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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO CONCURSO PÚBLICO 001. PROVA OBJETIVA PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA I Você recebeu sua folha de respostas e este caderno, contendo 80 questões objetivas, um tema de redação a ser desenvolvido e a folha de redação para transcrição do texto definitivo. Confira seu nome e número de inscrição impressos na capa deste caderno e nas folhas de respostas e de redação. Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala. A folha de redação deverá ser destacada com cuidado e assinada apenas no local indicado; qualquer identificação ou marca feita pelo candidato no corpo deste caderno ou no verso da folha de redação, que possa permitir sua identificação, acarretará a atribuição de nota zero à redação. É vedado, em qualquer parte do material recebido, o uso de corretor de texto, de caneta marca-texto ou de qualquer outro material similar. Redija o texto definitivo e preencha a folha de respostas com caneta de tinta azul ou preta. Os rascunhos não serão considerados na correção. A ilegibilidade da letra acarretará prejuízo à nota do candidato. A duração das provas objetiva e dissertativa é de 5 horas e 30 minutos, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e a transcrição do texto definitivo. Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorrida a metade do tempo de duração das provas. Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de redação, a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência. Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas. AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO. 30.11.2014

Prova do estado de peb 1

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ConCurso PúbliCo

001. Prova objetiva

Professor de eduCação básiCa i

� Você recebeu sua folha de respostas e este caderno, contendo 80 questões objetivas, um tema de redação a ser desenvolvido e a folha de redação para transcrição do texto definitivo.

� Confira seu nome e número de inscrição impressos na capa deste caderno e nas folhas de respostas e de redação.

� Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala.

�Afolhaderedaçãodeveráserdestacadacomcuidadoeassinadaapenasnolocalindicado;qualqueridentificaçãoou marca feita pelo candidato no corpo deste caderno ou no verso da folha de redação, que possa permitir sua identificação,acarretaráaatribuiçãodenotazeroàredação.

� É vedado, em qualquer parte do material recebido, o uso de corretor de texto, de caneta marca-texto ou de qualquer outro material similar.

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� A duração das provas objetiva e dissertativa é de 5 horas e 30 minutos, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e a transcrição do texto definitivo.

� Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorrida a metade do tempo de duração das provas.

� Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de redação, a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunhodegabarito,localizadoemsuacarteira,parafuturaconferência.

� Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

aguarde a ordem do fisCal Para abrir este Caderno.

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Formação Básica

01. A Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, artigo 206, estabelece cinco princípios com base nos quais o ensino deve ser ministrado. Assin ale a alternativa que expressa um desses princípios.

(A) Gratuidade da educação infantil, do ensino fun­damental e do ensino médio nas escolas públi­cas, bem como nas escolas privadas, por meio de bolsas de estudo aos alunos, garantidas pelo Governo Federal.

(B) Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas.

(C) Prioridade à diversidade dos recursos tecnoló­gicos de comunicação e informação.

(D) Igualdade de condições de acesso e permanên­cia na escola, de acordo com a origem socioeco­nômica da criança e do adolescente.

(E) Liberdade para cada escola, pública ou privada, definir suas diretrizes curriculares e as disciplinas do núcleo comum e parte diversificada do cur rículo.

02. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996, artigo 2o, a educação, dever da família e do Estado, tem por finalidade o pleno desenvolvimento

(A) do educando, seu preparo para o exercício da c idadania e sua qualificação para o trabalho.

(B) da garantia de alimentação, durante o período escolar, aos alunos oriundos de famílias com ren­da mensal de até dois salários­mínimos.

(C) das funções físicas, afetivas e cognitivas das crianças e jovens durante a educação básica.

(D) das competências e habilidades necessárias à socialização do educando na sociedade do c onhecimento.

(E) da profissionalização dos educadores em exercício de suas funções, garantindo­lhes, periodicamente, afastamento remunerado.

03. A respeito dos direitos da criança e do adolescent e, e stabelece a Lei Federal no 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA): “É dever da famí­lia, da comunidade, da sociedade em geral e do p oder p úblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à pro­fissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Para os efeitos dessa Lei, considera­se criança e adoles­cente, respectivamente, a pessoa com até

(A) onze anos de idade e entre onze e dezessete anos de idade.

(B) doze anos de idade incompletos e entre doze e dezoito anos de idade.

(C) onze anos de idade e entre onze e dezoito anos de idade.

(D) treze anos de idade e entre treze e dezessete anos de idade.

(E) doze anos de idade incompletos e entre doze e dezessete anos de idade.

04. A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto à sua utilização nas turmas comuns do ensino regular. Pelas diretrizes da Política Nacional de Edu­cação Especial na perspectiva da educação inclusiva, o atendimento educacional especializado

(A) entende irrelevante a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas.

(B) desenvolve atividades nas classes especiais que substituem as realizadas na sala de aula comum e respondem pela formação integral do aluno.

(C) desenvolve atividades diferenciadas daquelas r ealizadas em sala de aula comum, as quais são complementares e não substitutivas à escolari­zação.

(D) inicia­se no ensino fundamental, no qual se d esen­volvem as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu desenvolvimento global.

(E) constitui oferta facultativa por parte dos sistemas de ensino estaduais e municipais.

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07. O ser humano depende profundamente de proces­sos educativos, espontâneos ou intencionais, para sobreviver. A educação intencional, deliberada e orga nizada em locais predeterminados e com instru­mentos específicos, tem o conhecimento como cerne dos processos educativos, formativos e informativos, destaca Cortella. Daí a necessidade de práticas edu­cativas em estreita conexão com as concepções que cada educador assume, individual ou coletivamente.

A respeito dessa questão, o autor ressalta:

(A) as práticas educativas apoiadas na ideia da r elatividade do conhecimento levam a interpreta­ções equivocadas de seus imutáveis fundamen­tos epistemológicos.

(B) as concepções pedagógicas referenciadas nas inspirações individuais dos professores são as únicas que promovem transformações mais efe­tivas nos alunos.

(C) as práticas educativas devem orientar­se pelo c onhecimento científico, único conhecimento que expressa produto acabado e verdadeiro.

(D) as concepções pedagógicas dos educadores nem sempre são conscientes e reflexivas e, no mais das vezes, expressam percepção pouco clara de suas fontes e consequências.

(E) as práticas educativas devem propiciar o acesso ao verdadeiro conhecimento escolar, concebido como uma descoberta e que será progressiva­mente revelado ao aluno, até atingir um estágio final.

08. As três grandes categorias de teorias do currículo, de acordo com Silva, são: Teorias Tradicionais, Críticas e Pós­Críticas. Embora enfatizem conceitos diferentes, todas buscam o conhecimento que deve ser selecio­nado de um universo mais amplo. Tal seleção está atrelada a uma questão precedente: o que a pessoa deve se tornar ao vivenciar este ou aquele currículo. Nessa perspectiva, pode­se concluir corretamente que, além de uma questão de conhecimento, o cur­rículo escolar é também uma questão, sobretudo, de

(A) formas de avaliação escolar.

(B) identidade ou de subjetividade.

(C) planejamento e organização da escola.

(D) métodos de ensino.

(E) competência do educador.

05. É antiga a luta pela democratização da escola nas suas dimensões quantitativa e qualitativa. Há registro desta luta antes mesmo de 1956, ano do pronuncia­mento de Anísio Teixeira a respeito da escola públi ca universal e gratuita, no primeiro Congresso do Ensin o Primário, em São José do Rio Preto, São Paul o. Diant e do movimento histórico por uma educação para t odos, assim se manifesta Teixeira:

(A) o importante é manter as escolas existentes para as elites e para o povo e cuidar de aperfeiçoá­las como bons modelos.

(B) é necessária a construção de um sistema dual de educação escolar, coerente com as classes s ociais da sociedade brasileira.

(C) há que se garantir, sobretudo, a expansão da matrícula na escola, independentemente da e xpansão da rede física e da qualidade das suas condições pedagógicas.

(D) a educação pode ser ministrada pelo Estado ou pela sua parceria com o setor privado, con­cedendo­se às escolas particulares subsídios para atender o excedente de matrícula na escola p ública.

(E) as legítimas reivindicações educacionais têm levado mais a um movimento de dissolução do que de expansão da escola pública, universal e gratuita.

06. Freire retoma suas reflexões sobre educação como ação especificamente humana e sua vocação dire­tiva, independentemente da direção contemplada na decisão deste ou daquele educador. São reflexões fundadas na natureza inacabada do ser humano e na compreensão da educação escolar como ação, e ssencialmente,

(A) política.

(B) profissional.

(C) técnica.

(D) administrativa.

(E) conservadora.

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09. Apoiada na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Gatti afirma que com pete ao Governo Federal formular referenciais curriculares capazes de consolidar a concepção da educação básica como um processo contínuo, regi­do pelos mesmos princípios educacionais. Elabora­dos com esse objetivo, os Parâmetros Curriculares N acionais para os ensinos fundamental e médio f oram estruturados em torno das áreas de conheci­mento que contemplam conhecimentos das disci­plinas de referência e saberes de natureza diversa, como os do cotidiano escolar, dos professores e dos alunos. Apresentam um caráter interdisciplinar e transversal, abrindo um espaço para abordar mais amplamente questões suscitadas, sobretudo, pela

(A) necessidade de se desenvolver competências, habilidades e atitudes para atender à diversifica­ção do mercado de trabalho.

(B) urgência da elaboração de um currículo escolar, único e obrigatório, no âmbito dos sistemas de ensino estaduais e municipais.

(C) importância da regulação das políticas curricula­res, em especial as que permitam o controle do trabalho do professor em sala de aula.

(D) necessidade de reprodução das prescrições cur­riculares nacionais nas escolas situadas nos mais diferentes contextos socioeconômicos.

(E) diversidade cultural, gênero, sexualidade, entre outras questões que expressem urgências da s ociedade brasileira.

10. Ao trazer o multiculturalismo para o centro de suas r eflexões, Moreira tece considerações sobre seus v ários aspectos e suas implicações para as práticas p edagógicas no âmbito da escola. Entre outros a spectos, ressalta os vários significados, a diversidade de cultu­ras encontradas hoje no interior de um mesmo país e entre os diferentes países do globo e a associação das diferenças culturais às relações de poder. Para o autor, construir um currículo escolar para atender a alunos nas suas diferenças culturais pressupõe, sobretudo,

(A) práticas pedagógicas centradas nos conteúdos escolares para evitar que os diferentes aspectos da vida social do aluno possam descaracterizar o currículo.

(B) a superação de práticas pedagógicas fundadas na ideia de um currículo monocultural.

(C) o fortalecimento da já conquistada democracia racial, por meio da igualdade de condições peda­gógicas para os alunos.

(D) a homogeneização cultural para viabilizar prá­ticas pedagógicas que garantam aos alunos o acesso a um conhecimento escolar mínimo.

(E) a construção de um currículo monocultural que sintetize os interesses individuais de cada aluno.

11. A escola, conforme estabelece o artigo 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, deve asse­gurar a avaliação do desempenho do aluno

(A) com a participação de professores e gestores no Conselho de Avaliação dos Alunos, reunido s emestralmente.

(B) de modo a assegurar a avaliação do professor e a autoavaliação do aluno, por meio de relatos de trabalhos de grupo realizados em sala de aula.

(C) de modo contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

(D) de modo objetivo, por meio de exame ao final da série, ciclo ou curso, de modo a sistematizar o que foi ensinado pelos professores e aprendido pelos alunos.

(E) periodicamente, por meio de provas ao final de cada bimestre com vista a verificar o conteúdo aprendido pelo aluno.

12. Ao considerar que a “avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista a uma tomada de decisão”, Luckesi ressalta os elementos constitutivos do processo de avaliação da aprendizagem, afirmando que o ele­mento que coloca mais poder na mão do professor é

(A) o juízo de valor.

(B) a tomada de decisão.

(C) a identificação das dificuldades do aluno.

(D) o conhecimento da realidade onde a escola está inserida.

(E) a aferição de resultados do rendimento do aluno.

13. Hoje, novas formas de organização do ensino, como progressão continuada, progressão automática, c iclos, e novas formas de avaliação atuam por dentro da e scola fundamental, de modo a adiar a eliminação e internalizar o processo de exclusão dos alunos, prin­cipalmente os de origem das classes populares. De acordo com Freitas, uma grave consequência a respei­to dessas novas formas de avaliação é

(A) a redução da ênfase na avaliação formal do aluno em sala de aula.

(B) a falta de controle dos seus resultados pelos ó rgãos educacionais federal e estaduais.

(C) a baixa fidedignidade dos resultados das avalia­ções em grande escala.

(D) o baixo aproveitamento dos seus resultados pela escola e órgãos superiores.

(E) sua ineficácia como forma de regulação do currí­culo em ação na escola.

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17. A respeito do papel da interação social no desenvol­vimento e nas capacidades da inteligência humana, a troca intelectual equilibrada entre indivíduos expressa o grau ótimo de sua socialização. Referenciado em contribuições de Piaget, La Taille ressalta que é pos­sível efetivar esse tipo de troca a partir

(A) do estágio pré­operatório, quando a criança con­segue se colocar no lugar do outro.

(B) do estágio operatório, quando o indivíduo conse­gue se submeter voluntariamente às regras da reciprocidade e da universalidade.

(C) da aquisição da linguagem, por volta dos dois anos de idade, condição necessária ao diálogo.

(D) do nascimento, desde que a criança seja estimu­lada intelectual e socialmente.

(E) do terceiro ou quarto ano de vida, quando a crian­ça já é capaz de ouvir e entender o que o outro fala.

18. Apoiada em estudos de Vygotsky, Oliveira afirma que a linguagem humana constitui sistema simbólico fun­damental na mediação entre o sujeito e o objeto de c onhecimento, sendo duas as suas funções básicas: a de

(A) intercâmbio de subjetividade e objetividade e de formas de comunicação.

(B) expressão da subjetividade e de transmissão de conhecimentos.

(C) articulação dos processos cognitivos e de sua r epresentação mental.

(D) intercâmbio social e de pensamento genera­lizante.

(E) acesso direto a objetos culturais e de sua n omeação.

14. A educação do futuro requer ensino universal e cen­trado na condição do homem, entendendo­se que c onhecer o homem é, fundamentalmente, compreen­dê­lo. Ao tratar a compreensão como um dos requisitos necessários à educação do futuro, Morin ressalta a sua importância como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade. Para o autor, há duas formas de compreensão: a intelectual ou objetiva e a intersubjetiva. Pelas suas reflexões, pode­se afir­mar corretamente que a compreensão i ntersubjetiva implica, necessariamente, um processo de

(A) identificação dos aspectos cognitivos do sujeito da aprendizagem.

(B) mediação entre o sujeito e o objeto de conheci­mento.

(C) comunicação com o outro, visando à explicação de cada individualidade.

(D) empatia, identificação e de projeção em relação ao outro.

(E) comunicação consistente, clara e objetiva.

15. Ao discutir saberes fundamentais à prática educativa progressista, Freire afirma que não há docência sem discência e que ensinar é

(A) transferir conhecimentos socialmente relevantes.

(B) verbo transitivo­relativo, independe, portanto, do aprender.

(C) organizar condições que permitam a descoberta do conhecimento.

(D) orientar a reprodução do conhecimento acumu­lado historicamente.

(E) criar possibilidades para a produção e construção de conhecimentos.

16. Ao tratar das dimensões da competência do educa­dor, Rios considera que a instituição social escola tem como tarefa a transmissão/criação sistemática da cultura, entendida como resultado da intervenção dos homens na realidade, transformando­a e transfor­mando a si mesmos. Para a autora, educador com­petente é aquele que sabe fazer bem o seu ofício na dupla dimensão:

(A) política e administrativa.

(B) ética e moral.

(C) técnica e política.

(D) filosófica e sociológica.

(E) burocrática e técnica.

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Formação EspEcíFica

21. Analise as escritas de Berenice, Felipe e Ana para as palavras: refrigerante, beijinho, bolo e bis:

É correto afirmar que

(A) Ana tem mais conhecimento sobre o sistema de escrita, apresenta uma escrita silábico­alfabética (ora usa uma letra para representar a sílaba, ora usa mais de uma letra para essa representação), enquanto Berenice realiza uma escrita ainda não fonetizada (pré­silábica) e Felipe apresenta uma escrita silábica com vogais e consoantes perti­nentes.

(B) Berenice é a mais avançada em relação ao co­nhecimento sobre o sistema de escrita, pois não fragmenta a leitura do que escreveu.

(C) Ana tem mais conhecimento sobre o sistema de escrita, pois apresenta uma escrita alfabéti­ca, enquanto Felipe produz uma escrita silábica com vogais e consoantes pertinentes, e Berenice apresenta uma escrita ainda não fonetizada.

(D) Ana e Felipe produzem escritas da mesma natu­reza; ambos não colocam todas as letras neces­sárias para uma escrita convencional, mas estão mais avançados no conhecimento sobre o siste­ma de escrita do que Berenice, que realiza uma escrita ainda não fonetizada (pré­silábica).

(E) Ana tem mais conhecimento sobre o sistema de escrita, pois apresenta uma escrita silábico­­alfabética (ora usa uma letra para representar a sílaba, ora usa mais de uma letra para essa representação), enquanto Berenice e Felipe re­alizam uma escrita não fonetizada (pré­silábica).

19. Partindo das contribuições da psicogenética de Wallon, Dantas discute, dentre outros fatores que i nterferem no desenvolvimento da criança, a centra­lidade da dimensão afetiva na construção da pessoa e do conhecimento. Ambos os processos se iniciam no período impulsivo­emocional que se estende pelo primeiro ano de vida, sendo a atividade emocional de natureza social e biológica. Nesse período, a expres­são emocional tem um papel, fundamentalmente,

(A) orgânico pois se reduz à expressão de estados vegetativos da criança.

(B) biológico, pois se restringe às manifestações f isiológicas.

(C) social, pois se apresenta como o primeiro e mais forte vínculo entre os indivíduos.

(D) cultural, pois sintetiza as representações do meio, que interferem na formação da criança desde os primeiros momentos de sua gestação.

(E) histórico, pois responde pela articulação cogni­tiva do sujeito com sua espécie.

20. Considerando a importância das diferentes teorias para a compreensão e a orientação dos processos educativos, Gómez ressalta suas implicações para propostas didáticas que se apoiam em proposições de Vygotstky, como:

(A) o desenvolvimento da criança está sempre media­tizado por importantes determinações culturais.

(B) a educação deve orientar­se para os processos autônomos e espontâneos de desenvolvimento e aprendizagem.

(C) as fases de desenvolvimento têm um ritmo de maturação próprio e o respeito a essa evolução espontânea é um valor pedagógico.

(D) o ensino centra­se no desenvolvimento de capa­cidades formais, operativas, e não na transmis­são de conteúdos.

(E) a primazia da atividade é o princípio educativo mais importante na prática educativa.

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23. A partir da bibliografia indicada, podemos afirmar que

(A) para produzir um texto, é preciso ter um propósito leitor claro e definido.

(B) depois de produzir um texto, é preciso definir a situação de comunicação na qual ele irá circular.

(C) as características da situação de comunicação do texto que se irá produzir são determinantes para o leitor.

(D) para produzir um texto, é preciso definir um tema.

(E) as características da situação de comunicação são determinantes para a produção de um texto.

24. A professora Andrea tem alguns alunos que apresen­tam uma escrita não fonetizada (pré­silábica), isto é, não estabelecem correspondência termo a termo entre segmentos do falado e segmentos do escrito. Andrea não está conseguindo ajudá­los a avançar em seus conhecimentos sobre a escrita. Pediu, então, à equipe de professoras que a ajudasse no planeja­mento de algumas intervenções.

Assinale a alternativa em que se apresenta a única proposta que não contribuiria para as crianças avan­çarem na compreensão da escrita.

(A) Propor situações didáticas que envolvam a leitura e a escrita dos nomes da classe.

(B) Agrupá­los com alunos que produzem escritas fonetizadas próximas (escritas silábicas com ou sem valor sonoro convencional).

(C) Realizar intervenções que levem as crianças a buscar informações sobre o sistema de escrita em fontes disponíveis na sala como, por exemplo, a lista de nomes, a rotina, a lista dos livros preferidos do grupo etc.

(D) Propor atividades com o uso do alfabeto para as crianças memorizarem os nomes das letras.

(E) Propor situações didáticas que envolvam a leitura e a escrita de cantigas, quadrinhas e parlendas que as crianças conhecem de memória.

22. Leia as seguintes citações:

“O desafio é formar pessoas desejosas de em­brenhar­se em outros mundos possíveis que a lite­ratura nos oferece, dispostas a identificar­se com o semelhante ou a solidarizar­se com o diferente e ca­pazes de apreciar a qualidade literária. Assumir este desafio significa abandonar as atividades mecânicas e desprovidas de sentido, que levam as crianças a distanciar­se da leitura por considerá­la uma mera obrigação escolar, significa também incorporar situa­ções em que ler determinados materiais seja impres­cindível para o desenvolvimento dos projetos que se estejam levando a cabo, ou – e isto é igualmente im­portante – que produzam o prazer que é inerente ao contato com textos verdadeiros e valiosos.”

(Delia Lerner, 2002)

“Formar leitores autônomos também significa for­mar leitores capazes de aprender a partir dos textos. Para isso, quem lê deve ser capaz de interrogar­se sobre sua própria compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do seu acervo pesso­al, questionar seu conhecimento e modificá­lo, esta­belecer generalizações que permitam transferir o que foi aprendido para outros contextos diferentes.”

(Isabel Solé, 1998)

Considere as citações e assinale a alternativa correta.

(A) A escola precisa ensinar os seus alunos a procu­rarem o significado das palavras para tornarem­­se leitores mais competentes.

(B) A escola deve ajudar seus alunos a compreen­derem o que leem e a relacionarem suas leituras com o seu conhecimento pessoal.

(C) A escola deve ajudar seus alunos a compreende­rem o que leem e que a leitura é uma obrigação escolar.

(D) Os pais precisam ensinar seus filhos a gostarem de ler, pois, dessa forma, eles poderão conhecer outros mundos que a literatura oferece.

(E) A escola precisa ensinar a decodificação para seus alunos, pois só assim eles poderão se tornar bons leitores.

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25. Imagine a seguinte situação:

Você analisou as produções dos seus alunos e concluiu que é necessário propor que produzam em duplas, pois vários estudos vêm mostrando que organizados dessa forma os alunos avançam mais rapidamente, em especial porque as informações circulam melhor. Sendo assim, resolveu planejar as duplas que deverão escrever uma lista de alimentos para o piquenique que farão na Semana da Criança.

Segue uma amostra dos diferentes conhecimentos sobre a escrita de seu grupo. Nela, as crianças escreveram uma pequena lista de brinquedos: bicicleta, carrinho, pipa, pião.

A partir da análise dessas escritas, assinale a única alternativa que apresenta parcerias potencialmente produtivas e com justificativas adequadas.

(A) Aluno B com o aluno C, pois C poderia oferecer, com suas escolhas, referências para o aluno B sobre o que ele ainda não sabe: que o simples encadeamento de letras quaisquer não é suficiente para que algo esteja escrito.Aluno B com aluno E, pois, por ser alfabético e saber tudo sobre o sistema de escrita, E pode ensinar o que o aluno B ainda não sabe: que o simples encadeamento de letras quaisquer não é suficiente para que algo esteja escrito. Aluno C com aluno D, pois o C, com suas escolhas, pode oferecer elementos para o D pensar em quais letras usar, ou seja, que não é qualquer letra que serve para escrever qualquer sílaba.

(B) Aluno E com aluno A, pois E pode oferecer, com suas escolhas, a A uma reflexão sobre quantas letras usar.Aluno C com aluno A, pois A pode ajudar C a aprender sobre quais letras usar.Aluno E com aluno C, pois E pode ajudar C a compreender quais letras usar nas suas produções escritas.

(C) Aluno B com o aluno C, pois C poderia oferecer, com suas escolhas, referências para o aluno B sobre o que ele ainda não sabe: que o simples encadeamento de letras quaisquer não é suficiente para que algo esteja escrito.Aluno A com aluno E, pois embora ambos saibam bastante sobre o sistema de escrita em português, a produ­ção de E pode favorecer a reflexão de A sobre alguns aspectos tanto quantitativos como qualitativos da sua própria produção.Aluno C com o aluno D, pois o C, com suas escolhas, pode oferecer elementos para o D pensar em quais letras usar, ou seja, que não é qualquer letra que serve para escrever qualquer sílaba.

(D) Aluno B com aluno D, pois B, por conhecer mais letras, pode ajudar D a ampliar seu conhecimento de letras e, assim, conseguir escrever mais palavras.Aluno C com aluno E, pois o aluno E tem todas as informações sobre o sistema de escrita e, com suas esco­lhas, pode oferecer ao aluno C boas referências sobre quais e quantas letras usar.Aluno A com aluno D, pois o aluno A tem muitas informações sobre o sistema de escrita e pode ensinar D a colocar as letras que faltam em suas escritas.

(E) Aluno C com aluno D, pois o C, com suas escolhas, pode oferecer elementos para o D pensar em quais letras usar, ou seja, que não é qualquer letra que serve para escrever qualquer sílaba.Aluno B com aluno E, pois, por ser alfabético e saber tudo sobre o sistema de escrita, E pode ensinar o que o aluno B ainda não sabe: que o simples encadeamento de letras quaisquer não é suficiente para que algo esteja escrito.Aluno A com aluno C, pois o A, com suas escolhas, pode favorecer a reflexão de C sobre alguns aspectos tanto quantitativos como qualitativos da sua própria produção.

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28. Analise as afirmações de diferentes professoras a respeito das práticas de produção de textos propostas a seus alunos e assinale a alternativa correta.

(A) Professora Camila: Costumo propor textos a partir de uma sequência de imagens, para facilitar a orde­nação no tempo, mesmo que acabem produzindo apenas legendas.

(B) Professora Bia: Costumo propor textos a partir de gravuras para facilitar o desafio para os alunos, pois, assim, pelo menos o tema é oferecido.

(C) Professora Vera: Costumo definir um gênero, propor uma intenção comunicativa para o texto e, então, pedir que escrevam, considerando o leitor, onde será publicado e para que será escrito.

(D) Professora Rosa: Costumo propor escrita de frases, e, depois, peço que as juntem.

(E) Professora Ana: Costumo propor redações com tema livre para que possam soltar a sua criati­vidade.

29. De acordo com a bibliografia indicada, assinale a alternativa correta.

(A) A coerência e a coesão são condições de textua­lidade, porém nem todos os alunos são capazes de aprendê­las e de usá­las em seus textos.

(B) A coerência e a coesão são condições de textua­lidade e todos os alunos são capazes de apren­dê­las e de usá­las em seus textos.

(C) Embora a coerência e a coesão sejam condições de textualidade, apenas alunos mais talentosos e mais experientes poderão aprendê­las e usá­las em seus textos.

(D) A coerência e a coesão são condições de textuali­dade muito sofisticadas para os alunos do ensino fundamental.

(E) Não basta oferecer as condições de ensino ade­quadas, pois a coerência e a coesão textual não estão ao alcance dos indivíduos escolarizados.

26. “(...) o ato de ler consiste, pois, no processamento de informação de um texto escrito com a finalidade de interpretá­lo. Como afirmamos anteriormente, o pro­cesso de leitura utiliza o que Smith chama de duas fontes de informação da leitura: a informação visual ou por meio dos olhos, que consiste na informação proveniente do texto, e a informação não visual ou de trás dos olhos, que consiste no conjunto de co­nhecimentos do leitor. Assim, a partir da informação do texto e de seus próprios conhecimentos, o leitor construirá o significado em um processo (...)”

(Teresa Colomer e Anna Camps, 2002)

De acordo com as autoras, podemos dizer que

(A) é na coordenação da informação visual e da in­formação não visual que o leitor poderá construir significado na leitura.

(B) no ato da leitura, a importância da informação visual se sobrepõe à informação não visual.

(C) a informação visual, que todos compartilham, é a responsável pela construção de significado da leitura.

(D) no ato da leitura, o que importa é a opinião de cada leitor, a despeito da informação visual ofe­recida pelo texto.

(E) no ato da leitura, a importância da informação não visual se sobrepõe à informação visual.

27. Para as crianças que ainda não sabem ler conven­cionalmente, uma das indicações didáticas consiste nas atividades de leitura de texto que elas já sabem de memória.

Qual é o desafio que está em jogo nessas propostas?

(A) O potencial de memorização do aluno.

(B) A possibilidade de realizar uma leitura conven­cional.

(C) Encontrar a correspondência entre o que lembra de memória e o que está escrito.

(D) Trata­se de uma atividade banal, pois o aluno já sabe o que está escrito.

(E) Estabelecer a correspondência entre cada parte do escrito e cada parte do falado.

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32. É correto dizer que revisar um texto é uma prática integrante do processo de produção de texto e implica

(A) corrigir todos os problemas do texto, mesmo sem a presença do aluno.

(B) refletir com os alunos apenas sobre os aspectos discursivos do texto para torná­lo mais bem escrito.

(C) corrigir todos os erros ortográficos.

(D) corrigir os aspectos notacionais do texto.

(E) refletir com os alunos sobre diferentes aspectos do texto para torná­lo mais bem escrito.

33. “O modo tradicional de se considerar a escrita infan­til consiste em prestar atenção apenas nos aspectos gráficos dessas produções, ignorando os aspectos construtivos. Os aspectos gráficos têm a ver com a qualidade do traço, a distribuição espacial das formas, orientação predominante (da esquerda para a direita, de cima para baixo), a orientação dos caracteres indi­viduais (inversões, rotações, etc.). Os aspectos cons­trutivos têm a ver com o que se quis representar e os meios utilizados para criar diferenciações entre as representações”.

(Emilia Ferreiro, 2010)

Assinale a afirmação que dialoga com a citação e com a bibliografia estudada.

(A) Em um processo de alfabetização inicial, os as­pectos gráficos e construtivos são igualmente importantes, uma vez que é preciso ensinar o có­digo escrito.

(B) Em um processo de alfabetização inicial, os as­pectos gráficos são mais relevantes do que os construtivos.

(C) Os aspectos construtivos das produções escritas dizem respeito ao modo como as crianças refle­tem sobre a escrita, com o conhecimento que constroem sobre o funcionamento do sistema de escrita.

(D) Em um processo de alfabetização inicial, os as­pectos construtivos precisam ser transmitidos pelo professor.

(E) Os aspectos construtivos das produções escritas dizem respeito à qualidade do traço, à distribui­ção espacial das formas, à orientação predomi­nante e à orientação dos caracteres individuais.

30. De acordo com a bibliografia indicada, podemos dizer que o ensino da pontuação

(A) deve considerar que há várias possibilidades de se pontuar um texto, considerando a intenção de significação e possíveis recursos estilísticos.

(B) deve considerar que pontuamos os textos de maneira linear, evitando estilos pessoais.

(C) deve considerar as várias regras obrigatórias de como usar os sinais de pontuação.

(D) é, basicamente, ensinar os sinais de pontuação.

(E) deve considerar o texto como um conjunto de frases que precisam dos sinais para indicar as pausas.

31. Assinale a alternativa correta sobre o projeto didático.

(A) Nasce da observação do professor sobre o inte­resse dos alunos, e cada etapa é planejada me­diante a análise da etapa anterior.

(B) É um planejamento tão “engessado” que não abre espaço para os alunos; tudo é determinado pelo professor.

(C) Não é uma boa modalidade para se trabalhar pro­dução de texto, pois a necessidade de ter propó­sito social tira o foco da aprendizagem propria­mente dita.

(D) É uma modalidade organizativa que agrega obje­tivos didáticos (ligados à aprendizagem dos con­teúdos) e comunicativos (ligados aos propósitos sociais).

(E) Define os objetivos e conteúdos, e o restante fica a critério dos alunos, tornando assim as situações de aprendizagem mais significativas para eles.

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36. “Na escola – já dissemos – a leitura é antes de mais nada um objeto de ensino. Para que também se trans­forme em um objeto de aprendizagem, é necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno, o que significa – entre outras coisas – que deve cumprir uma função para a realização de um propósito que ele conhece e valoriza. Para que a leitura como objeto de ensino não se afaste demasiado da prática social que se quer comunicar, é imprescindível “representar” – ou “reapresentar” –, na escola, os diversos usos que ela tem na vida social”.

(Delia Lerner, 2002)

Assinale a afirmação que dialoga com a autora citada e com a bibliografia estudada.

(A) É preciso promover a leitura de textos diferentes dos que circulam socialmente.

(B) É preciso promover práticas escolares da leitura e da escrita, considerando os propósitos comuni­cativos dos conteúdos.

(C) É preciso transformar as práticas sociais da leitura e da escrita em práticas escolarizadas.

(D) É preciso promover práticas sociais da leitura e da escrita dentro da escola, considerando a in­terdependência entre os propósitos didáticos e comunicativos dos conteúdos.

(E) É preciso promover práticas escolares da leitura e da escrita, considerando os propósitos didáti­cos dos conteúdos.

34. Assinale a afirmação que dialoga com a bibliografia estudada.

(A) A aprendizagem da ortografia é apoiada quase que totalmente no uso do dicionário.

(B) A aprendizagem da ortografia é basicamente um trabalho de memória.

(C) A aprendizagem da ortografia dá­se por meio da apresentação e da repetição verbal de regras.

(D) A aprendizagem da ortografia é um processo passivo.

(E) A aprendizagem da ortografia dá­se por meio de construções individuais de regras e conscientiza­ção do papel da memória para as palavras irre­gulares.

35. Assinale a alternativa correta.

(A) As crianças que ainda não leem nem escrevem convencionalmente não são capazes de produzir textos.

(B) As situações de ditado ao professor são ótimas propostas para as crianças que ainda não leem nem escrevem convencionalmente produzirem textos e aprenderem sobre a linguagem escrita.

(C) As situações de ditado ao professor são válidas apenas como propostas para as crianças apren­derem a recitar textos.

(D) Uma condição para participar de situações de ditado ao professor é que as crianças já dominem o código de escrita.

(E) Uma condição para participar de situações de ditado ao professor é que as crianças tenham o texto memorizado.

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38. “Chamamos de zona de desenvolvimento proximal a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução indepen­dente de problemas, e o nível de desenvolvimento po­tencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes.”

(L. S.Vygotsky, 2007)

Uma dupla de meninos está reescrevendo o conto da Chapeuzinho Vermelho. Os dois apresen­tam diferentes conhecimentos sobre a linguagem escrita. Segue um trecho da conversa entre eles, enquanto escrevem:

A criança 1 dita para a criança 2: “Vamos começar com Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho.” A criança 2 acolhe a ideia, mas sugere uma alteração: “e se fosse Era uma vez uma linda meni-ninha que vivia usando um capuz vermelho, por isso era chamada de Chapeuzinho Vermelho”. A criança 1 escuta com atenção e aceita a alteração. A criança 1 continua a ditar: “A mãe da Chapeuzinho pediu para ela entregar uma cesta de doces para a sua vovozi-nha e aí ela foi pelo caminho da floresta”. A criança 2 faz uma intervenção para a criança 1: “Não vamos usar aí porque estamos escrevendo e não falando”. A criança 1 pensa um pouco e revisa o seu texto: “A mãe da Chapeuzinho pediu para ela entregar uma cesta de doces para a sua vovozinha e, então, ela seguiu pelo caminho da floresta”. A criança 2 acolhe a alteração da criança 1, e seguem escrevendo mais um trecho.

Considerando o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, proposto por Vygotsky, e o trecho da conversa entre as crianças, assinale a alternativa correta.

(A) A criança 1 é prejudicada nesta atividade, pois a criança 2 está precipitando o seu desenvolvi­mento.

(B) A criança 2 é prejudicada nesta atividade, pois pode atrasar a sua reflexão sobre a linguagem escrita.

(C) A criança 1 não está pronta para avançar na reflexão sobre o uso da linguagem escrita e ape­nas obedece às ordens da criança 2.

(D) A criança 1 é prejudicada nesta atividade, pois o único jeito de avançar na reflexão sobre o uso da linguagem escrita é trabalhando individualmente.

(E) A criança 1 avança na sua reflexão sobre o uso da linguagem escrita com o apoio da criança 2.

37. Segundo Telma Weisz, boas situações de aprendiza­gem costumam ser aquelas em que:

• os alunos precisam pôr em jogo tudo o que sabem e pensam sobre o conteúdo que se quer ensinar;

• os alunos têm problemas a resolver e decisões a tomar em função do que se propõem a produzir;

• a organização da tarefa pelo professor garante a máxima circulação de informação possível;

• o conteúdo trabalhado mantém suas características de objeto sociocultural real, sem se transformar em objeto escolar vazio de significado social.

De acordo com o ponto de vista da autora, podemos pensar que, para uma boa situação de aprendizagem, as crianças

(A) precisam acionar os seus conhecimentos pré­vios, e a circulação de informações deve estar garantida.

(B) precisam acionar os seus conhecimentos pré­vios, e o professor deve evitar que as crianças conversem entre si.

(C) não podem enfrentar problemas que envolvam conteúdos que ainda não foram ensinados.

(D) precisam acionar os seus conhecimentos pré­vios, e o professor deve planejar boas situações para as crianças memorizarem o conteúdo.

(E) precisam aprender os conteúdos escolares, dife­rentes dos que existem fora da escola.

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41. “(...) é preciso assinalar que, ao exercer comporta­mentos de leitor e de escritor, os alunos têm também a oportunidade de entrar no mundo dos textos, de se apropriar dos traços distintivos – mais ou menos ca­nônicos – de certos gêneros, de ir detectando mati­zes que distinguem ‘a linguagem que se escreve’ e a diferenciam da oralidade coloquial, de pôr em ação – enquanto praticantes da leitura e da escrita – recur­sos linguísticos aos quais é necessário apelar para resolver os diversos problemas que se apresentam ao produzir ou interpretar textos ...”

(Delia Lerner, 2002)

É correto dizer que, para as crianças exercerem com­portamentos leitores e escritores,

(A) basta ter acesso a livros.

(B) é preciso que aprendam a decodificar a escrita.

(C) é preciso ensinar a técnica da leitura.

(D) é preciso uma boa biblioteca.

(E) é preciso que o professor atue como leitor na sala de aula.

42. Realizar planejamentos de situações didáticas, es­crever registros reflexivos sobre a prática em sala de aula e organizar um arquivo que mostre a evolução das aprendizagens dos alunos são instrumentos

(A) para cumprir as exigências da coordenação e da direção da escola.

(B) fundamentais apenas para o professor substituto na ausência do titular.

(C) importantes para professores que usam, exclusi­vamente, livros didáticos.

(D) para que o professor tenha uma boa prática e se responsabilize pela aprendizagem dos seus alunos.

(E) que atendem somente às demandas burocráticas.

39. “Para mim, o que é relevante na modalidade organiza­tiva chamada projeto está no encadeamento de ativi­dades e conteúdos para a elaboração de um produto, o que se faz possível ao articular propósitos didáticos e propósitos comunicativos, organizar o tempo do en­sino em períodos prolongados e propiciar assim que os alunos pratiquem com continuidade a leitura e a escrita, que possam apropriar­se destas práticas com o sentido que elas têm socialmente”.

(Delia Lerner, 2002)

A autora defende que

(A) a noção de projeto se identifica com o trabalho de unidade temática.

(B) o trabalho com projetos deve ser definido pelos conteúdos emergentes na classe.

(C) o trabalho com projetos se define pela presença de um produto final que integra propósitos comu­nicativos e didáticos.

(D) o trabalho com projetos se define por uma questão problematizadora que unificará o produto final.

(E) o trabalho com projetos requer a integração com outras áreas como condição necessária.

40. De acordo com a bibliografia indicada, para que os alunos possam ser bons produtores de textos, é im­portante que tenham conhecimento de que não existe um modelo genérico de textos, mas que eles são es­critos a partir de situações particulares de comunica­ção, que envolvem a definição prévia de um leitor, de um propósito e de um gênero.

Qual das propostas de produção de texto descritas a seguir é a mais coerente com a afirmação anterior?

(A) Hoje é um dia em que vocês terão liberdade para escolher o tema do texto que vão escrever. A única condição é não ultrapassar uma página.

(B) Vamos produzir um folder para ser distribuído para os alunos, os pais e a comunidade do en­torno, divulgando os eventos culturais da semana literária da nossa escola.

(C) Nosso bairro vive um clima de muita insegurança. Produza um texto sobre essa situação.

(D) Escrevam um texto sobre nosso passeio ao zoo­lógico.

(E) Vocês vão receber uma série de imagens, que tra­tam de um determinado assunto para ordená­las, e, em seguida, devem produzir um texto que conte essa história.

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44. “Na escola, leitura e escrita são necessariamente obrigatórias, porque ensinar a ler e escrever é uma responsabilidade inalienável da instituição escolar. E é por isso que a escola enfrenta um paradoxo em relação a essa questão: como assume a responsa­bilidade social de ensinar a ler e escrever, tem que apresentar a leitura e a escrita como obrigatórias e atribuir­lhe, então, como propósito único ou predomi­nante o de aprender a ler e escrever. Essa transfor­mação muda profundamente o sentido da leitura e da escrita, transforma­as em algo muito diferente do que são fora da escola: atividades fortemente carregadas de sentido para os leitores ou escritores, inseridos em projetos valiosos e orientadas para cumprir propósito com os quais eles estão comprometidos”.

(Délia Lerner, 2002)

De acordo com a citação, podemos afirmar que a leitura e a escrita

(A) não são práticas sociais e são orientadas por diferentes propósitos comunicativos.

(B) são práticas sociais e são orientadas por um único propósito comunicativo.

(C) são práticas sociais, portanto ensinar a ler e a escrever significa comunicar essas práticas.

(D) são práticas escolares, portanto ensinar a ler e a escrever significa comunicar essas práticas.

(E) são procedimentos escolares.

43. Leia o depoimento da professora Cris:

Sou professora de um 1o ano. Quando leio uma história para as crianças, acabo pegando os livros que estão mais próximos. Prefiro as histórias curtas, com enredos simples, muitas imagens, vocabulário simplificado. Depois da história, faço perguntas para avaliar se todos entenderam e para fixarem o conteú­do da história. Não sei o que acontece, mas eles aca­bam se dispersando e não gostam muito do momento da história.

O que está acontecendo na sala da professora Cris?

(A) Parece faltar o planejamento da leitura literária – o que fazer antes, durante e depois –, que é uma condição para uma boa leitura, assim como a es­colha de histórias bem escritas e interessantes.

(B) Parece faltar o planejamento da leitura literária, mas ela assegura o mais importante, que é aju­dar os seus alunos a fixarem o conteúdo lido.

(C) A professora deveria contar as histórias em vez de ler.

(D) A ausência de planejamento é um problema, embora a sua escolha por histórias curtas seja o mais adequado para a idade.

(E) Seus alunos não gostam de histórias.

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46. Analise a sequência:

Admitindo que a regra de formação das figuras se­guintes permaneça a mesma, é correto afirmar que o número de quadrinhos brancos da figura que ocupa a 20a posição dessa sequência é

(A) 410.

(B) 400.

(C) 370.

(D) 380.

(E) 390.

47. Na ATPC, os professores apresentavam opiniões di­ferentes sobre a introdução do ensino dos números no 1o ano do Ensino Fundamental. Observe­as:

Professora Rosana: Considero que os alunos preci­sam conhecer nosso sistema de numeração. Como as crianças ainda são pequenas, começo com os nú­meros de 1 a 9 e depois amplio até o 100.Professora Carla: Acredito que é necessário propor algumas atividades que levem os alunos a refletir so­bre os números que já conhecem, dando­lhes opor­tunidade de demonstrar seus conhecimentos numéri­cos em determinado contexto.Professora Cíntia: Penso que precisamos partir do concreto. Eu considero que o Material Dourado ajuda o aluno a compreender o sistema de numeração decimal e, por isso, esse material é fundamental para ensinar os números.

De acordo com as indicações contidas nas Orienta­ções Curriculares do Estado de São Paulo, pode­se concluir que apenas

(A) as afirmações de Carla e de Cíntia são verda­deiras.

(B) a afirmação de Carla é verdadeira.

(C) as afirmações de Rosana e de Carla são verda­deiras.

(D) a afirmação de Rosana é verdadeira.

(E) a afirmação de Cíntia é verdadeira.

45. “As pesquisas de Emilia Ferreiro e colaboradores rompem o imobilismo lamuriento e acusatório e de­flagram um esforço coletivo de busca de novos cami­nhos. Deslocando a investigação do ‘como se ensina’ para o ‘como se aprende’, Emilia Ferreiro descobriu e descreveu a psicogênese da língua escrita e abriu espaço – agora sim – para um novo tipo de pesquisa em pedagogia. (...)”

“O salto importante que se deu no conhecimento produzido sobre as questões de ensino e da apren­dizagem já permite que o professor olhe para aquilo que o aluno produziu, enxergue aí o que ele já sabe e identifique que tipo de informação é necessária para que seu conhecimento avance.”

(Telma Weisz)

O que essas citações querem dizer?

(A) Que o ensino determina a aprendizagem na alfa­betização.

(B) Que o professor ainda é o centro do processo que envolve a alfabetização, pois os alunos, até adquirirem proficiência, não sabem o que fazer.

(C) Que o professor precisa saber o que sabem seus alunos, mas não pode se deixar guiar por isso, pois, dessa forma, correria o risco de não traba­lhar todos os conteúdos previstos.

(D) Que, embora os alunos sempre tragam informa­ções sobre a escrita, o professor precisa saber selecionar o que vai considerar e o que será des­prezado no ensino, pois não se pode esquecer que a relação entre o ensino e a aprendizagem é de causa e efeito.

(E) Que o professor precisa ter conhecimentos que lhe permitam saber, a cada momento, quais são as ideias dos seus alunos sobre a escrita, porque sobre esses conhecimentos é que ele deverá or­ganizar o seu ensino.

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r a s c U N H o48. Para planejar suas aulas sobre o Campo Conceitual Adi­tivo, a professora Bete toma como base as indicações contidas nas Orientações Curriculares do Programa Ler e Escrever. Esse documento aponta a necessidade de o professor levar o aluno a compreender os diferentes significados das operações. Dessa forma, ela elaborou as situações a seguir para sua turma:

I. Rita foi fazer compras com 178 reais. Quando vol­tou das compras estava com 54 reais. Quantos reais Rita gastou nas compras?

II. Renato tem algumas cartas e Marcelo tem 12 car­tas a menos que Renato. Sabendo que Marcelo tem 25 cartas, quantas cartas tem Renato?

III. No jardim da escola, há 53 rosas e muitas marga­ridas, totalizando 127 flores. Quantas são as mar­garidas desse jardim?

IV. Mariana faz coleção de tampinhas. Ela tinha al­gumas tampinhas e ganhou 62 de suas colegas, ficando com 129 tampinhas no total. Quantas tam­pinhas Mariana tinha antes?

A professora Bete levou as situações criadas para dis­cussão na ATPC. Ela e os demais professores classi­ficaram corretamente as situações como:

(A) I – Transformação; II – Composição; III – Compa­ração e IV – Composição.

(B) I – Transformação; II – Razão; III – Composição e IV – Transformação.

(C) I – Composição; II – Razão; III – Composição e IV – Transformação.

(D) I – Transformação; II – Comparação; III – Compo­sição e IV – Transformação.

(E) I – Composição; II – Comparação; III – Compo­sição e IV – Transformação.

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r a s c U N H o49. Mayara, Lucas e Gabriela, alunos do 5o ano do Ensino Fundamental, representaram a divisão de 253 docinhos para 2 embalagens de modo que em cada embalagem ficasse a mesma quantidade de doces:

Mayara utilizou oprocesso americano:

Lucas utilizou oprocesso longo:

Gabriela utilizou oprocesso curto:

253 253 253

53 05 13

33 13

13 01

1

3

200 2 05100 1 2 6 1 2 6C D U

10

10

5

1

126

2 2 2

20 4+

– –

– –

– –

20 12

10

2

1

Os procedimentos de cálculo descritos, utilizados por muitos professores, são conhecidos como processo americano, processo longo e processo curto. A res­peito desses procedimentos, Pires, no livro Educação Matemática: conversas com professores dos anos ini­ciais, comenta que

(A) os três processos podem ser utilizados, depen­dendo do nível de apropriação das crianças, mas enfatiza que é necessário chegar ao curto.

(B) os três processos podem ser utilizados, depen­dendo do nível de apropriação das crianças, não havendo obrigatoriedade de se chegar ao curto.

(C) todos os alunos deveriam utilizar os três processos: americano, longo e curto.

(D) os três processos podem ser utilizados, depen­dendo do nível de apropriação das crianças, mas enfatiza que é necessário chegar pelo menos ao longo.

(E) todos os alunos deveriam utilizar, pelo menos, o processo longo.

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r a s c U N H o50. Ao abordar a produção de escritas numéricas pelos estudantes, Pires, no seu livro Educação Matemáti-ca: conversas com professores dos anos iniciais, co­menta dois recursos didáticos que, segundo a autora, mostram­se interessantes para serem utilizados por professores para a observação do “ocultamento” dos zeros nas escritas dos números, quando os alunos produzem escritas apoiadas na fala, como, por exem­plo, 300 405 para escrever trezentos e quarenta e cin­co, e compreensão de regularidades observáveis nas escritas. Os recursos apresentados pela autora são, respectivamente:

(A) Cartelas Sobrepostas e Quadros Numéricos.

(B) Cartelas Sobrepostas e Material Dourado.

(C) Quadro Valor Lugar e Cartelas Sobrepostas.

(D) Quadros Numéricos e Quadro Valor Lugar.

(E) Material Dourado e Quadro Valor Lugar.

51. No material de apoio ao currículo denominado Guia de Planejamento e Orientações Didáticas ao Professor, do Programa Ler e Escrever, há indicação para que se proponha aos alunos a seguinte situação:

Uma pesquisa realizada numa escola concluiu que, dos 64 alunos da turma das 4a séries, dos alunos gosta de

rock, preferem pagode e , funk. O restante não tem

uma única preferência. Baseando-se nos resultados dessa pesquisa, responda qual é o tipo de música de maior preferência?

É correto afirmar que o objetivo desta situação é identificar se os alunos compreendem, em relação às frações, a

(A) unidade de referência.

(B) razão.

(C) parte do todo.

(D) equivalência.

(E) ordenação.

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53. No material de apoio ao currículo do Programa Ler e Escrever, denominado PIC, há indicações sobre di­ficuldades encontradas por alunos para romper com algumas ideias já construídas sobre os números natu­rais, mas que não são válidas ou não podem ser es­tendidas para os números racionais. A respeito disso, a Professora Elisa propôs questões aos seus alunos com a finalidade de identificar suas dificuldades. Ana­lise as afirmações de quatro de seus alunos:

Pedro: 5,29 é maior que 5,3, pois, quanto maior a quantidade de algarismos de um número, maior ele é.

Fabiana: O sucessor de 5,2 é 5,3 e o sucessor de 5,29 é 5,30.

Bia: O sucessor de 5,29 não é 5,30, pois entre eles existem infinitos números decimais.

Kaio: O sucessor de é e o sucessor de

é .

Analisando essas afirmações, a professora Elisa pôde concluir que os alunos que apresentaram as dificulda­des descritas no referido documento são, apenas,

(A) Pedro e Fabiana.

(B) Fabiana e Kaio.

(C) Pedro, Bia e Kaio.

(D) Pedro, Fabiana e Kaio.

(E) Bia e Kaio.

52. Estudos como os de Lerner e Sadovsky (1996), por exemplo, mostram que as crianças constroem hipóte­ses de escrita numérica com base nas regularidades que observam nas suas vivências, mesmo fora da sala de aula. Com base na investigação dessas auto­ras, a professora Lígia descreveu para seus colegas a seguinte intervenção:

“Propus um ditado de números e Diogo escre­veu corretamente o número dois mil, mas escreveu duzentos e trinta e um da seguinte forma: 200301. Aproveitei essa informação e perguntei ao aluno: qual número você acha que é maior: 231 ou o núme­ro 2000? Diogo respondeu que o número 2000 era o maior. Em seguida, pedi que comparasse as escritas dos números 2000 e 200301 e perguntei novamente, qual seria o maior. Percebi que ele ficou em dúvida. Dessa forma, discuti a grafia do 231 a partir da análise de outras grafias corretas de números da ordem de centenas que ele conhecia.”

Analisando a descrição da professora, é possível per­ceber que ela preparou sua intervenção por conhecer as hipóteses elaboradas pelas crianças identificadas por Lerner e Sadovsky. Assinale a alternativa em que se encontram essas hipóteses.

(A) A existência de alguns números especiais deno­minados nós; o papel da numeração falada; a posição dos algarismos como critérios de com­paração.

(B) O papel da numeração falada; a quantidade de zeros de um número; a posição dos algarismos como critérios de comparação.

(C) A quantidade de algarismos e magnitude do nú­mero; a existência de alguns números especiais denominados nós; o papel da numeração falada.

(D) A existência de alguns números especiais deno­minados nós; a quantidade de zeros de um nú­mero; a quantidade de algarismos e magnitude do número.

(E) A posição dos algarismos como critérios de com­paração; o papel da numeração falada; a quanti­dade de algarismos e magnitude do número.

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r a s c U N H o54. No material de apoio ao currículo Guia de Planejamento e Orientações Didáticas – 4a série, do Programa Ler e Escrever, é sugerido ao professor trabalhar a atividade a seguir:

Analisando a proposta apresentada no documento, é correto afirmar que o objetivo dessa atividade é analisar aspectos comuns e diferenças entre

(A) poliedros e corpos redondos.

(B) poliedros e não poliedros.

(C) prismas e não prismas.

(D) figuras poligonais e não poligonais.

(E) figuras poligonais e corpos redondos.

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r a s c U N H o55. O gráfico a seguir apresenta dados de uma pesquisa realizada com os alunos de duas salas de quinto ano. Ele indica a preferência dos alunos que estudam em cada sala quanto ao esporte preferido: futebol, vôlei e basquete. Todos os estudantes tiveram que optar por apenas um desses três esportes.

Analisando o gráfico, é correto afirmar que, dentre os alunos que escolheram futebol, a porcentagem dos alunos que estudam no 5o B é de

(A) 39%

(B) 52%

(C) 65%

(D) 13%

(E) 26%

56. Um prisma tem 12 arestas. É correto afirmar que o número de vértices desse prisma é

(A) 16.

(B) 12.

(C) 14.

(D) 10.

(E) 8.

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r a s c U N H o57. Sabe­se que, em um dado, a soma dos pontos de duas faces opostas é sempre 7. Sendo assim, a al­ternativa que representa corretamente a planificação de um dado é

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

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r a s c U N H o58. A professora do 5o ano pediu para que seus alunos calculassem a área da figura apresentada na malha quadriculada a seguir, considerando que cada quadra­dinho da malha corresponde a um metro quadrado.

Fábio respondeu corretamente a questão, indicando sua resposta em metros quadrados:

(A) 61.

(B) 59.

(C) 57.

(D) 60.

(E) 58.

59. O Tangram é um quebra­cabeça chinês que pode ser utilizado nas aulas de matemática. Ele é composto de 7 peças que formam um quadrado como o da figura a seguir. O ponto O é o centro do quadrado.

O

Uma professora que leciona para os anos iniciais, de­pois de explorar o material, perguntou aos seus alu­nos sobre que fração da área total é a parte pintada do Tangram. Cid respondeu corretamente que a área pintada em relação à área total poderia ser represen­tada pela fração

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

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61. No material de apoio ao currículo do Programa Ler e Escrever denominado Guia de Planejamento e Orienta­ções Didáticas – Professor – 3a série, há uma proposta de análise de diferentes procedimentos de cálculo.

Um grupo de professores analisou as estratégias de Vera:

Professora Maria: Nas três operações, a aluna apli­cou a propriedade distributiva, adicionou centenas, dezenas e unidades e depois totalizou.Professora Lilian: Acredito que ela não aplicou a propriedade distributiva; ela utilizou a propriedade comutativa nas três operações, adicionou centenas, dezenas e unidades e depois totalizou.Professora Tânia: Penso que a aluna decompôs os números, adicionando cada uma das ordens, e depois calculou o total.Professora Claudia: A aluna não sabe resolver pelo algoritmo convencional, por isso foi adicionando cada uma das ordens e depois calculou o total.Professora Sandra: Vera parece só conseguir fazer as contas no algoritmo convencional com números mais redondos, por isso ela adicionou centenas, de­zenas e unidades e depois totalizou.

Analisando o ocorrido, é verdadeira apenas a afirma­ção da professora(A) Tânia.(B) Maria.(C) Sandra.(D) Lilian.(E) Claudia.

60. No material de apoio ao currículo do Programa Ler e Escrever denominado Guia de Planejamento e Orien­tações Didáticas – Professor – 3a série, há indicações de situações que permitem a ampliação do trabalho com os diferentes significados do campo multiplica­tivo. Nesse material, dentre outras, são propostas as seguintes situações­problema:

I. Joana vai comprar três caixas de paçoca. Uma caixa custa R$ 12,00. Quantos reais Joana gastará para comprar as paçocas?

II. Na farmácia, havia a seguinte oferta: levando 3 sa-bonetes pagam-se R$ 2,00. Márcia levou uma dúzia de sabonetes. Quanto ela pagou?

III. Joselena tem 25 figurinhas e Vivian tem 6 vezes mais. Quantas figurinhas tem Vivian?

IV. Para fazer vitamina, tenho 6 tipos de frutas e posso bater com água, leite ou laranja. Para cada vitamina, usarei uma fruta e um tipo de líquido. Quantas vita-minas diferentes eu posso fazer?

V. No anfiteatro, há 64 cadeiras. Elas estão dispostas em 8 fileiras. Quantas são as colunas?

É correto afirmar que os significados das situações são, respectivamente,

(A) comparação multiplicativa, proporcionalidade, proporcionalidade, composição e configuração retangular.

(B) proporcionalidade, proporcionalidade, composição, combinação e transformação.

(C) proporcionalidade, proporcionalidade, compara­ção multiplicativa, combinatória e configuração retangular.

(D) proporcionalidade, comparação multiplicativa, com­posição, configuração retangular e combinação.

(E) comparação multiplicativa, comparação multipli­cativa, composição, combinatória e configuração retangular.

Page 26: Prova do estado de peb 1

26SEED1405/001-PEB-I

r a s c U N H o62. Gina, aluna do quarto ano do Ensino Fundamental, descobriu que, para multiplicar um número por 45, basta multiplicá­lo por dois números. Essa multiplica­ção estará correta se a aluna multiplicar por

(A) 50 e depois por 0,2.

(B) 5 e depois por 9.

(C) 100 e depois por 0,5.

(D) 20 e depois por 25.

(E) 40 e depois por 5.

63. Um objeto sofreu um acréscimo de 20% e passou a custar R$ 180,00. Se o aumento tivesse sido de ape­nas 10%, esse objeto passaria a custar

(A) R$ 162,00.

(B) R$ 190,00.

(C) R$ 198,00.

(D) R$ 150,00.

(E) R$ 165,00.

64. Analise as afirmações dos professores sobre o traba­lho com o Campo Conceitual Multiplicativo.

Professor José: O Campo Conceitual Multiplicativo envolve situações que podem ser resolvidas somente pela multiplicação.

Professor Carlos: O aluno necessita memorizar a tabuada para resolver situações­problema do Campo Conceitual Multiplicativo.

Professor Pedro: O Campo Conceitual Multiplicativo envolve situações que podem ser resolvidas pela mul­tiplicação ou pela divisão.

Professor Antônio: Situações­problema envolvendo o Campo Conceitual Multiplicativo deveriam ser traba­lhadas antes mesmo da memorização das tabuadas.

Professor João: O Campo Conceitual Multiplicativo envolve situações que podem ser resolvidas somente pela divisão.

De acordo com as Guia de Planejamento e Orienta­ções Didáticas – 2a série, são corretas apenas as afir­mações dos professores

(A) José e Antônio.

(B) Pedro e José.

(C) José e Carlos.

(D) João e Carlos.

(E) Pedro e Antônio.

Page 27: Prova do estado de peb 1

27 SEED1405/001-PEB-I

65. Cristina vai a um andar superior do prédio. Há três por­tas de entrada. Lá dentro, há seis elevadores que ser­vem a todos os andares. De quantas maneiras distintas Cristina pode entrar no prédio, pegar apenas um eleva­dor e ir ao andar desejado?

(A) 216.

(B) 243.

(C) 157.

(D) 18.

(E) 9.

66. A professora trabalha com os alunos a lenda do Ne­grinho do Pastoreio que teve origem no Sul do Brasil. No decorrer da leitura, surgem palavras e expressões desconhecidas dos alunos: estância, estancieiro, ba­nhado de laçaço, entre outras. Após apresentar os sinônimos, a professora deve discutir com os alunos

(A) as vantagens de viver em um país de grande ex­tensão.

(B) as condutas sociais e econômicas do século pas­sado.

(C) os erros de concordância mais comuns no Brasil.

(D) a diversidade sociocultural existente no Brasil.

(E) as formas de expressão de pessoas menos esco­larizadas.

67. Considere as seguintes situações:

I. A floresta era ocupada por grupos indígenas tupis relativamente numerosos, como os tupinambás, que já praticavam a agricultura, mas em perfeito estado de harmonia com a vida vegetal e animal.

II. Após sua chegada, o colonizador passou a ter uma relação exploratória com a floresta e seus recursos devido à extração da madeira, muito va­lorizada, e da possibilidade de ganho fácil.

Sobre as situações, é correto afirmar que

(A) parte dos conflitos entre indígenas e portugueses no início da colonização deve­se às críticas que os nativos faziam à forma de exploração do meio ambiente pelos colonizadores.

(B) apesar de opostas, as intervenções realizadas no meio ambiente pelos indígenas e pelos portugue­ses se caracterizavam pelo respeito aos ciclos da natureza.

(C) as relações entre grupos humanos e o meio am­biente são diferentes, pois dependem do objetivo da relação: sobrevivência ou lucro.

(D) à época do descobrimento, os elementos que compunham a natureza eram renováveis, mas, atualmente, muitos deles, depois de extraídos, correm o risco de extinção.

(E) no início da colonização, o uso predatório da na­tureza brasileira pelos seres humanos foi respon­sável pelos desequilíbrios ecológicos atuais.

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28SEED1405/001-PEB-I

68. A partir do século XVIII, a mata atlântica sofreu fortes processos de desmatamento, entre os quais podem­se citar

(A) o cultivo de café em São Paulo e a extração do ouro em Goiás.

(B) a pecuária na região central do país e a cultura canavieira no Sudeste.

(C) a descoberta do ouro em Minas Gerais e o ciclo do café no Sudeste.

(D) o cultivo de cana­de­açúcar no Nordeste e a pecuária no Sul do país.

(E) a criação de suínos no Paraná e o cultivo de café em Minas Gerais.

69. A crise ambiental tem se tornado um dos problemas mais sérios da humanidade. A desertificação é um deles e tem ameaçado milhões de pessoas em várias partes do mundo. Um dos fatores responsáveis pela desertifi­cação é

(A) a rotação anual de cultivos que esgota os solos.

(B) o uso inadequado dos solos pela agricultura ou pela pecuária.

(C) a substituição das colheitas manuais por meca­nizadas.

(D) o uso de instrumentos agrícolas antigos, como a enxada.

(E) a contaminação dos leitos fluviais e de lagos por mercúrio.

70. Observe uma área que sofre um processo de erosão dos solos no estado de São Paulo.

(http://g1.globo.com/sao­paulo/itapetininga­regiao/noticia/2011/12/ erosao­causa­prejuizo­parque­ecologico­em­avare­sp.html)

O controle da erosão é fundamental para a preserva­ção do meio ambiente. Uma das soluções para este problema é

(A) o plantio de vegetação que proteja o solo da formação de sulcos e ravinas.

(B) a eliminação dos micro­organismos da parte superficial dos solos.

(C) o plantio de espécies vegetais rasteiras em detri­mento da vegetação natural.

(D) a terraplenagem, evitando a forte declividade e a formação de voçorocas.

(E) o uso de impermeabilizantes em áreas sujeitas ao fenômeno erosivo.

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29 SEED1405/001-PEB-I

71. Considere as seguintes medidas:

I. Proteger as matas ciliares.II. Impedir a ocupação humana nos mananciais.

III. Evitar o assoreamento dos rios.

Essas medidas contribuem para

(A) reduzir os riscos de escassez de água.

(B) manter a regularidade das estações do ano.

(C) controlar a quantidade de gás carbônico na atmosfera.

(D) diminuir fenômenos como a chuva ácida.

(E) formar um ecossistema homogêneo.

72. Os dez pontos mais críticos do planeta são locais que possuem ao menos 1500 espécies de plan­tas endêmicas e já perderam 70% ou mais de suas áreas originais. Esses locais apresentam pequena área da superfície terrestre, mas concentram 50% de todas as espécies vegetais e 42% de todos os verte­brados da Terra.

O texto define

(A) as reservas de Gaia.

(B) a biosfera.

(C) os doldrums.

(D) os hotspots.

(E) a exosfera.

73. A biodiversidade do planeta tem sido muito ameaça­da nos últimos tempos, provocando a destruição de inúmeras espécies da flora e da fauna. No Brasil, campeão mundial em número de espécies, dois ecos­sistemas encontram­se em situação crítica. São eles:

(A) os pampas e a mata atlântica.

(B) a restinga e o cerrado.

(C) a caatinga e os pampas.

(D) a floresta amazônica e a caatinga.

(E) a mata atlântica e o cerrado.

74. Considere as seguintes citações, que buscam definir uma mesma ação.

I. É você agir de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável. (...) Trata­se de uma solução para um problema que a gente causou por não prestar atenção nisso. É a gente imaginar agora que a gente está construin­do o futuro.

(Caco de Paula – coordenador do Planeta Sustentável, in: Programa Ler e Escrever, Guia de Planejamento

e Orientações Didáticas, 4o ano)

II. É a gente perceber o nosso papel de habitantes provisórios do mundo (...) porque a gente tem que deixar pras próximas gerações um mundo um pouco melhor. (...) É respeito conosco, com nos­sos sonhos, com nossos desejos e com tudo que nos cerca, que nos diz respeito e que nos toca. É o maior tema da nossa época e o tema mais global que pode existir, porque diz respeito a nós mesmos e aos outros.

(Leandro Sarmatz – redator­chefe de Vida Simples, in: Programa Ler e Escrever, Guia de Planejamento

e Orientações Didáticas, 4o ano)

Ambas definem

(A) filantropia.

(B) ambientalismo.

(C) sustentabilidade.

(D) pegada ecológica.

(E) responsabilidade humana.

Page 30: Prova do estado de peb 1

30SEED1405/001-PEB-I

75. Esta questão está relacionada ao mapa da região metropolitana de São Paulo:

(http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa/estado/sp/estado­sao­paulo­mesorregiao­metropolitana.png)

A partir da leitura do mapa, é correto afirmar que, tomando­se o município de São Paulo como referência,

(A) Carapicuíba está localizada a leste.

(B) Mogi das Cruzes está localizada a leste.

(C) Cajamar está localizada a nordeste.

(D) Santa Isabel está localizada a noroeste.

(E) Itapecerica da Serra localiza­se a sudeste.

76. Alimentos tradicionais perderam espaço na mesa dos brasileiros no último quarto do século XX: o consumo de arroz, feijão e batata caiu pela metade, em média. Ao mesmo tempo, ganharam presença as refeições preparadas, o iogurte e a água mineral. A mudança de hábitos alimentares está relacionada, entre outros fatores,

(A) às campanhas dos governos no sentido de com­bater a desnutrição.

(B) à entrada das mulheres no mercado de trabalho fora do lar.

(C) ao empobrecimento de parcela considerável da população.

(D) ao aumento dos preços dos produtos que com­põem a cesta básica.

(E) à baixa produção dos bens alimentícios que pre­cisam ser importados.

77. Observe a figura para responder à questão.

SiStema Solar

(http://astronomienfant.voila.net/astro04.html)

Sobre o esquema, é correto afirmar que

(A) 6 é Saturno e 4 é Vênus.

(B) 7 é Netuno e 4 é Urano.

(C) 2 é Vênus e 7 é Urano.

(D) 5 é Vênus e 6 é Saturno.

(E) 4 é Mercúrio e 5 é Júpiter.

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78. A professora apresenta a seguinte imagem de um lixão e solicita que os alunos reflitam sobre ela. Em seguida, ela os incentivará a discutir seu conteúdo.

(http://g1.globo.com/sp/santos­regiao/noticia/2012/10/depois­da ­novela­luz­acaba­diz­trabalhador­de­lixao­em­mongagua.html)

Assinale uma das conclusões corretas que devem resultar da discussão.

(A) O crescimento populacional e o desenvolvimento industrial têm levado a sociedade a produzir uma quantidade cada vez maior de lixo, que é um dos problemas de grande impacto sobre o meio am­biente.

(B) O lixo doméstico e industrial coletado deve ser selecionado e seguir destinos diferentes, pois o material inorgânico, passível de produzir chorume, deve ir para os lixões, e o material orgânico deve ser incinerado.

(C) Uma das modernas soluções para acabar com os imensos depósitos de lixo é a reciclagem que permite o reaproveitamento de toda e qualquer espécie de lixo orgânico, inorgânico, industrial ou hospitalar.

(D) O destino a ser dado ao lixo é responsabilidade de cada pessoa ou de cada família, pois o gover­no não pode despender recursos públicos para coletar e destruir milhares de toneladas de lixo diariamente.

(E) Os depósitos de lixo, sejam lixões ou aterros sa­nitários, devem ser instalados a grande distância das áreas urbanas para evitar que sejam invadi­dos por grupos de pessoas que sobrevivem da coleta de lixo.

79. No Brasil, cerca de 1/3 das crianças são obesas ou têm sobrepeso. Na sala de aula, o professor deve

(A) comentar sobre os problemas de saúde que en­volvem a obesidade como forma de desestimular o consumo de fast food.

(B) adotar uma atitude discreta e evitar comentar so­bre a obesidade para não constranger os alunos que têm o problema.

(C) desenvolver uma aula de geografia mostrando que há países do mundo com problemas de obe­sidade e outros com subnutrição.

(D) trabalhar com temas transversais como a Ética e a Saúde para mostrar que a obesidade é um fenômeno novo para a população.

(E) proibir o bullying com os alunos obesos amea­çando com severas punições os alunos que de­senvolvam esta prática.

80. A professora resolveu assistir com os alunos ao filme A era do gelo 1, que conta as aventuras de um mamute, uma preguiça e um tigre­dentes­de­sabre durante a era glacial.

(http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema/2012­06­30/ os­5­segredos­do­sucesso­de­a­era­do­gelo.html)

Após assistir ao vídeo, a professora encaminhará os trabalhos de modo a discutir com os alunos

(A) a megadiversidade das áreas geladas, a qual foi totalmente preservada até os dias atuais, apesar do rápido crescimento da humanidade.

(B) o desaparecimento de espécies animais e vegetais de primeiras eras geológicas devido à presença de seres humanos.

(C) a inexistência de territórios gelados, como os mos­trados no vídeo, na superfície terrestre atualmente.

(D) a pouca integração entre os elementos da fauna e da flora que compõem o ecossistema das áreas geladas do planeta.

(E) as transformações ocorridas na Terra ao longo da história, seja nos climas, seja no aparecimento ou na extinção de espécies animais e vegetais.

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rEdação

Leia os textos.

TexTo 1Com “as melhores intenções”, um grupo de deputa­

dos federais e senadores lidera campanha para segre­gar estudantes com deficiência nas chamadas escolas especiais. Utilizam o argumento falacioso de que nesses estabelecimentos as crianças e adolescentes recebem atendimento exclusivo em ambiente protegido. O argu­mento é enganoso, mas extremamente difundido entre os brasileiros. Pesquisas científicas e a experiência mostram justamente o contrário: os alunos com deficiência apren­dem mais em ambientes inclusivos – e não apenas seus colegas, como toda a comunidade, ganham com o conví­vio. A inclusão escolar é também o melhor antídoto contra a discriminação e, por isso, nos países desenvolvidos, já é prática desde os anos 70.

(Patrícia Almeida. Congresso ameaça afastar crianças com deficiên­cia do ensino regular. http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br.

11.11.2013. Adaptado)

TexTo 2

(Fábio Takahashi. Aluno com deficiência vai melhor em escola comum, afirma estudo. http://www1.folha.uol.com.br/fsp. 17.03.2014. Adaptado)

TexTo 3O Plano Nacional de Educação (PNE) brasileiro prevê

a inclusão de crianças com necessidades especiais em escolas regulares, mas a medida ainda é controversa no país. A polarização fica entre governo, apoiado por de­fensores da inclusão (e eventual fechamento das escolas especiais), e entidades que defendem a permanência de dois sistemas de ensino: o regular e o especial.

Para vários críticos que preferem a manutenção dos dois sistemas, a decisão da melhor escola para essas crianças cabe somente aos pais.

“Temos alunos com graves comprometimentos, prin­cipalmente com deficiência intelectual e múltipla, e para eles a escola especial é a única que possibilita realmente o acesso à educação com qualidade”, afirma Fabiana Ma­ria das Graças de Oliveira, coordenadora pedagógica da Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes).

(Educação inclusiva ainda é assunto polêmico no Brasil. http://www.dw.de. 03.12.2013. Adaptado)

TexTo 4O dia 14 de agosto [de 2013] foi histórico para o movi­

mento apaeano. A grande mobilização nacional organizada pelo Fórum Nacional de Entidades de e para Pessoas com Deficiência em defesa da manutenção das escolas espe­ciais, no âmbito do Plano Nacional de Educação (PNE), reuniu cerca de três mil pessoas no Distrito Federal.

De acordo com o deputado Eduardo Barbosa (PSDB­­MG), que coordenou o ato juntamente com Aracy Ledo, presidente da Federação Nacional das Apaes (Fenapa­es), a mobilização mostrou que o movimento defende a inclusão escolar nas escolas regulares, mas também a coexistência da escola especial que promove a inclusão social. “O Ministério da Educação acredita que a escola comum vai conseguir educar alunos com qualquer tipo de deficiência e a nossa experiência mostra que não. Além das escolas comuns estarem abertas para as pessoas com deficiência, é importante a manutenção das escolas especiais, que fazem um atendimento especializado com as pessoas que apresentam comprometimentos maiores, e precisam de abordagens pedagógicas mais individuali­zadas”, explicou o deputado.

Aracy Ledo disse que não é contra a inclusão, mas, ao mesmo tempo, ressaltou que não se pode acabar com as escolas especiais. “Uma escola não substitui a outra, a família tem o direito de escolher onde matricular seus filhos. As escolas regulares não estão preparadas para receber esses alunos”, afirmou.

(Mobilização nacional a favor das escolas especiais mostra a força do movimento apaeano. http://www.psdb.org.br. 13.08.2013. Adaptado)

Considerando a polêmica tratada nos textos e a partir de seus conhecimentos sobre o assunto, escreva uma disserta­ção, na norma­padrão da língua portuguesa, sobre o seguinte tema:

eScolaS eSpeciaiS: exiStência neceSSária ou agravante da excluSão?

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33 SEED1405/001-PEB-I

RASCUNHO

RedAçãO

Em hipótese alguma será considerado o texto escrito neste espaço.

NÃO ASSINE ESTA FOLHA

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Page 35: Prova do estado de peb 1

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ConCurso PúbliCo

002. Prova dissertativa(Folha de redação)

Professor de eduCação básiCa i

�Confiraseusdadosimpressosnestafolhaeassineapenasnolocalindicado.

�Destaqueestafolhacomcuidadoeentregueaofiscaljuntamentecomosoutrosmateriaisaosair.

�Fiqueatentoàsdemaisorientaçõescontidasnacapadaprovaobjetiva.

Assinatura do candidato

30.11.2014

uso exclusivo do Fiscal

ausente

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4SEED1405/002-ProvaDissertativa-Folha

redação

Texto definitivo

Não aSSINe eSTa FoLHa