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TORNO MECÂNICO rof. Elton Ricardo

Aula 02 Torno Mecânico

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TORNO MECÂNICO

Prof. Elton Ricardo

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A origem da palavra torno é latina: tornus. Este termo designava a máquina para tornear marfim, madeira etc., originando o sentido de “forma arredondada”, “movimento circular”. É esta a ideia presente em expressões como: em torno de (ao redor de) e letra bem torneada (= bem feita).

Torno Mecânico

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Torno Mecânico

Torno mecânico é uma máquina-ferramenta utilizada para executar operações de usinagem cilíndrica externa ou interna e outras operações que normalmente são feitas por furadeiras, fresadoras e retificadoras, com adaptações relativamente simples.

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A principal característica do torno é o movimento rotativo contínuo realizado pelo eixo-árvore, conjugado com o movimento de avanço da ferramenta de corte. As outras características importantes são o diâmetro do furo do eixo principal, a distância entre pontas e a altura da ponta, que compreende a distância ao fundo da cava, ao barramento e ao carro principal.

Torno Mecânico

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Processo de Torneamento

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Torno Mecânico

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Cabeçote Fixo

Onde está montado a caixa de velocidades e a árvore principal. O sistema permite estabelecer e fornecer o movimento de rotação da árvore principal. O número de rotações é estabelecido na caixa de velocidades, podendo ser feito através de sistemas de engrenagens ou correias e polias.

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É utilizado como encosto ou apoio para montagem entre pontos no torneamento de peças compridas. Para furações é colocado no lugar do contraponto uma ferramenta.

No interior do corpo do cabeçote móvel mostrado há uma haste (mangote) que tem um furo cónico para adaptar a contraponto. Com a alavanca de fixação do mangote aliviada, o contraponto pode ser movimentada longitudinalmente pela ação de um volante manual.

Cabeçote Móvel

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Base - desliza sobre o barramento e serve de apoio ao corpo.Corpo - é onde se encontra todo o mecanismo do cabeçote móvel e pode ser deslocado lateralmente, a fim de permitir o alinhamento ou desalinhamento da contraponta.Mangote - é uma luva cilíndrica com um cone morse num lado e uma porca no outro; a ponta com o cone morse serve para prender a contraponta, a broca e o mandril; o outro lado é conjugado a um parafuso, que ao ser girado pelo volante, realiza o movimento de avanço e recúo.

Cabeçote Móvel

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Cabeçote Móvel

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Além de movimentar o material na rotação adequada de encontro a ferramenta, recebe a rotação do motor elétrico pela polia ou engrenagem e transmite os movimentos a todos os demais mecanismos do torno. É constituído de aço liga, endurecido e retificado, com um furo que permite a passagem de material comprido a ser usinado. Na extremidade direita possui rosca com encosto para fixar as placas e, na extremidade esquerda possui rosca para permitir a regulagem da folga longitudinal do eixo entre os mancais.

Eixo Principal

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Eixo Principal

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Barramento

Suporta todas as partes principais do torno. Está apoiado sobre a base (pés) do torno. O carro porta ferramentas e o cabeçote móvel deslocam-se sobre as suas guias e fusos.

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Caixa Norton

Também conhecida por caixa de engrenagem, é formada por carcaça, eixos e engrenagens; serve para transmitir o movimento de avanço do recâmbio para a ferramenta.

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Recâmbio

O recâmbio é a parte responsável pela transmissão do movimento derotação do cabeçote fixo para a caixa Norton. É montado em uma grade e protegido por uma tampa a fim de evitar acidentes. As engrenagens do recâmbio permitem selecionar o avanço para a ferramenta

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Carro Principal

O carro principal é um conjunto formado por avental, mesa, carro transversal, carro superior e porta-ferramenta.O avanço do carro principal pode ser manual ou automático. No avanço manual, o giro do volante movimenta uma roda dentada, que engrenada a uma cremalheira fixada no barramento, desloca o carro na direção longitudinal.

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Carro Principal

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O carro transversal é responsável pelo movimento transversal da ferramenta e desliza sobre a mesa por meio de movimento manual ou automático.

Carro Transversal

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Carro Transversal

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O carro superior possui uma base giratória graduada que permite o torneamento em ângulo. Nele também estão montados o fuso, o volante com anel graduado e o porta-ferramentas ou torre.O porta-ferramentas ou torre é o local onde são fixados os suportes de ferramentas, presos por meio de parafuso de aperto.

Carro Superior

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Carro Superior

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Acessórios do torno

Pontas e Contrapontas

Os pontos e contrapontos são cones duplos rectificados de aço temperado, num lado um cone Morse, e do outro lado, um cone de 60º para apoiar, ao centro, a peça a ser torneada. O contraponto é montado no mangote do cabeçote móvel e ponto no cabeçote fixo.

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1. Ponta fixa: suporta a peça por meio dos furos de centro.

2. Ponta rotativa: reduz o atrito entre a peça e a ponta, pois gira suavemente.

3. Ponta rebaixada: facilita o completo faceamento do topo.

Pontos e Contrapontos

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A luneta é outro acessório usado para prender peças de grande comprimento e finas que, sem esse tipo de suporte adicional, tornariam a maquinação inviável, por causa da vibração e flexão da peça devido ao grande vão entre os pontos. A luneta pode ser fixa ou móvel.

A luneta fixa é presa no barramento e possui três castanhas reguláveis. A luneta móvel geralmente possui duas castanhas. Ela apoia a peça durante todo o avanço da ferramenta, pois está fixada no carro do torno.

Luneta

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Luneta

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São pequenas buchas universais de três castanhas mais comummente conhecidas como mandris, que são utilizadas para fixar brocas, alargadores, machos e peças cilíndricas de pequeno diâmetro.

Mandril

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A placa de arrasto é um acessório que transmite o movimento de rotação do eixo principal às peças que devem ser torneadas entre pontos. Tem o formato de disco, possui um cone interior e uma rosca externa para fixação. As placas arrastadoras podem ser:

Placa de Arrasto

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A Placa lisa fornece uma superfície plana para apoio de peças de formas irregulares. Ela tem várias ranhuras que permitem a utilização de parafusos para fixar a obra. É aparafusada na extremidade do cabeçote fixo, sendo usada para peças cujos centros não são alinhados com outros tipos de suporte, para furar e alargar furos que devem ser colocados cuidadosamente.

Placa de Castanhas Independentes

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Placas

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O torneamento é um processo de usinagem que se baseia no movimento da peça ao redor de seu próprio eixo, com a retirada progres-siva de cavaco. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só gume cortante, com dureza superior à do material a ser cortado.

Operações do Torno

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O torneamento cilíndrico consiste em dar um formato cilíndrico a um material em rotação submetido à ação de uma ferramenta de corte.

Essa operação é uma das mais executadas no torno e tem a finalidade de produzir eixos e buchas ou preparar material para outras operações.

Torneamento cilíndrico externo

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Faceamento

Faceamento é a operação que permite fazer no material uma superfície plana perpendicular ao eixo do torno, de modo a obter uma face de referência para as medidas que derivam dessa face. A operação de facear é realizada do centro para a periferia da peça.

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A furação permite abrir furos de centro em materiais que precisam ser trabalhados entre duas pontas ou entre placa e ponta. Também é um passo prévio para fazer furo com broca comum.

Furação

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A furação no torno também serve para fazer uma superfície cilíndrica interna, passante ou não, pela ação da ferramenta deslocada paralelamente ao torno. Essa operação também é conhecida por broqueamento e permite obter furos cilíndricos com diâmetro exato em buchas, polias, engrenagens e outras peças.

Furação

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O torneamento cônico externo admite duas técnicas: com inclinação do carro superior e com desalinhamento da contraponta.

Torneamento Cônico

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Tipos de Tornos

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O torno de placa é utilizado para tornear peças curtas e de grande diâmetro, tais como polias, volantes, rodas, etc. Tendo grandes recursos para facejamento.

Torno Platô

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Torno Platô

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Os tornos verticais, com eixo de rotação vertical, são utilizados para tornear peças de grandes dimensões e de grande peso.

Torno Vertical

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Torno Vertical

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Os tornos revólver várias ferramentas dispostas e preparadas para realizar várias operações em forma ordenada e sucessiva através de um porta-ferramenta múltiplo ou “revólver”. São tornos para trabalhos em série, de grande produção.

Torno Revolver

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São os que produzem um movimento combinado, obrigando a ferramenta a cortar um perfil na peça, que acompanha, por meio de uma guia, um outro semelhante tomado como modelo.

Torno Copiador

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Torno Copiador

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Possuem mudança automática de alimentação programação computadorizada e emprego automático, em uma ordem determinada, das ferramentas necessárias a cada operação. Nos tornos deste tipo, que servem para a grande produção seriada, o material das peças a tornear tem movimentos de rotação e avanço de alimentação.

Torno CNC

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Torno CNC

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O torno universal é o tipo mais simples que existe. Estudando seu funcionamento, é possível entender o funcionamento de todos os outros, por mais sofisticados que sejam. Esse torno possui eixo e barramento horizontal e tem capacidade de realizar todas as operações: faceamento; torneamento externo e interno; broqueamento; furação; corte.

Torno Universal

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Torno Universal

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Torno Universal

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USINAGEM

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A NBR 6175:1971 classifica torneamento como o processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma trajetória coplanar com o referido eixo.

Torneamento

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O torneamento, como todos os demais trabalhos executados com máquinas-ferramentas, acontece mediante a retirada progressiva do cavaco da peça a ser trabalhada. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só gume cortante, que deve ter uma dureza superior à do material a ser cortado.

Torneamento

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Cavaco - Material que é removido da peça pela ferramenta, quando ela está em ação. Tem formatos e tamanhos diferentes, conforme o trabalho e o material utilizado.Máquina-ferramenta - É uma máquina que utiliza ferramentas para realizar ocorte. É comumente conhecida como máquina operatriz.

Torneamento

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Movimento de corte: é o movimento principal que permite cortar o material. O movimento é rotativo e realizado pela peça.2. Movimento de avanço: é o movimento que desloca a ferramenta ao longo da superfície da peça.3. Movimento de penetração: é o movimento que determina a profundidade de corte ao se empurrar a ferramenta em direção ao interior da peça e assim regular a profundidade do passe e a espessura do cavaco.

Movimentos Relativos

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Movimentos Relativos

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Movimento de corte

O movimento de corte ou principal é realizado pela própria peça no processo de torneamento, através de seu movimento giratório. A velocidade do movimento de corte chama-se velocidade de corte ( Vc) e ela é dada ou medida normalmente em m/min.

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Fatores que influem na (VC)

1. Material da peça• material duro – baixa Vc• material mole – alta Vc2. Material da ferramenta• muito resistente – alta Vc• pouco resistente – baixa Vc3. Acabamento superficial desejado4. Tempo de vida da ferramenta5. Refrigeração6. Condições da máquina e de fixação

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Movimento de avanço

No processo de torneamento, esse tipo de movimento é contínuo, mas também pode ser intermitente em sequência de cortes, como na operação de aplainar.A espessura do cavaco depende do movimento de avanço e a grandeza, basicamente, das características da ferramenta, e, principalmente, da qualidade exigida da superfície usinada.O movimento de avanço é feito pelo operador, mas pode ser automática também.

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O movimento de penetração serve para ajustar a profundidade (P) de corte, e, juntamente com o movimento de avanço (A), para determinar a secção do cavaco a ser retirado, como, no exemplo da figura. Esse movimento pode ser realizado manual ou automaticamente e depende da potência da máquina, assim como da qualidade exigida da superfície a ser usinada. Uma representação desses três movimentos, acompanhando o sentido das setas Vc (para indicar o movimento de corte), A (para indicar o movimento de avanço) e P (para indicar o movimento de penetração).

Movimento de Penetração

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PRINCIPAIS OPERAÇÕES

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Torneamento Cilíndrico

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Facejamento

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Torneamento Cônico

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Torneamento de Forma

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Rosqueamento

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Operações no Torno

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Operações no Torno