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obra conhecida do Renascimento mais ORMA 1637000735900

Revista forma monalisa

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Trabalho realizado pela professora de História da Arte e História da Arquitetura com os alunos do 3º período do curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, no 1º semestre de 2012.

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Page 1: Revista forma   monalisa

obraconhecida do

Renascimento

mais

ORMA

1 6 3 7 0 0 0 7 3 5 9 0 0

Page 2: Revista forma   monalisa

FORMA

Arquitetura e Urbanismo

Faculdades Integradas Pitágoras

Disciplina:

História da Arte e da Arquitetura III

Autores:

Coordenadora:

Professora:

André Felipe Dias

Antônio Castro Júnior

Raphael França

Vitor Souza

Paula Alcântara

Viviane Marques

Page 3: Revista forma   monalisa

Barroco

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez

As Meninas

Renascimento

Leonardo Da Vinci

Monalisa

A Última Ceia

02

03

05

06

07

09

11

Indice

Page 4: Revista forma   monalisa

Barroco02

A palavra Barroco significa “Perola Imperfeita”, esse movimento foi ocorrido no fim

do século XVI e inicio do século XVIII (1580 a 1756). As ideias sugeridas em tal

temporada tiveram fontes de ligações com um movimento conhecido como “Contra

Reforma” , esse movimento tenta restabelecer a vida cultural e econômica em uma

época intensas e expressivas investigações causadas pelo movimento

renascentista.Falando nomeadamente

sobre a arte barroca, pode-

se articular que a mesma

t e m c a r a c t e r í s t i c a s

c o n t r a p o s t a s à a r t e

renascentista. Enquanto

essa pregava a valorização

da razão e da perfeição em

cada detalhe nas suas

obras, a obra barroca

valoriza a emoção e o

conjunto harmônico que foi

criado.A arte barroca surgiu na

Itália se espalhando em

d i v e r s o s p a í s e s

especialmente Espanha e

Áustria, uma vez que o mesmo parecia estar ligado a Igreja Católica. Os artistas

usavam efeitos de luz e sombra, curvas e texturas, dando uma ideia de movimento.

Vale ressaltar também que a arte barroca teve certas características regionais.

por André Felipe Dias e Rafael França

Page 5: Revista forma   monalisa

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez03

Quem foi

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez foi um importante pintor espanhol do século

XVII. Destacou-se na pintura de retratos, principalmente de integrantes da nobreza

espanhola. Fez parte do movimento artístico conhecido como barroco.

Biografia

Velázquez nasceu em 6 de

julho de 1599, na cidade de

Sevilha. Filho de um

advogado de or igem

p o r t u g u e s a e m ã e

sevilhana. Desde criança

d e m o n s t r o u g r a n d e

interesse pela pintura. O

pai, verificando este dom,

levou Velázquez, com 11

anos de idade, para estudar

pintura com o artista

p l á s t i c o n a t u r a l i s t a

Francisco Herrera. Em

1611, o pai levou Veláquez

para ser aprendiz no ateliê

de pintura do artista Francisco Pacheco. Veláquez casou-se com Juana, filha de seu

professor de arte. Com ela teve uma filha chamada Francisca. Em 1622, viajou para

Madrid e conheceu o poeta Luis de Góngora de quem pintou um retrato. Na década

de 1620, começou a fazer importantes contatos artísticos e também entre a nobreza

espanhola. Em 1623, foi nomeado pelo rei Felipe IV como o novo pintor real. Em

1629, conheceu o pintor barroco Rubens, de quem absorveu grande influência

artística.

Estilo artístico

Enfatizou a elaboração de retratos de integrantes da nobreza e a pintura de

cenas históricas. Também retratou elementos da mitologia. Mostrava detalhes em

por André Felipe Dias

Page 6: Revista forma   monalisa

Diego Valázquez04

suas obras, privilegiando as expressões faciais, buscando a individualidade de

cada personagem retratado. Presença em suas obras do tenebrismo (aplicação

de fundo escuro) e do realismo (busca por detalhes para deixar a obra mais real

possível) . Estas duas características foram típicas do barroco.

Principais obras de Velázquez:

- A Família de Felipe IV (As Meninas)

- Vênus ao Espelho (1647)

- Retrato do Papa Inocêncio X

- Retrato de Felipe IV

- Infanta Margarida da Áustria

- Cristo na casa de Marta e Maria (1618 - 1619)

- A forja de Vulcano (1630)

- O Príncipe Baltasar Carlos caçador

- O trinfo de Baco

- A rendição de Breda (1634)

- As Fiandeiras ( A fábula de Aracné)

- Sebastián Morra

Page 7: Revista forma   monalisa

As Meninas05

Em 1656, Velázquez finaliza sua obra célebre, conhecida como As Meninas,

expressão portuguesa aplicada às damas de honra - ou de companhia - da princesa

Margarida María, representada no centro do quadro (BUENDIA e ÁVILA, p. 74). Em

1666, no inventário do Palácio, esse quadro havia recebido a denominação de "Su

Alteza la Emperatriz con sus damas y un enano". Em 1734, foi intitulado "La familia

del rey Felipe IV". Somente

em 1843 recebeu a

denominação de "Las

Meninas", quando foi

incluído no catálogo do

Prado por Pedro de

Madrazo (BROWN, p. 116).

A l é m d a f i g u r a d e

V e l á z q u e z , e m

autorretrato, segurando

com uma das mãos um fino

pincel e, com a outra, uma

paleta, vê-se, ao centro do

quadro, a Infanta sendo

atendida por duas damas

de honra: María Augustina

Sarmiento, que lhe oferece

uma jarra de água, e Isabel

de Velasco. No ângulo direito estão os anãos Mari Bárbola e Nicólas Pertusato. O

plano médio está ocupado pela dama de honra Marcela de Ulloa e, a seu lado, um

guarda-damas sem identificação. Atrás, em uma porta aberta, aparece José Nieto,

aposentador da rainha. Finalmente, refletidos em um espelho, ao fundo, os reis

Felipe IV e Margarida da Por razões de decoro, em razão da presença da família real,

esse quadro, de grandes proporções (3,18 x 2,76m), não foi pintado no estúdio de

Velázquez, mas em uma sala maior e mais solene. No quadro, as figuras possuem

tamanho aproximadamente. A Cruz de Santiago, no colete do pintor, foi agregada

três anos depois de terminada a pintura, quando nomeado cavaleiro dessa ordem.

Esta, fundada no século 12, era uma das mais elitistas da aristocracia espanhola, e

lhe foi conferida em 28 de novembro de 1659. Há, contudo, uma lenda segundo a

qual essa cruz foi pintada por Felipe IV ou por determinação deste após a morte de

Velázquez.

por Antônio Castro Júnior

Page 8: Revista forma   monalisa

Renascimento06

Com a intensificação da produção artística e cientifica os séculos XV e XVI ficaram

conhecidos como renascimento. Com o aumento do comercio e a ampliação das

conquistas marítimas e o contato mercantil com a Asia, os comerciantes europeus

puderam investir na produção artística de escultores, pintores músicos, arquitetos,

escritores, etc.Os artistas e intelectuais começaram a receber proteção das autoridades (clero e

governantes europeus) a ajuda ficou conhecida como mecenatos, esses mecenas

forneciam essa ajuda para ficar mais conhecido na região onde agiam. Nesse

período era comum as famílias nobres encomendar pinturas e esculturas aos

artistas.Foi na península itálica que o comercio se desenvolveu nesse período do século XV

a XVI, assim a origem de uma grande quantidade de obras artisticas. Cidades por

exemplo Veneza, Florença e Genova teve uma importância artística e intelectual por

isso a Itália ficou conhecida como o berço do renascimento.Características principais:Valorizaçao da cultura Greco-romana os artistas da época possuíam uma visão

completa da natureza, ao contrario dos homens medievais. As qualidades que são julgadas do ser humano passaram a ser reconhecidas como

inteligência conhecimento e o dom artístico. Na idade media a vida do homem estava centrada em Deus (Teocentrismo), nos

séculos XV e XVI o homem passa a ser o centro das atenções (Antropocentrismo). A razao e a natureza são estimadas com grande intensidade, o homem

renascentista sobre tudo os cientistas comesa a utilizar métodos experimentais e de

observação da natureza e universo.Grandes cidades italianas acumularam grandes riquesas provenientes do comercio

durante os séculos XIV e XV, cidades como Genova, Veneza e Florença. O

desenvolvimento artistico e cultural aumentou muito, graças aos grandes

comerciantes conhecidos como mecenas. Por esses motivos a Itália é o berço do

renascimento, porem não foi so a Itália, outros pais da Europa como exemplo: a

Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países baixos.

por Antônio Castro e Vitor Souza

Page 9: Revista forma   monalisa

Leonardo Da Vinci07

Leonardo da Vinci nasceu no pequeno vilarejo de Vinci, nas proximidades de

Florença, em 1452. Autor de Monalisa, um dos quadros mais famosos da história,

Leonardo era filho ilegítimo de um tabelião. Ele não teve educação formal e sabia

pouco ou nenhum latim, condição que o enchia de um certo ressentimento em

relação aos colegas mais ilustrados.

A d u l t o , f o i u m a

personalidade polêmica no

seu modo de vestir e no

comportamento chegou a

ser denunciado por prática

de sodomia, mas não foi

condenado. Supõe-se que

e l e t e n h a s i d o

homossexual, mas sua

int imidade permanece

m i s t e r i o s a .

Ado lescen te , fo i

aprendiz no ateliê de

Verrocchio. Conta-se que

certa vez, o mestre estava

pintando um quadro sobre

o batismo de Jesus Cristo e

enca r regou o j ovem

Leonardo de completar a composição com a figura de um anjo. Seu aluno fez um

a n j o t ã o p e r f e i t o q u e V e r r o c c h i o d e s i s t i u d e p i n t a r .

Conta-se também que Leonardo tocava, para distrair seu modelo, música

composta por ele em instrumentos inventados por ele, como um órgão a água e uma

lira de , O certo é que a Monalisa del Giocondo se tornou o quadro mais célebre da

pintura ocidental. Hoje está no Louvre, como principal atração turística, numa sala

em que um Ra fae l e um Cor regg io passam despe rceb idos .

Em 1503, Francesco del Giocondo, um rico florentino, encomendou a

Leonardo - e pagou-lhe muito bem por isso - um retrato de sua mulher, Monalisa.

Quatro anos depois o quadro não está pronto. Aqui começa o grande debate: quem é

a dama do quadro? A mulher de Giocondo? É este o retrato de uma jovem de 26

anos? Ou é o retrato de Constança d'Avalos, Duquesa de Francavilla, "inclusive com

por Rafael França

Page 10: Revista forma   monalisa

Leonardo Da Vinci08

o véu negro de viúva?" Há quem afirme - e a sério - que o encantador sorriso é de um

jovem, travestido. O grande mote do trabalho de Leonardo, quer como artista, quer como

inventor e cientista, foi a observação criteriosa da natureza. Seus cadernos são um

imenso laboratório de pensamento. Nas notas, estudos e rascunhos dedicados à

hidráulica, ao vôo dos pássaros, ao movimento dos gatos, encontra-se um acurado

explorador da natureza. Sua inteligência mecânica ainda hoje impressiona todos os que examinam

seus desenhos de engrenagens. A comparação de imagens obtidas nos modernos

aparelhos de tomografia computadorizada com seus desenhos sobre anatomia

oferece uma espécie de revelação: Leonardo acertou com exatidão espantosa, por

exemplo, detalhes sobre a posição do feto no interior do útero.

Embora tivesse uma assombrosa habilidade matemática, diz-se que

Leonardo não criou algo que se pudesse chamar de "teorema de Leonardo". Ou

seja, apesar de ter desvendado princípios que até então eram desconhecidos, ele

não os traduziu em linguagem matemática. É verdade. Essa viria a ser mais tarde

uma obsessão dos estudiosos. Doente, da Vinci passa o mês de abril de 1519 na cama, cercado por três

quadros: a Monalisa del Giocondo; Santana, a Virgem e o Menino e o São João

Batista, que provavelmente pintou em Roma como sua última obra. Morre, no dia 2

de maio de 1519, nos braços do rei Francisco I.

Page 11: Revista forma   monalisa

Monalisa09

Mona Lisa (ou La Gioconda) é uma famosíssima obra de arte feita pelo italiano

Leonardo da Vinci. O quadro, no qual foi utilizada a técnica do sfumato, retrata a

figura de uma mulher com um sorriso tímido e uma expressão introspectiva.

Em 1516, Leonardo da Vinci levou a obra da Itália para a França, quando foi

trabalhar na corte do rei Francisco I, o qual teria comprado o quadro. Depois disso, a

obra passou por várias

mãos , chegando a té

mesmo a ser roubada.

Napoleão Bonaparte, por

exemplo, tomou a obra

para si. Em 1911, a obra de

arte foi roubada pelo

italiano Vincenzo Peruggia,

que a levou novamente

para a Itália. Peruggia

pensava que Napoleão

havia tomado o quadro da

Itália e levado para a

França, assim desejou

levar novamente a obra

para sua terra natal.

Uma das grandes

d i s c u s s õ e s n o m e i o

artístico é sobre a mulher representada no quadro. Muitos historiadores acreditam

que o modelo usado no quadro seja a esposa de Francesco del Giocondo, um

comerciante de Florença. Outros afirmam que seja Isabel de Aragão, Duquesa de

Milão, para a qual da Vinci trabalhou alguns anos. Para Lillian Schwartz, cientista dos

Laboratórios Bell, Mona Lisa é um autorretrato de Leonardo da Vinci.

Atualmente, o quadro fica exposto no Museu do Louvre, em Paris, França.

Mona Lisa é, quase que certamente, a mais famosa e importante obra de arte da

história, sendo avaliada, na década de 1960, em cerca de 100 milhões de dólares

americanos, lhe conferindo, também, o título de objeto mais valioso, segundo o

Guinness Book.Cientistas estudaram sete pinturas de autoria de Leonardo da Vinci expostas

no Museu do Louvre, para analisar o uso, pelo mestre, de sucessivas camadas

por Vitor Souza

Page 12: Revista forma   monalisa

Monalisa10

extremamente finas de tinta - uma técnica que dava a seus quadros uma qualidade

de sonho.Especialistas do Centro de Pesquisa e Restauração de Museus da França

descobriram que Da Vinci pintou cerca de 30 camadas em seus trabalhos para

atingir o grau de sutileza que desejava. Todas juntas, essas camadas têm menos de

40 micrômetros, ou metade da espessura de um cabelo humano, disse o

pesquisador Philippe Walter.A técnica, chamada "sfumato", permitiu que Da Vinci desse aos contornos uma

qualidade nebulosa e criasse a ilusão de profundidade e sombra. O uso da técnica

pelo gênio renascentista é bem conhecido, mas o estudo científico dela era limitado,

porque as análises muitas vezes requeriam amostras das telas

Page 13: Revista forma   monalisa

A Última Ceia11

A Última Ceia (L'ultima cena ou Cenacolo, em Milão) é uma das mais

conhecidas pinturas atribuídas a da Vinci, exposta no refeitório do Convento de

Santa Maria delle Grazie (Refectory), em Milão assim como a Mona Lisa (exposta no

museu do Louvre, em Paris).Foi feita por Leonardo da Vinci para seu protetor, o Duque Lodovico Sforza.

Representa a última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e

crucificado, como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecidos e

estimados do mundo. Ao contrário de muitas outras valiosas pinturas, nunca foi

possuída particularmente

porque não pode ser

removida do seu local de

origem.O Duque mandou

construir o convento para,

entre outras coisas, servir

de lugar para sepultar seus

familiares. O tema era uma

tradição para refeitórios,

mas a interpretação de

Leonardo deu um maior realismo e profundidade.Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco com pigmentos

misturados com gema de ovo ao reboco úmido incluindo também um veículo de óleo

ou verniz. Da Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com predominância

da têmpera não sendo muito feliz. Não foi testada suficiente não se ajustando as

condições climáticas da região e antes que o painel estivesse pronto, apareceram

pontos deteriorados que se agravaram durante os anos. A umidade natural da

parede, diluindo as tintas, vem causando danos a esta obra prima.Prestando bem a atenção, você irá perceber em várias imagens, um efeito

característico da pintura de Leonardo: a delicada passagem de luz para a sombra,

quando um tom mais claro mergulha em outro mais escuro, como dois belos acordes

musicais. Esse procedimento recebe o nome de SFUMATO (esfumado, em

português).

Descrição da Pintura

Está baseada em João 13:21, no qual Jesus anuncia aos doze discípulos que

Page 14: Revista forma   monalisa

A Última Ceia12

alguém, entre eles, o trairia. Essa pintura, na história evangélica, é considerada a

mais dramática de todas.Ao centro, o Cristo é representado com os braços abertos, em um gesto de

resignação tranqüila, formando o eixo central da composição. São representadas as

figuras dos discípulos em um ambiente que, do ponto de vista de perspectiva, é

exato. Da direita para a esquerda se encontram respectivamente Simão (o Zelote),

Tadeu, Mateus, Felipe, Tiago (o Maior), Tomé, João, Judas, Pedro, André, Tiago (o

Menor) e Bartolomeu.O interessante em Da Vinci é que ele costumava fazer muitos esboços e

rascunhos de suas obras antes da versão final. Num desses esboços da A Última

Ceia, ele colocou o nome de cada apóstolo retratado, eliminando dessa forma

quaisquer dúvidas sobre quem são cada um dos personagens.Da Vinci não foi o primeiro artista a retratar a cena da Última Ceia. Há diversas

outras obras famosas sobre o tema, como por exemplo o mosaico da Santa Ceia, na

basílica de Santo Apolinário, em Ravena (século IV), A Santa Ceia, de Fra Angelico

(1400?-1455) e A Ceia, de Rafael Sanzio (1483-1520) entre outros.Mas Da Vinci representou de uma maneira impressionamente justamente o

momento da agitação dos discípulos ao ouvirem o anúncio da traição: Serei eu,

Senhor? Serei eu, Senhor? Serei eu, Senhor?, interrogavam-no os discípulos um

após outro, mortos de espanto.A cena ocorreu logo após ao lava-pés, quando, sentados à mesa Jesus falou:

Sei a quem escolhi; mas é preciso que se cumpra o que diz a Escritura:“Aquele que

come o pão comigo levantará contra mim o seu calcanhar” (Jo 13, 18). E em seguida

manifestou claramente a traição já próxima: Dito isto, estremeceu Jesus em seu

espírito e declarou abertamente: “Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me

entregará” (Jo 13, 21). Nessas palavras, o Senhor revelava o que havia de ser o

aspecto mais doloroso e terrível da sua Paixão: não as burlas do povo, nem o ódio

dos seus inimigos, nem o suplício da Cruz, mas a traição de um dos seus . Repugna-

lhe tanto o crime de Judas que, segundo João, "se perturba no espírito" No detalhe da cena, distinguem-se Pedro e João à esquerda de Cristo, e Judas

à direita, com o dedo erguido: “Serei eu, Senhor?”. Pedro não pôde suportar a

terrível incerteza e, fazendo um sinal a João, sussurou-lhe: Pergunta-lhe de quem é

que Ele fala. Jesus indicou então a João quem era o discípulo traidor: É aquele a

quem eu der o bocado que vou molhar. E, molhando o bocado, tomou-o e deu-o a

Judas Iscariotes (cf. Jo 13, 21-30). Jesus ainda disse: "Decerto que o Filho do

homem segue o seu caminho, como dele está escrito; mas ai do homem por quem

Page 15: Revista forma   monalisa

A Última Ceia13

será entregue! Mais lhe valera não ter nascido".Desmascarado por Jesus e, descoberto por João, Judas partiu. É um

problema muito discutido, desde a Antiguidade, saber ser Judas também recebeu a

Eucaristia. Mas a maioria dos atuais especialistas em Sagrada Escritura coincidem

em que Judas já havia saído nesse momento.Tanto Da Vinci como outros pintores se basearam na Tradição oral cristã que

começou desde os primeiros Apóstolos, e nos chamados Evangelhos canônicos

(Mateus, Marcos, Lucas e João) que foram escritos antes do ano 70 d.C. (com

exceção do de João, que deve ter sido escrito por volta do ano 100), quando ainda

grande parte das testemunhas da vida de Cristo estavam vivas, e dos quais foram

feitos diversas cópias, em aramaico, hebraico antigo e grego, entre outras, que,

quando comparados, atestam a fidelidade aos textos originais. Somente a partir do

século II, após a geração dos Apóstolos, surgiram autores menos escrupulosos que,

para darem autoridade ao que escreveram tardiamente, abusaram do nome de

Apóstolos para intitularem os chamados "Evangelhos apócrifos", uns com finalidade

edificante, como o Protoevangelho de São Tiago, o Evangelho de São Pedro e o

Evangelho de São Bartolomeu; outros com finalidade herética, cujos objetivos eram

o de espalhar o erro e perturbar a união dos cristãos, como o de São Tomé, o de São

Matias, o de São Filipe, e supostamente um de Judas, atribuído a autores gnósticos

(do qual só restam partes fragmentadas de uma cópia escrita em copta, escrita

provavelmente entre os séculos III e IV). Da Vinci assinava seus trabalhos

simplesmente como Leonardo ou Io Leonardo. A influência de Da Vinci na história da

arte européia é bastante profunda. Algumas técnicas desenvolvidas por ele,

destacadamente o sfummato e o chiaroscuro, tornaram-se uma regra para a pintura

dos séculos vindouros.Talvez até mesmo mais impressionantes que os seus trabalhos artísticos sejam os

estudos de Da Vinci em ciências e engenhosas criações, registrados em cadernos

que incluem umas 13 000 páginas de notas e desenhos que fundem arte e ciência.Leonardo da Vinci morreu em Cloux, França, em 2 de Maio de 1519, e de acordo com

o seu desejo, sessenta mendigos seguiram seu caixão. Foi enterrado na Capela de

São Hubert no Castelo de Amboise.