View
219
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
ASMAASMAApresentadora: Mariana C. GrilloApresentadora: Mariana C. Grillo
Residência de PediatriaResidência de PediatriaHospital Regional da Asa Hospital Regional da Asa
SUL/SES/DFSUL/SES/DFwww.paulomargotto.com.br
20/6/2008
DEFINICÃODEFINICÃO Doença inflamatória crônica Doença inflamatória crônica
caracterizada por caracterizada por hiperresposividade das vias aéreas hiperresposividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com espontaneamente ou com tratamento.tratamento.
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA 3° causa de hospitalização entre 3° causa de hospitalização entre
crianças e adultos jovenscrianças e adultos jovens Prevalência de 20% em média Prevalência de 20% em média
(escolares e adolescentes)(escolares e adolescentes) Mortalidade baixa, com tendência a Mortalidade baixa, com tendência a
aumentaraumentar 80% das crianças asmáticas 80% das crianças asmáticas
desenvolverão os sintomas antes dos 5 desenvolverão os sintomas antes dos 5 anosanos
ETIOLOGIAETIOLOGIA Genética Genética Ambiente: Ambiente:
-infecções virais-infecções virais-alérgenos-alérgenos-irritantes-irritantes-exercícios físicos-exercícios físicos-medicamentos-medicamentos
ETIOLOGIAETIOLOGIA
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Obstrução, hiperresponsividade e Obstrução, hiperresponsividade e
inflamaçãoinflamação
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Inflamação brônquicaInflamação brônquica Interação de alérgenos ambientais com Interação de alérgenos ambientais com
algumas células com função de apresentá-algumas células com função de apresentá-los, principalmente aos linfócitos Th2los, principalmente aos linfócitos Th2
Produção de citocinas, principalmente Il4 Produção de citocinas, principalmente Il4 Ativação de eosinófilos, mastócitos e Ativação de eosinófilos, mastócitos e
linfócitos Blinfócitos B Aumento da produção de IgEAumento da produção de IgE Produção de mais mediadoresProdução de mais mediadores
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Lesões e alterações na integridade Lesões e alterações na integridade
epitelialepitelial Anormalidades no controle neural Anormalidades no controle neural
autonômicoautonômico Alteração no tônus da via aéreaAlteração no tônus da via aérea Alterações na permeabilidade vascularAlterações na permeabilidade vascular Hipersecreção de mucoHipersecreção de muco Alterações na função mucociliarAlterações na função mucociliar Aumento da reatividade do múculo liso da Aumento da reatividade do múculo liso da
via aéreavia aérea
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA Dano e ruptura do epitélio ciliado com Dano e ruptura do epitélio ciliado com
proliferação de miofibroblastos e células proliferação de miofibroblastos e células epiteliais e deposição de colágeno, epiteliais e deposição de colágeno, levando ao aumento da espessura da levando ao aumento da espessura da membrana basal (lesão irreversível)membrana basal (lesão irreversível)
Hipertrofia e hiperplasia do músculo Hipertrofia e hiperplasia do músculo lisoliso
Aumento das células caliciformesAumento das células caliciformes Aumento no depósito e degradação da Aumento no depósito e degradação da
matriz extracelularmatriz extracelular
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO Obstrução das vias aéreasObstrução das vias aéreas Aumento do trabalho respiratórioAumento do trabalho respiratório
-utilização de músculos acessórios-utilização de músculos acessórios-expiração mais ativa e prolongada-expiração mais ativa e prolongada-hiperinsuflação e retenção de gás-hiperinsuflação e retenção de gás
Tosse, sibilos expiratórios e opressão Tosse, sibilos expiratórios e opressão torácicatorácica
Uso de musculatura acessóriaUso de musculatura acessória Aumento da frequência respiratóriaAumento da frequência respiratória
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO História familiar de asma História familiar de asma Três ou mais episódios de sibilância Três ou mais episódios de sibilância
no último anono último ano Tosse persistenteTosse persistente Episódios de dispnéia, Episódios de dispnéia,
principalmente noturna ou ao principalmente noturna ou ao despertardespertar
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO Tosse, sibilância ou aperto no peito Tosse, sibilância ou aperto no peito
após exercícios físicosapós exercícios físicos Sintomas após exposição a alérgenos, Sintomas após exposição a alérgenos,
fumaça de cigarro, cheiros fortes, fumaça de cigarro, cheiros fortes, infecções virais ou uso de medicamentoinfecções virais ou uso de medicamento
Melhora após uso de medicaçãoMelhora após uso de medicação Demonstração de limitação variável ao Demonstração de limitação variável ao
fluxo de ar, reversibilidade e fluxo de ar, reversibilidade e variabilidadevariabilidade
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO ESPIROMETRIA:ESPIROMETRIA:
-método de escolha-método de escolha-VEF1<80%-VEF1<80% 11-VEF1/CVF<86%-VEF1/CVF<86%-aumento de 7% do valor previsto ou -aumento de 7% do valor previsto ou 200ml no valor absoluto do VEF1 200ml no valor absoluto do VEF1 após uso de broncodilatadorapós uso de broncodilatador-aumento espontâneo ou com terapia -aumento espontâneo ou com terapia com corticóide por 2 semanascom corticóide por 2 semanas
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE)PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE)
-diferença entre a medida matutina e -diferença entre a medida matutina e a noturna -maior que 20% por duas a a noturna -maior que 20% por duas a três semanastrês semanas-aumento de 30% no PFE 15 min após -aumento de 30% no PFE 15 min após o uso de broncodilatadoro uso de broncodilatador
TESTE DE BRONCOPROVOCACAOTESTE DE BRONCOPROVOCACAO-agentes broncoconstrictores-agentes broncoconstrictores-exercícios-exercícios
CLASSIFICACAO DA CLASSIFICACAO DA GRAVIDADE DA ASMAGRAVIDADE DA ASMA
Indica quando iniciar o tratamentoIndica quando iniciar o tratamento Importante para o manejo do Importante para o manejo do
tratamento de manutençãotratamento de manutenção A classificação não é fixaA classificação não é fixa Ajuda a observar a melhora do Ajuda a observar a melhora do
pacientepaciente
CLASSIFICACAO DA CLASSIFICACAO DA GRAVIDADE DA ASMAGRAVIDADE DA ASMA
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
OBJETIVOS:OBJETIVOS:-Controle de sintomas-Controle de sintomas-Manter função pulmonar normal ou -Manter função pulmonar normal ou a melhor possível – prevenir a melhor possível – prevenir limitação crônicalimitação crônica-Prevenir crises-Prevenir crises-Evitar o uso de broncodilatador de -Evitar o uso de broncodilatador de alivioalivio-Prevenir a morte-Prevenir a morte
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
EducaçãoEducação Reduzir a inflamaçãoReduzir a inflamação Visa manter o paciente controlado e Visa manter o paciente controlado e
estável e com a menor dose de estável e com a menor dose de medicação possívelmedicação possível
Com 3 meses de controle reduzir Com 3 meses de controle reduzir doses e medicaçõesdoses e medicações
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
CORTICÓIDES INALATÓRIOSCORTICÓIDES INALATÓRIOS-melhor relação custo/risco/benefício-melhor relação custo/risco/benefício-máxima potência tópica e mínima -máxima potência tópica e mínima ação sistêmicaação sistêmica-diferentes potencias entre as -diferentes potencias entre as diversas medicaçõesdiversas medicações-poucos efeitos colaterais – lavar a -poucos efeitos colaterais – lavar a boca após o usoboca após o uso
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
DROGADROGA POTENCIA TOPICAPOTENCIA TOPICABECLOMETASONABECLOMETASONABUDESONIDABUDESONIDAFLUNISOLIDAFLUNISOLIDAFLUTICASONAFLUTICASONATRIANCINOLONATRIANCINOLONA
60060098098033033012001200330330
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
BRONCODILATADORES BRONCODILATADORES B2-B2-AGONISTAS DE LONGA DURACAO AGONISTAS DE LONGA DURACAO (LABA)(LABA)-pacientes acima de 4 anos-pacientes acima de 4 anos-poucos efeitos colaterais-poucos efeitos colaterais-poupador de corticóide-poupador de corticóide-salmeterol ou formoterol-salmeterol ou formoterol
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE MANUTENCAOMANUTENCAO
EXACERBACAO DA EXACERBACAO DA ASMAASMA
A crise deve ser identificada A crise deve ser identificada prontamenteprontamente
O tratamento deve ser O tratamento deve ser imediatamente instituídoimediatamente instituído-baseado no quadro clínico-baseado no quadro clínico-baseado na saturação de O2-baseado na saturação de O2-baseado no pico de fluxo aéreo-baseado no pico de fluxo aéreo-baseado na oxigenação arterial-baseado na oxigenação arterial
TRATAMENTO DA CRISETRATAMENTO DA CRISE B2-agonista de curta duração na primeira B2-agonista de curta duração na primeira
hora a cada 10 a 30 minhora a cada 10 a 30 min-salbutamol é o agonista de escolha-salbutamol é o agonista de escolha mais seletivo mais seletivo início do efeito em 5min e persiste por 3 a 4h início do efeito em 5min e persiste por 3 a 4h dose (100µg/jato) dose (100µg/jato)-fenoterol -fenoterol 0,25mg/gt 0,25mg/gt 1gt/3kg 1gt/3kg-não há diferença entre a via inalatória e a -não há diferença entre a via inalatória e a venosavenosa
TRATAMENTO DA CRISETRATAMENTO DA CRISE Na crise grave está indicado o brometo Na crise grave está indicado o brometo
de ipratropiode ipratropio-anticolinérgico: diminui constrição -anticolinérgico: diminui constrição brônquica por estímulos parassimpáticosbrônquica por estímulos parassimpáticos-potencializa a ação do B2-adrenérgico-potencializa a ação do B2-adrenérgico-início de ação com 1min, pico com 30 a -início de ação com 1min, pico com 30 a 60min e meia-vida de 3 a 4h60min e meia-vida de 3 a 4h-10 a 40 gotas (125µg a 500µg) por -10 a 40 gotas (125µg a 500µg) por inalaçãoinalação
TRATAMENTO DA CRISETRATAMENTO DA CRISE Nas crises moderadas a grave, o O2 Nas crises moderadas a grave, o O2
deve ser utilizado (manter sat O2>95%)deve ser utilizado (manter sat O2>95%) Corticóides sistêmicos na 1h de Corticóides sistêmicos na 1h de
atendimentoatendimento-uso oral ou venoso sao equivalentes-uso oral ou venoso sao equivalentes metilprednisolona: ataque 2-4mg/kg metilprednisolona: ataque 2-4mg/kg (máx 125mg), após 1-2mg/kg/6 em 6h(máx 125mg), após 1-2mg/kg/6 em 6h hidrocortisona: ataque 5-10mg/kg, hidrocortisona: ataque 5-10mg/kg, seguida 2,5-5mg/kg/6 em 6hseguida 2,5-5mg/kg/6 em 6h prednisolona: 1-2mg/kg/dia prednisolona: 1-2mg/kg/dia
TRATAMENTO DA CRISETRATAMENTO DA CRISE Deve-se evitar a hidratação venosa Deve-se evitar a hidratação venosa
excessivaexcessiva-aumento do HAD-aumento do HAD-aumento da permeabilidade -aumento da permeabilidade vascularvascular
A aminofilina não tem indicação no A aminofilina não tem indicação no tratamento inicialtratamento inicial
TRATAMENTO DA CRISETRATAMENTO DA CRISE OUTROS TRATAMENTOSOUTROS TRATAMENTOS
MEDICAMENTOSOSMEDICAMENTOSOS-Sulfato de magnesio-Sulfato de magnesio blqueio dos canais de calcio blqueio dos canais de calcio-Heliox-Heliox-Cetamina-Cetamina broncodilatador broncodilatador
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIAIV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
(2006)(2006)III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002)III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002)National Asthma Education and Prevention
Program-Guidelines for the Diagnosis and Management of
Asthma (2007)-NAEPPJUANG H.J., NOBREGA R.F., SOUZA JUANG H.J., NOBREGA R.F., SOUZA
R..L.,Atualizacoes em Terapia Intensiva Pediatrica R..L.,Atualizacoes em Terapia Intensiva Pediatrica NELSONNELSON, Tratado de Pediatria, Tratado de Pediatria
Recommended