Hoje vou me declarar pla Mônica, Vou alebentar com Felnando Pessoa, ahh muléééke!!

Tenho uma sulplesa pla você Mônica,De plessa vamos!!!

É o meu coelhinho?? Vc ta aprontando hein Cebolinha !

Se ele tiver aprontando, arrebento ele...

“Não sei quantas almas tenho, de cada coelhada que tomeiContinuamente apanho, semple que te vi eu cholei…

Ixi, ele ta com febre...

Cebolinha, vamu jogá bola!?

“...De tanto doê, só tenho alma , Quem toma coelhada não tem calma”

Nossa, de tanto dar porretada no Cebolinha, ele ficou biruta...

Bora Cebolinha, já to me esquentando! 1...2...1...2...1...

Pela aí Cascão! Agola que to alebentando com Felnando Pessoa com a Mônica

Ela que vai te arrebentá depois Cebolinha hahahaaaaa

Cebolinha, se vc tiver me fazendo perder tempo, te mato de coelhada! De onde vc tirou tanta asneira!!!

Mas,... pq vc ta falando isso Mônica, to tão bonzinho hoje, eu hein...

Pela aí Monica, nao sou eu que to dizendo, é Felnando Pessoa, “o poeta”

Vai logo! Tô com pressa Cebolinha!!

“Quando vc me vê, vc só qué batê, Quem sente a dor sou eu, nao vcAtento eu fico quando te vejo”…

“Desde que nasci só apanheiIsso não é uma bobagemSempre ao ver sua imagemSei que vc vem sem dóSempre aue me achar onde estou”

Cebolinha, que romaaântico!!

“Pol isso eu muito pletendoNem em páginas te ver.O que segue, estou quelendoPala semple te esquecer... Nossa

Cebolinha, vc ficou loco, recitando poema pra essa pançuda? Hihihi...

...Noto pelo que até agora viE pelas dores que senti.Penso e digo “Que fiz?”Deus sabe, porque vc me bateu.”

Cascão, vc acha que eu to lecitando poema pla essa dentuça, balofa, dente de abli lata! Hahahahahahaa...

Ih!! Lascô!!

????

Eu to estudando pla plova de litelatula poltuguesa, da Yedda! O leconto de Felnando Pessoa

Sabia que era armação!!! era muito bom pra ser verdade!!! vou acabar com vocês!!!!!! Vão se arrepender pra sempre disso!!!!!!! Moleques safados!!!...FIM

TEXTO ORIGINAL

Fernando Pessoa: Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem; Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser. O que segue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti.Releio e digo: "Fui eu ?"Deus sabe, porque o escreveu.

Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frase/MTk5NjQ/, acesso em 25 de agosto de 2012.