41
Cruzada

Filme a cruzada

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Filme a cruzada

Cruzada

Page 2: Filme a cruzada

• Gênero: Drama, Épico

• Nome do filme: Cruzada (Kingdom of Heaven, 2005)

• Roteiro: William Monahan

• Direção: Ridley Scott

• Elenco: Orlando Bloom, Edward Norton, Brendan Gleeson, Ghassan Massoud,

Martin Hancock, Michael Sheen, David Thewlis, Liam Neeson, Kevin McKidd, Nikolaj Coster-Waldau, Jeremy Irons,

Ulrich Thomsen, Iain Glen

Page 3: Filme a cruzada

• Orlando Bloom (Balian)• Liam Neeson (Godfrey de Ibelin)• Eva Green (Princesa Sibylla)• Michael Sheen (Padre)• Jeremy Irons (Tiberias)

• Edward Norton (Rei Baldwin)

• Lançamento: 2005• Duração: 145 minutos

• País: Espanha, EUA, Inglaterra

Page 4: Filme a cruzada

• Direção: Ridley Scott• Roteiro: William Monahan• Produção: Ridley Scott• Música: Harry Gregson-Williams• Fotografia: John Mathieson• Direção de arte: Robert Cowper,

John King e Marco Trentini

Page 5: Filme a cruzada

• Figurino: Sonja Klaus• Edição: Dody Dorn

• Efeitos especiais:Double Negative / Neil Corbould Special Effects Ltd. /

The Moving Picture Company• Estúdio: 20th Century Fox / Kanzaman

S.A. / Scott Free Productions• Distribuidora: 20th Century Fox Film

Corporation

Page 6: Filme a cruzada
Page 7: Filme a cruzada

As Cruzadas foram uma série de expedições que possuíam o

objetivo de assegurar o domínio cristão sobre os

lugares sagrados que eram controlados pelos

muçulmanos. As lutas duraram dos séculos 11 ao 14.

Page 8: Filme a cruzada

O filme “Cruzada”, do diretor Ridley Scott, se passa durante a Terceira

Cruzada, ocorrida nos anos de 1189 a 1192. Nessa época, cristãos e

muçulmanos conviviam pacificamente em Jerusalém.

Resultado dos esforços dos Reis Saladin (muçulmanos) e Baldwin IV

(cristãos).

Page 9: Filme a cruzada

A primeira hora de “Cruzada” é determinante para o resto do filme. São nestes momentos que iremos conhecer Balian (Orlando Bloom,

protagonizando um filme pela primeira vez), um ferreiro que está de luto pela morte da esposa e do

filho.

Page 10: Filme a cruzada

Balian está sem perspectivas na vida quando recebe a visita do Barão Godfrey de Ibelin (Liam Neeson, em uma participação

marcante), que se apresenta como seu pai e o convida a se tornar um cavaleiro e a defender o Reino Latino de Jerusalém, governado pelo Rei Baldwin IV (Edward

Norton, escondido por trás de uma máscara de ferro), um homem condenado à morte

devido à lepra que tira suas forças.

Page 11: Filme a cruzada

Godfrey sabe do momento difícil pelo qual Balian está passando, por isso apresenta a

ida a Jerusalém (apresentada, no filme, como o mundo novo, aonde existe amor ao

invés de ódio) como uma jornada de redenção, na qual o filho irá se redimir dos

seus pecados e salvará a alma da esposa suicida. Diante de tal argumento, Balian não

tem como recusar a proposta do pai e embarca nessa viagem de autodescoberta na qual ele surge como um novo raio de

esperança para o povo de Jerusalém.

Page 12: Filme a cruzada

Diante de tal argumento, Balian não tem como recusar a proposta do pai e embarca

nessa viagem de autodescoberta na qual ele

surge como um novo raio de esperança para o povo de

Jerusalém.

Page 13: Filme a cruzada

Apesar da convivência pacífica existente entre cristãos e muçulmanos, eram muitos aqueles (de ambos os lados) que queriam ver a luta armada entre os dois povos. Os Cavaleiros Templários, a mando do Papa,

contavam com a ajuda de Guy de Lusignan e de Reynald de Châtillon (Brendan Gleeson) para assassinar

muçulmanos. Tais ataques causavam ira em Saladin (o excelente ator sírio Ghassan Massoud) e fragilizavam a

relação que ele tinha com o Rei Baldwin IV. A guerra não tardaria a acontecer. Com a morte de Baldwin e o ataque à irmã de Saladin, ela começou e resultou na

retomada do controle de Jerusalém pelos muçulmanos

Page 14: Filme a cruzada

Tais ataques causavam ira em Saladin (o excelente ator sírio

Ghassan Massoud) e fragilizavam a relação que ele tinha com o Rei

Baldwin IV. A guerra não tardaria a acontecer. Com a morte de Baldwin

e o ataque à irmã de Saladin, ela começou e resultou na retomada do controle de Jerusalém pelos

muçulmanos.

Page 15: Filme a cruzada

“Cruzada” é um filme que quebra muitas

convenções do cinema. Pela

primeira vez, vemos os muçulmanos

serem retratados como pessoas

normais sem serem taxadas de

terroristas ou causadores do mal

do mundo.

Page 16: Filme a cruzada

E há muito tempo que não vemos um filme no qual não existem mocinhos ou

vilões (com a exceção de Guy de Lusignan e Reynald de Châtillon), um lado vencedor ou um lado perdedor. Cada uma das partes retratadas têm

uma justificativa para os seus atos. Você pode até não concordar com elas, mas

não irá julgar as decisões que foram tomadas.

Page 17: Filme a cruzada

O filme possui muitas virtudes: um cuidado com o visual e com as cenas de luta (uma marca do diretor Ridley

Scott), um roteiro que contém mensagens belas e é bastante atual e um excelente elenco de apoio. É essa

última virtude que expõe o grande defeito de “Cruzada”: Balian é uma personagem tão apática quanto a

atuação de Orlando Bloom.

Page 18: Filme a cruzada

A plateia se engana quando pensa que ele é o herói do filme. Esse posto pertence aos reis Saladin e Baldwin

IV, homens nobres e de extremo caráter, que provaram que a

diplomacia e a tolerância são a principal saída para os conflitos do

Oriente Médio. Se isso foi possível há mil anos atrás, o que impede que isso ocorra novamente nos dias de hoje?

É essa a grande mensagem que “Cruzada” nos deixa.

Page 19: Filme a cruzada

Comentários sobre o filme

Dizem por aí que a vida é feita de escolhas. Se são essas escolhas que definem a felicidade ou o sucesso, isso já é

outra estória. Ridley Scott, por exemplo, começou sua nova empreitada cinematográfica com uma decisão

certeira. Ao querer filmar seu épico sobre as Cruzadas, as míticas guerras sancionadas pelo Papa com o objetivo de conquistar e manter o poder sobre Jerusalém, Scott tinha

ao seu dispor quase 200 anos de História. Afinal, aconteceram nove Cruzadas entre 1095 e 1290.

Page 20: Filme a cruzada

Scott não se embrulhou em tamanha amplitude histórica e

teve habilidade para escolher um período que, embora

relativamente curto (seu filme se passa entre 1184 e 1187),

contém acontecimentos que lhe permitiam fechar um arco

narrativo bastante consistente.

Page 21: Filme a cruzada

Cruzada (Kingdom of Heaven) começa em 1184, quando os cristãos dominavam a

Terra Santa. Tanto a Primeira Cruzada (lançada pelo Papa Urbano II) quanto a

Segunda (iniciada em 1147) haviam sido bem sucedidas e garantiram a criação do chamado

Reino Latino de Jerusalém. Naquele momento, o trono de Jerusalém era ocupado

pelo Rei Balduíno IV e, digamos assim, tal como hoje em dia, administrar aquele barril de pólvora não era das tarefas mais fáceis.

Page 22: Filme a cruzada

Uma cidade multi-étnica, sagrada para três religiões, porta de entrada estratégica tanto para o Oriente e quanto para o Ocidente. A fim de tornar-

se viável, Balduíno optou por uma política de tolerância e diplomacia. Permitia aos árabes

liberdade de culto e de trânsito, tentava coibir a violência religiosa dos radicais e amenizar as

ambições das raposas políticas. Nesse equilíbrio delicado, Balduíno também tentava estabelecer

uma espécie de "boa-vizinhança" com os domínios árabes vizinhos - três anos antes havia conseguido

um acordo de paz com o Sultão Saladino.

Page 23: Filme a cruzada

Tornando tudo ainda mais frágil, Balduíno IV está morrendo. Utiliza uma máscara de prata para esconder o rosto

desfigurado pela lepra (de Edward Norton, que interpreta o Rei, só se ouve

a voz). As disputas políticas pela sucessão abrem então espaço para uma infinidade de outros interesses. Seja por

motivos religiosos, políticos ou econômicos, todos parecem

interessados em provocar

Page 24: Filme a cruzada

É claro que, dentro deste macro-contexto, há também espaço para uma micro-trajetória. O herói de Cruzada é, na verdade, Balian (Orlando

Bloom), um modesto ferreiro de uma aldeia rural francesa, atormentado pelo suicídio de sua

esposa. Em meio a sua tragédia pessoal, Balian recebe a visita de um cavaleiro cruzado, o Barão de Ibelin (Liaam Neeson), que lhe revela ser seu

pai. Numa espécie de busca por redenção, Balian segue para Jerusalém, onde acaba ganhando

espaço na côrte do Rei Balduíno e, posteriormente, se envolvendo na defesa da

cidade contra o Sultão Saladino.

Page 25: Filme a cruzada

Falar de luta religiosa entre árabes e cristãos, hoje em dia, é com toda a certeza brincar num vespeiro de opiniões nem sempre amistosas.

Por mais polêmico que o asssunto seja, no entanto, muito me espantou ler algumas

resenhas dos cadernos culturais brasileiros na última semana. Sérgio D'Avilla, na Folha

de São Paulo, e Luiz Zanin Oricchio, no Estadão, consideraram que o filme de Scott defende a atual política imperialista norte-

americana.

Page 26: Filme a cruzada

Com todo respeito, mas não é possível que eles tenham visto Cruzada de olhos

abertos. Ou talvez, e isso parece ser bastante mais provável, lhes cause prazer encaixar algumas linhas de discurso anti-

americano na resenha de qualquer blockbuster que venha do território ianque. É bonito, afinal, falar mal de

Hollywood e, ainda mais, de George Bush.

Page 27: Filme a cruzada

Eu devo ter visto outro filme. Ou não fui capaz de alcançar as mensagens subliminares

de Ridley Scott. Porque, no que eu pude compreender, Cruzada oferece um

tratamento dado aos árabes que há muito tempo não se via no cinema americano. Há respeito e pluralismo. Não que o filme seja muito sofisticado, mas seu maniqueísmo é multi-étnico (existem mocinhos e bandidos dos dois lados, entre os cristãos e entre os

árabes

Page 28: Filme a cruzada

O Sultão Saladino é retratado como um líder que defende duramente suas

posições, mas que está baseado em motivos coerentes, é equilibrado e aberto às negociações. Os árabes,

em Cruzada, não são um bando de orcs ferozes e dispostos a ocupar Jerusalém.

Fica claro que existem tanto motivos como irracionalidades em ambos os

lados.

Page 29: Filme a cruzada

Ao contrário do teor religioso e conservador dos discursos de Bush, Cruzada traz o conflito para a dimensão laica, explicitando os

interesses mundanos e as disputas político- econômicas. O discurso de Balian, inspirado em seu pai, é humanista, no sentido que prega que não se deve apegar-se a dogmas religiosos, mas

sim aos valores éticos que temos em "nossa mente e nosso coração". É deixado claro, em

diversas falas até demasiadamente didáticas, a visão crítica de que as Cruzadas manipulavam os

motivos religiosos para conquistar terras e riquezas.

Page 30: Filme a cruzada

Ao contrário dos novos-conservadores do Departamento de Estado dos EUA, Cruzada não prega ataques

preventivos. Defende as possibilidades diplomáticas até a última alternativa. Não prega que haja uma "Verdade", política ou religiosa, a ser imposta unilateralmente. Na

verdade, o filme coloca a culpa dos conflitos nas mãos dos radicais e

ambiciosos, que forjam os motivos da guerra.

Page 31: Filme a cruzada

Dizendo tudo isso, parece até que Cruzada é um filme pró-árabe. Não é, mas foi esse tipo de polêmica

que foi levantado por alguns intelectuais mais conservadores dos Estados Unidos e Inglaterra. Professores de Cambridge julgaram que o filme

apresenta um fictício Islã evoluído e progressivo, tal como nos romances de Walter Scott. Chegaram a dizer que Cruzada era "a versão de Osama Bin Laden sobre a história". Ou seja, o filme gerou polêmica sim, mas uma

polêmica inversamente diferente da levantada nos jornais brasileiros. Talvez por isso sente-se o tom

irritado de Ridley Scott na entrevista que deu à Folha de São Paulo.

Page 32: Filme a cruzada

A simbologia ideológica de Cruzada carrega, é claro, no mito do herói em busca de si mesmo,

através da "ética do caubói" (citada por D'Avilla), enaltecendo a conquista individual.

Mas isso é uma mitologia americana, não necessariamente "bushiana". E todo filme de Hollywood está impregnado disso. Da mesma

maneira, se o simples fato de falar sobre as Cruzadas, ou sobre qualquer conflito árabe-

cristão, já for considerado imperialista e politicamente incorreto, então queimemos os

livros de História.

Page 33: Filme a cruzada

Paranóia e críticas infundadas são um desserviço a qualquer causa. Querer

enxergar as "forças do imperialismo" em toda e qualquer obra comercial nada mais faz do que enfraquecer a credibilidade tão

necessária para se denunciar os verdadeiros abusos. É a velha estória de mentir sempre sobre o lobo, e quando o lobo realmente aparece então ninguém

acredita.

Page 34: Filme a cruzada

Ridley Scott, entretanto, deve ser criticado por outras escolhas, não as políticas. O diretor

inglês, infelizmente, não conseguiu transformar o grande enredo que tinha nas mãos numa estória realmente empolgante. Cruzada é interessante racionalmente, mas não te

conquista nunca pela emoção.

Page 35: Filme a cruzada

• Talvez os atores escolhidos para os papéis mais jovens (Orlando Bloom e Eva Green) não tenham sido boas apostas. Nos momentos em

que Jeremy Irons está presente na tela, é possível perceber como só um pouco mais de

carisma já consegue imprimir um outro encanto ao filme.

Page 36: Filme a cruzada

• Fica claro também que a fórmula dos atuais épicos históricos já se esgotou. Produção

milionária, cenários belíssimos, gigantescas batalhas desenhadas digitalmente, tudo isso já

não impressiona mais. Peter Jackson, com a Trilogia dos Anéis, inventou e esgotou essa fórmula numa tacada só. Novamente passa a

fazer falta, para que o filme seja verdadeiramente interessante, aquele algo a mais que só o talento artístico pode trazer. Ou, ao menos, que se tenha

um roteiro consistente e um punhado de personagens interessantes. Penso

em Elizabeth como um filme épico que reúne todas essas qualidades.

Page 37: Filme a cruzada

Polêmicas e defeitos à parte, Cruzada ainda é um filme que vale a pena assistir. E assistir no cinema,

por favor. Afinal, se as super-produções valem algo, é para vê-las na grandiosidade da telona.

Além disso, é um bom filme, muito atrativo para quem tem um mínimo interesse pela História,

oferece boa ação e uma trama acima da média. E, por favor, que se esqueçam tantas neuras

políticas e religiosas. Até Freud admitia - às vezes um charuto é apenas um charuto. E às vezes nem há charuto ali. Cruzada, se peca por algo, é por às

vezes parecer idealista demais. No fim, dá até para torcer pelo mocinho. Sem culpa nenhuma.

Page 38: Filme a cruzada

Curiosidades TEMA:

Cruzadas; cavaleiros medievais; mentalidade medieval;- Todos os personagens de Cruzada, com exceção de

Godfrey de Ibelin, realmente existiram.- Na realidade o rei Baldwin morreu em 1185, um ano

antes do início da história de Cruzada.- Durante as filmagens o diretor Ridley Scott sofreu

ameaças de morte, feitas por extremistas islâmicos que não gostaram de algumas das cenas de batalha rodadas para

Cruzada. Por causa disto a segurança nos sets de filmagens foi reforçada.

Page 39: Filme a cruzada

- Daniel Day-Lewis, Russell Crowe e Paul Bettany estiveram cotados para atuar em Cruzada.

- Orlando Bloom ganhou 9 quilos para interpretar seu personagem em Cruzada.

- Durante as filmagens Orlando Bloom teve dois ferimentos nas mãos, feitos na realização de cenas de luta com espadas, e ainda passou um mês com uma

forte gripe.- Inicialmente seria Hans Zimmer o compositor da

trilha sonora de Cruzada, tendo sido posteriormente substituído por Harry Gregson-Williams.

- O orçamento de Cruzada foi de US$ 130 milhões.

Page 40: Filme a cruzada

FIMCruzada

Page 41: Filme a cruzada

Autoras: Ana Bárbara nº01, Gleiciene nº11, Jessica nº15 e Lívia nº19Emanuelle nº8

7º ano AProfº:Edson Godoy

Assistam Cruzada é um ótimo filme!