32
HUME E OS PROBLEMAS DA EXISTÊNCIA DO EU, DO MUNDO EXTERIOR E DE DEUS

Hume e os Problemas da Existência do Eu, do Mundo Exterior e de Deus

Embed Size (px)

Citation preview

  • 1. HUME E OS PROBLEMAS DA EXISTNCIADO EU, DO MUNDO EXTERIOR E DE DEUS

2. David Hume (1711-1776) 3. SER QUE TEMOSCONHECIMENTO DO EU? O PROBLEMA DA EXISTNCIA DO EU 4. PRINCPIO DA CPIA SEGUNDO O PRINCPIO DA CPIA, TODA A IDEIA CPIA DE UMA IMPRESSO SIMILAR, OU SEJA, TEM DE EXISTIR UMA IMPRESSO QUE LHE CORRESPONDA; SE ENCONTRARMOS UMA IMPRESSO DA IDEIA DE EU, ENTO POSSVEL TERMOS CONHECIMENTO DO EU. SE NO, ENTO ... 5. ARGUMENTAO: TEMOS TENDNCIA A SUPOR QUE O EU UMAENTIDADE ESTVEL, QUE PERSISTE ATRAVS DOTEMPO E DA MUDANA, OU SEJA, QUE H UMSUBSTRATO DA NOSSA PERCEPO, DO NOSSOPENSAMENTO; NO ENTANTO, NO H IMPRESSO DO EU, APENASTEMOS IMPRESSES PARTICULARES, COMO AS DECALOR OU DE FRIO, DE DOR OU DE PRAZER, ETC. 6. ARGUMENTAO A INTROSPECO NOPERMITE ENCONTRARQUALQUER SUBSTRATOINALTERVEL (IMPRESSO DAIDEIA DE EU), MAS SIM UMASUCESSO DE IMPRESSESEFMERAS NUMA ESPCIE DETEATRO EM QUE VRIASPERCEPESOCORREMSUCESSIVAMENTE. 7. HUME RESPONDE NEGATIVAMENTE QUESTO: SER QUE PODEMOS TERCONHECIMENTO DO EU? DADO QUE NOH QUALQUER IMPRESSO DA IDEIA DE EU; Logo, a introspeco (anlise interior) apenasnos permite PENSAR o eu como um feixe dePERCEPES MUTVEIS, e no como umsubstrato permanente. A crena num eu estvel um produto da imaginao. 8. FORMULAO DO RESPOSTA DE HUME PROBLEMA DO PROBLEMA DOMUNDO EXTERIOR MUNDO EXTERIOR SER QUE OS OBJECTOS NO PODEMOS JUSTIFICAR QUE PERCEPCIONAMOS A NOSSA CRENA NATM UMA EXISTNCIA REALIDADE DO MUNDOINDEPENDENTE DA NOSSAEXTERIOR.PERCEPO? 9. uma questo de facto se as percepes dos sentidos soproduzidas por objectos externos, a elas semelhantes: comoir decidir-se tal questo? Pela experincia, certamente,como todas as outras questes de natureza similar. Mas,aqui, a experincia e deve ser inteiramente muda. Amente nunca tem algo presente a si a no ser as percepese, possivelmente, no pode obter qualquer experincia dasua conexo com os objectos. Por conseguinte, a suposiode uma tal conexo desprovida de todo o fundamento noraciocnio. Recorrer veracidade do Ser supremo parademonstrar a veracidade dos nossos sentidos , sem dvida,realizar um circuito muito inesperado. Se a sua veracidadeestivesse nesta matria deveras implicada, os nossossentidos seriam totalmente infalveis, porque no possvelque Ele nos possa enganar.TEXTO DEDavid Hume, trad. port. Artur Moro, Investigao sobre o Entendimentohumano, XII, Parte I, 120. HUME 10. PROBLEMA DOMUNDO EXTERIOR 11. OBJECTO EXTERIOR 12. 1.TEMOS AIMPRESSO SENSVEL DA MESAQUESTOE DA MA3. FORMAMOS A2. TACTO E VISOIDEIA DE MESA E SER A IDEIA DE MAA E/OU DEDE MAA MESA SUFICIENMTEPARACONFIRMAR QUE A MESA E AMAA CONTINUAM A EXISTIRINDEPENDENTEMENTE DA SUAMAA EM PERCEPO? CIMA DEUMA MESA 13. RESPOSTA DE HUME NO 14. ARGUMENTAO: 15. ARGUMENTAO:A mente apenas conhece as suas prprias percepes, ou seja, as impresses e as ideias. Nodevemos confundir a percepo de um objecto com esse objecto. Por exemplo, as percepes deuma escova de dentes so distintas consoante nos aproximamos (maior) ou afastamos (maispequena) dela.No entanto, creditamos que as percepes representam os objectos exteriores, isto , que socausadas por eles. Acreditamos porque na realidade s temos acesso s nossas percepes,que se encontram na nossa mente. Temos tendncia (acreditamos) a estabelecer uma ligao(conexo) entre as percepes (contedos da mente) e a existncia de objectos exteriores . Oraessa crena no tem justificao: o resultado da nossa inclinao pessoal (instinto).Donde surge essa crena?Da aparente constncia das coisas, ou seja, do facto das coisas ou dos objectos que vemos outocamos hoje serem mais ou menos iguais aos que vimos e tocamos ontem. Se a pasta dedentes que eu usei ontem, hoje est igual, ento acredito que exista independente das minhaspercepes. 16. As alucinaes e os sonhos provam que possvel que existam percepes sem que lhescorresponda qualquer impresso. CONCLUSOIntuitivamente somos levados a supr que omundo externo feito de objectos estveis. Mas DE HUMEaquilo de que temos experincia efmero(momentneo) dado que no temos impresso da conjuno constante entre as nossas percepes e os objectos fsicos exteriores.Logo, a nossa crena instintiva de que o mundo feito de objectos diferentes e constantes injustificada. 17. O PROBLEMA DAEXISTNCIA DE DEUSTPICOS A DESENVOLVER:1. A relao entre as impresses e as ideias e entre as ideias simples e as ideias complexas;1. A identificao da ideia de Deus como ideia complexa que tem por base ideias simples que a mente e a vontade compem e potenciam. 18. A RELAO ENTRE AS IMPRESSES E ASIDEIAS 1.AS IMPRESSES(PERCEPES MAIS VVIDAS E INTENSAS), e 2. AS IDEIAS (PERCEPESMENOS VVIDAS EINTENSAS). 19 19. AS IMPRESSES abragem as nossas sensaesexternas (visuais, tcteis, a uditivas, etc) e os nossossentimentosA RELAO ENTREinternos(desejos, emoesAS IMPRESSES, etc). E AS IDEIAS 20. AS IDEIAS so as percepes mais tnues (cpiadas impresses) queconstituem o nossopensamento.A RELAO ENTREAs ideias podem ser simples ouAS IMPRESSES E complexas.AS IDEIAS 21. A RELAO ENTRE AS IMPRESSES E AS IDEIASIMPRESSES PRINCPIO DA CPIA: Todas as nossas ideias so cpias das nossas impresses. HUME negA a existncia de ideias inatas dado que todas as nossas ideias tm uma origememprica, isto ,emIDEIAS impresses externas (dados dos sentidos) ou internas (sentimentos e desejos). 22. O CRITRIO DE VERDADE23 23. Todo o conhecimento comea com aexperincia. No h ideias inatas,ideias que precedem as impressescorrespondentes, ao contrrio doO EMPIRISMO DEque pensam os racionalistas. Se asHUMEideias so cpias ou imagens dasimpresses, derivam da experincia. 24. O Para Hume, as impressesEMPIRISMO sensveis estabelecem o limitedo nosso conhecimento: no DE HUMEposso afirmar nenhuma coisa ourealidade da qual no tenhoqualquer impresso sensvel(como, por exemplo, Deus). 25. IDEIAS AS IDEIAS SO CPIAS DAS IMPRESSES, SIMPLES E AS IDEIAS SIMPLES DIZEM RESPEITO MEMRIA (exemplo, a ideia de cavalo) ECOMPLEXASAS IDEIAS COMPLEXAS IMAGINAO (exemplo, a ideia de cavalo alado). Apesar de nunca termos tido impresso de um cavalo alado, formamos essa ideia complexa a partir das ideias simples (cpias das impresses) de cavalo e de seres com asas. 26. () ao analisarmos os nossos pensamentos ou ideias, pormais compostos e sublimes que sejam, sempre descobrimosque elas se resolvem em ideias to simples como se fossemcopiadas de uma sensao ou sentimento precedente. MesmoTEXTO DEas ideias que, primeira vista, parecem afastadas destaorigem,descobre-se,apsumescrutniomais HUMEminucioso, serem delas derivadas. A ideia de Deus, enquantosignifica um Ser infinitamente inteligente, sbio ebom, procede da reflexo sobre as operaes da nossa prpriamente, e eleva sem limite essas qualidades da bondade e dasabedoria. Podemos prosseguir esta inquirio at ao pontoque nos agradar, onde sempre descobriremos que toda a ideiaque examinamos copiada de uma impresso similar.Hume, Investigao sobre o entendimento humano, Edies 70, traduo deArtur Moro, Lisboa, 1985, pg. 25. 27. SEGUNDO HUME; TODA A IDEIA CPIA DEUMA IMPRESSO (EXPERINCIA). QUESTOA ideia de Deus (Ser infinitamente inteligente,sbio e bom), uma ideia complexa queprocede das ideias simples de seres inteligentes, COMO FORMAMOS A IDEIA DEbondosos e sbios , e como ele prprio afirma DEUS?eleva sem limite essas qualidades da bondade eda sabedoria.Como?ATRAVS DA IMAGINAO. 28. CONTRARIAMENTE ADESCARTES;HUME DEFENDE QUENOHCONHECIMENTO DE REALIDADESMETAFSICAS.PORQU?PORQUENO PODEMOS TEREXPERINCIA DIRECTA (IMPRESSES)DESSETIPODE REALIDADES.ARGUMENTO ANTIMETAFSICO: A frase"Deus existe no uma proposioemprica nem analtica: uma frasemetafsica. Logo, como todas as outrasfrases metafsicas desprovida designificado, isto , no exprimem qualquerespcie de conhecimento. 29. CONSULTAS:Lopes, Antnio.Galvo, Pedro, Prepara o para o exame Nacional 2012, Porto editora, 2012. A Arte de Pensar, Lus, Rodrigues, Fi Filosofia 11 Ano,losofia, 11Ano, Pltano Didctica Editora. Editora, 2008.Rodrigues, Lus, Nunes,lvaro, Filosofia para aProva Intermdia do 11 Ano, Pltano Editora., 2012. 30. Questes?REALIZADO POR:Isabel Moura Duarte