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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA À LOGÍSTICA: UM ESTUDO DE
CASO REALIZADO NA RODA BRASIL TRANSPORTES
Edson Franklen Nunes De Souza, UFERSA
Débora Dayanny de Freitas Facundes, UFERSA
Bruna Lourena de Lima Dantas, UFERSA
RESUMO
Em plena era do conhecimento, o fluxo de informações logísticas baseia-se nas ferramentas
de TI que permitem, dentre outras coisas, a integração entre todas as áreas da organização,
automação de atividades, redução de custos e enxugamento de estruturas organizacionais.
Deste modo, a presente pesquisa é de caráter qualitativo, bem como descritiva das vantagens
da utilização da TI frente às operações logísticas. Teve como principal objetivo apresentar
quais os principais benefícios proporcionados pelo uso da Tecnologia da Informação na
otimização das operações logísticas da Roda Brasil Transportes, empresa que atua no setor de
logística no município de Mossoró-RN. Após a apresentação do campo empírico e da revisão
bibliográfica que caracterizou o papel da Tecnologia da Informação no processo logístico e
estudo documental da infraestrutura de TI utilizada na empresa, procedeu ao estudo de caso
que responde a questão de pesquisa, através de entrevista com o gestor responsável pelo
controle logístico da empresa. Constatou-se que a Tecnologia da Informação é considerada,
atualmente, a base da logística, tendo em vista que integra todas as operações necessárias para
o funcionamento da atividade bem como é uma premissa básica para a permanência no
mercado. Dentre os principais benefícios está a velocidade de resposta para o consumidor
final, através da disponibilidade de informações oferecidas pelo SIL e pelas ferramentas
utilizadas, além disso a possibilidade de acesso remoto para com as ferramentas adotadas
propõe um diferencial competitivo para a organização. Por fim, nota-se que a sinergia dos
processos da organização dá-se em virtude da adequação da infraestrutuara de TI às
necessidades do negócio.
Palavras-Chaves: Tecnologia da informação; Logística; Sistema de informação logístico.
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1 INTRODUÇÃO Atualmente, vive-se a “Era do Conhecimento”, onde as voláteis mudanças provocadas
pela globalização alteraram a dinâmica e funcionamento do mercado principalmente no que
diz respeito às mudanças tecnológicas ou Tecnologia da Informação (TI). Este panorama
provoca mudanças, cada vez mais rápidas, nos ambientes de negócios, na estrutura
organizacional e, sobretudo nas tecnologias, fazendo com que seja atribuído, cada vez mais,
valor a informação.
Estas mudanças têm exigido das organizações uma alteração de foco, buscando ajustar
seus objetivos às novas tendências do mercado, flexibilidade para se adaptarem e buscarem
novas formas de competir e se diferenciar da concorrência. Nesse sentido, a tecnologia da
informação se apresenta como fator determinante para as organizações, sendo necessária a
busca constante de aperfeiçoamento das áreas de TI, tendo por objetivo acompanhar este
desenvolvimento e se manter no mercado e/ou se diferenciar competitivamente (GIRARDI,
2007). Nesse processo, é de suma importância identificar o nível de contribuição que essas
tecnologias oferecem aos resultados das empresas. Para isso é necessário o conhecimento de
cinco dimensões: utilização, benefícios oferecidos, contribuições para o desempenho
empresarial, desafios de sua governança e administração. Essas dimensões são de
fundamental importância para a avaliação do nível de integração entre alinhamento
estratégico da organização e TI (OLIVEIRA, 2007).
Essa forte mudança no contexto organizacional demanda serviços organizacionais
cada vez mais eficientes, confiáveis e sofisticados a fim sobreviver em meio a um mundo
globalizado onde, dentre os principais serviços, a logística é, cada vez mais, determinante para
o sucesso empresarial (WANKE; FLEURY, 2006).
Segundo Oliveira (2007), as organizações brasileiras têm utilizado ampla e
intensamente a Tecnologia da Informação, tanto em nível estratégico como operacional,
sobretudo no que diz respeito ao controle do fluxo de informações, visto que é de extrema
importância para as operações logísticas, o controle de informações como: pedidos de
clientes, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, etc. Assim, o gerenciamento
eletrônico dessas informações proporciona uma oportunidade de reduzir os custos logísticos
buscando sua melhor coordenação, juntamente com o aperfeiçoamento do serviço prestado
e/ou produto oferecido (menos propenso a erros), além de uma melhoria na oferta de
informações ao cliente (BOUZON; CORRÊA, 2006).
Com isso, criou-se um ambiente favorável para inovações na área de logística, visto
que a evolução da TI nos últimos anos possibilitou uma ampla modificação nas mais variadas
operações e ferramentas de diversas organizações, trazendo impactos positivos para as
operações, inclusive para o planejamento, a execução e o controle logístico (BOUZON;
CORRÊA, 2006).
Portanto, o presente trabalho traz em sua discussão teórica-empírica aspectos da
Tecnologia da Informação aplicada à Logística, respondendo à seguinte questão de pesquisa:
Quais são os principais benefícios proporcionados pelo uso da Tecnologia da Informação
na otimização das operações logísticas da Roda Brasil Transportes? Para responder tal
questionamento, essa investigação tem como objetivo apresentar as vantagens das ferramentas
informatizadas frente às operações logísticas desenvolvidas manualmente e de forma
assistemática, destacando a importância da utilização das ferramentas de TI. E, como forma de
aprofundar o estudo foram formulados objetivos específicos que são: Apresentar os principais
benefícios da Tecnologia da Informação para as operações logísticas na empresa Roda Brasil
Transportes; Apresentar as principais ferramentas informatizadas utilizadas na empresa Roda
Brasil Transportes; Apresentar quais as aplicabilidades dos Sistemas de Informação
Logísticos; e, Identificar a situação atual do uso de Sistemas de Informação Logísticos na
empresa Roda Brasil Transportes.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A ERA DO CONHECIMENTO
As organizações do século XXI coexistem num ambiente repleto de inter-relações,
onde o constante estado de mutação do mercado transforma a informação e o conhecimento
em verdadeiros patrimônios cada vez mais valiosos, necessários para que se possa prever,
compreender e responder às mudanças ambientais e alcançar ou manter uma posição
favorável no mercado (BEAL, 2004).
Nesse contexto, processos decisórios e operacionais abastecidos com informações de
qualidade adaptadas as necessidades do negócio, são premissas para as empresas que buscam
obter vantagem competitiva, de modo que a simples ação de tornar as informações facilmente
disponíveis para os integrantes de uma organização pode melhorar significativamente os
resultados por ela obtidos (BEAL, 2004).
Passadas a Era Transacional (1960-1970), onde o uso da TI possuía um enfoque
contábil, processando um grande volume de dados através de cálculos e equações complexas,
e a Era Informacional (1970-1990) cujas principais características são: a criação dos
microcomputadores, bancos de dados, e poderosos sistemas de informação capazes de
automatizar rotinas de trabalho e gerar relatórios para as tomadas de decisões gerenciais,
vivemos a chamada Era do Conhecimento que inicia-se a partir dos anos 90, surgindo neste
período o termo Tecnologia da Informação (OLIVEIRA, 2005).
Assim, a chamada “Era do Conhecimento”, é resultado do novo padrão de acumulação
no qual se apóia uma revolução informacional tão radical quanto às ocorridas em fases
anteriores como a mudança no padrão de acumulação capitalista bem como a chamada
Revolução Industrial do século XVIII. O diferencial está na frequência, onde os impactos
econômicos e sociais esperados desta nova ordem mundial em estruturação são considerados
como até mais importantes que os gerados pela Revolução Industrial. Segundo Lastres e
Albagli (1999) a Era do Conhecimento é caracterizada pela integração de uma série de
inovações sociais, institucionais, tecnológicas, organizacionais, econômicas e políticas, a
partir das quais a informação e o conhecimento passaram a desempenhar um novo e
estratégico papel.
Este novo contexto demanda novas práticas de produção, comercialização e consumo
de bens e serviços, cooperação e competição entre os agentes, assim como de circulação e de
valorização do capital, a partir da maior intensidade no uso de informação e conhecimento
nesses processos. Estas práticas se apóiam em novos saberes e competências, aparatos e
instrumentos tecnológicos, assim como também em novas formas de inovar e de organizar o
processo produtivo onde a difusão e a convergência das tecnologias da informação e
comunicação (TICs) são vistos como centrais (LASTRES; ALBAGLI, 1999).
Inicia-se a inauguração do Terceiro Milênio, onde a virtualização das economias e
sociedades, assim como de seus agentes e produtos já são uma tendência, onde a lógica
financeira se sobrepõe à produtiva. Tais objetivos por sua vez enfatizam ou requerem
atributos tais como: moderna infra-estrutura de tecnologias da informação e comunicações e
acesso a equipamentos e aplicativos relacionados,formatos organizacionais “reengenheirados”
e enxutos, produção flexível, customizada, horizontal e articulada, com variedade de insumos
e produtos (com crescente conteúdo informacional). Novas estratégias competitivas que
privilegiam a capacidade de inovação perpétua e que exigem a inserção em redes dinâmicas
de financiamento, informação, inovação, produção e comercialização de abrangência global,
assim como sofisticados sistemas de inteligência competitiva (LASTRES; ALBAGLI, 1999).
Essas e outras mudanças repercutiram no ambiente empresarial onde a intensa
competição alterou a dinâmica dos mercados atuais, trazendo como um de seus principais
elementos o aspecto da digitalização das atividades, onde a Tecnologia da Informação ocupa
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um papel de destaque. Tal importância deve-se principalmente à busca, por parte das
empresas, por maior eficiência e eficácia no uso estratégico da TI. Esse contexto demanda a
estruturação de um alinhamento estratégico contínuo entre TI e o negócio (LAURINDO,
2008).
A caracterização do importante papel desempenhado pela TI nas organizações, bem
como a evolução de seu conceito e seus principais benefícios serão tratados no tópico a
seguir.
2.1.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
No final dos anos 70 já existiam várias alternativas de uso para a informática e as
aplicações básicas, que inclusive já estavam implantadas nas grandes empresas. Passando a
ser necessária uma maior reflexão sobre a estratégia de TI visto que esta gradativamente
mesclava-se com papel estratégico na gestão de muitas das empresas líderes nos mercados
competitivos(LAURINDO, 2008).
A expressão Tecnologia da Informação só estrutura-se a partir da década de 80, onde
substitui as expressões Informática e Processamento de Dados, como comumente era
conhecida. Em geral, Tecnologia da Informação é tida como a coleção de sistemas de
computação utilizada por uma empresa cujo objetivo primordial é dar suporte às operações
das organizações. Seu uso generalizado facilitou as atividades empresariais no mundo de hoje
(VIEIRA, 2007). Segundo Turban, Rainer Júnior e Potter (2005), o termo Tecnologia da
Informação pode ser um pouco confuso, e, normalmente, é usado para indicar a mesma coisa
que sistema de informação. Segundo estes autores, em seu sentido mais amplo a Tecnologia
da Informação é usado para descrever a coleção de recursos de informação da organização,
usuários e a gerência que os supervisiona.
A expressão tecnologia da informação (TI) serve para referenciar a solução ou
conjunto de soluções sistematizadas baseadas no uso de métodos, recursos de
informática, de comunicação e de multimídia que visam resolver problemas
relativos à geração, armazenamento, veiculação, processamento e reprodução de
dados e a subsidiar processos que convertem dados em informação (Beal, 2004, p.
17):
.
Os significativos avanços nas tecnologias da informação e comunicação são
responsáveis por profundas mudanças nas formas pelas quais a informação é produzida e
disseminada nas organizações, visto que facilitaram o acesso às fontes de conhecimento de
maneira mais rápida e com menor custo, oferecendo também variadas opções para a criação,
distribuição, recuperação e preservação da informação. Assim, quando bem gerenciada, a TI
pode proporcionar diversas vantagens para as organizações, dentre elas: maior velocidade e
comodidade no atendimento aos clientes, integrar processos, eliminar barreiras impostas pela
distância e personalizar bens e serviços, entre outros benefícios para o negócio. Portanto,
compreender as formas pelas quais se pode otimizar o uso dos recursos informacionais e de
TI, em geral, representa, hoje, um aspecto fundamental para a melhoria do desempenho de
qualquer organização (BEAL, 2004).
Por estes e outros motivos que Oliveira (2005) afirma que a Tecnologia da Informação
é considerada a grande responsável pelo sucesso da organização em diversos níveis, dentre
seus principais benefícios para a organização estão:
Em um primeiro nível, a TI atua na sobrevivência das empresas, alongando o ciclo de
vida dos produtos e na diminuição do tempo para o lançamento de novos produtos,
possibilitando a obtenção de maior competitividade. No segundo nível, sua utilização está
relacionada ao cumprimento das metas referentes à redução de custos, melhoria da qualidade
de produtos e serviços e aos processos de automação e otimização das operações fabris. Outro
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importante nível no uso da TI é a possibilidade de reduzir significativamente a quantidade de
seus níveis intermediários administrativos, podendo também afetar mo contingente de
operários necessários à produção, em função da automação e melhoria dos processos.
No nível da Automação Industrial estão compreendidos as máquinas, equipamentos, e
os sensores envolvidos no processo produtivo. È comum, neste nível, que as indústrias
empreguem uma grande quantidade de máquinas – robôs e controladores programáveis.
Assim as operações podem ser desde as manuais até as totalmente automatizadas.
No segundo nível, estão os Sistemas Supervisores que são responsáveis pelo controle
direto das máquinas e dos processos da automação industrial. Além disso, geram e
armazenam uma grande quantidade de dados sobre as máquinas, as operações, a produção e a
qualidade. É neste nível que controladores lógicos programáveis são utilizados em conjunto
com microcomputadores de supervisão, estabelecendo o elo de ligação entre homem e
máquina.
No nível da Automação Administrativa está representada a automação dos processos
administrativos da empresa, onda há a sinergia de esforços voltados à automatização das
tarefas administrativas, melhoria no atendimento ao cliente, redução de custos e redução de
estruturas organizacionais, podendo até mesmo reduzir o contingente de empregados. Como
exemplos de aplicações neste nível, podemos encontrar: sistemas de informação
administrativos, responsáveis pela automação das funções da cadeia logística da empresa,
funções financeiras, automação de escritórios, serviços públicos representando pelos bancos
de dados públicos como Receita Federal, bancos privados, tribunais dentre outros.
No nível do Apoio à Decisão encontram-se os sistemas destinados ao apoio à decisão.
Dentre as suas principais aplicações estão a prospecção mercadológica, e atendimento ao
cliente.
Por fim, o nível do EIS – Sistemas de Informações Executivas, consistem em sistemas
que possibilitam uma análise estratégica da informação pelos executivos das empresas. São
programas que trabalham com gráficos de simulação de dados e monitoramento da
informação, possuindo informações sumarizadas de todas as áreas da empresa. Inclusive o
mercado externo à organização, como, bolsa de valores, índices financeiros e tendências
econômicas.
2.1.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A informação é de vital importância para a organização, quando devidamente
estruturada integra os diversos subsistemas e funções da empresa. Tendo como propósito
básico a utilização eficiente dos recursos disponíveis, sejam pessoas, materiais, equipamentos,
tecnologia, dinheiro ou até mesmo informações. Assim, é necessário que o executivo tenha,
previamente, o conhecimento do dado para que a partir da transformação deste por um
processo dinâmico tenha-se a informação, e somente então possa posicionar-se diante de um
problema ou situação qualquer (OLIVEIRA, 2005).
Dessa forma, a possibilidade de vender para outros mercados aumentava,
principalmente, ao passo em que se desenvolviam os serviços de transporte e comunicação, e,
com o aumento do mercado consumidor havia a necessidade de se produzir mais para atender
a demanda (OLIVEIRA, 2005).
Neste cenário, a informática desponta como a ferramenta que melhor permite se
trabalhar a informação, contudo, é necessário que haja sempre uma avaliação contínua no uso
dessa informação gerada pelos sistemas, efetuando, sempre que possível, as modificações e
implementações necessárias para mantê-lo atualizado e produtivo dentro do processo
informacional. Visto que a dinâmica do mercado exige uma adequação das organizações.
Assim os sistemas de hoje precisam ser continuamente alterados para atender as necessidades
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do mercado, caso contrário a organização corre o risco de perder a concorrência (OLIVEIRA,
2005).
Um sistema de informação para Beal (2004, p. 15) “é um conjunto de elementos ou
componentes que interagem para atingir objetivos”. Segundo ela os sistemas têm: entradas,
que correspondem aos dados capturados, mecanismos de processamento que envolvem a
conversão ou transformação dos dados em saídas úteis, saídas, que envolvem a produção de
informações úteis, muitas vezes, na forma de relatório.e feedback, processo no qual são feitos
ajustes no desempenho do sistema, como, por exemplo, nos procedimentos de detecção e
correção de erros em dados de entrada.
A expressão “tecnologia aplicada” refere-se à forma como o sistema de informação é
efetivamente utilizado pelos indivíduos de uma determinada organização. Por exemplo,
dentro de algumas organizações o e-mail é utilizado como forma de quebrar barreiras entre
funções e níveis hierárquicos, em outros casos, pode ser utilizado para reforçar e controlar
melhor as linhas de comando. A utilização dos sistemas de informação irá variar de acordo
com a necessidade organizacional, seja como forma de substituir mão-de-obra especializada
por mão-de-obra mais barata, através da automatização de algumas tarefas, de modo a
minimizar a variância, em outros casos, as empresas utilizam os sistemas de informação para
reesquematizarem os seus processos internos, na tentativa de eliminar a grande quantidade de
formulários, e de forma a simplificar os processos e criar uma interatividade via Web. Em
todos os casos as TICs atuam como um catalizador para a transformação organizacional
(CASTELS; CARDOSO, 2006)
2.2. LOGÍSTICA
Quase 70 anos transcorridos após a Segunda Guerra Mundial e a logística ainda
apresenta uma evolução contínua, sendo, atualmente, um dos elementos fundamentais na
tomada de decisões e estabelecimento das estratégias competitivas nas empresas.
Antigamente, era confundida com transporte e armazenagem de produtos; já hoje possui um
conceito mais complexo, sendo considerada o ponto crucial da cadeia produtiva integrada,
atuando sob o conceito de SCM – Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos) (NOVAES, 2007).
Platt e Nunes (2007, p. 22) definem logística como “o processo que cria utilidade de
tempo e localização aos bens e serviços de uma organização”.
Este conceito tem como pressuposto uma gama de definições de logística atualmente
apresentadas, que em sua maioria tratam a logística como a responsável pela administração,
planejamento, implementação e controle do fluxo e armazenagem de produtos, serviços e
informações que são compartilhadas entre fornecedores e clientes ao longo de toda a cadeia
de suprimentos.
Assim, é a logística que dá condições reais, ao consumidor, de garantir a posse do
produto no momento desejado. No Brasil, é muito comum o vendedor prometer a entrega do
produto em uma determinada data, que muitas vezes não é cumprida, seja por deficiências no
sistema de informação, nas operações do depósito ou no transporte do produto. Estas
situações acarretam a construção de uma visão negativa, do cliente para com a imagem da
empresa (NOVAES, 2007).
2.2.1 O PAPEL DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA LOGÍSTICA
A evolução da tecnologia da informação nos últimos 20 anos possibilitou
significativas mudanças no modus operandi de diversas organizações. Seja através de
sistemas ou hardwares a TI é fundamental para o desenvolvimento da Logística (FLEURY et
al., 2012).
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A princípio, os clientes percebem que informações como: status do pedido,
disponibilidade de produtos, programação de entrega e faturas, são importantes no serviço
ofertado. Outro fator relevante nesse aspecto é a possibilidade de redução de forma eficaz as
necessidades de estoques e recursos humanos, bem como um gerenciamento mais adequado
dos mesmos através do uso estratégico da informação. E por fim, o aumento da flexibilidade,
permite identificar (qual, quanto, como, quando e onde) os recursos podem ser utilizados para
que se obtenha vantagem estratégica.
Estes e outros motivos têm feito a tecnologia avançada ser, cada vez mais, aplicada no
processo logístico, tendo em vista torná-lo mais eficiente e adequando-o aos conceitos e
definições do ECR–Efficient Consumer Response, isto é, resposta eficiente ao consumidor, de
modo que este é o consumidor final é o principal responsável pela dinâmica do mercado,
obrigando as empresas a atuarem de forma diferente, buscando atender seus hábitos
gradativamente mais exigentes. E sem dúvidas, o ECR pode fazer a diferença para as
empresas, em um mundo onde a competição é cada vez mais acirrada a geração de valor para
o cliente, seja através do produto ou serviço, é o caminho mais seguro para que os negócios
tenham sucesso (BERTAGLIA, 2006).
Para Bertaglia (2006) a necessidade de informações mais precisas na organização,
tornou-se eminente após a mudança no contexto industrial, que passou por uma profunda
transformação, migrando de um modelo de produtividade para um modelo de
competitividade, e este último, exige que as organizações adotem formas diferentes de
administração empresarial com o foco voltado para o serviço ao cliente.
Atualmente, a adoção de novos modelos de administração empresarial, em suma
maioria, requerem a abertura da organização para a informatização de seus processos,
principalmente, quando se busca o foco para com o cliente.
2.2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS
Para Ballou (2006, p. 133) um sistema de informações logísticas (SIL) “deve ser
descrito em termos de funcionalidade e operação interna”. Precisa ser abrangente, capaz de
permitir a comunicação entre todas as áreas funcionais da empresa bem como para
vendedores e clientes. O compartilhamento de informações como: vendas, embarques,
programas de produção, disponibilidade de estoques, situação dos pedidos e similares com
vendedores e compradores podem reduzir significativamente a incerteza á medida em que os
usuários encontram maneiras de tirar proveito das informações disponíveis (BALLOU, 2006).
Já para Fleury et. al (2012, p. 287) “os sistemas de informações logísticas funcionam
como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando
hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas”.
No âmbito do SIL, Ballou (2006) classifica como principais subsistemas: o Sistema de
Gerenciamento de Pedidos – SGP, que estabelece o contato inicial entre o cliente na etapa da
procura dos produtos e colocação dos pedidos. O SGP está em constante comunicação com o
sistema de gerenciamento de armazéns, para avaliar a disponibilidade do produto a partir do
estoque ou programas de produção; O sistema de gerenciamento de armazéns – SGA atua no
gerenciamento do fluxo ou armazenamento de produtos nas instalações da rede logística. Tem
como elementos principais: entrada; estocagem; gerenciamento de estoques; processamento e
retirada de pedidos e preparação do embarque; O sistema de gerenciamento de transportes -
SGT cuida de todas as atividades relacionadas ao transporte para a empresa, sendo este uma
parte integral do SIL. Tem por objetivo dar assistência ao planejamento e ao controle da
atividade de transportes como um todo, envolvendo: seleção de modais, consolidação de
fretes, roteirização e programação dos embarques, processamento de reclamações,
rastreamento de embarques, faturamento e auditragem dos fretes. Nem todos os SGTs
possuem todos esses serviços, a necessidade ou não de cada uma destas atividades é denotada
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pela informação que é requerida do SGT; Por fim, o gerenciamento do banco de dados, que
não é necessariamente um subsistema, contudo é uma parte integrante do SIL, visto que
envolve a seleção dos dados a serem armazenados ou recuperados, escolha dos métodos de
análise e a seleção dos procedimentos para o processamento dos dados básicos a serem
implementados. Posteriormente, a preocupação gira em torno da decisão sobre quais dados
manter na forma tradicional de cópia impressa e aqueles que deverão ficar retidos na memória
do computador para acesso rápido, e quais os dados que não serão conservados. Essas
decisões são baseadas na: importância da informação para o processo decisório, na rapidez da
recuperação da informação, na freqüência de acesso aos dados e no processo necessário para
manipulação desses dados na forma desejada.
Cada um destes pacotes de software de computador, como também são conhecidos,
são responsáveis por uma gama de informações capazes de dar suporte a decisões muito úteis
no planejamento de atividades específicas (BALLOU, 2006).
O primeiro nível funcional de atuação do sistema de informação logístico é o Sistema
Transacional, é a base para as demais operações, de onde são retiradas as informações das
atividades de planejamento e coordenação. É o ele de comunicação com as outras áreas da
empresa (Produção, Marketing, Finanças, ...) ou da cadeia de suprimento onde são
compartilhadas as informações logísticas. Logo em seguida está o nível funcional do Controle
Gerencial que utiliza-se das informações no sistema transacional para gerenciar as atividades
logísticas, incluindo neste patamar as ferramentas de mensuração como indicadores
financeiros, de produtividade, de qualidade, e de serviço ao cliente. No nível funcional do
Apoio à Decisão são usados diversos tipos de softwares para o suporte de atividades
operacionais, táticas e estratégicas complexas, para que estas não sejam praticadas com
embasamento somente no feeling. Sua utilização propicia significativa melhoria na eficiência
das operações logísticas, permitindo, dentre outras coisas, incremento do nível de serviço e
reduções de custos. E, por último, o nível funcional do Planejamento Estratégico, onde as
informações logísticas obtidas dos três níveis funcionais atuam como suporte para o
desenvolvimento e para a melhoria contínua da estratégia logística.
Para fins de análise, neste trabalho será considerada a subdivisão do SIL de Ballou
(2006): SGP, SGA, SGT e Gerenciamento do Banco de Dados.
2.2.4 FERRAMENTAS DE TI APLICADAS À LOGÍSTICA
Dentre todas as ferramentas existentes oferecidas pela TI, serão apresentadas apenas as
mais relevantes e que trazem benefícios para o processo logístico. Sendo necessário enfatizar
que a funcionalidade das ferramentas informatizadas varia de acordo com o segmento do
mercado, podendo ser úteis para alguns e outros não (BERTAGLIA, 2006).
Para Bertaglia (2006) as principais ferramentas fornecidas pela TI para a
administração de transportes são:
2.2.4.1 SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO DE ROTAS
O sistema de otimização de rotas propõe a redução de custos e a melhoria no
desempenho das entregas. A consolidação de cargas e otimização de retornos são algumas das
atividades que podem ser otimizadas com o processo de gerenciamento de rotas.
O suporte do computador para determinar as rotas a serem seguidas pelo veículo
proporciona uma redução significativa no custo, visto que no trabalho de coleta e entrega de
produtos existem muitas variáveis de processo e o trabalho, quando feito via computador,
pode permitir simulações diferentes em tempo reduzido, possibilitando aos gerentes obter
informações e resultados diversos em função das restrições impostas ao processo.
2.2.4.2 SISTEMA DE RASTREAMENTO DE FROTA:
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O sistema de rastreamento da frota surge em resposta a necessidade, por parte das
empresas, do conhecimento da posição geográfica dos seus veículos. Com a evolução da TI
foi possível o desenvolvimento de sistemas de posicionamento global, que empregam satélites
para localizar objetos na superfície terrestre, sendo possível, desta forma, rastrear os veículos,
identificando sua posição.
Dentre os benefícios proporcionados pela utilização desta tecnologia estão a melhoria
do serviço prestado ao cliente, na segurança da carga e dos condutores, nas operações e na
eficiência e satisfação do condutor.
2.2.4.3 TELEMÁTICA:
A telemática trata-se de um novo enfoque do uso da tecnologia combinando
telecomunicações com computação. Essa tecnologia permite conectar pessoas que usam
veículos com o ambiente externo, enviando e recebendo informações.
Alguns dos serviços oferecidos pela telemática são: chamadas de emergência,
travamento de portas do veículo, sistemas de navegação com mapas digitalizados,
computadores de bordo, dentre outros.
3 METODOLOGIA
A pesquisa em administração pode ser chamada de pesquisa social empírica, método
que permite que se faça levantamento, observação e experimento, fornecendo conhecimento
sobre opiniões, atitudes, crenças e percepções dos indivíduos (CAMPOMAR, 1991).
Na análise dos dados foi utilizada a abordagem qualitativa de interpretação de
fenômenos e atribuição de significados (MATIAS-PEREIRA, 2010) e descritiva das
vantagens da TI frente às operações logísticas, destacando a importância da utilização das
ferramentas de informatizadas e no sentido de descobrir, mensurar e avaliar os principais
sistemas de informação logísticos, suas aplicabilidades bem como seu funcionamento na Roda
Brasil transportes.
No que se refere ao levantamento e natureza dos dados, utilizou-se a pesquisa
bibliográfica, que segundo Severino (2007) é aquela que realiza-se a partir de registros
disponíveis: documentos impressos, livros, artigos, teses, dentre outros, resultantes de leituras
e consultas prévias a materiais disponíveis ao tema abordado. Além disso foi realizada uma
análise documentas da infra estrutura de TI utilizada na empresa em estudo, principalmente
no que diz respeito à ao funcionamento e utilização do SIL e das ferramentas de TI aplicadas
à logística.
A pesquisa foi desenvolvida através de um estudo de caso levando-se em conta que
este permite uma investigação detalhada de uma ou mais organizações, ou grupos dentro de
uma organização, visando prover uma análise do contexto e dos processos envolvidos no
fenômeno em estudo. Pois, o fenômeno não está isolado de seu contexto, pelo contrário, o
interesse do pesquisador é justamente entender essa relação entre ambos (DIAS, 1999).
O estudo de caso do presente trabalho foi realizado na Roda Brasil Transportes (RBT),
uma empresa de pequeno porte do ramo logístico da cidade de Mossoró-RN. A empresa
surgiu no ano de 2002, através da iniciativa do proprietário, que buscava preencher a lacuna
existente no setor logístico da atividade salineira na cidade de Mossoró. Pouco tempo depois,
a empresa passou a atuar também no setor de fruticultura, principalmente, com o
fornecimento de adubos, sementes e insumos em geral para produtores e proprietários rurais
da região.
O contato inicial com o entrevistado foi facilitado, principalmente, devido à relativa
proximidade que o entrevistador já dispunha com o mesmo. No contato inicial foi apresentada
a proposta do trabalho, demonstrando as intenções do trabalho e se a Roda Brasil Transportes,
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de modo geral, se dispunha a colaborar com esta pesquisa. Foi entrevistado o responsável pelo
controle logístico da RBT, que ao longo da pesquisa será tratado pelo seguinte código G1
(Gestor 1), tendo por objetivo resguardar sua identidade.
A coleta de dados foi realizada através de uma entrevista não-estruturada, com roteiro
de perguntas pré-estabelecidas e abertas (Apêndice A), realizada com o responsável pela
atividade de logística da Roda Brasil Transportes. O roteiro de entrevista possui 15 perguntas
abertas nas quais o entrevistado respondeu emitindo sua opinião sobre o tema, o que
proporcionou interação do informante com o entrevistador (MATIAS-PEREIRA, 2010).
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão analisados os resultados obtidos com as respostas da entrevista
realizada com o gestor responsável pelo controle logístico da RBT, de acordo o referencial e
teórico e os objetivos apresentados.
A princípio, buscou-se identificar a atual situação da empresa no que tange à utilização
da tecnologia da informação. Nesse aspecto, foi possível perceber uma extrema dependência
no que 2diz respeito à utilização da mesma, como pode ser observado na fala do G1: “[...] se
eu quisesse existir de todo jeito eu tinha que ter alguma coisa relacionada à tecnologia da
informação, é impossível você viver sem, e eu acho que a dependência é cem por cento, nada
funciona sem isso hoje [...]”
A RBT utiliza-se de um sistema de informação logístico próprio, o Smart. O Smart
funciona através do servidor e é conectado à internet somente para a emissão dos documentos
fiscais. O sistema foi elaborado tendo-se como base as principais atividades desempenhadas e
serviços fornecidos pela organização, buscando atender, de modo geral, as necessidades do
negócio como um todo.
Como afirma Ballou (2006), o sistema de informação logístico precisa ser abrangente,
capaz de permitir a comunicação entre todas as áreas funcionais da Empresa. Esta integração
organizacional proposta na utilização do SIL também está presente no sistema Smart da RBT.
No sistema Smart são cadastradas, processadas e armazenadas todas as informações
relativas ao funcionamento da organização, compreendendo desde o cadastro de motoristas e
clientes, programação de embarques, até a movimentação financeira e emissão de documentos
fiscais. Deste modo, a comunicação é estabelecida com todas as áreas da RBT, administrativa,
logística e financeira.
Nota-se a importância da utilização do SIL para a RBT, onde, dentre outras aplicações,
está a automação administrativa de diversas atividades, administrativas, financeiras e
logísticas, o que possibilitou a consolidação de uma estrutura física enxuta, bem como evitou
a necessidade de um maior número de contratações, visto que as atividades administrativas da
organização são eficientemente desempenhadas por apenas quatro colaboradores. Como
afirma Oliveira (2005) nesta aplicação da TI há a sinergia de esforços voltados à automação
de tarefas, melhoria no atendimento ao cliente, redução de custos e redução de estruturas
organizacionais, podendo até mesmo reduzir o contingente de empregados. Tudo isso é
possível através da utilização de sistemas de informação responsáveis pela automação das
funções da cadeia logística da empresa, funções financeiras, automação de escritórios, dentre
outros.
Beal (2004) afirma que um sistema de informação têm entradas e mecanismos de
processamento que envolvem a conversão ou transformação dos dados em informações úteis,
muitas vezes, na forma de relatórios. Na RBT as informações cadastradas, processadas e
fornecidas pela integração do sistema são expedidas, principalmente, através de relatórios
financeiros e das atividades pertinentes ao controle do transporte, o que permite ao gestor
11
avaliar o desempenho da organização e assim assegurar que as metas organizacionais estejam
sendo cumpridas, bem como fornece o suporte necessário para a tomada de decisão, sendo
esta considerada por Oliveira (2005) outra importante aplicação da TI.
Ballou (2006) fragmenta o sistema de informação logístico em vários outros
subsistemas SGT, SGA, SGP e o gerenciamento do banco de dados, cada um deles com sua
respectiva funcionalidade dentro da organização. Dentre eles, percebeu-se que o sistema de
informação logístico da RBT trabalha com os subsistemas SGT, desenvolvendo as atividades
de consolidação de fretes, roteirização, programação dos embarques e rastreamento dos
carregamentos e o subsistema de Gerenciamento do Banco de Dados, onde são armazenados
todos os dados e informações relativos a todas as atividades da organização.
Como a RBT destina-se apenas ao transporte de cargas, não há a necessidade de
utilização dos subsistemas do SGP ou o SGA, além disso, não trabalha com cargas
fracionadas, o que dispensa a necessidade de armazenamento, como explica o G1: “Na
verdade, a gente não trabalha com armazenamento e tampouco com carga fracionada, a
empresa da gente se dedica única e exclusivamente a cargas fechadas, então é um ponto de
coleta e um ponto de entrega, não tem vários locais para você fazer apanha ou entrega, e a
questão de armazenamento a gente não possui isso porque é só uma coleta e uma entrega,
não tem necessidade de armazenagem”.
A RBT utiliza-se também de uma ferramenta informatizada para o controle e
rastreamento de cada um dos caminhões pertencentes a empresa. O equipamento consiste em
um rastreador híbrido fornecido pela empresa OnixSat, que trabalha com rastreamento e
comunicação via satélite de alta órbita para os mercados aéreo, terrestre e marítimo.
O rastreador é instalado nos caminhões da RBT, e permite ao gestor, dentre outras
coisas, a configuração da inteligência embarcada, telemetria, controle de jornada do motorista,
controle da manutenção da frota bem como o acompanhamento em tempo real das atividades
de transporte. Este acompanhamento é feito via tecnologia GSM (Sistema Global para
Comunicações Móveis) ou satelital.
Esta tecnologia é definida por Bertaglia (2006) como Sistema de Rastreamento de
Frota, que é uma das muitas ferramentas da TI aplicadas a logística, que possibilita, entre
outras coisas, um planejamento mais elaborado e a otimização das operações logísticas, com o
melhor ajuste dos pontos de parada e o tempo necessário para a realização dos percursos,
tempos de carga e descarga, além de características preventivas dos veículos, como
travamento de portas do baú, problemas com engates das carretas e supervisão remota da
velocidade empreendida pelo condutor (ONIXSAT, 2014).
O acompanhamento do carregamento rastreado é feito na própria página da empresa
OnixSat, e lá o gestor pode ter acesso a diversas informações,como também acompanha a
sequência de eventos ocorridos durante a atividade de transporte, com o recebimento de
notificações entre 5 e 30 minutos, variando à medida em que novas ações são registradas pelo
rastreador. Segundo o G1 através do sistema da OnixSat “[...] você pode enviar uma
mensagem para o motorista, você pode ver que velocidade que ele está andando, você
localiza inclusive em qual rua ele que ele está da cidade, qual BR que ele está, se foi aberta a
porta do carona, se foi aberta a porta do motorista, se a parada foi programada, ou se ela
não foi programada [...]”.
Verificou-se a importância da utilização do sistema de rastreamento de frota no que
diz respeito ao fornecimento de todas as informações necessárias para o acompanhamento da
atividade de transporte.Muitas destas informações estão estruturadas em relatórios, para
análise de mensagens, posições, comandos e alertas recebidos, o que também contribui para a
tomada de decisão, além de manter o cliente informado a todo o momento sobre o seu
carregamento. Figura 1 – Funcionamento do software de rastreamento da OnixSat.
12
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
A figura 1 traz o layout do funcionamento do sistema da OnixSat, onde em uma
mesma página do sistema estão disponíveis informações como: placa do veículo, data para
início e término da atividade, localização do veículo, e a sequência de eventos registrados
pelo equipamento instalado.
O sistema da OnixSat é integrado ao software da Google Earth - programa de
computador desenvolvido pela Google cuja função é a representação tridimensional do globo
terrestre via imagens de satélite - permitindo a visualização do veículo em tempo real com
uma margem de erro de um metro para qualquer direção, conforme visualizado na Figura 2.
Figura 2 – Localização do caminhão no software Google Earth.
Fonte: Dados da Pesquisa (2014).
O sistema da OnixSat complementa a utilização do SGT fornecendo informações
adicionais sobre o transporte. Outro recurso também utilizado na complementação do SGT é o
sistema de otimização de rotas que segundo Bertaglia (2006) é também uma importantíssima
ferramenta de TI aplicada à logística que propõe a redução de custos e a melhoria no
desempenho das entregas. A RBT atua fornecendo o suporte à atividade de roteirização dos
caminhões da organização.
O sistema utilizado para a otimização de rotas é o Google Maps - um serviço de
pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da terra, gratuito na web, fornecido e
desenvolvido pela empresa Google. Embora funcional, a utilização deste sistema é
condicionada a inspeção das rotas, visto que nem sempre oferece uma rota válida para o
transporte de cargas.Neste caso, a experiência e o conhecimento do profissional responsável
pelo controle logístico se faz mais presentes para a correção dos possíveis erros e limitações
13
do sistema.Embora não ofereça todo o suporte para a atividade de roteirização, ainda sim, é
muito útil na elaboração das rotas que irão compor o roteiro a ser passado para o motorista.
Outra ferramenta bastante útil para o controle das operações logísticas da RBT é a
telemática, que segundo Bertaglia (2006) permite conectar pessoas que usam veículos com o
ambiente externo, enviando e recebendo informações. Na RBT o uso desta tecnologia se dá
através do sistema de rastreamento da OnixSat que permite a troca de informações com o
motorista através da tecnologia de bordo do caminhão, além disso, pode ser acessada
remotamente de qualquer dispositivo conectado à internet, o que facilita o controle sobre a
execução da atividade. Como afirma o G1: “Acesso esses sistemas do meu celular ou de
qualquer PC”.
Os sistemas utilizados efetuam todos os registros relacionados ao carregamento,
segundo o G1 há uma gama de informações disponíveis, dentre elas: “Tem a quantidade, o
tipo de produto, o dia do carregamento, o dia provável de descarga, o motorista que
carregou, a placa do veículo, capacidade do veículo, o que a gente não informa é a
característica química do produto, o resto a gente tem condições de fornecer todas as
informações relacionadas aquele carregamento”. “[...] que tipo de sacaria, qual a
quantidade, que peso, onde está o caminhão, tudo isso a gente tem condições de informar
com precisão cirúrgica, então tudo isso fica registrado aqui, inclusive registrado
permanentemente [...]”.
Estas e outras informações são gerenciadas no banco de dados da organização, e são
utilizadas também na elaboração de relatórios pelo sistema, onde através deles é possível a
tomada de decisão mais consciente. Ballou (2006) caracteriza o gerenciamento do banco de
dados como parte integrante do SIL, visto que envolve a seleção dos dados a serem
armazenados ou recuperados, escolha dos métodos de análise e a escolha dos procedimentos
para o processamento dos dados básicos a serem implementados. Afirma também que
posteriormente a esse processo, a preocupação gira em torno da decisão sobre quais dados
devem ser mantidos na forma tradicional de cópia impressa e aqueles que deverão ficar
retidos na memória do computador para acesso rápido, e quais os dados não serão
conservados.
Fleury et. al (2012) concorda neste sentido, afirmando este fluxo de informações que é
fundamental nas operações logísticas, hoje, não mais baseia-se no papel, mas sim através da
TI, que permite aos executivos coletar, armazenar transferir e processar dados com maior
eficiência, eficácia e rapidez do que quando feito via papel.
Percebeu-se que o grande volume de informações processadas no SIL é usado também
para o planejamento estratégico, de modo que, quando em tempo hábil, é considerado o
diferencial entre ganhar ou perder, como pode ser observado na fala do G1“A informação hoje
é o que te faz ganhar ou perder, hoje se você não tiver um sistema de informação que deixe o
teu cliente satisfeito, ágil, você perde espaço pra concorrência [...]”.
Como exemplo prático da utilização estratégica da informação o G1 cita “[...] eu
recebi aqui uma informação da Delmonte que eles não iriam trabalhar nem ontem nem hoje,
aí ao invés de mandar meu caminhão carregar pra eles pra ficar esperando até amanhã pra
descarregar, eu carreguei outras cargas, produzi, ganhei, e vou carregar a carga deles
amanhã, então você tendo informação você consegue ganhar dinheiro com essa informação,
sempre é assim!”. Neste contexto, cabe também a habilidade e atenção do gestor para com o
uso da informação, que quando bem gerenciada pode resultar na geração de valor para a
organização.
Por estes e outro motivos, o G1 caracteriza a informação como a base da logística
hoje, visto que, segundo ele, através dela é possível o posicionamento estratégico buscando
contornar os imprevistos, bem como “[...] você depende da informação para planejar todos
os teus passos seguintes [...]”.
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Como pôde ser observado a TI pode ser usada de diversas formas como enumera
Bertaglia (2006): controle de veículos por satélites; controle de rotas; checagem da carga;
informação imediata e visibilidade da frota através de sistemas de gerenciamento de veículos.
Na análise dos sistemas utilizados pela Roda Brasil Transportes foi possível perceber que a TI
desempenha a maior parte destas funções através de sistemas e ferramentas informatizadas.
Figura 3 – Síntese das ferramentas de TI da Roda Brasil Transportes.
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
A figura 3 contém uma síntese das principais ferramentas de TI, os sistemas pelas
quais operam além de suas principais aplicações, verificados ao longo do estudo na RBT.
No que diz respeito à utilização dos sistemas adotados o G1 afirma que, dentre os
principais benefícios está a velocidade de resposta para o consumidor final. Fato comprovado
quando questionado sobre a importância da TI na melhoria do serviço logístico e no
atendimento ao cliente, onde afirma: “Certamente, porque a melhoria do serviço está ligado à
você ter mais agilidade pra informar o seu cliente de como é que está a mercadoria, a forma
que está sendo, qualquer problema que acontece, enfim, é o grande fator hoje, porque hoje
todo mundo quer saber o dia a hora o minuto e o segundo que você vai estar recebendo a
mercadoria lá no destino, todo mundo trabalha com uma programação”. Segundo ele “[...] se
é pra dar uma nota dá pra dar nove e meio”.
Quanto a desvantagens, para ele “Entraves na área de informática, que eu vejo é que,
não sei se é infelizmente ou se é felizmente, é a velocidade de mudança, é rápida demais [...]”.
Segundo o G1, nesse sentido, há sempre uma preocupação constante para acompanhar e se
adequar as novas tecnologias de modo a garantir a sua competitividade no mercado.
Afirma ainda que não há como deixar de investir em TI, segundo ele “[...] isso é uma
coisa que você não pode deixar de investir, é como eu falei, a velocidade de mudança, de
adaptação, de melhora, é constante, todo dia surgem novas tecnologias, novas formas de se
fazer então, você tem que estar sempre atualizado [...]”, Quanto à futuros investimentos na
RBT salientou [...] no momento a gente não vê necessidade de investir em equipamentos de TI
novos, no caso, os que a gente possui já estão suprindo a nossa necessidade, mas, se houver
necessidade futuramente a gente vai com certeza investir”.
Ferramentas de TI Utilizadas na RBT
Sistema de Rastreamento de Frota
.OnixSat
Google Earth
Mensagens, posições, comandos e alertas
recebidos, visualização via mapas digitais.
Sistema de Otimização de Rotas
Google Maps
Permite a elaboração das rotas que irão
compor o roteiro a ser passado para o
motorista.
Telemática
OnixSat
Permite a troca de informações com o
motorista através da tecnologia de bordo do
caminhão
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Outro fator salientado pelo G1 que pode vir a atrapalhar o desempenho das atividades
é a péssima qualidade do serviço de internet utilizado, sendo que embora a RBT faça uso do
melhor provedor de internet disponível na cidade, ainda sim o serviço ofertado não é digno de
uma nota superior a cinco em uma escala de zero a dez. Ele enfatiza a importância da internet
no processo logístico [...] é de suma importância. Você hoje quase não consegue mais nem
respirar sem internet. Se você não tiver internet hoje você é uma pessoa retrógada. Então, se
você não utilizar isso na sua empresa você está fadado a perder espaço pra concorrência”.
Foi possível observar que a gestão da RBT é completamente aberta à utilização da TI,
bem como salienta a sua importância em todo o processo organizacional. Para o G1 “[...] a
informatização hoje, se você não se entregar pra isso, você não sai mais nem de casa
praticamente, porque hoje tudo tem alguma relação com a informática, então é de suma
importância no processo logístico também. Pois tudo o que você vai fazer, você tem que ter
uma agilidade hoje em dia, não é mais como antigamente que você podia deixar pra depois
então o cliente ele quer agilidade ele quer resposta e pra isso você tem que estar com o
processo logístico bem afinadinho na área de informática. Na fala do G1 fica comprovado a
necessidade de informatização do processo logístico bem como o papel da TI como um todo,
demonstrando que esta, hoje, não é só uma tendência, mas sim uma inevitabilidade para a
sociedade como um todo, e consequentemente para a as organizações.
Como exemplo da necessidade de informatização o G1 explica que a própria
Secretaria da Fazenda impede a emissão de documentos fiscais sem que passe pela utilização
da internet; [...]”. infelizmente ou felizmente, não é mais possível você usar máquina de
escrever para preencher um documento fiscal, é um belo exemplo de que há uma dependência
geral e não só da logística, nesse sentido”.
Em resumo, a utilização da TI nos processos logísticos, de modo geral, na empresa
RBT facilitou o relacionamento entre a empresa e o cliente visto que nos dias atuais o
mercado está cada vez mais exigente e demanda uma velocidade de resposta muito mais
rápida. Comprovado na fala do G1: “Hoje quando um cliente fecha um contrato com você, ele
quer estar dentro da sua empresa, esta é a realidade, então, pra que ele se sinta dentro da
sua empresa, você tem que ter todas as informações, com o máximo de transparência possível
pra ele e com a precisão que ele deseja. O mundo hoje é mais dinâmico e as pessoas querem
estar acompanhando em tempo real aquilo que elas compraram [...]”.
Na fala do G1 é demonstrada a importância da disponibilidade de informações para o
cliente, apontada por ele como um fator que influência inclusive na alavancagem competitiva,
considerado um diferencial apresentado ao cliente final, que é o principal interessado. Como
afirmam Fleury et. al (2012), os clientes percebem que informações como: status do pedido,
disponibilidade de produtos, programação de entrega e faturas, são importantes no serviço
ofertado.
Quadro 1 – Principais benefícios provenientes do uso da TI na Roda Brasil
Transportes.
Principais Benefícios Provenientes do Uso da TI na Roda Brasil Transportes
Disponibilidade de informações para os clientes;
Velocidade de resposta para o consumidor final;
Utilização estratégica no suporte à decisão e no planejamento estratégico;
Melhoria no atendimento ao cliente;
Diferencial competitivo, responsável pela alavancagem competitiva.
Fonte: Dados da pesquisa (2014).
Deste modo, como constatado, a utilização das ferramentas de TI e em especial, um
sistema de informação logístico que atenda as necessidades da organização, como também
forneça todas as informações necessárias, tanto para o gestor quanto para o cliente, é
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indispensável e fundamental para a melhoria da qualidade do serviço prestado, redução de
custos, enxugamento de estruturas e, principalmente, a continuidade do negócio.
CONCLUSÕES
Dentre os principais benefícios proporcionados pelo uso da TI nas operações logísticas
da RBT, está a velocidade de resposta para o cliente. Visto que este é o responsável primário
pela necessidade de informatização dos processos logísticos, compondo o imperativo
ambiental exercido pelo mercado, que demandam cada vez mais a atualização e reengenharia
dos processos, sendo estes uma premissa básica para a sobrevivência das organizações.
O SIL utilizado na RBT permitiu a comunicação entre todas as áreas funcionais da
empresa, fornecendo o suporte para a execução de todas as operações da organização:
logísticas, financeiras e administrativas. Além disso, a disponibilidade de informações
fornecidas pelo sistema propicia a tomada de decisão mais consciente, assim como o
posicionamento estratégico frente às diversas variáveis de processo inerentes à atividade
logística, através do melhor gerenciamento da informação disponível. A realidade observada
na RBT, colabora para a comprovação que a TI atua como uma poderosa ferramenta,
contribuindo não só para que a atividade logística alcance altos níveis de excelência
competitiva, mas também que se torne cada vez mais eficiente e efetiva na geração de valor
para as empresas e consequentemente para o cliente.
Verificou-se também que, além do SIL, a RBT utiliza-se das principais ferramentas de
TI disponíveis no mercado, principalmente no que diz respeito ao controle logístico com:
Sistema de Rastreamento de Frota, Sistema de Otimização de Rotas e Telemática. Cada uma
destas ferramentas é dotada de significativa funcionalidade na otimização, execução e
automação dos processos logísticos da RBT. Percebeu-se ainda que, embora as ferramentas
informatizadas sejam altamente precisas, ainda há a necessidade de intervenção do
responsável pelo controle logístico, que deverá ser dotado não só da informação e
conhecimento sobre o processo logístico como também da habilidade para o manuseio das
ferramentas de TI. Deste modo, nota-se que o fator humano não foi substituído pelas
ferramentas de TI, mas sim aprendeu a trabalhar em conjunto com as mesmas. Essa
necessidade também é justificada no que diz respeito a transmissão e interpretação das
informações para os clientes visto que, nem sempre estes tem ciência do processo
desenvolvido.
Outro fator a ser salientado na performance das ferramentas de TI utilizadas, é a
possibilidade de acesso remoto, evitando, dentre outras coisas, a necessidade de deslocamento
até a organização, sendo este um diferencial competitivo bastante inovador, no sentido de
fornecer informações a todo momento para o cliente, independente de se estar ou não presente
na organização. Essa alternativa de trabalho, permitida pelo acesso remoto, é caracterizada
como teletrabalho, tendo como principais benefícios para a organização: o aumento da
produtividade, melhoria da imagem e reputação da empresa, além de possibilidade de acesso
em caso de dificuldade ou impossibilidade de locomoção até a empresa.
Por fim, no estudo realizado na RBT foi possível constatar que o valor gerado pela TI
para a organização, irá variar de acordo com a integração da infra estrutura de TI às
necessidades do negócio, de modo que quanto mais alinhados forem, mais valor a TI pode
gerar, tanto para a organização quanto para o cliente. Neste sentido, a RBT apresenta-se como
um caso de sucesso, onde as ferramentas utilizadas foram desenvolvidas e adotadas em
função das necessidades do negócio, possibilitando a sinergia dos processos para o alcance
das metas organizacionais.
Diante dos resultados alcançados por este estudo, sugerem-se, para futuras pesquisas, a
avaliação do papel do Sistema de Informação Logístico na integração dos elos da cadeia de
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suprimentos, bem como estudar mecanismos que facilitem a sincronia da infra estrutura de TI
às necessidades da organização, tendo em vista a melhoria e sinergia dos processos
organizacionais, propiciando dentre outras coisas, a redução de custos e melhoria do
desempenho organizacional.
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