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A Coordenação de Currículo do Ensino Fundamental e Médio sugere algumas orientações para o planejamento do ano letivo.
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GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINSSECRETARIA DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃODIRETORIA DE ENSINO FUNDAMETNAL E MÉDIO
COORDENADORIA DE CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ORIENTAÇÕES PARA O COORDENADOR (A):
Mais um ano letivo começa e logo se apresenta um grande desafio: o
planejamento. Garantir que esse momento possibilite trocas entre especialistas,
gestores, coordenadores pedagógicos, professores e representantes da
comunidade escolar é fundamental para que as ações previstas para o ano
sejam implantadas com qualidade.
Por isso, nesse processo é importante garantir que sejam seguidas três etapas:
a elaboração, a execução e a avaliação. Na primeira, é necessário que o grupo
explicite os ideais que norteiam suas ações. Qual realidade sonhamos
vivenciar? Que tipo de pessoas formamos? Que Educação queremos para
crianças e jovens? Conhecendo o desejado, é hora de analisar a realidade
existente. Para que o planejamento seja realmente um instrumento de trabalho,
é preciso colocá-lo em prática, ou seja, agir de acordo com o que foi imaginado.
E só será possível perceber se o quadro encontrado no início do ano está
sendo transformado na direção da realidade desejada se houver algum tipo de
acompanhamento das ações.
O planejamento de ensino é o instrumento que possibilita a disseminação das
políticas públicas educacionais entre os gestores, coordenadores pedagógicos
e professores.
Quando realizar o planejamento ou formação em Matemática, por exemplo,
agendar a atividade para o dia em que a maioria dos professores da disciplina
estão fora de sala, para que haja maior aproveitamento do trabalho e possibilite
uma socialização de conhecimento mais efetiva.
É importante que no planejamento seja valorizada a realidade da escola e
oferecidas condições para que as diretrizes sejam implementadas.
Nesse contexto o papel do Suporte Pedagógico é muito importante, espera-se
que os coordenadores desenvolvam as competências relacionadas a seguir:
o Apropriar-se dos objetivos e metodologia do ensino de matemática,
através do estudo das orientações gerais da disciplina e formação continuada,
articulando o planejamento das aulas com: Referencial Curricular, Proposta
Curricular, Projeto Estadual do Programa Gestar II, TPs e AAAs, Matriz do
ENEM, Banco de dados da Olimpíada Brasileira de Matemática, Provas de
Vestibulares da UFT, contextualização do programa de alimentação escolar
(sugestões da equipe) e outras.
o Acompanhar o professor em sala de aula consiste na realização do
planejamento com o professor, no acompanhamento da execução em sala de
aula, na verificação dos resultados, na busca de alternativas para sanar
dificuldades no ensino e na aprendizagem.
o Elaborar planejamento de aula para o desenvolvimento das habilidades
previstas juntamente com o professor durante a hora atividade selecionando as
atividades que correspondam à real necessidade dos alunos.
o Interferir imediatamente quando identificado os baixos rendimentos.
Analisar com o professor os resultados de desempenho dos alunos e a partir
destes planejar novas formas de trabalhar o conteúdo.
o Acompanhar o processo de avaliação e seus instrumentos para garantir
a qualidade e a coerência entre o conteúdo trabalhado e as habilidades
avaliadas, deixar clara a habilidade em cada avaliação. Orientar ao professor
que toda atividade de sala de aula é avaliativa, seus resultados devem ser
registrados e considerados como instrumento de monitoramento e
acompanhamento do aluno.
o Acompanhar a aprendizagem dos alunos no cotidiano da escola, da
sala de aula, das avaliações mensais e dos resultados do SARE. Todo
processo avaliativo deverá ter como referência o desenvolvimento das
habilidades previstas para o bimestre.
o Orientar as práticas do professor visando promover oportunidades de
reflexão sobre as estratégias adotadas, redefinindo-as, em conjunto, quando
necessário. Incentivar também a aprendizagem permanente, a troca de
experiências e o crescimento profissional dos professores.
o Interagir com os Assessores de Currículo que acompanham sua
escola.
o Orientar o trabalho dos professores para que eles atuem de acordo
com o Referencial Curricular e Proposta Curricular, e desenvolvam
planejamentos de qualidade, compreendam profundamente o processo ensino-
aprendizagem e viabilizem o alcance das competências necessárias pelos
alunos.
o Estudar e orientar os professores para fazer estudo dos manuais do
Laboratório de Matemática, bem como Laboratório de Informática e assim levá-
los a fazer aulas práticas.
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
A MATEMÁTICA ESCOLAR COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO
Walderez Soares Melão-Mestre em Educação
O fracasso escolar, as repetidas reprovações e desistências têm atingido um
número bastante significativo de crianças no sistema educacional brasileiro.
Resolver tal situação requisita das autoridades responsáveis uma atuação no
sentido de fazer modificações de grande porte tanto no aparato institucional
quanto na formação de professores e professoras. É esperado também que se
tomem medidas para tentar reduzir o impacto dessas dificuldades na formação
das crianças que estão atualmente na escola, enquanto as mudanças mais
amplas e efetivas não acontecem cada professor ou professora em sua sala de
aula é agente das intervenções necessárias para que se possa oferecer um
ensino de melhor qualidade a essas crianças.
A matemática escolar é responsável por uma parcela bastante significativa
desse processo fracassado. Isto se deve ao fato de que uma visão tradicional
de ensino tem prevalecido em muitas classes, com professores e professoras
posicionados como transmissores de conhecimento, e alunos e alunas como
meros receptores. Essa visão não leva em conta que trabalhar com a
matemática escolar é trabalhar com educação, e que o objeto de trabalho da
educação é o ser humano e não a ciência em si e por si. Acrescente-se aí que
essa visão de ensino privilegia a idéia de que a matemática é ciência dura, que
tem conteúdo fixo e definido, que não abre espaço para a criatividade, para a
dúvida ou para a investigação. Em resumo, essa visão do ensino não oferece
condições favoráveis para que as crianças aprendam, apreciem e valorizem a
matemática. Com o firme objetivo de tornar possível para as crianças a
aprendizagem, o gosto e a valorização da matemática, o trabalho em sala deve
apoiar-se em uma perspectiva para o trabalho com a matemática escolar que
apresente a matemática como ciência dinâmica, que se faz e se refaz
continuamente, enquanto está sendo estudada, enquanto está sendo
experimentada. Ela se torna objeto de investigação, passando a ser possível
duvidar dela, questionar suas certezas, evidenciar os aspectos que ela não
consegue apreender. Essa forma de conceber o trabalho com a matemática
escolar será aqui denominada de educação matemática.
Não é conhecida uma receita para fazer acontecer esse trabalho nas classes,
mas é possível esboçar um elenco de condições que o favoreçam. A ordem em
que estão expressas essas condições não representa intenção de valorizar
algumas mais do que outras.
1) Para que possa ajudar seu aluno ou sua aluna a percorrer o caminho do
conhecimento matemático, de forma intensa e prazerosa, é necessário que o
professor ou professora tenha convicção de que estudar matemática, além de
necessário, pode ser uma atividade agradável e desafiadora. De outro modo,
não será tarefa fácil convencer as crianças da importância de estudar
matemática, nem da possibilidade de se constituir em atividade que pode ser
prazerosa.
2) É importante pensar na organização dos conteúdos de modo a privilegiar a
integração entre eles. Isso quer dizer, por exemplo, lidar com a geometria
ancorada na álgebra e, ao mesmo tempo, apoiando-a, permeando essa
articulação com os conteúdos referentes às medidas e à aritmética. Um
trabalho desarticulado torna-se mecânico e enfadonho, fadado ao insucesso.
3) Um modo privilegiado de fazer o trabalho articulado referido acima é estudar
matemática a partir da resolução de problemas. Os problemas devem
representar um ponto de partida na busca pelo conhecimento e não um fim, não
apenas um recurso para aplicação de métodos e técnicas.
É o problema que vai puxar o fio do conteúdo e, a partir do que a criança já
sabe, vai possibilitar encontrar caminhos para a construção de novos
conhecimentos. Esses novos conhecimentos passam a ser ferramentas para
solução de outros problemas e assim por diante. Desse modo, há uma boa
chance de os alunos e alunas construírem seus próprios significados para o
fazer matemático. A escolha dos problemas a serem utilizados precisa ser
cuidadosa: não deve ser algo muito simples, que não represente um desafio,
nem tampouco deve ser difícil, a ponto de representar um impedimento. As
crianças precisam sentir que, se fizerem um esforço possível, conseguirão
chegar a uma solução.
O estímulo do professor ou professora é decisivo para que a classe aceite
resolver desafios e sinta-se gratificada nesse trabalho.
4) A organização da classe em pequenos grupos possibilita maior interação
entre os alunos e alunas. Tal interação é fundamental na medida em que a
proximidade física promove a curiosidade pelo trabalho do outro e estimula as
discussões a respeito dos diferentes modos de solução dos problemas,
possibilitando o treino da argumentação, tão necessária na comunicação das
idéias. Esta organização é especialmente recomendada para as salas de apoio.
Reunindo as crianças que apresentam dificuldades comuns, é possível planejar
atividades diferentes para grupos com necessidades diferentes e dar
explicações para cada grupo, reduzindo a quantidade de atendimentos
necessários e possibilitando melhorar a observação do trabalho de cada um.
5) A exigência com a formalização do vocabulário e dos procedimentos
matemáticos deve ser gradativa. No ensino fundamental, especialmente nas
salas de apoio, a ênfase deve ser na organização dos registros escritos e/ou
pictóricos dos raciocínios executados, com o objetivo de torná-los claros, para
que a própria criança consiga entendê-los e explicá-los. Nas séries finais do
ensino fundamental, pode - se investir um tanto nos aspectos mais formais
desses registros, deixando ainda uma boa parcela para ser efetivada no ensino
médio.
6) O desenvolvimento das atividades deve ser feito com ênfase nos
conhecimentos que os alunos e alunas trazem das etapas anteriores de
escolarização e também das suas vidas extra-escola, tanto nas classes
regulares como e, especialmente, nas salas de apoio à aprendizagem. Se uma
criança está sendo encaminhada para esse trabalho, o professor ou professora
da sala de apoio deve recebê-la como alguém que está precisando de ajuda,
para fazer ou completar aprendizagens que não conseguiu realizar
anteriormente. Uma conversa franca com o professor ou professora regente de
classe sobre os motivos que o fizeram recomendar a sala de apoio para aquela
criança, pode ser de grande valia para definir exatamente a dificuldade
apresentada por ela e orientar a escolha das atividades a serem realizadas.
Além dos aspectos pontuados, é importante fazer algumas ponderações a
respeito da avaliação da aprendizagem, que costuma ser, com muita
freqüência, considerada uma tarefa difícil.
Entender a avaliação como apenas dar notas ou como instrumento para
classificar cada um dos aprendizes é reduzi-la a mero instrumento de punir, de
desconfiar, de subtrair a auto-estima e a autoconfiança dos alunos e alunas. A
avaliação, enquanto processo, precisa exercer o papel que lhe é devido: ser
auxiliar privilegiado da aprendizagem. Acreditamos em uma forma de avaliar
que possa servir como baliza para o trabalho da professora ou professor. No
processo de avaliar, é fundamental: que se levem em conta as diferenças
individuais, abandonando o caráter homogeneizante da avaliação seletiva. Isso
será uma meta alcançável na medida em que a professora ou professor deixar
de pautar-se pela comparação de seus alunos e alunas com um padrão ideal e
passar a considerar o processo de aprendizagem de cada um, os avanços e
conquistas que faz; que se considerem os erros como indicativos de correção
de rotas no trabalho em sala de aula e não como resultado de um processo de
aprendizagem fracassado. Desse modo, a importância dada ao erro alcança
outro patamar, passando a apontar caminhos a serem trilhados, deixando de
ser passível de punição; que se incluam no rol de instrumentos de avaliação a
observação das atividades cotidianas, coletivas e individuais, tanto escritas
como orais ou de construção, deixando de privilegiar apenas provas e testes.
Nesse sentido, pode-se dizer que a matemática escolar é um instrumento de
educação, pois quando os alunos têm a oportunidade de freqüentar uma sala
de aula em que o professor ou professora os respeita enquanto indivíduos
capazes e autônomos podem experimentar o prazer, a satisfação, o gosto bom
de estudar para aprender, para descobrir mais, para conhecer. E isso é algo
esperado no processo educativo. Quando a sala de aula de matemática passa
a ser um lugar em que alunos e alunas podem desfrutar de muitas experiências
de conhecimento, podem saborear desafios, aprendem a ter confiança em si
como solucionadores de problemas, aprendem a comunicar suas idéias
matemáticas, pode-se dizer que a matemática esteve a serviço da educação,
que é o que se espera da matemática escolar.
Primeiros dias de aulas
Nesse primeiro momento, é importante que sejam promovidos momentos de
integração, favorecendo o grupo a se tornar, aos poucos, uma turma de verdade.
Aproveitar o primeiro dia de aula para apresentar a metodologia com a qual costuma
trabalhar, a proposta e os objetivos de estudo.
Nesta hora, ouvir e considerar os pontos de vista dos alunos pode ajudar
bastante para manter um elo de comprometimento entre as partes.
O importante é saber que, como em toda relação, no início, são sim
estabelecidas algumas regras, que nem sempre são necessárias de serem
ditas verbalmente, pois as atitudes e os comportamentos se fazem mais
eficazes. Portanto, é indispensável que o professor assuma uma conduta de
educador e não se preocupe em querer apenas agradar seus alunos, mas fazer
o melhor para eles. Dicas:
Para descontrair, no primeiro dia de aula, é adequado fazer algum tipo de
brincadeira em que todos possam participar.
A apresentação é importante, mas fica mais interessante se vai além da
simples identificação dos nomes.
Os primeiros dias de aula são favoráveis para que as regras da escola e
de convivência sejam apresentadas ou estabelecidas.
Falar sobre a importância dos estudos, da escola e da série serve como
incentivo ao comprometimento dos alunos.
Ouvir os alunos é indispensável e, no primeiro dia de aula, é uma bela
oportunidade para isso.
Os primeiros dias de aula são de grande importância para “quebrar” as
possíveis resistências e começar a construção de uma relação de confiança.
São, também, momentos propícios para, por exemplo, conhecer o grupo quanto
às experiências escolares já vividas; as profissões que, atualmente,
desempenham ou a forma como ganham a vida; as cidades de origem; os
grupos familiares, as expectativas em relação ao futuro etc.
Nessas conversas, vão sendo percebidos os “jeitos” de cada um - quem é muito
falante, quem é mais tímido, quem está sempre risonho, quem desponta logo
como uma liderança enfim, as características de cada um dos alunos.
Estabelecendo as regras
No primeiro dia de aula uma de nossas tarefas como professores é ler e
explicar o regimento escolar aos alunos e durante o ano todo, quando alguma
atitude dos alunos infringe essas regras elas estão lá à mão e podemos citá-las
com toda a propriedade e portando responder por seus atos.
Se a sua escola não tem esse procedimento, você pode providenciar pelo
menos algumas ‘regras de convivência’ e deixá-las bem à vista, com letra bem
legível, para que possam ser lidas pelos alunos ou citadas por você, se for o
caso. Isso também deixa claro para os alunos que não haverá arbitrariedade, as
regras não mudarão de acordo com as circunstâncias. Convém que as regras
sejam claras e objetivas e que não sejam muitas, faça um exame de
consciência e reduza-as ao mínimo indispensável para que sejam entendidas,
lembradas e cumpridas.
ATIVIDADE DIAGNOSTICA INICIAL
A Atividade Diagnostica Inicial é um instrumento que permitirá ao professor
observar e conhecer as características do pensamento dos alunos, ou seja, o
que pensam o que sabem e o que precisam saber para aprender, a fim de
desenvolver um trabalho diversificado e possibilitar o avanço da aprendizagem
dos mesmos. Lembramos que essa atividade diagnostica deve abordar
habilidades referentes ao ano anterior presentes no Referencial Curricular e na
Proposta Curricular do Ensino Médio.
A nossa intenção é contribuir para construção e re-significação de um olhar
diferenciado para o processo de ensino e aprendizagem. Isto nos remete a
repensar a prática avaliativa numa perspectiva da ação/reflexão/ação.
Nesta direção, considera-se a Avaliação Inicial um instrumento de cunho
diagnóstico que permitirá ao professor observar e conhecer as características
do pensamento dos alunos, ou seja, o que pensam, o que sabem e o que
precisam saber para aprender, a fim de desenvolver um trabalho diversificado e
possibilitar o avanço da aprendizagem dos mesmos. Em outras palavras,
conhecer a ZONA DE DESENVOLVIMENTO REAL (refere-se àquilo que o
aluno já aprendeu e realiza com independência e compreensão sozinho), para
que se possa fazer as intervenções na ZONA DE DESENVOLVIMENTO
PROXIMAL (refere-se às capacidades que estão em processo de maturação,
mas que poderão se tornar funções consolidadas com a mediação de pessoas
mais experientes) e levar os alunos à ZONA DE DESENVOLVIMENTO
POTENCIAL (refere-se à capacidade que o aluno vai ser capaz de realizar com
independência após um aprendizado mediado por outras pessoas mais
capazes).
Os critérios de avaliação indicam as expectativas que se quer alcançar
com a aprendizagem dos alunos, considerando as competências e habilidades
propostas para cada área de conhecimento, de modo a refletir sobre os
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, de forma que os critérios
refiram-se ao que é essencial, fundamental e indispensável para que o aluno
possa continuar aprendendo, lembrando “(...) que o período de escola é um
período de desenvolvimento intelectual do aluno em que ele precisa se preparar
para entender a linguagem em contexto, os mais diversos (...)”. (Moreto p.51-
2002)
O professor, em sua prática pedagógica, deve ter consciência de que essas
dimensões são objetos de aprendizagem, presentes em todas as atividades e
contribuem para o desenvolvimento da capacidade dos alunos para uma
participação ativa e transformadora. Sendo necessário, portanto, observar o
tratamento, a seleção e a organização que são dados a esses componentes
essenciais no processo avaliativo.
A ação avaliativa oferece subsídios para os educadores refletirem sobre a
prática pedagógica, no intuito de procurar identificar os conhecimentos prévios
do aluno, auxiliando-o no seu processo de desenvolvimento e construção da
sua autonomia. A prática da avaliação deverá ser coerente com a metodologia
de ensino utilizada pelo professor. Ensinar e avaliar devem ter
correspondências quanto aos níveis de complexidade adotados, ou seja, não
ser simplista ao ensinar e complexo ao avaliar e vice versa.
As quatro dimensões a seguir apresentam um sentido amplo mediante a
necessidade de formação do educando; são interligadas e não podem ser
dissociadas umas das outras.
Dimensão Função Permite VerificarDiagnóstica
(aprender
a conhecer)
Permite a verificação do
conhecimento prévio do aluno,
favorecendo ao professor uma
investigação quanto ao caminho
que se deve percorrer para
promover a aprendizagem.
Normalmente, essa avaliação faz-se
necessária para saber quem é esse
aluno, o que ele sabe, suas
necessidades, hábitos e
preferências, para depois adotar
estratégias e intervenções
pedagógicas adequadas para cada
um dos problemas detectados.
Neste momento, esta avaliação
oportuniza ao aluno conhecer seu
grau de dificuldade e avanços em
determinadas áreas do saber.
-particularidades
(experiências, valores,
crenças, culturas,
necessidades e interesses)
dos alunos;
- saberes que os alunos
possuem;
- conhecimentos que
precisam ser aprendidos;
-competências e habilidades
que deverão ser
desenvolvidas
Formativa
(aprender a
fazer)
Acontece de forma processual e
contínua, auxiliando o processo
ensino e aprendizagem,
possibilitando ao professor
acompanhar a construção do
conhecimento do educando,
intervindo de imediato no processo
- os avanços e as
dificuldades de
aprendizagem;
- a correção dos desvios,
intervenções imediatas;
- o processo pedagógico.
pedagógico, orientando a
reelaboração do seu planejamento,
isto quer dizer, o fazer na prática.
Somativa
(aprender a
viver junto)
-É a soma de um ou mais
resultados que acumulam os dados
que vão permitir a ampliação das
possibilidades de aprendizagem,
considerando cada aspecto
progressivo na produção do
conhecimento, procurando analisar
e identificar as conquistas e
dificuldades dos alunos, professores
e toda a gestão pedagógica e
administrativa, contribuindo para o
desenvolvimento da prática
educacional.
- o progresso adquirido pelo
aluno no período letivo;
- parâmetros seguros para
qualificação da prática
pedagógica, assim como a
qualificação do aluno ao
final do período;
- a prática educacional.
Emancipató
ria (aprender
a ser)
O enfoque é qualitativo,
provocando a crítica, possibilitando
aos sujeitos libertarem-se de
condicionamentos determinados;
oportunizando um processo
democrático e dialógico, de forma a
interferir na construção e
desenvolvimento do seu próprio
processo de aprendizagem
- autenticidade e
compromisso;
- habilidade de
relacionamento pessoal;
- desenvolvimento total da
pessoa;
- reconstrução de seu
conhecimento;
- se é ativo, crítico e
reflexivo;
Assim, podemos dizer que a avaliação do processo de ensino e aprendizagem
é uma constante Ação Reflexão/ Reação Ação.
A verdadeira avaliação deve ser essencialmente preventiva, uma vez que
levanta o diagnóstico da situação cognitiva do educando para verificar o
progresso adquirido, como também indicar as limitações a serem superadas.
Mediante o exposto:
O que avaliar durante a AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL?
As competências e as habilidades já construídas ou as que estão em processo
de construção, tendo em vista objetivos e capacidades que se pretendem
avaliar, em relação a determinado objeto de conhecimento.
Para que avaliar?
Para conhecer as experiências e conhecimentos que os alunos trazem para a
escola, ou seja, seus conhecimentos prévios, seus conceitos espontâneos,
detectando o que precisa ser construído, aprofundado, sistematizado e/ou
socializado.
Quando avaliar?
Nas primeiras semanas de cada ano letivo.
Como avaliar?
Através de conversas informais, auto-avaliação, avaliações escritas, ficha de
observação sistemática, dentre outros instrumentos, de acordo com as
competências e habilidades que se quer avaliar em cada segmento de ensino.
O que fazer com os resultados?
Planejar situações didáticas que favoreçam o desenvolvimento das
competências e habilidades que ainda não foram construídas ou que estão em
processo de construção, permitindo ao professor realizar intervenções reais e
significativas através de trabalhos diversificados.
PROCEDIMENTOS
PROFESSOR (A):
Determine alguns dias para fazer o acolhimento dos novos e veteranos alunos e
estabelecer vínculos entre professor-aluno, aluno-aluno e aluno conhecimento,
assim como para fazer dinâmicas de integração do grupo utilizando música,
jogos, brincadeiras, dentre outros.
Sugerimos a aplicação da avaliação diagnóstica inicial na 1ª quinzena do ano
letivo, com alternância das situações de aplicação das atividades, planejadas
por você, o que contribuirá para evitar, por parte dos alunos, a idéia de uma
avaliação exaustiva e estressante.
Tem a finalidade de reconhecer os conhecimentos, saberes, experiências e
conceitos espontâneos que os alunos que estão iniciando trazem para escola,
assim como saber o que assimilaram durante os anos anteriores de
escolarização.
É importante frisar que para ensinar a ler, escrever e contar, é necessário que a
professora reconheça e compreenda este conjunto de informações
previamente, a fim de que possa transformá-las em recursos para planejar
situações didáticas que atendam às reais necessidades de aprendizagem dos
alunos, e não para categorizá-los como tendo imaturidade emocional ou
dificuldades de aprendizagem, originárias das suas condições bio-psico
sócioeconômico-cultural.
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
AVALIAÇÃO DE ENTRADA DO GERTAR II, Matriz de Referência de
Matemática - Saeb / Prova Brasil - Tópicos e Descritores, Provas do ENEM,
Banco de dados da OBMEP, bem como link com maiores esclarecimentos
sobre a referida Prova para que seja utilizada juntamente com o Referencial
Curricular e Proposta Curricular EM durante o Planejamento nas Unidades
Escolares objetivando melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação é um ato preventivo, sendo para tanto, necessário que o professor
conheça o nível de desempenho do aluno em cada etapa do processo
educativo e compare essa informação com as competências e habilidade
relevante a serem desenvolvidas, em relação aos conteúdos trabalhados e,
finalmente, tome as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados,
pois seja a avaliação diagnóstica, formativa, emancipatória, somativa, ela
deverá necessariamente contribuir para o desenvolvimento do educando, não
limitando apenas como instrumento para formalizar e legitimar uma nota
classificatória.
DICAS PARA SE ELABORAR UMA SITUAÇÃO PROBLEMA
A situação problema a ser elaborada deve levar o aluno a:
Comparar seus resultados com os de outros alunos;
Validar seus procedimentos;
Elaborar um ou vários procedimentos de resolução (como, por
exemplo, realizar simulações, fazer tentativas, formular hipóteses).
O que deve ser evitado:
O problema certamente não é um exercício em que o aluno aplica, de forma
quase mecânica, uma fórmula ou um processo operatório. Só há problema se o
aluno for levado a interpretar o enunciado da questão que lhe é posta e a
estruturar a situação que lhe é apresentada.
Comece trabalhando com problemas simples e, pouco a pouco, apresente
problemas mais complexos. Isso fortalece a auto-estima e a autoconfiança do
aluno.
Valorize o processo, a maneira como o aluno resolveu o problema e não
apenas o resultado.
Estimule o aluno a fazer a verificação da solução, a revisão do que fez.
Deixe claro que é permitido errar. Aprendemos muito por tentativa e erro e
não por tentativa e acerto. Quando está implícito que é proibido errar, o aluno
não se arrisca não se aventura, não gera novas idéias, não explora caminhos
novos e diferentes.
Pesquisa é coisa séria.
Antes de pedir uma pesquisa como tarefa de casa, é preciso ensinar os alunos
a realizá-la.
Muitos professores trocam os exercícios do livro didático por pesquisas,
pensando estar propondo uma tarefa de casa melhor. Se esquecem, porém, de
ensinar o aluno a executá-la. "A pesquisa é uma das melhores maneiras de se
aprender", diz a escritora e orientadora educacional Ruth Rocha, autora do livro
Pesquisar e Aprender (Scipione).
Antes de pedir uma pesquisa, explica Ruth, o professor deve conhecer seus
alunos e verificar o material de que dispõem. "Cheque o acervo das bibliotecas
da escola e do bairro", recomenda. Só assim, você poderá indicar com precisão
a bibliografia para a turma. Escolhido o tema, limite o seu alcance. Se o assunto
for amplo, como Independência do Brasil, determine apenas um aspecto a ser
desenvolvido.
Os alunos têm dificuldade para fazer sínteses. Comece indicando pequenos
capítulos de livros que falem sobre o tema em estudo e peça que o resumam
em vinte linhas. Outro caminho é formular perguntas. "Respondendo com suas
próprias palavras, o aluno irá ao centro da questão", diz Ruth.
Em Pesquisar e Aprender, Ruth Rocha ensina como fazer uma boa pesquisa.
Passe estas dicas a seus alunos:
Roteiro - Formule perguntas sobre o tema da pesquisa.
Cronograma - Estabeleça etapas de acordo com o prazo.
Caderno - Anote as informações em um caderno. Folhas soltas se perdem.
Plano de pesquisa - Relacione os nomes de pessoas a serem entrevistadas,
além de dicionários, enciclopédias, atlas, livros didáticos, jornais e revistas que
for utilizar.
Síntese - Em vez de copiar trechos dos livros, escreva um texto sintetizando o
assunto.
Apresentação - Coloque título, nomes dos autores, índice, textos, fotos e
bibliografia nos trabalhos escritos.
Orientações importantes para o aluno
Procure pesquisar em fontes (livros, apostilas, enciclopédias e sites) confiáveis
ou com indicação de seu professor. Lembre-se que, principalmente na Internet,
existem informações corretas e incorretas.
Não transforme seu trabalho numa simples cópia de livros ou sites. Usando
deste artifício, além de você não aprender nada, ainda corre o risco de tirar uma
nota baixa.
Leia o material pesquisado, faça um resumo destacando as principais
informações levantadas e escreva um texto com suas próprias palavras.
Um bom trabalho começa por uma boa capa. Coloque nela todas as
informações necessárias, tais como: nome, número, série, nome do professor e da
matéria, título do trabalho, data e outras informações solicitadas pelo professor. A
estética ajuda muito e causa uma boa impressão, portanto, capriche na
organização da capa.
Cuidado com a redação do trabalho. Faça sempre uma correção com o
propósito de corrigir erros ortográficos e gramaticais. Peça ajuda os pais ou
responsáveis.
Peça para algum amigo ou parente para ler seu trabalho. Para você o trabalho
pode estar muito bom e claro, mas uma segundo opinião é sempre bem vinda.
Quando utilizar imagens procure sempre colocar legenda. As fotos e figuras não
servem somente para ilustrar o trabalho, mas também são ótimas referências e
fontes de informação.
Caso o trabalho seja digitado, procure utilizar fonte arial ou times new roman
(tamanho 12). Os títulos e subtítulos podem ser em tamanho 14 e negrito. Caso
seja pedido por escrito.
Divida seu trabalho em partes:
Todo trabalho de pesquisa deverá ter quatro itens indispensáveis e os
anexos como opcional:
Introdução, Desenvolvimento, Conclusão, Bibliografia e Anexos (opcional).
É claro que estamos falando de uma pesquisa escolar que seja realizada ou
proposta para alunos de 9 a 14 anos aproximadamente, ou seja, do 4º ao 9º
ano. Também pode ser trabalhado com as séries do ensino médio.
1- Introdução: deve apresentar a idéia geral do trabalho: o que se pretende
abordar, quais serão as partes principais, como será a organização, quais os
objetivos.
2- Desenvolvimento: é a parte nuclear do trabalho, daí muitos autores
denominá-lo “corpo do trabalho”. É a parte mais extensa da redação, pois dever
conter a descrição e análise do assunto além da argumentação pertinente, ou
seja, a validade das idéias descritas. Muita atenção agora. Esse é o momento
mais importante de uma pesquisa. Em linguagem pessoal e comunicativa,
ordene suas anotações de maneira lógica, seguindo o roteiro.
A partir do roteiro, tente alinhavar todas as anotações feitas anteriormente,
reescrevendo-as com suas palavras e encaixando-as nos itens que você se
propõe a desenvolver. Lembre-se: em um trabalho bem-feito, os textos são bem
encadeados e os conteúdos, relacionados. Não perca tempo escrevendo coisas
que estão além do que foi proposto – aquilo que chamamos "fugir do tema".
Depois de tudo escrito, faça um balanço do material, verificando se a redação
final está compreensível e bem encadeada, se você já escreveu tudo o que
sabe e acha importante sobre o tema ou se ainda falta alguma coisa.
Se mencionar frases ou trechos de algum livro, não se esqueça de fazê-lo entre
aspas, indicando a fonte (nome do autor, título do livro, número da edição,
editora, local, data da publicação, volume e número da página).
3- Conclusão: não admite nenhuma idéia, nenhum fato ou argumento novo,
pois é a síntese interpretativa do desenvolvimento. Por ser síntese ou resumo,
deve ser breve, exata, concisa.
4- Bibliografia: A bibliografia é fundamental e não pode faltar em nenhum
trabalho de pesquisa. A bibliografia deve incluir os dados sobre todo o material
que você utilizou para desenvolver a pesquisa, incluindo endereços dos sites
consultados na internet.
Ela deve ter os seguintes dados, seguindo a ordem em que serão citados:
autor, título da obra, edição, local da publicação, editora e ano da publicação.
Ao todo, normalmente, são 3 itens na bibliografia.
•-Livros: comece citando o título da obra, siga com o nome do autor ou autores,
identifique a editora que a publicou e a data de publicação.
EXEMPLOS: 1. CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Aprendendo a pensar. 2ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1989. 268p.
•-Artigos de revistas e jornais: escreva os títulos dos artigos (como os capítulos
dos livros), os nomes das publicações, números das edições e as datas de
publicação.
EXEMPLO: FREITAS, Juarez. Diálogo com o pensamento jurídico de Norberto
Bobbio. Ventas, Porto Alegre, v. 36, n. 141, p. 63-78, mar/mai. 1991.
• Páginas da Internet - Em primeiro escrever o título da página e após a palavra
"em" o endereço completo em letras destacadas.
PARA O PLANEJAMENTO
O planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação
da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto
social.
A ação de planejar, portanto não se reduz ao simples preenchimento de
formulário para controle pedagógico; deve ser uma atividade consciente de
previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas,
e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas (ou seja,
problemática social, econômica, política e cultural que envolve a comunidade
escolar que interagem no processo de ensino).
Funções do Planejamento
- Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente,
permitindo ao professor e escola um ensino de qualidade, evitando a
improvisação e a rotina;
- Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que
assegurem a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto
social e do processo de participação democrática.
- Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e
profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula,
através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino;
-Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, inter-relacionando: os
objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos (a quem
ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a avaliação.
- Atualizar o conteúdo do plano, aperfeiçoando-o em relação aos progressos
feito no campo de conhecimentos e a experiência cotidiana;
- Facilitar a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo
hábil, saber o que professor e aluno devem executar, replanejar o trabalho
frente a novas situações que parecem no decorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para ação, devem:
- ser um guia de orientação;
- apresentar uma ordem seqüencial;
- ter objetividade;
- ter coerência;
- apresentar flexibilidade;
Tipos de planos:
Plano da instituição: é um documento mais global que expressa as ligações
entre o projeto pedagógico da escola com os planos de ensino propriamente
dito;
Plano da disciplina (em algumas escolas, chamado plano de unidades): é um
documento elaborado para um ano ou semestre, dividido por unidades
seqüenciais, no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e
encaminhamento metodológico.
Plano de aula: é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou
conjunto de aulas e tem um caráter específico.
Recomendações:
- Os planos precisam estar vinculados à prática, por isso muitas vezes precisam
ser revistos e refeitos.
- O professor precisa ir criando e recriando sua própria didática, enriquecendo
sua prática profissional e ganhando mais segurança.
- O planejamento deve ser encarado também como uma oportunidade de
reflexão e avaliação da sua prática.
PLANEJAMENTO DE AULA:
A aula é a forma predominante de organização didática do processo de ensino.
É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as
condições e meios necessários para que os alunos assimilem ativamente
conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas.
O plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. As unidades didáticas e
subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora
especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação
da aula é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve
resultar num documento escrito que servirá não só para orientar as ações do
professor como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos
de ano para ano. Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende
da acumulação de experiências conjugando a prática e a reflexão criteriosa
sobre a ação e na ação, tendo em vista uma prática constantemente
transformadora para melhor.
Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro
lugar, que a aula é um período de tempo variável. Dificilmente completamos
numa só aula o desenvolvimento de uma unidade didática ou tópico de unidade,
pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma seqüência
articulada de fases.
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS COMO ALTERNATIVA
DIDÁTICA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES NÃO
DESENVOLVIDAS
Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento
independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Nós como
educadores matemáticos, devemos procurar alternativas para aumentar a
motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização,
concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo,
desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com
outras pessoas.
Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz
para a construção do conhecimento matemático. Referimo-nos àqueles que
implicam conhecimentos matemáticos.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer
com que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina, mudando a
rotina da classe e despertando o interesse do aluno envolvido. A aprendizagem
através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite
que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido.
Para isso, eles devem ser utilizados ocasionalmente para sanar as lacunas que
se produzem na atividade escolar diária. Neste sentido verificamos que há três
aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o
caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de
relações sociais.
Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, a aluno aprende,
sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia.
Os jogos são educativos, sendo assim, requerem um plano de ação que
permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais de uma maneira
geral. Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um
horário dentro de nosso planejamento, de modo a permitir que o professor
possa explorar todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e
discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir.
Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, amadurecer conteúdos e preparar
o aluno para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e
preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos
matemáticos de importância.
Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas
como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos
apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos.
Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas,
principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e
desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições
de cada comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser
muito fáceis nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de
enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades,
propiciando mais de uma situação.
Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, esses são classificados
em três tipos:
jogos estratégicos , onde são trabalhadas as habilidades que compõem o
raciocínio lógico. Com eles, os alunos lêem as regras e buscam caminhos para
atingirem o objetivo final, utilizando estratégias para isso. O fator sorte não
interfere no resultado;
jogos de treinamento , os quais são utilizados quando o professor percebe que
alguns alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir
as cansativas listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um
papel preponderante e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as
idéias anteriormente colocadas;
jogos geométricos , que têm como objetivo desenvolver a habilidade de
observação e o pensamento lógico. Com eles conseguimos trabalhar figuras
geométricas, semelhança de figuras, ângulos e polígonos.
Os jogos com regras são importantes para o desenvolvimento do pensamento
lógico, pois a aplicação sistemática das mesmas encaminha a deduções. São
mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que
para o trabalho com algum conteúdo específico. As regras e os procedimentos
devem ser apresentados aos jogadores antes da partida e preestabelecer os
limites e possibilidades de ação de cada jogador. A responsabilidade de cumprir
normas e zelar pelo seu cumprimento encoraja o desenvolvimento da iniciativa,
da mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que pensa.
Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento matemático. Em
ambos temos regras, instruções, operações, definições, deduções,
desenvolvimento, utilização de normas e novos conhecimentos (resultados).
O Laboratótio de Matemática Brink Mobil
Uma vez que muitas escolas da rede Pública de Ensino do Estado do
Tocantins contam com um Laboratótio de Matemática Brink Mobil, os
Professores têm a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos profissionais
de modo a oferecerem uma aula de qualidade, por meio da proposição e
desenvolvimento de atividades que instiguem a curiosidade dos alunos.
O Laboratótio de Matemática Brink Mobil se constitui de um espaço onde
reúnem-se recursos didáticos como jogos educativos (tangran, dominós com
operações, Torre de Hanói, entre outros), instrumentos didáticos (ábaco,
material dourado, sorobã, entre outros), recursos áudio-visuais e tecnológicos
(vídeos, documentários, calculadoras científicas, softwares educativos, entre
outros), bem como bibliografia de pesquisa e prática do ensino da Matemática.
De acordo com o manual do Professor (Laboratório Didático da Matemática
Brink Mobil, sd, p. 2), “o Laboratótio de Matemática Brink Mobil é um espaço
aberto para investigações de diversas correntes metodológicas e concepções
de ensino.” Nele constam sugestões para elaboração de atividades enfatizando:
a) necessidade do planejamento;
b) o mapeamento dos conceitos a serem trabalhados;
c) a seleção de jogos para desenvolver os conceitos;
d) a seleção de situações-problema com os conceitos a serem trabalhados;
e) o registro do desenvolvimento das atividades e os resultados obtidos;
f) a importância do trabalho em equipe e compartilhamento das experiências
com Assessores da própria escola. (id ibidem)
Esse manual é de suma importância que o Professor conheça e faça estudo,
pois, além de apresentar uma série de sugestões e indicar os materiais
disponíveis, possibilita autonomia no processo de ensino, por meio da
proposição de atividades por eles pensadas, elaboradas e sistematizadas.
O ESTUDO DA TABUADA COMO FACILITADOR PARA RESOLUÇÃO DE
SITUAÇÃO PROBLEMA ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES
A palavra tabuada vem da Idade Média, quando surgiram as tábuas com
resultados de somas de parcelas iguais. Virou pesadelo de crianças durante
muito tempo, obrigadas a decorar as multiplicações para não sofrerem punições
nas escolas. A decoreba da tabuada era freqüente no modelo de educação
tradicional, em que primeiro se aprendia o conteúdo, depois se descobria para o
que ele servia.
A tabuada continua do mesmo jeito. E as crianças continuam precisando saber
quanto é 2x3, 7x8, 9x4. Mas não se usa mais o verbo decorar nas escolas. A
educação atual fala em memorizar a tabuada, mas com a condição de que ela
seja compreendida antes. Professores inventam todo tipo de jogos, brincadeiras
e materiais para fazer os alunos entenderem o conceito da multiplicação e seu
uso no cotidiano.
ANEXOS:
SUGESTÕES:
Sugestão de Plano de Aula
Competência
Ser capaz de ver que a geometria, contribui para aprendizagem dos números e
medidas, estimulando a observação, a percepção de semelhanças e diferenças,
a construção, a aplicação de propriedades e a transformação de figuras.
Eixo
Espaço e forma
Habilidades
Ampliar e reduzir figuras, bem como reconhecer as características de figuras
semelhantes.
Descritor 7/Matriz do Saeb
Reconhecer semelhança de figuras
Conteúdo
Semelhança
Transposição didática:Semelhança, atividade do TP3, página 102.
Atividade da prova Brasil 2009.
Ampliando o triângulo ABC, obtém-se um novo triângulo A’B’C’, em que cada
lado é o dobro do seu correspondente em ABC.
Em figuras ampliadas ou reduzidas, os elementos que conservam a mesma
medida são
(A) as áreas.
(B) os perímetros.
(C) os lados.
(D) os ângulos.
Análise
O trabalho de ampliação e redução de figuras traz ao aluno a noção de
semelhança de figuras planas (homotetia). Esse tipo de atividade contribui para
a observação de que é a manutenção dos ângulos dos vértices o que permite
às formas ser correspondentes.
Orientações
O uso de diferentes malhas (quadriculada, retangular etc.) ajuda a compreender
que quando se alteram os ângulos de uma figura há uma distorção na que é
obtida e elas deixam de ser semelhantes. Complemente o trabalho nessa área
com instrumentos geométricos com a utilização de softwares de geometria
dinâmica. Um exemplo é o Geogebra (com download gratuito). A vantagem
desse recurso está na rapidez da construção e na possibilidade de alteração de
uma determinada figura e a verificação, quase imediata, da consequência sobre
a que foi construída.
Paradidático: Para que serve a matemática? Semelhança, de Imenis, Jakubo e
Lelis.
Neste livro a noção de semelhança é desenvolvida por meio de recursos
visuais: ampliação e redução de fotos, miniaturas de carros e naves espaciais,
zoom em monitor de computador, adaptação de filmes de cinema para telas de
televisão, projeção de slides, efeitos especiais com câmaras de vídeo, formatos
de folha de papel.
Utilizar atividades dos cadernos Atividades de Apoio ao Aluno( AAA).
AAA3 – Aula 6 e 7
AAA5 – Aula 8
Utilizar o banco de questões da Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas -
OBMEP que estão relacionados a habilidades trabalhadas no planejamento.
Apropriar-se do manual e utilizar o Laboratório de Matemática caso sua escola
já possui.
Usar atividades do livro didático utilizado na escola.
Avaliação
Provas, debates, trabalhos em classe e extraclasse, trabalhos em grupos,
avaliando a participação ativa nas atividades propostas, o poder matemático do
aluno, a resolução de problemas, a comunicação e o raciocínio do aluno, a
compreensão dos conceitos, procedimento matemático, e, principalmente, o
desenvolvimento do alunos servirá como diagnóstico do processo ensino
aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte
pára verificação da necessidade de uma nova metodologia ou de um processo
de recuperação.
ATIVIDADE CONSTRUINDO A TABUADA
Professor: Alexandre Costa Barros
Uma das maiores dificuldades no ensino da tabuada é que o aluno entenda que
a multiplicação é a soma de uma mesma parcela varias vezes e essa atividade
pretende facilitar esse entendimento.
REGRAS:
Terá que ser trabalhado com os alunos sobre o posicionamento do que são
linhas e colunas.
Para saber o resultado da multiplicação o aluno terá que localizar o ponto de
encontro da linha com a coluna e contar quantos retângulos temos naquela
região.
X 1
(
C
)
2
(
C
)
3
(
C
)
4
(
C
)
5
(
C
)
6
(
C
)
7
(
C
)
8
(
C
)
9
(
C
)
1
0
(
C
)
1
(
L
)
2
(
L
)
3
(
L
)
4
(
L
)
5
(
L
)
6
(
L
)
7
(
L
)
8
(
L
)
9
(
L
)
1
0
(
L
)
Assim ele deve montar a tabuada de multiplicação casa por casa.
4x1 = 4 (4 é o número de retângulos da região de encontro entre a linha 4 e a
coluna 1)
X 1
(
C
)
2
(
C
)
3
(
C
)
4
(
C
)
5
(
C
)
6
(
C
)
7
(
C
)
8
(
C
)
9
(
C
)
1
0
(
C
)
1
(
L
)
2
(
L
)
3
(
L
)
4
(
L
)
5
(
L
)
6
(
L
)
7
(
L
)
8
(
L
)
9
(
L
)
1
0
(
L
)
4x2 = 8 (8 é o número de retângulos da região de encontro entre a linha 4 e a
coluna 2)
4x3 =
4x4 =
4x5 =
4x6 =
4x7 =
4x8 =
4x9=
4x10 =
O objetivo principal é que quando ele não se lembrar do resultado de uma
multiplicação ele tenha recursos de encontrar esse valor sem ter que olhar em
uma tabuada ou utilizar uma calculadora.
Exemplo: Se eu não sei o resultado de uma multiplicação tento lembrar o
resultado de multiplicações anteriores a essa para encontrar o resultado
desejado.
9x5 = 45
9x6 = ?
9x7 = ?
Fazendo o uso dessa atividade esperamos que o aluno possa ter o seguinte
raciocínio.
9x5 = 45
9x6 = 45 + 9 = 54
9x7 = 54 + 9 = 63
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRASIL. MEC. – Parâmetros Curriculares Nacionais 6° a 9° anos. 1997.
Matemática.
GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira e TIMM, Ursula Tatiana . Utilizando
curiosidades e jogos matemáticos em sala de aula. Disponível em:
www.somatematica.com.br. Acessado em: 17 de dezembro de 2009 as 17:00h.
SOUZA, José Maria de Jesus, CHAQUIAM, Miguel e SÁ, Pedro Franco. O
Domínio das quatro operações na visão de professores do PARÁ. Paginas 69 a
76. Disponível em:
www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/272.pdf. Acessado em:
17 de dezembro de 2009 as 17:12h.
TOCANTINS, Secretaria de Estado da Educação e Cultura, Referencial
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http://www.bernerartes.com.br/ideiasedicas/dinamicas/index.htm
http://64.233.169.104/search?
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BR&ct=clnk&cd=21&gl=br&lr=lang
www.teofilorezende.com.br/mural/artigos/pesquisa.doc
http://festadosaber4serie.blogspot.com/2008/05/como-fazer-uma-pesquisa-
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http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pd…
BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de ensino-
aprendizagem. 11 ed. Petrópolis: Vozes, 1989. p. 117-118.
TOCANTINS. Secretaria da Educação e Cultura do Estado (2007): Proposta
Curricular Ensino Médio. Tocantins.
DINÂMICAS
Direitos e deveres
Já nos primeiros dias, estabelecer os famosos combinados pode evitar
problemas e garantir um bom relacionamento ao longo do ano. Comece
discutindo com a garotada o que espera do ano que se inicia e qual a melhor
maneira de trabalhar em grupo para alcançar esses objetivos. Formule com
todos (e escreva no quadro) a continuação das seguintes frases: "Temos
direito a..." e "Somos todos responsáveis por...". Lembre-se de que a
declaração de direitos e deveres deve ser inspirada nas normas gerais da
escola - que os alunos precisam conhecer - e ser focada no que deve ser feito,
e não no que é proibido. A etapa seguinte é descobrir o que as outras turmas
da escola combinaram. A troca de informação, além de enriquecer os tratados
feitos por eles, promove a integração com colegas de outras classes. Ao
terminar, peça a cada um que copie os tratados e cole na agenda. Assim, o
texto estará sempre à mão. Além disso, os estudantes podem produzir dois
grandes cartazes em cartolina para pendurar na parede da classe.
O que vamos aprender
Todo ano é a mesma coisa: o que esperar da série que se inicia? Uma
situação desconhecida sempre dá um friozinho na barriga. Para baixar a
ansiedade da meninada, registre no quadro algumas dúvidas e expectativas do
grupo sobre o trabalho na nova classe e convide alguns estudantes da série
seguinte para respondê-las. Deixe que falem livremente sobre as suas
impressões e vivências como ex-aluno da série. Esse intercâmbio, logo no
início, deixa a turma mais tranqüila e segura e valoriza a cooperação e a
interação entre diferentes classes.
GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
PLANO DE AULA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: MATEMÁTICA
COLÉGIO :
PROFESSOR:
SUPORTE PEDAGÓGICA:
MÊS: DATA :
SÉRIE CONTEÚDOS/ SEMANAIS
1º ANO: Competência
Habilidade:
Eixo Temático:
Metodologia:
2ºANO: Competência
Habilidade:
Eixo Temático:
Metodologia:
3ºANO: Competência
Habilidade:
Eixo Temático:
Metodologia:
MATERIAL PLANEJADO DA SEMANA
AGENDAMENTO APOSTILA LIVRO/PG LISTA DE EXERCÍCIO ATIVIDADES P/ CASA
DATA ASSINATURA H/ CHEGADA H/ SAÍDA ASSINATURA SUPORT.PEDG
AVALIAÇÃO: DIA TRABALHOS RECUPERAÇÃO PROJETOS DESENVOLVIDOS
ANOTAÇÃO DO SUPORTE PEDAGÓGICO:
Alexandre Costas Barros
Assessor de Currículo de Matemática
Claudia Alves Mota de Sousa
Assessora de Currículo de Matemática
Dionizio Pereira Neto
Assessor de Currículo de Matemática
Suely Maria de Castro Brandão
Assessora de Currículo de Matemática