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Continente Africano: economia, demografia e problemas sociais. Professor: Herbert Galeno Blog: herbertgaleno.blogspot.com.br www.youtube.com/herbertmiguel

Continente africano contexto político e histórico

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Continente Africano: economia, demografia e problemas sociais.Professor: Herbert Galeno

Blog: herbertgaleno.blogspot.com.br

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Histórico das civilizações africanas

Muitos são os problemas relacionados ao continente africano: problemas ambientais, problemas sociais, exploração de recursos energéticos, questões relacionadas ao desenvolvimento sócio econômico, conflitos étnicos, etc...

Contudo, só iremos entender bem esse contexto se analisarmos o contexto histórico de colonização.

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História da África

O norte do continente recebeu influência dos fenícios, povo navegador e comerciante que levou desenvolvimento a grande parte do planeta e difundiu conhecimentos técnicos e culturais.

Os gregos e romanos também deixaram muitas evidências de prosperidades nas cidades ao norte da África.

Os povos árabes também deixaram sua influência cultural nas cidades ao norte da África, principalmente na religião.

Enquanto ocorria esses desenvolvimento na África do Norte na África negra desenvolvia vários impérios que forçava muitos outros clãs a escravização.

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Dominação europeia

Durante os século XV e XVI a história registra o desenvolvimento das grande navegações, com destaque para Portugal e Espanha.

As primeiras expedições no continente foi em busca de um caminho para as Índias.

A medida que a exploração aumentava eram instaladas feitorias ao longo do litoral.

O contato do europeu com o povo africano foi tempestuoso. Os sultões que lideravam as cidades estados queriam fazer negócios, mas os europeus não tinham nada que lhes interessavam.

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Dominação europeia

Outro ponto de conflito foi a religião. A maior parte dos africanos eram mulçumanos e os europeus cristãos.

Essa diferença levou ao confronto bélico que culminou com o domínio europeu.

A religião do branco europeu, seus usos e costumes, sua religião, e a superioridade militar foram usados como argumentos para a “nobre missão civilizadora”.

A ideologia do europeu desconsiderava a cultura e as religiões existentes. Os povos africanos sempre foram vistos como inferiores. Além do mais, o que importava realmente para os europeus era o lucro que poderiam obter.

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A Neocoloniza

ção

Durante o século XIX a Europa vivia a febre da industrialização e dependia do fornecimento de matérias primas. Como já haviam perdido a maioria das colônias americanas, canalizaram a exploração e a dominação dos países africanos.

Franceses, Belgas, Alemães, Ingleses, Portugueses, Holandeses e Espanhóis, intensificaram o domínio sobre o continente entre os século XIX e XX.

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Descolonização

Acordo com as potências colonial – Portugal, Inglaterra, etc ...

Guerra de libertação. Colônias portuguesas e Argélia.

Golpe de Estado. Substituição da administração colonial.

Luta histórica de povos pela autonomia da colônia.

Processos pacíficos – sob a influência de algum partido ou político com poder de pressão sobre o colonizador ou apoio de forças internacionais de paz.

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Descolonização

Com o final da 2ª Guerra mundial os países europeus estavam enfraquecidos economicamente e militarmente, o que contribuiu para a luta pela independência de muitos países africanos.

A Argélia (norte da África) exigia sua independência da França. O conflito foi extremamente violento e durou de 1954 a 1962, culminando na independência da Argélia.

Até 1952 o Egito foi colônia da Inglaterra que tinha grandes interesses na região, principalmente no Canal de Suez. Em 1956 o Canal de Suez foi nacionalizado pelo presidente do Egito Gamal Abder Nasser, o que gerou o rompimento das relações diplomáticas entre a França e a Inglaterra. Com o apoio de Israel, as forças anglo – francesas dominaram o Canal de Suez, mas, por pressão dos EUA e da URSS, tiveram que devolver ao Egito.

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Apartheid

Depois de muitas manifestações e de uma violenta guerra civil, a África do Sul conseguiu sua independência em 1961; contudo a população negra foi subjugada tanto por holandeses quanto pelos ingleses.

A população negra foi mantida fora do governo, que passou a ser administrado por uma minoria branca.

Foi Instaurado o regime do Apartheid, um regime de segregação racial, entre a população.

Nelson Mandela, ativista político, se destacou na luta contra o racismo, contra o preconceito e pela igualdade de direitos entre brancos e negros. Por sua atuação junto ao congresso nacional foi preso em 1964 e libertado apenas em 1991.

As leis do Apartheid foram revogadas em 1992. Nelson Mandela ganhou o prêmio Nobel da paz nesse ano. Em 1994 foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul.

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Os países da África do Norte

Mauritânia, Saara Ocidental, Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Egito.

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Os povos norte africanos

Podemos dividir o continente africano em duas grandes partes:

A África Branca (norte africanos) – situados entre o Mar Mediterrâneo e o grande deserto do Saara.

A África negra (subsaarianos) – referente aos países que estão ao sul do deserto do Saara.

A África Branca é composta, basicamente, por populações mediterrâneas algumas vezes misturadas com as etnias negras. São encontrados nessa área grupos populacionais como berberes, etíopes e povos árabes.

Nessa região predominam o Islâmismo. Religião dominante desde o século VII.

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Etíopes

Berbéres

Árabes

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Economia: Agropecuária

Agricultura: beneficiado pelo clima Mediterrâneo. Favorece o cultivo de azeitonas, frutas cítricas, uvas, trigo, legumes e verduras, essa produção se destina ao mercado interno. A economia agropecuária é dependente do Rio Nilo, mesmo depois da usina de Assuã. No Egito predomina o cultivo de cana de açúcar, trigo, milho e tomate e a criação de aves, ovinos, caprinos e búfalos.

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Economia: Indústria e mineração

A mineração é responsável pela produção de minério de ferro, manganês, chumbo, zinco, flúor, cobalto, urânio, tungstênio, mercúrio, prata, fosfato e petróleo. Entre ao maiores produtores de petróleo destacam-se a Argélia, a Líbia, o Egito, e a Tunísia.

O Egito é o segundo país mais industrializado do continente, com uma diversificação bastante ampla de produtos de bens de consumo e de bens de produção.

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Economia: Turismo

O turismo é um elemento muito importante para a economia dessa região da África. Merece destaque o Egito com seus monumentos históricos. O país recebe por ano 4 milhões de turistas. Entre os pontos mais visitados estão: as Grandes Pirâmides, a Esfinge de Gisé, o Museu do Cairo, o Rio Nilo e os Templos.

Outros destaques são: a Tunísia, com sítios arqueológicos, belas praias e desertos, e o Marrocos com belos balneários no litoral.

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IDH

País IDHLíbia 0,760

Tunísia 0,698Argélia 0,698Egito 0,644

Mauritânia 0,453Marrocos 0,582

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África SubsaarianaRepresentam os países ao Sul do deserto do Saara

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Demografia

Dos 20 países com maiores índices de mortalidade infantil do mundo 18 são dessa região da África. Entre os dez países que possuem as maiores taxas de natalidade do mundo 9 são africanos.

2/3 de todas as pessoas com AIDS no mundo estão nessa região. 51% da região vivem em estado de miséria absoluta (menos de $1 dólar por dia).

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Indicadores sociais

País Esperança de

vida ao nascer

Média de anos de vida ao Nascer

RNB- Renda nacion

al Bruta

IDH

Gabão 61,3 6,6 12,747 0,648

Botsuana

55,5 8,9 13,2,4 0,633

Namíbia 62,1 7,4 6,323 0,606

Uganda 54,1 4,7 1,224 0,422

Rep Centro

Africana

47,7 3,5 758 0,315

Congo 48 3,8 291 0,239

Zimbábue

47 7,2 176 0,140

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Saúde

Os indicadores mostram que as condições de saúde dos países africanos são muito precárias.

Segundo dados da ONG “médicos sem fronteiras” a cada 10 pessoas contaminadas com Malária no mundo 9 são da África. A OMS apontam 68,9 milhões de pessoas contaminadas com essa doença na África.

A AIDS se propaga com velocidade assombrosa. Estudos da OMS indicam 22,5 milhões de adultos e crianças infectados vivem com o HIV. A estimativa é de 1,3 milhões de mortes a cada ano.

Outro fator que preocupa muito a OMS é a subnutrição, que afeta boa parte do continente.

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Educação

Os problemas relacionados à educação também são bastantes sérios. Faltam escolas, profissionais capacitados e metodologia adequada à realidade africana. O resultado é um número bastante alto de analfabetos.

As taxas médias de analfabetismos na África são de 40%. Na Nigéria, é de 39,2%, ou 34 milhões de nigerianos analfabetos. Na República Democrática do Congo, são mais de 11 milhões de analfabetos. A realidade desses dois países se estede pelo continente.

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Economia

Em sua ampla maioria a África Subsaariana são constituídos de países muito pobres que conseguiram sua independência depois da 2² Guerra Mundial.

Essa região africana é a mais endividada do mundo com uma divida que equivale a 27% de toda a receita de exportação e 75% do Produto Interno Bruto.

Muitos desses países são exportadores de matéria prima e importadores de produtos industrializados e serviços.

O continente representa 2% do comércio internacional e menos de 1% dos investimentos estrangeiros diretos.

Esse quadro econômico é muito negativo pois mostra como os países desse continente permanecem a margem da economia mundial e são manipulados pelos países ricos.

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Agropecuária

Esse setor tem importante representação na economia dos países da África do Sul. A região está inserida na zona intertropical do planeta com altas temperaturas o ano todo. As produções de culturas tropicais são favorecidas.

Destaque para as “Plantations” de café, algodão, fumo, amendoim e óleo de palma, principalmente na região do Golfo de Guiné.

Nigéria – maior produtor mundial de amendoim. Costa do Marfim e Gana – primeiro e segundo produtor mundial de cacau.

Apresenta sérios problemas ambientais como queimadas, desertificação e até o assoreamento do Lago Chade, intensamente utilizado na irrigação agrícola.

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Minérios

A África Subsaariana detém 7% das reservas mundiais de petróleo e 10% da produção mundial.

Muitas empresas atuam na exploração do petróleo africano, dentre elas a Mobil (EUA), Shell (Holanda / Reino Unido), BP (Reino unido), Texaco (EUA), ELF (França) e ENI (Itália). Dentre as nacionais se destacam a Sasol (África do Sul), NNPC (Nigéria), Energy (África do Sul) e Sonangol (Angola).

A Nigéria é o maior produtor dessa região e o 15º do mundo, o petróleo gera 80% das receitas do país.

Além do Petróleo também merecem destaque o ouro, a prata, o diamante, cobre, sal marinho, urânio e carvão. Entre os maiores produtores desses minérios estão: África do Sul, Zâmbia, Botsuana, Guiné e Nigéria.

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Turismo

Como destaque para o turismo está a criação de parques nacionais que recebem visitantes do mundo todo para contemplar as belezas naturais e selvagens do grande continente. Ali a riqueza animal é abundante.

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África do Sul – um caso especial

País do extremo Meridional da África. Com uma extensão de 1.219.090 km² e 49 milhões de habitantes (2011) é uma exceção dentro a África.

Em 2011 passou a fazer parte do BRICS (grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia e China).

Possui uma grande diversidade étnica (77% de negros, 12% de brancos, 8,5% de mestiços e 2,5% de asiáticos).

Apesar dos enormes problemas sociais, dos altos índices de analfabetismo e de um IDH precário, é o país com melhor desenvolvimento econômico do continente. Com um PIB de aproximadamente $400 bilhões apresenta um desenvolvimento similar ao do Brasil ou da Rússia.

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Conflitos na ÁfricaChifre da África (região da Somália, Etiópia e Eritréia), Serra Leoa, Ruanda, Canal de Suez, entre outros.

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Primavera ÁrabeConjunto de manifestações que se iniciou no Egito e se estendeu pelo norte da África e pelo Oriente Médio. Em 17 de dezembro de 2010 um jovem tunisiano ateou fogo no próprio corpo como forma de protesto contra as péssimas condições de vida. Por intermédio dos meios de comunicação manifestações surgiram em diversos países do Norte da África e do Oriente Médio,