobre a Copa do Mundo, seria ela uma com-petição importante no seu calendário?

É sim, é uma competição importante da tempora-

da do indoor. Todos tentam se qualificar para a final

da Copa do Mundo, uma vez que é um evento muito

prestigiado. Eu estou feliz por ter alguns excelentes

cavalos que foram bem nos Grand Prix, mas que tam-

bém, são capazes de ir para a final e, possivelmente,

fazer uma boa performence.

Depois do acidente com Pikap em 2008, teve dú-vidas sobre continuar sua carreira?

Eu nunca tive dúvidas sobre continuar nas com-

petições de salto. Entretanto, foi muito triste como

tudo aconteceu. Foi difícil perder um cavalo talentoso,

pelo qual eu tinha apreço. Foi uma situação que me

marcou. Leva um tempo para superar e, ainda, tive

um problema sério de confiança depois da queda.

Qualquer cavaleiro que sofre uma queda está sujei-

to a sofrer com desequilíbrio emocional, e os efeitos

afetam as pessoas de formas diferentes. Consegui su-

perar esta situação e voltei ainda mais preparado para

novos desafios.

Momentos antes de uma grande prova, o que você faz para relaxar?

Gosto de ficar um tempo sozinho afastado de todos. Só eu

e meu cavalo. Depois repasso o percurso em minha cabeça, a

parte técnica, planejando o que irei fazer em cada obstáculo.

Às vezes as coisas não acontecem como planejei, por isso pen-

so também em um plano B, para os obstáculos mais difíceis.

Você adquiriu o espetacular Cordaco no fim do ano passado. Já tem algum plano para ele?

Ele é muito talentoso, já provou isso. Ele tem sete

anos, e depois de algumas competições locais, espero

poder fazer campanha com ele em competições interna-

cionais. As Olimpíadas do Rio é uma possibilidade, mas

ainda é um pouco cedo para se falar sobre isso.

Você tem alguma mensagem para deixar para os cavaleiros brasileiros?

Eu acredito que você nunca para de aprender e eu

tento aprender todos os dias observando outros cavalei-

ros, aplicando treinamentos, observando os cavalos, etc…

Mantenham as coisas simples, mantenham seus cavalos

felizes, não compliquem o esporte.

e n t r e v i s ta

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“Nunca se esqueça de que cavalos não são máquinas.

Eles são animais e têm dias bons e ruins, assim como os humanos”, Pius

Schwizer.

e n t r e v i s ta

Foto: Stephano Grasso - GCT

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e q u e s t r i a n a r t s

Ele era um garoto que gostava de experimentar:

Via no lençol, no punhado de terra com água sani-

tária e até no prato do almoço, uma oportunidade

de fazer arte – em todos os sentidos possíveis. A

curiosidade e a vontade de descobrir a magia nas

coisas comuns fez com que Suetônio, aos cinco

anos, começasse a desenvolver sua habilidade com

o desenho.

Com o tempo, ficar no papel passou a não ser

mais o suficiente. A ânsia por conhecimento, típica

do ser humano, despertou no jovem a necessida-

de de partir para o tridimensional e, assim, outro

universo se abriu: A escultura. Em alguns sentindos,

um pouco mais complexo do que a pintura e o de-

senho, esculpir exige conhecimento técnico. Foi por

isso que, com grande dedicação, o artista estudou

obras de mestres da escultura como Michelangelo,

Rodin e Andrea Del Verrocchio.

Mais além, o jovem aprofundou seu entendi-

mento sobre geometria, arquitetura e engenharia e,

assim, fez suas primeiras peças em materiais como

bronze, pedra e concreto. A escultura, por sua vez,

levou-o às pesquisas sobre anatomia, sendo obser-

vado primeiro o mecanismo biológico humano, e

em seguida, o animal.

Pouco a pouco, sua arte foi se desenvolvendo

através de um apanhado de estudos: “Foram anos

de empenho, dedicação e descobertas pessoais que

me direcionaram para o caminho da poética que

hoje abordo. Em minhas obras estão contidas ques-

tões filosóficas, científicas e geométricas”, conta

Suetônio. Foi por meio da busca por aprimoramento

que o artista descobriu os traços elegantes dos ca-

valos.

Recentemente, Suetônio fez uma exposição na

aclamada galeria de Roberta Britto, a quem ele mui-

to admira. A repercursão foi grande, o que incenti-

vou o pintor a continuar utilizando materiais diver-

sificados. Suas obras são apreciadas na Europa e na

Ásia, onde ele possui admiradores que colecionam

os seus trabalhos.

técnica

Para o Suetônio pesquisador, a técnica é parte

importante na composição dos elementos artísticos.

A arte pode vir da alma, mas o corpo precisa de uma

Artista autodidata e apaixonado por cavalos, Suetônio Medeiros fundamentou sua história no estudo da arte. Entretanto, as

obras do alagoano não seguem escola artística, estilo ou tendência. Para ele, o que importa é o momento em que a essência

etérea do seu ser invade sua criação.

essência

equestre

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e q u e s t r i a n a r t s

técnica própria para expressá-la.

Na pintura, ele usa o recurso de colorir direta-

mente do tubo ou bisnaga, com alguns retoques

a pincel, o que garante mais liberdade criativa.

Seus recortes artísticos levam determinados pa-

drões compostos por pentágonos e pentagramas.

Outro ponto importante é saber trabalhar

as cores. Durante o processo de aprendizagem,

Suetônio precisou desbravar os sentidos das co-

res: Entender os volumes, nuances de meio tons,

refração, difração, combinações coerentes, cores

complementares e equipamentos adequados, a

aquisição desse entendimento é o que muitas

vezes diferencia um exímio pintor de um dese-

nhista. Ele revela: “Se pintar fosse uma religião,

amarelo, azul e vermelho seriam a Santíssima

Trindade”.

Com relação às esculturas, o alagoano faz

uso de um material chamado fibra de celulose

– um tipo de papelão processado. Ele conta que

a técnica surgiu quando decidiu fazer uma inter-

venção urbana em São Paulo com uma peça cha-

mada de “Davi – um jovem sem roupas com um

celular na orelha”. O material é versátil, pois é

leve, resistente e prático de se trabalhar.

poética

Apesar de reconhecer os belos traços e de

já ter trabalhado com cavalos em esculturas,

levou algum tempo para que Suetônio repre-

sentasse esses animais em telas. O interesse

só surgiu quando, na região de Camarge, na

França, ele os viu soltos, selvagens e nobres:

“Durante séculos, nenhum outro animal exer-

ceu tamanho fascínio. Pequeno ou grande, len-

to ou rápido. Sua força, sua beleza, tornam-no

um símbolo de poder e status”.

Cores fortes e puras são, geralmente, a es-

colha do artista para ilustrar a aura equestre,

uma vez que, em sua opinião, apenas essas

colorações podem transmitir a energia do ani-

mal. A conexão entre ambos é tão grande, que

Suetônio afirma ter uma relação quase mágica

para resolver problemas com os cavalos.

“Minha aRTE é ConSEquênCia dE uM apanhado dE ESTudoS E inFoRMaçõES ConFERidaS duRanTE anoS dE EMpEnho, dEdiCação E dESCobERTaS pESSoaiS quE diRECionaRaM o

CaMinho paRa a poéTiCa quE hojE aboRdo”, SuETônio.

2020 | Mundo EquEstrE - luxo

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naS pinTuRaS, SuETônio pRoCuRa REpRESEnTaR a auRa doS CavaloS CoM CoRES puRaS E TonalidadES FoRTES, paRa quE TRanSMiTaM Toda a nobREza do aniMal.

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Fazenda são silvano

i n f o r m eFoto: arquivo Fazenda São Silvano

A vida na fazenda com todo o conforto e segurança de um residencial sofisticado

2222 | Mundo EquEstrE - luxo

Page 23: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

Fazenda são silvano

Localizada a cerca de 100 quilômetros de São

Paulo, a Fazenda São Silvano oferece o que há de

melhor para quem quer viver em contato com a

natureza. O empreendimento, situado na cidade de

Morungaba, dispõe de serviços de qualidade, como

vila hípica e restaurante. Tudo sem perder a essência

da vida no campo.

A ideia do espaço é possibilitar a experiência de

se morar em uma fazenda. Sendo assim, o residen-

cial foi projetado para garantir que o ambiente seja

seguro e sofisticado, mas com a simplicidade do uni-

verso campestre. Muita gente teve a oportunidade

de crescer no campo e sabe das maravilhas dessa

formação. São Silvano quer proporcionar seguran-

ça e infra-estrutura para que esse estilo de vida seja

uma opção viável, objetivando sempre alto padrão

de vida.

residencial

Os lotes à venda possuem área mínima de 1000

metros quadrados. O residencial conta com um res-

taurante especializado em comida caseira brasileira

que funciona nos finais de semana, não hóspedes

precisam fazer reserva. Outro espaço para se des-

frutar é a vila hípica que conta com instrutores, ca-

valos, incluindo animais para crianças e trilhas para

trecking.

vila hípica

A Fazenda São Silvano tem grande preocupação

em atender as necessidades daqueles que amam ca-

valos. Portanto, encontram-se serviços de qualidade

que se comparam aos oferecidos por grandes clubes

hípicos brasileiros.

Além das charmosas baias de alvenaria, a vila hí-

pica oferece picadeiros de areia, piquetes, redondeis,

capineira de coast cross, selaria, farmácia e mais de

dez trilhas demarcadas para passeios e treinamentos

com os animais.

Os profissionais são organizados e qualificados

para atender a família toda, desde atletas a crian-

ças que queiram começar a praticar algum esporte

equestre. As modalidades contempladas são o hipis-

mo, a atrelagem, o enduro e as cavalgadas.

sustentaBilidade

O empreendimento foca parte dos seus esfor-

ços para manter a fauna e a flora da região em bom

estado de conservação. Aliado a isso, estão ações

como investir em rede elétrica subterrânea para não

poluir a paisagem. O tratamento da água também

é um diferencial: 100% dela é tratada em reserva-

tórios próprios que não agridem o meio ambiente.

segurança

Além de segurança 24h, guarita blindada e

carros equipados para manter a tranquilidade, a

fazenda tem um sistema tecnológico e inteligente

que atua na manutenção do bem-estar de todos.

Fazem parte dessa operação algumas câmeras e cer-

cas virtuais.

A Fazenda São Silvano está bem localizada, cer-

ca de uma hora de carro da capital paulista, pela

Rod. Engenheiro Constâncio Cintra. O complexo

possui, ainda, um heliporto. São apenas 17 minutos

de vôo de São Paulo.

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www. fazendasaosilvano.com.brContato: 11 3758 3013

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s o u v e n i r

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De cachimbo a artigos de couro. A história de

transformação de uma Longchamp que comerciali-

zava tabaco, artigo tipicamente masculino na dé-

cada de 1940, a uma grande marca consolidada no

mercado da moda feminina é costurada pela genia-

lidade da família Cassegrain.

A empresa foi fundada em 1948 por Jean Cas-

segrain, audacioso jovem que atuava no ramo do

fumo. Audácia, aliás, é palavra de ordem na Long-

champ. A gestão hereditária; de pai para filho, de

filho para neto; sempre teve coragem e atrevimento

o suficiente para oferecer soluções ousadas e peças

inovadoras e modernas.

história

Um pequeno negócio familiar de tabaco na Fran-

ça que, pelas mãos de Jean Cassegrain, transfor-

mou-se em uma empresa referência na capital Pa-

ris. A Longchamp ganhou seu status nobre quando

aliou o talento de excelentes artesões ao mercado

de cachimbo revestido por couro.

Em uma tarde ensolarada, sentado no terraço

de um café, Cassegrain fumava seu último cigarro

quando teve um pressentimento de que acessórios

para fumantes estavam ficando fora de moda. De-

pois de algumas pesquisas, o visionário percebeu

que a qualidade de seu couro e fino acabamento

poderia alcançar um mercado ainda maior e, aos

poucos, sua produção foi se especializando em bol-

sas, carteiras, malas e sapatos. Ele viu no universo

feminino um grande mercado para seus artigos.

Jean, sempre atento às novas tendências, en-

xergou na proposta de abrir uma filial dentro do

novo aeroporto de Paris a chance de espalhar seus

produtos pelo mundo. Com quase um milhão de

passageiros transitando pelos pátios do complexo, a

Longchamp não teve dificuldade em atrair os admi-

radores de bens de luxo.

A expansão era eminente, e filiais foram abertas

no Japão e Hong Kong. O fundador investiu na di-

versificação de produtos, passando a fabricar luvas,

gravatas, cintos, echarpes, pequenas coleções de

roupas e até uma edição limitada de guarda-chuvas.

origem

A conexão com os cavalos vem desde o nome

que Cassegrain escolheu para a sua empresa. Long-

champ Paris foi inspirada nas famosas corridas de

cavalos do hipódromo de Longchamp – inaugurado

em 1857 por Napoleão III. O espaço é um dos mais

importantes no cenário equestre da França, sedian-

do o Prix de l’Arc de Triomphe que é, desde 1920, a

prova de turfe mais conhecida do país.

Além de ser eternizado nos produtos de Cas-

segrain, o local foi retratado em quadros de Édou-

ard Manet (Les Courses of LongChamp – 1867) e

Edgar Degas (Chevaux de course à Longchamp –

1875).

A francesa Longchamp é uma das marcas mundiais mais influ-entes na moda luxo feminina. Com 250 lojas espalhadas por

100 países, conheça a trajetória da empresa que se reinventou para alcançar novamente o sucesso.

très

élégant

25Mundo EquEstrE - luxo |

s o u v e n i r

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linha lm

A Longchamp possui marcos em sua história.

Símbolos e ícones que representam o esforço, a

audácia e a luta da marca pela beleza feminina.

A linha LM foi um dos primeiros sucessos mun-

diais da Long. Desenhada por Philippe Cassegrain,

a peça foi lançada, primeiramente, nas boutiques

do Japão. O que, realmente, conquistou a atenção

dos japoneses foi o símbolo original da marca com

o cavaleiro adornado por tiras de cinto que se en-

trelaçavam formando pequenos quadrados.

Praticamente 40 anos depois, o artista Jean-Luc

Moerman usaria novamente as curvas do modelo.

Ele misturou alguns elementos do grafitti e mangá

para criar a edição que comemoraria o aniversário

de 60 anos da Longchamp.

Balzane

Inspirada na elegância dos cavalos, o design da

Balzane representa a engenhosidade tradicional

da Longchamp. O modelo expressa toda a energia

e sofisticação da mulher contemporânea.

Para a coleção de Outono de 2013, a Balza-

ne foi reinterpretada em três tons suaves: Mauve,

Taupe e Cominho. O contrastar com o couro mo-

cha garante à bolsa esportiva uma aparência mais

fashion.

le pliage

Em 1993, foi lançada a Le Pliage, bolsa de

nylon com detalhes de couro que, ao ser dobrada,

ficava do tamanho de uma carteira de bolso. Des-

de o lançamento, o modelo já vendeu mais de 26

milhões de unidades.

Atualmente, esta linha é o carro chefe da Long-

champ. Tanto em nylon, quanto em couro, a bolsa

pode ser encontrada, em cores vibrantes, nas ver-

sões crossbody, handbag, tote bag e até em travel

bag.

ceci est un it Bag

Resultado de uma brincadeira divertida do es-

tilista Jeremy Scott, nasceu a Ceci est un it bag

– “Isso é uma bolsa do momento”. O nome do mo-

delo faz referência ao quadro de René Magritte:

Ceci n’est pas une pipe – “Isso não é um cachim-

bo”, de 1928. Fica evidente que o nome foi inspi-

rado nos primórdios da Longchamp, que sobrevivia

do mercado de tabaco.

o ano do cavalo

Na astrologia chinesa, 2014 é o ano do Cava-

lo. Para comemorar o evento, a Longchamp criou

uma coleção limitada de Primavera com a temática

equestre.

O galope inicial em grande estilo só poderia ser

dado aliando dois ícones no design do produto: o

molde da bolsa foi criado para lembrar o design

da famosa Le Pliage, e a logo com o cavalo vol-

ta com força para esta edição, ampliada em tons

de dourado. As bolsas podem ser encontradas em

todas as lojas da grife e existe nas cores preta e

vermelha.

No Brasil, a Longchamp tem lojas nos nobres

shoppings Cidade Jardim, JK e Iguatemi, em São

Paulo. Na cidade do Rio de Janeiro, a marca tem

uma unidade Dutyfree no Galeão, aeroporto inter-

nacional do estado.

2626 | Mundo EquEstrE - luxo

s o u v e n i r

Page 27: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

27Mundo EquEstrE - luxo |

Page 28: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

e d i to r i a l

- clAudiA RAiA -Com mais de 30 trabalhos na televisão, e outras dezenas no

teatro, a talentosa atriz brasileira compartilha sua paixão pela arte de atuar com seu namorado Jarbas Homem de Mello, com quem já contracenou em três espetáculos: “O humor é o que

rege a nossa relação, tanto profissional, quanto na vida”.

BlazEr: CaMarGo,CaMIsa: CaMarGo,Gravata: CaMarGo,CalÇa: CaMarGo,CInto: HorsE sHoP,saPato: dEMoCrata

Page 29: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

vEstIdo: PatBo,CInto: andrE lIMa,sandálIa : sCHutz,JoIas: H. stErn. -----------------------------------Cavalo: salaMandra BalouBEst,ProPrIEtárIo: GaBrIEl KHourY.

29Mundo EquEstrE - luxo |

Page 30: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

3030 | Mundo EquEstrE - luxo 3030 | Mundo EquEstrE - luxo

Page 31: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

31Mundo EquEstrE - luxo |

“Consegui encontrar uma pessoa tão obsessiva quanto eu para trabalhar. Nós temos o mesmo humor, a mesma disponibilidade. Foi um encontro na vida e na arte”, Claudia Raia.

Page 32: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

32 | Mundo EquEstrE - luxo

“Eu adoro cavalos. Venho de um lugar muito pequeno e bem rural. A diversão, de quando éramos crianças e adolescentes, era montar e andar a cavalo. Portanto, eu sempre tive uma relação muito carinhosa com eles”, Jarbas Homem de Mello.

BlazEr: FaBrÍzIo,CaMIsa: rICardo alMEIda,Gravata: rICardo alMEIda,CalÇa: rICardo alMEIda,CInto: HorsE sHoP,

Page 33: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

33Mundo EquEstrE - luxo |

vEstIdo: FH,JoIas: H. stErn,

CInto: roBErto CavallI.--------------------------------------

Cavalo: salaMandra BalouBEst,ProPrIEtárIo: GaBrIEl KHourY.

Page 34: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

34 | Mundo EquEstrE - luxo 3434 | Mundo EquEstrE - luxo

Page 35: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

35Mundo EquEstrE - luxo |

atores: ClaudIa raIa E JarBas HoMEM dE MEllo - Foto: raPHaEl MaCEK – stYlist: ARNO JúNIOR BeautY: heNRIque mellO - direção: mANuelA meRIcO - agradecimento: tatIanE zEItunlIan, GaBrIEl KHourY, Malu CurY, sIlvIa MIlanI E raFaEl CarnEIro.

Polo: rICardo alMEIda,JEans: rICardo alMEIda,CInto: toMMY HIlFIGEr,-----------------------------------Cavalo: salaMandra BalouBEst,ProPrIEtárIo: GaBrIEl KHourY.

Page 36: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

d e s t i n o s p r e m i u m

3636 | Mundo EquEstrE - luxo

H i G H l i G H t s

Page 37: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

.

Nascido em 28 de dezembro de 2005, pode-se

dizer que Salamandra Baloubest nasceu em berço de

ouro. Tendo como pai um dos animais mais conheci-

dos e requisitados do mundo – o Baloubet du Rouet

– Baloubest é um animal diferenciado, que com oito

anos já demonstra seu potencial, com ótimas perfor-

mances nas provas a 1,45 metros de altura.

soBre o projeto

O Projeto Olímpico Rio 2016 para Cavalos No-

vos da raça Brasileiro de Hipismo tem como ob-

jetivo identificar cavalos nascidos e criados no

Brasil, entre seis e oito anos, que tenham poten-

cial para disputar as Seletivas Olímpicas rumo aos

Jogos Rio 2016.

Ao longo de 2013, uma comissão técnica for-

mada pelo alemão Sebastian Rohde, especialista

em cavalos novos, o francês Jean-Maurice Bonne-

au, técnico da equipe brasileira de saltos Olímpi-

ca, Marcelo Servos, Antônio Celso Fortino, Caio

Carvalho, diretor de salto da CBH e Guilherme

Jorge, responsável pela armação do percurso do

Pan-2007, percorreram os principais concursos do

país para observar quais cavalos poderiam ser se-

lecionados para integrar o projeto. Ao final das

análises, Baloubest foi um dos 16 animais mais

pontuados de todo o Brasil.

grandes oBjetivos

A missão de Baloubest, representante da raça Bra-

sileiro de Hipismo, não é nada simples – ele é cotado

para ser um dos cavalos importantes do esporte na-

cional. Até o momento, o animal vem surpreendendo

criadores e atletas, demonstrando nos treinamentos

montabilidade e disposição, assim como força, ampli-

tude e velocidade dentro das pistas.

De acordo com o proprietário de Baloubest, o

empresário Gabriel Khoury, ter um cavalo deste nível

técnico é algo bastante gratificante: “Adquiri o Balou-

best durante um concurso no Clube Hípico de Santo

Amaro, em 2013. Considerei sua premiada genética,

condições de manejo e pude prever para este cavalo

um grande potencial - acho que meu palpite estava

certo (risos)!”.

Quando questionado sobre a preparação do cava-

lo, Gabriel comentou que seus objetivos são a médio e

longo prazo, tendo em vista que este é o método ideal

para que os animais alcancem seu máximo potencial

sem desgates desnecessários: “O Baloubest vem sendo

formado com carinho e cuidado, desde a sua estreia,

sempre pensando no futuro dele como atleta. Trabalha-

mos para manter sua saúde física e mental, sem abu-

sos, sem buscar resultados imediatos nas provas, e sim

buscando o desenvolvimento gradativo, para podermos

extrair todo seu potencial no futuro”.

Para olhares desavisados, o cavalo ao lado pode parecer ape-nas mais um cavalo potente e elegante, porém para os mais ex-perientes, sabe que trata-se do excepcional Baloubest – Filho

do lendário Baloubet du Rouet e um dos poucos cavalos se-lecionados por uma equipe de especialistas para participar do

projeto Brasil Olímpico.

a exemplo

do pai

37Mundo EquEstrE - luxo |

Page 38: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

3838 | Mundo EquEstrE - luxo

o incêndio das bibliotecas

m o n z o nFoto: jbSa-Fort Sam houston public affairs

Page 39: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

39Mundo EquEstrE - luxo |

o incêndio das bibliotecas

O Japão venera os grandes mestres, em qual-

quer área, é a lei. Valem-se das suas longas estra-

das de tentativas e erros, sempre tentando evitar os

desvios incidentais. Nas tribos africanas, a cultura

verbal atravessa gerações e se dissemina, controla

e ordena relações sociais e culturais há milênios.

Do correto equilíbrio entre a desejável vontade de

mudanças da juventude e da serena e reacionária

sabedoria dos mais velhos é que se apoia o de-

senvolvimento sustentável, seguro e permanente.

Feliz a sociedade que mantém seu patrimônio de

conhecimento protegido e sempre pronto a ajudar

em decisões estratégicas. Observem grandes com-

panhias modernas e os seus sucessos de tecnolo-

gia de ponta, lideradas por membros de gerações

que antecedem às próprias inovações e sequer as

criaram...

O Brasil não age desta forma, ao contrário, a

ideia de que só é bom o que é precursor e inova-

dor faz dos mais idosos reféns, ou meros imitado-

res, vez por outra os expondo ao ridículo ou ao ali-

jamento de seus mercados de atividades. O fato de

vê-los inertes apesar da sabedoria conquistada, de

que seus cabelos brancos provocam mais desdém

que admiração e respeito, desanima e magoa. Sou

um daqueles que pega carona na inteligência e

experiência alheias. Aprendi com grandes mestres

que isto, ao contrário de ser condenável, é prova

de amadurecimento e perspicácia. Apoiar no om-

bro de gigantes, para ver mais claro e mais longe,

é decisão de pura inteligência emocional.

Isto se aplica aos instrutores de equitação,

aos dirigentes e aos juízes que estão próximos da

aposentadoria. Não sei como se pode deixar de

consultá-los e reverenciá-los, de sempre querer

sua opinião para evitar decisões potencialmen-

te equivocadas. A pujança da juventude é muito

bem vinda, desde que alicerçada na experiência,

na cultura da atividade que envolve mais que o

simples executar com vigor, mais que o decorar

dos códigos e muito mais que exercer autoridade

pela pura imposição. Instruir, aconselhar e julgar

nos momentos oportunos é atributo para os que já

têm idade para não mais fazê-lo cotidianamente.

Pode parecer contradição, mas não é.

Nós, Juízes e concorrentes de concursos hí-

picos, esperamos que nossos organizadores de

eventos saibam bem avaliar quando é ou não

oportuno convocar os Júris de Apelação em com-

petições. Ao contrário, saibam que esta é uma

medida de grande economia em aborrecimentos

e de despesas, a médio e longo prazos. Ter no

staff pessoas de alto conhecimento técnico e ex-

periência de décadas no desporto hípico é a forma

mais segura de garantir a competição equânime,

objetivo único da existência do corpo de jurados.

É a melhor forma de mostrar que o Comitê Orga-

nizador respeita e quer que os seus concorrentes

tenham seus direitos à defesa em tempo hábil,

dentro do verdadeiro espírito esportivo. Ao tentar

desonerar o evento pode-se cometer erro irrepará-

vel e irreversível.

Não convocar os que podem e sabem anali-

sar as interpretações e moderar as decisões, é o

mesmo que incendiar bibliotecas! Forte abraço,

Monzon.

39Mundo EquEstrE - luxo |

Eu CREiO nAQuELES QuE AFiRMAM QuE AS CuLTuRAS MAiS

BEM SuCEDiDAS DA HuMAniDADE vALORizAM E ATé CuLTuAM

A ExPERiênCiA.

Page 40: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

m o n t y r o b e r t s

4040 | Mundo EquEstrE - luxo

asK to

MontY roBerts

Page 41: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

Muitos dos problemas que aparecem no tratamento de um cavalo

surgem por dificuldades pessoais. Trabalhar com esses animais é,

também, um ato de reflexão. Monty Roberts responde algumas ques-

tões que envolvem o seu conhecimento sobre as reações de seus

companheiros equinos.

eu não consigo desfazer o hábito da minha égua

puro sangue de pular cercas. no momento que

ela não vê mais ninguém por perto, ela fica louca

e pula a cerca. ela é muito insegura. eu não sei

como quebrar esse hábito. a cerca é elétrica. eu

coloquei redes de feno ao redor do lugar, como

um amigo me sugeriu. já cheguei bem perto de

levar um coice por causa disso. você pode aju-

dar?

Como já mencionei, cavalos são animais coletivos.

Alguns cavalos têm mais necessidade de companhia

do que outros. O cavalo que é perfeitamente feliz

estando sozinho é raro. Parece que o seu cavalo tem

um desejo muito grande de estar sempre na compa-

nhia de outros animais.

Mesmo que seja possível que esse indivíduo quei-

ra a companhia de outro cavalo, uma espécie diferen-

te vai funcionar na maioria das vezes. Eu já vi cavalos

que viraram amigos de ovelhas, cabras, bezerros e

burros.

As características nervosas do indivíduo que você

descreve provavelmente vão diminuir se ele tiver um

amigo. A arte de criar um relacionamento razoável

com seu cavalo é mais desafiadora se ele for muito

próximo do grupo do que se ele foi muito afasta-

do. Cavalos como o seu são um desafio, mas, como

crianças difíceis, eles podem ser muito divertidos de

se lidar ao mesmo tempo.

Mesmo que seja difícil compreender, eu acredi-

to que, quando temos um bom relacionamento com

nossos cavalos, eles se tornam mais fáceis de corrigir

certas atitudes. Novamente, eu recomendo um bom

Join-Up, que, em casos raros, pode mudar o com-

portamento do equino após uma sessão. Esse proce-

dimento diz aos cavalos que eles estão a salvo. Eles

entendem que o mundo não está esperando para

atacá-los, e se tornam muito mais tranquilos. Já que

isso não vai causar nenhum dano ao cavalo, eu re-

comendo, mesmo que as chances de melhora sejam

relativamente pequenas.

quando vou a uma competição, minha égua fica

bem enquanto está com outros cavalos. porém,

quando chega o momento em que temos que

competir, ela fica medrosa imediatamente. não

posso puni-la por esse comportamento, pois isso

a tornaria ainda mais medrosa. pode ser que sua

separação dos outros cavalos cause esse compor-

tamento?

Pode ser que a ansiedade por separação está

aumentando o problema. Se é ansiedade pela per-

formance, me parece que você tem uma égua muito

inteligente. Quase parece que ela pode ler o jornal,

ou a revista equestre que lista os próximos eventos!

Obviamente, você sabe que isso não é verdade, então

vamos investigar como esse fenômeno acontece.

“Medo de palco” é reservado a seres humanos

com ansiedade de performance. Não está na confi-

guração de um cavalo ver uma ocasião especial como

mais importante do que outra, atuando mal. O neo-

41

monty

responde

m o n t y r o b e r t s

41Mundo EquEstrE luxo |

Page 42: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

4242 | Mundo EquEstrE - luxo

cortex, parte do cérebro que controla emoções lógi-

cas como planejamento, pensamento e imaginação,

no cavalo tem apenas metade do tamanho da mes-

ma área no cérebro humano. Cavalos simplesmen-

te não tem a capacidade mental de experimentar

esses sentimentos como ansiedade de performan-

ce.

Enquanto negociamos o calendário de eventos

que planejamos para nossos cavalos e nós mes-

mos, devemos estar bem conscientes de nosso pró-

prio estado mental em fazer performances longe

de casa. Seja um passeio de trilha ou um campeo-

nato de alto nível, essas são circunstâncias em que

tendemos em aumentar a adrenalina no sangue, e

os batimentos cardíacos ficam mais rápidos do que

o normal.

Uma das coisas que um cavalo pode fazer

muito melhor do que qualquer ser humano é ler

o estado psicológico e fisiológico dos indivíduos

ao seu redor. A Mãe Natureza deu a eles incríveis

habilidades de identificar potenciais predadores ou

perigos no meio ambiente.

Dadas essas condições, é incumbência de cada

cavaleiro e amazona aprender a controlar suas pró-

prias respostas ao estresse natural em grandes e

pequenas competições, tri lhas e mesmo a visita de

alguém que você admira. Nossos cavalos vão res-

ponder às nossas condições corporais muito mais

rápido do que pensamos.

Seja para seu cavalo ou para si mesmo, é bom

fazer viagens para eventos públicos, primeiro para

expor os dois a um ambiente estranho quando não

estão competindo. Isso vai permitir que você ex-

perimente o local, física e psicologicamente, com

adrenalina baixa. Isso vai ajudá-lo a aprender a se

controlar, assim como vai proporcionar ao cavalo

uma chance de explorar novos territórios sem que

tenha que participar de uma competição de alto

nível.

É interessante você ter dito que teve outros ca-

valos que agiam de forma aceitável nessa situação,

enquanto essa égua não consegue. A pessoa tem

que ter em mente que os cavalos são únicos, indi-

viduais. Tendemos a pensar que pessoas são úni-

cas, enquanto os cavalos são iguais. Ocorre a mim

que essa égua é muito mais sensível à sua condi-

ção fisiológica do que os outros cavalos. Continue

a testar essas ideias e observe os resultados.

Page 43: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

4343Mundo EquEstrE luxo |

meu cavalo nunca é difícil de tratar, ou muito

nervoso, mas ele faz um som que eu nunca ouvi

de um castrado. nós temos todo tipo de vida sel-

vagem em torno da fazenda. Às vezes, cavalga-

mos em grupo e ele bufa muito. o que ele está

tentando dizer?

Eu tenho uma ideia muito forte do que ele está

tentando dizer. Cavalos têm, essencialmente, os

mesmos sentidos que os humanos: visão, paladar,

tato, audição e olfato. Quando nós sentimos um

cheiro, inalamos part ículas da substância. Então,

nosso cérebro tenta determinar o que a substân-

cia realmente é. Podemos identif icar com certeza

algumas substâncias pungentes como l imão, v i-

nagre e muitas comidas que conhecemos.

Cavalos têm o mesmo processo que os hu-

manos nessa área de exploração olfat iva. Mas,

cavalos têm a habi l idade de sent i r o cheiro mui-

tas vezes melhor do que um ser humano. Mes-

mo que o olfato dos cavalos se ja menos pode-

roso do que de um cão de caça, a inda é muito

apurado. Nós, humanos, temos dif iculdade de

imaginar essas habi l idades incr íve is que certos

animais têm de sent i r cheiros com uma sensibi l i -

dade que nós desconhecemos.

Quando um cavalo sente cheiro de perigo, ele

tem a tendência de l impar as vias olfat ivas, que

pode estar alterada por outros cheiros que ele

sentiu. Uma das maneiras que eles usam para fa-

zer isso é soprar ar através das vias respiratórias

de maneira a emitir um som, que é o resfolegar.

Alguns cavalos fazem sons mais altos e mais ex-

pressivos do que outros; normalmente, quanto

mais selvagem o cavalo for, mais alto ele vai res-

folegar.

A aura de part ículas secretadas de áreas re-

produtivas de outros cavalos, às vezes, provocam

o cavalo a cr ispar o lábio superior e soprar pelo

nariz, l impando o sistema respiratório. O propó-

sito é essencialmente o mesmo, mas o medo de

confrontar um predador, normalmente provoca

um resfolegar, e não o curvar dos lábios.

Provavelmente, é justo dizer que quando um

cavalo resfolega ele está dizendo: “Eu preciso

conhecer melhor esse cheiro. Eu devo descobrir

quem produziu esse cheiro. Parece ser um preda-

dor, e eu devo investigar isso antes de permit ir

que esse indivíduo chegue mais perto”.

Page 44: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

44 | Mundo EquEstrE - luxo

i va n c a m a r G o

moldes europeus

Tendo como base os grandes torneios realizados na Euro-

pa e Estados Unidos, o Curitiba Summer Tour teve três sema-

nas de disputas hípicas, sendo a primeira de caráter estadual,

e as demais contando com saltos nacionais. As provas incluí-

ram as séries de 1m a 1,45 metros de altura.

Além do CSN, o evento foi palco dos melhores cavalos

novos do Brasil. As duas primeiras etapas da premiada Copa

Brasileiro de Hipismo – onde competem os cavalos da raça de

Saltos criados no Brasil – abrilhantaram ainda mais o evento,

demonstrando também a ótima safra e evolução da criação

Brasileiro de Hipismo no país.

Ainda sobre atrações especiais, a primeira semana do

torneio foi marcada pela tradicional Clínica de Saltos Go For

Gold, ministrada pelos experientes cavaleiros Vitor Alves Tei-

xeira e Denis Gouvea. A Clínica contou com a participação

especial da premiada amazona suíça Lesley McNaught, que

auxiliou os jovens cavaleiros e amazonas a aprimorar suas

performances em pista.

Para o presidente da Sociedade Hípica Paranaense, Ro-

drigo Kost, o torneio de verão se consolidou ao final dessas

três semanas de eventos, deixando um gosto de satisfação:

“O Curitiba Summer Tour foi um grande sucesso. Nossa hí-

pica comprovou que está preparada para realizar grandes

competições como essa e a grande participação de atletas

só engrandeceu o evento. Foram três semanas do melhor do

hipismo nacional e para a SHPr foi uma enorme honra contar

com a presença de todos esses atletas”.

Na noite de sexta-feira (21/02), foi oferecido um jantar

para os cavaleiros e amazonas participantes do evento, onde

Reunindo os melhores cavaleiros e amazonas do Brasil e um vasto número de atletas, o torneio de verão Curitiba Summer Tour marcou o início do calendário hípico de 2014, oferecendo disputas acirradas dentro das pistas e ótima estrutura e con-

forto aos participantes.

curitiba

suMMer tour

i n f o r m eFoto: Grace Carvalho / hipiCS

Page 45: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

também foi apresentada aos convidados a edição de 2015 do

Torneio. Com data prevista para 20 de fevereiro a 08 de mar-

ço do próximo ano, o evento promete ainda mais emoções,

disputas e atrações para iniciar o calendário hípico nacional.

“A realização deste Torneio foi uma grande conquista tan-

to para a Sociedade Hípica quanto para o hipismo nacional.

Gostaria de agradecer pela presença de todos os cavaleiros e

amazonas que prestigiaram nosso evento. Graças a vocês foi

um sucesso. Aproveito para convidá-los a participar da edição

de 2015 do Curitiba Summer Tour que, com certeza, será

ainda mais especial”, finalizou Rodrigo.

dentro das pistas

O elevado nível técnico e as disputas acirradíssimas mar-

caram as principais provas do torneio, confira os resultados

a seguir:

primeira semana - mini gp

Contando com 60 competidores inscritos, apesar do frio

que “surgiu” na cidade no sábado (15/02), as disputas foram

calorosas e extremamente acirradas dentro das pistas. A me-

dalha de ouro da competição coube ao experiente cavaleiro

Vitor Alves Teixeira. Em pista rápida e ousada, o conjunto for-

mado por Vitor Alves e Andorra Z Império Egípcio garantiu o

melhor tempo no desempate – 39s87 – sem cometer faltas.

primeira semana - grande prêmio

O Grande Prêmio CST aconteceu às 16 horas do domin-

go (16/02). Com 42 conjuntos inscritos na prova, apenas 12

retornaram para a pista de desempate.

Último conjunto a entrar em pista, César Almeida e sua

espetacular Vanity Império Egípcio apresentaram um percur-

so de tirar o fôlego. Com curvas fechadas e saltos precisos, o

conjunto encerrou sua participação sem cometer faltas com

o veloz tempo de 41s88, dois segundos mais veloz que o se-

gundo colocado, o também paulista Eric Zorzetto e sua mon-

taria Demi-Pracht, que fecharam a prova no tempo de 44s30.

segunda semana - mini gp

Com 68 atletas inscritos, 12 conjuntos retornaram para

disputar o título no percurso de desempate ao cronômetro.

Com um traçado delicado, apenas quatro conjuntos conse-

guiram finalizar suas apresentações com pista limpa. A me-

dalha de ouro do Mini GP foi para o estado de São Paulo,

representado pelo cavaleiro José Luiz Guimarães e sua mon-

taria Gipsy. Sem cometer faltas, o conjunto cruzou a linha de

chegada no veloz tempo de 34s63.

segunda semana - grande prêmio

Encerrando com chave de ouro o Torneio de Verão Curi-

tiba Summer Tour, o Grande Prêmio CST aconteceu às 16

horas do domingo (23/02) e reuniu atletas de ponta de todo

o Brasil para uma acirrada disputa.

Dos 41 inscritos na competição, dez conjuntos se habi-

litaram para disputar o título máximo do torneio. Sendo a

prova mais aguardada do evento, os espectadores puderam

presenciar pistas de tirar o fôlego, em performances velozes

e precisas.

Conhecido por sua velocidade e curvas ousadas, o ouro

da competição foi para o cavaleiro participante das Olimpí-

adas de Londres - José Roberto Reynoso Fernandez Filho.

Sobre o dorso do potente Azrael Sanol Dog Protécnica, José

Roberto fez jus a sua fama e obteve um percurso limpo no

excelente tempo de 48s34, garantindo a medalha de ouro.

DuRAnTE O MêS DE FEvEREiRO, A CiDADE DE CuRiTiBA FOi PALCO DE DiSPuTAS

ACiRRADAS, PROTAgOnizADAS POR gRAnDES ESTRELAS DO ESPORTE nACiOnAL.

4545Mundo EquEstrE luxo |

Page 46: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

Transmitir conhecimentos práticos e que apresentem

resultados quase imediatos para os atletas: essa é a meta

dos ensinamentos do experiente cavaleiro Ivan Camargo.

Ao longo de três dias de aulas intensivas, os alunos

puderam contar com a experiência e atenção do cavalei-

ro para aprimorarem suas técnicas de montaria e efetivi-

dade dentro das pistas. A Clínica de Saltos Ivan Camargo

contou com duas edições, uma na cidade de São Paulo,

entre os dias 03, 04 e 05 de fevereiro e outra em Porto

Alegre, nos dias 07, 08 e 09.

Dedicado, atento e comprometido com a eficácia de

seus ensinamentos, Ivan tenta transmitir a seus alunos

lições práticas, para que sejam aplicadas e surtam resul-

tados facilmente perceptíveis para os atletas: “Tento falar

a linguagem dos meus alunos, e fazer o possível para

que eles mesmos percebam os porquês de se usar deter-

minadas técnicas, para que possam no futuro lembrar e

corrigir possíveis distorções por si mesmos”.

Sobre sua metodologia e objetivos para seus alunos

de clínicas, o cavaleiro afirma que perceber a dificuldade

46

Acumulando vitórias tanto como cavaleiro quanto como trei-nador, ivan Camargo foi técnico da equipe do Chile, classifican-

do-a para as Olimpíadas de Londres e, em 2013, estava a frente do time da Colômbia na Copa das nações. Em fevereiro, o cava-leiro, que reside em Portugal, auxiliou atletas de nosso país

ministrando sua clínica de Saltos em dois estados.

clínica de verão

ivan caMargo

46 | Mundo EquEstrE - luxo

Page 47: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

mais aparente dos atletas e contribuir para o bem-estar

dos cavalos são algumas de suas prioridades: “Tento ser

preciso em minhas colocações e fazer com que o cava-

leiro colabore com seu cavalo, entendendo-o melhor e

interferindo o mínimo possível em seus movimentos. É

claro que em três dias não conseguirei resolver todos os

problemas de uma vida de montaria, porém posso mos-

trar um novo horizonte a esse cavaleiros, desfazer ideias

negativas sobre si e sobre o cavalo e fazê-los aumentar

sua confiança para um futuro de vitórias”, conclui Ivan.

edição paulista

A edição para o estado de São Paulo teve como sede

o amplo e tradicional Clube Hípico de Santo Amaro. Ini-

ciando as atividades de 2014 dos atletas e suas monta-

rias, Ivan privilegiou o trabalho mais técnico, sem exigir

muita altura de salto dos cavalos, tendo em vista o pe-

ríodo de férias, porém fazendo com que os atletas apri-

morassem sua montaria, tanto no trabalho de solo como

saltando. Charlie Bays, Claire Bays, André Leguthe, Fran-

cisca Izabel Teixeira, Carolina Pinho, Andrea Stein Olivei-

ra e João Marcos Corazza foram os atletas participantes

desta edição.

porto alegre

A Clínica do estado do Rio Grande do Sul teve como

palco a bela Sociedade Hípica de Porto Alegre e contou

com a participação de 19 conjuntos. Sempre receptivos e

festivos, foi oferecido um jantar de boas vindas aos par-

ticipantes pela relações-públicas e amazona Luana Mar-

tins, e jantar de entrega de diplomas com a presença do

presidente da Federação Gaúcha dos Esportes Equestres

João Mazzafero e da amazona e presidente da Sociedade

Hípica de Porto Alegre Maria Luisa Daiello, que também

participou da aulas de Hipismo. “Adorei participar da

Clínica. Com jeito calmo e tranquilo, o Ivan me passou

bastante segurança. Vinha tendo alguns problemas com

meu cavalo e, depois dessas aulas, vi que determinadas

situações já não estão mais acontecendo. Estamos nos

entendendo bem melhor, e retomei minha confiança

com este cavalo agora”, afirma Maria Luisa.

A amazona gaúcha Luana Martins comenta que par-

ticipar da Clínica foi uma experiência bastante válida para

aprimorar suas técnicas: “Achei ótimo ter aulas com um

cavaleiro tão experiente quanto o Ivan. Ele trouxe parte

de sua rotina de treinos da Europa para nós, atletas ama-

dores, o que é muito positivo. Foi um ótimo aprendizado

que tive nestes três dias de Clínica”, comenta.

paixão por ensinar

Quando questionado sobre sua boa didática, Ivan

afirma: “Gosto muito de dar aulas e ver a evolução dos

alunos, isso para mim é muito significativo. Me esmero

por aprimorar a capacidade de comunicação para que

eles entendam realmente o que quero transmitir, sem dis-

torções. Agradeço enormemente a participação de todos

os atletas. Foi um grande prazer passar esse tempo no

Brasil e espero vê-los em breve”.

47Mundo EquEstrE - luxo |

“TEnTo FazER CoM quE oS alunoS pERCEbaM quE aS SoluçõES dE pRoblEMaS quE ElES ConSidERaM GRandES podEM SER SiMplES E quE ElaS podEM viR MaiS Rápido do quE ElES iMaGinaM”, iVAN CAMARGO.

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i n t e r n a c i o n a lFoto: Fred Chehu /FEi

Page 49: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

49Mundo EquEstrE - luxo |

O alemão Marcus Ehning saltou para a vitória

com Cornado NRW em Bourdeaux, na França, pela

penúltima etapa qualificatória da Europa Ocidental

para a Copa do Mundo FEI.

O Parc des Expositions, complexo nobre da ci-

dade francesa, foi o palco da extraordinária estreia

do cavalo de Ehning: com 11 anos, o animal des-

cende de Cornet Obolensky, montaria do vitorioso

atleta Marco Kutscher. A dupla provou sua classe e

arrebatou o primeiro lugar do conjunto vencedor

do Campeonato Europeu, Roger Yves Bost e a égua

Castle Forbes Paulois, que ficou com a segunda co-

locação.

Pius Schwizer guiou seu campeão de Zurique,

Toulago, para a terceira posição no desempate.

Enquanto o irlandês Billy Twomey e Serenade ter-

minaram em quarto, à frente do conjunto Michael

Whitaker e Elle van de Kolmen da Grã Bretanha,

que ficaram em quinto.

Muitos atletas estavam aflitos, pois precisavam

dos pontos dessa qualificatória. Para Twomey e o

britânico Joe Clee, que finalizou a prova em sexto

com Diablesse de Muze, foi um alívio terem con-

seguido resultados expressivos que os colocaram

acima da pontuação de corte.

Pista de Qualidade Com um grupo competitivo de 37 atletas, in-

cluindo doze dos vinte melhores cavaleiros do

Ranking Longines, o course designer Uliano Vezzani,

sem dúvida, enfrentaria o desafio de selecionar os

top competidores naquela noite. Para alguns, a de-

cepção veio com apenas um erro na primeira volta

em um percurso que estava repleto das marcas do

“maestro” italiano.

A pista não era nem complicada, nem traiçoeira.

Porém, muitos obstáculos estavam na altura máxima

e cada caminho precisava ser percorrido com pre-

cisão para conquistar um percurso limpo. O único

drama da primeira volta foi o recuo de Nasa, do ca-

valeiro Steve Guerdat, quando o plano saiu errado

no obstáculo duplo de número 9.

Corrida por boas posiçõesClee, cavaleiro britânico que havia conquista-

do o segundo lugar em Zurique, ficou na primeira

posição ao completar a volta sem faltas no tempo

de 38s20. Mas isso até duas apresentações depois,

quando Billy Twomey saltou para um tempo com

quase dois segundos a menos, ficando tempora-

riamente na liderança, graças ao desempenho da

égua Serenade.

Os espectadores franceses esperavam que Patri-

ce Delaveau repetisse os feitos das qualificatórias

de Helsink e Leipzig, onde foi campeão nesta tem-

porada. Porém, seu cavalo, Carinjo HDC, esbarrou

e cometeu um derrube na dupla de obstáculos com

três barras, mesmo obstáculo que a representante

de Portugal Luciana Diniz, junto de sua montaria Fit

for Fun, cometeu uma falta.

Pius Schwizer, da Suíça, não cometeu erros e

conduziu Toulago por uma volta brilhante no tem-

po de 35s83. O conjunto ucraniano Katharina Offel

e Lacontino esbarrou no penúltimo obstáculo ver-

Adrenalina até o último salto. A qualificatória de Bourdeaux, na França, aconteceu entre os dias 07, 08 e 09 de fevereiro e

teve um dos gPs mais competitivos da temporada.

49Mundo EquEstrE - luxo |

sauts à

Bordeaux

Page 50: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

tical, o que os deixou fora da disputa e, apesar

da volta em pista limpa, Whitaker e Elle van de

Kolmen não correram o suficiente, e o tempo de

37s37 não ameaçou os primeiros colocados até

então.

Roger Yves Bost começou com um ritmo incrí-

vel que, com a ajuda da corajosa Castle Forbes

Myrtille Paulois, fez a plateia delirar. O resultado

foi um tempo incrível de 35s66 que mudou, no-

vamente, as posições na classificação. Logo após

Ludger Beerbaum e seu cavalo saltarem, apenas

dois cavaleiros separavam o francês da comemo-

ração do título.

Nada estava acabado. Marcus Ehning nunca

pode ser desconsiderado. Tricampeão da Copa do

Mundo de Salto da FEI, o cavaleiro e seu incrível

cavalo Cornado NRW galoparam pelo percurso re-

duzindo a marca dos segundos a cada obstáculo,

garantindo o feito de 35s45. Nada mais do que

0s21 mais rápido do que Bost. Restou, apenas,

que o alemão se deleitasse com o resultado.

Classificação geralDepois de nove etapas , o rank ing é l ide-

rado pe lo campeão da ú l t ima qua l i f i catór ia ,

Marcus Ehning. O a lemão tem 64 pontos , t rês

a mais do que o f rancês Pat r ice De laveau, que

ocupa a segunda co locação. Repet indo, tam-

bém, a tabe la da nona rodada, P ius Schwizer,

da Su íça , f i ca em terce i ro at ing indo a soma

de 54, seguido por Scott Brash (GRB) com 52

e Steve Guerdat (SUI ) com 51 pontos . Edwina

Tops-Alexander vem em sexto fechando a pon-

tuação em 50.

oS obSTáCuloS, ESTRaTEGiCaMEnTE poSiCionadoS pElo CouRSE dESiGnER iTaliano uliano vEzzani, ToRnaRaM aS diSpuTaS CoMpETiTivaS E EMoCionanTES.

Page 51: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

i n f o r m e

51Mundo EquEstrE - luxo | 51Mundo EquEstrE - luxo |

Retomando as rédeas 2014

Cerca de 35 atletas fizeram parte da Clínica de ve-

rão Retomando as Rédeas em Florianópolis, na Casse-

tari Escola de Hipismo (CEHIP), durante os dias 20 a 26

de janeiro. O curso atendeu cavaleiros de diferentes

idades e níveis e procurou aprimorar o conhecimento

técnico dos participantes através de aulas práticas e

teóricas de equitação, gincanas e palestras.

Os instrutores Mariana Cassettari, Sandro Cardoso

e Leandro Cardoso formaram a equipe que explorou

temas variados e essenciais para um campeão no Hi-

pismo: Regulamento do esporte, cultura hípica, traba-

lho em equipe, cuidado do cavalo, avaliação do espor-

te, entre outros.

O encontro teve, ainda, a presença do juiz nacio-

nal Luiz Trindade Cassettari e do renomado cavaleiro

César Almeida que transmitiram suas experiências aos

participantes. Sobre o atleta, Mariana Cassettari con-

tou: “É um técnico acessível que beneficiou a todos.

Ele mostrou habilidade em transmitir seu conhecimen-

to com calma e clareza. Com isso, os conjuntos chega-

ram à prova de encerramento bem preparados”.

Uma das palestras mais esperadas era a da vete-

rinária Priscila Azevedo, profissional requisitada no

cenário nacional do esporte. Sua exibição tratou de te-

mas como alimentação e nutrição do animal e curiosi-

dades sobre algumas raças. Outro ponto alto da apre-

sentação foi a explanação sobre os cuidados e riscos

que o atleta deve atentar para que seu cavalo esteja

sempre em sua melhor forma competitiva.

A amazona Ester Liberato Pereira participou do

curso e revela que o diferencial da Clínica foi promover

a integração entre os inscritos, para trocar experiên-

cias com cavalos e socializar nas gincanas. Com rela-

ção ao método de abordagem, ela explica: “O aluno

não estabelece uma relação com o cavalo somente a

partir da sela, mas, também, e, principalmente, des-

de o chão, aprendendo a conhecer a natureza de seu

companheiro, bem como cuidá-lo e prepará-lo para

atuarem juntos e formarem realmente um conjunto”.

Juliana Dorneles ficou dez anos sem praticar salto

e decidiu fazer a Clínica para retomar o esporte em

sua vida. Depois de 17 anos sem competir, a parti-

cipante contou que reaprendeu os movimentos para

saltar, e que os instrutores conseguiram aumentar sua

confiança.

Ana Júlia Vieira, atleta da categoria Jovens Cavalei-

ros B, pontua que o curso a ajudou no relacionamento

com a sua nova égua, tanto na confiança, quanto nos

cuidados. “Esse foi o meu primeiro ano e, com certe-

za, vou refazar a Clínica várias vezes”, conclui a atleta.

A tradicional Clínica de Saltos realizou sua sexta edição. Contando com excelentes profissionais e completa programação, as aulas atrai-

ram a atenção de mais de 30 atletas catarienses.

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300 km a cavalo

H o m e r o z a n i n ot to

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300 km a cavalo

Na carroceria, Elegância (minha potra de três

anos), Chiru, Historiadora, Estrela e Filó (nossa

mula de reserva). Nossos parceiros de estrada são

Beto (Ariberto Staack), Cristian (Suíço) e Edgar.

Eles seguem em uma Range Rover que servirá

de apoio, assim como o outro caminhão (Trailer)

onde seguem Claudio Comper e Dr. Paulo (den-

tista de Joinville).

Foram dez dias de muita dureza, temperatura

acima de 40 graus e trechos de travessias intermi-

náveis por entre as águas (cavalgamos por volta

de oito quilômetros por dentro da lagoa). Dunas

de areia que, às vezes, pareciam engolir nossos

animais. Lama, juncais e brejos que derrubaram

muitos cavaleiros, às vezes com cavalo e tudo.

Quase 50 km em um só dia, ataque de vespas,

falta de água para beber e muito, muito compa-

nheirismo. Ao fim do dia, chegávamos mudos,

extenuados pela dureza das jornadas sob o sol es-

caldante. Nossos apoios eram como anjos nos es-

perando com bálsamo para sanar nossas feridas.

Uma hora depois, todo acampamento já estava

em festa, como se nada houvesse ocorrido. Juntá-

vamos panelas, causos contados, piadas e muita

moda gaúcha. Aos poucos, o cansaço apoderava-

-se de todos, que se recolhiam até o novo grito

de “Bom dia, meu povo!”. Às cinco da manhã,

a luta recomeçava: tratar os animais, tomar café,

colocar encilhas e... Cavalgar.

Tirava meu chapéu, sempre de olhos molha-

dos pela emoção. Rezava uma Ave Maria e um

Pai Nosso em agradecimento ao Pai e Nossa Se-

nhora pelo maior espetáculo da Terra. Então, ele

nos presenteava. O Sol surgia por sobre as águas

da Lagoa dos Patos. Majestoso, dourado, divino!

Por dez dias, tudo se repetia, mas a cada dia um

fato novo surgia. Como me disse Sr. Tovar, tro-

peiro velho (74 anos), mas com cabeça de meni-

no: “É, companheiro catarina... Tem sempre algo

novo nessa minha vida véia”. Saudade senhor

Tovar. Se fosse por minha vontade, passava a vida

te escutando, meu mestre.

Por vários pontos do trajeto parávamos para

escutar as explicações de nosso comandante Car-

los Gonçalves, que de voz sempre embargada

emocionava-se ao relembrar os fatos passados,

ocorridos no local.

Cantamos por várias vezes o Hino do Rio

Grande do Sul e o Hino Nacional, assim como

músicas tradicionais que contam a história da-

quele povo peleador, que tem em seu cavalo o

companheiro inseparável.

Dez dias após nossa partida, estávamos che-

gando à colônia de pescadores Z3, Pelotas. Nem

me lembro como uma das bandeiras veio parar

em minhas mãos, pois minha égua Manga Lar-

ga Marchador rompia na frente, cabeça erguida,

batendo forte suas patas no piso do povoado.

Nunca a vi daquele modo. Ela parecia brilhar. Suas

ventas se dilataram, as veias afloraram, ela erguia

e abaixava sua cabeça valorizando cada passo até

a Igreja onde nos esperavam com fogos e gritos

de “Viva os Cavaleiros da Costa Doce!”

Inspirado pelo Sr. Tovar, finalizo esta coluna

com uma conclusão: Saí a procura do novo e en-

contrei minha velha vida. Que bom!

53Mundo EquEstrE - luxo |

dia 16 de janeiro, deixei a

cidade de Brusque, em santa

catarina em meu caminhão,

tendo ao lado meu compa-

nheiro diogo, com quem

revezaria o volante muitas

vezes até chegar a cidade

guaíba, no rio grande do sul,

onde começaria nossa caval-

gada margeando a lagoa dos

patos (margem continental)

até chegar a pelotas, nosso

destino final após 330 quilô-

metros percorridos a cavalo.

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Page 55: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70
Page 56: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

conveniência para atletas

guia 4 pataslistamos abaixo os contatos de alguns dos instrutores e veterinários

mais influentes do brasil, que podem auxiliá-lo em sua rotina com os

cavalos, assessorias para compra de animais e treinamentos em

outras cidades.

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Page 57: Revista Mundo Equestre Luxo - número 70

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