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O MARXISMO Profº. José Ferreira Júnior

Cap 17 Marxismo

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Feuerbach; Karl Marx

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Page 1: Cap 17   Marxismo

O MARXISMOProfº. José Ferreira Júnior

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SUMÁRIO• Ludwig Feuerbach– Biografia– Pensamento Filosófico

• Karl Marx– Vida–O materialismo histórico– A crítica ao capitalismo

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LUDWIG FEUERBACH

O ser absoluto, o Deus do homem é o próprio ser do

homem.

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LUDWIG FEUERBACH

• Nasceu em Landshut, na Baviera.• Estudou na Universidade de

Heidelberg até 1823, depois na Universidade de Berlim, onde conheceu Hegel.

• Lecionou em Herlangen de 1829 a 1832.

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LUDWIG FEUERBACH

• Criou o materialismo dialético com base em uma interpretação particular do monismo de Hegel.

• O idealismo hegeliano via na natureza a concretização da idéia.

• O materialismo de Feuerbach vê na ideia uma representação da natureza, que é a realidade fundamental.

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LUDWIG FEUERBACH

• Essa interpretação racionalista de Feuerbach, aplicada à filosofia religiosa, conduziu-o à negação de qualquer religião.

• Para ele, se a matéria, que é a realidade, cria representações, a existência de Deus seria mais uma idealização da mente humana.

• A religião não teria um objeto real, seria apenas fruto de uma fantasia.

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LUDWIG FEUERBACH

• Rejeita o idealismo para defender o concreto e rejeita a divindade para afirmar a humanidade.

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KARL MARX

Os filósofos até agora limitaram-se a

interpretar o mundo; de agora em diante é

preciso, pelo contrário, transformá-lo.

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KARL MARX

• O alemão Karl Marx é, provavelmente, um dos pensadores que maior influência exerceu sobre a filosofia contemporânea.

• Raymond Aron afirmou:– “se a grandeza de um filósofo devesse ser

medida pelos debates que ele suscitou, ninguém nos últimos séculos pode ser comparado a Karl Marx.”

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KARL MARX

• De família judaica, rica e culta, nos tempos da universidade Marx revelou entusiasmo pelo estudo do direito, da filosofia e da história.

• Formado em filosofia no círculo do idealismo alemão, possuía vasta cultura e se destacou desde muito jovem pela profundidade de suas reflexões.

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KARL MARX

• Tentou seguir a carreira universitária como professor, mas não conseguiu por ser da esquerda hegeliana.

• Passou a trabalhar em diversos jornais e se afastou da filosofia idealista.

• Em seus textos escritos entre 1843 e 1848, realizou uma crítica contundente à filosofia idealista de Hegel, bem como dos chamados jovens hegelianos.

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KARL MARX• Tomando conhecimento dos escritos socialistas

de sua época, envolveu-se nessa causa.• Desenvolveu então uma atividade teórica de

análise da realidade social, que culminou na fundamentação teórica do socialismo marxista, e uma atividade prática de participação da organização de movimentos de trabalhadores.

• Marx viveu, juntamente com sua família, longos períodos de exílio e grandes dificuldade financeiras.

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KARL MARX

• Toda e qualquer sociedade é determinada por suas condições socioeconômicas, mais especificamente pela forma como ela organiza a produção.

• Os interesses que movem a sociedade são materiais, traduzidos, em última instância, pelas necessidades de sobrevivência.

• Interpreta a história basicamente como uma luta de classes.

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• A crítica de Marx ao idealismo de Hegel começa pela concepção hegeliana da história como uma sequência racional de acontecimentos, que se desenvolve segundo uma dialética interna.

• Para Hegel, o sujeito da história não é o indivíduo, é o espírito absoluto, que toma consciência de si mesmo no decurso da história.

• Para Marx, o modo de pensar do homem é condicionado pela sua situação concreta.

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• O que impede o indivíduo de se realizar como ser humano não são as suas representações inadequadas sobre o mundo, mas suas condições de vida opressivas.

• À medida que essas condições materiais mudarem, também o modo de pensar mudará.

• Marx contraria todos os filósofos de seu tempo, afirmando que o fundamental não é interpretar o mundo, mas mudá-lo, transformá-lo.

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KARL MARX

• Não são as ideias que condicionam o mundo concreto, mas o inverso.

• A realidade concreta é a realidade do ser humano.

• A raiz do homem é o próprio homem.• Feuerbach via o ser humano como

indivíduo e Marx o vê como membro da sociedade, ou seja, como um ser social.

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• O indivíduo é um ser profundamente marcado pela sua condição social, pela classe social a que pertence.

• O desenvolvimento da história e da cultura se dá pelos mecanismos materiais de produção e distribuição de mercadorias.

• A evolução econômica determina a evolução social das classes e, por meio desta a política.

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• Marx tentou sistematizar uma prática política que levasse à construção de uma sociedade sem classes.

• Essas sociedade ideal se caracterizaria pela inexistência da propriedade privada dos meios de produção, ou seja, ninguém deteria a posse particular da terra, das ferramentas, das máquinas, das matérias-primas.

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• O trabalho de uns não poderia ser apropriado por outros para benefício particular, resultando na exploração de um indivíduo por outro.

• Toda a riqueza produzida pelo trabalho social seria propriedade de toda a sociedade e distribuída de acordo com as necessidades individuais.

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• O resultado último da constituição desse tipo de sociedade seria a supressão do Estado e de toda exploração e opressão inerentes a ele.

• Para apresentar a sistemática do funcionamento da sociedade, Marx faz uma divisão entre a superestrutura e a infra-estrutura.

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• INFRA-ESTRUTURA é o conjunto das condições econômicas;

• SUPERESTRUTURA são as instituições, a família, o Estado, a ideologia e a cultura, que se desenvolvem adaptadas à infra-estrutura, que, por sua vez, depende da relação dos indivíduos com os meios de produção.

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• Todas as mudanças significativas em uma determinada sociedade necessariamente decorrem de mudanças na sua organização econômica.

• A importância da infra-estrutura para a definição das formações sociais pode ser notada ao longo de toda a história da humanidade.

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• Na FASE PRIMITIVA não havia divisão de classes sociais; os bens eram comuns e a atividade social era fundamentalmente dirigida para a existência do grupo.

• As ANTIGAS SOCIEDADE ESCRAVISTAS se caracterizavam pela polarização entre proprietários e escravos, sendo a propriedade privada e a cidadania um privilégio exclusivo dos primeiros.

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• No período da EUROPA FEUDAL, a exploração dominante foi entre o senhor feudal e o servo, condição em que este, embora fosse formalmente livre, estava submetido ao senhor pelas relações servis de produção.

• Nas relações CAPITALISTAS de produção do período CONTEMPORÂNEO, os indivíduos livres estabelecem uma relação mediada pelo mercado: aqueles que não são donos dos meios de produção vendem a única coisa de que dispõem – seu trabalho – em troca dos recursos necessários à sua sobrevivência.

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• O Capitalismo se configurou plenamente a partir do século XVIII, quando ocorre a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, de onde se propagou para outros países.

• Sua essência era a busca incessante da reprodução e ampliação do capital, meio pelo qual a burguesia concentra poder.

• Esse sistema econômico não vê nenhum impedimento político, moral ou ético para expropriar o trabalhador de todos os seus atributos humanos.

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• No processo de produção capitalista, o homem se aliena, tornando-se mera peça da engrenagem produtiva.

• Ele não é mais dono dos seus instrumentos de trabalho, o ritmo de produção não é imposto por ele e tampouco domina o processo produtivo, ou seja, a divisão do trabalho.

• A principal consequência desse processo é que o trabalhador não se reconhece no produto que fez e, assim, perde sua identidade como sujeito.

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• A alienação do produto do trabalho conduz à alienação do homem.

• As relações interpessoais em geral passam a ser mediadas pelas mercadorias e pelo dinheiro.

• Os próprios proletários adquirem caráter de mercadoria, pelo fato de sua força de trabalho ser comercializada no mercado.

• Marx faz uso do materialismo dialético para demonstrar como se daria a ruptura da ordem capitalista.

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• O trabalhador, mesmo vivendo individualmente essa dominação, como integrante de uma classe social, poderia tomar consciência dessa situação de opressão.

• Para além da alienação econômica, há também a alienação religiosa.

• Marx afirma que é preciso destruir a religião para que o homem se recupere a si próprio, pois o único Deus do homem é o próprio homem.

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• A alienação religiosa faz com que o ser humano deixe de lutar pela melhoria da sua condição social, acreditando estar em Deus a justificativa para a desigualdade do mundo capitalista.

• A alienação filosófica, que se expressa na forma de encarar a filosofia como contemplação da realidade, que os filósofos designam por metafísica.

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KARL MARX

• A principal tarefa de toda e qualquer pessoa e, portanto, também dos filósofos, é transformar o mundo, de modo a pôr fim à alienação social e política.

• Agir para erradicar a submissão da classe operária pelo Estado burguês.

• A própria sociedade capitalista criaria as condições para a sua autodestruição e o surgimento da sociedade comunista.

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• Esta seria caracterizada pela abolição da propriedade privada; pela igualdade, com a abolição das classes; e pela justiça, pois a sociedade exigirá de cada indivíduo um esforço proporcional a suas forças e o retribuirá de acordo com suas necessidades.

• A partir desse momento histórico, o processo dialético continuaria infinitamente, mas sem a luta de classes: teria continuidade na luta do ser humano contra a natureza.

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KARL MARX

• Para Marx a matéria é um dado primário que alimenta a consciência e esta é considerada apenas um dado secundário, pois é reflexo da matéria.

• As ideias expressas na arte, na filosofia, na literatura e na moral estão estritamente relacionadas ao modo de produção econômico.

• São as ideias e os valores que contribuem para que as pessoas definam uma certa visão do mundo.

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• A IDEOLOGIA é uma falsa consciência do mundo.• Revelar a ideologia burguesa era o equivalente a

desvendar toda a lógica sobre o mundo burguês e, portanto, contribuir para a revolução proletária.

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• CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2012.

Referência Bibliográfica