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As atitudes e os comportamentos fazem parte integrante da vida do sujeito, mas como se relacionam estas duas dimensões?
Predisposição favorável ou desfavorável relativamente a objectos sociais; tendência relativamente estável para uma pessoa se comportar de determinada maneira.
As atitudes não são directamente observáveis: inferem-se do comportamento.
As atitudes não são características puramente idiossincráticas ou estáveis, nem nascem num vazio social: são fruto da interacção social, de processos de comparação, identificação e diferenciação sociais, que nos permitem situar a nossa posição face a outros, num determinado momento.
As atitudes referem-se a experiências subjectivas:
Expressam o posicionamento de um indivíduo ou de um grupo, construído a partir da sua história e, portanto, possuem um carácter aprendido.
As atitudes incluem sempre uma dimensão avaliativa:
Traduzem sempre uma posição que, face a um determinado objecto social, pode ser expressa através de um afecto positivo ou negativo: gosto / não gosto; concordo / discordo.
Não existe uma correspondência simples e perfeita entre uma atitude e o comportamento manifesto, porque:
(1) o comportamento não é somente um produto das atitudes, mas igualmente da situação imediata;
(2) as atitudes relativas a uma situação são muitas vezes múltiplas.
(1) Motivacionais: satisfazer as necessidades psicológicas de adaptação (relacionadas com a gratificação), de defesa (protecção do eu) e de expressão de valores (sentido de identidade);
(2) Cognitivas: fornecem padrões e pontos de referência que permitem ao indivíduo dar sentido ao seu mundo conceptual interior;
(3) Sociais: referem-se à influência da posição dos outros na formação das atitudes e a sua respectiva função nos grupos sociais.
Na sua forma inicial, a teoria (da acção reflectida) postula que o comportamento é determinado directamente pela intenção de o realizar, sendo esta influenciada pela atitude e pela norma subjectiva (o. s., a pressão social percebida para desempenhar ou não o comportamento).
Outra variável: controlo comportamental percebido, que é a crença do indivíduo sobre a facilidade ou dificuldade de desempenhar o comportamento.
(1) Cognitivas: ideias, crenças; (2) Afectivas: sentimentos, sistema de
valores; (3) Comportamentais: conjunto de
respostas do sujeito face ao objecto social.
A. COGNIÇÃO – PERSUASÃO Elementos a influir: (1) emissor da mensagem: credibilidade,
semelhança com o receptor, carácter atraente;
(2) natureza da mensagem: sua tonalidade afectiva e organização interna;
(3) receptor: a sua inteligência, auto-estima e credulidade;
(4) canal de comunicação: suporte e contexto geral.
(1) Recepção da mensagem: atenção concedida à mensagem e compreensão das informações que ela contém;
(2) Aceitação da mensagem: despertar a atenção e compreensão e conseguir o feito de aquele a quem a mensagem é dirigida adira e faça seus os argumentos apresentados.
(3) Exame escrupuloso da mensagem: abordagem da resposta cognitiva, que consiste num exame crítico aos argumentos. Se o resultado for positivo, o sujeito tende para a posição que a comunicação persuasiva veicula; se for negativo, rejeita o conteúdo persuasivo.
(4) Exame superficial da mensagem: nem sempre os sujeitos a persuadir reúnem disponibilidade de reflexão sobre os méritos da mensagem.
Modelo da Probabilidade de Elaboração (Petty e Cacioppo, 1986):
(1) Motivação para tratar? (2) Capacidade para tratar? (3) Investimento intelectual disponível?
Modelo Heurístico-Sistemático do Processamento da Informação Persuasiva (Chaiken, 1980, 1987; Chaiken et al., 1989):
Recurso a avaliações baseadas em regras simples, de algibeira, que aprendemos no decurso da nossa vida e que nos poupam a dar muita atenção ao que nos é dito.
Ex.os: “podemos confiar nas afirmações dos especialistas”; “acreditamos nas pessoas de que gostamos”; “quanto mais argumentos mais forte é a posição”; “as estatísticas não mentem”; “as pessoas sorridentes são, em geral, de confiança”; “a maioria raramente se
engana”; “se a mensagem é longa, então é verdadeira”
B. EMOÇÃO (1) Condicionamento clássico e investimento
afectivo; (2) Exposição simples: apresentar o estímulo
muitas vezes; (3) Impacto do humor: (a) meteorologia
favorável; (b) as pessoas com humor positivo tendem a tratar as mensagens superficialmente: evitamento de algo que as deixe de mau humor, falta de capacidades intelectuais;
(4) Meter medo para convencer: teoria da motivação para a protecção, que dita que o indivíduo se sente motivado se a ameaça for real.
C. COMPORTAMENTO Teoria da Dissonância Cognitiva
(Festinger, 1957), Baseia-se nas relações entre os elementos
do nosso sistema cognitivo.
Cognição – pensamentos, atitudes, crenças e comportamentos conscientes dos indivíduos, i. é, que tenham uma representação cognitiva.
Dissonância entre as cognições – coexistência de cognições que não se ajustam entre si, o. s., cognições incoerentes. Ex.ºs: se um homem se considera atencioso, mas se esquece o aniversário da mãe, encontra-se numa situação de dissonância cognitiva. Se eu acreditar que fumar muito provoca cancro do pulmão e fumo 3 maços de tabaco por dia, deparo-me numa situação de dissonância cognitiva.
(1) a dissonância pode nascer da tomada de consciência da inconsistência entre pensamentos;
(2) para que alguém sinta mal-estar pela prática de um acto desprezível, terá de assumir a responsabilidade por ele – a atribuição interna;
(3) presença de um estado de mal-estar fisiológico e psicológico;
(4) é necessário que o estado de dissonância seja atribuído ao comportamento.
Um estado de dissonância cognitiva é psicologicamente desagradável, constituindo uma motivação, uma activação do organismo, no sentido da redução ou eliminação da dissonância.
Dissonância Cognitiva
N.º e importância dos elementos dissonantes
N.º e importância dos elementos dissonantes + consonantes
Reactância: tomar um comportamento totalmente oposto àquele que seria expectável de si.
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