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Ol, nobres concurseiros!Hoje ingressamos na penltima aula. Comentaremos aqui as
seguintes provas da Cesgranrio:
Au la rgo / En t idade Cargo N ve l I t ens Ano
4DECEA Tradutor e intrprete Superior 15
2009FUNASA Agente Administrativo Mdio 10
Antes de irmos direto ao ponto (sem trocadilhos), quero ressaltarque no final de semana ocorreu a prova para auditor da Receita Federal, uma
tima oportunidade para testarmos nossas baterias contra a Cesgranrio. No
prximo domingo, ser a vez da prova para analista, outro teste excelente.
Creio que a maioria de vocs j conseguiu a prova de auditor que
no estava difcil, porm muito extensa, como de costume. Os que ainda no
tentaram resolv-la deveriam fazer isso. Esse o meu conselho.
Aos interessados: elaborei um comentrio sobre as questes que
est disponvel no stio do Ponto e da ANDACON.
Vamos s provas da Cesgranrio!
(DECEA TRADUTOR E INTRPRETE 2009)
Audc ia , p rudnc ia , temperana
Uma sociedade sustentvel quando conseguearticular a cidadania ativa com boas leis e instituies
slidas. So os cidados mobilizados que fundam e
refundam continuamente a sociedade e a fazem fun-
5 cionar dentro de padres ticos.
O presente momento da poltica brasileira e a si-
tuao atual do mundo estigmatizado por vrias cri-
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ss nos convidam a considerar trs virtudes urgentes:a audcia, a prudncia e a temperana.
10 A audcia exigida dos tomadores de decises
face situao social brasileira que, vista a partir das
grandes maiorias, desalentadora. Muito se tem feito
no atual Governo, mas pouco face chaga histrica
que extenua os pobres. Nunca se fez uma revoluo
15 na educao e na sade, alavancas imprescindveis
para transformaes estruturais. Um povo ignorante e
doente jamais dar um salto para frente.
Algo semelhante ocorre com a poltica mundial
face escassez de gua potvel e ao aquecimento
20 global do planeta. Audcia aquela coragem de to-
mar decises e pr em prtica iniciativas que res-
pondem efetivamente aos problemas em questo.
O que vemos, especialmente no mbito do G-8, do
FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referi-
25 dos, so medidas tmidas que mal protelam catas-
trofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade
macroeconmica inibe a audcia que os problemas
sociais exigem. Dever-se-ia ir to longe na audcia que
um passo alm seria insensatez. S assim evitar-se-ia
30 que as crises, nacional e mundial, se transformassem
em drama coletivo de grandes propores.
A segunda virtude a prudncia. Ela equilibra a
audcia. A prudncia aquela capacidade de esco-
lher o caminho que melhor soluciona os problemas e
35 mais pessoas favorece. Por isso a prudncia a artede congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais
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BOFF, Leonardo.Disponvel em: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/
1
Na aluso ...poltica mundial face escassez de gua potvel e ao
aquecimento global do planeta. (l. 18-20), o autor
(A) demonstra maior incidncia dos problemas ambientais no aspecto regional
do que no universal.
(B) sinaliza para uma oposio entre a poltica ambiental mundial e a
nacional.
(C) adverte para a necessidade de tratarmos de problemas de nvel mais
elevado.
(D) estabelece uma analogia entre questes regionais e questes universais.
(E) dissocia a escassez de gua potvel no pas do aquecimento global do
planeta.
Comen t r io Desde o segundo pargrafo, o autor anuncia uma anlise
paralela de questes mundiais e regionais ao apontar O presente momento da
poltica brasileira e a situao atual do mundo estigmatizado por vrias crises
(l. 6-8). No quarto pargrafo, ele mantm essa linha argumentativa
estabelecendo uma analogia (Algo semelhante... l. 18) entre a poltica
mundial face escassez de gua potvel e ao aquecimento global do planeta
(l. 18-20) e a situao social brasileira que (...) desalentadora (l. 11 e 12).Segundo Boff, urge que as autoridades responsveis tomem medidas
audaciosas nos dois casos.
Resposta D
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Como em todas as virtudes, tanto a audcia quanto a prudncia podem
conhecer excessos. (l. 39-40)
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Reescrevendo-se a passagem acima, o sentido fica mantido em:(A) A audcia e a prudncia propiciam tantos excessos que desconhecem as
outras virtudes.
(B) A prudncia pode conhecer tanto os excessos da audcia como os de
todas as virtudes.
(C) Dessa forma, com a audcia que se conhecem os excessos de todas as
virtudes.
(D) Assim como a audcia, a prudncia pode conhecer excessos, como em
todas as virtudes.
(E) Como em todas as virtudes, os excessos da prudncia podem conhecer os
excessos da audcia.
Comen t r io A reescritura de um texto (ou de um segmento dele) pode ser
feita por meio de reestruturao sinttica e (ou) de substituio de vocbulos
(aspecto semntico). Em qualquer dos casos, coerncia argumentativa e a
correo gramatical devem ser preservadas.
Na opo A, um dos problemas foi atribuir audcia e
prudncia a causa de tantos excessos. Na alternativa B, restringiu-se o
alcance semntico dos excessos por meio das locues adjetivas da
audcia e de todas as virtudes. Em C, a audcia foi transformada no meio
pelo qual os excessos de todas as virtudes so conhecidos. Na letra E,
cometeu-se desvio semntico (excessos da prudncia e excessos daaudcia) semelhante ao da segunda alternativa.
Resposta D
3
No 6 pargrafo o autor
(A) resume, na segunda orao, sua opinio acerca do tema.
(B) fundamenta seu ponto de vista numa srie de comparaes.
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(C) quebra a lgica do texto, acrescentando exemplos de herosmo.(D) condiciona a soluo para os problemas a procedimentos engessados.
(E) constri uma argumentao para o seu ponto de vista atravs da ideia de
consequncia.
Comen t r io O autor argumenta favoravelmente audcia, prudncia e
temperana nas decises. Depois de ter tratado da importncia das duas
primeiras, ele expe as consequncias negativas dos excessos de ambas. E faz
isso a fim de preparar o leitor para a apresentao da ltima delas: a
temperana fator de equilbrio entre a audcia e a prudncia.
Resposta E
4
Em condies normais significa a justa medida, o t i m o re l at i v o , (l. 48-49)
A expresso destacada explicada como(A) colocar em prtica todas as virtudes de forma extremada.
(B) adotar medidas radicais quanto educao, mesmo com a instabilidade.
(C) usar, racional e moderadamente, as virtudes, evitando o caos.
(D) priorizar o desenvolvimento tecnolgico em detrimento da educao.
(E) tomar medidas drsticas com vistas ao sucesso da macroeconomia.
Comen t r io A expresso destacada exprime aquilo que, de acordo com as
circunstncias, o melhor ou mais razovel a ser feito para inibir o mal.
Resposta C
5
Para o autor, a sabedoria
(A) privilgio das maiorias ilustradas.
(B) emerge sempre do caos social instalado.(C) resulta de ponderaes lcidas e ticas.
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(D) provm de uma revoluo na educao.(E) ignora o protesto das pessoas mais injustiadas.
Comen t r io Caminhando para a concluso, o autor equipara a sabedoria
temperana (l. 55 e 55). Sendo esta o mesmo que decises equilibradas,
capazes de valorizar a justia, a dignidade humana, entendemos que a
sabedoria resulta de ponderaes ldicas e ticas.
Resposta C
6
De acordo com a leitura do texto, correto afirmar que
(A) se a construo da sociedade for estabelecida dentro de princpios ticos,
seus cidados podem descansar e usufruir desses benefcios.
(B) as aes efetivadas em vista das necessidades da maioria do povo
brasileiro carecem de medidas mais ousadas.(C) para a sociedade brasileira, aptica diante do caos, usar de audcia
demonstra um trao de sabedoria.
(D) para que seja eficaz a aplicao de audcia, prudncia e temperana, no
se pode ficar preso a limites.
(E) no Brasil, as aes relacionadas estrutura econmica so to arrojadas
quanto as voltadas para o social.
Comen t r io No texto, o autor faz apologia tomada de decises; o
descanso pode gerar o que o autor chama de imobilismo. Nele, Boff diz que
a temperana assume a forma de sabedoria e defende a observao de
limites para que no seja provocada uma grande estabilidade. Alm disso,
critica a apatia dos governantes diante de srias questes sociais existentes no
mundo e no Brasil.
A segunda alternativa encontra apoio na seguinte passagem,
por exemplo: A audcia exigida dos tomadores de decises face situao
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social brasileira que, vista a partir das grandes maiorias, desalentadora. (l.10-12)
Resposta B
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De acordo com o texto, os conceitos que podem ser identificados,
respectivamente, com o par a u d c ia / p r u d n ci a so:
(A) insensatez / imobilismo.
(B) persistncia / desnimo.
(C) aodamento / timidez.
(D) alienao / engajamento.
(E) ousadia / ponderao.
Comen t r io Essa veio de graa! Audcia significa ousadia; qualidade, ndole
ou tendncia que leva a empreender aes difceis ou perigosas, enfrentandoriscos. Prudncia o mesmo que ponderao, sensatez ou pacincia ao tratar
de um assunto.
Resposta E
8
Em qual afirmao o contedo se confirma na leitura do texto?
(A) A audcia uma virtude que falta s camadas mais pobres.
(B) A atuao primordial da prudncia se d no mbito social.
(C) As injustias sociais s sero resolvidas por agentes virtuosos.
(D) O valor da prudncia consiste em ser fator de equilbrio entre as virtudes.
(E) Para Dom Pedro Casaldliga, a verdadeira sabedoria se fundamenta na
espera fervorosa.
Comen t r io Em suas alegaes, o autor faz referncia falta de audciadaqueles a quem cabe tomar decises, desviando o foco para os governantes.
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As alternativas C e D merecem cuidado. H que se fazerdistino entre as virtudes mencionadas. No texto, o autor trata
especificamente de trs: audcia, prudncia e temperana.
As palavras de Dom Pedro Casaldliga (Saber esperar,
sabendo ao mesmo tempo forar as horas daquela urgncia que no permite
esperar) podem ser parafraseadas por meio dos versos de Geraldo Vandr
(artista brasileiro): Quem sabe faz a hora / No espera acontecer.
Resposta B
9
Medidas prudentes so aquelas que todos aprovam .
A forma verbal I NADEQUADA quanto ao padro culto para substituir o termo
destacado acima
(A) requerem.
(B) pedem.
(C) concordam.
(D) almejam.
(E) aceitam.
Comen t r io A aluso ao padro culto deve levar-nos a considerar os
aspectos sintticos do verbo destacado. Notem que ele possui regnc ia
t r a n s i t i v a d i r e t a e integra uma orao subo rd inada ad je t i va res t r i t i va .Das opes apresentadas, a forma verbal concordam a nica que exige um
complemento regido por preposio (COM), visto que um verbo transitivo
indireto. O uso dele em substituio a aprovam sem o emprego adequado
da preposio que ele exige fere as normas gramaticais vigentes. Notem:
Medidas prudent es so aquelas que todosconcordam. (e r rado )
Medidas prudentes so aquelascom que todosconcordam. (ce r to )
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Resposta C
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Leia as frases abaixo.
I Os homens devem se prevenir ante ___ crises do desemprego.
II Com o excesso de prudncia, pode-se chegar ___ imobilidade das grandes
massas.
III So necessrias algumas virtudes para se reagir ___ crises econmicas.
IV Os dirigentes de pases ricos no atendem ___ nenhuma necessidade dos
mais pobres.
V O homem pode se isolar muito, atingindo, assim, ___ solido.
Indique a opo que, na sequncia, preenche as lacunas acima corretamente.
(A) as as a
(B) as s a a
(C) as a as
(D) s a as
(E) s s a a
Comen t r io Sugiro que resolvam esse tipo de questo eliminando-se as
alternativas mais fceis. Para isso, importante ter boa percepo.
Que tal comearmos pelo item IV? Por qu? Porque a crase
no oco r re d ian te de pa lav ras de sen t ido inde f in ido . O vocbulonenhuma pronome indefinido. Esto, pois, eliminadas as alternativas A, C e
D.
Para decidirmos a questo, basta que analisemos
corretamente o primeiro item. A crase no surge com outra preposio que
no seja a (de, por, para, ante etc.). Ela pode at ocorrer diante de locues
prepositivas que levam a preposio a em seu final (junto a, at a, graas a,
quanto aetc.). Mas esse no o caso da preposio a n t e ; o possvel a ( s ) que
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surge aps ela simplesmente artigo feminino: Prostradas ante a minhaimagem, minhas irms rezavam. Prostradas anteo meu retrato, minhas irms
rezavam.
Resposta B
1 1
... e a fazem funcionar dentro de padres ticos. (l. 4-5)
O termo que apresenta funo sinttica idntica do exemplo em destaque :
(A) ...face chaga histrica qu e extenua os pobres. (l. 13-14)
(B) ...inibe a audcia q u e os problemas sociais exigem. (l. 27-28)
(C) Ela equilibra a audcia. (l. 32-33)
(D) O excesso de audcia a insensa tez. (l. 40-41)
(E) Em condies n o r m a i s significa a justa medida, (l. 48-49)
Comen t r io A banca examinadora entendeu que o pronome oblquodestacado desempenha funo de objeto direto da forma verbal fazem
(verbo transitivo direto). A anlise da orao subordinada adjetiva restritiva
queos problemas sociais exigem demonstra que o pronome relativo que
o substituto semntico do antecedente audcia e funciona como objeto direto
da forma verbal exigem: os problemas sociais exigem audcia (= que) .
Ao que parece, a instituio adotou a posio defendida por
Bechara (Moderna gramtica portuguesa, pginas 431 a 434). O ilustreprofessor usa os seguintes exemplos para tratar do assunto:
Ouo o vento soprar Ouo-o soprar
Vejo as rvores crescer Vejo-as crescer
Por meio de uma longa explicao, Bechara sustenta que os
termos o vento (= o) e as rvores (= as) so objetos diretos de Ouo
e Vejo, respectivamente. J os infinitivos (soprar e crescer) so, para ele,predicativos desses objetos diretos. Segundo o autor, no se pode falar
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nestes casos de sujeito de infinitivo, tambm imprprio afirmar que taissubstantivos [vento e rvores] so objeto direto do ncleo ouoou vejoe ao
mesmo tempo (grifo nosso) sujeito do infinitivo.
Entretanto as lies dos consagrados Cegalla (Novssima
gramtica da lngua portuguesa, pgina 558) e Cunha e Cintra (Nova
gramtica do portugus contemporneo, pgina 316) exprimem entendimento
diferente. Para eles, os pronomes oblquos tonos o(s), a(s), me, te, se, nos,
vos podem funcionar como sujeitos de verbos infinitivos. Entre os exemplos
que Cunha e Cintra utilizam, destacamos os que se seguem:
Mandei qu e e le sasse...
Mandei-o sa i r .
Eles explicam: (...) verificamos que o objeto direto (grifo
nosso), exigido pela forma verbal mandei, expresso:
a) na primeira, pela orao que ele sasse;
b)na segunda, pelo pronome seguido do infinitivo (grifo
nosso): o sair. E verificamos, tambm, que o pronome o
est para o infinitivo sair como o pronome ele para a
forma finita sasse, da qual sujeito (grifo nosso). Logo,
na frase acima o pronome o desempenha a funo de
sujeito (grifo nosso) do verbo sair.
Cegalla tem o mesmo entendimento e enfatiza que toda a
orao reduzida de infinitivo (o sa i r , no caso do exemplo
utilizado por Cunha e Cintra) subordinada objetiva
direta (grifo nosso).
Se considerarmos o que acabamos de expor, a opo
correta passa a ser a letra A. Nela, o pronome relativo que da orao
subordinada adjetiva restritiva que extenua os pobres representa o termo
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chaga histrica e funciona como sujeito da forma verbal extenua: a chagahistrica (= que) extenua os pobres.
A banca preferiu apoiar-se em Bechara.
As outras opes no apresentam dificuldades de anlise:
Em C, o pronome destacado funciona como sujeito; em D, o termo em negrito
predicativo do sujeito; em E, adjunto adnominal.
Resposta B
1 2
So acentuadas graficamente pela mesma razo as palavras:
(A) audcia prudncia imprescindveis equilbrio
(B) poltica sbia destri timo
(C) catstrofes histrica econmica entretm
(D) alm ningum voc rfo
(E) trs h at s
Comen t r io Na alternativa B, temos uma verdadeira salada de regras de
acentuao: poltica e timo acentuada por serem proparoxtonas; sbia
recebe acento por ser paroxtona terminada em ditongo; o acento agudo em
destri justifica-se por causa do ditongo aberto OI formador da slaba tnica
final. Cuidado: o novo Acordo Ortogrfico extinguiu o acento desse encontro
voclico quando ele formar a slaba subtnica (anzoizinhos) ou a slaba tnicade palavras paroxtonas (ovoide).
Em C, o motivo da acentuao da palavra entretm difere do
motivo das demais (todas proparoxtonas); ela oxtona terminada por EM
(ningum, alm etc.).
Em D, a palavra voc, apesar de oxtona, recebe acento por
terminar em E (caf, bon etc.); rfo proparoxtona terminada em O
(rgo, acrdoetc.).
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Em E, at recebe acento por ser oxtona terminadas em E(S);as outras palavras so monosslabas tnicas terminadas por A(S), E(S) e O(S).
A alternativa A foi inicialmente divulgada como o gabarito.
Admitiu-se que todas as palavras so acentuadas por serem paroxtonas
terminadas em ditongo oral (crescente ou decrescente): au-d-cia;
pru-dn-cia; im-pres-cin-d-veis; e-qui-l-brio. Ocorre que os encontros
voclicos IA, IE, IO, UA, EU, UO finais tonos, seguidos ou no de S,
classificam-se quer como ditongos (crescentes), quer como hiatos. Portanto
possvel considerar au-d-ci-a, pru-dn-ci-a e e-qui-lbri-o como hiatos. Nesse
caso, elas passam a ser acentuadas por serem proparoxtonas.
Resposta Anu lada
1 3
Na passagem so medidas t m i d a s que mal protelam catstrofesanunciadas. (l. 25-26), o uso do adjetivo destacado demonstra uma
(A) linguagem figurada.
(B) exacerbao de sentido.
(C) impropriedade gramatical.
(D) unio de conceitos opostos.
(E) incoerncia com o restante da frase.
Comen t r io Nossa noo de mundo nos leva a usar, naturalmente, o
adjetivo tmido para caracterizar algum pouco expansivo nas relaes sociais,
acanhado, retrado, temeroso, amedrontado. Se uso em sentido figurado pode
se dar em relao a conceitos e aes, indicando que so fracos ou
inconvincentes: "Lembrei-me dos risinhos tmidos de Frana meses antes..."
(Graciliano Ramos, Memrias do crcere).
Resposta A
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1 4Assinale a relao I NCORRETA entre a orao e a ideia colocada ao lado.
(A) mas pouco face chaga histrica...
(l. 13)
concluso
(B) Por isso a prudncia a arte...
(l. 35)
explicao
(C) ...para garantir um objetivo bom... (l. 37) finalidade
(D) ...ou chega tarde demais... (l. 45) alternncia
(E) ...Dom Pedro Casaldliga ao escrever:
(l. 62-63)
tempo
Comen t r io A conjuno mas introduz orao com valor semntico de
adversidade. Caso mais raro, porm real, o emprego dela para indicar adio
de ideias: e no nos deixes cair em tentao; mas livra-nos do mal...
(Evangelho segundo Mateus, captulo 6, verso 13). Seu emprego como
con ju no conc lus iva descab ido .
Chamo sua ateno para o emprego de Por isso em
construo de valor semntico explicativo. Normalmente os livros a relacionam
entre as que compem o grupo das conclusivas. Contudo, devemos interpretar
o sentido expresso pelo segmento em que ela ocorre (e isso vale para outras
conjunes tambm).
Em A prudncia aquela capacidade de escolher o caminho
que melhor soluciona os problemas e mais pessoas favorece. Por isso a
prudncia a arte de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais
vontades coletivas para garantir um objetivo bom para o maior nmero
possvel de cidados. (l. 33-38), possvel que o perodo iniciado por Por
isso justifique a ideia anterior. E foi assim que a banca entendeu a opo B.
Resposta A
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1 5
S assim evitar-se-ia que as crises, nacional e mundial, se transformassem
em drama coletivo de grandes propores. (l. 29-31)
As vrgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam
(A) aposto.
(B) vocativo.
(C) orao coordenada.
(D) sujeitos.
(E) complementos.
Comen t r io Rigorosamente, vrgulas no so empregadas para separar
complementos (verbais ou nominais termos integrantes da orao). Os
termos isolados pela pontuao no so sujeitos de nenhum verbo e tambm
no possuem verbos em sua construo, portanto, no constituem orao.
Alm disso, tambm no configuram um chamamento ou uma interpelao,
para que sejam classificados como vocativo. A melhor maneira de entender o
porqu do uso delas por meio da linha argumentativa do texto, que segue
apontando srios problemas mundiais e nacionais. Sendo assim, a expresso
as crises (notem o determinante) j traz a ideia de que se trata da
problemtica nacional e mundial. Tais expresses foram usadas apenas a
ttulo de explicao.Resposta A
(FUNASA AGENTE ADMINISTRATIVO 2009)
Tex to I
MUN DO TEM M AI S OBESOS DO QUE DESNUTRI DOS
Segundo a OMS, 300 m i lhes so m u i t o go rd ose 170 m i lhes es to aba ixo do peso
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GENEBRA. Aproximadamente 170 milhes decrianas em todo o mundo tm peso abaixo do nor-
mal, enquanto cerca de 300 milhes de adultos so
obesos, informou ontem a Organizao Mundial da
5 Sade (OMS), na abertura da 33 sesso anual do
Comit Permanente de Nutrio, em Genebra.
Reunido at sexta-feira, o organismo formado por
representantes de vrias agncias da Organizao das
Naes Unidas (ONU) pretende elaborar um plano de
10 ao que ajude as autoridades nacionais a enfrentar
os problemas.
Para alcanar as Metas do Milnio estabelecidas
pela ONU, e controlar a epidemia crescente das do-
enas crnicas, necessrio lutar com urgncia con-
15 tra a m nutrio no mundo, tanto causada pelo ex-
cesso quanto pela falta afirmou a presidente do co-
mit, Catherine Bertini.
Das 170 milhes de crianas desnutridas, cerca
de trs milhes morrem a cada ano, de acordo com os
20 dados fornecidos pela OMS. No extremo oposto, calcula-
se que h no mundo cerca de 1 bilho de pessoas
com excesso de peso, das quais 300 milhes so
obesas.
Todos eles esto mais expostos que os demais a
25 sofrer cardiopatias, acidentes cardiovasculares, cnce-
res e diabetes, entre outras doenas ligadas ao ex-
cesso de peso.
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A OMS adverte que esse problema duplo no simplesmente de pases ricos ou pobres, mas est
30 ligado ao grau de desenvolvimento de cada nao.O Globo ,14 mar. 2006.
1
A ideia central do Texto I baseia-se na viso de que preciso combater a m
nutrio no mundo.Qual dos trechos da matria transcritos a seguir apresenta o argumento de
consistncia compatvel com essa tese?
(A) Aproximadamente 170 milhes de crianas em todo o mundo tm peso
abaixo do normal, enquanto cerca de 300 milhes de adultos so obesos,
(l. 1-4)
(B) ... necessrio lutar com urgncia contra a m nutrio no mundo, tanto
causada pelo excesso quanto pela falta (l. 14-16)(C) calcula-se que h no mundo cerca de 1 bilho de pessoas com excesso
de peso, das quais 300 milhes so obesas. (l. 20-23)
(D) Todos eles esto mais expostos que os demais a sofrer cardiopatias,
acidentes cardiovasculares, cnceres e diabetes, entre outras doenas
ligadas ao excesso de peso. (l. 24-27)
(E) A OMS adverte que esse problema duplo no simplesmente de pases
ricos ou pobres, mas est ligado ao grau de desenvolvimento de cada
nao. (l. 28-30)
Comen t r io No texto, a m nutrio refere-se tanto aos obesos quanto aos
desnutridos. O fato de constiturem grupo de risco na obteno de doenas
crnicas justifica a preocupao do Comit Permanente de Nutrio de lutar
contra a m nutrio deles, como tentativa de controlar a epidemia crescente
das doenas graves que os assolam.
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Resposta D
2
Conjunes so importantes mecanismos para estabelecer a coeso dos
textos, indicando a relao de sentido entre duas oraes, por exemplo.
No ltimo perodo do Texto I, a conjuno mas (l. 29) estabelece uma
relao de sentido com a orao imediatamente anterior, expressando uma
ideia de
(A) adio.
(B) causa.
(C) finalidade.
(D) proporo.
(E) consequncia.
Comen t r io Esta questo vem ratificar o que disse no comentrio questo
14 da prova DECEA TRADUTOR E INTRPRETE 2009 a respeito do emprego
da conjuno MAS com valor semntico de adio.
No perodo A OMS adverte que esse problema duplo no
simplesmente de pases ricos ou pobres, mas est ligado ao grau de
desenvolvimento de cada nao. o conectivo MAS no confronta o que foi dito
anteriormente, no exprime ressalva; e sim acrescenta ou adiciona um fato
ou pensamento.Resposta A
3
No Texto I, em e controlar a epidemia crescente das doenas c rn icas, (l.
13-14), o termo destacado est ligado sintaticamente ao substantivo
epidemia.
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O termo que desempenha funo sinttica idntica ao destacado acima est notrecho:
(A) enquanto cerca de 300 milhes de adultos so obesos, (l. 3-4)
(B) ...que ajude as autoridades nac iona is a enfrentar os problemas. (l. 10-
11)
(C) Para alcanar as Metas do Milnio estabelecidas pela ONU, (l. 12-13)
(D) Todos eles esto m a i s expostos... (l. 24)
(E) entre outras doenas ligadas ao excesso de peso . (l. 26-27)
Comen t r io A locuo das doenas crnicas tem valor adjetivo e serve
para especificar ou delimitar o significado do substantivo epidemia;
sintaticamente, funciona como a d j u n to a d n o m i n a l do termo a que se refere.
A mesma funo desempenha o termo nacionais (alternativa B), que
restringe o alcance semntico do substantivo autoridades.
Em A, o termo obesos funciona como predicativo do sujeito.
A dica perceber o verbo de ligao ou copulativo so. Em C, o termo
agente da passiva da orao adjetivas reduzida de particpio (= que foram
estabelecidas pela ONU). Em D, o termo adjunto adverbal de intensidade.
Em E, o termo complemento nominal.
Resposta B
Te x t o I I
A charge a seguir trata da situao crtica a que est submetido o pas em
relao dengue.
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IQUE. Jorna l do Bras i l , 25 mar. 2008.
4
Essa charge
(A) compara a luta contra a dengue a uma situao de guerra.
(B) coloca em situao de oposio o homem e a sociedade.
(C) suaviza a gravidade da questo a partir do humor.
(D) d caractersticas humanas ao mosquito.
(E) prope que foras blicas sejam usadas na preveno da doena.
Comen t r io A imagem de um tanque de combate traz nossa memria
uma tpica situao de guerra. A imagem do instrumento conhecido
pitorescamente como mata-mosquitos representa que a luta contra a
dengue, representada pelo seu agente causador.
Resposta A
5
Uma charge tem como objetivo, por meio de seu tom caricatural, provocar, no
leitor, uma dada reao acerca de um fato especfico. De acordo com a
situao em que foi produzida, a charge de Ique, aqui apresentada, visa a
provocar, no leitor, uma reao de
(A) consternao.
(B) revolta.
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(C) alerta.(D) complacncia.
(E) belicosidade.
Comen t r io A respeito da grave situao da sade pblica brasileira, que
sofre por causa da epidemia de dengue, a inteno do texto precaver o leitor
contra a doena, mantendo-o vigilante, atento, de sobreaviso.
Consternaosignifica tristeza; revoltapode exprimir rebeldia,
alvoroo, motim; complacncia denota aceitao, benevolncia; belicosidade
indica inclinao guerra, estmulo vontade de guerrear ou brigar.
Resposta C
Tex t o I I I
O MENI NO DOENTE
O menino dorme.
Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado
5 A mezinha canta:
Dodi, vai-te embora!
Deixa o meu filhinho,Dorme... dorme... meu...
Morta de fadiga,
10 Ela adormeceu.
Ento, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Na mesma voz dela,
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15 Se debrua e canta:
Dorme, meu amor.
Dorme, meu benzinho...
E o menino dorme.
BANDEIRA, Manuel. Poesia complet a e prosa . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.
6
Em dois versos do poema h a ocorrncia do sufixo inho.
Nos dois casos, esse elemento assume um valor de
(A) intensidade.
(B) tamanho.
(C) ironia.
(D) afeto.
(E) desrespeito.Comen t r io Em filhinho (l. 7) e em benzinho (l. 17) a terminao i n h o
revela que o eu lrico pe a lngua afetiva no primeiro plano para exprimir, de
modo espontneo e impulsivo, o que sente.
Resposta D
7
Dodi, vai-te embora!
Deixa o meu filhinho,
Dorme... dorme... meu...
Essa estrofe do poema construda como um dilogo imaginrio, com o uso da
segunda pessoa do singular - tu.
Empregando-se a terceira pessoa (voc), como devem ficar os verbos
adotados na estrofe?
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(A) vs / deixes / durmas(B) vais / deixas / dormes
(C) v / deixe / durma
(D) ide / deixai / dormi
(E) vo / deixem / durmam
Comen t r io Aqui, a banca explorou o que chamamos de uniformidade de
tratamento. Esse tipo de questo geralmente envolve verbo no imperativo
(negativo ou afirmativo), pois dificulta a anlise dos candidatos, funciona como
pedra de tropeo.
A segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo (que
foi usado no texto) deriva da segunda pessoa do singular do presen te do
ind ica t i vo sem a des innc ia s:
tu vais> vai tu;
tu deixas> deixa tu;tu dormes> dorme tu.
J a t e rce i ra pessoa do singular deriva da terceira pessoa do
singular do presen t e do sub j un t i vo (troca-se o pronome ele/elapor voc):
(que) ele v > v voc;
(que) ele deixe > deixe voc;
(que) ele durma > durma voc.Resposta C
8
As reticncias podem ser usadas com diferentes finalidades.
No trecho Dorme... dorme... meu..., encontrado no Texto III, as reticncias
foram usadas para
(A) marcar um aumento de emoo.
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(B) apontar maior tenso nos fatos apresentados.(C) indicar traos que so suprimidos do texto.
(D) deixar uma fala em aberto.
(E) assinalar a interrupo do pensamento.
Comen t r io Todas as alternativas indicam possibilidades de uso de
reticncias. No trecho examinado, elas foram empregadas para assinalar a
suspenso ou interrupo do pensamento do personagem.
Cumpre esclarecer que no se devem confundir
RETICNCIAS que tm significativo valor estilstico com trs pontos que se
empregam como simples sinal grfico e no representam pausa nem
entonao:
... o chefe dos pescadores... se arroja nas ondas... (Jos de Alencar)
Nesses casos, o sinal tipogrfico indica que foram suprimidas
palavras no incio, no meio ou no fim de uma citao.
Para evitar qualquer dvida, podem se usar quatro pontos
em vez de trs.
Resposta E
9
A palavra debrua (v. 15), presente no Texto III, pode ser substituda, semalterao de sentido, por
(A) recolhe.
(B) inclina.
(C) derrama.
(D) descobre.
(E) ajoelha.
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Comen t r io A forma verbal exprime a ao de inclinar (peito, tronco ou a simesmo).
Resposta B
Te x t o I V
O anncio publicitrio a seguir uma campanha de um adoante, que tem
como seu slogana frase Mude sua embalagem.
Disponvel em: http:// www.ccsp.com.br.
1 0
A palavra embalagem, presente no slogan da campanha, altamente
expressiva e substitui a palavra
(A) vida.
(B) corpo.
(C) jeito.
(D) histria.
(E) postura
Comen t r io A campanha favorvel substituio do acar por adoante.
Segundo o senso comum, o uso daquela substncia contribui para o aumento
do peso de uma pessoa, cujo corpo em forma arredondada para indicar
obesidade representado por um saco de acar.
Resposta B
Por hoje s. Espero vocs na ltima aula!
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QUESTES SEM COMENT RI OS.
(DECEA TRADUTOR E INTRPRETE 2009)
Audc ia , p rudnc ia , temperana
Uma sociedade sustentvel quando consegue
articular a cidadania ativa com boas leis e instituies
slidas. So os cidados mobilizados que fundam e
refundam continuamente a sociedade e a fazem fun-
5 cionar dentro de padres ticos.
O presente momento da poltica brasileira e a si-
tuao atual do mundo estigmatizado por vrias cri-
ss nos convidam a considerar trs virtudes urgentes:
a audcia, a prudncia e a temperana.
10 A audcia exigida dos tomadores de decisesface situao social brasileira que, vista a partir das
grandes maiorias, desalentadora. Muito se tem feito
no atual Governo, mas pouco face chaga histrica
que extenua os pobres. Nunca se fez uma revoluo
15 na educao e na sade, alavancas imprescindveis
para transformaes estruturais. Um povo ignorante e
doente jamais dar um salto para frente.Algo semelhante ocorre com a poltica mundial
face escassez de gua potvel e ao aquecimento
20 global do planeta. Audcia aquela coragem de to-
mar decises e pr em prtica iniciativas que res-
pondem efetivamente aos problemas em questo.
O que vemos, especialmente no mbito do G-8, do
FMI, do BM e da OMC diante dos problemas referi-
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25 dos, so medidas tmidas que mal protelam catas-trofes anunciadas. No Brasil a busca da estabilidade
macroeconmica inibe a audcia que os problemas
sociais exigem. Dever-se-ia ir to longe na audcia que
um passo alm seria insensatez. S assim evitar-se-ia
30 que as crises, nacional e mundial, se transformassem
em drama coletivo de grandes propores.
A segunda virtude a prudncia. Ela equilibra a
audcia. A prudncia aquela capacidade de esco-
lher o caminho que melhor soluciona os problemas e
35 mais pessoas favorece. Por isso a prudncia a arte
de congregar mais e mais agentes e de mobilizar mais
vontades coletivas para garantir um objetivo bom para
o maior nmero possvel de cidados.
Como em todas as virtudes, tanto a audcia quan-
40 to a prudncia podem conhecer excessos. O excesso
de audcia a insensatez. A pessoa vai to longe que
acaba se isolando dos outros ficando sozinha como um
Dom Quixote. O excesso da prudncia o imobilismo.
A pessoa to prudente que acaba morrendo de ajui-
45 zada. Engessa procedimentos ou chega tarde demais
na compreenso e soluo das questes.
H uma virtude que o meio termo entre a aud-
cia e a prudncia: a temperana. Em condies nor
mais significa a justa medida, o timo relativo, o equil-
50 brio entre o mais e o menos. Ela a lgica do universo
que assegura o equilbrio entre a desordem originria
do big bang (caos) e a ordem produzida pela expan-so/evoluo (cosmos). Mas em situaes de alto caos
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social como o nosso caso, a temperana assume a55 forma de sabedoria poltica. A sabedoria implica levar
to longe a audcia at aquele ponto para alm do qual
no se poder ir sem provocar uma grande instabilida-
de. O efeito uma soluo sbia que resolve as qus-
toes das pessoas mais injustiadas, quer dizer, traz-lhes
60 sabor existncia (donde vem sabedoria).
Ningum expressou melhor esse equilbrio sutil
entre audcia corajosa e prudncia sbia que Dom
Pedro Casaldliga ao escrever: Saber esperar, sa-
bendo ao mesmo tempo forar as horas daquela ur-
65 gncia que no permite esperar.BOFF, Leonardo.
Disponvel em: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/colunas/boff/
1
Na aluso ...poltica mundial face escassez de gua potvel e ao
aquecimento global do planeta. (l. 18-20), o autor
(A) demonstra maior incidncia dos problemas ambientais no aspecto regional
do que no universal.
(B) sinaliza para uma oposio entre a poltica ambiental mundial e a
nacional.(C) adverte para a necessidade de tratarmos de problemas de nvel mais
elevado.
(D) estabelece uma analogia entre questes regionais e questes universais.
(E) dissocia a escassez de gua potvel no pas do aquecimento global do
planeta.
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2Como em todas as virtudes, tanto a audcia quanto a prudncia podem
conhecer excessos. (l. 39-40)
Reescrevendo-se a passagem acima, o sentido fica mantido em:
(A) A audcia e a prudncia propiciam tantos excessos que desconhecem as
outras virtudes.
(B) A prudncia pode conhecer tanto os excessos da audcia como os de
todas as virtudes.
(C) Dessa forma, com a audcia que se conhecem os excessos de todas as
virtudes.
(D) Assim como a audcia, a prudncia pode conhecer excessos, como em
todas as virtudes.
(E) Como em todas as virtudes, os excessos da prudncia podem conhecer os
excessos da audcia.
3
No 6 pargrafo o autor
(A) resume, na segunda orao, sua opinio acerca do tema.
(B) fundamenta seu ponto de vista numa srie de comparaes.
(C) quebra a lgica do texto, acrescentando exemplos de herosmo.
(D) condiciona a soluo para os problemas a procedimentos engessados.
(E) constri uma argumentao para o seu ponto de vista atravs da ideia de
consequncia.
4
Em condies normais significa a justa medida, o t i m o re l at i v o , (l. 48-49)
A expresso destacada explicada como
(A) colocar em prtica todas as virtudes de forma extremada.(B) adotar medidas radicais quanto educao, mesmo com a instabilidade.
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(C) usar, racional e moderadamente, as virtudes, evitando o caos.(D) priorizar o desenvolvimento tecnolgico em detrimento da educao.
(E) tomar medidas drsticas com vistas ao sucesso da macroeconomia.
5
Para o autor, a sabedoria
(A) privilgio das maiorias ilustradas.
(B) emerge sempre do caos social instalado.
(C) resulta de ponderaes lcidas e ticas.
(D) provm de uma revoluo na educao.
(E) ignora o protesto das pessoas mais injustiadas.
6
De acordo com a leitura do texto, correto afirmar que
(A) se a construo da sociedade for estabelecida dentro de princpios ticos,
seus cidados podem descansar e usufruir desses benefcios.
(B) as aes efetivadas em vista das necessidades da maioria do povo
brasileiro carecem de medidas mais ousadas.
(C) para a sociedade brasileira, aptica diante do caos, usar de audcia
demonstra um trao de sabedoria.
(D) para que seja eficaz a aplicao de audcia, prudncia e temperana, no
se pode ficar preso a limites.
(E) no Brasil, as aes relacionadas estrutura econmica so to arrojadas
quanto as voltadas para o social.
7
De acordo com o texto, os conceitos que podem ser identificados,
respectivamente, com o par a u d c ia / p r u d n ci a so:(A) insensatez / imobilismo.
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(B) persistncia / desnimo.(C) aodamento / timidez.
(D) alienao / engajamento.
(E) ousadia / ponderao.
8
Em qual afirmao o contedo se confirma na leitura do texto?
(A) A audcia uma virtude que falta s camadas mais pobres.
(B) A atuao primordial da prudncia se d no mbito social.
(C) As injustias sociais s sero resolvidas por agentes virtuosos.
(D) O valor da prudncia consiste em ser fator de equilbrio entre as virtudes.
(E) Para Dom Pedro Casaldliga, a verdadeira sabedoria se fundamenta na
espera fervorosa.
9
Medidas prudentes so aquelas que todos aprovam .
A forma verbal I NADEQUADA quanto ao padro culto para substituir o termo
destacado acima
(A) requerem.
(B) pedem.
(C) concordam.
(D) almejam.
(E) aceitam.
1 0
Leia as frases abaixo.
I Os homens devem se prevenir ante ___ crises do desemprego.
II Com o excesso de prudncia, pode-se chegar ___ imobilidade das grandesmassas.
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III So necessrias algumas virtudes para se reagir ___ crises econmicas.IV Os dirigentes de pases ricos no atendem ___ nenhuma necessidade dos
mais pobres.
V O homem pode se isolar muito, atingindo, assim, ___ solido.
Indique a opo que, na sequncia, preenche as lacunas acima corretamente.
(A) as as a
(B) as s a a
(C) as a as
(D) s a as
(E) s s a a
1 1
... e a fazem funcionar dentro de padres ticos. (l. 4-5)
O termo que apresenta funo sinttica idntica do exemplo em destaque :
(A) ...face chaga histrica qu e extenua os pobres. (l. 13-14)
(B) ...inibe a audcia q u e os problemas sociais exigem. (l. 27-28)
(C) Ela equilibra a audcia. (l. 32-33)
(D) O excesso de audcia a insensa tez. (l. 40-41)
(E) Em condies n o r m a i s significa a justa medida, (l. 48-49)
1 2
So acentuadas graficamente pela mesma razo as palavras:
(A) audcia prudncia imprescindveis equilbrio
(B) poltica sbia destri timo
(C) catstrofes histrica econmica entretm
(D) alm ningum voc rfo
(E) trs h at s
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1 3Na passagem so medidas t m i d a s que mal protelam catstrofes
anunciadas. (l. 25-26), o uso do adjetivo destacado demonstra uma
(A) linguagem figurada.
(B) exacerbao de sentido.
(C) impropriedade gramatical.
(D) unio de conceitos opostos.
(E) incoerncia com o restante da frase.
1 4
Assinale a relao I NCORRETA entre a orao e a ideia colocada ao lado.
(A) mas pouco face chaga histrica...
(l. 13)
concluso
(B) Por isso a prudncia a arte...(l. 35)
explicao
(C) ...para garantir um objetivo bom... (l. 37) finalidade
(D) ...ou chega tarde demais... (l. 45) alternncia
(E) ...Dom Pedro Casaldliga ao escrever:
(l. 62-63)
tempo
1 5S assim evitar-se-ia que as crises, nacional e mundial, se transformassem
em drama coletivo de grandes propores. (l. 29-31)
As vrgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam
(A) aposto.
(B) vocativo.
(C) orao coordenada.
(D) sujeitos.
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(E) complementos.
(FUNASA AGENTE ADMINISTRATIVO 2009)
Tex to I
MUN DO TEM M AI S OBESOS DO QUE DESNUTRI DOS
Segundo a OMS, 300 m i lhes so m u i t o go rd os
e 170 m i lhes es to aba ixo do peso
GENEBRA. Aproximadamente 170 milhes de
crianas em todo o mundo tm peso abaixo do nor-
mal, enquanto cerca de 300 milhes de adultos so
obesos, informou ontem a Organizao Mundial da
5 Sade (OMS), na abertura da 33a sesso anual do
Comit Permanente de Nutrio, em Genebra.
Reunido at sexta-feira, o organismo formado porrepresentantes de vrias agncias da Organizao das
Naes Unidas (ONU) pretende elaborar um plano de
10 ao que ajude as autoridades nacionais a enfrentar
os problemas.
Para alcanar as Metas do Milnio estabelecidas
pela ONU, e controlar a epidemia crescente das do-
enas crnicas, necessrio lutar com urgncia con-
15 tra a m nutrio no mundo, tanto causada pelo ex-
cesso quanto pela falta afirmou a presidente do co-
mit, Catherine Bertini.
Das 170 milhes de crianas desnutridas, cerca
de trs milhes morrem a cada ano, de acordo com os
20 dados fornecidos pela OMS. No extremo oposto, calcula-
se que h no mundo cerca de 1 bilho de pessoas
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com excesso de peso, das quais 300 milhes soobesas.
Todos eles esto mais expostos que os demais a
25 sofrer cardiopatias, acidentes cardiovasculares, cnce-
res e diabetes, entre outras doenas ligadas ao ex-
cesso de peso.
A OMS adverte que esse problema duplo no
simplesmente de pases ricos ou pobres, mas est
30 ligado ao grau de desenvolvimento de cada nao.O Globo ,14 mar. 2006.
1
A ideia central do Texto I baseia-se na viso de que preciso combater a m
nutrio no mundo.
Qual dos trechos da matria transcritos a seguir apresenta o argumento deconsistncia compatvel com essa tese?
(A) Aproximadamente 170 milhes de crianas em todo o mundo tm peso
abaixo do normal, enquanto cerca de 300 milhes de adultos so obesos,
(l. 1-4)
(B) ... necessrio lutar com urgncia contra a m nutrio no mundo, tanto
causada pelo excesso quanto pela falta (l. 14-16)
(C) calcula-se que h no mundo cerca de 1 bilho de pessoas com excesso
de peso, das quais 300 milhes so obesas. (l. 20-23)
(D) Todos eles esto mais expostos que os demais a sofrer cardiopatias,
acidentes cardiovasculares, cnceres e diabetes, entre outras doenas
ligadas ao excesso de peso. (l. 24-27)
(E) A OMS adverte que esse problema duplo no simplesmente de pases
ricos ou pobres, mas est ligado ao grau de desenvolvimento de cada
nao. (l. 28-30)
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No ltimo perodo do Texto I, a conjuno mas (l. 29) estabelece uma
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ideia de
(A) adio.
(B) causa.
(C) finalidade.
(D) proporo.
(E) consequncia.
3
No Texto I, em e controlar a epidemia crescente das doenas c rn icas, (l.
13-14), o termo destacado est ligado sintaticamente ao substantivo
epidemia.
O termo que desempenha funo sinttica idntica ao destacado acima est no
trecho:
(A) enquanto cerca de 300 milhes de adultos so obesos, (l. 3-4)
(B) ...que ajude as autoridades nac iona is a enfrentar os problemas. (l. 10-
11)
(C) Para alcanar as Metas do Milnio estabelecidas pela ONU, (l. 12-13)
(D) Todos eles esto m a i s expostos... (l. 24)
(E) entre outras doenas ligadas ao excesso de peso . (l. 26-27)
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Te x t o I I
A charge a seguir trata da situao crtica a que est submetido o pas em
relao dengue.
IQUE. Jorna l do Bras i l , 25 mar. 2008.
4
Essa charge
(A) compara a luta contra a dengue a uma situao de guerra.
(B) coloca em situao de oposio o homem e a sociedade.
(C) suaviza a gravidade da questo a partir do humor.
(D) d caractersticas humanas ao mosquito.
(E) prope que foras blicas sejam usadas na preveno da doena.
5
Uma charge tem como objetivo, por meio de seu tom caricatural, provocar, noleitor, uma dada reao acerca de um fato especfico. De acordo com a
situao em que foi produzida, a charge de Ique, aqui apresentada, visa a
provocar, no leitor, uma reao de
(A) consternao.
(B) revolta.
(C) alerta.
(D) complacncia.(E) belicosidade.
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Tex t o I I I
O MENI NO DOENTE
O menino dorme.
Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado5 A mezinha canta:
Dodi, vai-te embora!
Deixa o meu filhinho,
Dorme... dorme... meu...
Morta de fadiga,
10 Ela adormeceu.
Ento, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Na mesma voz dela,
15 Se debrua e canta:
Dorme, meu amor.
Dorme, meu benzinho...
E o menino dorme.
BANDEIRA, Manuel. Poesia complet a e prosa . Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983.
6
Em dois versos do poema h a ocorrncia do sufixo inho.
Nos dois casos, esse elemento assume um valor de
(A) intensidade.
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(B) tamanho.(C) ironia.
(D) afeto.
(E) desrespeito.
7
Dodi, vai-te embora!
Deixa o meu filhinho,
Dorme... dorme... meu...
Essa estrofe do poema construda como um dilogo imaginrio, com o uso da
segunda pessoa do singular - tu.
Empregando-se a terceira pessoa (voc), como devem ficar os verbos
adotados na estrofe?
(A) vs / deixes / durmas(B) vais / deixas / dormes
(C) v / deixe / durma
(D) ide / deixai / dormi
(E) vo / deixem / durmam
8
As reticncias podem ser usadas com diferentes finalidades.No trecho Dorme... dorme... meu..., encontrado no Texto III, as reticncias
foram usadas para
(A) marcar um aumento de emoo.
(B) apontar maior tenso nos fatos apresentados.
(C) indicar traos que so suprimidos do texto.
(D) deixar uma fala em aberto.
(E) assinalar a interrupo do pensamento.
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A palavra debrua (v. 15), presente no Texto III, pode ser substituda, sem
alterao de sentido, por
(A) recolhe.
(B) inclina.
(C) derrama.
(D) descobre.
(E) ajoelha.
Te x t o I V
O anncio publicitrio a seguir uma campanha de um adoante, que tem
como seu slogana frase Mude sua embalagem.
Disponvel em: http:// www.ccsp.com.br.
1 0
A palavra embalagem, presente no slogan da campanha, altamente
expressiva e substitui a palavra
(A) vida.
(B) corpo.
(C) jeito.
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