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2010-2011 - Jornal de Natal
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1 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
O GAZETEIRO
O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
NATAL 2010
N.º 38
1 , 5 0 E U R O G A Z E T A S
Editorial ...................................................... 2
O meu primeiro dia de aulas! ........................ 3
O amor de mãe ........................................................... 3
Um dia diferente (Cicloturismo) .................... 4-7
Actores por um dia ...................................... 8-9
O mês de Novembro .................................... 10
O Clube de Teatro do Colégio ........................ 11
Os Belos Adormecidos .................................. 12
Pais na Infantil ............................................ 12
Sétimo ano viaja pelo espaço ................................ 13
Leituras ...................................................... 14
Índice O Lanche saudável ....................................... 15
O Natal pelos artistas do 8º ano ..................... 16
O Natal para os meninos da Pré-primária ........ 17
Natal .......................................................... 18
Carta ao Pai Natal ........................................ 18
O 5º ano entre os bichos ............................... 19
O Auto da Barca do Inferno ...................... 20-21
A banda desenhada ................................................. 22
Espaço dos nossos patrocinadores .................. 23
Espaço Lúdico ........................................................... 25
Programa da Festa ....................................... 26
O Natal visto pelo Alexandre Custódio, do 5º ano
Última página Programa da Festa de Natal
O GAZETEIRO 2 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
OOOO nosso pai veio para o Colégio, em 1956, por amor a uma grande causa: a
Educação. Tinha uma habilidade de mestre para lidar com os alunos.
Era um homem simples, terno, tolerante, que amava com paixão a sua vida
de professor. Casado com a nossa mãe, lutaram sempre lado a lado com seriedade, respeito,
solidariedade e muito amor.
Lembro-me bem quando era feito, pela minha mãe, o levantamento das necessidades
das famílias do Bairro do Fim do Mundo, para, de seguida, se angariarem alimentos, roupas,
brinquedos, chegando-se a confeccionar pequenos enxovais nos famosos Lavores da D. Hor-
tência, que eram distribuídos na época do Natal.
Foi com este espírito de partilha e de entreajuda que crescemos neste Colégio que assim
tem construído o seu caminho.
Já dizia o nosso pai que a vida era uma caminhada e que devia ser vivida ao máximo em
cada momento. Tinha uma coragem e determinação que nos levava a valorizar as pequenas
coisas, a nunca desistir e a encarar a Escola como uma vocação.
Estamos a chegar ao fim da primeira década do século XXI, um tempo agitado e cheio de
egoísmo. No entanto, é com imensa alegria que posso afirmar que o espírito de partilha e de
solidariedade se mantém vivo no Colégio, podendo ser visto na enorme generosidade com
que Pais, Alunos e Funcionários aderiram ao cabaz de Natal, para dar resposta às solicitações
dos pedidos de ajuda vindas da Ludoteca da Galiza, na pessoa da Irmã Elvira, da Instituição
de solidariedade do Bairro da Cova da Moura e do Centro Paroquial de Carcavelos.
Além do mais todas as actividades que se realizaram ao longo do período, algumas das
quais relatadas com testemunhos no nosso jornal, mostram bem os fundamentos em que
assenta o Colégio. O primeiro período termina na Festa de Natal, dia 18 de Dezembro, onde
culmina mais um projecto de solidariedade: acender uma vela pela Paz do Mundo, no âmbito
do projecto 10 Milhões de Estrelas, promovido pela Cáritas. Assim os professores de Educa-
ção Moral e Religiosa Católica, com a ajuda de todos os colegas, pais e alunos fizeram velas
com mensagens especiais, para que cada aluno nessa noite possa acender, em Família, uma
vela pela Paz no mundo.
Enfim, aprendemos muitas coisas com o nosso pai e muitas ficaram por aprender, mas
uma certeza tenho: no nosso dia-a-dia no Colégio, com amor e entrega, é o Sonho que
comanda a Vida.
A todos um santo e feliz Natal e um bom ano de 2011.
Luísa Bolota
Editorial
3 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO O meu primeiro dia de aulas!
Pena não senti em voltar às aulas,
Ria-me sem saber bem porque o fazia,
Imaginei-me a abraçar os meus amigos nos meus sonhos.
Mudei de ciclo, nem queria acreditar!
Era como se tivesse entrado num conto de fadas.
Inteligente queria mostrar-me aos professores,
Roía já as unhas de ansiedade.
Oh, que bom voltar!
Dançar era o que me apetecia fazer,
Integrei-me logo no 5ºano!
Achei que estava a crescer.
Delirava logo que cheguei à escola,
Estava completamente feliz.
Adorei ver como a escola estava,
Uma espécie de nervosismo percorria-me as veias.
Levei uma mochila nova, para um ciclo novo.
Atirei a mochila para o chão e corri até não poder mais.
Sentia-me nas nuvens!
Maria Marques, 5º ano
O amor de mãe
Não há nada mais bonito
Que o amor de uma mãe
A cuidar do seu filhito
Dando-lhe tudo o que tem
E sempre a vê-lo crescer
Com saúde e felicidade
Para um dia vir a ter
Um lugar na sociedade
Que sentimento mais puro
É este amor afinal?
Às vezes um pouco duro
É o amor maternal
Inês Caeiro e Joana Saeed, 9º ano
O GAZETEIRO 4 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
OOOO dia amanhe-
ceu algo
nebuloso, o
sol mal projectando a som-
bra das árvores que restam
na orla da antiga praça de
touros de Cascais, agora
deserta, transformada num
depósito de blocos de
cimento aleatoriamente dis-
postos pela superfície do
largo.
Pouco a pouco, porém,
começavam a afluir carros,
carrinhas e até pequenas
camionetas, e de todos
estes veículos emergia uma
juventude saudável e entu-
siasta, transbordante de
alegria. Com a ajuda dos
pais, retiravam das viaturas
as suas bicicletas, proce-
diam a pequenos ajustes
mecânicos e partiam pela
praça fora, mais do que
para experimentar as bici-
cletas, ao encontro dos
amigos de todos os dias,
dos colegas de turma, reu-
nindo-se em pequenos gru-
pos que rapidamente se
transformavam num enor-
me conjunto de alunos do
colégio Luísa Sigea.
Com a chegada de alguns
professores, começava a
tentar dar-se alguma ordem
ao caos, tarefa ciclópica
mas que lá ia sendo conse-
guida, muito graças às
ordens transmitidas através
do megafone, manobrado
principalmente pela directo-
ra Luisinha.
Ultimavam-se os prepa-
rativos finais, acertavam-se
os pormenores com a força
policial que ia fazer a escol-
ta do pas-
seio ciclista
e delineava-
se a estra-
tégia de
toda a orga-
nização,
relembra-
vam-se
uma vez
mais as
regras de
comportamento dos alunos,
combinava-se a intervenção
dos pais e professores que
iriam fazer o enquadramen-
to dos grupos, distribuíam-
se tarefas e ocupantes
pelos diversos carros de
apoio e, não menos impor-
tante embora ninguém esti-
vesse com disposição de a
ela recorrer, a intervenção
da ambulância dos bombei-
ros que assegurava um
Um dia diferente (O dia do ciclo turismo)
acompanhamento permanen-
te para aquele dia, não só
durante todo o percurso de
ida e volta como também
durante a estadia na praia.
Entretanto, como que nos
bastidores de toda a acção,
um trabalho anónimo, porém
de extraordinária importân-
cia, ia sendo desenvolvido
por pessoal do colégio. A
preparação de toda a infra-
estrutura que iria dar suporte
às múltiplas actividades
daquela dia na praia: o
transporte de todo o material
de apoio logístico, a monta-
gem da tenda de apoio, a
preparação dos espaços,
enfim, um sem número de
tarefas aparentemente sem
relevo mas sem as quais as
maiores organizações tantas
vezes falham.
5 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
Finalmen-
te, a meta.
À chegada
à praia,
arrumadas
as bicicle-
tas, todos
se precipi-
taram para
as suas
actividades
favoritas,
das muitas
disponíveis e para a prática
das quais havia diverso
material disponível.
Na tenda de apoio alguns
alunos revezavam-se no con-
trolo de todo aquele mate-
rial, bolas de futebol, de
rugby e de voleibol de praia,
raquetes de praia e de bad-
mington, bolas de ginástica
de vários tamanhos, discos
de frisbee, entre outros, dis-
tribuindo-o a quem o solicita-
va, anotando
a quem era
entregue e
registando a
sua devolu-
ção, enfim,
uma organi-
zação perfei-
ta.
É claro que
toda esta
Por fim, lá partiu a cara-
vana rumo ao Guincho, len-
ta mas seguramente, os
mais rápidos a terem que
refrear o seu ímpeto, os
mais lentos a necessitarem
de um esforço suplementar,
todos, alunos professores e
pais, pedalando com muita
alegria e entusiasmo, num
excelente ambiente de ver-
dadeiro companheirismo.
A estrada, bordejando o
mar, não apresentava gran-
des dificuldades, apenas
aqui ou ali umas pequenas
subidas, sem grande incli-
nação, que iam sendo facil-
mente ultrapassadas pela
comitiva, mesmo pelos mais
novos, os que pela primeira
vez participavam na aventu-
ra e que sequer eram quem
mais se atrasava.
Um dia diferente
actividade despertava, na
maioria, uma enorme von-
tade de comer. Antes,
porém, havia que aproveitar
para dar um mergulho no
mar. Pena que as ondas,
alterosas, e a corrente, for-
tíssima, não permitissem
uma despreocupada entrada
na água. Mas o “prof” João
Alves, com a ajuda de dois
ou três dos pais mais cora-
josos, garantiam a necessá-
ria segurança, pelo que
foram poucos os que não
aproveitaram a oportunida-
de de um ou mais mergu-
lhos. E se não houve mais
repetições, pelo menos para
alguns, foi porque a Luisi-
nha tudo controlava com a
eficiência que se lhe reco-
nhece e com a ajuda do
imprescindível megafone.
(Continua na página 6)
O GAZETEIRO 6 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
Um dia diferente
Um dia muito bem passado!
Desde que o meu filho entrou para o Colégio que eu
guardo um dia das minhas férias para participar no pas-
seio de Cicloturismo. É um dia sempre muito desejado e
acreditem que é um excelente dia de férias!
Relaciono-o sempre com o último dia de verão, o final
de uma época. Para além disso, no passeio não notamos
quem são os professores, os pais, os alunos… Nesse dia
somos todos iguais, estamos todos juntos para nos diver-
tirmos!
Lado a lado e com vento pelo frente, nem notamos o
esforço e num instante chegamos à meta de um dia....
muito bem passado.
Teresa Colaço
A seguir a um almoço,
ligeiro para a maior parte,
voltou a intensa actividade
desportiva, enchendo-se a
praia dos gritos de alegria e
de incentivo da rapaziada,
para não falar de um ou
outro, felizmente muito
poucos, gritos de dor resul-
tante de um choque mais
intenso ou de um pontapé
na areia em vez de na bola.
Mas, tanto quanto foi possí-
vel perceber, apenas dois
ou três dos alunos terão
recorrido aos serviços dos
bombeiros, e somente para
um pequeno penso e/ou
desinfecção de pequenos
cortes provocados por uma
ou outra pedra camuflada
na areia.
Já quase no final da esta-
dia houve ainda tempo para
mais uns quantos mergu-
lhos, embora o estado do
mar não tivesse melhorado,
antes pelo contrário, desa-
fiando mais uma vez a cora-
gem não só dos alunos mas
também do “prof” João
Alves e dos pais que o auxi-
liavam.
Chegada a hora da parti-
da, foi preciso desmontar a
(Continuação da página 5) tenda, reco-
lher e arru-
mar todo o
material e
transportá-lo
para a
camioneta,
tarefa em
que quase
todos, natu-
ralmente uns
mais do que outros, colabo-
raram.
Com a experiência já
adquirida no início do dia,
tornou-se mais fácil organi-
zar o cortejo de regresso.
Mais cansados, depois de
um dia tão intenso, mas
com enorme determinação,
lá se lançaram à estrada os
ciclistas para um regresso
que, tal como a vinda,
7 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
Um dia diferente
decorreu sem incidentes de
monta, talvez com maior
demora do que a etapa
anterior mas, curiosamente,
não por atraso dos mais
pequenos mas sim pela
fadiga da malta do 9º ano,
alguns dos quais chegaram
ao fim derreados, porém
uns e outros felizes.
Faltava ainda o remate
perfeito para aquela
extraordinária jornada. E
era com enorme ansiedade
e alguma esperança que
todos aguardavam o sorteio
final, cujo prémio mais cobi-
çado era… uma bicicleta. E
foi no meio de muita alegria
que foram sendo distribuí-
dos os vários prémios.
O sol aproximava-se do
horizonte. O dia chegava ao
fim. Começava a retirada,
cada um de regresso a sua
casa. Afinal tinha sido, para
todos, um dia diferente.
José Álvaro Caeiro
(Continuação da página 6)
Acordámos cedo, muito ansiosas, prontas para o Ciclotu-rismo.
Chegámos à hora marcada à Praça de Touros para tudo preparar e, quando já estávamos prontas, só queríamos avan-çar.
Lá foram todos a pedalar, e nós as duas no carro sempre a conversar.
Demoraram mais de uma hora a chegar à praia, mas no fim, valeu a pena o esforço.
Na praia, pudemos requisitar bolas, raquetes, bolas gigan-tes, cordas, discos, etc…
Fomos à água algumas vezes, mas estava gelada. Também fizemos construções na areia e túneis, que fica-
ram muito giros. Na praia, podíamos comer quando quiséssemos e brincar
com o que queríamos sempre que nos apetecesse. No fim, tirámos fotografias de grupos e, a seguir, “toca a
pedalar”! E nós no carro a conversar… Chegámos à Praça de Touros onde houve um sorteio,
mas, com muita pena nossa, não ganhámos nada. Adorámos este dia tão diferente!!!
Francisca Vizela e Maria Felner
Pela segunda, vez participei no Cicloturismo, realizado
pelo Colégio Dona Luísa Sigea. É uma actividade que gosto
muito! Os meus pais também me acompanharam a pedalar. A
minha mãe estava muito preocupada, pois tinha receio de não
conseguir chegar à praia, mas, como ela costuma andar bas-
tante a pé, vi logo que estava a exagerar. E não me enganei,
pois chegou fresca e airosa ao Guincho.
O dia estava magnífico! Fiquei feliz porque, ao meu lado e
atrás, iam os meus melhores amigos: o Simão, o Pituca e o
Luís.
Este ano, o percurso não me custou tanto a fazer. No
entanto, na parte final do trajecto quase na chegada à praia,
naquela subida íngreme, os do 5º ano pararam, outros caíram
e os do 7º ano tentaram passar à frente, e foi uma grande
confusão!
Para espanto de muitos, não me senti nada cansado na
viagem de regresso à antiga praça de touros, onde se fez o
sorteio de uma bicicleta. Ainda não foi desta vez que ganhei
um prémio, mas tenho a esperança que até ao 9º ano algum
me sairá na rifa.
Para o ano, lá estarei novamente! Manuel Agante, 6º ano
O GAZETEIRO 8 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
pados.
Com a colaboração da Babey, da
Esmeralda e da professora Raquel, rapida-
mente se conseguiram reunir os adereços
necessários para a nossa representação.
As coroas das narradoras foram exe-
cutadas no Clube das Artes e mais tarde
personalizadas com folhas de plátano,
recolhidas na Avenida dos Bombeiros
Voluntários; com a ajuda da professora
Raquel, a mitra usada pelo Diogo fez com
que o nosso
bispo pareces-
se um verda-
deiro papa! Os
restantes acto-
res trouxeram
de casa capa-
cetes, espa-
das, escudos,
túnicas e até
um “cavalo”,
gentilmente
cedido pela
Bica! A Babey emprestou um cesto carre-
gadinho de frutas e vegetais.
Decorámos rapidamente os nossos
papéis e fizemos dois ensaios que, segun-
do as nossas “encenadoras”, as professo-
ras de Estudo Acompanhado, não decorre-
ram como desejado, pois estávamos muito
excitados e pouco concentrados.
(Continua na página 9)
NNNN a semana seguinte ao dia de
S. Martinho, mais exactamen-
te no dia 18 de Novembro,
apresentámos a peça sobre a vida deste
santo aos nossos colegas do 2º ano. Foi
inesquecível!
Nas aulas de Língua Portuguesa foram
atribuídos os papéis: a Inês ficou encarre-
gue de apresentar o espectáculo; quatro
colegas leram adivinhas e as restantes
meninas, excep-
to a Joana, que
era a amiga de
infância de Mar-
tinho, foram
narradoras.
O restante
elenco da peça
era exclusiva-
mente do géne-
ro masculino.
Esta divisão
de géneros não
foi inicialmente bem aceite pelas raparigas,
visto que o seu papel era muito pequenino.
Todavia, empenharam-se bastante.
O papel de maior relevo foi entregue
aos rapazes da nossa turma. Que grande
responsabilidade!
Todos participámos! Ninguém ficou
excluído!
— Professora, o que trazemos vestido,
nesse dia? — perguntámos, muito preocu-
Actores por um dia
9 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
Este teatro foi feito pelos alunos do sexto
ano.
Um dia, um pai levou o filho, que se cha-
mava Martinho, a falar com o Imperador:
— O que eu quero é ser guerreiro — dis-
se Martinho.
— Se é isso que queres, é isso que vais
ter — disse o Imperador.
E, dois meses depois, Martinho e os seus
amigos estavam a passear com os seus
cavalos. De repente, Martinho viu um mendi-
go e cortou a capa para dar ao mendigo.
— Então, porque deste a capa ao mendi-
go? — perguntou um dos amigos.
— Porque o mendigo estava com frio —
respondeu o Martinho.
Xavier Augusto, 2º ano
Finalmente chegou o dia 18! Logo às
8h:30, fizemos um ensaio geral.
— Professora, a Maria João ainda não
chegou e o nosso mendigo, o Salema,
também não!
Rapidamente o Pituka e a Madalena
ofereceram-se para os substituir e, num
cantinho da sala, começaram a decorar
os papéis.
Tudo preparado para o espectáculo,
os pequenitos do 2º ano foram chama-
dos. De louvar a forma serena e ordeira
como se sentaram para assistir à peça.
Para a alegria de todos nós, os nossos
colegas chegaram a tempo de participar
no espectáculo.
Como convidadas especiais, encontra-
vam-se na sala a professora Sónia, res-
ponsável pela reportagem fotográfica, a
professora Ana, que colaborou nos
ensaios e estava ansiosa por ver o nosso
trabalho final e a Babey, que no final da
apresentação pediu aos alunos da profes-
sora Paula que redigissem um pequeno
(Continuação da página 8)
Actores por um dia
texto sobre o que tinham acabado de ver,
para mais tarde ser corrigido por alguns
dos “actores”, os quais ficaram deveras
admirados com a qualidade da escrita e dos
desenhos.
Sentimo-nos uns verdadeiros artistas!
Parecia que até tínhamos ganhado um
óscar! Correu tudo muito bem, fomos muito
elogiados e até já nos vieram pedir para
repetir este espectáculo para os nossos
colegas do 1º ano, o que faremos com mui-
to gosto.
Texto colectivo do 6º ano
O GAZETEIRO 10 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
lembrar o acto de bondade praticado por
São Martinho – um cavaleiro romano com
um coração de ouro.
Este ano, a nossa festa de São Martinho
foi bem diferente das dos anos anteriores! O
primeiro ciclo ficou responsável por preparar
o lanche e para isso utilizou o dinheiro que
ganhou na venda de brinquedos e livros no
Bazar que se realizou o ano passado.
À nossa turma coube a tarefa de ir com-
prar os ingredientes para os bolos, as bebi-
das e muitos petiscos que encheram a mesa
do lanche. Adorámos esta tarefa porque foi
muito divertida, interessante e aprendemos
várias coisas novas. E claro que também
adorámos o lanche – um verdadeiro ban-
quete!
Para além da festa de São Martinho, este
mês vamos ter mais duas festas, pois o
Manel e a Joana Teixeira fazem anos.
Até agora, o mês de Novembro está a ser
extraordinário! Esperemos que continue
assim até ao fim!
Texto colectivo, 3º ano
OOOO mês de Novembro é o décimo
primeiro mês do ano e tem
trinta dias.
Como este mês é no Outono, a tempera-
tura já está mais baixa e já há muita chuva.
Por isso temos de começar a usar roupas
mais quentes, o que, na verdade, não é lá
muito agradável. Seria bem melhor poder-
mos andar o ano inteiro de calções e t-shirt!
Mas, uma vez que está frio, sabe muito bem
vestir roupa quentinha.
O mês de Novembro inicia-se já na hora
de inverno, em que os dias são mais curtos
e as noites mais longas. Se a hora não
mudasse, quando fossemos para a escola
ainda seria escuro.
No mês de Novembro, as cores da Natu-
reza não são tão alegres como no Verão ou
na Primavera, mas são muito bonitas. As
folhas apresentam vários tons de vermelho,
amarelo e castanho e caem das árvores,
formando belos tapetes no chão.
No dia onze de Novembro, comemora-se
o Dia de São Martinho, comendo castanhas
e bebendo vinho. Este dia é celebrado para
O mês de Novembro
11 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
habituaram-se à ideia de ter um membro
mais novo no clube. Agora, até nos damos
muito bem.
Desde pequeno que gosto de dançar e
de representar, por isso adoro este clube.
Este gosto pelo teatro começou no Natal
de 2003, quando eu tinha 4 anos, e a
minha irmã teve a ideia de fazermos um
teatro de Natal para apresentar à família,
relatando o nascimento de Jesus.
Ainda tenho imagens na
minha memória de fazer
o papel de S. José. A
partir desse Natal e
em todos os anos, eu
e a minha irmã faze-
mos pequenos teatros
nessa quadra.
Este ano, como em
todos os outros anos, o
clube de teatro está encarre-
gue de preparar a peça de Natal do Colé-
gio, e este ano eu também entro. Sempre
quis participar na peça de Natal e repre-
sentar para todos os pais, alunos e tam-
bém para os professores. O meu papel é
Ambrósio, fiel empregado da D. Quitéria,
personagem principal, interpretada pela
Joana Saeed do 9º ano.
Diogo Caeiro, 6º ano
OOOO meu nome é Diogo Caeiro e
frequento o 6º ano. Vou
falar-vos sobre a história de
como entrei para o clube de teatro do Colé-
gio D. Luísa Sigea, clube este destinado a
alunos do 3º ciclo.
A minha irmã, que está no 9º ano, fre-
quentava esse clube às segundas-feiras à
hora de almoço e à tarde. Como
os meus pais só me
podiam vir buscar
depois de a minha
irmã acabar o clu-
be de teatro eu
tinha de ficar à
espera dela. Os
meus pais pedi-
ram-nos para per-
guntar à professora
Andreia, responsável pelo
mesmo, se eu podia entrar. A profes-
sora deixou e eu na segunda-feira seguinte
lá estava pronto para trabalhar, ou melhor,
para dançar.
As colegas do 9º ano, que pertencem
ao clube, não gostaram muito da ideia, pois
elas tiveram que esperar até chegarem ao
7º ano para poderem entrar no clube, e eu
não, pois nessa altura ainda frequentava o
5º ano. Senti-me culpado e quis sair do
clube, mas a professora Andreia incentivou
-me a continuar. Passou-se um ano e elas
O Clube de Teatro do Colégio
O GAZETEIRO 12 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
Apareceram uns soldados
que queriam ficar com a
raposa gigante para que
esta lutasse contra os inimi-
gos (Gonçalo).
Levaram a raposa para a
guerra (Afonso, Lúcia,
Gabriel, Jorge e Leonor).
A guerra foi num rio mui-
to alto onde a raposa caiu
(Enzo).
EEEE ra uma vez uma
menina (Sofia)
que adorava
brincar no jardim (Catarina).
Um dia a menina conheceu
um menino muito giro
(Tomás) e começou a brincar
com ele (Pilar).
Encontraram um parque
(Carlos).
Como já era tarde
(Nimeesha) a menina decidiu
ir para casa jantar (Mariana)
e o menino também (João).
Mais tarde, a menina ador-
meceu e sonhou com um
unicórnio gigante (Lourenço).
Quando o menino adorme-
ceu, sonhou com uma raposa
gigante a comer o unicórnio
gigante… (Pedro) Oh! Oh!
(Matilde e Gonçalo).
Apareceram uns soldados
que eram também veteriná-
rios, que abriram a barriga
da raposa gigante (Mariana e
Carlos).
Uma princesa encontrou o
seu unicórnio com purpurinas
e levou-o para o seu castelo
(Matilde).
Pais na Infantil
Os Belos Adormecidos
“CATRAPUM!” (todos).
Os meninos acordaram
(todos).
Afinal, os dois meninos
estavam a ter o mesmo
pesadelo (todos).
Texto colectivo do 1º ano
13 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
sonora.
Pressionados para apanhar o comboio a
tempo, “voámos” pelos jardins de Belém
sem sequer visitar o nosso digníssimo Presi-
dente da República, nem provar os famige-
rados e deliciosos pastéis. Imperdoável!
Nesta visita destacou-se a nossa colega
Francisca Correia que percorreu grandes
distâncias com o Rodrigo às cavalitas, sem-
pre com um sorriso nos lábios. Incansável!
Foi muito bom termo-nos deslocado de
comboio pois sentimo-nos mais independen-
tes e mais adultos. No entanto, é importan-
te melhorar o nosso comportamento nos
transportes públicos pois, por vezes, parecia
que estávamos na feira de Carcavelos aos
gritos e às gargalhadas, esquecendo-nos
que iam outros passageiros na nossa car-
ruagem.
Manuel F. Rêgo, 7º ano
NNNN o dia 23 de Novembro, deslocá-
mo-nos de comboio ao planetá-
rio da fundação Calouste Gul-
benkian, em Belém.
Durante a viagem estávamos demasiado
irrequietos, pelo que fomos chamados várias
vezes à atenção pelos professores que nos
acompanhavam, a professora Madalena e a
professora Ana. Parecia que nunca tínhamos
andado de comboio!
Saímos em Belém e percorremos um
longo caminho a pé em direcção ao local da
visita de estudo, o planetário, onde pudemos
observar exposições sobre temas ligados à
matéria da disciplina de Físico-Química.
Apesar de no local se encontrarem vários
alunos de outras escolas, o recinto não esta-
va completo e não compreendemos a razão
de nos terem sentado naquelas cadeiras pois
as imagens projectaram-se quase sempre
atrás de nós, o que nos provocou uma gran-
de dor no pescoço!
Outro ponto negativo a apontar nesta
visita de estudo foi a voz monocórdica do
apresentador o que, no meio de toda aquela
escuridão, nos provocou uma enorme sono-
lência.
A terminar a apresentação, ouvimos ao
longe uma trovoada que mais parecia um
pequeno temporal, o que nos decepcionou
muito pois alguém nos informara que iría-
mos presenciar uma verdadeira tempestade
Sétimo ano viaja pelo espaço
O GAZETEIRO 14 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
Um livro que adorei foi o clássico O Cão
dos Baskervilles de Sir Arthur Conan Doyle.
Li duas vezes, gostei mesmo muito.
Outro livro que achei muito engraçado
foi um chamado Milhões, de Frank Cottrell
Boyce. Fala sobre dois irmãos, Damian e
Anthony, que encontram um saco cheio de
dinheiro, em libras. Só há um pequeno pro-
blema - como gastar todo esse dinheiro,
quando faltam
apenas alguns
dias para a transi-
ção para o Euro?
O livro é todo à
volta disto. É uma
história que tanto
nos faz rir, como
chorar. É muito
interessante e
aconselho-o a
qualquer pessoa.
Este Verão comecei a ler livros em
inglês, mas não foram a melhor escolha em
termos de história. Mas o facto de serem
noutra língua, que não o Português, deixou
-me muito orgulhosa de mim própria. Não
aconselho a ninguém a Danielle Steel, e o
Nicholas Sparks foi especialmente criado
para pessoas que adoram aquele tipo de
romances irrealistas.
Inês Lima, 9º ano
SSSS ou daquelas adolescentes que, por mais estranho que seja, adora ler!
Não aguento muito tempo sem ler
alguma coisa, e tenho sempre um livro
comigo. Não é nerd, nem nada do género,
simplesmente gosto.
Eu devo ter um tipo qualquer de doença
rara porque, sempre que vejo uma livraria/
biblioteca, fico horas a ler as sínteses da
parte de trás
dos livros.
Ultimamen-
te, não ando a
ler nada de
fascinante. É
um livro curto,
e rápido de se
ler: O Diário
d e E i l e e n
Goudge. Muito
resumidamen-
te, fala sobre duas irmãs que encontram um
diário da Mãe, que revela coisas que elas
desconheciam, e que as deixa, por um lado
intrigadas mas, por outro, chocadas. Há
sempre aquela vacilação do ‘ler ou não ler?’,
mas acabam por ler o diário e descobrir que
o seu pai não foi o único amor da mãe, o
que gera uma reviravolta na vida delas, que
sempre acreditaram que os pais tinham um
casamento perfeito. Até agora, está a ser
engraçado, nada de outro mundo, mas
quando o escolhi não esperava que o fosse.
Leituras
15 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
que devemos comer ou não.
Antes de comermos, os alunos do 6º
ano deram-nos uma explicação sobre a
roda dos alimentos.
Depois, sim, começámos a comer: sala-
das de fruta e de feijão-frade, bolacha-
maria, tostas com pasta de atum, leite sim-
ples… estava tudo com bom aspecto.
No fim, quisemos repetir a salada de
feijão-frade, que estava óptima, mas infe-
lizmente já não havia.
Agora, estamos ansiosos para passar
para o 6º ano, para fazermos um lanche
saudável igual. Adorámos.
Os alunos do 5º ano
EEEE stávamos nós a trabalhar,
quando uma menina do 6º ano
bateu à porta e disse:
— Eu vim aqui para vos convidar a vir
tomar um lanche saudável.
E todos nós dissemos:
— Boa! Acabaram as aulas!
E fomos, numa fila, para a sala do 6º
ano.
A sala estava toda enfeitada, o quadro
preenchido com desenhos, as mesas com
comida e com cartões pendurados a dizer o
O Lanche saudável
Feliz Natal Feliz Natal Feliz Natal Feliz Natal
O GAZETEIRO 16 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
Henrique Leones
O Natal pelos artistas do 8º ano
Teresa Abreu
Teresa Ponces
17 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
Uma menina chamada Leo-
nor, foi à rua e estava a
ficar tarde. Encontrou o Pai
Natal e o Jesus estava a ver
o que ela estava a fazer. Ela
estava a brincar e de repen-
te encontrou um pinheirinho
que não estava arrancado
da terra. Ela decidiu tirá-lo
com uma pá e lavá-lo para
casa. Quando a mãe viu o
pinheirinho, disse assim:
— Boa, boa, assim já
temos sítio para pôr as
prendas e S. José e D.
Maria já têm um sítio para
pôr o seu filho Jesus.
Leonor Fernandes
O Menino Jesus nasceu
e toda a gente foi vê-lo.
Toda a gente ficou con-
tente porque S. José e a
D. Maria tinham um
filho.
Diogo Brito
O Natal para os meninos da Pré-primária
Alice Agante
O GAZETEIRO 18 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
Carta ao Pai Natal
Querido pai Natal,
Como tens passado? Está tudo a correr
bem?
Acho que ainda não fiz nada de grave,
mas, se tiver feito, eu juro-te que não conti-
nuo assim e que mudo isso. Sabes, é que
eu tenho um desejo que está aqui entalado
na minha consciência e, se não disser, acho
que vou rebentar!
O meu desejo é um grande segredo
que tem a ver com a família. Quando penso
no contrário dele, até começo com uma
vontade de chorar!
Vou directa ao assunto: dia 2 de
Dezembro, a minha bisavó fez anos (foi no
dia que escrevi a carta) e já faz muitos.
Gostava que a ela, tão boa que é, aconte-
cesse um milagre: voltar a ter as suas per-
nas maravilhosas para andar.
Ela é muito especial para mim, porque:
joga comigo às cartas, “brinca”, faz muitas
piadas e, de tudo, o mais importante é que
ela é a única bisavó que me lembro, quer
dizer, ela ainda vive, mas acho que ela seria
e é a melhor do mundo!
Bom obrigada por teres lido a carta, e
espero que se concretize.
Um grande beijo e abraço da
Maria Marques
PPPP ara muitos de nós, o Natal é
um símbolo que lembra pren-
das e a comida deliciosa. Mas
o Natal não é só isso.
O Natal é ter a família toda reunida (o
que nem sempre é possível no dia-a-dia).
E depois da família toda reunida, sim,
devemos abrir as prendas em conjunto e
a bela comida devemos comê-la.
Nós temos que aproveitar o Natal, ele
só existe uma vez por ano.
Comemos peru assado, bolo, sonhos
(especialidade natalícia), entre muitas
outras coisas.
Todos juntos dançamos, rimos e convi-
vemos com parentes que já não vimos há
muito tempo.
É uma grande alegria estar na compa-
nhia de todos e estarmo-nos a divertir!
Muitos de nós gostamos do Natal, por-
que vimos filmes de Natal, fazemos a
árvore de Natal, o presépio e estamos
com a família…
Passamos o Natal com paz, amor, ami-
zade e carinho.
FELIZ NATAL!
Mafalda Rodrigues, Maria Cunha
e Rafaela Farias, 4º ano
Natal
19 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
lógico, para tirarmos muitas fotografias.
Achei tudo muito bonito e entusiasman-
te!
Nós não pudemos ver o show das aves
ao ar livre porque chovia e por isso almoçá-
mos numa “cabana”, a ver os tigres. Coita-
dos deles, a sentir o cheirinho dos hambúr-
gueres da D. Micas...
De seguida, fomos ver a alimentação dos
leões-marinhos, que são piscívoros, isto é,
alimentam-se de peixe. Eu adorei!
Fomos ver se o teleférico, pensando que
estava aberto, mas não estava. Todos nós
ficámos tristes, mas não desanimámos.
Fomos ao reptilário, o que foi divertido!
Entrei numa carapaça gigante, senti-me um
verdadeiro réptil.
A seguir, fomos à quintinha e vimos os
animais e também demos festinhas a
alguns deles. Não fomos ao gaiolão porque
estava fechado. Que pena que eu tive!
No fim do nosso passeio, comprámos
lembranças e viemos embora.
Foi um dia fabuloso!
Afonso Nobre, 5ºano
NNNN o dia 8 de Novembro de 2010,
eu e os meus colegas do 5º
ano fomos ao Jardim Zoológico
de Lisboa.
O tempo não estava muito bom, chovia,
mas nada nos impediu de nos divertirmos e
aprendermos.
Quando chegámos, fomos logo refugiar-
nos no Templo dos Tigres. Este foi o animal
de que mais gostei. Os tigres são felinos
carnívoros, ameaçados pelos caçadores fur-
tivos que querem as suas peles para as
venderem nos mercados, garras para amu-
letos e enfeites e também se podem encon-
trar cinzeiros feitos das suas patas. Uma
crueldade que me leva a dizer que o
Homem é o predador mais cruel e por moti-
vos errados.
Estivemos 90 minutos com duas senho-
ras que nos falaram sobre os animais e eu,
que sei muito destas coisas, aprendi muitas
mais, valeu bem a pena!
Depois demos uma volta ao jardim zoo-
O 5º ano entre os bichos
O GAZETEIRO 20 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
copiar os trabalhos!
Diabo – E é por isso que vens comigo, para
refazeres todos os tpc’s sozinha, no Inferno!
Até já imagino como é que te safavas nos
testes….
Alice – Não sabes o quanto eu me esforça-
va! Na véspera dos testes matava-me a
estudar... Para além disso, com suor, por
vezes conseguia uns sessentas ou setentas
até!
Diabo – Com o teu suor? Deixa-me rir!
Com o suor do vizinho da frente! Copiar era
o que tu fazias melhor! Enganaste os pro-
fessores mas a mim não me enganas!
Alice – E tu?! Nem penses que vou ficar
aqui a ouvir-te! O tempo em que eu tinha
de ouvir discursos chatos sobre os meus
erros e que tinha de melhorar já eram! Vou
tentar entrar na Barca do Anjo... Fui!
(Inconformada com tudo o que o Diabo lhe
havia dito, Alice dirige-se à Barca do Anjo.)
Anjo – Alice! O que fazes aqui? A barca dos
preguiçosos é além.
Alice – Preguiçosos? Preguiçosos são os
que têm negativas! Eu, negas não tive
nenhuma...
Anjo – Mas tu consideras que os teus cin-
CCCC hega Alice aos cais, com a sua
colecção de testes de 50% e
duas Cadernetas do Aluno
cheias de recados.
Diabo – Olha quem vem lá... A calona da
Alice!
Alice – Eu, calona?! Não tive nenhuma nega
nos últimos meses e ia bater o recorde de
cinquentas se não tivesse caído da janela da
sala de aula...
Diabo – O que o aborrecimento leva as pes-
soas a fazerem, não é? Vê pelo lado positi-
vo: ao menos, os teus professores não tive-
ram de aturar as tuas interrupções e comen-
tários ridículos...
Alice – Ridículos? Eram muito pertinentes! E
punham os meus colegas todos a rir! Sem-
pre fiz boa figura!
Diabo – Sim... E os stores? Também acha-
vam graça? Aposto que quando chegava a
altura de inserirem a tua nota da atitude nas
grelhas, lembravam-se das tuas gracinhas e
partiam-se a rir! Por causa destas distrac-
ções é que inseriam sempre a letra errada
no teu comportamento. Porque tu és uma
aluna exemplar! Sempre fizeste os TPC’s não
é?
Alice – Claro! Quantos intervalos eu perdi a
O Auto da Barca do Inferno (nos dias de hoje)
21 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
tantes! Mas tu esperavas que eles culpas-
sem outro colega? Se tu cometes um erro
tens de assumi-lo, e antes de cometê-lo
devias pensar que ele traria consequên-
cias. E já que eras tão corajosa para faze-
res porcaria na aula, também devias ter
sido corajosa o suficiente para mostrares
aos teus pais a caderneta cheia de reca-
dos que descreviam as situações.
Alice – Eu mostrava, mas sempre conse-
gui inventar uma desculpa e nunca era
castigada!
Anjo - Eras uma mentirosa e ingrata, e
desperdiçaste o teu tempo com atitudes
inúteis que não te levaram a lado
nenhum! Agora vais ter a eterna oportuni-
dade de ser uma boa aluna. Mexe-te! As
aulas para calões começam daqui a meia
hora e a Barca do Inferno está prestes a
partir!
Alice retorna assim ao Batel Infernal e,
sem dar hipótese ao Diabo de fazer um
comentário, embarca.
Joana Saeed e Lilian Farias, 9º ano
quentas eram suficientes? Eram suficien-
tes para passar, mas não para te tornar
alguém com conhecimento. E, para as
pessoas que te avisavam sobre isto, e
que se preocupavam contigo foste mal-
criada e trataste-as mal!
Alice – Preocupavam-se comigo? Tudo o
que os professores sabiam fazer era
escrever recados e dar faltas disciplina-
res! Só porque eles diziam que eu não os
respeitava… Eles também não me respei-
tavam! Tratavam-me de forma diferente
dos meus colegas cromos! Nunca me
davam oportunidades e a eles davam, só
porque aqueles marrões passavam a vida
a dar-lhes graxa!
Anjo – Que eu saiba, eram esses mar-
rões que te ajudavam nos testes e eles
tinham o respeito dos professores porque
eles respeitavam o facto de serem pes-
soas mais velhas e não os mandavam
para certos sítios…
Alice – Hei! Eu nunca os mandei para
lado nenhum! Eu é que me “mandei” da
janela! Já não os podia ver! Culpavam-
me sempre de tudo!
Anjo – De tudo não! Só das coisas pelas
quais eras responsável, que já eram bas-
O Auto da Barca do Inferno (nos dias de hoje)
O GAZETEIRO 22 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
dinhos hoje conhecida é um livro da autoria de
Rodolph Topffer.
O precursor desta “história aos quadradi-
nhos” é o escritor e desenhista alemão Wilhelm
Bush, que escreveu “Max und Moritz”, em 1865.
Cada acção das suas histórias era ricamente ilus-
trada e os textos muito agradáveis de ler.
Este tipo de escrita foi evoluindo ao longo
dos anos e há obras, cujas personagens ainda
hoje sobrevivem, como o caso de “Popeye”, cria-
do em 1929.
A banda desenhada é muito popular em todo
o mundo e é apreciada por jovens e adultos.
Tenho imensos livros de banda desenhada:
“Asterix e Obelix”, “Spirou e Fantásio”, “Calvin e
Hobbes” e “Gaston”. Gosto de todos mas o meu
favorito é Gaston.
Interesso-me muito por este tipo de leitura e
gosto de saber como foi a sua evolução. Estive
no “Amadora Festival de Banda Desenhada” e
adorei aprender e estar dentro de uma vinheta.
Aos que nunca leram “banda desenhada”,
aconselho que o façam! Irão adorar!
E já agora, visitem o Centro Nacional de
Banda Desenhada e Imagem em
www.amadorabd.com.
A banda desenhada é um tipo de escrita/
leitura que foi inventada no século XIX.
Os livros de banda desenhada têm gravuras
e palavras. São histórias aos quadradinhos, mui-
to interessantes. Ao mesmo tempo que vamos
lendo, vemos as personagens que normalmente
são divertidas. Algumas imagens até nos provo-
cam o riso.
É o tipo de leitura que mais me entusiasma.
A banda desenhada é chamada de “Nona
Arte” e é conhecida por nomes diferentes confor-
me o país.
Nos Estados Unidos designa-se de “comics”,
em França por “band dessiné”, na Itália por
“funetti”, na Argentina por “historietas”, em Por-
tugal por “banda desenhada”…
A primeira obra com as histórias aos quadra-
A banda desenhada por Frederico Nobre, 6ºano
23 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
A Festa-A-Metro Lda, tem uma grande experiência na área de organizações e decorações de festas, e tem como principal objectivo satisfazer todos os clientes, desde as mais crianças até aos mais adultos.
Está há onze anos no mercado, como Party Land Oeiras, e recentemente criou a sua própria marca, Mundo das Festas.
A sua principal actividade é a venda de artigos para festas, sejam elas quais forem. Para além do comércio dos artigos, tam-bém tem outros serviços relacionados com as mesmas, tais como enchimento, entrega e decorações com balões, catering, aluguer e decorações de espaços, aluguer de insufláveis, animações e
tudo aquilo que estiver a imaginar, ou que pretende imaginar e não sabe como, para uma festa inesquecível, única e personaliza-
da.
Queremos imaginar consigo... Esperamos por si!
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O GAZETEIRO
O GAZETEIRO 24 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
25 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA O GAZETEIRO
Espaço Lúdico
Descobre as 8 diferenças.
O GAZETEIRO 26 O JORNAL DO COLÉGIO D. LUÍSA SIGEA
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