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Classificado como Património de Interesse Municipal, a Casa Sommer é um importante exemplo de residência privada oitocentista

Casa Sommer

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Classificado como Património de Interesse Municipal, a Casa Sommer é um importante exemplo de residência privada oitocentista

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Henrique de Araújo de Sommer (Lisboa, 29 de Janeiro de 1886 — Cascais, 28 de Março de 1944) foi um empresário português, descendente de uma família alemã radicada em Portugal.

Ligado ao comércio de ferro, através da Casa Sommer & Cia., criada pela família em meados do século XIX, ficaria conhecido como o pai da indústria cimenteira em Portugal.

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Em 1920 fundou a Companhia de Cimentos de Leiria, situada na Maceira, onde foi construído o primeiro forno rotativo, iniciando-se a produção de Cimento Portland. Em 1935 a Casa Sommer & Cia. tornou-se no maior acionista da Companhia Cimentos Tejo, tornando-se o maior produtor de cimento do país. Entre outras participações detidas por Henrique de Sommer, contam-se ainda a Vulcano, empresa fabricante de caldeiras e radiadores.

Morrendo sem filhos, em 1945, a divisão da sua herança entre irmãs e sobrinhos deu azo a um polémico processo judicial, conhecido como o caso da Herança Sommer.

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Conjugando referências ecléticas que misturam o apogeu do estilo romântico com um neoclassicismo determinante na evolução da estrutura urbana de Cascais, o imóvel adquiriu o nome do seu primeiro proprietário – Henrique de Sommer – e foi construído em finais do Século XIX. Integrado no movimento de instalação da corte em Cascais, acompanhando o estio da Família Real durante os reinados de Dom Luís I e de Dom

Carlos I, a casa Sommer é um excelente exemplo da denominada ‘”Arquitectura de Cenário” que acompanhava a construção de veraneio.

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Na década de 80 do século XX, a casa albergou o Centro de Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Cascais. Em 2003, o Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Cascais propôs a conversão do edifício em Arquivo de História Local, de que fará parte uma área expositiva dedicada à História de Cascais, uma exposição permanente consagrada à casa propriamente dita, salas de exposições temporárias na cave, área de consulta e biblioteca no andar nobre e área técnica no último piso.

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A 22 de julho de 2013 foi possível dar início à obra destinada à reinstalação do Arquivo Histórico Municipal de Cascais nesta peça ímpar da arquitetura de veraneio do final do século XIX, que é já Imóvel de Interesse Municipal. Findos os trabalhos, a nova Casa Henrique Sommer proporcionará condições privilegiadas para a preservação, tratamento e difusão da valiosa documentação a cargo do município, que remonta ao século XIV. Permitirá, ainda, a afirmação do Arquivo Histórico Municipal enquanto Centro de História Local.

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O futuro Centro de História Local | Arquivo Histórico de Cascais permitirá recuperar para uso público um edifício de estilo neoclássico fundamental para a compreensão da história da arquitetura de veraneio da vila de Cascais. Além disso, irá permitir a criação de condições privilegiadas para a preservação, tratamento e difusão da valiosa documentação, tornando-se num ativo Centro de História Local, aberto à investigação e à comunidade, com forte dinâmica ao nível da difusão de informação de interesse para a história do município.