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A respiração é uma das características básicas dos seres vivos, esta consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. Dois sistemas estão envolvidos neste processo de eliminar dióxido de carbono e suprir o oxigênio, o sistema circulatório e respiratório. Eles participam igualmente na respiração.Esta apostila relata todos os órgãos envolvidos neste processo e trás imagens que facilitam sua compreensão.
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Sistema Respiratório Prof. Gustavo Martins Pires
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C o n t e ú d o :
A r e s p i r a ç ã o é u m a d a s c a r a c t e r í s t i c a s b á s i c a s d o s s e r e s v i v o s ,
e s t a c o n s i s t e n a a b s o r ç ã o , p e l o o r g a n i s m o , d e o x i g ê n i o , e a
e l i m i n a ç ã o d o g á s c a r b ô n i c o r e s u l t a n t e d e o x i d a ç õ e s c e l u l a r e s .
D o i s s i s t e m a s e s t ã o e n v o l v i d o s n e s t e p r o c e s s o d e e l i m i n a r
d i ó x i d o d e c a r b o n o e s u p r i r o o x i g ê n i o , o s i s t e m a c i r c u l a t ó r i o e
r e s p i r a t ó r i o . E l e s p a r t i c i p a m i g u a l m e n t e n a r e s p i r a ç ã o . E s t a
a p o s t i l a r e l a t a t o d o s o s ó r g ã o s e n v o l v i d o s n e s t e p r o c e s s o e t r á s
i m a g e n s q u e f a c i l i t a m s u a c o m p r e e n s ã o .
(Em meio aos afrescos que pintou no teto da Capela Sistina, no Vaticano, Michelangelo Buonarroti espalhou estruturas anatômicas ocultas em sua arte,
como é possível observar na obra "A criação de Eva" onde Deus representa o pulmão esquerdo e Adão esta encostado em um tronco de uma árvore que se
assemelha aos broncos pulmonares. - Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/junho2004/ju256pag12.html)
1. Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 03
2. Divisão ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 03
3. Órgãos ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 04
4. Ventilação pulmonar --------------------------------------------------------------------------------------------- 19
5. Atividades --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22
Referências ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23
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Sumário
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1. INTRODUÇÃO
A respiração é uma das características básicas dos seres vivos, esta consiste na absorção, pelo
organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico resultante de oxidações celulares. Dois
sistemas estão envolvidos neste processo de eliminar dióxido de carbono e suprir o oxigênio, o sistema
circulatório e respiratório. Eles participam igualmente na respiração. O sistema respiratório garante as
trocas gasosas, a captação de O2 e a eliminação de CO2, enquanto o sistema cardiovascular (circulatório)
transporta os gases no sangue entre os pulmões e as células. Desta forma uma falha em ambos os
sistemas tem o mesmo efeito no corpo: interrupção da homeostase e morte rápida das células por falta de
oxigênio e acúmulo de subprodutos tóxicos. Além de atuar na troca gasosa, o sistema respiratório
também contém receptores para a sensação do olfato, filtra o ar inspirado e produz sons.
2. DIVISÃO
Funcionalmente, o sistema respiratório também consiste de duas porções: a porção condutora e a
porção respiratório.
Á primeira porção encontramos órgãos tubulares cuja função é a de levar o ar inspirado até a
porção respiratória, representada pelos pulmões, e destes conduzir o ar expirado, eliminando o CO2.
Assim, dos pulmões o ar expirado é conduzido pelos brônquios e traquéia, órgãos que realmente
funcionam apenas como tubos condutores de ar (aeríferos). Acima destes, entretanto, situam se a
laringe, a faringe e o nariz que não são apenas condutores aeríferos. Assim, a laringe é também o órgão
responsável pela fonação; a faringe está relacionada com o sistema digestivo, parte dela servindo de
tubo condutor de alimentos; e o nariz apresenta porções que cumprem função olfatória.
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(sistema respiratório - fonte: A.D.A.M).
3. ÓRGÃOS
Nariz externo
É visível externamente no plano mediano da face, apresenta se como uma pirâmide em que a
extremidade superior, corresponde ao vértice da pirâmide, e é denominada raiz, e a inferior, se chama
base. Nesta, encontram se duas aberturas em fenda, as narinas, separadas por um septo, e que
comunicam o meio externo com a cavidade nasal. O ponto mais projetado, anteriormente, da base do
nariz recebe o nome de ápice e entre ele e a raiz estende se o dorso do nariz.
O esqueleto do nariz é ósteo-cartilagíneo, isto é, além dos ossos nasais e porções das duas
maxilas, fazem parte do esqueleto do nariz diversas cartilagens nasais.
(nariz externo - fonte: A.D.A.M).
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Cavidade Nasal
Comunica se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente, e com a porção
nasal da faringe posteriormente, através das coanas, aberturas que podem ser identificadas facilmente
em crânios secos. Na verdade, as coanas marcam o limite entre a cavidade nasal e a porção nasal da
faringe.
A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal; o termo cavidade
nasal pode referir se tanto à cavidade como um todo, quanto a cada uma de suas metade, dependendo do
sentido.
O septo nasal está constituído por partes cartilaginosa (cartilagem do septo nasal) e óssea (lâmina
perpendicular do osso etmóide e osso vômer).
O osso etmóide fica situado abaixo da porção mediana do osso frontal e entre as órbitas. Este
apresenta duas massas laterais constituídas de células pneumáticas, isto é, espaços delimitados por
delgadas trabéculas ósseas, que são denominadas seios etmoidais; na sua parte superior, unindo os
labirintos aparece a lâmina crivosa apresentando numerosas aberturas destinadas à passagem de fibras
do nervo olfatório; a última porção é a lâmina perpendicular que contribui para a formação do septo
nasal. No plano mediano a lâmina crivosa apresenta uma projeção a crista galli. Na face medial dos
seios etmoidais apresenta se duas projeções, como lâminas ósseas recurvadas, que são as conchas nasais
superior e média; a concha inferior é um osso separado. Estas conchas projetam se na cavidade nasal,
estão recobertas pela mucosa e delimitam espaços denominados meatos: o meato superior fica entre a
concha superior e a média; o meato médio entre a concha média e a inferior; o inferior sob a concha
inferior. Os seios paranasais desembocam nestes meatos, sendo que no inferior encontra se a abertura do
ducto naso-lacrimal, responsável pela drenagem da secreção lacrimal em direção às cavidades nasais.
As conchas nasais existem para aumentar a superfície mucosa da cavidade nasal pois é esta
superfície mucosa que umedece e aquece o ar inspirado, "condicionando-o" para que seja melhor
aproveitado na hematose que se dá ao nível dos pulmões.
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Seios Paranasais
Alguns ossos do crânio, entre eles o frontal, a maxila, o esfenóide e o etmóide, apresentam
cavidades denominadas seios paranasais, os quais servem como caixa de ressonância para a voz.
As paredes ósseas que separam os seios paranasais das cavidades assinaladas são muito finas,
são forradas por mucosa contínua com aquela que atapeta a cavidade nasal, com esta mantêm
comunicação. Assim o seio esfenoidal desemboca acima da concha superior; os seios etmoidais, no
meato superior e médio, sendo que neste último abrem se também os orifícios de comunicação com
os seios frontal e maxilar. A cavidade nasal, portanto, ocupa o centro de um circulo cavitário
importante: situa se superiormente à cavidade bucal, dela separada pelo palato (em parte óssea, palato
duro, e em parte muscular, palato mole) que forma o teto da cavidade bucal o seio frontal e a fossa
anterior do crânio são superiores à ela; o seio esfenoidal, posterior; e os seios etmoidais e maxilares
são laterais à cavidade nasal.
(Seios Paranasais ou Seios da Face - Vistas Lateral e Anterior - fonte:
http://www.auladeanatomia.com/respiratorio/sistemarespiratorio.htm)
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Faringe
É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestivo, situando se
posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe, reconhecendo se nela, por esta razão, três partes:
parte nasal (nasofaringe), superior que se comunica com a cavidade nasal através das coanas; parte
bucal (orofaringe), média comunica se com a cavidade bucal propriamente dita por uma abertura
denominada istmo da garganta (ou das fauces); parte laríngica (laringofaringe), inferior, situada
posteriormente à laringe e continuada diretamente pelo esôfago. Não existem limites precisos entre as
três partes da faringe. Trata se de um canal que é comum para a passagem do alimento ingerido e do
ar inspirado e, no seu trajeto, as vias seguidas pelo bolo alimentar e pala corrente aérea, se cruzam.
Na parede lateral da parte nasal da faringe apresenta se o óstio faríngico da tuba auditiva, a
abertura em fenda que marca a desembocadura da tuba auditiva nesta porção da faringe. A tuba
auditiva comunica a parte nasal da faringe com a cavidade timpânica do ouvido médio, situada no
osso temporal, igualando deste modo, as pressões do ar externo e daquele contido na cavidade
timpânica. Por outro lado, esta comunicação explica como infecções da faringe podem propagar se ao
ouvido médio. O óstio faríngico da tuba auditiva está limitado, superiormente, por uma elevação em
forma de meia lua, muito nítida, denominada tórus tubal, produzida pela cartilagem da tuba revestida
de mucosa.
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Laringe
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é
órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca se anteriormente à faringe e é continuada
diretamente pela traquéia.
A laringe apresenta um esqueleto cartilaginoso, a maior das cartilagens é a tireóide, constituída
de duas lâminas que se unem anteriormente, em V; a cartilagem cricóide é impar e tem forma de um
anel de sinete, situando se inferiormente à cartilagem tireóide; a cartilagem aritenóide, uma de cada
lado, é semelhante a uma pequena pirâmide triangular de ápice superior e cuja base articula se com a
cartilagem cricóide; a cartilagem epiglótica, ímpar e mediana, é fina e lembra uma folha peciolada,
situando se posteriormente à raiz da língua a cartilagem tireóide. Outras cartilagens de menor
importância fazem parte do esqueleto da laringe e, inclusive, podem ser encontradas pequenas
cartilagens supranumerárias, ligamentos unem as diversas cartilagens da laringe.
Quando se examina a superfície interna de uma laringe em um corte sagital, o que chama a
atenção de imediato é a presença de uma fenda anteroposterior que leva a uma pequena invaginação, o
ventrículo da laringe. Esta fenda está delimitada por duas pregas: uma superior, a prega vestibular, e
outra inferior, a prega vocal. A porção da cavidade da laringe situada acima da prega vestibular é o
vestíbulo, que se estende até o orifício de entrada da laringe, o ádito da laringe. A porção compreendida
entre as pregas vestibular e vocal de cada lado é a glote, enquanto que aquela situada abaixo das pregas
vocais é a cavidade infraglótica que se continua com a cavidade da traquéia. As pregas vocais são
constituídas pelo ligamento e músculo vocais, revestidos por mucosa, e o espaço existente entre elas é
denominado rima glótica. Em condições normais as pregas vestibulares não tomam parte na fonação
tendo função protetora. Para que se produza o som laríngeo, ao nível das pregas vocais, a laringe possui
numerosos músculos, denominados, genericamente, músculos intrínsecos da laringe que podem aduzir
ou abduzir as pregas vocais, isto é, que podem aproximá-las, respectivamente. A musculatura intrínseca
da laringe, da qual é parte o próprio músculo vocal contido na prega vocal, pode também provocar
tensão ou relaxamento das pregas vocais, o que interfere sobre maneira na tonalidade do som produzido.
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Traquéia e Brônquios
À laringe segue se a traquéia, estrutura cilindróide constituída por uma série de anéis
cartilagíneos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A
parede membranácea da traquéia, que apresenta musculatura lisa, o m. traqueal. Tal como ocorre com
outros órgãos dos sistema respiratório, as cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente
para impedi-la de entra em colapso e, ao mesmo tempo, unidas por tecido elástico, fica assegurada a
mobilidade e flexibilidade da estrutura que se desloca durante a respiração e com os movimentos da
laringe. Embora seja um tubo mediano, a traquéia sofre um ligeiro desvio para a direita próximo à sua
extremidade inferior, antes de dividir se nos dois brônquios principais, direito e esquerdo, que se
dirigem para os pulmões. estes apresentam estrutura muito semelhante à da traquéia e são também
denominado brônquios de primeira ordem. Cada brônquio principal dá origem aos brônquios lobares, ou
de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Estes, por sua vez, dividem-se em brônquios
lobares, ou de segunda ordem, que ventilam os lobos pulmonares. Estes, por sua vez, dividem se em
brônquios segmentares ou de terceira ordem, que vão ter aos segmentos broncopulmonares. Os
brônquios segmentares sofrem ainda sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos pulmonares.
Vê se, assim, que cada brônquio principal dá origem no pulmão a uma série de ramificações conhecidas,
em conjunto, como árvore brônquica.
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Pleura e Pulmão
Os pulmões, direito e esquerdo, órgãos principais da respiração, estão contidos na cavidade
torácica e entre eles há uma região mediana denominada mediastino, ocupada pelo coração, os grande
vasos e alguns dos seus ramos proximais, o esôfago, parte da traquéia e brônquios principais, além de
nervos e vasos linfáticos. Cada pulmão está envolto por um saco seroso completamente fechado, a
pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura pulmonar que reveste a superfície do pulmão e mantém
continuidade com a pleura parietal que recobre a face interna da parede do tórax. Entre as pleuras
pulmonar e parietal há uma espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido de
espessura capilar que permite o livre deslizamento de um folheto contra o outro nas constantes variações
de volume do pulmão, ocorridas nos movimentos respiratórios. Dentro da cavidade pleural a pressão é
subatmoférica, um fator importante na mecânica respiratória.
Os pulmões são órgão de forma cônica, apresentando um ápice superior, uma base inferior e
duas faces: costal (em relação com as costelas) e medial (voltada para o mediastino). A base descansa
sobre o diafragma, músculo que separa, internamente, o tórax do abdome, e por esta ração, ela é
conhecida também como face diafragmática. Os pulmões se subdividem em lobos cujo número, embora
possam existir variações, é de três para o direito e dois para o esquerdo. Os lobos do pulmão direito,
superior, médio e inferior, são separados entre si por fendas profundas, as fissuras oblíqua e horizontal.
Já o pulmão esquerdo, com seus dois lobos superior e inferior apresenta apenas a fissura oblíqua. Os
lobos pulmonares são subdivididos em segmentos broncopulmonares, considerados como sendo as
maiores porções de um lobo ventiladas por um brônquio específico que se origina, diretamente, de um
brônquio lobar. Assim, um mesmo lobo apresenta vários segmentos broncopulmoares, cada um deles
suprido por brônquio segmentar específico, de 3ª ordem, que tem origem no brônquio lobar, de 2ª
ordem, os brônquios segmentares iram se dividir em numerosos alvéolos pulmonares, onde ocorrerá a
troca de gases respiratórios entre os pulmões e o sangue por difusão através das paredes alveolar e
capilar. Na sua face medial, cada um dos pulmões apresenta um fenda em forma de raquete, o hilo do
pulmão, pelo que entram ou saem brônquios, vasos e nervos pulmonares, constituindo a raiz do pulmão.
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4. VENTILAÇÃO PULMONAR
A ventilação pulmonar (respiração) é o processo pelo qual os gases são trocados entre a
atmosfera e os alvéolos do pulmão. O ar flui entre a atmosfera e os pulmões porque existe uma diferença
de pressão entre eles. Nós inspiramos quando a pressão dentro dos pulmões é menor que a pressão do ar
na atmosfera. Nós expiramos quando a pressão dentro dos pulmões é maior que a pressão na atmosfera.
A ventilação pulmonar envolve duas fases: a inspiração e a expiração.
Inspiração
A aspiração do ar é denominada inspiração (inalação). Logo antes de cada inspiração, a pressão
do ar dentro dos pulmões é igual à pressão da atmosfera, que é cerca de 760 mm Hg (milímetros de
mercúrio), ao nível do mar. Para o ar fluir aos pulmões, a pressão dentro dos pulmões deve tronar-se
inferior à pressão na atmosfera. Isto é obtido aumentando se o volume (tamanho) dos pulmões.
A pressão de um volume de gás é criada pelo número de moléculas de gás presentes e o tamanho
da área que elas ocupam. Se o tamanho do recipiente for diminuído, a pressão dentro dela aumenta. Se o
tamanho do recipiente for aumentado, a pressão de ar dentro dele diminui.
Para que a inspiração ocorra, o tamanho dos pulmões deve ser expandido. Isto aumenta o volume
pulmonar e, assim, diminui a pressão nos pulmões. O primeiro passo para aumentar o volume pulmonar
é a contração dos principais músculos inspiratórios - o diafragma e os intercostais externos. O diafragma
é um músculo esquelético em forma de cúpula que forma o soalho da cavidade torácica. A contração do
diafragma significa que ele se achata (normalmente sua curvatura está dirigida para cima), o que
aumenta verticalmente o tamanho da cavidade torácica. Este movimento responde por cerca de 75% do
ar que entra nos pulmões durante a inspiração. Ao mesmo tempo que o diafragma se contrai, os
músculos intercostais externos se contraem. Isto traciona as costelas para cima e move o esterno para
frente, aumentando sagitalmente o tamanho da cavidade torácica. A gestação avançada, obesidade,
roupas apertadas ou ingestão de muito alimento podem impedir a descida completa do diafragma e pode
causar falta de ar.
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O termo aplicado à respiração normal e calma é eupnéia (eu = normal). Durante a inspiração
profunda e forçada, os músculos acessórios da inspiração (esternocleidomastóideo, escalenos e peitorais
menores) também participam para aumentar o tamanho da cavidade torácica. A inspiração é um
processo ativo, pois requer a contração de um ou mais músculos. Após uma expansão da cavidade
torácica, a expansão dos pulmões é auxiliada pelo movimento da pleura. Normalmente, as pleuras
parietal e visceral estão fortemente aderidas uma à outra devido à tensão superficial criada pro suas
superfícies adjacentes úmidas.
À medida que o diafragma e os intercostais externos se contraem e a cavidade torácica se
expande, a pleura parietal que reveste a cavidade é puxada em todas as direções, e a pleura visceral é
tracionada junto com ela. Isto aumenta o volume dos pulmões.
Quando o volume dos pulmões aumenta, a pressão dentro dos mesmos, denominada pressão
alveolar, cai de 760 para 758 mm Hg. Uma diferença de pressão é assim estabelecida entre a atmosfera e
os alvéolos. O ar dirige-se da atmosfera para os pulmões, e uma inspiração ocorre. o ar continua a se
mover os pulmões até a pressão alveolar igualar-se à pressão atmosférica.
Expiração
A respiração para fora, denominada expiração (exalação), também é obtida por uma diferença de
pressão mas, neste caso, a diferença é inversa, de modo que a pressão nos pulmões é maior que a
pressão da atmosfera. A expiração normal, ao contrário da inspiração, é um processo passivo pois não há
contrações musculares envolvidas. Ela depende parcialmente da elasticidade dos pulmões. A expiração
começa quando os músculos inspiratórios relaxam. À medida que os músculos intercostais externos
relaxam, as costelas se movem para baixo e, à medida que o diafragma relaxa, se curva para cima. Estes
movimentos diminuem o tamanho da cavidade torácica.
À medida que o tamanho da cavidade torácica diminui durante a expiração, as fibras elásticas
nos pulmões, que foram distendidas pela inspiração, agora se encolhem e o volume pulmonar diminui. A
pressão alveolar aumenta para 763 mm Hg, e o ar sai da área de pressão maior nos alvéolos para a área
de pressão menor na atmosfera.
A expiração torna-se ativa durante níveis maiores de ventilação e quando o movimento de ar
para fora dos pulmões é inibido. Nestes momentos, os músculos da expiração - abdominais e intercostais
internos - contraem-se para mover as costelas inferiores para baixo e comprimir as vísceras abdominais,
forçando assim o diafragma para cima.
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(ventilação pulmonar - fonte: http://faqbio.blogspot.com.br/2011/06/ficha-resumo-faqbio-75-fisiologia.html)
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5. ATIVIDADES
1. Qual a função do sistema respiratório?
2. Quais são os orifícios anteriores e posteriores localizados nas cavidades nasais?
3. Quais estruturas são encontradas nas paredes laterais da cavidade nasal?
4. Cite os 4 seios paranasais.
5. Quais são as subdivisões da faringe? Cite os limites e as estruturas de cada parte.
6. Quais as funções da laringe?
7. Qual a função da epiglote?
8. Quais estruturas da laringe são responsáveis pela produção do som?
9. Como é chamado o ponto de divisão da traquéia?
10. O que são alvéolos? Qual a importância dessa estrutura?
11. Cite o trajeto do ar do meio externo aos pulmões.
12. Cite os lobos pulmonares e as suas respectivas fissuras.
13. Cite as faces dos pulmões.
14. Qual a diferença entre o pulmão esquerdo e o direito?
15. Como se chama a membrana que reveste os pulmões?
16. Quais as estruturas encontradas no hilo pulmonar?
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REFERÊNCIAS
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.. Anatomia orientada para a clínica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.
DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A.. Anatomia humana sistêmica e segmentar: para o estudante
de medicina. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.
GARDNER E ET AL. Anatomia Geral — Introdução. Anatomia — Estudo Regional do Corpo
Humano. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1971. p.3-9.
TORTORA, G.J. Principios de anatomia humana. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2007.
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1. FUNCIONALIDADE DO
PÉ
O pé possui funções
importantes como suportar o
peso e servir como alavanca
para impulsionar o corpo. A
construção do pé com vários
ossos e articulações, permite a
adaptação do pé aos tipos de
superfícies, além de aumentar
sua ação propulsora.
2. ESQUELETO DO PÉ
O esqueleto do pé é formado
pelos ossos tarsais, metatarsais
e falanges. Quase todos os
ossos se unem por articulações
sinoviais, conferindo
mobilidade necessária para se
adaptar a forças longitudinais
aplicadas sobre o pé e, se
moldar aos diferentes tipos de
superfícies durante a marcha.
Os ossos do tarso (do grego –
tarso = superfície plana) a
palavra era usada para uma
série de estruturas planas.
Hipócrates usava a expressão
“tarsós podós” = planta do pé.
Galeno utilizou o termo para o
esqueleto, envolvendo apenas
os ossos cuneiformes e cubóide
como parte do tarso. São ossos
pares e curtos, totalizando sete
ossos em cada pé.
O tálus (do latim – talus
= tornozelo, dado de
jogar), articula-se,
proximalmente, com a
face inferior da tíbia e,
as porções articulares
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january
2008
S M T W T F S
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