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Editorial

“NUNCA DEVEMOS DESPREZAR OS PEQUENOS COMEÇOS”...

Era dezembro de 2009, havia alguns irmãos de outros estados reunidos na cantina da Mamy, na noite ante-rior havia acontecido o primeiro dia do SABAOTH NORTH FEST 2009. Após saborear um almoço maravilhoso feito pela Pra. Marineide (Mamy), resolvermos mostrar alguns vídeos e documentários sobre o trabalho da Base para nos-sos irmãos de outros estados, esses materiais eram (e são) a nossa história. Enquanto conversávamos e assistíamos, percebemos algumas situações engraçadas, eu mesmo, por exemplo, comecei a tirar uma onda, eram imagens dos primeiros Festivais, todos nos éramos jovens demais, alguns ainda adolescentes, e é claro que seria normal olharmos para trás e nos depararmos com algumas atitudes bem inocentes, e por que não falar infantis? Muitos de nós naque-les vídeos éramos jovens dando os primeiros passos na obra, eu tenho dois filhos maravilhosos, e pela idade deles é normal algumas atitudes infantis, afinal eles são crianças vivendo o tempo da inocência, e cabe a mim ensinar a eles os primeiros passos. Porém enquanto riamos e tiramos sarro de algumas situações, a Pra. Marineide, observadora como ela é, olhava tudo de longe, analisando cada palavra, cada atitude, até que em meio a todo aquele falatório e risos surge uma frase que silencia a todos: “NUNCA DEVEMOS DESPREZAR OS PEQUENOS COMEÇOS!”. Por uns 15 longos seg-undos, e pode ter certeza que foram os 15 segundos mais longos de minha vida (risos) todos ficamos em silêncio. Eu particularmente fiquei completamente embaraçado ao perceber o que eu estava fazendo, percebi que todos também ficaram embaraçados com a situação, eu não sei o que passou pela mente de cada um ali presente, mas eu percebi algo que me fez ficar bastante envergonhado: eu estava zombando de minha própria história. A história que o Senhor estava escrevendo através de minha vida. Talvez você que está lendo este editorial possa pensar: “Acho que essa cara está exagerando, também não é pra tanto”, mas posso lhe garantir que não estou exagerando, todos nós em nossa trajetória de vida temos nossos pequenos começos, seja em todas as áreas de nossas vidas, e são eles que mostram, ou melhor, revelam a todos nós o que somos hoje, e o que poderemos ser amanhã. Olhe para trás, o que você ver? Você é um milagre de Deus? Não menospreze os pequenos começos, o tempo da inocência, “ninguém nasce sabendo”, já dizia o dito popular, todos os dias há uma grande descoberta para aqueles que buscam, daqui a dez anos irei mostrar a meus filhos algumas filmagens que tenho guardadas deles, iremos sentar na frente da televisão e viajaremos no tempo em que eles eram crianças (isso se o Senhor Jesus não voltar até lá). Sei que iremos sorrir bastante de algumas situ-ações, mas o riso não será de zombaria, e sim de felicidade, afinal, é a historia da minha família, os primeiros passos dos meus filhos. Daqui a dez anos haverá muitos arquivos de nosso trabalho na BASE MISSIONÁRIA SABAOTH, serão as imagens que revelarão o grande milagre de Deus em nossas vidas, nos dias em que estivermos vivendo.

NUNCA MENOSPREZE OS PEQUENOS COMEÇOS!

J. M. de Souza

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Quando brilhamos em todas as áreas de nossas vidas, nossos pensamentos afloram com extrema lucidez, mas será que as mesmas coisas acontecem quando o caos invade nossa existência, nosso cotidiano?

A maturidade que o homem Jesus revelou em meio às situações conturbadas em que ele atravessou, revela para nós um homem com uma mente extraordinária, um modelo perfeito, ou por que não dizer, um viver perfeito. A maturidade de um ser humano é provada e revelada nos momentos de caos, e nunca quando o sucesso brilha em todas as áreas sua existência.

Jesus Cristo conhecia perfeitamente as limitações humanas, ele próprio sendo humano se deparava com todas as lutas e dificuldades que um ser humano passa em sua caminhada terrestre, mas como esse ser extraordinário con-seguiu viver de forma perfeita e serena em um mundo tão conturbado e injusto?

Na edição anterior comentamos que seria praticamente impossível a mente humana criar um personagem tão perfeito como Jesus Cristo, se nós analisarmos todos os grandes heróis da historia criado pelo homem, e suas mentes forem analisadas por profissionais nas áreas de Psicologia e Psiquiatria, todos eram homens frágeis que não foram capazes de administrar de forma perfeita suas mentes em momentos caóticos.

Em Mateus 6:12 Jesus nos ensinou a orarmos assim:

“Perdoai os nossos pecados, assim como perdoamos aqueles que nós temos ofendido”.

O que Jesus queria nos ensinar quando nos apresentou esse modelo de oração? Quando guardamos rancor de alguma pessoa, alimentamos dentro de nós um sentimento maléfico como o câncer, um verme que se hospeda em nosso psicológico e quanto mais tempo ele fica mais, ele vai dando vazão pra que outros vermes se instalem em nosso sistema psíquico, a consequência disso tudo, a pessoa se torna rancorosa, incapaz de perdoa a outros e a si mesma, temperamento tempestivo, no caso da ira, depressão, e outros.

Mas quando analisamos o modelo de oração que Jesus nós ensinou, aprendemos que quando perdoamos alguém, nós expulsamos esse sentimento e fechamos a porta para entrada de todos os outros que encontram na falta de perdão, uma porta para entrarem.

Perdoar alguém que nós causou um grande mal é muito difícil, quantos de nós já não nos deparamos com esse dilema, perdoar ou não perdoar, mas esse enigmático e extraordinário homem chamado Jesus, nós deixou a séculos atrás ensinos que apesar dos séculos se mantem vivos e tem transformado a vida de milhares de pessoas por todo o mundo, princípios que estão além de política, ciência, e por que não dizer até mesmo da religião.

Perdoar para muitos é uma missão quase impossível, mas o Mestre da vida vem a nós com um convite maravilhoso:

“Segure em minhas mãos, deixemos-me que eu lhe mostre em meio às tempestades da vida, que as grandes conquis-tas do homem se encontram nós versos de uma linda canção”.

Parece impossível se ouvir uma bela canção em meio às tempestades, mas vamos refletir essas palavras acima inspiradas pelo Espirito Santo, seguremos então em suas mãos, e deixemos que ele nós leve aos vales de nossa redenção.

Deus abençoe a todos nós!!!

J. M. de Souza

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Um evento de Metal e a chance de ajudar o próximo: unir o bom ao necessário. E foi com esse objetivo que aconteceu a primeira INTERVENÇÃO UNDERGROUND de 2012 na noite de 11 de Fevereiro na BASE MISSIONÁRIA SABAOTH. A entrada voluntária para participar do evento foi colaborar com

materiais de higiene pessoal para os haitianos que estavam sendo abrigados na Base.

A primeira banda a se apresentar trouxe novidades, a SHINE IN THE DARKNESS voltou a ter dois integrantes originais em sua formação, sendo Lúcio Santana (vocais) e Timmu Steves (guitarra e back vocal). Completando o grupo temos Marlon Moraes (baixo) e a participação especial de Danilo Castro (SCARLET WAR) na bateria. E assim, a banda apresenta um estilo diferente do que vinha sendo praticado na formação anterior, largando um pouco o Gothic Rock (eu suponho) e levando um ritmo mais acelerado, quase dançante (risos). Iniciaram o set com Minha Criança, seguido de Socorro (minha preferida deles), I Am foi a próxima e eu até achei que era cover, mas não é o caso. O primeiro cover foi da Legion do SAVIOUR MACHINE, sou suspeito para falar desta: simplesmente um clássico! Além da Morte é uma original da banda, bem como Cálidas Visões que eu nunca tinha ouvido antes (ou não lembro). Finalizaram em grande estilo com o cover de One More Crucifix-ion da THE AWAKENING. Estou ansioso pela próxima apresentação, toquem cover de VIRGIN BLACK, please! (risos). Só sinto falta de um tecladista na formação, mas creio que no tempo certo deve aparecer algum para somar.

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A seguir mais novidades com a NOFACE no palco: Chrystian, o novo segundo guitarrista e a volta de Milton Frank nos vocais! Para mim foi algo inesperado quando descobri isso na internet, creio que muitos como eu espera-vam pela volta dele. E começaram a pancadaria sonora arrebentando com Poder Gritar, creio que a mais con-hecida do público que agitou muito! Disfarce veio a seguir, continuando com Minha Dor, Don’t Fear e encer-rando com Atalaia, outra que é bastante ovacionada. O público não parou, seja bangueando ou entrando nos moshs. O guitarrista Fábio Marques ainda deu um testemunho de como o irmão dele veio a conhecer Cristo em um dos intervalos entre as músicas e disse também que eles nem puderam ensaiar propriamente para a apre-sentação. Bom, se não ensaiando direito eles já agitam, podemos esperar que na próxima será bem melhor!

O evento chegou ao fim com a UMBRA OMNIPOTENTIS, não pude conferir a apresentação até o final, mas eles levaram todas as suas músicas próprias (Minus Abangelis, Exodus, Funeral nas Sombras, Ne-gar a Fé, Criação, Um Adeus sob o Luar e Rosa Negra) e também o cover de Fader Vaar do VAAKEVAN-DRING. Por mais que esta música seja um clássico e eu goste, seria bom eles levarem covers de out-ras bandas, quem sabe ANTESTOR ou CRIMSON MOONLIGHT, opção é o que não falta... Assim todos puderam se divertir com um bom som, mas lembre-se que a missão da SABAOTH além de levar a men-sagem de Deus, é ajudar a quem necessita de alguma forma, então contribua do jeito que você puder.

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MAIS QUE MIL PALAVRAS...(Traduzido por Marcos Veríssimo)

Brian “Head” Welch foi gentil o bastante para compartilhar um trecho conosco de seu novo livro Stronger, disponível para venda em lojas na internet.

“O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou o que dará o homem em troca de sua alma?” (Mateus 16:26).

De volta ao ano 2000 quando eu ainda estava com o Korn, recebi algumas notícias que agitaram completa-mente meu mundo. Meu gerente ligou e me disse que o Korn iria fazer turnê com o Metallica, Kid Rock e o System of a Down. Aquela turnê era um sonho realizado. Para mim. Todos na comunidade metal respeitavam o Metallica como pioneiros em inventar um metal sombrio e melódico. Eles influenciaram tantas bandas através dos anos. Eu nunca me interessei no Kid Rock, mas eu pensava que ele tinha algumas músicas legais e não tinha escutado nada além de grandes coisas a respeito dele. A reputação dele era que ele amava farrear (assim como cada 10 estrelas do Rock) e não tinha mesmo nenhuma atitude “Eu sou melhor que você”. O System of a Down era um tanto nova na cena naquela época, mas eles tinham uns grandes rumores e todos gostavam do estilo deles. Durante a turnê, todos se deram bem. Havia muitas festas naquela turnê, e como de costume, eu tinha uns acontecimentos terríveis em excesso acontecendo em casa. O Metallica tinha o próprio jato privado deles, então eles eram capazes de voar para cada concerto. Eles tocariam até quase meia noite, tomavam um banho de chuveiro e partiam para o aeroporto toda noite. Uma noite, eu estava matando o tempo com o Kid Rock e ele mencionou que estava indo para o programa The Tonight Show do Jay Leno. Eu tive a brilhante ideia de apostar um pouco em alguma coisa. Eu disse se ele fizesse uma grande referência à cocaína na frente das câmeras para mim quando ele tocasse a música dele, então eu daria a ele mil dólares na próxima vez que o visse. Era uma aposta. Se ele não a fizesse, ele me pagaria mil dólares e eu realmente pensei que ele não iria fazê-la. Com todas as luzes e câmeras no estúdio do The Tonight Show, eu pensei que certamente ele ficaria assustado ou ao menos esqueceria a respeito da aposta.

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Ele não esqueceu. Eu perdi mil dólares.

De qualquer maneira, quando nós estávamos falando sobre a aposta naquela noite, Lars Ulrich, o baterista do Metallica, entrou no camarim e juntou-se na conversa conosco. Ele disse que a banda estava se aprontan-do para partir no jato privado deles e convidou a mim e o Kid Rock para ir com eles.

Voar no jato privado do Metallica?Hmmm… Deixe-me pensar a respeito disso.

Antes que eu pudesse refletir, eu tinha meus narcóticos na minha mão e um pouco de algo que eu peguei após o show do Korn: umas oito bolas de cocaína. Eu me senti como um fã que venceu uma competição: era uma loucura. Sentando naquele avião privado com o Kid Rock e o Metallica era apenas surreal. Eu estava me divertindo, rindo e esquecendo totalmente sobre a catástrofe em casa. Mas a risada não durou muito. Durante o voo, eu fui ao banheiro e busquei ajuda na minha cocaína algumas vezes – que limpou o sorriso do meu rosto como ela sempre fazia; a cocaína era sempre uma boa matadora de diversão.

Três outros caras se juntaram a mim depois de um tempo e a cocaína lentamente também tirou a diversão da noite deles. Bem, um deles estava tendo uma boa diversão, mas todo o resto tinha perdido os seus sor-risos. A cocaína sempre faria aquilo. Eu nunca entendi porque nós fizemos isso tantas vezes. Eu acho que era somente a coisa que estrelas do Rock fazem. O jato privado aterrissou em Dallas no Texas e nós nos encontra-mos com os caras do Pantera no clube noturno deles. Nós continuamos cheirando carreirinhas e carreirinhas de cocaína a noite toda secretamente na sala de trás do clube. Nós não queríamos qualquer outro ao redor porque estávamos todos paranoicos. Nós começamos a falar em vozes monofônicas reais e nossos rostos pareciam totalmente brancos e assustados, como um cervo nos faróis.

Em torno das 4 horas da manhã, algo extremamente esquisito aconteceu. Nós estávamos todos trancados na sala completamente absortos nesta conversa ridicularmente séria, sem sentido sobre música e cocaína. De repente, inesperadamente, um dos caras tentou dar sua opinião, mas a cocaína tirou a habilidade de falar dele! Ele se tornou quase mudo! Eu mal podia me controlar! Aqui estava eu, com este cara famoso em uma banda maior do que a vida, e a fala dele quase parou completamente. Ele não podia falar outra coisa do que simplesmente gemer uma palavra por vez. Sem brincadeira, eu fiquei tão assustado porque eu quem dei a cocaína para ele! Manchetes de notícias passaram na minha mente: “Head dá cocaína a uma ex-estrela do Rock e causa a perca da habilidade de falar nele!”.

Aquela noite tinha iniciado como um sonho surreal se realizando, mas se tornou numa masmorra sombria e melancólica. Enquanto eu olhava ao redor da sala para alguns dos maiores músicos no Metal, eu comecei a pensar sobre onde eu estava na vida. Eu pensava a mim mesmo: “Olhe para todos nós. Nós todos estamos no topo dos negócios musicais, viajando por aí nos melhores ônibus de turnês e voando em jatos privados. Mas aqui estamos nós, amontoados na sala de trás de um clube noturno se escondendo de todos. Nossos rostos estão brilhando de suor da cocaína, estamos falando sobre besteiras e um de nós perdeu a habilidade de falar uma frase completa!”.

Eu tinha ganhado o mundo inteiro, mas estava perdendo a minha alma. Ela estava saindo despercebida de mim incrivelmente veloz. Agradecida, aquela estrela do Rock era capaz de falar normalmente de novo no dia seguinte, mas eu não podia parar de pensar a respeito do que havia acontecido.

No que estava me beneficiando “ganhar o mundo inteiro”?Eu ganhei fama, mas perdi a pessoa que eu era.Eu ganhei dinheiro, mas perdi a minha satisfação e contentamento na vida.

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Eu ganhei fãs, mas eu estava sempre longe das pessoas que eu mais amava.

“Ele nos libertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado. É ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos pecados são perdoados” (Colossenses 1:13-14).

Quer fosse cerveja, cocaína, anfetamina ou pílulas, eu continuei repetindo os mesmos erros estúpidos ano após ano como é dito em Colossenses. Cada droga que eu mencionei acima me trouxe completa miséria de-pois que a curta animação enfraquecia. Após as mil cervejas que bebi, misturadas com as mil carreirinhas e pílulas que tomei, eu poderia ter facilmente morrido.

Eu podia ter perdido minha alma para sempre… Mas a Pessoa que mais me amou, me resgatou antes que fosse tarde demais.

Agora eu sou eternamente Dele. A quem você pertence?

*Originalmente publicado na Hopecore Magazine #20, Janeiro de 2011 (http://www.hopecore.com/maga-zine/archive.php)

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(Por Marcos Aspira)

YESHUA - A DEFINIÇÃO DE SEPSIA PODE SER UM TECIDO OU ÓRGÃO INFECCIONADO / CONTAMINADO. QUAL O SIGNIFICADO OFICIAL DO NOME TORMENT OF THE SEPSIA OU A MENSAGEM QUE VOCÊS QUEREM PASSAR COM ELE?TORMENT - A palavra de Deus fala que nós somos um corpo, quando falamos em uma parte contaminada no sentido de sepsia, retratamos do pecado. Sabemos que a origem do pecado vem do inimigo, ele levou o pecado até o homem, contaminou o mundo com suas mentiras e o transformou no que é hoje: um verdadeiro caos. Tormento ao inimigo seria a colocação mais correta para o nome da banda.

YESHUA – O VOCALISTA E GUITARRISTA COCCA É CONHECIDO POR BANDAS EXTINTAS COMO A OZZA7 E OUTRAS. DESTA VEZ COMO FOI O PROCESSO DE ENCONTRAR INTEGRANTES DISPOSTOS A LEVAR UM PROJETO ADIANTE?TORMENT - A OZZA7 foi uma banda muito boa, tinha sua ideologia, abriu muitas portas e conheci muitas pessoas, toquei com muitos caras que se tor-naram verdadeiros irmãos como o Will (ex-DIVINE SYMPHONY) e o Neto (IMMORTAL FAITH), mas faltou um pouco de maturidade na época para saber lidar com problemas que todos nós sabemos que todas as bandas tem. Com a TORMENT é diferente, todos tínhamos um ideal o desejo de tocar o som que levamos hoje em dia.

YESHUA - QUEM COMPÕE A BANDA ATUALMENTE? FALE DAS PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS MUSICAIS DOS MEMBROS.TORMENT - A formação é composta por Gebson (bateria, ex-REFORMA PROTESTANTE), Wallyson (baixo, ex-ROMANOS 12), Júlio (guitarra, ex-PENIEL) e Cocca (vocal e guitarra, ex-OZZA7). Bom as influências musicais são bem simples, quase tudo que for Death, Thrash metal cristão. Não posso negar que o Hardcore faz parte da minha vida, ele foi o primeiro gênero que ouvi e levou-me a conhecer o meu irmão Wallyson.

YESHUA - ALGUMAS PESSOAS ASSOCIAM O SOM COM O VISUAL DE FORMA QUE ALGUNS MAIS REBELDES NÃO ACEITAM MÚSICOS FORA DO PADRÃO QUE ESTABELECEM. VOCÊS SOFREM PRECONCEITO NA FAMÍLIA OU TRABALHO POR SEREM CRISTÃOS E TEREM UM VISUAL NÃO ACEITO PELA SOCIEDADE E IGREJA TRADICIONAL?TORMENT - Sim, a sociedade estabelece um padrão e a igreja também, nós vivemos fora desse padrão com um visual não muito aceito por nenhum dos dois. A sociedade fala sobre o que ser certo, e a igreja que nos colocar numa máquina onde possamos ser igual ao líder local, com as mesmas roupas, sapatos, modo de falar e até mesmo de orar. A família sempre nos apoia, eles sabem o verdadeiro motivo de tudo isso, mas já nos acostumamos e o Senhor conhece nossos corações, pra nós é isso que importa.

(Por Marcos Veríssimo)

YESHUA - A DEFINIÇÃO DE SEPSIA PODE SER UM TECIDO OU ÓRGÃO INFECCIONADO / CONTAMINADO. QUAL O SIGNIFICADO OFICIAL DO NOME TORMENT OF THE SEPSIA OU A MENSAGEM QUE VOCÊS QUEREM PASSAR COM ELE?TORMENT - A palavra de Deus fala que nós somos um corpo, quando falamos em uma parte contaminada no sentido de sepsia, retratamos do pecado. Sabemos que a origem do pecado vem do inimigo, ele levou o pecado até o homem, contaminou o mundo com suas mentiras e o transformou no que é hoje: um verdadeiro caos. Tormento ao inimigo seria a colocação mais correta para o nome da banda.

YESHUA – O VOCALISTA E GUITARRISTA COCCA É CONHECIDO POR BANDAS EXTINTAS COMO A OZZA7 E OUTRAS. DESTA VEZ COMO FOI O PROCESSO DE ENCONTRAR INTEGRANTES DISPOSTOS A LEVAR UM PROJETO ADIANTE?TORMENT - A OZZA7 foi uma banda muito boa, tinha sua ideologia, abriu muitas portas e conheci muitas pessoas, toquei com muitos caras que se tor-naram verdadeiros irmãos como o Will (ex-DIVINE SYMPHONY) e o Neto (IMMORTAL FAITH), mas faltou um pouco de maturidade na época para saber lidar com problemas que todos nós sabemos que todas as bandas tem. Com a TORMENT é diferente, todos tínhamos um ideal o desejo de tocar o som que levamos hoje em dia.

YESHUA - QUEM COMPÕE A BANDA ATUALMENTE? FALE DAS PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS MUSICAIS DOS MEMBROS.TORMENT - A formação é composta por Gebson (bateria, ex-REFORMA PROTESTANTE), Wallyson (baixo, ex-ROMANOS 12), Júlio (guitarra, ex-PENIEL) e Cocca (vocal e guitarra, ex-OZZA7). Bom as influências musicais são bem simples, quase tudo que for Death, Thrash metal cristão. Não posso negar que o Hardcore faz parte da minha vida, ele foi o primeiro gênero que ouvi e levou-me a conhecer o meu irmão Wallyson.

YESHUA - ALGUMAS PESSOAS ASSOCIAM O SOM COM O VISUAL DE FORMA QUE ALGUNS MAIS REBELDES NÃO ACEITAM MÚSICOS FORA DO PADRÃO QUE ESTABELECEM. VOCÊS SOFREM PRECONCEITO NA FAMÍLIA OU TRABALHO POR SEREM CRISTÃOS E TEREM UM VISUAL NÃO ACEITO PELA SOCIEDADE E IGREJA TRADICIONAL?TORMENT - Sim, a sociedade estabelece um padrão e a igreja também, nós vivemos fora desse padrão com um visual não muito aceito por nenhum dos dois. A sociedade fala sobre o que ser certo, e a igreja que nos colocar numa máquina onde possamos ser igual ao líder local, com as mesmas roupas, sapatos, modo de falar e até mesmo de orar. A família sempre nos apoia, eles sabem o verdadeiro motivo de tudo isso, mas já nos acostumamos e o Senhor conhece nossos corações, pra nós é isso que importa.

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YESHUA - MUITAS BANDAS ESCOLHEM NÃO FALAR DIRETAMENTE SOBRE SUA FÉ NAS LETRAS, QUAL O POSICIONAMENTO DA BANDA A RESPEITO DISSO? E SOBRE A OPINIÃO DE QUE O DEATH METAL FICA DESCARACTERIZADO FALANDO A RESPEITO DO CRISTIANISMO?TORMENT - Se nós não falarmos de Deus nas nossas letras estaríamos negando a Cristo, ele é o verdadeiro motivo da nossa existência e queremos falar para o mundo inteiro o milagre que ele fez por nós, acima de tudo somos missionários apenas cumprindo o ide. O Death Metal fala sobre morte, terror, horror, violência e tudo que nos deixa longe de Deus. Mas como conhecedores da Palavra sabemos que existe uma força maior que o Metal, Diabo ou qualquer força demoníaca. Falar sobre Deus com um estilo tão perverso e miserável como o Death Metal mostra que Ele pode mudar tudo, só Ele é maior e mais forte.

YESHUA - A BANDA POSSUI ALGUM MATERIAL JÁ GRAVADO? QUAL A ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DO MESMO?TORMENT - Ainda não, estamos querendo lançar um álbum independente, uma EP gravada até o segundo semestre desse ano. Começamos a nos concen-trar nisso para que saia um bom resultado. A divulgação será mais pela internet, mas com uma boa tiragem.

YESHUA - EM QUAIS LOCAIS VOCÊS JÁ CONSEGUIRAM OPORTUNIDADE DE TOCAR? EXISTE ALGUM LOCAL EM PARTICULAR NO QUAL VOCÊS SONHAM EM PODER MOSTRAR SEU SOM?TORMENT - Realmente não esperávamos no começo do ano passado tocar no SABAOTH NORT FEST, foi maravilhoso quando vi o nome da banda no cartaz. Fiquei muito feliz, quase detonei de alegria por ele ser o maior festival de metal cristão do Norte. Na verdade nós vamos aonde Deus nos manda, espera-mos tocar em muitos lugares, mas sempre esperando o sim do Pai.

YESHUA – QUAL A OPINIÃO SOBRE A CENA CRISTÃ EM MANAUS? COMO VOCÊS ACHAM QUE AS BANDAS DEVEM PROCEDER COM O LADO SECULAR?TORMENT - A cena cresceu muito, as pessoas aprenderam a respeitar, mas ainda tem muito a evoluir. Quanto às bandas, temos que pregar para eles e mostrar que nós somos diferentes e não o contrário, o nosso testemunho fala muito mais que palavras. Ser luz sempre é mostrar que existe força maior que tudo (Metal, conceitos, ideologias e estilos), mostrar que existe Deus, primeiramente em nossas vidas.

YESHUA – DEFINA O ANO DE 2011 PARA A BANDA. QUAL A EXPECTATIVA PARA ESTE ANO DE 2012?TORMENT - Foi muito bom, conquistamos metas que estabelecemos, tocamos em bons lugares, conhecemos pessoas, levamos a Palavra onde passamos. Esperamos que este ano seja melhor ainda, muitos shows em lugares diferentes, muita comunhão e muito mais de Deus na vida de cada um.

YESHUA - FINALIZANDO, PASSE UMA MENSAGEM AOS LEITORES E AS FORMAS DE CONTATO COM A BANDA: SITE OFICIAL, FACEBOOK, ETC...TORMENT - Bem meus caros amigos, quero lembrar vocês que existe um Deus todo poderoso, que está acima de tudo e qualquer coisa (ideologia, con-ceitos, religião, estilos de vida e gêneros musicais), sempre lembre: Deus é único. Ele te ama, olha para você como um filho e tem planos pra sua vida, quer te mostrar que existe um amor incondicional e sobrenatural. Jesus te ama brother! Nunca esqueça, quando todos lhe abandonarem, Ele sempre vai estar contigo.

CONTATOS:Email: [email protected] / [email protected]: http://www.facebook.com/tormentofthesepsia

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(Por Marcos Veríssimo)

A segunda edição do RED ROCK FESTIVAL foi realizada na noite do dia 14 de Janeiro de 2012 na Sala VIP do CENTRO DE CONVENÇÕES CANAÃ, localizado no bairro Japiim em Manaus. Com início previsto para as 22:00 hs, bandas e

ministérios de estilos variados se apresentaram. Dando o pontapé inicial tivemos a banda INCENSÁRIO, que no momento está em processo de gravação, em sua primeira apresentação neste ano. Com a ajuda de Jonathas Carlos (DIVINE SYMPHONY) na bateria, este foi a estréia de Bruno (novo guitarrista base) na formação oficial. Praticaram seu ótimo Heavy Metal em músicas já conhecidas do público como “Ele Virá”, “Jeová Sabaoth” e “Calvário”. Estamos no aguardo do lançamento do material de estúdio com expectativa. A seguir tocou o MINISTÉRIO GERAÇÃO ATIVA e segundo o próprio, levaram um setlist diferente do habitual. Logo após, a banda JUBILU’S deu continuidade, para mim o destaque foi o vocalista (gostei do alcance vocal). A banda DENÁRIOS foi a próxima a entrar, com seu Metal Progressivo apresentou algumas músicas de seu primeiro CD Liberdade.

Outra a vir com nova formação foi a PROTESTANTES HC, eles estão com um novo baterista (o antigo baixista) que voltou, substituindo o grande Charlinho (sem trocadilhos, por favor! risos). Após uma intro com trechos do hino “Aonde está aquele povo barulhento?”, o Punk Rock tomou conta do lugar, com a galera participando geral nos moshs e rodas. Tocaram seus sucessos “Raimundinho”, “Caia Fora!”, “Eu Digo Não!” (esta que foi tocada a primeira vez no SABAOTH NORTH FEST 2011), “O mundo ainda é do maligno” (esta foi uma inédita) e fina-lizaram o assalto musical com o hit “Cabeça de Vento” após uma acirrada votação do público (risos). Continuando com o peso (para alegria de uns e tristeza de outros), a IMMORTAL FAITH sobe ao palco. Um metalcore nervoso como de costume, levou ao delírio várias cabeleiras à frente do palco, tocando as músicas de seu CD Demo “Lembranças”, entre elas a faixa título, “Império”, “All The Pains”, “Redentor” e “A cruz do Evangelho”. E pra quem pensa que o “barulho” tinha acabado... a TORMENT OF THE SEPSIA vem a seguir, despejando um Death Metal brutal! Uma nação do “Deus de Guerra”, convocando um “Genocídio” ao pecado e podridão que impera neste mundo, declarando a “Abstinência” contínua para o domínio do mal em nosso interior. Então chega a hora de as coisas se acalmarem um pouco com a banda SETE MILAGRES, que tocou várias músicas de louvor e adoração, permitindo àqueles que não curtem a adrenalina do Metal a curtirem também. Depois dela creio que tocaram mais duas atrações, mas não pude acompanhar.

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O evento caminhava ao seu final, mas ainda tinha espaço para mais. Era a vez da UMBRA OMNIPOTENTIS mostrar seu Metal Extremo aos remanescentes. Abriram de cara com a música “Fader Vaar” do VAAKEVANDRING, mandando em seguida “Minus Abangelis”, “Êxodos” e “Criação”. Quebrando o ritmo, tivemos a HANGAR JC com nova formação, da antiga só restou o Thiago “Robinho” (guitarrista). Não sou aquele fã de Reggae, mas eles fizeram uma apresentação legal, sem contar que agora o novo vocalista tem mais presença de palco, então a banda está no rumo certo: ponto para eles! Finalizando o evento, a banda AMEK levou músicas próprias, além de covers do METAL NOBRE antigo, se eu não estivesse cansado o bastante, teria agitado ao som da música “Servo de Deus”, essa é muito Rock n’ Roll! Em suma, alguns podem ter reclamado das bandas de Metal uma após a outra, mas como foi realizado sorteio para definição da ordem de apresentação, só podemos dizer: viva a democracia (risos)!

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Puritan A Tropa de Elite do Metal Favela

(Por Márllon Matos - RJ)

Unindo o que há de melhor no Thrash e Hardcore, o power trio capixaba vem construindo um nome sólido na cena nacional, mesmo com pouco mais de 3 anos de existência. Seus shows são marcados por uma intensa participação do público, seja berrando as músicas ou

no moshpit esmagador que suas "granadas musicais" fazem surgir. Confira agora a entrevista realizada com Bruno Max (baixo/vocal) e Fábio Kiefer (bateria) sobre este tanque de guerra do metal nacional.

YESHUA - COMO FOI ESTE ANO DE 2011 PARA O PURITAN E QUAIS SÃO OS PLANOS PARA 2012?Bruno: Bom, 2011 para o PURITAN foi um ano voltado a um negócio em que decidimos investir no fim de 2010. Montamos um estúdio de gravações (MORRÃO STUDIO), onde pudemos nós mesmos produzir 100% do nosso CD Faixa de Gaza. Ao término das obras do estúdio de gravação, decidimos montar um estúdio de ensaio, e tivemos outro grande trabalho pela frente que demandou bastante tempo. Ficou difícil conciliar tudo isso. Agora falando de 2012, temos em mente fazer tudo o que não fizemos de show em 2011. O ano mal começou e já temos quatro shows agendados e muitos outros convites em análise. Ainda não temos em mente uma turnê ou algo do tipo, mas temos em mente fazer muitos shows.Fábio: Foi um ano em que demos uma diminuída no ritmo em virtude de vários outros projetos. Fizemos menos viagens e os shows foram em locais mais próximos, mas gravamos o Faixa de Gaza e terminamos de construir nosso estúdio. Em 2012 vamos retomar as tours.

YESHUA - O ANO QUE PASSOU NÃO FOI TÃO MOVIMENTADO EM QUESTÃO DE SHOWS/TURNÊS COMO EM 2010. ESSE FATOR SE DEVE AO PROCESSO DE GRAVAÇÃO DO ÚLTIMO MATERIAL DE VOCÊS, OU FOI UMA DECISÃO CONJUNTA DA BANDA?Bruno: Então, um pouco já foi dito acima. Isso se deu um pouco pelo fator “Morrão Studio”, o qual nos tomou bastante tempo. As gravações do CD Faixa de Gaza também é um fator relevante, e a soma e tudo isso foi colocada na balança por nós da banda, que decidimos focar uma boa gravação e um estúdio top! Objetivos alcançados com sucesso!

YESHUA - QUANDO SE INICIARAM OS PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO DE FAIXA DE GAZA? TEVE ALGUMA MÚSICA CRIADA QUANDO ESTAVAM SE PREPARANDO PRA GRAVAÇÃO?Bruno: Bom, as composições começaram quando terminamos o primeiro álbum (O firme fundamento do desespero incessante), visto que logo que o lançamos, já tínhamos umas três músicas como “sobras” do primeiro. Trabalhamos essas músicas (uma delas com poucas modificações desde a época do Silas, a Tempestade de ódio), assim como Indústria de Rancor que passou por modificações no nome

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e Fornalha que foi a música que lançou de fato o PURITAN com essa nova formação. Fizemos praticamente metade das músicas em estúdio, e tivemos essa facilidade por nós mesmos estarmos gravando e por ficarmos 12 horas dentro de um estúdio. Resultado: músicas com linha de som muito parecidas e com uma vibe incrível.

A RECEPÇÃO DO PÚBLICO A ESTE NOVO TRABALHO TEM SIDO POSITIVA?Bruno: Tem sido muito, mas muito positiva. Ninguém nunca consegue agradar a todos, mas no geral, estamos no positivo, tanto pelos fãs, quanto amigos e crítica da mídia.Fábio: Em nossa cidade, Vitória, é muito positiva. Em outros Estados ainda estamos construindo isso. Na Argentina também foi legal.

QUANDO O PURITAN INICIOU SUA CARREIRA, A SONORIDADE ERA MAIS VOLTADA PARA O QUE SE CONVENCIONOU CHAMAR DE DEATHCORE, MAS AGORA, APÓS UMA MUDANÇA DE FORMAÇÃO, O ESTILO ESTÁ BEM MAIS AGRESSIVO TANTO LIRICAMENTE QUANDO NO INSTRUMENTAL, CRIANDO UMA SONORIDADE ÚNICA. O ESTÁGIO ATUAL JÁ ERA ALMEJADO PELA BANDA?Bruno: A proposta inicial era fazer uma coisa fora do comum. Isso foi alcançado no primeiro álbum com características de vocal do Silas (vocal anormal! risos) e com as guitarras do Flávio com muitas das populares “caveirinhas”, seguido de moshs “cabulosos”. Passada essa etapa foi decidido que seríamos um power trio, a filosofia passou a ser: PURITAN, ROLO COMPRESSOR. Com três pessoas, não tem como deixar uma coisa tão trabalhada, porque alguém tem que tocar e cantar e outra pessoa auxiliar no vocal. Decidimos fazer um som cru, sem invenção de moda, unindo Thrash/Hardcore com moshs que tinham por ideia devastar quarteirões! Durante os shows, notamos que obtivemos sucesso com essa filosofia (risos).Fábio: Na verdade o PURITAN nunca mudou a formação. A banda só diminuiu e virou um trio. Os três membros são originais. A agressividade no som é natural. É a fusão de três mentes e influências.

FOI MUITO DIFÍCIL, PARA VOCÊ BRUNO, SUBSTITUIR UM VOCALISTA EXTREMAMENTE TALENTOSO E CARISMÁTICO COMO O SILAS?Bruno: Foi sim, ele é muito talentoso e tem um vocal monstro demais! Tive certa dificuldade no início porque tentava fazer algo próximo do que ele fazia, mas essa não é minha pegada. A partir do momento que comecei a colocar a minha pegada mesmo em músicas gravadas por ele em estúdio, tudo ficou mais fácil, mais natural e mais coerente com o som que fazemos atualmente (palavras de fãs e pessoas mais próximas da banda).

COMO ERA A SUA VIDA PRÉ-PURITAN NO MUNDO MUSICAL? Bruno: Bom, vou fazer um resumo rápido (ou pelo menos tentar) (risos). Então, toquei em quase 15 bandas durante toda a minha vida, mas antes do PURITAN, tocava um som mais light, um alternativo, e antes um pouco em bandas de Metalcore. Uma grande curiosidade é que eu toquei bateria durante uns seis anos (até meus 21 anos mais ou menos) e só depois comecei a tocar baixo. Hoje estou com 27 (faço 28 em março), ou seja, tenho 6 a 7 anos como baixista apenas e o PURITAN é só a minha 2ª banda como baixista, ou seja, tive muito mais experiên-cia como baterista do que como baixista. Vocal principal é a primeira vez, sempre fiz berros, mas como backing.

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O QUE VOCÊS GOSTAM DE OUVIR? A convivência é constante entre nós e vou tomar a liberdade de falar o que cada um ouve. Falando por mim (Bruno Max), eu vivi a minha a adolescência ouvindo METALLICA, SEPULTURA e PANTERA. Hoje, ouço muito WHITECHAPEL, IMPENDING DOOM e recentemente ouvi mais a fundo THE ACACIA STRAIN e me agradou muito. Falando do Fábio, ele curte o Thrash do SLAY-ER, KREATOR, SEPULTURA, e um som um pouco mais recente, HEAVEN SHALL BURN, NUEVA ETICA, HATEBREED. Sobre o Flávio, ele diz que dos sons das antigas, ouvia muito KREATOR, mas ouve mesmo sons mais atuais como SUICIDE SILENCE, DISFIG-URED ELEGANCE, WHITECHAPEL, BRING ME THE HORIZON.

DVD OU CD AO VIVO, EXISTEM PLANOS PARA TAIS FEITOS? JÁ TIVE A OPORTUNIDADE DE ASSISTIR A QUATRO SHOWS DE VOCÊS E SERIA REAL-MENTE GRANDIOSO ALGO ASSIM.Bruno: Já conversamos várias vezes sobre isso, mas não há nada concreto ainda. Mais isso é uma coisa que podemos decidir fazer e gravar de uma hora para a outra, porque muitos cobram isso.Fábio: Uma hora vai acontecer.

MUITOS CRITICARAM A BANDA PELA TEMÁTICA DESTE CD, ATÉ MESMO PELA SUA INTRO, NÃO ENTENDENDO O SEU CONCEITO POR COMPLETO. SERIA POSSÍVEL UMA PEQUENA EXPLANAÇÃO SOBRE A TEMÁTICA LÍRICA DE FAIXA DE GAZA? PRETENDEM EXPLORAR MAIS ESSES ASSUNTOS EM OUTRA OPORTUNIDADE?Bruno: Sobre a “Intro”, bem como o fim da música “Faixa de Gaza”, já era esperado por nós que seriam meio que polêmicas. Nossa temática relata o cotidiano de favela e do subúrbio em si, e qual é o estilo de música mais ouvido nesses locais? É o Funk, que tem a temática parecida com a nossa, falando sobre o dia a dia, das guerras, envolvimento com tráfico, ações da polícia, pobreza e tudo mais relacionado à favela. Temos a nossa forma de relatar tais coisas e tentamos fazer de uma forma pessoal, pelo nosso conhecimento do assunto, até porque mo-ramos todos no subúrbio. Pretendemos e vamos explorar mais esse assunto, aguardem pelas novidades quentes que estão vindo aí! (risos)Fábio: As pessoas que não gostam, geralmente, porque não entenderam a proposta. Ao ouvir a intro pensam que é uma brincadeira. Mas é o seguinte: nós simplesmente fizemos o que deu em nossa cabeça. Pegamos os assuntos do nosso cotidiano, da favela, da violência e trans-formamos isso em música. São assuntos que sempre fizeram parte de nossas vidas e continuarão fazendo. Provavelmente não falaremos futuramente de outras coisas fora dessa esfera.

FORNALHA FOI A PRIMEIRA MÚSICA A GANHAR UM VÍDEO CLIPE. POR QUE ESTA MÚSICA EM QUESTÃO E COMO FOI O PROCESSO DE GRAVAÇÃO DESTE VÍDEO?Bruno: Fornalha foi o divisor de águas do PURITAN. Nada mais justo do que colocar num vídeo, a música que fez com que ficássemos con-hecidos como Metal Favela. Ela resume bem o que é o PURITAN, tanto em letra quanto em instrumental. O processo de gravação do clipe foi massa. Local escolhido muito macabro, sem ninguém para atrapalhar e o produtor (Dudu Gonçalves) se empenhou bastante para tirar o melhor de nós e do local.

EM SUA OPINIÃO, QUAL É A MÚSICA MAIS FORTE, QUE MELHOR REPRESENTA ESTE CD?Bruno: Tem os dois lados da moeda. Gosto é muito particular! Bom, eu gosto muito da música Indústria de Rancor. Ela é curta, direta e tem o mosh mais lindo do álbum, é a música que mexe comigo durante o show. Já a galera tem curtido muito a música “Possuídos pelo cão”, que foi a escolhida para o próximo clipe que faremos até o fim de fevereiro. Fábio: Eu particularmente gosto muito de Possuídos pelo cão, mas existem outras muito boas: Mercenário, Facção Assassina, etc.

É MEIO CEDO PARA ISSO, MAS JÁ EXISTEM ESBOÇOS DE NOVAS COMPOSIÇÕES?Bruno: Esboços ainda não, mas ideias já, e muitas! Tanto de cunho de composições, quanto de produção mesmo (que envolve nosso desen-volvimento no nosso estúdio, que melhorou muito desde o término do álbum Faixa de Gaza).

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APESAR DE JÁ TER SIDO LANÇADO EM FORMATO VIRTUAL E PROMO, FAIXA DE GAZA GANHARÁ UMA VERSÃO EM JEWEL BOX. TERÁ FAIXAS BÔNUS? PARTICULARMENTE EU ACHO QUE PELO MENOS UMA REGRAVAÇÃO DE REDENÇÃO COM A NOVA SONORIDADE FICARIA BEM IMPACTANTE E FORTA-LECERIA ESTE RELANÇAMENTO.Bruno: Sim, temos em mente colocar faixa bônus, mas ainda estamos decidindo o que faremos. Temos várias opções e até agora temos duas mudanças a serem feitas que por agora não divulgaremos, e umas outras duas em mente, que ficarão no ar!Fábio: Vai ter uma faixa bônus sim. Vamos eliminar uma música que eu detesto e colocaremos uma nova no lugar.

ALGUM SHOW MARCANTE NA (CURTA) CARREIRA DE VOCÊS? TEM ALGUM PRA ESQUECER?Bruno: Sim, mas falo por mim é claro. O show marcante pra mim foi no Ilha Acústico aqui mesmo em Vitória, chamado o “Bode Preto Ca-gando Sangue Fest” (nome sugestivo). O fest contou com PURITAN, RATOS DE PORÃO, VIOLATOR, CONFRONTO, MUKEKA DI RATO e mais três bandas locais. O show foi irado demais. Fizemos até um vídeo desse show (http://www.youtube.com/watch?v=7LMTl158P_8). Um show pra esquecer? Os dois últimos que fizemos na Bahia em Ilhéus e Itabuna num mesmo fim de semana. Muita desorganização.

PARA AQUELES QUE DESEJAM CONTATAR COM O PURITAN PARA ALGUM EVENTO, QUAL É O PROCEDIMENTO A SER FEITO?Bruno: Simples, entrem em contato por e-mail com [email protected] (contato pessoal do Fábio Kiefer), ou ligue para o nosso estúdio que Flávio e eu estamos de 09:00 às 19:00 com certeza por lá: (27)3236-7663.

OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE DE ENTREVISTA- LÔ. FIQUE A VONTADE PARA FAZER AS CONSIDERAÇÕES FINAIS.Bruno: Obrigado pela oportunidade! Agradeço em nome do PURITAN pelo espaço cedido e ficamos muito contentes com a repercussão positiva do álbum frente à mídia e fãs. 2012 vai ser um ano muito diferente de 2011, aguardem!Fábio: De nada. Obrigado a todos que curtem nosso trabalho, que ficam arrebentados nos moshs em nossos shows e na apresentação seguinte comparecem para tomar mais pancada (risos). Vocês são guerreiros!!!

CONTATO:Myspace – www.myspace.com/xxxpuritanxxxFacebook – Puritan MoshTwitter – PURITANmoshOrkut – Puritan perfil 1 / Puritan perfil 2

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Ninguém pode falar como a mente que concebeu. A seguir uma análise faixa a faixa do CD There Will Be Violence, lançado em 2010 pelo IMPENDING DOOM, texto por Brook Reeves, vocal principal da banda:

“There Will be Violence”- é um tipo de canção sobre o que há de vir que eu estou gritando para esta geração. Como cristãos nesta terra nós devemos proclamar nossa fé corajosamente não importa o que aconteça, e depois de sermos martirizados ou arrebatados nós voltaremos e conquistaremos o que restou.

“Orphans”- esta canção vai até as crianças rejeitadas e para aqueles que neste mundo se julgam indignos de amor. O coração de Deus é para aqueles que estão quebrados e aqueles que querem ser restaurados. "Órfãos voltem para casa, o Reino é de vocês!"

“The Peace Illusion”- é uma canção que afirma que a paz verdadeira nunca virá do governo, exércitos, pontos de vista religiosos ou qualquer sistema político. Jesus Cristo é a paz e nós não saberemos como ela é verdadeiramente, até estarmos completamente em Sua presença.

“The Great Fear”- a morte vem para todos nós. Para os descrentes e crentes, mas como cristãos nós sabemos que tão logo que “mor-remos", estamos no local de Deus. As pessoas que rejeitam Deus a vida inteira serão eternamente separadas Dele.

“Walking Through Fire”- é basicamente eu passando pela vida, sendo tentado, passando por provações, ficando deprimido, tudo para permitir que Deus me molde no homem que lutará pelo Seu reino. "Nós somos o som do Céu, a voz da guerra!"

“Love Has Risen”- é uma faixa instrumental. Mas eu espero que ela te dê a percepção de que se você sente que ninguém neste mundo te ama, Jesus Cristo morreu para provar o Seu amor por você.

“The Son is Mine”- é a minha confissão de que eu sou um homem confuso, mas não importa quantas vezes eu caio ou o quanto eu falho, Deus e Seu amor incondicional está sempre estendendo Sua mão para me levantar.

“Children of Wrath”- é como os crentes e descrentes estabelecem os seus padrões a um grupo de regras e confiam mais nos seus próp-rios trabalhos do que na misericórdia e graça de Deus. Ele é o pai perfeito. Ele sabe que você irá cometer erros. Ele quer que você confie Nele. Não em você mesmo. Porque "nós nunca podemos salvar a nós mesmos"

“Sweating Blood”- os cristãos serão perseguidos especialmente enquanto nos aproximamos do fim. Ela é um encorajamento para aqueles sendo surrados e zombados por causa de sua fé para permanecerem fiéis, porque este é nosso tempo de glória.

Originalmente publicado na Hopecore Magazine #15, Agosto de 2010 (http://www.hopecore.com/magazine/archive.php)

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Base Missionária Sabaoth Apresenta

(Por Marcos Veríssimo)

Depois de semanas de muita expectativa, eis que chega o dia do debut de mais um ministério da SA-BAOTH. Um sábado chuvoso na manhã e tarde do dia 26 de Fevereiro, ainda bem que à noite o clima estava favorável e contamos com a presença de várias pessoas, que puderam contribuir com alimentos para a estadia dos haitianos hospedados na Base. O evento foi iniciado com o Death Metal brutal da TORMENT OF THE SEPSIA e como de costume, o público vai ao delírio com a banda e suas músicas bastante conhecidas. Mas neste dia o vocalista e guitarrista Cocca estava com febre e dor de cabeça, isso quase impediu que eles tocassem, mas ele explicou que resolveram participar por dois motivos: principalmente por Deus e depois pelo público. Mesmo com esse problema, a performance não foi comprometida a meu ver. O único ponto negativo pra mim foi que uma pequena parte do lado direito do salão estava meio molhado, como sou bastante azarado nas rodinhas eu tive várias chances de cair (o que não aconteceu, ufa!).

A segunda banda veterana a entrar no palco foi a PROTESTANTES HC, desta vez estreando sua nova formação com o baterista Riso (ex-CEIFADORES). E por incrível que pareça, ele estava nervoso, devia ser a emoção por estar tocando Punk ao invés de Black Metal (risos). Mas as interrupções aconteceram apenas duas vezes, numa delas o Riso pegou o microfone e deu uma palavra ao público. Usando uma máscara parecida ou igual a dos integrantes da NO FACE, ele compartilhou um trecho do livro de Apocalipse 22:11 – “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo na prática da justiça, e o santo continue a san-tificar-se”, complementando que o final dos tempos está próximo e Jesus cada vez mais está perto de voltar, que venhamos a ser cristãos verdadeiros e não meros mascarados que pregam e não vivem aquilo que falam, ou que passam a semana na prática do pecado e no domingo pedem perdão a Deus, vivendo nesse ciclo vicioso. E antes de terminar a palavra ele retirou a máscara que estava usando (maneiro!), creio que a mensagem tenha

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edificado a muitos. A apresentação correu como sempre, eles arrebentando tudo. Algumas músicas foram tocadas de for-ma diferente do habitual, pra mim isso faz parte da evolução. O vocal do Marcos Efraim estava mais audível (no sentido de ser entendido), mas nem por isso menos raivoso. Várias figuras eram projetadas no datashow acima da batera, todas casando perfeitamente com o tema e letra da música em questão, destaque para Monstros que fala sobre a corrupção na política. Durante a música Denuncie, eles chamaram as mulheres para frente do salão a fim de que elas pudessem pogar entre si, sem serem machucadas pelos marmanjos (que foram mandados pro fundão); engraçada foi a encenação antes de o som rolar: um marido batendo na mulher (que era o vocalista com uma peruca, risos!). A boa surpresa foi uma nova música no estilo Street Punk chamada Disk 100, que fala sobre a pedofilia. Essa foi o destaque para mim, pois o refrão vem acompanhado de back-vocais (Oioioi!) do guitarrista Rafael e do baixista Bruno (que ficava engraçado nessa hora) e o ritmo é contagiante (só não agitei mais com medo de cair sozinho, seria um mico épico). Um ponto negativo foi a ausência do hit Cabeça de Vento no setlist e o fato de eu ter arrebentado minha fuça na costa de alguém (sempre me ferro, risos) na “Hora do Confronto” durante a música Placa de Igreja.

Por fim, a mais esperada da noite! Após vários imprevistos, dificuldades e algumas “ameaças” da pas-tora Marineide (os integrantes que o digam! risos): finalmente a estreia da SCARLET WAR, composta por Will Guerreiro (vocais - ex-DIVINE SYMPHONY / IMMORTAL FAITH), Manfrini Rodrigues e Raul Magno (guitarras, re-spectivamente), Fernando Monteiro (baixo), Júlio César (teclados) e Danilo Castro (bateria). Os membros não definiram em qual o estilo a banda se encaixa (o público que rotule). Bem, eu não consegui definir tampouco, afinal são várias influências no som: me lembra um pouco a DIVINE por causa dos teclados (são poucas as ban-das da Base que o utilizam) e porque o Will já foi vocalista dela, mas ao mesmo tempo não consigo categoriza-los como Black Metal Sinfônico somente por causa disso; temos pegadas oriundas do Metalcore e derivados, resumindo... Uma mistureba, mas creio que é um sinal de identidade da banda. Por mais pobre que possa soar, defino a mesma como um Metal Extremo Moderno.

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As músicas próprias que eles apresentaram são interessantes e me empolgaram nessa primeira ouvida, o teclado faz sua parte em dar o clima sossegado antes da pancadaria, o vocal do Will continua melhor do que na fase DIVINE, as guitarras cumpre seu papel assim como a bateria, já o baixo... quem consegue escutar? (risos) Brincadeiras à parte, todos se empenharam e a presença de palco foi ótima, bem como a apresentação de slides durante o set. O setlist original foi composto de Reforge Life With Flames And Grace, Chained By a Condemned Empire, Marching On The Front Lines e The Moment The Clouds Were Broken (que encerrou o evento). Nos cov-ers, o baterista Danilo tocou a Thunder of War do SLECHTVALK, enquanto que na World Lethality do MISERATION e Made Man Disaster do BETRAYING THE MARTYRS tivemos a participação especial de Jonathas Carlos (DIVINE SYMPHONY); o cover que mais curti foi o da Thunder of War, já as outras eu nunca ou pouco escutei antes. Con-segui pegar o setlist original com o Will após o evento e constatei que a música The Hurt The Divine The Light (outro cover do BETRAYING) não foi executada, devido ainda não estar 100% “tocável” segundo o Will informou, a ordem das músicas também não foi igual a do papel (mas isso é o de menos).

Enfim, foi uma noite agradável e todas as bandas estão de parabéns. Quanto à SCARLET WAR: esta já passou pela prova de fogo inicial, que venham as próximas apresentações, esperamos na expectativa de que elas serão melhores!

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