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Geografia A 2009/2010 Turismo Balnear Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades

Turismo balnear

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Geografia A

2009/2010

Turismo Balnear Curso Científico-Humanístico de

Línguas e Humanidades

Escola Secundária de Penafiel

Geografia A 2

2009/2010

Índice

Introdução…………………………………………………….…………………………………………...………….pág.3

O Turismo em Portugal………………………………………………………...…………………………….…pág.4

Desenvolvimento da actividade turística…………………………………………...……….………..pág.6

Turismo balnear……………………………………………...……………….…………....................................pág.7

A Costa Portuguesa……………………………………………………………….………………………….……pág.9

O Turismo como sector estratégico………..…………..…………………………………….…………pág.10

Conclusão…………………………………………………………………………........................................…….pág.12

Bibliografia……………………………………………………………………………………………………….....pág.13

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2009/2010

Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geografia A do 10ºano do curso

Línguas e Humanidades.

O objectivo deste trabalho é aprofundar o conhecimento sobre uma das principais

actividades económicas do nosso país.

Inicialmente iremos fazer uma retrospectiva do Turismo em Portugal, dando uma noção e

apresentando as condições naturais favoráveis deste, fazendo, de seguida, alusão ao

desenvolvimento da actividade turística ao longo dos tempos. Continuamente, iremos

desenvolver e aprofundar a temática do trabalho, realçando a importância deste tipo de

turismo para Portugal e, de forma a complementar o trabalho, apresentaremos uma breve

ideia da costa portuguesa.

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O Turismo em Portugal

O Turismo é uma actividade de pessoas que se deslocam a lugares diferentes da sua

residência habitual, com uma duração não superior a um ano, desde que o motivo

principal seja: férias, negócios, ou outra qualquer situação, à excepção de exercer uma

actividade remunerada no lugar visitado. Em Portugal, é a actividade económica que mais

beneficia da excelente reputação climática do país, e que atrai anualmente um grande

número de estrangeiros. Pelas suas características climáticas, a sua riqueza e diversidade

de paisagens, quer no Continente, quer nas ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira,

oferece condições atractivas para o desenvolvimento de um turismo de qualidade. O sol, o

mar, a praia, os ambientes naturais – do litoral à montanha – os espaços rurais, as áreas

urbanas, as termas, os locais históricos, arqueológicos e mesmo religiosos proporcionam

actividades com potencial interesse turístico. As áreas do Litoral, que são exemplo a Costa

Algarvia, a Costa de Lisboa, a Costa de Prata, a Costa Verde, no Continente, e a região

autónoma da Madeira são as que apresentam uma maior capacidade hoteleira.

Fig.1 Áreas do Litoral.

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Portugal é um dos 20 maiores destinos turísticos do mundo, segundo dados de 2006 da

Organização Mundial do Turismo. Reconhecido como um dos sectores estratégicos da

economia portuguesa, o turismo desempenha um papel vital para o desenvolvimento do

país. Tem existido uma evolução no número de turistas que visitaram Portugal. Passou de

pouco mais de 1 milhão nos finais dos anos 60 para quase 12 milhões de turistas em 2006,

um valor superior à população residente no país.

Fig.2 Entrada de Turistas em Portugal, entre 1967 e 2002.

Estes números demonstram que se mantém como a principal aposta o turismo balnear.

Portugal é amplamente reconhecido na Europa pelo Sol, praias, gastronomia e herança

cultural e patrimonial, e afirma-se cada vez mais no contexto mundial como um dos

principais destinos para os praticantes de Golfe, com os seus resorts e aldeias turísticas.

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Desenvolvimento da actividade turística

O turismo, até aos anos de 1925-30, teve uma importância geográfica e económica

limitada, sendo considerado um luxo, específico da classe alta. A partir de 1930,

desenvolveu-se continuamente devido a vários factores como: o aparecimento da

circulação automóvel, a extensão das férias pagas, a evolução dos salários reais anuais, a

redução da duração dos horários de trabalho, os seguros sociais, os abonos de família, a

maior esperança de vida e reformas, etc. No entanto, estas condições favoráveis não

alcançaram todos os países, e dentro de cada país existem grandes desigualdades sociais.

Os valores pessoais, meios económicos e técnicos, tempo livre e moda são factores que

dominam as escolhas políticas.

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2009/2010

Turismo Balnear

Um número reduzido de dias de chuva, concentrados quase totalmente no Inverno, torna

as praias portuguesas atractivas durante grande parte do ano. O desenvolvimento nos

sécs. XIX e XX do turismo balnear nas praias promoveu o aparecimento de pequenos

aglomerados de residências secundárias junto de algumas praias, que têm vindo a alastrar

durante os últimos 50 anos, com a construção de hotéis, equipamentos recreativos e

serviços de apoio ao turismo e eventuais visitantes citadinos.

O turismo balnear é muito importante para Portugal, visto que ajuda a equilibrar a balança

comercial. No entanto existem algumas consequências como a poluição marinha (que faz,

por exemplo, com que haja uma diminuição de cardumes), a poluição das praias, a pressão

sobre a linha de costa, por causa da construção de habitações e infra-estruturas turísticas,

etc.

Consideramos também que se o turismo balnear é o mais solicitado no nosso país, os

investimentos serão feitos em maior escala no litoral e isso vai fazer com que o interior

seja prejudicado.

A procura turística em Portugal continental concentra-se em duas regiões determinantes –

Algarve e Lisboa. Fora deste território, a ilha da Madeira tem no turismo o principal

suporte da sua economia, graças a uma imagem de qualidade sólida, ao clima ameno ao

longo do ano e à excelência da sua qualidade paisagística, onde é importante realçar os

valores naturais. No seu conjunto, estas três áreas reúnem mais de 2/3 da capacidade de

alojamento nacional, com destaque para a Madeira que, em 2002, registou a mais elevada

taxa de ocupação dos estabelecimentos hoteleiros a nível nacional e um dos maiores

valores em relação à estadia média de turistas. O seu parque hoteleiro destaca-se pela

grande qualificação e pelo correspondente volume de receitas que é capaz de gerar,

independentemente da sazonalidade.

A estes valores deve ainda ser acrescentada a oferta dos parques de campismo, que

concentram grande parte dos seus quase 168 000 lugares disponíveis na faixa litoral,

reforçando a dependência do turismo balnear. O turismo balnear, o mais antigo e ainda o

mais procurado dos nossos produtos turísticos, aproveita uma extensa linha de costa onde

estão registados mais de 500 locais identificados como praias. Deste universo, foram

consideradas como zonas balneares no Continente, Açores e Madeira, 365 praias, 162 das

quais distinguidas com bandeiras azuis. Portugal Continental terá 131 zonas balneares

com bandeira azul, mas as regiões autónomas dos Açores e Madeira ficam apenas com 31.

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O Algarve é a região com maior número de bandeiras azuis, com 43 praias distinguidas, a

região de Lisboa e Vale do Tejo passou para 34 bandeiras, a região do Norte é distinguida

com 35 galardões e por fim a região Centro com apenas 8 bandeiras azuis. Um reflexo da

importância dada a este recurso é o investimento que tem sido feito ano após ano na sua

qualificação e que no imediato se traduz pela atribuição deste galardão, que demonstra

não só uma exigência em termos de qualidade mas também a atenção concedida a

aspectos ligados à educação ambiental.

A aposta no turismo balnear tem vindo a modificar por completo a região do Algarve, que

concentra uma grande parte da oferta e procura turística do nosso país e se mantém, até

hoje, como o principal destino quente para os portugueses e para os turistas estrangeiros

provenientes maioritariamente de vários países europeus. Esta situação, que foi

responsável por um forte dinamismo económico na região, teve como contrapartida

problemas graves de ordenamento territorial, fruto de uma construção desordenada,

pouco planeada e que se traduziu numa grave descaracterização da paisagem, com a

evidente perda de qualidade ambiental que, actualmente, também é responsável pelo

declínio do poder de atracção turística que esta região começa a demonstrar, muito

embora continue sendo o principal destino turístico português, e tenha mais de quatro

dezenas de praias a hastear a bandeira azul.

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A Costa Portuguesa

A costa portuguesa tem uma extensão de aproximadamente 1853km, distribuída por área

continental de 950km, juntamente com 691km do Arquipélago dos Açores e 212km do

Arquipélago da Madeira.

A importância das zonas costeiras e do mar, em si, é verificada no seu peso

socioeconómico, cultural e ambiental. Lá reside cerca de ¾ da população e é onde se

estabelecem actividades económicas dominantes e que podem ser decisivas para a balança

comercial portuguesa: pesca, aquicultura, indústria conserveira, sal, algas, turismo,

estando umas actualmente em ascensão, como o turismo balnear, que se destacou como o

principal atractivo turístico do nosso país.

Cerca de ¾ da população reside no

litoral, onde impera uma das principais

actividades económicas do país, o

turismo balnear. Há portanto um

crescimento demográfico desordenado, e

pressão sobre o litoral.

O nível médio da água do mar aumenta

em cada ano, e por isso, é possível

calcular que dentro de poucos anos

cidades como Espinho ficarão submersas.

Fig.3 Densidade populacional, por

concelhos, em 2001.

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O Turismo como sector estratégico

O turismo é reconhecido como um dos sectores estratégicos da economia portuguesa,

desempenhando um papel vital para o desenvolvimento do país, tal como mostram as

receitas geradas. Desde os anos 60 que se assiste a um crescimento turístico contínuo,

embora com algumas variações como em meados dos anos 70 devido à instabilidade

política então vivida.

O facto do turismo balnear permanecer como o principal produto turístico em Portugal,

e o facto de não escapar à sazonalidade, representa uma importante fragilidade deste

sector, que conduz simultaneamente à excessiva concentração regional do fenómeno,

como demonstra o Algarve. Outra fragilidade ainda que é importante apontar ao sector

turístico português é a excessiva concentração da sua procura turística num número

reduzido de mercados. Portugal é um destino turístico procurado essencialmente por

europeus, sendo metade deles provenientes de Espanha (em 2002, mais de 80% dos

turistas estrangeiros eram naturais de 5 países europeus).

Fig.4 Principais origens dos turistas entrados em Portugal, 2002.

Perante o reconhecimento do turismo em Portugal como um dos mais importantes

recursos económicos nacionais, num tempo que privilegia o lazer e as viagens e que

transforma os espaços em espectáculos para consumo turístico, é também urgente

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Geografia A 11

2009/2010

melhorar o campo da formação profissional para se atingirem melhores padrões de

qualidade.

O facto do sector turístico se encontrar sujeito a uma constante e crescente

competitividade, torna-o alvo da necessidade de constantes investimentos de forma a

permitir a inovação e a atracção e a evitar o declínio.

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Conclusão

O Turismo balnear modificou o modo de vida da sociedade portuguesa. As populações

adaptaram-se à constante entrada de turistas no território português e melhoraram as

suas infra-estruturas para uma maior comodidade. Fizeram de Portugal um dos maiores

destinos turísticos da Europa, em algumas zonas independentemente da sazonalidade,

com turistas frequentes.

As características próprias como o clima ameno, número reduzido de dias de chuva,

fazem-no de um destino de eleição e a construção de hotéis, equipamentos recreativos e

serviços de apoio ao turismo contribuem para o desenvolvimento do país.

Assim, Portugal tem beneficiado do sector turístico de uma forma positiva.

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Bibliografia

Enciclopédia de consulta, Activa Multimédia, Geografia e História de Portugal, Lexicultural,

1997

http://www.visitportugal.com/Cultures/pt-PT/default.html

http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%c3%aas/Pages/Homepage.aspx

http://pt.wikipedia.org/wiki/Turismo_em_Portugal