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Tumores IntraAxiais Parte I Tumores Gliais Dr. Emanuel R. Dantas Médico Radiologista – Membro Titular do CBR Dr. Emanuel R. Dantas

Tumores SNC Intra Axiais (TC e RM) - Parte 1 - Gliais

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Tumores Cerebrais Primários de Origem Glial podem sem subdivididos em: - Astrocitomas; - Oligodendrogliomas; - Ependimomas; - Tumores do plexo coróide Astrocitomas subdivisão: - Pilocítico; - Astrocitoma subependimário de céls gigantes; - Astrocitoma de baixo grau; - Astrocitoma anaplástico; - Glioblastoma multiforme (GBM). Xantroastrocitoma pleomórifico; Gliomas de tronco de vias ópticas: Tumores Ependimários: - Ependimomas; - Subependimomas. Tumores do Plexo Coróide: - Papilomas do Plexo coróide; - Carcinomas do Plexo coróide.

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Tumores  Intra-­‐‑Axiais Parte  I  -­‐  Tumores  Gliais  

   

Dr.  Emanuel  R.  Dantas  Médico  Radiologista  –  Membro  Titular  do  CBR  

Dr. Emanuel R. Dantas

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Tumores  Cerebrais  Primários

•  Respondem  por  aproximadamente  2/3  dos  tumores  cerebrais.  

•  Os  tumores  cerebrais  primários  são  subdivididos  em  dois  grupos  básicos:  o  Tumores  de  origem  neuroglial  (gliomas):  representa  

aproximadamente  metade  dos  tumores  cerebrais  primários  o  Tumores  não-­‐gliais  que  são  especificados  por  uma  combinação  da  

célula  putativa  de  origem  e  da  localização  específica.  

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Tumores  Gliais •  Os  tumores  gliais  podem  ser  subdivididos  em:  

o  Astrocitomas    o Oligodendrogliomas  o  Ependimomas  o  Tumores  do  plexo  coróide  

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Tumores  Gliais •  Freqüência  dos  Gliomas:  

o  2/3  dos  tumores  cerebrais  são  neoplasias  primárias.  o  Cerca  de  metade  dos  tumores  cerebrais  primários  são  gliomas  

o ¾  dos  gliomas  são  astrocitomas  o Mais  de  ¾  dos  astrocitomas  são  anaplásicos  ou  GBM.  

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Tumores  Gliais •  São  os  tu  primarios  mais  comuns  do  SNC  •  Este  grupo  de  tumores  inclui,  subdividindo-­‐se  com  base  

nos  fatores  histológicos  e  grau  de  malignidade:  o  Grau  I:  

•  Astrocitoma  pilocítico;  •  Astrocitoma  subependimário  de  céls  gigantes;  

o  Grau  II:    •  Astrocitoma  de  baixo  grau;  

o  Grau  III:  •  Astrocitoma  anaplástico  

o  Grau  IV:  •  GBM  

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Tumores  Gliais •  Idade  e  Localização  (Pontos-­‐Chave):  

1.  Astrocitomas  Pilocíticos:    1.  Encontrados  primariamente  em  crianças  e  adultos  

jovens;  2.  A  maioria  está  localizada  em  torno  do  III  e  IV  

ventrículos.  2.  Astrocitomas  anasplásicos  e  GBM:  

1.  Tipicamente  neoplasias  de  pcts  mais  velhos  2.  São  neoplasias  primariamente  hemisféricas  e  

raramente  ocorrem  na  fossa  posterior.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitomas  Pilocíticos

•  É  um  tumor  benigno,  grau  I,  de  crescimento  lento  que  acomete  preferencialmente:  o  Cerebelo  o  Tronco  cerebral  o  Diencéfalo  (hipotálamo  e  vias  ópticas),    o  Núcleos  da  base  o  Hemisférios  cerebrais  (incomum)  

•  Pico  de  Incidência:  5-­‐15  anos  (Jovens)  •  Benigno  à  bem  circunscritos  •  Podem  ser  sólidos,  císticos  ou  mistos  (sólidos-­‐císticos)  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitomas  Pilocíticos

•  História  Natural:  o  Convulsões:  apresentação  mais  comum.  o  A  degeneração  para  neoplasias  de  grau  mais  alto  é  a  causa  de  morte  em  pcts  com  astrocitomas  de  baixo  grau.  

o  Sobrevida  média:  7-­‐10  anos.  

•  Aparência  à  TC:    o  Cistos:  levemente  superior  ao  líquor  (maior  conteúdo  protéico)  

o  Sólidos:    iso  ou  hipodensos  com  pouco  ou  nenhum  realce.  o  Edema  circunjacente  é  mínimo  ou  ausente.  o  Incomum:  calcificações  (20%)  e  hemorragia.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitomas  Pilocíticos

•  Aparência  RM:  o  Porção  cística:  sinal  semelhante  ao  líquor  em  T1,  T2  e  FLAIR  o  Porção  Sólida:  Iso  ou  hipossinal  em  T1  e  geralmente  iso  ou  hiperssinal  em  T2,  com  realce  após  a  administração  do  meio  de  contraste.  

o  Edema,  hemorragia  e  reforço  por  contraste  são  relaticamente  incomuns.  

o Obs.:  Hidrocefalia  podem  ser  encontrados  nesses  tumores,  geralmente  quando  localizados  no  cerebelo  por  compressão  do  IV  ventrículo.  

o Degeneração  maligna:  focos  de  reforço  por  contraste  no  interior  de  massas  com  aparência  benigna.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitomas  de  Baixo  Grau •  Pico  de  Incidência:  30  –  50  anos.  •  Maior  predominância  nos  indivíduos  do  sexo  

masculino.  •  Tendem  a  infiltrar  localmente  os  tratos  de  

substância  branca  e  o  córtex  adjacente  com  perda  da  diferenciação  destas  duas  substâncias.  

•  Localização  mais  comum:  SUPRATENTORIAL  (Lobos  frontais  e  Temporais)  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitomas  de  Baixo  Grau •  Aparência  à  TC:  

o  Lesões  focais,  superficiais,  hipoatenuantes  e  homogêneas  sem  realce  significativo  após  a  administração  do  meio  de  contraste.  

o  Incomuns:  calcificação  e  hemorragia.  

•  Aparência  à  RM:  o  Lesões  superficiais  com  iso  ou  hipossinal  nas  seqüencias  pesadas  em  T1  e  hipersinal  em  T2  e  FLAIR  

o O  realce  está  ausente  na  maioria  dos  casos  o  Edema  perilesional  ou  efeito  de  massa  sobre  as  estruturas  adjacentes  são  mínimos.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitomas  de  Baixo  Grau •  NOTA:  •  Alguns  autores  classificam  o  Pilocítico  como  de  

Baixo  Grau  (Kenohan  1  e  2),  tendo  até  a  mesma  aparência  e  subdividem  a  localização  quanto  à  idade:    o  Pilocítico  (Kernohan  1):  crianças  e  localização  predominantemente  

em  cerebelo,  tronco,  diencéfalo,  etc.  o  Baixo  Grau  (Kernohan  2):  adultos  e  localização  predominantemente  

supratentorial.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitoma  Anaplásico

•  Pico  de  Incidência:  quinta  e  sexta  década  de  vida.  •  Sintomas:  Convulsões  e  déficits  neurológicos  focais  

são  os  mais  comuns.  •  Localização:        

o  Lobo  frontal  e  temporal  o Os  astrocitomas  malignos,  de  qualquer  tipo,  da  fossa  posterior  são  raros.  

•  História  Natural:  o  Sobrevida:  2  anos  o  São  comuns  as  disseminações  ependimárias  e  pelo  LCR.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitoma  Anaplásico

•  Aparência  à  TC:  o  Tumores  heterogêneos  de  densidade  mista  nas  TC  sem  contraste.  

o  Calcificação  é  incomum,  a  menos  que  degeneração  maligna  de  um  astrocitoma  de  baixo  grau  preexistente  tenha  ocorrido.  

o  Podem  ser  difusamente  infiltrativos.  o Quantidades  variáveis  de  edema  periférico  estão  usualmente  presentes.  

o  Alguma  hemorragia  intratumoral  pode  ocorrer.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitoma  Anaplásico

•  Aparência  à  RM:    o  As  lesões  são  pobremente  delineadas  com  sinal  geralmente  heterogêneo.  

o  Efeito  de  massa  e  o  edema  perilesional  mais  pronunciados.  o  Alguns  focos  hemorrágicos  podem  estar  presentes.    o  T1:  Áreas  mistas  iso  ou  até  hipointensas  podem  ser  vistas.  o  T2:  parte  central  de  hiperintensidade  (nicho  tumoral)  circundado  por  um  halo  isointenso  com  projeções  digitiformes  de  alta  intensidade  secundárias  ao  edema  vasogênico.  

o Um  halo  marcado  de  reforço  periférico  é  comumente  evidente.  o  Podem  se  expandir  ao  longo  do  epêndima,  das  leptomenginges  e  do  LCR.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme

•  Os  GBM  (grau  IV)  são  os  tumores  malignos  cerebrais  mais  freqüentes,  correspondendo  até  a  15%  de  todas  as  neoplasias  intracranianas.  

•  São  grandes  massas  heterogêneas  com  necrose  central,  paredes  espessas,  irregulares,  com  vascularização  aumentada.  

•  Pico  de  Incidência:    o  Usualmente  acima  dos  50  anos;  o  Raros  antes  dos  30.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme •  Localização:    

o  Lobo  frontal  e  temporal  à  a  mesma  do  anaplásico  o  Pode  envolver  núcleos  da  base  o  Tumores  multilobulados  e  biemisféricos  podem  estar  presentes.  

•  História  Natural:  o  Linfoma  do  SNC  e  GBM  à  pior  prognóstico  dos  tumores  cerebrais  primários.  

o Metástases  para  SNC  são  comuns,  porém  à  distância  são  raras.  

o  Sobrevida:  8  meses.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme •  Aparência  à  TC:  

o Heterogeneidade  tumoral  marcante  às  custa  da  sua  própria  patologia.  

o Uma  região  central  de  baixa  densidade  (necrose  ou  formação  de  cisto)  está  presente  em  95%  dos  casos.  

o Hemorragias  intratumoral  é  comum,  geralmente  observada  em  diferentes  estágios.  

o  Edema  vasogênico  circundante    substancial,  que  comumente  circunda  o  tumor  e  se  estende  ao  longo  dos  tratos  da  substância  branca  central.  

o  Forte  reforço  após  administração  de  contraste  à  halo  irregular  e  espesso  de  reforço  é  comum.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme

•  Aparência  à  RM:  o T1:      

•  Massa  de  sinal  misto  delineada  com  necrose  ou  formação  cística  e  com  parede  irregular  e  espessa.  

•  Um  reforço  marcante,  porém  heterogênea,  está  presente  na  maioria  dos  GBM.  

o T2:    •  Massa  heterogênea  de  sinal  misto,  com  necrose  central  e  hemorragia  em  vários  estágios.  

o  Efeito  de  massa  e  o  edema  perilesional  mais  pronunciados.  o  Podem  ser  observados  múltiplos  orifícios  muito  hipointensos,  que  representam  vácuos  de  fluxo  (flow  voids)  são  vistos.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme •  Astrocitoma  Anaplásico  x  GBM  (PONTO-­‐CHAVE):  •  Os  GBM  apresentam  efeito  de  massa,  edema  vasogênico,  infiltração  e  heterogeneidade  de  atenuação  do  sinal  (necrose,  hemorragia  e  degeneração  cística)  mais  acentuados  do  que  os  astrocitomas  anaplásicos.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme

•  Obs.:  As  áreas  de  hemorragia  podem  ser  identificadas  como  áreas  de  acentuado  hipossinal  nas  seqüências  ponderadas  em  T2  e  T2*.  

•  Conceito  1:  Os  GBM  mais  comumente  acomete  a  substância  branca  dos  hemisférios  cerebrais,  sendo  característico  o  aspecto  em  “asa  de  borboleta”  (o  linfoma  do  SNC  é  outra)  em  envolvimento  bi-­‐hemisférico  associado  a  acometimento  do  corpo  caloso.  

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Adendo  –  Fases  da  Hemorragia

Fase Idade Componente Sinal  em  T1 Sinal  em  T2

Hiperaguda <  12  h Oxi-­‐‑hb Hipo/iso Hiper

Aguda 12-­‐‑48h Desoxi-­‐‑Hb Hipo/iso Hipo

Subaguda  Precoce

>  48  h  a  7  dias Meta-­‐‑Hb  intracelular

Hiper Hipo

Subaguda  tardia

8  dias  a  1  mês Meta-­‐‑Hb  extracelular

Hiper Hiper

Crônica >  1  mês  a  anos Hemossiderina/  ferritina

Hipo Hipo

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme

•  Conceito  2:  O  GBM  não  acomete  comumente  o  tronco  cerebral  ou  cerebelo.  

•  Conceito  3:  Os  astrocitomas  de  alto  grau  raramente  apresentam  metástases  para  fora  do  SNC,  mas  metástases  por  via  liquórica  podem  ocorrer.  

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Tumores  Gliais  –  Glioblastoma  Multiforme •  Disseminação  dos  GBM:  

o Mais  freqüentemente  é  ao  longo  dos  tratos  de  substância  branca.  

o  A  disseminação  biemisférica  pelo  corpo  caloso  e  pelas  comissuras  anterior  e  posterior  é  típica  

o  Pode  ocorrer  disseminação  para  a  fossa  posterior  pelos  pendúnculos  cerebrais  e  pelos  tratos  espinotalâmicos.  

o  As  disseminações  ependimárias  e  liquórica  para  os  espaços  subaracnóides  são  freqüentemente  eventos  terminais.  

o  A  invasão  das  paquimeninges  é  menos  comum.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitoma  Subependimário  de  Células  Gigantes

•  O  astrocitoma  subependimário  de  células  gigantes  é  um  tumor  intraventricular  benigno  comumente  associado  a  ESCLEROSE  TUBEROSA.  

•  Tem  predileção  pelo  sexo  feminino  (3F:2M)    •  Localização:  habitualmente  junto  ao  foramen  de  

Monro  .  •  A  maioria  das  lesões  é  identificada  aos  10  anos  e  os  

sintomas  estão  relacionados  à  obstrução  ventricular.  •  Ocorrem  em  10-­‐15%  %  dos  pcts  com  esclerose  

tuberosa.  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitoma  Subependimário  de  Células  Gigantes •  Aparência  à  TC:  

o Massa  focal  bem  delimitada  no  forâmen  de  Monro  com  ventrículos  laterais  dilatados.  

o  São  neoplasias  heterogêneas  com  regiões  mistas  hipo  e  isodensas.  

o  A  calcificação    e  a  formação  de  cistos  são  comuns.  o  Lesões  vascularizadas  com  realce  intenso  pós-­‐contraste  

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Tumores  Gliais  –  Astrocitoma  Subependimário  de  Células  Gigantes

•  Aparência  RM:    o  T1:  Sinal  intermediário    o  T2:  alto  sinal  e  intenso  realce  pelo  gadolíneo.  o Obs.:  Podem  ser  encontradas  no  seu  interior  áreas  com  hipossinal  que  em  geral  correspondem  a  calcificações  e  /  ou  hemorragia.  

•  Além  desses  achados,  pode  ser  observados  túberes  subependimários  e  corticais,  calcificados  ou  não,  que  apresentam  ou  não  realce  após  a  administração  de  contraste.  

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Tumores  Gliais  –  Xantroastrocitoma  Pleomórfico

•  O  xantroastrocitoma  pleomórfico  é  um  raro  tumor  de  baixo  grau  (grau  II),  que  representa  um  subtipo  histológico  e  biológico  distinto  dos  astrocitomas,  porém  classificado  como  tumor  glial.  

•  Ocorre  preferencialmente  na  superfície  cortical  dos  hemisférios  cerebrais  em  contato  com  a  leptomeninge  e  adultos  jovens,  sendo  o  lobo  temporal  o  mais  acometido  (42%).  

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Tumores  Neuroepiteliais  –  Xantroastrocitoma  Pleomórfico

•  Apresentação:  o  70%  dos  casos:  massa  cística  com  nódulo  mural  o  30%  dos  casos:  lesão  predominantemente  sólida  que  pode  conter  áreas  císticas  de  permeio.  

•  Apresentação  na  RM:  o  Porção  cística:  alto  sinal  em  T2  com  impregnação  pelo  gadolíneo  

o  Porção  sólida:  isossinal  em  T1  o  Pode-­‐se  observar  realce  parietal  da  porção  cística  e  realce  meníngeo  adjacente,  algumas  vezes  assumindo  o  aspecto  de  “cauda  dural”.  

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Tumores  Gliais

Adendo  –  Divisão  por  Localização  Gliomas  de  Tronco  e  Vias  Ópticas  

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Tumores  Gliais  –  Gliomas  de  Tronco

•  Formam  um  grupo  heterogêneo  de  tumores.  •  Podem  apresentar  histologia  de  baixo  grau  (fibrilar  

ou  pilocítico)  ou  alto  grau  de  anaplasia.  •  Ocorrem  principalmente  em  crianças  (menos  de  20  

anos)  com  leve  predileção  pelo  sexo  masculino.  •  Pode  estar  associado  a  NF  tipo  I.  

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Tumores  Gliais  –  Glioma  de  Vias  Ópticas

•  Podem  ocorrer  em  qualquer  porção  das  vias  ópticas,  desde  os  nervos  ópticos  até  os  lobos  occipitais.  

•  Cerca  de  50-­‐85%  dos  gliomas  das  vias  ópticas  acometem  a  região  do  quiasma  óptico  /  hipotálamo.  

•  O  tumor  das  vias  ópticas  podem  ser  de  diversos  tipos  histológicos:    o  Astrocitoma  pilocítico  ou  fibrilar  o Ganglioglioma  o Glioblastoma  multiforme  

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Tumores  Gliais  –  Glioma  de  Vias  Ópticas

•  Conceito  1:  O  tipo  histológico  mais  comum  dos  gliomas  de  vias  ópticas  é  o  astrocitoma  pilocítico,  com  pico  de  incidência  entre  2-­‐6  anos  de  vida.  

•  Aparência  TC:  o  Lesão  expansiva  iso,  hipo-­‐  ou  hiperatenuante  em  relação  ao  parênquima  cerebral  com  realce  após  contraste  iodado.  

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Tumores  Gliais  –  Glioma  de  Vias  Ópticas

•  Aparência  RM:  o Lesão  expansiva  envolvendo  as  vias  ópticas  com  iso-­‐  ou  hipossinal  nas  sequencias  pesadas  em  T1  e  hipersinal  em  T2  em  relação  à  substância  branca.  

o O  realce  é  variável  após  a  administração  de  contraste.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Oligodendrogliais

•  Representam  aproximadamente  4-­‐7  %  de  todos  os  gliomas  (3º  neoplasia  glial  mais  freqüente).  

•  Pico  de  Incidência:  5  e  6  década  de  vida  •  Localização:    

o  São  tumores  tipicamente  focais  bem  circunscritos  da  substância  brancas,  freqüentemente  lobo  frontal.  

o  Supratentoriais  em  85%  dos  casos.  o  Fossa  posterior  é  uma  localização  incomum.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Oligodendrogliais

•  Conceito1:  É  infreqüente  oligodendrogliomas  na  população  pediátrica.  

•  Conceito2:      o  A  presença  de  calcificação  é  uma  característica  do  oligodendroglioma  (100%  dos  casos).    

o  Pode-­‐se  observar  também  degeneração  cística.  o Hemorragia  e  necrose  são  incomuns.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Oligodendrogliais

•  Aparência  à  TC:  o Massa  hemisférica  com  densidade  mista  comumente  com  calcificações  e  que  se  estende  perifericamente  até  o  córtex.  

o  *  são  os  tumores  que  mais  comumente  calcificam.  o O  padrão  giriforme  das  calcificações  é  bastante  característico,  determinando,  ocasionalmente,  erosão  da  calvária.  

o  A  degeneração  cística  é  comum,  porém  hemorragia  e  edema  são  relativamente  raros.  

o  2/3  dos  oligodendromas  mostram  reforço  leve  a  moderado.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Oligodendrogliais

•  Aparência  à  RM:  o Lesão  heterogênea  (áreas  mistas)  com  predomínio  de  iso-­‐  ou  hipossinal  nas  seqüências  pesadas  em  T1  e  hipersinal  em  T2.  

o O  realce  é  tipicamente  em  retalho  e  moderado.    

o Calcificações:  áreas  de  hipersinal  em  T1  ou  acentuado  hiposinal  em  T2  ou  T2*.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Ependimários

•  Os  tumores  ependimários  incluem:  o Ependimomas    o Subependimomas.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Ependimários  -­‐‑  Ependimoma •  Idade:  Crianças  de  1-­‐5  anos.  •  Origina-­‐se  das  céls  ependimárias  que  recobrem  os  

ventrículos  e  o  canal  central  da  medula  espinhal.  •  Localização:  

o  60%  é  INFRATENTORIAL  (90%  no  IV  ventrículo),  com  freqüente  extensão  do  tumor  para  o  canal  cervical  através  do  forâmen  magno.  

o  40%  SUPRATENTORIAL:  a  localização  extraventricular  é  mais  comum  que  a  ventricular.  

•  Calcificação  é  comum,  porém  hemorragia  é  rara.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Ependimários  -­‐‑  Ependimoma •  Outras  Localizações:        

o  Ventrículos  laterais;  o  Aqueduto  cerebral  o  III  ventrículo  o  Medula  espinhal  

•  Os  ependimomas  podem  ser  tumores  sólidos  ou  mistos  (sólido-­‐císticos)  e  geralmente  são  heterogêneos  por  conter  calcificações.  

•  Obs.:  A  presença  de  componente  cístico  nos  ependimomas  intracranianos  é  observada  em  70%  dos  casos.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Ependimários  -­‐‑  Ependimoma •  Aparência  à  CT:    

o A  maior  parte  é  isodensa  na  TC  sem  contraste.  o Cerca  de  50%  exibem  calcificações.  o Realce  heterogêneo  de  leve  a  moderado.  o Hemorragia  franca  é  incomum.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Ependimários  -­‐‑  Ependimoma

•  Aparência  a  RM:    o  Porção  sólida:  iso-­‐  ou  hipossinal  em  T1  e  hipersinal  em  T2  e  FLAIR.  o  Porção  cística:  são  geralmente  múltiplos  e  de  tamanhos  variados,  com  

sinal  semelhante  ao  do  líquor.  o  Calcificações  ou  hemorragia:  hipersinal  em  T1  ou  marcado  hipossinal  

em  T2  e  T2*.  o  O  realce  é  variável  e  freqüentemente  heterogêneo  após  a  

administração  dos  meios  de  contraste.  o  Hidrocefalia  e  edema  perilesional  podem  estar  associados  a  este  tipo  

de  tumor.  •  NOTA:  A  diferenciação  pela  RM  dos  ependimomas  de  outras  formas  de  gliomas  está  relacionadas  com  

sua  localização  e  morfologia  e  não  com  diferenças  na  intensidade  do  sinal  ou  padrão  de  reforço.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  Ependimários  -­‐‑  Subependimomas

•  São  tumores  intraventriculares  raros,  lobulados  e  benignos  de  crescimento  lento,  que  acomentem  preferencialmente  o  IV  ventrículo.  

•  Idade:  tumor  raro  em  adultos  de  meia-­‐idade  ou  velhos.  •  Aparência  à  TC:  

o  Massas  intraventriculares  predominantemente  sólidas  e  bem  delimitadas,  iso-­‐  ou  hipoatenuantes.  

o  Podem  conter  cistos  e  calcificações  no  seu  interior.  •  Aparência  RM  

o  Hipo-­‐  ou  isossinal  em  T1  e  hipersinal  nas  seqüências  pesadas  em  T2.  

o  Geralmente  o  realce  das  lesões  é  muito  tênue  ou  ausente.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  do  Plexo  Coróide  –  Papilomas  do  Plexo  Coróide •  São  massas  globulares  ou  em  forma  de  couve-­‐flor  

geralmente  contida  no  interior  dos  ventrículos.  •  Idade:  mais  comuns  em  crianças  com  menos  de  2  anos  

de  idade.  •  Clínica:  Dilatação  ventricular  assimétrica  e  marcante.  •  Localização:    

o  Mais  comum:  Trígono  (átrio)  do  ventrículo  lateral  (50%  dos  casos).  

o  Obs.:  Os  PPCs  que  se  apresentam  abaixo  do  tentório  ocorrem  comumente  em  adultos  à  IV  ventrículo  é  mais  comum  em  adultos.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  do  Plexo  Coróide  –  Papilomas  do  Plexo  Coróide •  Aparência  à  CT:    

o ¾  são  iso  ou  hipodensos  na  TC  sem  contraste  (restante  tem  densidade  mista).  

o  Calcificação  em  25%  dos  casos  o Margens  tumorais  irregulares  refletindo  o  aspecto  de  couve-­‐flor.  

o  Reforço  intenso  e  heterogêneo  pelo  meio  de  contraste.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  do  Plexo  Coróide  –  Papilomas  do  Plexo  Coróide •  Aparência  à  RM:  

o Massa  lobulada  predominantemente  isointensa  em  T1  e  iso  até  ligeiramento  hiperintensos  em  T2.  

o O  LCR  aprisionado  entre  as  papilas  dá  a  maioria  dos  PCC  um  aspecto  mosqueado.  

o  Reforço  intenso  pós-­‐contraste.  o Hidrocefalia  severa  pode  estar  presente.  

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Tumores  Gliais  –  Tumores  do  Plexo  Coróide  –  Carcinoma  do  Plexo  Coróide •  Aparência,  idade  e  localização  semelhante  ao  PPC.    •  Os  achados  de  imagens  não  são  característicos  nem  

específicos.  •  Tanto  as  neoplasias  benignas  do  plexo  coróide  quanto  as  

malignas  podem  mostrar  invasão  parenquimatosa  e  disseminação  pelo  LCR.  

•  A  características  do  sinal  e  padrão  de  reforço  não  fazem  a  distinção  entre  tumores  benignos  e  malignos.  

•  Obs.:  Disseminação  liquórica  fala  a  favor  de  CPP.  

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