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Análise deDesempenho
APRESENTAMOS A ANÁLISE DE DESEMPENHO DO BANCO
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S.A. RELATIVA AO
QUARTO TRIMESTRE E AO EXERCÍCIO DE 2009.
2
Análise de Desempenho ............................................................................................. 1
Destaques Financeiros ........................................................................................... 6
Destaques Operacionais ........................................................................................ 9
Desempenho do Banrisul no Mercado Acionário.................................................... 11
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.............................................................. 15
Cenário Econômico ................................................................................................ 17
O Estado do Rio Grande do Sul ............................................................................... 18
Market Share ......................................................................................................... 20
Reconhecimentos .................................................................................................. 22
Indicadores Econômico-Financeiros....................................................................... 27
Balanço Patrimonial Consolidado Dezembro de 2009 ............................................. 28
Ativos Totais...................................................................................................... 28
Títulos e Valores Mobiliários ............................................................................. 29
Relações Interfinanceiras e Interdependências ............................................... 30
Disponibilidades Consolidadas ......................................................................... 30
Operações de Crédito ........................................................................................ 31
Composição do Crédito por Porte de Empresa ................................................. 32
Composição do Crédito por Setor de Atividade................................................ 32
Composição do Crédito por Carteira ................................................................. 33
Crédito Comercial .............................................................................................. 35
Composição do Crédito por Rating.................................................................... 36
Provisão para Operações de Crédito ................................................................. 37
Índice de Cobertura ........................................................................................... 39
Índice de Inadimplência .................................................................................... 40
Recursos Captados e Administrados .................................................................. 40
Depósitos à Vista ............................................................................................... 41
Depósitos de Poupança ..................................................................................... 41
Depósitos a Prazo ............................................................................................... 41
Recursos de Terceiros Administrados ............................................................... 42
Custo de Captação .............................................................................................. 42
Patrimônio Líquido............................................................................................ 43
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio ............................................ 44
Sumário
3
Índice de Basileia ............................................................................................... 45
Velocidade de Crescimento ............................................................................... 46
Demonstração do Resultado Acumulado em 2009 .................................................. 47
Resultado Consolidado ...................................................................................... 47
Receitas da Intermediação Financeira .............................................................. 48
Resultado de Operações de Tesouraria ............................................................. 49
Receitas de Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil ........................ 49
Receitas do Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica .................................... 50
Despesas da Intermediação Financeira ............................................................ 53
Despesas com Operações de Captação no Mercado ......................................... 54
Despesas com Provisões para Operações de Crédito ....................................... 54
Resultado Bruto da Intermediação Financeira ................................................. 55
Margem Financeira ............................................................................................ 56
Receitas de Prestação de Serviços..................................................................... 56
Despesas Administrativas.................................................................................. 57
Outras Receitas Operacionais ............................................................................ 59
Outras Despesas Operacionais .......................................................................... 59
Indicadores Econômicos......................................................................................... 61
Grau de Alavancagem ........................................................................................ 61
Custo Operacional .............................................................................................. 61
Índice de Capitalização ...................................................................................... 62
Produtividade por Funcionário.......................................................................... 62
Índice de Eficiência ............................................................................................ 63
Margem Analítica................................................................................................... 64
Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas ................................ 66
Perspectivas........................................................................................................... 67
Balanço Patrimonial Consolidado Pro Forma .......................................................... 71
Demonstração de Resultado Pro Forma ................................................................. 72
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Desempenho Banrisul PNB x Índices de Ações Mercado Brasileiro.......... 12
Gráfico 2: Volume Financeiro, Volume de Negócios e Quantidade de Ações .......... 13
Gráfico 3: Banrisul Ação PNB - Distribuição Geográfica das Ações ............................ 14
Gráfico 4: Ativo Total ................................................................................................... 28
Gráfico 5: Composição dos Ativos............................................................................... 29
Gráfico 6: Títulos e Valores Mobiliários e Aplicações Interfinanceiras de Liquidez .. 29
Gráfico 7: Relações Interfinanceiras e Interdependências ........................................ 30
Gráfico 8: Operações de Crédito ................................................................................. 31
4
Gráfico 9: Evolução das Operações de Crédito Comercial Pessoa Física e
Pessoa Jurídica ............................................................................................ 34
Gráfico 10: Carteira de Crédito por Níveis de Risco.................................................... 37
Gráfico 11: Composição da Provisão para Operações de Crédito .............................. 38
Gráfico 12: Índice de Cobertura .................................................................................. 39
Gráfico 13: Índice de Inadimplência ........................................................................... 40
Gráfico 14: Recursos Captados e Administrados ........................................................ 41
Gráfico 15: Custo de Captação em relação à Taxa Selic .............................................. 43
Gráfico 16: Patrimônio Líquido.................................................................................... 44
Gráfico 17: Rentabilidade do Patrimônio Líquido Médio........................................... 44
Gráfico 18: Evolução do Índice de Basileia ................................................................. 45
Gráfico 19: Velocidade de Crescimento do Crédito e da Captação ............................ 46
Gráfico 20: Lucro Líquido ............................................................................................. 47
Gráfico 21: Receitas da Intermediação Financeira ..................................................... 48
Gráfico 22: Receitas de Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil ......... 50
Gráfico 23: Despesas da Intermediação Financeira ................................................... 53
Gráfico 24: Despesas de Captação no Mercado .......................................................... 54
Gráfico 25: Despesas com Provisões para Operações de Crédito .............................. 55
Gráfico 26: Margem Financeira ................................................................................... 56
Gráfico 27: Receita de Prestação de Serviços ............................................................. 57
Gráfico 28: Despesas de Pessoal e Outras Despesas Administrativas ....................... 58
Gráfico 29: Outras Receitas Operacionais................................................................... 59
Gráfico 30: Outras Despesas Operacionais ................................................................. 60
Gráfico 31: Grau de Alavancagem ............................................................................... 61
Gráfico 32: Custo Operacional ..................................................................................... 62
Gráfico 33: Índice de Capitalização ............................................................................. 62
Gráfico 34: Produtividade por Funcionário................................................................. 63
Gráfico 35: Índice de Eficiência ................................................................................... 63
Índice de Tabelas
Tabela 1: Ações de Comunicação e Relacionamento ................................................. 11
Tabela 2: Rede de Atendimento do Banrisul .............................................................. 15
Tabela 3: Dados Econômico-Estatísticos Rio Grande do Sul ....................................... 19
Tabela 4: Market Share Estadual ................................................................................. 20
Tabela 5: Market Share Nacional ................................................................................ 21
Tabela 6: O Banrisul no Processo Competitivo ........................................................... 21
Tabela 7: Indicadores Econômico-financeiros ............................................................ 27
Tabela 8: Composição das Disponibi lidades Consolidadas ........................................ 31
5
Tabela 9: Composição do Crédito Pessoa Jurídica por Porte de Empresa.................. 32
Tabela 10: Composição do Crédito por Setor de Atividade ........................................ 33
Tabela 11: Composição do Crédito por Carteira ......................................................... 34
Tabela 12: Composição do Crédito Comercial Pessoa Física e Pessoa Jurídica .......... 36
Tabela 13: Saldo das Provisões para Perdas ............................................................... 39
Tabela 14: Composição da Captação de Recursos ....................................................... 42
Tabela 15: Custo de Captação ...................................................................................... 43
Tabela 16: Receitas do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica .......................... 51
Tabela 17: Taxas Médias Mensais do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica .... 52
Tabela 18: Margem Analítica ....................................................................................... 65
Tabela 19: Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e Taxas ................ 66
Tabela 20: Indicadores Macroeconômicos para Projeção de Resultado .................... 68
Tabela 21: Perspectivas ............................................................................................... 69
6 6
Destaques Financeiros
O ano de 2009 iniciou sob o impacto do agravamento da crise financeira internacional.
A implementação de medidas anticíclicas por parte das autoridades reguladoras
domésticas foi suficiente para amenizar, no decorrer do primeiro semestre, a retração
de liquidez, manter a solvabilidade do setor bancário e ampliar a confiança dos agentes
na recuperação dos níveis de produção e consumo, tendência que, a despeito da
elevação da inadimplência no mercado de crédito, se consolidou ao longo do segundo
semestre de 2009. Um ano que iniciou sob a égide de um ambiente adverso terminou
com perspectivas favoráveis.
O Banrisul enfrentou o período de crise financeira sem sobressaltos, condição que
atesta o nível de amadurecimento alcançado como instituição de varejo. As linhas de
crédito permaneceram ativas, as modalidades consignado em folha de pagamento e
capital de giro às médias empresas destacaram-se como produtos de melhor
desempenho, prazos e preços foram adequados ao ambiente de maior risco,
indicadores de inadimplência refletiram o cenário de instabilidade e políticas
conservadoras de concessão e de constituição de provisões para perdas foram
mantidas. O Banco dispõe de liquidez e margem financeira para alavancar a carteira
de crédito e se prepara para ganhar escala diante de expectativas mais favoráveis de
crescimento econômico configuradas ao final do ano.
O resultado do exercício de 2009 não foi afetado por eventos não recorrentes. O lucro
líquido do Banrisul, no acumulado de 2009, foi de R$541,1 milhões, 7,2% ou R$36,4
milhões acima do resultado recorrente registrado no mesmo período de 2008. Incluídos
os itens não recorrentes de R$86,2 milhões contabilizados nos doze meses de 2008, o
lucro líquido acumulado em 2009 reduziu-se 8,4% ou R$49,8 milhões frente ao
registrado no ano anterior. O desempenho acumulado nos doze meses de 2009 foi,
positivamente, afetado pela elevação das receitas de crédito e com operações de
tesouraria e, negativamente, pelo aumento da inadimplência, especialmente na
primeira metade do ano, conjuntura que implicou na ampliação de provisão para
operações de crédito.
O resultado gerado, no exercício de 2009, corresponde a uma rentabilidade de 16,7%
calculada sobre o patrimônio líquido médio. Em dezembro de 2009, o patrimônio
líquido alcançou R$3.408,5 milhões, com crescimento de 10,7% sobre o saldo registrado
em dezembro de 2008 e de 3,3% em relação a setembro de 2009.
7
O lucro líquido acumulado no 4T09 somou R$184,3 milhões, 7,2% ou R$12,4 milhões
acima do registrado no mesmo trimestre do ano passado e 26,2% ou R$38,2 milhões
acima do resultado apurado no 3T09. No último trimestre, a performance foi favorecida
pela expansão do crédito, especialmente junto ao segmento empresarial, pela redução
da despesa de captação no mercado e pela ampliação da receita de serviços.
O resultado bruto da intermediação financeira - RBIF - do exercício de 2009 foi de
R$2.119,7 milhões, 23,1% acima do obtido no ano passado. O RBIF do 4T09, R$572,0
milhões, apresentou incremento de R$56,5 milhões frente ao apurado no 4T08 e
expansão de R$9,7 milhões em relação ao montante contabilizado no 3T09. O
desempenho em 2009 reflete, especialmente, a expansão das receitas de crédito e
com títulos e valores mobiliários. No último trimestre, o incremento da receita de
crédito e de tarifas constituiu-se no principal fator de ampliação do resultado.
Os ativos consolidados alcançaram, em dezembro de 2009, R$29.084,1 milhões, com
incremento de 15,4% sobre dezembro de 2008 e de 1,8% em relação a setembro de
2009. O crescimento dos ativos, em doze meses, foi motivado pelas operações de
tesouraria e de crédito, embora a evolução de ambos os montantes não tenha sido
linear ao longo do ano, tendo as aplicações em títulos sido priorizadas no início de
2009 e o crédito a partir do segundo semestre, face à necessidade de administração da
exposição a riscos de liquidez e de inadimplência. No último trimestre, especialmente
a recuperação do crédito comercial empresarial favoreceu o crescimento dos ativos.
As operações de crédito do Banrisul somaram R$13.414,2 milhões ao final de dezembro
de 2009, com expansão de 17,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 7,1%
no último trimestre. A carteira comercial totalizou R$10.108,6 milhões, com
crescimento de 19,6% em doze meses e de 8,3% nos últimos três meses. As operações
de crédito comercial com pessoas físicas somaram R$5.421,6 milhões ao final de
dezembro de 2009, com expansão de 38,1% comparativamente a dezembro de 2008 e
de 5,5% em relação ao saldo alcançado em setembro de 2009. As operações com pessoas
jurídicas totalizaram R$4.687,0 milhões em dezembro de 2009, com incremento de
3,7% na comparação com dezembro do ano passado e crescimento de 11,7% em relação
a setembro de 2009.
Os recursos captados e administrados atingiram saldo de R$21.902,4 milhões em
dezembro de 2009, com crescimento nominal de 14,9% em relação à posição registrada
em dezembro de 2008 e de 5,0% sobre setembro de 2009. Os depósitos alcançaram,
em dezembro de 2009, R$16.369,7 milhões, com expansão de 14,8% sobre dezembro
8
de 2008 e de 5,9% sobre setembro de 2009. Os recursos de terceiros administrados
atingiram R$5.532,7 milhões, posição 15,2% acima da registrada em dezembro de 2008
e 2,6% acima da alcançada em setembro de 2009.
O Banrisul recolheu e provisionou, em 2009, R$575,6 milhões em impostos e
contribuições próprios, enquanto os tributos retidos e repassados, incidentes
diretamente sobre a intermediação financeira e demais pagamentos, totalizaram
R$451,5 milhões.
9 9
Destaques Operacionais
A agência classificadora de risco de crédito Austin Rating afirmou, em outubro de
2009, o grau de classificação de risco de longo prazo “A+” e de curto prazo “A-2” do
Banrisul. A manutenção da classificação fundamenta-se na boa capitalização,
pulverização dos ativos e passivos, diversificação das fontes de receita, qualidade de
créditos, patamares adequados de liquidez, rentabilidade e expansão da área de
atuação com abertura de agências estratégicas fora do Estado. A classificação “A+”
significa que o Banco apresenta solidez financeira intrínseca, atua de forma segura e
apresenta boa situação financeira histórica. O ambiente empresarial pode variar, porém
sem afetar as condições de funcionamento da Instituição. A classificação “A-2” é dada às
instituições que têm boa capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo e risco
de crédito baixo.
No mês de março de 2009, foi aprovado, em Assembleia Geral Ordinária e
Extraordinária, o pagamento de dividendos complementares do exercício de 2008, no
montante total de R$38,5 milhões, e a distribuição de dividendos adicionais para o
exercício de 2009, em percentual equivalente a 15% do lucro líquido ajustado,
totalizando dividendos de 40%. Na mesma ocasião, reforçando o conceito de
governança corporativa no Banrisul, foram eleitos representantes indicados pelos
acionistas titulares de ações preferenciais para o Conselho de Administração e para o
Conselho Fiscal. No ano de 2009, foram pagos e provisionados R$215,4 milhões a título de
juros sobre o capital próprio e dividendos antes da retenção de Imposto de Renda.
O Banrisul venceu, em agosto de 2009, o certame realizado pelo Instituto Nacional do
Seguro Social – INSS, para aquisição do direito de gestão da folha de benefícios
concedidos no Estado do Rio Grande do Sul, a partir de janeiro de 2010, pelos próximos
cinco anos. A bem-sucedida participação no leilão assegura ao Banco a preferência no
pagamento de aposentados, pensionistas e beneficiários do INSS no Estado.
Atualmente, são pagos através do Banrisul um total de 490,0 mil benefícios. A previsão
é de que, nos próximos cinco anos, sejam concedidos aproximadamente 31,0 mil
novos benefícios mensalmente, contabilizando-se, no final desse período, 1,8 milhão
de novos benefícios. Essa conquista representa, portanto, um aumento significativo
da base de clientes. O contrato firmado com o INSS cria condições para alavancar
negócios com minimização de riscos, além de proporcionar ao Banco a ampliação do
market share.
10
O Banrisul lançou, ao final do 3T09, um novo canal de comunicação corporativa na
Internet, atavés do site www.banrisulmultimidia.com.br. O espaço virtual oferece ao
visitante acesso a vídeos especialmente produzidos para divulgar as facilidades dos
produtos e serviços do Banco, ações sociais, educacionais e culturais em cinco
programas: Facilidades, Pra Nós, Ser Banrisul, Institucional e Banrisul em Ação. Essa
iniciativa é uma forma inovadora da Instituição manter um relacionamento mais
próximo com seu cliente e mostrar ao usuário da Internet o que é o Banrisul e qual a
sua importância na vida das pessoas.
Segundo estudo divulgado pela consultoria Economática, de São Paulo, as ações do
Banrisul alcançaram o terceiro melhor rendimento em 2009 do setor bancário da
América Latina e dos Estados Unidos. Os papéis do Banco registraram alta de 277,7%
em 2009 e um volume médio diário de US$3,429 milhões. No estudo, foram
consideradas somente ações com presença superior a 70% nos pregões de 2009 e
volume médio diário maior que US$1,0 milhão. A rentabilidade percentual foi calculada
com todas as cotações em dólares.
Os investimentos em hardware, software e manutenção de bens somaram R$226,8
milhões no ano de 2009. Fortalecer os mecanismos de segurança nas transações
bancárias e ampliar a eficiência operacional da infraestrutura de sistemas da Instituição
constituíram-se nas principais prioridades da política de investimentos em tecnologia.
A inserção gradativa do Cartão Múltiplo Banrisul, a aplicação da certificação digital,
com geração e gerenciamento de certificados internos por meio de uma autoridade
certificadora própria e o aprimoramento dos processos de criptografia nos canais de
negócios e na transmissão de dados refletiram em aumento da segurança das
transações eletrônicas. Já a estratégia de modernização da infraestrutura de sistemas
contemplou mudança de tecnologia da plataforma de grande porte, aquisição de novos
equipamentos com maior capacidade de processamento e investimentos na
atualização da solução de armazenamento de dados históricos. A modernização do
principal data center do Banrisul, a implementação do projeto de virtualização de
servidores e a aplicação de uma nova estrutura de rede, contemplando os
equipamentos responsáveis pelas funções de centro de rede nos dois data centers,
permitem ao Banco atender ao crescimento dos negócios com alta disponibilidade e
segurança.
1111
Desempenho do Banrisul noMercado Acionário
O Banrisul tem aprimorado o processo de
comunicação com o mercado desde que aderiu
ao Nível 1 de Governança Corporativa da BM&F
Bovespa S.A., ao realizar em 2007 oferta
pública primária e secundária de ações. A
relação transparente com clientes e
investidores é construída pela disseminação
de dados e informações ao mercado,
comunicação que proporciona maior e oportuno conhecimento sobre os negócios do Banco.
O site de Relações com Investidores do Banrisul, com versões em língua portuguesa e
inglesa, disponibiliza informações claras, detalhadas e oportunas para acionistas,
investidores institucionais, pessoas físicas, analistas de mercado e demais interessados.
Para ampliar o alcance e aprimorar sua comunicação, adota a prática, no relacionamento
com o mercado em geral, de envio permanente de notícias e comunicados relacionados à
Empresa, mantendo comunicação ágil e equânime com seu público.
No ano de 2009, foram realizadas 47 reuniões, 49 teleconferências, três reuniões APIMEC,
uma apresentação na Expo Money e 65 eventos no exterior, totalizando 165 oportunidades
de aproximação com analistas de mercado, investidores e acionistas pessoas físicas e
jurídicas, nacionais e estrangeiras. No total, cerca de mil participantes estiveram envolvidos
em todos os eventos voltados à área de relacionamento com investidores realizados ao
longo do ano.
Tabela 1 Ações de Comunicação e Relacionamento
4T09 3T09 2T09 1T09 4T08 3T08 2T08 1T08 4T07
Reuniões 18 4 4 21 20 7 7 31 7
Teleconfer ências 12 18 8 11 6 10 5 2 1
Eventos no Exterior * 22 28 15 0 37 0 11 6 51
Expo Money 1 0 0 0 0 0 1 0 0
Reuniões APIMEC 2 0 1 0 2 0 0 0 2
TOTAL 55 50 28 32 65 17 24 39 61
*2007 Boston, Londres e Nova Iorque.*2008 Londres, Madri, Mi lão, Nova Iorque e Stavang er.
*2009 Amsterdam, Boston, Dublin, Frankfurt, Genebra, Lausanne, Lisboa, Londres, Los Angeles, Madri, Nova Iorque, Paris, Roterdam,São Francisco e Washington.
12
A importância desses eventos reflete no volume de negócios dos ativos mobiliários do
Banrisul. Ao final de dezembro deste ano, a ação PNB (BRSR6) estava listada na 83ª posição
dentre as 100 ações mais negociadas na Bovespa (83ª posição em 12 meses, também).
Compondo os índices de Governança Corporativa (IGC) e de Tag Along (ITAG) desde julho
de 2007, o índice Small Cap a partir de sua criação, em abril de 2008, e o índice IBRX-100
desde janeiro de 2008, a ação PNB do Banrisul apresentou variação de 162,5% em sua
cotação no ano de 2009 (desvalorização de 40,9% no ano de 2008) e de 36,1% no último
trimestre (desvalorização de 5,9% no 4T08), desempenho superior ao Índice Bovespa
(82,7% e 33,1% no ano e no último trimestre respectivamente) e acima dos demais índices.
O desempenho das ações do Banrisul se reflete nas médias diárias registradas, ao longo do
ano de 2009, para o volume financeiro, o volume de negócios e a quantidade de ações
negociadas.
No ano, o volume financeiro médio negociado diariamente foi de R$6,7 milhões, 15,6%
acima dos R$5,8 milhões apurados em 2008. O volume médio de negócios diários, 238, em
2008 e 752, em 2009, aumentou em 216,0% no período. E o volume médio negociado em
2009, na quantia de 817.622 ações, foi 8,0% acima do registrado em 2008, 757.326 ações.
13
O valor de mercado do Banrisul, em dezembro de 2009, representado pelo total de suas
ações multiplicado pela cotação de fechamento da ação PNB foi 76,4% superior ao
patrimônio líquido no mesmo período.
Para o exercício de 2009, foi aprovada, em Assembleia de Acionistas, a distribuição de
dividendos adicionais em percentual equivalente a 15% do lucro líquido ajustado,
totalizando dividendos de 40%.
Ao final do ano de 2009, havia cinco instituições realizando cobertura do Banrisul: Credit
Suisse, BTG Pactual, BANIF, Banco do Brasil e Banco Fator .
14
A distribuição geográfica e a quantidade de ações por acionistas estão representadas no
gráfico abaixo.
15
Agências 434
Rio Grande do Sul 397
Santa Catarina 20
Demais Estados 15
Exterior 2
Postos de Atendimento Bancário 276
Pontos de Atendimento Eletrônico 457
Total Pontos Banrisul 1.167
Municípios do RS 496
Municípios com Agência Banrisul 294
Municípios com Postos Banrisul 116
Municípios RS com Atendimento Banrisul 410
Abrangência de Atendimento RS 82,66%
Abrangência Participação População RS 97,73%
Abrangência Participação PIB RS 98,38%
Tabela 2 Rede de Atendimento do Banrisul
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
O Banco do Estado do Rio Grande
do Sul é um banco múltiplo, focado
na promoção do desenvolvimento
econômico e social do Estado.
Possui a maior rede bancária em
atuação no Rio Grande do Sul.
O Banrisul foi fundado em 12 de
setembro de 1928. A Instituição é
uma empresa de economia mista,
constituída sob a forma de sociedade
anônima e tem como acionista majoritário o Estado
do Rio Grande do Sul, detentor de 57,0% do capital social.
Como banco múltiplo, o Banrisul atua nas carteiras comercial, crédito, financiamento e
investimento, crédito imobiliário, desenvolvimento e arrendamento mercantil e de
investimentos.
Através da carteira comercial, o Banrisul oferece serviços e financia o consumo de pessoas
físicas, bem como empréstimos para o giro e a viabilização de investimentos a micro,
pequenas e médias empresas, atuando também nos segmentos agropecuário, setor público
e de grandes empresas.
Por meio da carteira de desenvolvimento, o
Banrisul atua como articulador de negócios e
agente de fomento das cadeias produtivas do
Estado. Na área social, empenha-se na
viabilização de projetos voltados para a
expansão da qualidade de vida dos gaúchos,
principalmente, nas áreas de educação, cultura,
esporte e meio ambiente.
16
O Banrisul apresentava, ao final de dezembro de 2009, 1.167 pontos de venda, distribuídos
em 397 agências no Rio Grande do Sul e 37 fora do Estado, 276 postos de atendimento
bancário e 457 pontos eletrônicos.
Fazem parte do grupo Banrisul o Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A., a Banrisul S.A.
Administradora de Consórcios, a Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio,
a Banrisul Armazéns Gerais S.A. e a Banrisul Serviços Ltda.
1717
Cenário Econômico
O cenário econômico brasileiro caracterizou-se
pelo fortalecimento das evidências de retomada
da atividade produtiva, depois de um processo
recessivo, observado a partir do final de 2008,
enfrentado por meio de medidas de política
econômica implementadas para amenizar os
efeitos da crise financeira internacional. Essa
retomada, impulsionada pelo crescimento do
Produto Interno Bruto - PIB no segundo e
terceiro trimestres do ano e pelo
comportamento favorável dos diversos
indicadores de conjuntura, é sustentada, em
especial, pelo movimento positivo da demanda
interna.
Dentre os fatores determinantes do
desempenho da demanda interna, destaca-se o consumo das famílias, favorecido pela
preservação da renda real, em um ambiente de retração da inflação; bem como pela melhora
nas condições do mercado de crédito. Quanto à inflação, o exercício de 2009 foi marcado
pela desaceleração dos principais índices de preços, com sinais claros de aquecimento a
partir do último trimestre. Esse movimento, além de refletir os impactos do aumento no
preço do álcool combustível, do restabelecimento parcial da alíquota do Imposto sobre
Produtos Industrializados – IPI sobre automóvel novo, e da elevação sazonal dos preços do
grupo vestuário, refletiu, também, o cenário de recuperação da atividade econômica,
abatida pela crise internacional, sem interferir, contudo, na convergência natural da inflação
à meta anual de 4,5%. Esse último aspecto, aliado à valorização cambial, foi determinante
para a manutenção da taxa Selic no patamar de 8,75% ao final do ano.
Assim, a análise dos principais indicadores econômicos revela que os impactos mais severos
sobre a economia brasileira como um todo já foram superados, tendo em vista que, de
modo geral, o cenário no qual está inserida é de retomada da atividade econômica, de
ascensão da confiança de consumidores e empresas e de inflação bem comportada,
indicando perspectivas bastante favoráveis para o ano de 2010.
1818
O Estado do Rio Grande do Sul
O Estado do Rio Grande do Sul está
situado na parte mais meridional do
Brasil. Com uma área de 281,7 mil Km²,
ocupa pouco mais de 3% do território
brasileiro e abriga uma população de
10,7 milhões de habitantes (2008),
perfazendo aproximadamente 6% da
população total do país. O Estado ocupa
a quarta posição no ranking dos estados
da federação em relação à participação
na formação do PIB do país. Segundo
estimativas preliminares da Fundação
de Economia e Estatística do Estado do
Rio Grande do Sul para o ano de 2009, o
PIB regional deverá alcançar R$203,0
bilhões, o que corresponde a uma taxa
de crescimento negativa de 0,8% em relação ao desempenho registrado no ano anterior.
Contudo, a evolução dos principais indicadores setoriais da economia gaúcha evidencia a
recuperação, embora ainda bastante lenta, da atividade econômica, após os impactos da
crise mundial. No setor industrial, conforme dados divulgados pela Federação das Indústrias
do Rio Grande do Sul – FIERGS, houve sinais bem determinados de consolidação da
atividade, sobretudo entre os meses de maio a novembro, quando a expansão foi de 6,7%,
destacando-se a recuperação do faturamento, beneficiada pela demanda interna e pelo
câmbio favorável. Da mesma forma, a Utilização da Capacidade Instalada – UCI também
expandiu-se no mesmo período, chegando a 83,6%.
Na mesma linha, o nível de emprego apresentou sinais de recuperação, bem como a massa
salarial, ambos com expansão de 0,7% e de 1,8%, respectivamente, na última medição
disponível. Vale mencionar que a retomada da atividade econômica gaúcha é observada
em todos os setores de forma generalizada, sem, contudo, restabelecer os padrões de
desempenho anteriores à crise.
19
População Total (2008) 10.727.937 habitantes
Área (2008) 281.748,5 km²
Nº de municípios 496
Densidade Demográfica (2008) 38,1 hab/km²
Taxa de Analfabetismo (2 000) 6,65%
Expectativa de Vida ao Nascer (2000) 72,05 anos
Coeficiente de Mortalidade Infantil (2007) 12,73 por mil nascidos vivos
PIBpm (2007) R$ mil 175.208.681
PIB per capita (2007) R$ 15.813
Exportações Totais (2008) U$ FOB 18.460.072.037
ICMS (2008) R$ 14.825.153.675
Fonte: Fundação de Economia e Estatística, RS.
Tabela 3 Dados Econômico-Estatísticos Rio Grande do Sul
Por outro lado, a safra de grãos do Estado deve apresentar bom desempenho, ainda que
materializada a perspectiva de redução de 2,9% em 2009, frente a 2008, sendo menos
afetada em relação ao restante do país, cuja projeção de retração anual é de 8,6%. Esse
desempenho refletiu, em especial, o recuo nas culturas de milho e de trigo, 20,2% e 14,3%,
respectivamente, sendo equilibrado, parcialmente, pela expansão das culturas de feijão
e arroz, 22,4% e 7,3% respectivamente.
2020
Market Share
O Banrisul está presente em 410 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul, abrangência que
corresponde a 98,4% do PIB do Estado.
A relevância da Instituição no contexto regional é caracterizada pela parcela de mercado
absorvida pelo Banrisul em setembro de 2009, última informação disponível: 28,1% dos
depósitos a prazo, 20,1% dos depósitos de poupança, 19,8% dos depósitos à vista, 21,0%
dos depósitos totais, 17,3% do volume de operações de crédito, e 26,1% do número de
agências em atuação no Rio Grande do Sul.
O market share no mercado nacional está apresentado no quadro a seguir. No último ano,
o Banrisul apresentou ganhos de mercado em depósitos a prazo, à vista e no crédito. O
saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional, no final do mês de
dezembro de 2009, totalizou R$1,410 trilhão, com aumento de 14,9% em relação a dezembro
de 2008 e de 4,6% sobre setembro de 2009, posição equivalente a 45,0% do PIB. No Banrisul,
as operações de crédito, ao final de dezembro de 2009, superaram em 17,1% a posição
registrada no mesmo mês de 2008 e em 7,1% o volume contabilizado em setembro de
2009, evoluções superiores às registradas pelo conjunto das instituições financeiras.
Indicadores Dez/2007 Dez/2008 Set/2009Estado RS Banrisul % Estado RS Banrisul % Estado RS Banrisul %
Depósitos Tot ais R$Milhõe s 54.621 12.059 22,08% 65.024 13.921 21,41% 72.981 15.336 21,01%
Depósitos a Prazo R$Milhões 18.917 5.819 30,76% 27.098 7.489 27,64% 30.769 8.633 28,06%
Poupança R$Milhões 20.078 4.538 22,60% 22.334 4.710 21,09% 25.271 5.090 20,14%
Depósitos à Vista R$Milhões 8.891 1.679 18,88% 7.951 1.697 21,34% 7.791 1.542 19,79%
Operações de Crédito R$Milhões 46.844 6.919 14,77% 55.778 9.527 17,08% 60.645 10.515 17,34%
Nº de Agências 1.489 390 26,19% 1.520 395 25,99% 1.521 397 26,10%
Fonte: Banco Central do Brasil - Sisbacen.
Tabela 4 Market Share Estadual
21
Informações recentes do Banco Central do Brasil são indicativas da recuperação do mercado
de crédito e da estabilidade da inadimplência. No Sistema Financeiro Nacional, a
inadimplência dos empréstimos a pessoas físicas, considerados os atrasos superiores a
noventa dias, atingiu 7,8% em dezembro de 2009, e 3,8% na pessoa jurídica. No Banrisul, as
operações da carteira comercial (recursos livres), considerados os atrasos acima de 60
dias, alcançaram, respectivamente, 4,6% e 2,4%.
No ranking das instituições financeiras divulgado pelo Banco Central do Brasil, relativo ao
mês de setembro de 2009, as posições ocupadas pelo Banrisul atestam, igualmente, a
relevância da Instituição no contexto nacional: 10ª posição em ativo total, 11ª em patrimônio
líquido e 7ª em número de agências.
Indicadores Dez/2007 Dez/2008 Dez/2009Brasil Banrisul % Brasil Banrisul % Brasil Banrisul %
Depósitos a Prazo R$Milhões 298.147 5.881 1,97% 550.139 7.558 1,37% 563.338 8.531 1,51%
Poupança R$Milhões 234.672 4.634 1,97% 271.192 4.806 1,77% 319.066 5.637 1,77%
Depósitos à Vista R$Milhões 149.179 1.828 1,23% 132.125 1.864 1,41% 142.463 2.101 1,47%
Operações de Crédito R$Milhões 935.973 8.024 0,86% 1.227.294 11.454 0,93% 1.410.341 13.414 0,95%
Nº de Agências 18.456 419 2,27% 18.940 427 2,25% 20.046 434 2,17%
Fonte: Banco Central do Brasil.
Tabela 5 Market Share Nacional
Tabela 6 O Banrisul no Processo Competitivo
Indicadores De z/2005 De z/2006 Dez/2007 De z/2008 Set/2009
Ativo Total 15º 14º 14º 12º 10º
Patrimônio Líquido 19º 18º 14º 13º 11º
Lucro Líquido 13º 14º 13º 13º 8º
Depósitos Totais 12º 12º 11º 10º 8º
Nº de Agências 10º 10º 10º 8º 7º
Fonte: Ranking dos 50 maiores bancos, do Banco Central do Brasil - exclui BNDES.
2222
Reconhecimentos
Janeiro/2009
Banrisul foi indicado como finalista do prêmio Executivos de TI do Ano 2009.
O Banrisul foi um dos três finalistas na categoria Finanças: Bancos e Seguradoras, do
prêmio Executivos de TI do Ano 2009, organizado pela revista InformationWeek Brasil.
Fundos de Renda Fixa do Banrisul estão entre os melhores do país.
O Banrisul está entre as três primeiras instituições bancárias com os melhores fundos
de renda fixa do país, na relação risco/retorno em 12 meses (até 28.11.2008). O estudo,
elaborado pela revista Istoé Dinheiro e pela TAG Investimentos, na edição de 14.01.2009,
apontou Onde Investir em 2009.
Fevereiro/2009
Banrisul é uma das 500 marcas mais valiosas do setor financeiro mundial.
O Banrisul foi escolhido como uma das marcas mais valiosas no ranking Global Banking
500, elaborado pela Brand Finance - consultoria multinacional especializada em
avaliação e gestão de marcas - em parceria com a revista inglesa The Banker e a agência
de classificação de risco Austin Rating . O valor da marca Banrisul foi avaliado em
US$165 milhões.
Março/2009
Banrisul vence ranking Top 5 .
O Banrisul foi o grande vencedor do ranking Top 5 de fevereiro para as projeções de
inflação pelo IPCA de curto prazo. As informações foram divulgadas pela Gerência
Executiva de Relacionamento com Investidores do Banco Central do Brasil, responsável
pela compilação das projeções fornecidas pelo mercado.
Banrisul é Destaque do Agronegócio 2009.
O Banrisul recebeu o prêmio de Destaque do Agronegócio 2009 na categoria Instituição
Financeira, promovido pela Cotrijal e pelo Grupo Diário da Manhã.
Banrisul é uma das empresas de maior prestígio de marca corporativa no Estado.
O Banrisul foi um dos vencedores do prêmio Reputação Corporativa da revista
Amanhã, que revelou as corporações mais prestigiadas do Rio Grande do Sul, em
estudo feito pela Troiano Consultoria de Marca.
23
Banrisul Consórcios assume a liderança no mercado gaúcho.
A Banrisul S.A. Administradora de Consórcios assumiu a liderança no mercado gaúcho
no segmento de automóveis, de acordo com o ranking das administradoras de
consórcio divulgado pelo Banco Central do Brasil.
Banrisul Corretora de Valores é destaque no estudo Marcas de Quem Decide.
A Banrisul S.A. Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio foi destaque no estudo
Marcas de Quem Decide como a marca líder na preferência e a segunda mais lembrada
na categoria Corretora de Valores. A 11ª edição da pesquisa foi realizada pelo Jornal
do Comércio e Instituto QualiData.
Banrisul é uma das empresas mais inovadoras da Região Sul.
O Banrisul foi escolhido como uma das empresas mais inovadoras da Região Sul, de
acordo com o ranking Campeãs da Inovação, publicado na revista Amanhã , com
metodologia da consultoria Edusys.
Abril/2009
Banrisul é destaque no ranking de ativos Top Banks.
O Banrisul foi um dos destaques no ranking de ativos Top Banks publicado na edição
de março e abri l de 2009 da revista Latin Trade, dos Estados Unidos. O levantamento
incluiu instituições financeiras da América Latina.
Banrisul é uma das empresas mais lembradas pelos gaúchos.
O Banrisul foi uma das empresas mais lembradas pelos gaúchos na pesquisa Top of
Mind , realizada pela revista Amanhã em conjunto com a PricewaterhouseCoopers. O
Banrisul também foi destaque nas categorias Banco, Empresa Pública Eficiente, Empresa
que Investe em Cultura e Empresa em que Gostaria de Trabalhar . O Banricompras
recebeu distinção na categoria Cartão de Crédito e o Refeisul – produto comercializado
pela Banrisul Serviços – na categoria Refeição Convênio .
Banrisul é uma das marcas mais valiosas do Brasil.
O Banrisul está presente no ranking das marcas mais valiosas do Brasil, segundo estudo
da Brand Finance realizado no país pelo quarto ano consecutivo e que reúne o nome
de 110 companhias.
Junho/2009
Banrisul recebe o prêmio Smart Card.
O Banrisul recebeu o prêmio Smart Card pelo lançamento do novo cartão Banrisul
com chip inteligente e certificação digital, concedido pela companhia belga VASCO
Data Security International Inc.
24
Banrisul conquista prêmio na área de TI.
O Banrisul conquistou o prêmio efinance 2009 nas categorias Melhor Solução de Gestão
de Infraestrutura de Tecnologia, com o projeto Operação mais ági l, gerenciamento
mais fáci l, e Inovação Tecnológica, com o produto Banricompras no Celular. As
premiações foram concedidas pela revista Executivos Financeiros , publicação de
referência em conteúdo de TI aplicada ao mercado financeiro.
Banrisul é destaque em ranking nacional do sistema financeiro.
O Banrisul foi classificado em 14º lugar entre os 100 maiores conglomerados financeiros
do país pela revista Conjuntura Econômica, editada pelo Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas. O Banco também recebeu destaque no
segmento de bancos públicos nas categorias Por crescimento do ativo e Os que mais
cresceram em operações de crédito.
Julho/2009
Banrisul está entre as 100 melhores ações para investir.
O Banrisul foi destaque no ranking As 100 Melhores Ações para Você Investir, realizado
pela revista Você S/A e a empresa Economática. A pesquisa apresentou os papéis com
o melhor desempenho nos últimos doze meses.
Agosto/2009
Banrisul é uma das 500 melhores empresas do Brasil.
O Banrisul ficou classificado na 110ª posição no ranking As 500 Melhores da Dinheiro. O
levantamento, publicado em As Melhores da Revista Dinheiro 2009, também destacou
o Banrisul dentro do sistema financeiro nacional nas categorias Responsabilidade Social,
Recursos Humanos e Governança Corporativa.
Banrisul recebe Certificado de Neutralização de Carbono.
O Banrisul recebeu o Certificado de Neutralização de Carbono da empresa Parceria
Verde pela ativa participação no Projeto Maquiné BioAtivo relativo à impressão do
Balanço Social de 2008.
Setembro/2009
Banrisul é premiado com o Top Cidadania.
O Banrisul conquistou o prêmio Top Cidadania 2009, na categoria Empresa, concedido
pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH-RS, com o case Projeto Pescar
Banrisul: Uma vivência para transformar e evoluir.
25
Banrisul é apontado como a 13ª empresa no ranking Grandes & Líderes – 500
Maiores do Sul.
O Banrisul ocupa o 13º lugar no ranking Grandes e Líderes – 500 Maiores do Sul, elaborado
pela revista Amanhã e pela consultoria PricewaterhouseCoopers. No Rio Grande do
Sul, o Banco é a terceira maior empresa entre as 100 maiores e destaca-se como líder
com o maior capital de giro próprio. Ainda no Estado, o Banrisul é a segunda empresa
entre os 50 maiores patrimônios líquidos.
Outubro/2009
Banrisul recebe o Selo de Assiduidade 3 Anos da Apimec-SP.
O Banrisul recebeu o Selo de Assiduidade 3 Anos da Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento no Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec-SP). O
reconhecimento demonstra que o Banco atua em linha com a boa governança
corporativa, com destaque para a transparência, prestação de contas e equidade na
divulgação das informações em suas reuniões públicas com analistas e investidores.
Cartão com chip do Banrisul recebe prêmio de Melhor Solução Mundial em 2009.
O Banrisul recebeu o prêmio de Melhor Solução Mundial de Tecnologia Bancária em
2009 pelo desenvolvimento do cartão de conta corrente com chip inteligente. A
premiação foi entregue durante a Conferência Mundial do Sistema Multos, na Malásia.
Novembro/2009
Banrisul é premiado com o troféu Carrinho Agas 2009.
O Banrisul foi um dos ganhadores da premiação Carrinho Agas 2009 da Associação
Gaúcha de Supermercados (Agas) . O Banco foi vencedor na categoria Melhor
Fornecedor de Serviços .
Banrisul conquista o prêmio Top de Marketing da ADVB-RS.
O Banrisul conquistou o Top de Marketing 2009 na categoria Responsabilidade Social ,
com o case Concertos Banrisul para Juventude. A distinção, entregue pela Associação
dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB-RS), foi entregue às empresas que adotaram
as melhores estratégias de marketing em 2009.
Dezembro/2009
Banrisul é agraciado com o prêmio Mérito Lojista 2009.
O Banrisul recebeu o prêmio Mérito Lojista 2009 na categoria Serviços - Instituição
Financeira da Capital , como uma das melhores empresas fornecedoras, em votação
feita pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL). A premiação foi promovida pela
Federação das CDL-RS .
26
Banrisul recebe o prêmio Qualidade da Apimec-SP.
A apresentação pública para a divulgação dos resultados do Banrisul foi escolhida
como uma das 10 melhores reuniões do exercício de 2009. A escolha das melhores
reuniões é feita de acordo com as avaliações dos profissionais de investimento ao
final de cada reunião da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento no
Mercado de Capitais (Apimec), regional São Paulo.
Banrisul está entre os 100 maiores grupos econômicos do país.
O Banrisul é o 83º maior grupo econômico do Brasil de acordo com a publicação anual
Valor Grandes Grupos, editada pelo jornal especializado em economia e finanças Valor
Econômico, de São Paulo. Segundo o ranking dos 200 maiores grupos por receita bruta
no país, o Banrisul subiu 11 posições de 2007 para 2008. Anteriormente, o Banco ocupava
a 94ª posição. O estudo destacou, ainda, o Banrisul como o 13º maior grupo da área de
finanças. O banco gaúcho também está entre os 20 maiores grupos do setor financeiro
que mais cresceram por receita bruta, em patrimônio líquido, em lucro líquido e em
rentabilidade patrimonial.
Banrisul é destaque nacional com projeto do Débito Autorizado.
O Banrisul foi destaque no sistema financeiro nacional pelo projeto de implantação
do Débito Direto Autorizado (DDA). A Instituição recebeu sete medalhas da Câmara
Interbancária de Pagamentos, empresa que atende a Federação Brasileira de Bancos
na área tecnológica.
2727
Indicadores Econômico-Financeiros
Resultado - R$ Milhões 2009 2008 4T09 3T09 2T09 1T09 4T08 2009 /2008
Margem Financeira Líquida 2.542,4 1.978,9 668,7 628,1 638,9 606,7 571,2 28,5%
Despesas com Provisão para Operações de Crédito (422,6) (256,5) (96,7) (65,8) (109,9) (150,2) (55,7) 64,7%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira 2.119,7 1.722,4 572,0 562,3 529,0 456,5 515,5 23,1%
Receita da Intermediação Financeira * 4.262,6 3.879,7 1.076,7 1.045,5 1.060,3 1.081,2 1.213,5 9,9%
Despesa da Intermediação Financeira * 2.142,9 2.157,3 504,7 483,2 531,3 624,7 697,9 -0,7%
Receita de Serviços e Tarifas Bancárias 579,3 538,7 152,1 144,6 140,3 142,2 138,7 7,5%
Despesas Administrativas e Despesas Operacionais (1) 1.807,5 1.597,4 431,8 462,1 489,6 424,0 421,6 13,2%
Outras Receitas Operacionais 143,7 193,2 55,0 29,1 30,8 28,8 51,3 -25,6%
Resultado Operacional 853,3 704,2 300,6 229,2 164,9 158,7 242,8 21,2%
Lucro Líquido 541,1 590,9 184,3 146,0 104,2 106,5 171,9 -8,4%
Lucro Líquido Ajustado 541,1 504,7 184,3 146,0 104,2 106,5 171,9 7,2%
Resultados Distribuídos/Destinados - R$ Milhões 2009 2008 4T09 3T09 2T09 1T09 4T08 2009 /2008
Juros sobre Capital Próprio/Dividendos (2) 215,4 207,0 73,7 46,6 48,0 47,1 62,6 4,1%
Balanço Patrimonial - R$ Milhões Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09 / Dez09 / Dez09 /Set09 Mar09 Dez08
Ativos Totais 29.084,1 28.573,2 27.743,3 26.501,5 25.205,4 1,8% 9,7% 15,4%
Títulos e Valores Mobiliários (3) 10.758,6 10.683,3 10.133,2 9.114,0 8.563,6 0,7% 18,0% 25,6%
Carteira de Crédito Total 13.414,2 12.528,5 12.068,6 11.833,8 11.453,6 7,1% 13,4% 17,1%
Provisão para Operações de Crédito (1.016,8) (1.039,3) (1.141,8) (1.079,7) (970,7) -2,2% -5,8% 4,7%
Créditos em Atraso > 60 dias 453,1 478,7 496,0 473,9 374,1 -5,3% -4,4% 21,1%
Recursos Captados e Administrados 21.902,4 20.855,8 20.173,5 19.422,9 19.058,2 5,0% 12,8% 14,9%
Patrimônio Líquido 3.408,5 3.299,8 3.198,3 3.139,2 3.079,1 3,3% 8,6% 10,7%
Patrimônio de Referência 3.349,4 3.240,8 3.140,6 3.098,4 3.027,3 3,4% 8,1% 10,6%
Patrimônio Líquido Médio Trimestral 3.354,1 3.249,0 3.168,7 3.109,1 3.025,3 3,2% 7,9% 10,9%
Ativo Total Médio Trimestral 28.828,7 28.158,3 27.122,4 25.853,4 25.355,6 2,4% 11,5% 13,7%
Índices Financeiros - % a.a. 2009 2008 4T09 3T09 2T09 1T09 4T08
Retorno sobre o Ativo Total 1,9% 2,3% 2,6% 2,1% 1,5% 1,6% 2,8%
Retorno sobre o Patrimônio Líquido 15,9% 19,2% 23,4% 18,9% 13,7% 14,3% 24,3%
ROAA Anualizado (4) 2,0% 2,6% 2,6% 2,1% 1,5% 1,7% 2,7%
ROAA Anualizado Ajustado 2,0% 2,2% 2,6% 2,1% 1,5% 1,7% 2,7%
ROAE Anualizado (5) 16,7% 20,1% 23,9% 19,2% 13,8% 14,4% 24,7%
ROAE Anualizado Ajustado 16,7% 17,2% 23,9% 19,2% 13,8% 14,4% 24,7%
Índice de Eficiência (6) 52,0% 56,8% 52,0% 53,5% 54,0% 55,3% 56,8%
Índice de Basileia 17,5% 20,1% 17,5% 18,0% 18,4% 19,1% 20,1%
Índice de Imobilização (7) 5,0% 4,9% 5,0% 4,7% 4,4% 4,7% 4,9%
Índice de Inadimplência (8) 3,4% 3,3% 3,4% 3,8% 4,1% 4,0% 3,3%
Índice de Cobertura (9) 224,4% 259,5% 224,4% 217,1% 230,2% 227,8% 259,5%
* Tendo em vista que não há zeramento de contas de receitas e despesas em períodos trimestrais, a soma linear dos trimestres não corr esponde ao valor acumulado no ano,em função de ajustes de pagamentos e recebimentos de derivativos ocorridos no 2T09.
Tabela 7 Indicadores Econômico-financeiros
( 1 ) Inclui despesas de pessoal, outras despesas administrativas e outras despesasoperacionais.( 2 ) Juros sobre o capital próprio e dividendos pagos e/ou distribuídos (antes da retençãodo imposto de renda).( 3 ) Inclui aplicações interfinanceiras de liquidez e deduz as obrigações compromissadas.( 4 ) Lucro líquido sobre ativo total médio.( 5 ) Lucro líquido sobre patrimônio líquido médio.
( 6 ) Índice de eficiência - acumulado no período dos últimos 12 meses.Despesas de pessoal + outras despesas administrativas / Margem financeiralíquida + rendas de prestação de serviços +(Outras receitas operacionais - outras despesas operacionais).
( 7 ) Imobilizado sobre o patrimônio líquido.( 8 ) Atrasos > 60 dias / carteira de crédito.( 9 ) Provisão de devedores duvidosos / atrasos > 60 dias.
28 28
Balanço Patrimonial ConsolidadoDezembro de 2009
Ativos Totais
Os ativos totais apresentaram, ao final de dezembro de 2009, saldo de R$29.084,1 milhões,
15,4% ou R$3.878,8 milhões acima do registrado em dezembro de 2008. Na comparação
com setembro de 2009, os ativos cresceram 1,8% ou R$510,9 milhões.
O crescimento dos ativos, em doze meses, proveio da expansão da captação de depósitos
e do incremento do Fundo de Reservas de Depósitos Judiciais, cuja soma alcançou R$3.581,7
milhões. Na composição dos ativos, destaca-se o crescimento das operações de tesouraria,
no valor de R$1.967,2 milhões, e do crédito, no montante de R$1.960,6 milhões.
No período de doze meses, a evolução das duas principais alocações de recursos não
ocorreu de forma linear, preponderando o crescimento de ativos de tesouraria nos
primeiros meses do ano e de ativos de crédito no segundo semestre, movimento que
reflete a conjuntura de maior risco concentrada no início de 2009.
No último trimestre, os ativos de crédito apresentaram incremento de R$885,7 milhões e,
as operações de tesouraria, redução de R$332,4 milhões. A menor captação em operações
compromissadas contribuiu significativamente para a redução do saldo de tesouraria.
Do total de ativos registrados em dezembro de 2009, 46,1% estão representados por
operações de crédito, 43,9% por aplicações interfinanceiras de liquidez e títulos e
valores mobiliários, 6,4% por relações interfinanceiras e interdependências e 3,6%
por outros ativos.
29
Títulos e Valores Mobiliários
As aplicações em títulos e valores mobiliários somaram R$10.758,6 milhões ao final de
dezembro de 2009, volume 25,6% acima do montante registrado em dezembro de 2008 e
0,7% acima do saldo alcançado em setembro de 2009. O valor inclui as aplicações
interfinanceiras de liquidez e deduz as obrigações por operações compromissadas.
A evolução das operações de tesouraria reflete a estratégia da Instituição de priorização
desses ativos, alternativamente aos de crédito, que predominou no início de 2009, face à
conjuntura de restrições aos financiamentos por conta da elevação do risco. No último
trimestre, as operações de tesouraria líquidas das obrigações apresentaram crescimento
de R$75,2 milhões.
30
A participação das operações de tesouraria líquidas das obrigações compromissadas em
proporção dos ativos ampliou-se em 3,0 pp. nos últimos doze meses e apresentou redução
de 0,4 pp. nos últimos três meses.
Relações Interfinanceiras e Interdependências
O saldo de relações interfinanceiras e interdependências alcançou R$1.856,8 milhões ao
final de dezembro de 2009, 5,0% ou R$89,0 milhões acima do registrado em dezembro de
2008 e redução de 3,1% ou R$59,1 milhões sobre o montante contabilizado em setembro
de 2009. Em doze meses, a variação do saldo refere-se à atualização da carteira de créditos
junto ao Fundo de Compensação de Variações Salariais - FCVS. As variações trimestrais
refletem oscilações pontuais na compensação de cheques e outros documentos.
Disponibilidades Consolidadas
A série histórica a seguir apresenta a composição das disponibilidades consolidadas do
Banrisul. Esses ativos demonstram a solidez e a capacidade de sustentação do crescimento
das carteiras da Instituição. Em dezembro de 2009, as disponibilidades consolidadas
representavam 49,6% dos ativos totais do Banco, proporção que tem se mantido nos últimos
doze meses.
A política de tesouraria não se alterou nos últimos doze meses, embora a carteira de
títulos livres tenha ampliado sua representatividade no total das disponibilidades. A
integralidade das disponibilidades líquidas permanece aplicada em papéis federais
indexados à taxa Selic, em LFTs, ou em operações compromissadas, nas quais o Banrisul é
doador, sempre com lastro em papéis federais, não havendo exposição em câmbio,
operações de swap ou derivativos.
31
Operações de Crédito
A evolução das operações de crédito em 2009 não se deu de forma linear ao longo do ano.
Entre os movimentos observados na carteira, destacam-se: (i) o ritmo de crescimento
desacelerou, especialmente nos meses de março, abril e maio, período em que os
indicadores de inadimplência elevaram-se; (ii) a expansão da carteira foi sustentada por
três trimestres seguidos pelo segmento de pessoas físicas, notadamente por meio da
compra de crédito consignado de outros bancos; (iii) o crédito comercial pessoa jurídica
reagiu no último trimestre, respondendo por boa parte do crescimento do crédito
comercial.
O volume de operações de crédito do Banrisul totalizou R$13.414,2 milhões em dezembro
de 2009, saldo que ultrapassa em 17,1% a posição alcançada em dezembro de 2008 e em
7,1% o saldo de setembro de 2009.
Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09 / Dez09 /Set09 Dez08
Caixa 409,1 358,7 310,3 319,2 327,4 14,1% 25,0%
TVM-Livres (Próprios) 10.402,6 9.521,1 9.001,2 7.938,5 7.549,6 9,3% 37,8%
TVM-Vinculados (BC, Bolsa) 799,3 789,0 773,3 728,7 575,6 1,3% 38,9%
TVM-Vinculados Operações Compromissadas 1.194,5 2.473,9 2.920,5 2.718,0 2.287,9 -51,7% -47,8%
Instrumentos Financeiros Derivativos 149,6 145,7 138,2 109,4 109,9 2,7% 36,1%
Depósitos Interfinanceiros 113,7 112,1 112,5 222,3 215,7 1,4% -47,3%
Créditos Vinculados (Espécie) 1.349,5 1.223,9 1.153,9 1.169,7 1.318,4 10,3% 2,4%
Total 14.418,4 14.624,5 14.409,8 13.205,8 12.384,5 -1,4% 16,4%
Tabela 8 Composição das Disponibilidades Consolidadas R$ MILHÕES
32
Composição do Crédito por Porte de Empresa
As operações de crédito direcionadas a pessoas jurídicas perfaziam, ao final de dezembro
de 2009, 47,2% do saldo total de operações. O crédito relativo à pessoa física, 52,8%,
ultrapassou a parcela absorvida por empresas. A distribuição das operações do segmento
pessoa jurídica por porte de empresa está demonstrada no quadro abaixo.
O saldo de operações junto à pessoa jurídica apresentou incremento de 5,1% nos últimos
doze meses e de 8,3% no último trimestre. A elevação do saldo de operações junto a
médias, pequenas e micro empresas, 28,5% em doze meses e 4,7% no último trimestre,
ampliou de 58,2%, em 2008, para 71,2%, ao final de 2009, a participação desse segmento no
total do crédito empresarial.
A recuperação observada nas grandes empresas, cujo saldo apresentou decréscimo de
27,5% no período de doze meses e crescimento de 18,1% no último trimestre, não foi
suficiente para que a participação do segmento corporativo no total do crédito da pessoa
jurídica retornasse ao patamar que apresentava no período anterior à crise financeira.
Composição do Crédito por Setor de Atividade
A composição da carteira de crédito total por setor de atividade está representada no quadro a
seguir. Do total dos ativos de crédito, 99,1% estavam alocados no setor privado ao final de
dezembro de 2009, cuja evolução, em doze meses, foi de 18,0%. Destaca-se a evolução registrada
nos segmentos: pessoa física, que apresentou incremento de R$1.471,6 milhões; outros serviços,
cujo crescimento foi de R$170,7 milhões; rural, que registrou expansão de R$167,8 milhões; e
no crédito imobiliário, cuja evolução foi de R$124,0 milhões nos últimos doze meses.
Dez09 Set09 Dez08 % %Porte Saldo % PJ % Cart. Saldo % PJ % Cart. Saldo % PJ % Cart. Dez09 / Dez09 /
Total Total Total Set09 Dez08
Grandes Empresas 1.825,6 28,8% 13,6% 1.546,3 26,4% 12,3% 2.517,7 41,8% 22,0% 18,1% -27,5%
Total Média/Pequena/Micr o 4.505,4 71,2% 33,6% 4.301,9 73,6% 34,3% 3.507,3 58,2% 30,6% 4,7% 28,5%
Médias Empresas 3.325,6 52,5% 24,8% 3.268,6 55,9% 26,1% 2.509,9 41,7% 21,9% 1,7% 32,5%
Pequenas Empresas 921,9 14,6% 6,9% 794,8 13,6% 6,3% 772,7 12,8% 6,7% 16,0% 19,3%
Microempresas 257,9 4,1% 1,9% 238,4 4,1% 1,9% 224,7 3,7% 2,0% 8,2% 14,8%
Total PJ 6.330,9 100,0% 47,2% 5.848,3 100,0% 46,7% 6.025,1 100,0% 52,6% 8,3% 5,1%
Tot al 13.414,2 12.528,5 11.453,6 7,1% 17,1%
Tabela 9 Composição do Crédito Pessoa Jurídica por Porte de EmpresaR$ MILHÕES
O critério utilizado para segmentação por porte é o faturamento médio mensal: Microempresas até R$20 mil, Pequenas até R$200 mil, Médiasaté R$10 milhões e Grandes acima de R$10 milhões.
33
Composição do Crédito por Carteira
A composição por carteira demonstra os recursos livres e direcionados aplicados em ativos
de crédito. Os volumes alocados na carteira comercial, arrendamento mercantil e setor
público, 77,0% do total da carteira, têm como origem recursos livres de depósitos e capital
próprio. As carteiras de financiamento a longo prazo, rural, imobiliário e câmbio, 23,0% do
valor aplicado, contam, em sua maioria, com fontes específicas de recursos, compondo os
créditos direcionados.
A carteira comercial, constituída pelas linhas de rotativos e parcelados a pessoas físicas e
jurídicas, apresentou saldo de R$10.108,6 milhões ao final de dezembro de 2009, compondo
75,4% do volume total de créditos. O desempenho da carteira comercial está, pela sua
relevância, comentado em item específico.
O crédito imobiliário alcançou saldo de R$1.085,3 milhões ao final de dezembro de 2009,
com crescimento de 12,9% ou R$124,0 milhões em doze meses e expansão de 2,8% ou
R$29,4 milhões em três meses. O saldo do crédito rural totalizou R$1.020,1 milhões em
dezembro de 2009, com evolução de 19,8% ou R$168,7 milhões em relação ao mesmo mês
do ano anterior e de 9,0% ou R$83,8 milhões frente ao mês de setembro de 2009. A carteira
de financiamento a longo prazo alcançou, ao final de dezembro de 2009, saldo de R$501,3
milhões, o que representa incremento de 11,9% ou R$53,5 milhões em doze meses e
crescimento de 4,7% ou R$22,4 milhões em relação a setembro de 2009.
Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09 / Dez09 /Set09 Dez08
Setor Privado 13.292,7 12.415,8 11.884,3 11.643,2 11.263,0 7,1% 18,0%
Rural 1.020,9 937,3 914,6 887,2 853,1 8,9% 19,7%
Indústria 2.963,0 2.740,4 2.842,2 2.887,2 2.892,6 8,1% 2,4%
Comércio 1.615,2 1.471,5 1.499,6 1.630,6 1.589,8 9,8% 1,6%
Outros Serviços 1.255,9 1.133,8 1.055,9 1.029,3 1.085,2 10,8% 15,7%
Pessoa Física 5.352,4 5.076,9 4.539,3 4.219,6 3.880,8 5,4% 37,9%
Habitação 1.085,3 1.055,9 1.032,8 989,2 961,3 2,8% 12,9%
Setor Público 121,5 112,8 184,3 190,6 190,6 7,7% -36,3%
Governo - Administração Direta e Indireta 99,9 112,8 184,3 188,0 155,7 -11,4% -35,8%
Atividade Empresarial - Outros Serviços 21,6 0,0 0,0 2,6 34,9 - -38,2%
Total 13.414,2 12.528,5 12.068,6 11.833,8 11.453,6 7,1% 17,1%
Tabela 10 Composição do Crédito por Setor de AtividadeR$ MILHÕES
34
O crescimento do volume total das operações de crédito decorre, basicamente, da
expansão da carteira comercial pessoa física. Do incremento de R$1.960,6 milhões no total
da carteira de crédito, verificado nos últimos doze meses, R$1.494,5 milhões provém da
carteira comercial pessoa física, cuja evolução foi de 38,1% na comparação com dezembro
de 2008. No último trimestre, o incremento observado no crédito comercial foi de 8,3% ou
R$776,6 milhões, alavancado em grande parte pelo segmento de pessoas jurídicas, que agregou
R$491,7 milhões à carteira, compensando a retração verificada nos três trimestres anteriores.
Operações de Crédito Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09 / Dez09 /Set09 Dez08
Setor Privado 13.292,7 12.415,8 11.884,3 11.643,2 11.263,0 7,1% 18,0%
Câmbio 482,9 514,6 516,6 494,5 447,1 -6,2% 8,0%
Comercial 10.108,6 9.331,9 8.873,8 8.745,4 8.448,5 8,3% 19,6%
Pessoa Física 5.421,6 5.136,6 4.573,8 4.250,3 3.927,1 5,5% 38,1%
Cartão de Crédito 74,0 75,1 77,2 82,5 77,9 -1,4% -5,0%
Empréstimos e Títulos Descontados - PF 5.205,0 4.932,9 4.376,3 4.038,4 3.707,5 5,5% 40,4%
Financiamento Direto ao Consumidor - PF 142,6 128,7 120,3 129,5 141,6 10,8% 0,7%
Pessoa Jurídica 4.687,0 4.195,3 4.300,0 4.495,1 4.521,4 11,7% 3,7%
Créditos no Exterior 62,2 68,1 75,0 95,0 97,0 -8,6% -35,9%
Empréstimos e Títulos Descontados - PJ 4.543,1 4.044,1 4.128,1 4.302,1 4.307,5 12,3% 5,5%
Financiamento Direto ao Consumidor - PJ 81,7 83,1 96,9 98,0 116,8 -1,7% -30,1%
Financiamento a Longo Prazo 501,3 478,9 450,3 427,4 447,8 4,7% 11,9%
Imobiliário 1.085,3 1.055,9 1.032,8 989,2 961,3 2,8% 12,9%
Leasing 94,6 98,2 97,5 101,2 106,9 -3,7% -11,5%
Rural 1.020,1 936,2 913,4 885,5 851,4 9,0% 19,8%
Setor Público 121,5 112,8 184,3 190,6 190,6 7,7% -36,3%
Total 13.414,2 12.528,5 12.068,6 11.833,8 11.453,6 7,1% 17,1%
Tabela 11 Composição do Crédito por CarteiraR$ MILHÕES
35
Do montante de crédito comercial, o segmento pessoa física somou R$5.421,6 milhões ao
final de dezembro de 2009, compondo 53,6% do saldo da carteira comercial e 40,4% do total
das operações de crédito do Banco. O segmento empresarial, com saldo de R$4.687,0 milhões
em dezembro de 2009, absorveu 46,4% do crédito comercial e 34,9% do saldo total de crédito.
Crédito Comercial
O crédito comercial pessoa física registrou, em dezembro de 2009, saldo de R$5.421,6
milhões, com crescimento de 38,1% ou R$1.494,5 milhões sobre dezembro de 2008 e
expansão de 5,5% ou R$285,0 milhões na comparação com setembro de 2009.
Após ter sustentado o crescimento da carteira comercial por três trimestres seguidos,
especialmente por meio da compra de crédito consignado de outros bancos, o ritmo de
crescimento do crédito comercial pessoa física perdeu dinamismo no último trimestre,
trajetória historicamente afetada pelo crescimento sazonal de renda.
A aquisição de carteiras de crédito consignado constituiu-se em importante mecanismo
de alavancagem das operações ao longo dos doze meses de 2009, seja pela maior
seletividade na concessão ou pela menor demanda por parte dos tomadores.
O crédito consignado, que compõe 75,1% do crédito comercial pessoa física, atingiu
R$4.073,0 milhões ao final de dezembro de 2009, com crescimento de 44,0% ou R$1.245,5
milhões em doze meses e incremento de 9,6% ou R$356,9 milhões nos últimos três meses.
Entre as linhas de crédito consignado, o adquirido atingiu R$1.346,9 milhões ao final de
dezembro de 2009, compondo 33,1% da carteira de consignados e 24,8% do crédito comercial
pessoa física. O crédito consignado adquirido apresentou crescimento de 129,1% ou R$758,9
milhões em relação a dezembro de 2008 e de 17,6% ou R$201,6 milhões em relação a
setembro de 2009.
O crédito comercial pessoa jurídica alcançou R$4.687,0 milhões ao final de dezembro de
2009, com expansão de 3,7% ou R$165,6 milhões em doze meses e incremento de 11,7% ou
R$491,7 milhões nos últimos três meses.
Em doze meses, as linhas de capital de giro foram as que apresentaram melhor
desempenho, com crescimento de 16,5% ou R$466,3 milhões, compensando quedas
verificadas em praticamente todas as outras linhas comerciais. No último trimestre, as
linhas de giro apresentaram incremento de 21,5% ou R$581,9 milhões. As operações de capital
de giro constituem a modalidade de maior relevância no saldo total de operações, compondo
70,2% do total do crédito comercial pessoa jurídica e 32,5% da carteira de crédito comercial.
36
Composição do Crédito por Rating
No início de 2009, o mercado de crédito foi afetado pela diminuição de liquidez, conjuntura
resultante da crise financeira global que se disseminou ao final de 2008. A partir do segundo
trimestre de 2009, a configuração de expectativas mais favoráveis em relação à atividade econômica,
motivada pela atuação das autoridades regulatórias, favoreceu a retomada dos negócios no
sistema bancário, ainda que em ritmo mais lento em relação ao existente antes da crise.
O ambiente adverso que predominou nos primeiros meses de 2009 exigiu uma política de
crédito focada na exposição a riscos de inadimplência. No Banrisul, a mitigação do risco foi
administrada por meio da priorização de linhas de consignado, inclusive mediante a compra
de carteiras de outros bancos especialmente no início do ano, e através do aperfeiçoamento
e implementação dos modelos de risco nos segmentos de pessoas físicas e jurídicas,
medidas que permitiram alavancar o crescimento das operações ao final do ano, quando o
ambiente econômico tornou-se mais favorável.
R$ MILHÕES
Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09/ Dez09/Set09 Dez08
Pessoa Física 5.421,6 5.136,6 4.573,8 4.250,3 3.927,1 5,5% 38,1%
Crédito Pessoal - Consignado 3.957,9 3.612,1 3.140,1 2.873,4 2.713,1 9,6% 45,9%
Aquisição Bens - Consignado 115,1 104,0 95,5 104,0 114,4 10,6% 0,6%
Aquisição Bens - Outros Bens 6,5 6,6 6,8 6,0 6,6 -1,5% -2,7%
Aquisição Bens - Veículos 22,3 19,3 19,2 20,2 21,2 15,3% 5,4%
Cheque Especial 446,4 469,9 456,9 462,9 397,1 -5,0% 12,4%
Crédito 1 Minuto 190,4 184,0 180,7 179,4 162,9 3,5% 16,9%
Crédito Pessoal Automático 179,2 157,4 146,0 167,5 184,9 13,8% -3,1%
Crédito Pessoal - Não Consignado 245,1 340,3 292,9 214,9 130,8 -28,0% 87,4%
Cartão de Crédito 74,0 75,1 77,2 82,5 77,9 -1,4% -5,0%
Outros - PF 184,9 167,8 158,5 139,6 118,2 10,2% 56,4%
Pessoa Jurídica 4.687,0 4.195,3 4.300,0 4.495,1 4.521,4 11,7% 3,7%
Aquisição Bens - Outros Bens 27,8 28,1 30,1 33,2 36,4 -1,1% -23,7%
Aquisição Bens - Veículos 18,6 18,1 18,9 21,5 20,0 2,5% -7,0%
Capital de Giro - CEB 2.514,6 2.124,0 2.111,2 2.201,3 2.123,6 18,4% 18,4%
Capital de Giro - CGB 773,7 582,4 631,7 671,2 698,4 32,8% 10,8%
CDCI 35,9 38,3 49,0 44,2 53,8 -6,2% -33,3%
Compror 236,7 243,2 274,7 291,8 268,7 -2,7% -11,9%
Conta Devedora Caução - CCC 169,8 172,4 168,1 192,2 213,8 -1,5% -20,6%
Conta Garantida 338,5 408,7 454,8 439,2 478,2 -17,2% -29,2%
Desconto de Recebíveis 284,0 266,6 258,8 275,2 248,2 6,5% 14,4%
Vendor 85,9 97,9 105,3 106,1 152,4 -12,2% -43,6%
Crédito no Exterior 62,2 68,1 75,0 95,0 97,0 -8,6% -35,9%
Outros - PJ 139,3 147,5 122,4 124,2 130,9 -5,6% 6,4%
Total 10.108,6 9.331,9 8.873,8 8.745,4 8.448,5 8,3% 19,6%
Tabela 12 Composição do Crédito Comercial Pessoa Física e Pessoa Jurídica
37
Ao final de dezembro de 2009, as operações de crédito de risco normal classificadas de AA
a C, segundo normas estabelecidas pela Resolução nº 2.682/99 do Banco Central do Brasil,
representavam 88,1% da carteira de crédito, nível 2,3 pp. acima do registrado em dezembro
de 2008 e 1,9 pp. acima do indicador apurado em setembro de 2009.
Provisão para Operações de Crédito
O estoque de provisões para perdas com operações de crédito alcançou R$1.016,8 milhões
em dezembro de 2009, equivalente a 7,6% do total da carteira de crédito consolidada. No
mês de dezembro de 2008, a provisão representava 8,5% e, em setembro de 2009, o
percentual era de 8,3%.
A redução da proporção entre provisões e o volume de operações de crédito, em dezembro
de 2009, deve-se basicamente a três fatores: (i) aumento da carteira de crédito focado em
operações de menor risco; (ii) ajuste no estoque de provisões decorrente das baixas para
prejuízo, relativo às operações contratadas durante o ano, período em que o ambiente foi
de maior risco; (iii) implementação de melhorias no compliance do processo de concessão
e operacionalização do crédito à pessoa física, procedimento advindo da maturação do
modelo de classificação da carteira por rating, que permitiu a redução da necessidade de
constituição de provisão. O índice de provisionamento do Banco, contudo, se mantém
acima dos parâmetros médios do mercado.
38
A provisão para perdas com créditos, em dezembro de 2009, apresentava a seguinte
composição, segundo critérios da Resolução nº 2.682/99 do Banco Central do Brasil, e
complementos:
R$346,7 milhões para operações com parcelas vencidas há mais de 60 dias;
R$598,1 milhões para contratos vincendos ou que apresentavam parcelas vencidas
até 60 dias e
R$72,0 milhões referentes à provisão excedente ao mínimo exigido pela
Resolução nº 2.682/99 do Banco Central do Brasil, constituída em função da análise
periódica do risco da carteira efetuada pela administração do Banco, procedimento
adotado desde a edição desse normativo.
39
Índice de Cobertura
O gráfico a seguir apresenta o índice de cobertura, representado pelo percentual entre
provisão para perdas com créditos e o saldo das operações vencidas há mais de 60 dias que
não geram receitas, evidenciando a capacidade de cobertura da inadimplência com
provisões. O percentual de cobertura de atrasos com provisões, que alcançou 224,4% em
dezembro de 2009, embora inferior ao apresentado em dezembro de 2008, permanece em
níveis confortáveis, atestando a política conservadora do Banrisul no tocante à gestão do
risco de crédito.
R$ MILHÕES
Provisão ProvisãoClassificação Provisão Carteira Participação Total de Total de Provisão Mínima Excedente à Provisão Efetiva sobre
Requerida Total Relativa Créditos Créditos a Vencidos A Vencer Resolução Total a Carteira% Consolidada Acumulada % Vencidos Vencer 2682 %
AA 0,0% 3.837,9 28,6% 0,0 3.837,9 0,0 0,0 7,6 7,6 0,2%
A 0,5% 4.859,6 64,8% 10,2 4.849,4 0,1 24,2 9,7 34,0 0,7%
B 1,0% 2.207,1 81,3% 0,3 2.206,8 0,0 22,1 11,0 33,1 1,5%
C 3,0% 917,3 88,1% 11,4 905,9 0,4 27,2 18,3 45,9 5,0%
D 10,0% 234,5 89,9% 16,4 218,1 1,6 21,8 4,7 28,1 12,0%
E 30,0% 173,0 91,2% 14,1 158,9 4,2 47,7 3,5 55,4 32,0%
F 50,0% 725,2 96,6% 96,4 628,8 48,2 314,4 14,5 377,1 52,0%
G 70,0% 88,9 97,2% 40,3 48,6 28,2 34,0 2,7 64,9 73,0%
H 100,0% 370,7 100,0% 264,0 106,7 264,0 106,7 0,0 370,7 100,0%
Total 13.414,2 453,1 12.961,1 346,7 598,1 72,0 1.016,8 7,6%
Tabela 13 Saldo das Provisões para Perdas
40
Índice de Inadimplência
O índice de inadimplência apresentou elevação em doze meses e redução no último
trimestre. A fase mais aguda da aceleração do índice ocorreu no primeiro semestre,
trajetória que se reduziu no segundo semestre, porém mantendo-se em níveis ainda
elevados em relação aos registrados no período anterior à crise. O índice de inadimplência,
3,4% em dezembro de 2009, reduziu-se 0,4 pp. em relação ao indicador registrado em
setembro de 2009, porém ainda está acima do indicador de dezembro de 2008, 3,3%.
A política de administração de riscos adotada pelo Banrisul, focada na alavancagem de
carteiras de menor risco, mostra-se adequada, dada à redução do volume de inadimplência
há mais de 60 dias em comparação ao total da carteira de crédito. Espera-se uma trajetória
de estabilização dos atrasos em 2010, visto os sinais de estabilização presentes no ambiente
macroeconômico.
Recursos Captados e Administrados
Os recursos captados e administrados somaram R$21.902,4 milhões ao final de dezembro
de 2009, volume 14,9% acima do montante registrado no mesmo mês do ano anterior. Na
comparação com setembro de 2009, a captação cresceu 5,0%.
O incremento de R$2.844,2 milhões, nos últimos doze meses, provém, especialmente, da
expansão dos depósitos a prazo e dos depósitos de poupança. No último trimestre,
depósitos à vista constituíram-se no produto de crescimento mais expressivo.
41
Depósitos à Vista
Os depósitos à vista, que compõem 9,6% dos recursos captados e administrados, somaram
R$2.100,6 milhões ao final de dezembro de 2009, saldo que representa crescimento de
12,7% ou R$236,6 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior e expansão de
24,9% ou R$418,5 milhões sobre setembro de 2009. O expressivo incremento no último
trimestre deve-se ao sazonal aumento de renda ao final do ano.
Depósitos de Poupança
Os depósitos de poupança totalizaram R$5.636,8 milhões ao final de dezembro de 2009,
com crescimento de 17,3% ou R$830,9 milhões na comparação com dezembro de 2008 e
expansão de 8,4% ou R$436,6 milhões em relação a setembro de 2009. A captação de
depósitos de poupança, que perfaz 25,7% dos recursos captados e administrados, foi
favorecida pela redução da Selic, em 500 pontos-base no ano de 2009, o que tornou o
rendimento da poupança atrativo em relação a outras modalidades de investimentos.
Depósitos a Prazo
Os depósitos a prazo perfazem 38,9% do conjunto de recursos captados e administrados.
Ao final de dezembro, o saldo de depósitos a prazo alcançou R$8.530,7 milhões, com
crescimento de 12,9% ou R$972,9 milhões em relação ao mesmo mês do ano anterior. No
último trimestre, os depósitos a prazo mantiveram-se praticamente estáveis, com pequeno
incremento de 0,2% ou R$21,0 milhões em relação a setembro de 2009. Por se constituir no
principal instrumento de funding para alocação em operações a taxas livres, a captação
desse produto é incentivada por meio de política comercial.
42
Recursos de Terceiros Administrados
Os recursos de terceiros administrados somaram R$5.532,7 milhões ao final de dezembro
de 2009, posição R$730,6 milhões acima da apurada em dezembro de 2008, performance
favorecida pelas mudanças ocorridas na regulamentação das aplicações de recursos dos
Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS, que, por sua vez, possibilitaram a
reestruturação do portfólio de fundos de investimento. No último trimestre, os recursos
administrados agregaram R$139,1 milhões, performance motivada, especialmente, pela
expansão de fundos de renda fixa.
Custo de Captação
O custo médio de captação do Banco, enquanto proporção da taxa Selic, apresentou
elevação se comparados os períodos 4T08, 75,00%, e 4T09, 81,09%; e redução, se
confrontados os trimestres 4T09 e 3T09, no qual o custo médio alcançou 82,90% da Selic.
Essa trajetória reflete a elevação da representatividade dos depósitos a prazo no volume
total de captação, a redução da participação de captação no mercado aberto no total de
recursos captados, os prazos médios dos recursos captados, a indexação das operações
(pré e pós-fixados) e, principalmente, o movimento da Selic, que foi de queda de 500
pontos-base no ano de 2009.
Dessa forma, apesar da redução das taxas de remuneração acumuladas nos trimestres dos
depósitos a prazo: 2,98% no 4T08; 2,17% no 3T09 e 2,07% no 4T09, por força da brusca queda
da taxa Selic, o custo dos depósitos a prazo em proporção da taxa básica de juros ampliou-
se de 88,56%, no 4T08, para 98,55% no 4T09. A parcela de operações prefixadas da carteira
de depósitos a prazo, num ambiente de redução da taxa Selic, refletiu na elevação do
custo de captação.
Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09/ Dez09/Set09 Dez08
Depósitos Totais 16.369,7 15.462,3 14.871,0 14.283,1 14.256,1 5,9% 14,8%
Depósitos a Prazo 8.530,7 8.509,7 8.238,0 8.019,2 7.557,8 0,2% 12,9%
Depósitos à Vista 2.100,6 1.682,1 1.597,5 1.485,6 1.864,0 24,9% 12,7%
Depósitos de Poupança 5.636,8 5.200,2 4.952,5 4.755,1 4.805,9 8,4% 17,3%
Outros Depósitos 101,6 70,3 83,1 23,1 28,4 44,5% 257,7%
Recursos de Ter ceiros Administrados 5.532,7 5.393,5 5.302,4 5.139,8 4.802,1 2,6% 15,2%
Total 21.902,4 20.855,8 20.173,5 19.422,9 19.058,2 5,0% 14,9%
R$ MILHÕESTabela 14 Composição da Captação de Recursos
43
Patrimônio Líquido
Ao final de dezembro de 2009, o patrimônio líquido do Banrisul alcançou R$3.408,5 milhões,
apresentando crescimento de 10,7% em relação ao montante registrado em dezembro de
2008 e de 3,3% na comparação com setembro de 2009.
As oscilações do patrimônio líquido estão relacionadas à incorporação de resultados
gerados e ao pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio.
4T09 3T09 4T08Saldo Despesa Custo Saldo Despesa Custo Saldo Despesa Custo
Médio Acum. Médio Médio Acum. Médio Médio Acum. Médio
Depósitos à Vista 1.854,3 1.627,0 1.599,9
Depósitos de Poupança 5.407,3 (72,7) 1,34% 5.124,4 (71,7) 1,40% 4.642,4 (83,0) 1,79%
Depósitos a Prazo 8.587,9 (177,4) 2,07% 8.411,3 (182,3) 2,17% 7.564,9 (225,2) 2,98%
Depósitos Interfinanceiros 90,8 (0,4) 0,39% 76,8 (0,6) 0,80% 12,0 (0,4) 3,12%
Despesas de Contribuição FGC (5,9) (5,7) (5,1)
Despesas de Operações Compromissadas 2.138,9 (51,1) 2,39% 2.504,3 (62,6) 2,50% 2.816,3 (106,0) 3,76%
Obrigação Depósito Especial de 1,9 0,08% 2,0 0,49% 1,8 0,51%Fundos e Programas
Depósitos para Investimento 11,5 12,6 11,9
Saldo Médio Total / Despesa Total 18.092,7 (307,5) 1,70% 17.758,3 (322,9) 1,82% 16.649,1 (419,7) 2,52%
Selic 2,10% 2,19% 3,36%
Custo Médio / Selic 81,09% 82,90% 75,00%
Custo Depósito a Prazo / Selic 98,55% 98,81% 88,56%
R$ MILHÕESTabela 15 Custo de Captação
44
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio alcançou 16,7% considerados os doze
meses de 2009. Os resultados auferidos, em 2009, refletem dois momentos distintos: ( i)
no primeiro semestre, a elevação da inadimplência prejudicou o desempenho, quando os
índices de atraso e inadimplemento atingiram os níveis de 3,14%, em abril, e 4,34% em
maio de 2009 respectivamente; (ii) com a recuperação da economia, no decorrer do segundo
semestre, a expansão do volume de crédito alocado permitiu o aumento da receita, que,
combinada com a redução gradativa da inadimplência, possibilitou a melhora do
desempenho no 4T09. É preciso ressaltar, entretanto, que a redução de rentabilidade
apresentada no gráfico decorre, especialmente, da contabilização, em 2008, de evento
não recorrente relativo a créditos tributários.
45
Índice de Basileia
O Índice de Basileia representa a relação entre o capital base (Patrimônio de Referência)
e os riscos ponderados, conforme legislação em vigor, demonstrando a solvência da
empresa. O Novo Acordo de Capital - Basileia II demonstra uma melhor mensuração dos
riscos aos quais as instituições financeiras estão expostas. No Brasil, por meio da Resolução
nº 3.490/07, do Banco Central do Brasil, foram instituídas modificações no cálculo do
Patrimônio de Referência Exigido (PRE). Com isso, foram definidas as parcelas que fazem
parte do PRE, sofrendo alterações de apuração as parcelas correspondentes aos riscos de
crédito (Pepr), de mercado (Pjur) e de câmbio (Pcam). Através do mesmo normativo,
foram incluídas no novo cálculo do PRE as parcelas de risco operacional (Popr), da variação
dos preços de ações (Pacs) e da variação do preço de commodities (Pcom). Passou a ser
exigido também destaque de capital para cobertura do risco de taxas de juros das operações
não incluídas na carteira de negociação (Rban).
Em dezembro de 2009, o índice de Basileia II do Banrisul foi de 17,5%. A redução observada,
tanto no período de doze meses quanto no último trimestre, decorre da elevação das
parcelas de risco de crédito e operacional. A ampliação do risco de crédito provém da
expansão do volume de operações em proporção superior ao crescimento do patrimônio.
A variação da parcela de risco operacional, decorrente da modificação do multiplicador de 20%
para 80%, ocorrida a partir de julho de 2009, conforme determina a Circular nº 3.383/08, do
Banco Central do Brasil. Contudo, o Banrisul apresenta confortável margem para alavancar o
crescimento dos ativos.
46
Velocidade de Crescimento
A velocidade de crescimento da captação de depósitos a prazo e do crédito comercial,
medida pela evolução relativa dos volumes, está representada no gráfico abaixo. O ritmo
de crescimento do crédito comercial, 19,6% nos últimos doze meses terminados em
dezembro de 2009, superou o incremento dos depósitos a prazo, 12,9%. Contudo, ambas
as trajetórias perderam velocidade no último ano, evoluções que refletem os movimentos
cíclicos da renda e produção, com desdobramentos sobre os níveis de liquidez e do crédito,
observados no ambiente econômico.
O Banrisul apresentou até junho de 2009 índices anuais de crescimento no crédito total
superiores aos registrados pelo conjunto das instituições financeiras; nos quatro meses
seguintes, o crédito no Banco cresceu em ritmo menor que o observado no Sistema
Financeiro Nacional; nos dois últimos meses, o dinamismo do crédito do Banrisul voltou a
superar o mercado. As operações de crédito apresentaram crescimento de 17,1% nos
últimos doze meses terminados em dezembro de 2009, enquanto o Sistema Financeiro
Nacional registrou incremento de 14,9% em relação a dezembro de 2008.
Dez08 Jan09 Fev09 Mar09 Abr09 Mai09 Jun09 Jul09 Ago09 Set09 Out09 Nov09 Dez09
4747
Demonstração do ResultadoAcumulado em 2009
Resultado Consolidado
O lucro líquido do Banrisul, no exercício de 2009, foi de R$541,1 milhões, 7,2% ou R$36,4
milhões acima do resultado recorrente registrado no mesmo período de 2008. Incluídos os
itens não recorrentes de R$86,2 milhões contabilizados nos doze meses de 2008, o lucro
líquido acumulado em 2009 reduziu-se em 8,4% ou R$49,8 milhões frente ao registrado no
ano anterior.
O desempenho acumulado nos doze meses de 2009 foi, positivamente, afetado pela
elevação das receitas de crédito e com operações de tesouraria e, negativamente, pelo
aumento da inadimplência, especialmente na primeira metade do ano, conjuntura que
implicou na ampliação da provisão para operações de crédito.
O lucro líquido acumulado no 4T09 somou R$184,3 milhões, 7,2% ou R$12,4 milhões acima
do registrado no mesmo trimestre do ano passado, desempenho que reflete,
especialmente, a queda de despesas financeiras, face à redução da taxa básica de juros, e
a elevação de receitas de serviços.
Em relação ao 3T09, o lucro líquido registrado no 4T09 foi 26,2% ou R$38,2 milhões superior,
performance explicada pelo aumento das receitas de crédito, redução das despesas de
captação e elevação das receitas com serviços e em outras receitas operacionais.
CréditosTributários
48
Receitas da Intermediação Financeira
As receitas da intermediação financeira somaram R$4.262,6 milhões no ano de 2009, 9,9%
ou R$383,0 milhões acima do montante registrado no ano de 2008. No 4T09, as receitas da
intermediação financeira totalizaram R$1.076,7 milhões, 11,3% ou R$136,8 milhões abaixo
do montante apurado no mesmo período de 2008 e 3,0% ou R$31,2 milhões acima do valor
contabilizado no 3T09.
O aumento da receita da intermediação, no exercício de 2009, decorre do crescimento das
receitas de crédito e com títulos (R$638,7 milhões), influenciadas pela expansão do volume
de operações, pela elevação das taxas e pela recuperação de créditos baixados para prejuízo.
A receita da intermediação, no exercício de 2009, foi também afetada pela redução do
resultado de operações de câmbio, em R$145,9 milhões, e das aplicações compulsórias, no
valor de R$133,8 milhões, performances decorrentes, respectivamente, da variação cambial
e da diminuição de recursos recolhidos ao Bacen, face às medidas de flexibilização adotadas,
ao final de 2008, para mitigar os efeitos da crise financeira.
A redução da receita da intermediação, quando comparados os períodos 4T09 e 4T08, tem
como principais fatores a redução do resultado de operações de câmbio 1, no valor de
R$98,7 milhões, em função da variação cambial; a diminuição do resultado de operações
de tesouraria, no valor de R$77,3 milhões, e a redução do resultado em aplicações
compulsórias, em R$11,9 milhões, performance mitigada pelo aumento das receitas de
crédito, em R$44,9 milhões.
A ampliação da receita da intermediação no último trimestre (R$31,2 milhões) decorre da
ampliação das receitas de crédito (R$50,6 milhões), proveniente do crescimento do volume
de operações e da recuperação de operações baixadas para prejuízo.
(1) O desempenho apresentado pelo Banco no que tange às operações referenciadas em moeda estrangeira não foi afetado pela valorização cambial, pois as operaçõesem moeda estrangeira, ativas e passivas, não apresentam descasamento, embora a análise do resultado por linha seja afetada por essas variações.
49
Resultado de Operações de Tesouraria
O resultado de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos somou
R$1.137,4 milhões nos doze meses de 2009, 13,9% ou R$138,4 milhões acima do montante
contabilizado no ano de 2008. No 4T09, as receitas com títulos e valores mobiliários e
instrumentos financeiros derivativos totalizaram R$260,2 milhões, 21,5% ou R$71,1 milhões
abaixo do montante apurado no 4T08 e 4,6% ou R$12,7 milhões abaixo do valor apurado no
3T09.
No exercício de 2009, o resultado de TVM e instrumentos financeiros derivativos foi
positivamente impactado pelo aumento do volume de recursos em tesouraria, visto que a
taxa Selic (efetiva), principal referência dessas operações, apresentou queda, passando
de 12,48% a.a., em 2008, para 9,92% a.a., em 2009. A redução das receitas de tesouraria no
último trimestre provém da queda do volume de recursos aplicados.
Receitas de Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil
As receitas de operações de crédito e arrendamento mercantil somaram R$2.876,9 milhões
no exercício de 2009, 22,3% ou R$524,3 milhões acima do montante contabilizado no mesmo
período do ano passado. No 4T09, as receitas de crédito e arrendamento mercantil
totalizaram R$761,5 milhões, 6,3% ou R$44,9 milhões acima do valor apurado no 4T08 e
7,1% ou R$50,6 milhões acima do valor acumulado no 3T09.
O aumento da receita de crédito reflete o crescimento do volume de operações, visto que
os preços médios, considerado o período de doze meses, apresentaram redução nas
principais linhas – consignado na pessoa física e capital de giro no segmento empresarial.
No 4T09, o crescimento da receita proveio, especialmente, do incremento de volumes,
visto que as taxas efetivas do crédito comercial apresentaram redução frente ao mesmo
trimestre no ano anterior e em relação ao trimestre imediatamente anterior.
As receitas geradas pelo crédito comercial, que correspondem a 90,4% do montante de
receitas de crédito e arrendamento mercantil, somaram R$2.600,7 milhões no exercício de
2009, sendo R$1.639,0 milhões geradas por pessoas físicas e R$961,7 milhões pelo segmento
empresarial.
50
Receitas do Crédito Comercial Pessoa Física e Jurídica
No exercício de 2009, as receitas geradas pelo crédito comercial pessoa física somaram
R$1.639,0 milhões, 31,0% ou R$387,5 milhões acima do montante apurado no mesmo
período de 2008. No 4T09, as receitas do crédito comercial pessoa física, R$436,9 milhões,
superaram em 20,1% o valor apurado no mesmo trimestre do ano anterior e em 3,5% o
montante acumulado no 3T09.
O incremento de R$73,2 milhões na receita do crédito comercial pessoa física gerado no
4T09 em relação 4T08 decorre da expansão de duas modalidades de crédito pessoal:
consignado e não consignado. O aumento do saldo, nas duas linhas, e a elevação de taxas,
nas operações de crédito pessoal não consignado, contribuíram para incrementar a receita
do trimestre em análise comparativamente ao período base.
No último trimestre, o acréscimo de R$14,6 milhões às receitas provém igualmente do
crescimento dos saldos do crédito consignado, em R$356,8 milhões, visto que os preços
praticados apresentaram redução.
Os produtos crédito consignado e cheque especial, principais linhas na pessoa física,
compõem 75,5% das receitas geradas no segmento e 49,3% das receitas do crédito comercial
acumuladas no 4T09.
As receitas geradas pelo crédito comercial pessoa jurídica totalizaram R$961,7 milhões no
exercício de 2009, com incremento de 17,7% ou R$144,8 milhões em relação ao ano passado.
No 4T09, as receitas do crédito comercial pessoa jurídica, R$232,4 milhões, apresentaram
redução de 8,3% ou R$21,0 milhões em relação ao montante apurado no 4T08 e expansão
de 2,5% ou R$5,8 milhões em relação ao valor acumulado no 3T09.
51
As linhas de capital de giro representavam, no 4T09, 57,1% das receitas geradas pelo
segmento e 19,8% das rendas do crédito comercial. A queda de receitas no 4T09 em relação
ao mesmo trimestre no ano anterior tem como principal fator a redução do saldo dos
produtos conta garantida, vendor, conta devedora, crédito no exterior e compror, no
montante de R$316,9 milhões, além da queda de preços, inclusive nas modalidades de
capital de giro.
As taxas médias do crédito comercial apresentaram queda nos trimestres em análise,
movimento que acompanhou a trajetória de redução da taxa básica de juros. O maior
volume de receitas no 4T09 em relação ao 4T08 decorre da contribuição do crédito comercial
pessoa física, especialmente em função do crescimento do volume aplicado no segmento.
2009 2008 4T09 3T09 2T09 1T09 4T08 2009 /2008
Pessoa Física 1.639,0 1.251,5 436,9 422,3 401,4 378,4 363,7 31,0%
Crédito Pessoal - Consignado 785,0 602,1 216,0 205,9 187,0 176,1 168,4 30,4%
Aquisição Bens - Consignado 20,0 23,4 5,2 4,8 4,7 5,2 5,7 -14,7%
Aquisição Bens - Outros Bens 0,4 0,5 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 -23,3%
Aquisição Bens - Veículos 4,9 4,4 1,3 1,2 1,2 1,3 1,3 12,0%
Cheque Especial 438,2 334,3 108,6 108,9 111,5 109,1 103,0 31,1%
Crédito 1 Minuto 120,4 89,5 30,9 30,2 30,1 29,1 26,6 34,5%
Crédito Pessoal Automático 86,1 84,6 23,8 20,7 19,6 22,0 23,3 1,9%
Crédito Pessoal - Não Consignado 107,5 54,4 31,9 32,5 26,9 16,2 17,0 97,5%
Cartão de Crédito 56,3 46,4 14,0 13,2 14,6 14,5 14,9 21,4%
Outros - PF 20,2 11,9 5,1 4,7 5,6 4,8 3,3 70,2%
Pessoa Jurídica 961,7 816,9 232,4 226,6 241,7 261,1 253,4 17,7%
Aquisição Bens - Outros Bens 4,8 6,4 1,0 1,1 1,2 1,5 1,7 -24,2%
Aquisição Bens - Veículos 4,0 4,5 1,0 0,9 1,1 1,1 1,2 -10,3%
Capital de Giro - CEB 426,9 354,2 106,4 102,0 106,0 112,4 108,6 20,5%
Capital de Giro - CGB 120,9 114,1 26,2 25,7 32,6 36,4 36,2 6,0%
CDCI 11,2 10,6 2,4 2,9 2,9 2,8 3,2 5,0%
Compror 44,2 46,9 8,9 9,7 12,3 13,3 13,0 -5,9%
Conta Devedora Caução - CCC 38,1 32,8 7,6 7,8 10,1 12,6 12,7 16,1%
Conta Garantida 207,9 144,5 54,1 52,0 49,4 52,3 47,3 43,9%
Desconto de Recebíveis 65,8 54,8 15,6 15,5 16,9 17,7 16,9 19,9%
Vendor 19,6 23,7 3,7 4,5 5,0 6,4 6,8 -16,9%
Crédito no Exterior 2,5 5,4 0,5 0,5 0,6 1,0 2,0 -53,0%
Outros - PJ 15,8 19,0 4,9 3,8 3,5 3,6 3,9 -17,0%
Total 2.600,7 2.068,4 669,3 648,9 643,0 639,4 617,1 25,7%
R$ MILHÕESTabela 16 Receitas do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica
52
Na comparação com o 3T09, o incremento da receita do crédito comercial no 4T09 provém
de ambas as modalidades – física e jurídica, tendo a retomada do crédito empresarial sido
decisiva para a ampliação da receita, face à redução dos preços médios mensais cobrados
nas contratações.
Tabela 17 Taxas Médias Mensais do Crédito Comercial - Pessoa Física e Jurídica
2009 2008 4T09 3T09 2T09 1T09 4T08
Pessoa Física 2,91% 2,95% 2,73% 2,84% 3,03% 3,05% 3,05%
Crédito Pessoal - Consignado 2,01% 2,12% 1,90% 1,97% 2,08% 2,08% 2,08%
Aquisição Bens - Consignado 1,60% 1,61% 1,58% 1,60% 1,62% 1,62% 1,61%
Aquisição Bens - Outros Bens 0,53% 0,73% 0,50% 0,50% 0,55% 0,59% 0,68%
Aquisição Bens - Veículos 2,06% 1,97% 2,05% 2,08% 2,07% 2,05% 1,99%
Cheque Especial 8,02% 7,70% 7,65% 7,86% 8,23% 8,35% 8,47%
Crédito 1 Minuto 5,50% 5,04% 5,39% 5,53% 5,56% 5,51% 5,37%
Crédito Pessoal Automático 4,43% 3,80% 4,64% 4,52% 4,34% 4,21% 4,04%
Crédito Pessoal - Não Consignado 3,23% 2,98% 3,30% 3,35% 3,27% 2,99% 3,21%
Cartão de Crédito 6,06% 5,47% 6,23% 5,87% 6,18% 5,95% 6,32%
Outros - PF 1,09% 0,96% 0,96% 0,96% 1,23% 1,21% 1,00%
Pessoa Jurídica 1,82% 1,73% 1,74% 1,78% 1,85% 1,92% 1,88%
Aquisição Bens - Outros Bens 1,32% 1,52% 1,28% 1,27% 1,32% 1,43% 1,54%
Aquisição Bens - Veículos 1,77% 1,87% 1,75% 1,75% 1,77% 1,82% 1,85%
Capital de Giro - CEB 1,62% 1,65% 1,53% 1,59% 1,66% 1,71% 1,73%
Capital de Giro - CGB 1,55% 1,71% 1,28% 1,45% 1,69% 1,79% 1,83%
CDCI 2,14% 1,72% 2,28% 2,25% 2,10% 1,94% 1,91%
Compror 1,38% 1,25% 1,21% 1,29% 1,46% 1,59% 1,47%
Conta Devedora Caução - CCC 1,76% 1,59% 1,45% 1,59% 1,93% 2,07% 1,88%
Conta Garantida 4,03% 2,97% 4,75% 4,14% 3,64% 3,58% 3,19%
Desconto de Recebíveis 2,05% 1,88% 1,89% 1,97% 2,10% 2,23% 2,25%
Vendor 1,49% 1,24% 1,36% 1,39% 1,51% 1,71% 1,61%
Crédito no Exterior 0,26% 0,56% 0,25% 0,21% 0,25% 0,35% 0,69%
Outros - PJ 1,01% 1,50% 1,18% 0,90% 0,96% 0,98% 1,00%
Total 2,38% 2,31% 2,28% 2,35% 2,44% 2,46% 2,43%
53
Despesas da Intermediação Financeira
As despesas da intermediação financeira totalizaram R$2.142,9 milhões no exercício de
2009, 0,7% ou R$14,4 milhões abaixo do montante contabilizado no ano passado. No 4T09,
as despesas da intermediação financeira somaram R$504,7 milhões, 27,7% ou R$193,2
milhões abaixo do valor apurado no 4T08 e 4,5% ou R$21,5 milhões acima do montante
contabilizado no 3T09.
A redução das despesas da intermediação, em doze meses, decorre, especialmente, de
diminuições nas despesas com obrigações por empréstimos e repasses, no valor de R$96,4
milhões, e com captação no mercado, no montante de R$66,6 milhões, que compensaram
a elevação das despesas com provisão, no valor de R$166,1 milhões. O menor volume de
despesas com obrigações por empréstimos e repasses provém da variação da taxa de
câmbio ocorrida no período(2) . A diminuição das despesas com captação é proveniente da
sensível redução da taxa básica de juros, em 500 pontos-base no ano de 2009, e da redução
do volume de captação em mercado aberto.
Na comparação entre os períodos 4T09 e 4T08, a redução das despesas da intermediação é
explicada pelos motivos expostos acima: menor volume de despesas com obrigações por
empréstimos e repasses, face aos efeitos da variação cambial, e queda de despesas com
captação, por força da redução da Selic e do volume de recursos captados no mercado
aberto, no valor de R$227,8 milhões.
A expansão verificada na comparação entre as despesas da intermediação do 4T09 e 3T09
provém, especialmente, da elevação das despesas com provisões para crédito, no montante
de R$30,9 milhões.
(2) O desempenho apresentado pelo Banco no que tange às operações referenciadas em moeda estrangeira não foi afetado pela valorização cambial, pois as operaçõesem moeda estrangeira, ativas e passivas, não apresentam descasamento, embora a análise do resultado por linha seja afetada por essas variações.
54
Despesas com Operações de Captação no Mercado
As despesas de captação no mercado somaram R$1.334,5 milhões no acumulado do ano de
2009, 4,7% abaixo do montante acumulado no ano passado. No 4T09, as despesas de captação
somaram R$307,5 milhões, 26,7% ou R$112,3 milhões abaixo do valor registrado no 4T08 e
4,8% ou R$15,4 milhões abaixo do montante apurado no 3T09.
O menor volume de despesas observado na comparação entre os doze meses de 2009 e o
mesmo período do ano anterior, R$66,6 milhões, decorre da redução da taxa básica de
juros, que balisa a remuneração paga nos depósitos a prazo, da estrutura de captação dos
depósitos (pulverizada e pós-fixada) e da redução do volume de captação em mercado
aberto, em R$227,8 milhões no período.
Na comparação entre o 4T09 e 4T08, o menor montante de despesas é explicado pelos
motivos citados acima. A redução das despesas de captação no último trimestre decorre
da redução do volume de captação no mercado aberto, em R$407,6 milhões.
Despesas com Provisões para Operações de Crédito
No exercício de 2009, as despesas de provisão com operações de crédito somaram R$422,6
milhões, 64,7% ou R$166,1 milhões acima do valor contabilizado em 2008. No 4T09, as
despesas de provisão de crédito totalizaram R$96,7 milhões, 73,6% ou R$41,0 milhões
acima do valor apurado no 4T08 e 47,0% ou R$30,9 milhões acima do valor acumulado
no 3T09.
55
A ampliação das despesas de provisão, no acumulado de doze meses, decorre da elevação
do índice de inadimplência, face ao quadro de desaceleração do nível de atividade
econômica que predominou nos primeiros meses de 2009, motivo que justifica igualmente
o aumento das despesas de provisão quando comparados o 4T09 com o 4T08.
Já a ampliação do fluxo de provisões entre o 4T09 e o 3T09, decorre da menor necessidade
de contabilização de provisões no terceiro trimestre de 2009, face à implementação de
melhorias no compliance do processo de concessão e operacionalização do crédito à pessoa
física, embora o critério de provisionamento adotado pelo Banco permaneça em vigor.
Resultado Bruto da Intermediação Financeira
O resultado bruto da intermediação financeira - RBIF - do exercício de 2009 foi de R$2.119,7
milhões, 23,1% ou R$397,4 milhões acima do obtido no ano passado. O RBIF do 4T09, R$572,0
milhões, apresentou incremento de 10,9% ou R$56,4 milhões frente ao apurado no 4T08 e
expansão de 1,7% ou R$9,7 milhões em relação ao montante contabilizado no 3T09.
O desempenho em 2009 reflete, especialmente, a expansão das receitas de crédito e com
títulos e valores mobiliários, que compensou o efeito negativo da elevação das despesas
com provisões de crédito. Entre o 4T09 e 4T08, a redução da receita da intermediação, em
R$136,8 milhões, foi compensada pela redução da despesa da intermediação, no valor de
R$193,2 milhões, refletindo positivamente no resultado. A análise comparativa entre o
4T09 e 3T09 demonstra que a elevação da receita de crédito compensou o efeito negativo
do aumento das despesas com provisões.
56
Margem Financeira
A margem financeira somou R$2.542,4 milhões no exercício de 2009, 28,5% ou R$563,5
milhões acima do montante gerado no ano anterior. No 4T09, a margem financeira totalizou
R$668,7 milhões, 17,1% ou R$97,4 milhões acima do montante apurado no 4T08 e 6,5% ou
R$40,6 milhões acima do valor contabilizado no 3T09.
No acumulado de doze meses, o aumento das receitas de crédito e de tesouraria contribuiu
para a elevação da margem financeira. A análise dos trimestres demonstra que, entre o
4T09 e o 4T08, a perda de dinamismo das receitas de crédito e de tesouraria foi compensada
pela redução das despesas financeiras, gerando aumento de margem. O fluxo de margem
gerado no 4T09, comparativamente ao montante produzido no 3T09, foi favorecido pelo
aumento da receita de crédito, ampliada, em boa parte, pelo maior volume de contratações
junto ao segmento empresarial.
Receitas de Prestação de Serviços
As receitas de prestação de serviços totalizaram R$579,3 milhões no ano de 2009, 7,5%
ou R$40,7 milhões acima do montante acumulado no ano passado. No 4T09, as receitas
de prestação de serviços somaram R$152,1 milhões, 9,7% ou R$13,5 milhões acima do
montante apurado no ano anterior e 5,2% ou R$7,5 milhões acima do valor acumulado no 3T09.
A ampliação das receitas de serviços, considerada a evolução no acumulado de doze meses,
decorre da automação da cobrança de tarifas sobre contas correntes e da eficientização na
cobrança de tarifas do produto Banricompras incidente sobre a rede de credenciados. O
aumento de receitas verificado nos trimestres em análise reflete igualmente o crescimento
de tarifas geradas pelo produto Banricompras, expansão em linha com a ampliação da
base de credenciados, que tem evoluído numa média anual de 15 mil novos
estabelecimentos nos dois últimos anos.
57
Despesas Administrativas
O Banrisul monitora constantemente as despesas administrativas, gestão que se reflete
na consistente melhoria do índice de eficiência, que passou de 56,8%, em 2008, para 52,0%
em 2009.
No acumulado do exercício de 2009, as despesas administrativas somaram R$1.579,9
milhões, montante R$118,8 milhões ou 8,1% acima do valor apurado no ano de 2008. As
despesas de pessoal, que compõem 57,0% do total das despesas administrativas
acumuladas de janeiro a dezembro de 2009, registraram aumento de R$65,6 milhões sobre
o valor contabilizado no mesmo período de 2008, enquanto que outras despesas
administrativas apresentaram elevação de R$53,1 milhões no mesmo período.
O incremento de 7,9% em despesas de pessoal está relacionado ao reajuste salarial
concedido em 2008 e 2009, 9% e 6%, respectivamente. O Banrisul mantém política de
distribuição de lucros que abrange remunerações variáveis, atreladas ao desempenho
comercial e global da Instituição, e participação dos empregados no resultado - PLR. As
remunerações variáveis, acrescidas de encargos, somaram R$69,1 milhões e a PLR3 totalizou
R$44,4 milhões em 2009, R$14,4 milhões acima do montante distribuído em 2008.
No ano de 2009, outras despesas administrativas totalizaram R$678,9 milhões, 8,5% acima
do montante acumulado no ano anterior. As rubricas que apresentaram elevações mais
expressivas em 2009 foram aluguéis e condomínios, no valor R$8,5 milhões; vigilância,
segurança e transporte de valores, no montante de R$8,5 milhões, e propaganda,
promoções e publicidade, com incremento de R$8,2 milhões no ano.
3 Valor contabilizado na rubrica Participações dos Empregados no Resultado.
58
No 4T09, as despesas administrativas somaram R$404,1 milhões, 5,9% ou R$22,4 milhões
acima do montante contabilizado no 4T08 e 1,5% ou R$6,2 milhões abaixo do valor
acumulado no 3T09.
A elevação das despesas de pessoal em relação ao 4T08, no montante de R$11,3 milhões,
decorre do efeito do reajuste salarial, concedido no âmbito do acordo coletivo de trabalho
no mês de setembro. A ampliação de outras despesas administrativas, no valor R$11,1
milhões, entre o 4T09 e o 4T08 é explicada pelo incremento nas despesas com publicidade
e propaganda.
Em relação ao 3T09, as despesas de pessoal apresentaram redução de R$1,8 milhão, em
função do impacto da contabilização de despesas decorrentes do acordo coletivo de
trabalho ocorrido em setembro de 2009. Outras despesas administrativas apresentaram
redução de R$4,4 milhões, face ao menor volume de gastos com processamento de dados
e com publicidade e propaganda.
59
Outras Receitas Operacionais
Outras receitas operacionais somaram R$143,7 milhões no ano de 2009, com redução de
25,6% ou R$49,5 milhões em relação ao montante apurado no mesmo período de 2008.
Outras receitas operacionais totalizaram R$55,0 milhões no 4T09, com expansão de 7,3%
ou R$3,7 milhões em relação ao volume contabilizado no mesmo período do ano anterior
e incremento de 89,1% ou R$25,9 milhões frente ao 3T09.
A redução de outras receitas operacionais no acumulado de doze meses provém,
especialmente, de variação cambial sobre dependências no exterior, reversão de provisões
operacionais e eventos pontuais ocorridos no primeiro semestre de 2008, referentes a
ajustes de implantações sistêmicas.
Os incrementos observados nas análises trimestrais, sendo a mais expressiva registrada
entre o 4T09 e o 3T09, provém, em grande parte, do provisionamento para benefícios pós-
emprego efetuado no primeiro semestre, revertido em dezembro de 2009, quando do
recálculo atuarial, conforme Instrução nº 371/02 da Comissão de Valores Mobiliários.
Outras Despesas Operacionais
Outras despesas operacionais somaram R$227,6 milhões no acumulado do ano de 2009,
volume 67,0% ou R$91,3 milhões acima do registrado no ano passado, em função da
ampliação de provisões trabalhistas, refletindo acordos e novas ações judiciais decorrentes
da saída de empregados por conta de aposentadorias; variação cambial sobre dependências
no exterior e variação decorrente de despesas geradas pela necessidade de enquadramento
da exigibilidade sobre depósitos de poupança.
60
No 4T09, outras despesas operacionais totalizaram R$27,7 milhões, 30,4% ou R$12,1 milhões
abaixo do montante apurado no 4T08 e 46,5% ou R$24,1 milhões abaixo do montante
contabilizado no 3T09. As variações trimestrais são explicadas, em grande parte, pelo
estorno, em dezembro de 2009, das despesas contabilizadas como benefícios pós-emprego;
pelo ajuste cambial e pela menor necessidade de provisões trabalhistas.
6161
Custo Operacional
O custo operacional dimensiona a totalidade das despesas administrativas em relação ao
total de ativos. O índice é calculado com base nas despesas acumuladas em doze meses
contra o saldo de ativos ao final do período de análise.
A ampliação dos ativos, em 15,4% nos últimos doze meses, decorrente do crescimento das
operações de tesouraria e do crédito, contribuiu para a absorção das despesas
administrativas, refletindo na redução do custo em proporção aos ativos em doze meses e
no último trimestre.
Indicadores Econômicos
Grau de Alavancagem
O grau de alavancagem relaciona o volume da carteira de operações de crédito com o
patrimônio líquido. Em dezembro de 2008, as operações de crédito do Banrisul
representavam 3,7 vezes o patrimônio líquido, proporção que alcançou 3,8 vezes de março
a setembro, atingindo 3,9 vezes em dezembro de 2009.
O expressivo crescimento da carteira em doze meses refletiu na variação do índice de
alavancagem. A situação confortável de alavancagem da Instituição atesta a capacidade de
expansão das carteiras de crédito no futuro.
62
Índice de Capitalização
O índice de capitalização mensura a relação entre o patrimônio líquido e o total de recursos
captados junto ao público, inclusive os fundos de investimento. Esse índice avalia a
segurança que os recursos próprios oferecem ao capital de terceiros.
Em dezembro de 2009, o índice de capitalização alcançou 15,6%, 0,6 pp. acima do indicador
de dezembro de 2008 e 0,2 pp. abaixo do índice registrado em setembro de 2009. A redução
do índice demonstra elevação da representatividade de recursos de terceiros na
constituição de funding para operações ativas.
Produtividade por Funcionário
O indicador de produtividade, medido pelo total de volume de negócios (captação e crédito)
por empregado, apresentou crescimento de 16,6% nos últimos doze meses, alcançando
R$3.863,1 mil, o que se explica pela performance comercial, alavancada pelo incentivo à
elevação da produtividade, por meio de sistemática de remuneração variável, já consolidada
na Instituição.
63
O Banrisul contava, em dezembro de 2009, com 9.142 funcionários, o que representa redução
de 65 empregados em relação ao quadro de dezembro de 2008.
Índice de Eficiência
O índice de eficiência mede, em percentual, o volume de receitas consumidas na cobertura
das despesas administrativas. O índice acumulado em doze meses comparativamente ao
registrado no mesmo período do ano anterior apresenta redução, performance favorável
ao Banco.
A consistente redução do índice de eficiência reflete a capacidade da margem financeira,
sustentada pelo crescimento da receita de crédito e com títulos e favorecida pela redução
das despesas com intermediação, em absorver a elevação das despesas administrativas e
operacionais.
64 64
Margem Analítica
A margem analítica apresentada no quadro a seguir foi apurada com base nos saldos médios
de ativos e passivos, calculados a partir dos saldos finais dos meses que compõem cada
trimestre.
O quadro apresenta os ativos geradores de receitas e os passivos onerosos, os
correspondentes valores de receitas da intermediação financeira sobre ativos e despesas
da intermediação financeira sobre passivos, bem como as taxas médias efetivas geradas
pelos respectivos rendimentos e juros pagos em cada período.
As operações de crédito incluem adiantamentos de contratos de câmbio e operações de
arrendamento mercantil, que são demonstradas pelo valor presente líquido dos contratos
de arrendamento. As rendas de operações de crédito vencidas há mais de 60 dias,
independentemente de seu nível de risco, somente são reconhecidas como receitas quando
efetivamente recebidas. As rendas derivadas de operações de arrendamento são
apropriadas no vencimento de cada prestação. Tais critérios impactam nos volumes médios
de receitas e de taxas efetivas registrados nos períodos observados.
Os saldos médios das aplicações interfinanceiras de liquidez, recursos aplicados ou
captados no mercado interbancário, correspondem ao valor de resgate deduzidos das
receitas ou despesas a apropriar equivalentes a períodos futuros.
Os saldos médios dos depósitos, captações no mercado aberto e obrigações por
empréstimos e repasses incluem os encargos exigíveis até a data de encerramento das
demonstrações financeiras, reconhecidos em base pro rata die. No que se refere às
despesas vinculadas a essas rubricas, aquelas relativas a depósitos incluem as despesas
pelas contribuições ao Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
A contabilização de juros no balanço patrimonial inclui taxas de juros nominais e um
componente de atualização monetária. Tal correção monetária pode estar relacionada a
um índice inflacionário, mudanças em taxas de câmbio (geralmente do dólar norte-
americano) ou outra taxa de juros flutuante. A taxa de juros e a correção monetária são
aplicadas no final de cada mês ao saldo do principal de cada operação. O valor corrigido
passa a ser a nova base para o cálculo dos juros e correção monetária do próximo mês, e
assim sucessivamente até a liquidação.
65
4T09 3T09 4T08 Balanço Receita Taxa Balanço Receita Taxa Balanço Receita Taxa Médio Despesa Média Médio Despesa Média Médio Despesa Média
Ativos Rentáveis 26.995,2 1.076,5 3,99% 26.301,7 1.045,7 3,98% 23.095,3 1.206,9 5,23%
Operações de Créditos 12.528,0 773,7 6,18% 11.883,3 729,7 6,14% 11.002,5 827,5 7,52%
Compromissos de Revendas 5.476,4 115,8 2,11% 5.878,8 133,7 2,28% 4.914,2 169,9 3,46%
Mercado Aberto 1.926,1 39,8 2,06% 1.776,0 37,3 2,10% 816,4 22,5 2,76%
TVM disponíveis para venda 1.057,3 21,8 2,06% 1.007,7 21,2 2,10% 477,0 13,2 2,76%
TVM mantidos até o vencimento 3.891,6 80,3 2,06% 3.717,1 78,0 2,10% 4.041,9 111,6 2,76%
Depósitos Interbancários 129,6 2,5 1,91% 126,6 2,6 2,07% 234,8 8,4 3,57%
Outros Ativos Rentáveis
Compulsórios 1.549,8 28,4 1,83% 1.489,9 28,5 1,91% 1.231,4 38,8 3,15%
Outros 436,4 14,3 3,28% 422,2 14,7 3,49% 377,1 15,1 4,00%
Ativos Não Rentáveis 1.975,7 1.843,8 2.236,6
Ativos Totais 28.970,9 1.076,5 3,72% 28.145,5 1.045,7 3,72% 25.332,0 1.206,9 4,76%
Passivos Onerosos 21.778,8 407,8 1,87% 21.316,9 417,7 1,96% 18.887,9 635,7 3,37%
Depósitos Interbancários - No país 90,8 1,5 1,64% 76,8 1,6 2,03% 12,0 0,4 3,09%
Poupança - No país 5.407,3 72,7 1,34% 5.124,4 71,7 1,40% 4.642,4 83,0 1,79%
Depósitos a Prazo - No país 8.601,4 183,3 2,13% 8.425,9 188,0 2,23% 7.578,6 230,4 3,04%
Obrigações Compromissadas 2.138,9 51,1 2,39% 2.504,3 62,6 2,50% 2.816,3 106,0 3,76%
Obrigações por empréstimos e repasses
No país 980,3 11,8 1,21% 966,4 10,8 1,11% 707,6 10,5 1,48%
Exterior 465,1 3,2 0,68% 473,0 3,3 0,69% 609,7 125,5 20,58%
Outros 4.095,0 84,2 2,06% 3.746,1 79,8 2,13% 2.521,3 80,0 3,17%
Passivos Não Onerosos 3.794,1 3.551,3 3.374,7
Patrimônio Líquido 3.398,1 3.277,3 3.069,3
Passiv os Totais 28.970,9 407,8 1,41% 28.145,5 417,7 1,48% 25.332,0 635,7 2,51%
Spread 2,12% 2,02% 1,86%
Margem Trimestr al 2,48% 2,39% 2,47%
Margem Anualizada 10,28% 9,90% 10,27%
Tabela 18 Margem AnalíticaR$ MILHÕES
66 66
Variações nas Receitas e Despesasde Juros: Volumes e Taxas
O quadro a seguir apresenta a alocação das variações nas receitas e despesas de juros
consolidadas entre variações de volume e de taxas de juros (i) no 4T09 comparativamente
ao 3T09 e (ii) no 4T09 em relação ao 4T08.
As variações de volume e de taxas de juros foram calculadas com base nas movimentações
dos saldos médios durante o período e nas variações das taxas nominais de juros sobre o
saldo médio de ativos geradores de receita e sobre o saldo médio de passivos onerosos. A
variação líquida foi calculada a partir das variações de volume e taxas e foi alocada à
respectiva variação (volume e taxa de juros) de maneira proporcional, considerando o
valor absoluto (módulo) atribuível ao volume e à taxa de juros.
Tabela 19 Variações nas Receitas e Despesas de Juros: Volumes e TaxasR$ MILHÕES
4T09 / 3T09 4T09 / 4T08Aumento / Redução Aumento / Redução
De vido a Variação em: De vido a Variação em:Volume Taxa Variação Volume Taxa Variação
Juros Líquida Juros Líquida
Ativos Rentáveis
Operações de Crédito, Arrendamento Mercantil e Outros Créditos 39,8 4,1 43,9 105,7 (159,5) (53,8)
Compromissos de Revendas (30,7) 12,7 (18,0) 17,7 (71,8) (54,1)
Operações c om Títulos, Valores Mobi liários e Instrumentos 7,8 (2,3) 5,5 36,8 (42,2) (5,4)Financeiros Derivativos
Depósitos Compulsórios 1,1 (1,2) (0,1) 8,4 (18,8) (10,4)
Outros 0,5 (1,1) (0,6) (2,0) (4,7) (6,7)
Total de Ativos Rentáveis 18,5 12,2 30,7 166,6 (297,0) (130,4)
Passivos Onerosos
Depósitos Interfinanceiros 0,3 (0,4) (0,1) 1,2 (0,1) 1,1
Depósitos de Poupança 3,3 (2,3) 1,0 12,3 (22,6) (10,3)
Depósitos a Prazo 3,8 (8,5) (4,7) 28,3 (75,3) (47,1)
Captações no Mercado Aberto (8,5) (3,0) (11,5) (43,6) (11,2) (54,8)
Obrigações por Empréstimos e Repasses 0,1 0,9 1,0 12,0 (133,0) (121,0)
Outros 6,9 (2,5) 4,4 9,6 (5,4) 4,2
Total de Passivos Onerosos 5,9 (15,8) (9,9) 19,8 (247,7) (227,9)
6767
Perspectivas
O sistema bancário brasileiro finaliza 2009 com
perspectivas bastante favoráveis para o ano de 2010. A
vulnerabilidade a riscos de crédito, liquidez e de
mercado é reduzida num cenário de economia em
expansão, condição favorecida, no mercado doméstico,
pelos mecanismos de regulação e pela utilização de
instrumentos financeiros tradicionais; a concessão de
crédito já retorna aos níveis existentes no período
anterior à crise e a atividade econômica apresenta sinais
de recuperação tanto no contexto nacional quanto no
regional, conjuntura particularmente favorável à
Instituição, cuja performance é impactada pela
dinâmica da economia do Estado.
As projeções de taxa de juros (Selic), inflação, câmbio e demais premissas macroeconômicas
para 2010, variáveis cujo comportamento afeta diretamente as expectativas de evolução
dos negócios no setor bancário, estão referenciadas, nos estudos estruturados pelo Banrisul,
a partir de duas hipóteses: uma retomada lenta e progressiva da atividade econômica
mundial e um mais acelerado processo de recuperação da economia brasileira.
A recuperação econômica mundial ocorrerá de forma lenta e prolongada, especialmente
no que se refere à economia norte-americana, que deverá liderar o processo de
recuperação dentre os países desenvolvidos, sobretudo com relação à Europa. Acredita-se
que os EUA alterem, em 2010, a dinâmica de administração dos juros, com forte impacto
sobre o fluxo financeiro internacional, face ao elevado dispêndio fiscal realizado durante
o período mais agudo da crise como forma de retomar a confiança e estancar as perdas de
patrimônio de grandes companhias. Também nas demais economias centrais, a tendência
é de reversão das políticas anticíclicas.
Quanto à economia brasileira, a hipótese é de uma recuperação acelerada relativamente
ao resto do mundo, com taxas de crescimento do produto interno em patamares próximos
aos anteriores à crise. Acredita-se que as diretrizes econômicas básicas serão mantidas no
próximo ano, a despeito do processo de sucessão presidencial que estará em curso,
principalmente, no que tange à política de metas de inflação.
Estima-se que, em 2010, o Banco Central do Brasil volte a elevar a taxa básica de juros,
prevista em 10,75% ao final do ano nas projeções de resultado do Banrisul, embora o
mercado já sinalize expectativa mais de 11% em dezembro de 2010. Também são esperadas
68
elevações nas alíquotas de recolhimento compulsório, na medida em que a recuperação
do nível de atividade se intensificar e passar a exercer pressão inflacionária. Além da
política monetária, estima-se que a taxa de câmbio, projetada em R$1,75 por US$ ao final
de 2010, também corrobore para que a variação anual do IPCA situe-se dentro da meta de
4,5% estabelecida para o período. O aquecimento da demanda interna, por sua vez, deverá
resultar numa taxa de crescimento anual do PIB da ordem de 5,64%, significativamente
acima dos 0,2% preliminarmente estimados para o ano de 2009.
Acredita-se igualmente numa recuperação da economia regional em 2010. Estimativas
preliminares situam em R$203,0 bilhões o PIB do Estado em 2009, o que corresponde a
uma taxa de crescimento negativa de 0,8%, desempenho basicamente influenciado pela
retração da indústria de transformação, afetada pela crise internacional. Contudo, já são
observados sinais consistentes de retomada dos indicadores de produção industrial,
emprego e massa salarial, que deverão sustentar, juntamente com a contribuição adicional
do segmento agropecuário, vigoroso ciclo de crescimento em 2010.
A evolução prevista no contexto macroeconômico referencia premissas estabelecidas para
variáveis internas - crescimento de crédito e funding , preços, prazos, risco e spreads, cujo
comportamento permite antecipar, com relativo grau de acuidade, a trajetória de
desempenho do Banrisul em 2010. O quadro abaixo sintetiza as projeções firmadas para
2010 comparativamente aos desempenhos obtidos em 2009 e as estimativas divulgadas,
ao final do 3T09, para o ano de 2009.
2010 2009Variáveis Macr oeconômicas Previsto Realizado
PIB Brasil (taxa de crescimento %) 5,64% 0,20% *
PIB RS (taxa de crescimento %) 4,90% -0,80% *
Juros Nominais (Selic - % a.a. final de período) 10,75% 8,75%
Taxa de Câmbio (R$/US$ - final de período) 1,75 1,74
Variação Cambial 0,57% -25,50%
IPCA (% em 12 meses) 5,00% 4,31%
IGP-M (% em 12 meses) 4,29% -1,71%
*Preliminar
Tabela 20 Indicadores Macroeconômicos para Projeção de Resultado
69
Os argumentos que referenciam as expectativas identificadas para 2010 incluem:
Crédito e Funding. Em 2009, o crédito empresarial sofreu significativa redução,
refletindo a retração dos negócios em geral em resposta aos efeitos da crise global,
mais acentuados no início do ano. O crescimento do crédito comercial, em 17,1% no
ano de 2009, foi basicamente alavancado pelo segmento de pessoas físicas, em
grande parte derivado da compra de carteiras em consignação. Para 2010, estima-se
a retomada do crédito empresarial, especialmente através das linhas com garantia
de recebíveis, e a relativa acomodação do ritmo de crescimento do crédito às pessoas
físicas aos níveis existentes no período pré-crise, embora ainda se perceba espaço
para a expansão do crédito consignado no segmento de servidores públicos,
pensionistas, aposentados do INSS e empregados de empresas privadas. Outra linha
que deverá contribuir para o crescimento dos ativos é o crédito imobiliário,
favorecido pelo aquecimento da demanda interna. Essa conjuntura sustenta uma
expectativa de crescimento da carteira de crédito, projetado num intervalo entre
20% e 25%, o que corresponde a um volume de concessão da ordem de R$23,0
bilhões. Para sustentar o incremento no crédito, a Instituição conta com confortável
volume de depósitos, captados de forma pulverizada e não dependente de
investidores institucionais, condição que garante ao Banrisul favorável
competitividade frente aos seus pares. Estima-se um crescimento dos depósitos a prazo,
principal instrumento de funding, num intervalo situado entre 15% e 20% em 2010.
Preços e Prazos de Ativos e Passivos. As projeções de resultado para 2010 e as políticas
operacionais previstas para o período incorporam expectativas de redução de preços
praticados no crédito e de alongamento de prazos, refletindo o ambiente de menor
Perspectivas 2010 2009Previsto Realizado Divulgado no 3T09
Carteira de Crédito Tot al 20% a 25% 17,1% 16% a 20%
Crédito Comercial Pessoa Física 25% a 30% 38,1% 37% a 42%
Crédito Comercial Pessoa Jurídica 18% a 23% 3,7% 0% a 5%
Crédito Imobiliário 16% a 20% 12,9% 17% a 21%
Despesa Provisão Crédito/Carteira Crédito 3% a 4% 3,1% 3% a 4%
Saldo de Provisão sobre a Carteira de Crédito 8% a 9% 7,6% 9% a 10%
Captação Total 13% a 16% 14,9% 14% a 17%
Depósitos a Prazo 15% a 20% 12,9% 17% a 22%
Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio 16% a 19% 16,7% 16% a 18%
Índice de Eficiência 50% a 55% 52,0% 50% a 55%
Margem Financeira Líquida sobre Ativos Rentáveis 9% a 10% 9,9% 9% a 10%
Tabela 21 Perspectivas
70
risco e de maior previsibilidade. O custo de captação, embora se amplie num
ambiente de maior estabilidade, deverá ser menor que o registrado em 2009, período
no qual predominou um quadro de instabilidade que, via de regra, acabou por afetar
negativamente as condições de captação.
Risco e Spreads. O Banrisul tradicionalmente mantém política conservadora de
provisões para perdas com crédito, embora o aperfeiçoamento dos mecanismos de
gestão da qualidade da carteira permita a flexibilização dessa diretriz. Na projeção
de resultados para 2010, trabalha-se com uma expectativa de redução do índice de
provisionamento e de manutenção de um fluxo de despesas de provisão situado num
intervalo entre 3% e 4,0% da carteira. A política de cobrança de pendências trabalha,
contudo, com um intervalo mais arrojado, cujo teto alcança 3,5% da carteira. Quanto
aos spreads, a lógica econômica sinaliza a tendência de redução, face à configuração
de um ambiente de diminuição do risco e acirramento da competitividade.
Rentabilidade e Eficiência. O Banrisul incorpora nas projeções de resultado uma
expectativa e compromisso de melhoria da eficiência, componente que afeta
sobremaneira o indicador de rentabilidade. As projeções de resultado situam o
indicador de rentabilidade num intervalo semelhante ao trabalhado no ano de 2009,
período de maior volatilidade quando comparado ao ano que ora inicia, face às
condições de maior competitividade e de redução de spreads esperadas para 2010.
A expectativa, contudo, é de que o ambiente de maior previsibilidade favoreça a
implementação de políticas de investimento, condição fundamental para que a
Instituição alcance o objetivo de manutenção da liderança no mercado regional e
expansão no contexto nacional.
7171
Ativo Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09 / Dez09 / Dez09 /Set09 Mar09 Dez08
Circulante e Realizável a Longo Prazo 28.726,2 28.223,8 27.404,5 26.149,6 24.841,3 1,8% 9,9% 15,6%
Disponibilidades 411,2 356,8 314,9 322,1 373,3 15,3% 27,7% 10,2%
Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 5.356,5 5.762,3 6.446,6 5.384,5 4.687,1 -7,0% -0,5% 14,3%
Títulos Mobiliários e Inst. Financ. Derivativos 7.408,5 7.335,1 6.549,7 6.387,9 6.110,8 1,0% 16,0% 21,2%
Relações Interfinanceiras e Interdependências 1.856,8 1.915,9 1.834,2 1.798,8 1.767,8 -3,1% 3,2% 5,0%
Operações de Crédito 12.833,2 11.912,8 11.453,8 11.237,2 10.898,5 7,7% 14,2% 17,8%
Provisão para Operações de Crédito (966,2) (990,4) (1.111,0) (1.053,4) (942,1) -2,4% -8,3% 2,6%
Operações de Arrendamento Mercantil 97,9 101,0 98,3 102,1 107,9 -3,0% -4,1% -9,3%
Provisão para Operações de Arrendamento Mercantil (8,7) (8,9) (7,3) (6,5) (5,7) -1,7% 35,2% 52,3%
Outros Créditos 1.813,2 1.924,0 1.826,8 1.973,7 1.843,9 -5,8% -8,1% -1,7%
Provisão para Outros Créditos (122,1) (119,7) (24,5) (20,9) (23,8) 2,0% 483,9% 413,4%
Outros Valores e Bens 45,9 35,1 23,1 24,0 23,7 30,7% 91,2% 93,4%
Permanente 357,9 349,4 338,8 351,9 364,1 2,4% 1,7% -1,7%
Investimentos 7,8 8,0 8,0 8,1 8,2 -3,0% -4,4% -5,9%
Imobilizado de Uso 170,1 155,9 142,0 146,7 151,4 9,1% 15,9% 12,4%
Intangível 180,1 185,5 188,9 197,1 204,5 -2,9% -8,6% -11,9%
Total do Ativo 29.084,1 28.573,2 27.743,3 26.501,5 25.205,4 1,8% 9,7% 15,4%
Passivo Dez09 Set09 Jun09 Mar09 Dez08 Dez09 / Dez09 / Dez09 /Set09 Mar09 Dez08
Circulante e Exigível a Longo Prazo 25.674,0 25.271,8 24.543,5 23.360,8 22.122,9 1,6% 9,9% 16,1%
Depósitos 16.369,7 15.462,3 14.871,0 14.283,1 14.256,1 5,9% 14,6% 14,8%
Depósitos à Vista 2.100,6 1.682,1 1.597,5 1.485,6 1.864,0 24,9% 41,4% 12,7%
Depósitos de Poupança 5.636,8 5.200,2 4.952,5 4.755,1 4.805,9 8,4% 18,5% 17,3%
Depósitos Interfinanceiros 90,0 61,6 72,6 12,9 12,0 46,1% 596,3% 650,9%
Depósitos a Prazo 8.530,7 8.509,7 8.238,0 8.019,2 7.557,8 0,2% 6,4% 12,9%
Outros Depósitos 11,6 8,7 10,5 10,2 16,4 33,3% 13,9% -29,2%
Captação no Mercado Aberto 2.006,5 2.414,1 2.863,2 2.658,4 2.234,3 -16,9% -24,5% -10,2%
Relações Interfinanceiras e Interdependências 160,7 406,9 402,4 325,4 124,8 -60,5% -50,6% 28,7%
Obrigações por Empréstimos e Repasses 1.481,7 1.448,2 1.359,5 1.342,4 1.370,0 2,3% 10,4% 8,2%
Instrumentos Financeiros e Derivativos 47,0 42,3 42,2 38,7 35,9 11,1% 21,3% 30,9%
Outras Obrigações 5.608,5 5.498,0 5.005,1 4.712,9 4.101,9 2,0% 19,0% 36,7%
Cobrança e Arrecad. de Tri butos e Assemelhados 28,4 91,3 101,1 96,1 80,9 -68,8% -70,4% -64,9%
Carteira de Câmbio 24,1 18,6 24,0 120,0 91,2 29,4% -79,9% -73,5%
Sociais e Estatutárias 33,4 23,2 15,7 46,8 39,3 43,9% -28,7% -15,0%
Fiscais e Previdenciárias 523,2 627,7 556,5 533,0 449,0 -16,6% -1,8% 16,5%
Negociação e Intermediação de Valores 4,2 2,6 2,1 3,1 1,6 63,7% 37,2% 171,8%
Fundos Financeiros e de Desenvolvimento 4.140,0 3.895,2 3.497,9 3.162,0 2.672,0 6,3% 30,9% 54,9%
Diversas 855,1 839,4 807,9 752,0 767,9 1,9% 13,7% 11,4%
Patrimônio Líquido dos Acionistas Minoritários 1,7 1,6 1,6 1,6 3,3 2,3% 6,2% -49,9%
Patrimônio Líquido 3.408,5 3.299,8 3.198,3 3.139,2 3.079,1 3,3% 8,6% 10,7%
Tot al do Passivo e Patrimônio Líquido 29.084,1 28.573,2 27.743,3 26.501,5 25.205,4 1,8% 9,7% 15,4%
R$ MILHÕES
Balanço Patrimonial Pro Forma
72 72
R$ MILHÕES
2009¹ 2008 4T09 3T09 2T09 1T09* 4T08* 2009¹ /2008
Receitas da Intermediação Financeira ¹ 4.262,6 3.879,7 1.076,7 1.045,5 1.060,3 1.081,2 1.213,5 9,9%
Despesas da Intermediação Financeira ¹ (1.720,3) (1.900,8) (408,0) (417,4) (421,4) (474,5) (642,2) -9,5%
Margem Financeira 2.542,4 1.978,9 668,7 628,1 638,9 606,7 571,2 28,5%
Provisão para Operações de Créditos (422,6) (256,5) (96,7) (65,8) (109,9) (150,2) (55,7) 64,7%
Resultado Bruto da Intermediação Financeira 2.119,7 1.722,4 572,0 562,3 529,0 456,5 515,5 23,1%
Outras Receitas / Despesas Operacionais (1.266,5) (1.018,1) (271,4) (333,1) (364,1) (297,8) (272,7) 24,4%
Receitas de Prestação de Serviços / Tarifas Bancárias 579,3 538,7 152,1 144,6 140,3 142,2 138,7 7,5%
Despesas de Pessoal (901,0) (835,4) (230,2) (232,0) (223,8) (215,0) (218,9) 7,9%
Outras Despesas Administrativas (678,9) (625,7) (173,9) (178,3) (162,9) (163,9) (162,8) 8,5%
Outras Receitas Operacionais 143,7 193,2 55,0 29,1 30,8 28,8 51,3 -25,6%
Despesas Tributárias (182,0) (152,6) (46,7) (44,8) (45,6) (44,8) (41,1) 19,3%
Outras Despesas Operacionais (227,6) (136,3) (27,7) (51,8) (103,0) (45,2) (39,8) 67,0%
Resultado Operacional 853,3 704,2 300,6 229,2 164,9 158,7 242,8 21,2%
Resultado antes da Tributação s/ Lucro 853,3 704,2 300,6 229,2 164,9 158,7 242,8 21,2%
Imposto de Renda e Contribuição Social (267,6) (83,2) (94,3) (75,6) (53,1) (44,6) (60,8) 221,7%
Participações Estatutárias no Resultado (44,4) (30,0) (21,9) (7,5) (7,5) (7,5) (10,1) 48,1%
Participações Minoritárias no Resultado (0,2) (0,2) (0,1) (0,0) (0,1) (0,0) (0,0) -6,7%
Lucro Líquido 541,1 590,9 184,3 146,0 104,2 106,5 171,9 -8,4%
(-) Eventos Extraordinários 0,0 86,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -100,0%
Lucro Líquido Ajustado 541,1 504,7 184,3 146,0 104,2 106,5 171,9 7,2%
(*) Reclassificado¹ Tendo em vista que não há zeramento de con tas de receitas e despesas em períodos trimestrais, a soma linear dos trimestres nãocorresponde ao valor acumulado no ano, em função de ajustes de pagamentos e recebimentos de derivativos ocorridos no 2T09.
Demonstração de Resultado Pro Forma
73 73
DiretoriaDiretoriaDiretoriaDiretoriaDiretoria
FERNANDO GUERREIRO DE LEMOSPresidente
RUBENS SALVADOR BORDINIVice-Presidente
CARLOS TADEU AGRIFOGLIO VIANNALUIZ GONZAGA VERAS MOTA
LUIZ VALDIR ANDRESPAULO ROBERTO GARCIA FRANZ
RICARDO RICHINITI HINGELURBANO SCHMITT
Diretores
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Conselheiros
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