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7/28/2019 6 Gnero dramtico
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O GNERO
DRAMTICOAlgumas consideraes sobre Os Persas
de squilo, dipo Rei de Sfocles,Medeia de Eurpides eAs Rs de Aristfanes
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Nascida, pois, de improvisaes a princpio tanto ela [tragdia] quanto a comdia, uma porobra dos que regiam o ditirambo, a outra por
obra dos que regiam os cantos flicos, costumeainda hoje conservado em muitas cidades apouco e pouco a tragdia cresceudesenvolvendo os elementos que se revelavam
prprios dela e, aps muitas mudanas,
estabilizou-se quando atingiu a naturezaprpria.
A comdia como dissemos, imitao depessoas inferiores; no, porm, com relao atodo vcio, mas sim por ser o cmico umaespcie do feio. A comicidade, com efeito, um defeito e uma feira sem dor nemdestruio.; um exemplo bvio a mscaracmica, feia e contorcida, mas sem expressode dor.
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TRAGDIA
pice no sculo V (considerado Perodo Clssico)
Walter Nestl: A tragdia nasce quando o homemcomea a olhar para si e para os outros com olhos decidado
Principal evento: Grandes Dionisacas.
Grande evento da cidade. O Teatro representava,
tambm, o local de encontro dos nobres e outrascamadas sociais, menos favorecidas no evento.
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SQUILO525/524 a.C.456 a.C.;
Viveu durante as Guerras Mdicas e Liga do Peloponeso;
Presenciou o incio, o apogeu e o fim do poderio ateniense;
Inseriu o segundo ator (deuteragonista) em cena na tragdia;
Necessidade de glorificar o perodo;
Responsvel pela reduo do coro;
uma dessas pocas felizes na histria dos povos, em que a vontadedo indvduo tem a conscincia de que parte de um grande todosignificativo. (LESKY, 2003, p. 94)
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OS PERSAS
Apresentada em 472 a.C.;
mote histrico: Guerras Mdicas;
ntido conhecimento da importncia mtica;
distanciamento da realidade;
realidade x fantasia (elaborao esttica);
importncia do coro (narrativa);
Elementos de dramaticidade;
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Estes, dos persas que se foram
terra grega, so chamados fiis,
e das opulentas e multiureas sedes
guardies, que por antiguidade,
prprio senhor rei Xerxes
nascido de Dario
escolheu para vigiar a regio.
Ao pensar no regresso do rei
e do multiureo exrcito, j
um maligno pressago mpeto
sobressalta ntimo, pois toda fora
nascida da sia se foi, e por jovem
marido uiva. Nenhum mensageiro,
nenhum cavaleiro
chega cidade dos persas.
Eles, de Susa e de Ecbtana
e da antiga torre cssia,
partiram e foram, uns a cavalo,
outros em navio, e pees a p,
dando linha de combate.
Assim Anistres e Artafanes
e Megabates e Astaspes
chefes dos persas, do grande rei
vice-reis, avanam, vigias
de vasto exrcito, hbeis arqueiros
e cavaleiros, terrveis de ver,
temveis em combate,
na nobre glria da vida.
Artembares, rdego cavaleiro,
e Masistres e o hbil arqueiro
bravo Imaios e Farandaces
e o condutor de cavalos Sostanes.[...]
(SQUILO, Os Persas, 1-32)
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SFOCLES
497/496 a.C.406/405 a.C.;
Engajamento poltico;
Ambiguidades da vida social;
Forte ligao com a tradio;
Essa vida prenhe de grandeza e perigo que, apesar de todo o
alargamento externo de poder, se mantinha nos slidos vnculos da
plis, viveu-a Sfocles, e suas obras do mostra de que conhecia seusdois aspectos: a orgulhosa incondicionalidade da vontade humana eos poderes que, sua indomabilidade, lhe preparam a perda.(LESKY, 2003, p. 141-142)
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DIPO REI
Representada em 427 a.C.;
Pegou apenas o segundo lugar;
Modificaes drsticas no mito original;
Grande trama e maldio mitolgicas;
Questes polticas;
Redimensionamento do coro e introduo do terceiro ator;
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A peripcia a mudana da ao no sentido contrrio ao
que foi indicado e sempre, como dissemos, emconformidade com o verossmil e necessrio. Assim, no
dipo, o mensageiro que chega julga que vai dar gosto adipo e libert-lo de sua inquietao relativamente a sua
me, mas, quando se d a conhecer, produz o efeito
contrrio. [...] O reconhecimento, como o nome indica,faz passar da ignorncia ao conhecimento, mudando a
amizade em dio ou inversamente nas pessoas voltadas felicidade ou ao infortnio. O mais belo dos
reconhecimentos o que sobrevm no decurso de umaperipcia, como acontece nodipo.
(ARISTTELES, 2003, p. 255)
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EURPIDES
480 a.C.406 a.C.;
Pouco considerado por seus contemporneos;
Perodo greco-romano eleva o valor de sua obra;Carter misantropo e debatedor de ideias;
Mito como coletnea de histrias;
Forte influncia sofstica;
Distanciamento dos deuses e proximidade com o pensamentoracional;
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MEDIA
Representada em 431 a.C.;
Pegou apenas o terceiro lugar;
Retrato das foras antagnicas que regem as vontades humanas; Crtica tradio religiosa;
Possvel misoginia euripidiana;
uma constante do teatro euripidiano o pattico, o sofrimentohumano, quer seja uma decorrncia da guerra, quer da paixo humana,do erro, ou dos deuses (ROSA, Edvanda B. Medeia, p. 08);
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Masculino x Feminino
As preocupao de Medeia so deoutra ordem; move-a o cuidado com oslaos familiares, os sagrados laos da
philia, bem como sente-se trada pelohomem ao qual sempre favoreceu.
(ROSA, E. B. Medeia, p. 11)
Assim, muito mais que um simples atode vingana, a morte dos filhos pelas mosda prpria me representa um reequilbrioda ordem estabelecida. A salvaosimboliza sua reintegrao no universosagrado, como o qual havia anteriormenterompido. (ROSA, E. B. Medeia, p. 12)
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Tristeza vale mais que riso, porque atristeza do semblante boa para o corao(Eclesiastes 3,7)
Do riso eu disse: loucura! E da alegria eudisse: para que serve? (Eclesiastes 2,2)
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COMDIA
oficializada em 486 a.C. nas Dionisacas Urbanas;
stira direta aos polticos;
Importncia da Parbase;
A primeira representao de Aristfanes de 425 a.C.
Os assuntos apresentados tentavam fugir, ao mximo,
de histrias mticas cristalizadas; Dilogos mais pitorescos, importncia textual menor
para os alexandrinos;
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ARISTFANES
Maior representante da comdia antiga;
447 a.C. 380 a.C.
Os acarnenses (425), Os cavaleiros (424), As nuvens (423), Asvespas (422), A paz (421), As aves (414), Lisstrata (411), As
tesmoforiantes (411), As rs (405), As mulheres na Assemblia(392) e Pluto (388).
.[Plato], AP App. 33.1-2
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A mesma diferena distingue a tragdia da comdia: umaprope-se imitar os homens, representando-os piores, a outramelhores do que so na realidade. [...] A imitao produz-sesegundo esses trs modos, como dissemos ao princpio, a saber:os meios, os objetos, a maneira. Sfocles, de um lado, imita
maneira de Homero, pois ambos representam homens melhores,de outro lado, imita maneira de Aristfanes, visto ambosapresentarem a imitao por personagens em ao diante dens. Da vem que alguns chamam a essas obras dramas(drmata), porque fazem aparecer e agir as prprias
personagens (drntes). (ARISTTELES, p. 242-243, 2003)
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Comdia x TragdiaO papel de Dioniso
Nosso interesse em confrontar Bacantes, de Eurpides, comRs, de Aristfanes, dar destaque a dois modos deconfigurao do Dioniso. Em Bacantes, o conflito entre elessustenta a trama da pea. Em Rs, um deles, correspondenteaos esteritipos que Penteu dissemina, responde pelaconfigurao cmica do deus Dioniso. Bierl faz observaesque nos podem auxiliar na reflexo sobre esse duplo
tratamento do deus no teatro. Segundo ele, o deus do mito,louvado em hinos, contrasta com o deus do culto, que oateniense mdio associava com o beber vinho. caracterstica do culto de Dioniso libertar o homem dosofrimento, faz-lo esquecer-se das preocupaes do dia adia, o que se consegue com o vinho, inveno de Dioniso. A
dimenso do culto se associa liberdade cmica, para criaruma trama leve e alegre. Em outros termos, o poeta cmicoequaliza sua potica com a principal funo do culto deDioniso. Todos os poetas cmicos parecem ter posto maisnfase na dimenso cultual do que no aspecto cruel eambivalente do deus, que prevalece na tragdia. (DEZOTTI, p.126-127, 1997)
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Xntias: Digo Alguma daquelas piadas costumadas,
patro, das que sempre provocam o riso dosespectadores?
Dioniso: Por Zeus, o que quiseres, menos estouaflito. Com isso, tem cuidado, porque j meaborrece.
Xntias: Nenhuma outra piada graciosa?
Dioniso: Exceto, como estou rasca!
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As rs , portanto, uma comdia que auto-representa o Teatro no sentido mais estrito do termometateatro. (PAVIS, 2001, p. 240). Nada mais
oportuno que o Teatro examine a si mesmo pelo visda comdia, j que essa possui entre suas sees, oque de mais congruente para uma discusso, oagon. (FRAL, 2009, p. 90)
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Rs: Brekekekex coax coax,Brekekekex coax, coax,filhas pantanosas das fontes,som dos hinos com as flautasentoemos.Minha ode em tom agudo,coax, coaxque em honra do Niseu,de Zeus filho, Dioniso,nos Pntanos fazamos ouvir,
nas divinas festas da Marmita,enquanto embriagada do festim,ao meu precintoa multido dos povos caminha,brekekex coax, coax.
Dioniso: E eu a sofrer comeo
no assento, oh coax, coax,mas a vs no d cuidado.
Rs: Brekekekex coax, coax
Dioniso: Oxal rebentsseis com o coax,No nada seno coax.
Rs: Naturalmente, oh charlato.Amaram-me as Musas de bela liraE Pan de crneos psQue da flauta, brincando, tira sons.E mais se alegra Apolo citaredo,
Por amor do canioQue nos pntanos hmidos crioPara a sua lira.Brekekekex coax, coax.
Dioniso: E eu j tenho bolhasE o cu, h muito, sua
E depressa, inclinando-se dir.
Rs: Brekekekex coax, coax.
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