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Cirurgia do Olho SecoEduardo J. C. Soares
2011 - Centenário do Prof. Hilton Rocha
A minha homenagem e minha gratidão.
Policlínica OftalmológicaHospital Mater Dei Centro Oftalmológico MG
Setor de Plástica OcularUFMG
Superfície Ocular
Conceito O Olho Seco é uma disfunção da Superfície Ocular
Epitélio mucoso & Filme lacrimal
TSENG SCG & TSUBOTA K : Important concepts for treating Ocular Surface and Tear Disorders. Am. J. Ophthalmol. 1997, 124: 825-835
Superfície Ocular
Função : Possibilitar a visão normal
Epitélio íntegro
Filme lacrimal estável
Funções Hidrodinâmicas normais
Olho Seco
Classificação Clínico - Cirúrgica
Murube :
Tipo I Casos discretosTipo II Casos moderadosTipo III Casos graves
Tipo IV -------
Protocolo do Serviço :
Casos discretosCasos moderadosCasos graves
Xerose total
Produção lacrimal diminuída Brilho baixo Sofrimento epitelial Baixa da Visão Lubrificantes: uso freqüente
Casos graves ( Tipo III )
Olho SecoIndicação Cirúrgica :
Produção lacrimal zeroBrilho ausenteSofrimento epitelial intenso Visão < 0,1Lubrificacão: uso constante
Casos graves ( Tipo IV )
Olho SecoIndicação Cirúrgica :
Objetivos : 1- melhorar a qualidade de vida do paciente. 2- oferecer melhores chances de sucesso para as cirurgias do segmento anterior.
- A) Cirurgias destinadas a impedir a drenagem da pouca lágrima existente.
- B) Cirurgias que reduzem a área exposta da superfície ocular e a evaporação.
- C) Cirurgias que substituem a lágrima pela secreção salivar através dos transplantes das glândulas salivares : Filatov e Chevalijev,1951.
Cirurgia do Olho Seco
GRUPO A : Oclusão do Ponto Lacrimal
- Temporária - Plug Lacrimal
Indicado em casos de Deficiência Aquosa
- Definitiva : Pontoplastia.
GRUPO A : Oclusão do Ponto Lacrimal
GRUPO B : Blefarorrafia Lateral Central
Indicado em casos de grande exposição.
Cirurgia do Olho Seco GRUPO C : Transplante de Glândulas Salivares
Gl. Salivares Menores : (labiais, genianas, linguais e palatinas)
As Gl. Labiais são mais numerosas e de mais fácil acesso cirúrgico.
50% da produção basal.
Murube J. Oculoplast Orbital Reconstr Surg. 1998; 1: 104-10
Transplante de Glândulas Salivares Labiais para o fórnice conjuntival
GRUPO C : Indicado nos casos graves (G III e IV).
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Técnica : - Anestesia local sob sedação. - Cirurgia bilateral no mesmo ato q / n.. Área receptoraFórnice Superior
91,9 %
Área receptora Fórnice Inferior
8,1%
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Preparacão do leito receptor
Técnica
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Técnica
Obtencão do enxerto Glândulo-Mucoso
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Técnica
Fechamento da área doadora
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Técnica : Fixação do enxerto no leito receptor
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Aspecto pós-operatório imediato
Quadro clínico Uso de lubrificantes Ectoscopia (Brilho) Bio da Superfície Ocular Visão
Olho Seco Grave - Nossa experiência
Parâmetros de avaliação dos resultados
Soares EJC. e França V. Arq. Bras. Oftalmol – 2005;68 (4) 481-9
Etiologia Pacientes %S. Stevens Johnson 12 57,2Queimadura 3 14,2Penfigóide 2 9,5S. de Sjögren 2 9,5Exérese da Gl. Lacrimal 1 4,8Dermatose Liquenóide 1 4,8Total 21 100
Olho Seco Grave - Nossa experiência
21 pacientes - 37 olhos - Jan/00 a Jan/04
Soares EJC. e França V. Arq. Bras. Oftalmol – 2005;68 (4) 481-9
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Avaliação dos resultados
N.D. : Síndrome de Stevens-Johnson
ODV : 0,1 OEV : PL
Pré - Operatório
V : 0.4
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Resultadopós -operatório
DedosN.D : 46 meses. V : 0.4
FLG. 19 anos.Queimadura químicq há 8 meses.Submetidaà um enxerto de córnea (OD) e dois de M. A. (AO).
ODV : PLOEV : Dedos
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Pré-Operatório
FLG. 19 anos.Aspecto pós-operatório : 3 mesesTranspl. de Gl. Salivar + M.A em AO
Transplante de Glândulas Salivares Labiais
Olho seco Transplante de glândulas salivares labiais
Resultados Linhas Olhos
0 5
1 14
2 5
3 1
4 4
5 3
6 2
7 3*
PLVultosDedos0,030,070,10,150,20,250,30,40,60,81. Apesar de pouco expressiva, a melhora de um degrau na escala
da visão significa muito em satisfação para o paciente.
Olho seco Transplante de glândulas salivares labiais
Conclusões
A melhora do quadro clínico é significativa. A “lágrima salivar” é benéfica para a superfície ocular. Sua produção é constante. Os resultados persistiram ao longo do acompanhamento. O procedimento pode ser feito por qualquer cirurgião oftalmologista. Está indicado em olhos secos graves.
Efeitos benéficos do Transplante de Glândulas Salivares Labiais na lubrificação das Cavidades
Anoftálmicas Secas. Eduardo J.C. Soares
Ícaro S. França Aspecto após 15 dias
Cavidade anoftálmicaOrientação Cirúrgica
Queimadura – Simbléfaro total – Xerose totalReconstrução com mucosa labial + Transplante de Gl. Salivares Labiais
Efeitos benéficos do Transplante de Glândulas Salivares Labiais na lubrificação das Cavidades
Anoftálmicas Secas.
Resultado pós-operatório tardio :
A lubrificação melhora as condições da cavidade para aadaptação e uso confortável de uma prótese adequada.
Olho seco Transplante de glândulas salivares
“ Pôs saliva sobre os seus olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou: Vês alguma coisa? Recobrando a vista o cego respondeu: vejo homens que parecem árvores caminhando.
(Marcos 8: 24-25)
Miniatura etíope do séc.XIV
(OMS-Genebra)