View
1
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
1|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Nº27, março 2013 CONTEÚDOS
IPMA,I.P.
01 Resumo
02 Descrição Meteorológica
03 Descrição
Agrometeorológica
09 Informação
Agrometeorológica
especifica 12 Previsão Mensal
13 Anexos
Figura 1- Classificação da precipitação de acordo com os decis em março de 2013
RESUMO
Boletim Meteorológico para a Agricultura março 2013 Produzido por Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P.
O mês de março no Continente classificou-se como muito chuvoso a
extremamente chuvoso (Figura 1), tendo sido o 2º março mais chuvoso em
Portugal Continental dos últimos 50 anos. Os valores de precipitação foram
muito superiores aos normais em cerca de 2 a 5 vezes.
Foram excedidos os valores máximos da quantidade de precipitação nos últimos
50 a 73 anos em alguns locais das regiões da Beira Interior, Estremadura,
Ribatejo e Alentejo.
Em relação aos valores médios da temperatura média do ar em março, a 2ª
década foi a mais fria com valores de temperatura média inferiores ao normal.
Na 1ª e 3ª décadas verificaram-se valores acima do normal nas regiões do litoral
e nalguns locais de Trás-os Montes.
O número de horas de frio acumuladas, entre 1 de outubro 2012 e 31 de março
2013, no Continente, foi superior a 2500 horas nas regiões montanhosas do
Norte e Centro e inferior a 500 horas no litoral Centro e Sul.
Os valores de temperatura acumulada para a Vinha no Continente variam entre
200 e 400 graus-dia, exceto na região nordeste do território onde são inferiores
e nas áreas litorais a sul do Cabo Carvoeiro onde são superiores.
Boletim meteorológico para a agricultura
ISSN 2182-0597
Publicação Mensal
DIRETOR: Jorge Miguel Miranda
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
2|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Descrição Meteorológica
1ª Década, 01-10 de março de 2013 A situação meteorológica no primeiro dia da década foi condicionada por um anticiclone localizado sobre
as ilhas Britânicas e que se estendia em crista sobre o Atlântico a oeste da Península Ibérica. Neste
primeiro dia do mês observou-se ainda tempo frio, céu geralmente pouco nublado, vento fraco do
quadrante norte e ocorrência de nevoeiros ou neblinas matinais. A partir do dia 2 e até ao final da década,
observou-se o enfraquecimento do referido antciclone e o cavamento de uma vasta região depressionária
complexa centrada no arquipélago dos Açores, em deslocamento para Oeste e com perturbações frontais
associadas. Assim, neste período, o céu esteve geralmente muito nublado, ocorreram períodos de chuva
ou aguaceiros temporariamente fortes nos dias 4 e 5 e de 7 a 10. Os aguaceiros foram por vezes sob a
forma de granizo e acompanhados de trovoada entre os dias 8 e 10. Verificou-se ainda vento
temporariamente forte a muito forte, de quadrante sul, em especial nas terras altas, sendo de salientar no
dia 4, o registo de rajadas de 130 km/h nas Penhas Douradas e, nos dia 8 e 9, a ocorrência de fenómenos
extremos de vento em vários locais do território do Continente. Nomeadamente no dia 9, foi reportado
um mini-tornado na foz do Douro e, na Póvoa do Varzim, nesse mesmo dia, há registo da ocorrência de um
tornado às 22:45 UTC. A temperatura registou uma subida gradual ao longo deste período.
2ª Década, 11-20 de março de 2013 A situação sinóptica entre os dias 11 e 13 foi determinada por uma região depressionária complexa, que se
prolongou desde a região do atlântico a oeste dos Açores até ao Golfo da Biscaia, com ondulações frontais
associadas. Neste período ocorreram aguaceiros que, no dia 11, foram, por vezes, fortes e acompanhados
de trovoada nas regiões do Norte e do Centro e, registou-se uma descida gradual da temperatura nos dias
12 e 13, com a queda de neve acima de 1000 metros. O vento soprou moderado de oés-sudoeste, por
vezes forte e com rajadas de 70 km/h nas terras altas, rodando para noroeste a partir da tarde do dia 12 e
soprando fraco a moderado, por vezes, forte nas terras altas e no litoral sul. Nos dias 14 e 15, verificou-se a
intensificação de uma crista anticiclónica, associada a um anticiclone localizado a oeste das ilhas Britânicas.
Nestes dias, o céu apresentou-se pouco nublado, com períodos de muito nublado nas regiões do Norte e
Centro, onde ocorreram alguns períodos de chuva fraca ou chuvisco a partir da tarde do dia 15. O vento foi
fraco a moderado do quadrante norte rodando para leste e a temperatura máxima registou uma pequena
subida. Nos dias 16, 17 e 19 a situação meteorológica foi determinada por depressões complexas, com
núcleos localizados nas ilhas Britânicas e no Atlântico entre os Açores e o Continente, cujas ondulações
frontais vieram a condicionar o estado do tempo. Nestes dias, o céu apresentou períodos de muito
nublado, com a ocorrência de chuva ou aguaceiros, por vezes, fortes e acompanhados de trovoada nos
dias 17 e 19 nas regiões do Centro e Sul. O vento foi fraco a moderado do quadrante sul, com rajadas de 70
km/h no dia 19 nas regiões do Sul. A temperatura mínima registou uma subida nos dias 16 e 17. Os dias 18
e 20 foram dias de transição em que houve intensificação de cristas anticiclónicas sobre o Continente após
a passagem de ondulações frontais. Assim, o céu esteve pouco nublado, apresentando períodos de muito
nublado, ocorrendo aguaceiros fracos principalmente nas regiões do Norte e do Centro. O vento foi em
geral fraco do quadrante oeste, soprando temporariamente forte durante a manhã do dia 18 nas terras
altas. De salientar, no dia 18, uma descida da temperatura, mais acentuada na mínima (ordem de 10ºC).
Descrição meteorológica e agrometeorológica
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
3|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
3ª Década, 21-28 de março de 2013
No início da 3ª década, o estado do tempo foi condicionado pela aproximação e passagem de uma
superfície frontal fria, que atravessou o Continente entre o final do dia 21 e a madrugada do dia 22,
seguida por um fluxo de noroeste instável que permaneceu até dia 24. Assim, ocorreram períodos de
chuva que foi, por vezes, forte nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, passando a
regime de aguaceiros, que no dia 23 foram, por vezes, fortes no Minho e sob a forma de neve na S. Estrela.
Nos dias 21 e 22, o vento soprou do quadrante sul, em geral fraco sendo, por vezes, forte no litoral Oeste e
nas terras altas do Norte e Centro e rodou, a partir da tarde do dia 23, para o quadrante oeste. A
temperatura mínima registou uma subida acentuada (da ordem de 9 ºC) no dia 21, em alguns locais do
Norte e Centro, e no dia 22, no Sul, e uma descida generalizada no dia 23. Entre o dia 25 e o dia 29, a
situação meteorológica foi determinada por uma corrente perturbada de oeste associada a uma vasta
região depressionária no Atlântico Norte. Neste período, ocorreram períodos de chuva que foi, por vezes,
forte no Norte e Centro nos dias 25, 26 e 29 e no Minho e Douro Litoral no dia 28. O vento foi fraco a
moderado de sudoeste sendo, por vezes, forte no litoral Oeste no dia 29 (com rajadas de 70 km/h) e forte
a muito forte nas terras altas (com rajadas de 95-100 km/h) nos dias 25, 26 e 29. No dia 30, houve uma
melhoria temporária do estado do tempo devido à ação conjunta de uma crista associada a um anticiclone
na região das Canárias e à aproximação de um sistema frontal associado a uma depressão complexa
situada a oeste da Irlanda. O céu esteve pouco nublado, aumentando de nebulosidade a partir da tarde, e
ocorreram períodos de chuva no final do dia no litoral Oeste. O vento foi em geral fraco do quadrante
oeste e observou-se uma pequena subida da temperatura máxima no litoral Norte, no Centro e no
Alentejo. No dia 31, devido à passagem do sistema frontal, o céu esteve muito nublado a encoberto, houve
períodos de chuva, o vento soprou fraco a moderado do quadrante oeste, por vezes, forte no litoral sul e
nas terras altas e registou-se uma descida da temperatura máxima.
2. Descrição Agrometeorológica
2.1 Temperatura
Durante o mês de março a 2ª década foi a mais fria com valores de temperatura média inferiores ao
normal (Figura 2). Na 1ª e 3ª décadas verificaram-se valores acima do normal nas regiões do litoral e
nalguns locais de Trás-os Montes.
Na 1ª década os valores médios da temperatura média do ar variaram entre 3.0 ºC em Penhas Douradas
e 14.4 ºC em Sagres e os desvios em relação aos valores normais entre -2.2 ºC em Penhas Douradas e
+1.7 ºC em Rio Maior; na 2ª década variaram entre 0.8 ºC em Penhas Douradas e 13.3 ºC em Faro e os
desvios entre -5.2 ºC em Cabril e -0.2 ºC em Zambujeira; na 3ª década entre 5.0 ºC em Penhas Douradas
e 15.5 ºC em Sta Cruz e os desvios entre -1.4 ºC em Cabril e +2.1 ºC em Zambujeira.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
4|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Figura 2 Distribuição espacial da temperatura média do ar nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de março de 2013 (em cima) e respetivos
desvios em relação à média 1971-2000 (em baixo)
2.2 Temperaturas acumuladas1/Avanço-Atraso das Culturas
No Quadro I apresentam-se os valores da temperatura acumulada no mês de março de 2013, para várias
localidades do Continente, assim como as temperaturas acumuladas desde o início do ano agrícola (1 de
setembro 2012), considerando a temperatura base de 0 ºC e desde 1 de janeiro 2013 para a temperatura
base de 6 ºC. O mesmo quadro contém também informação sobre o número de dias de atraso ou avanço
potencial mensal das culturas para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10 ºC. Destaca-se o atraso potencial
mensal em quase todos os locais da tabela, exceto no Porto e em Faro.
1Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a
temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a
temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula.
1ªd. 2ªd. 3ªd.
1ªd. 2ªd. 3ªd.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
5|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Quadro I Temperaturas acumuladas (graus-dia) no mês de março 2013 e temperaturas acumuladas desde 01
setembro-2012 e desde 01 janeiro-2013, para diferentes temperaturas base, e respetivo número de dias de atraso
ou avanço potencial das culturas no mês.
Estações
Temperaturas acumuladas T acumuladas desde
T0 ºC Nº dias avanço atraso
T4 ºC Nº dias avanço atraso
T6 ºC Nº dias avanço atraso
T10 ºC Nº dias avanço atraso
01 setembro 2012 Tb=0 ºC
01 janeiro 2013 Tb=6 ºC
Bragança 240 -3.2 120 -6.2 69 -11.4 6 - 1988 117
Vila Real 275 -2.2 152 -3.9 97 -6.6 14 - 2261 197
Porto/P.R. 371 0.2 247 0.2 185 0.3 72 1.0 2831 427
Viseu/C.C. 259 -5.6 136 -9.3 80 -13.8 6 -20.0 2281 188
Coimbra/C. 363 3.2 239 -0.4 178 -0.6 66 -1.6 2828 409
Castelo Branco 325 -5.3 201 -7.7 139 -10.0 35 -20.1 2629 295
Portalegre 290 -5.7 166 -8.7 105 -11.9 14 -27.1 2551 242
Lisboa/I.G. 417 -1.0 293 -1.4 231 -1.8 107 -3.4 3246 601
Évora/C.C. 354 -1.5 230 -2.3 169 -3.0 61 -8.0 2781 366
Beja 372 -1.7 248 -2.5 186 -3.3 73 -8.8 2953 429
Faro 441 0.7 317 1.0 255 1.3 133 2.7 3341 637
2.3 Precipitação
Em março os valores de precipitação foram muito elevados cerca de 2 a 5 vezes superiores aos valores
normais em todas as décadas (Figura 3). Março de 2013 foi o 2º março mais chuvoso em Portugal
Continental nos últimos 50 anos e o 7º desde 1931.
Assim na 1ª década os valores da quantidade de precipitação variaram entre 18.5 mm em Mirandela e
192.7 mm em Penhas Douradas.
Na 2ª década os valores da quantidade de precipitação variaram entre 25.1 mm em Benavila e 99.8 mm
em Odemira.
Na 3ª década variaram entre 26.4 mm em Mértola e Odemira e 355.2 mm em Cabril.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
6|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Figura 3 Precipitação total nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de março 2013 (em cima) e respetiva percentagem em relação à média 1971-
2000 (em baixo).
Em relação à precipitação acumulada desde o início do ano agrícola 2012/13 (01 de setembro 2012), os
valores são superiores aos normais (1971-2000) em todo o território. Os valores acumulados de
precipitação neste período variaram entre 391 mm em Mirandela e 1957 mm em Cabril (Figura 4, esq.). A
percentagem da quantidade de precipitação, acumulada desde 1 de setembro, em relação à normal,
variou entre 102% em Dunas de Mira e 209% em Cabril (Figura 4, dir.).
1ªd.
1ªd.
2ªd. 3ªd.
2ªd. 3ªd.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
7|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Figura 4 - Precipitação acumulada entre 1 de setembro 2012 e 31 de março de 2013 (esq.)
e percentagem em relação à média 1971-2000 (dir.)
2.4 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do rio Tejo e
respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de março 2013 (Quadro II).
Quadro II Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo – março 2013
2.5 Evapotranspiração de referência Na Figura 5 apresenta-se a distribuição espacial, por décadas, dos valores de evapotranspiração de
referência (ET0, Penman-Monteith) em março de 2013, estimada com base em análises do modelo
numérico “ALADIN”2, e segundo o método da FAO. Verifica-se que os valores da evapotranspiração foram
mais elevados nas 2ª e 3ª décadas em parte da região Centro e na região do Sul, onde variaram entre
15 mm e 30 mm. Na 1ª década são mais baixos em particular nalguns locais do Norte e Centro.
2Modelo de previsão numérica, de área limitada, desenvolvido e aplicado no âmbito do consórcio europeu “ALADIN”
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
8|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Na Figura 6 apresenta-se a distribuição espacial da evapotranspiração de referência (ET0, Penman-
Monteith) acumulada entre 01 de setembro 2012 e 31 de março de 2013, onde se verifica que os valores
variam, em quase todo o território, entre 300 mm e 600 mm.
Figura 5 – Evapotranspiração de referência nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de março 2013
Figura 6 – Evapotranspiração de referência acumulada de 1 de
setembro 2012 a 31 de março 2013
1ªd. 2ªd. 3ªd.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
9|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
2.6 Água no solo
Na Figura 7 apresentam-se os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água
utilizável pelas plantas, em março de 2013. Verifica-se que todo o território apresenta valores de
percentagem de água no solo superiores a 90% em todo o território.
Figura 7 - Percentagem de água no solo nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de março 2013
3. Informação agrometeorológica específica
3.1 Número de horas de frio
Na Figura 8 apresenta-se o número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumuladas, desde o
dia 01 de outubro de 2012, estimado a partir de análises do modelo numérico ALADIN. Verifica-se, no final
de março 2013 que, nas regiões montanhosas do Norte e Centro, o número de horas de frio acumuladas
foi superior a 2500 horas; por outro lado foi inferior a 500 horas no litoral Centro e Sul. No quadro III
apresentam-se os valores do número de horas de frio acumuladas em março 2013, nas sedes de distrito de
Portugal Continental, com valores entre 94 horas (Lisboa) e 2397 (Guarda).
No quadro IV apresentam-se as horas de frio para a pêra rocha, estimados para os concelhos da região
Oeste, correspondentes aos 8 maiores valores médios do número de horas de frio, assim como os
respectivos valores máximo e mínimo e na sede do respetivo concelho.
1ªd
.
2ªd. 3ªd
.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
10|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Quadro III - Número de horas de frio entre 01 de outubro 2012 e 31 março de 2013
Figura 8 Número de horas de frio acumulados entre 01 de outubro
2012 e 31 de março de 2013 em Portugal Continental
Quadro IV Número de horas de frio entre 01 de outubro 2012 e 31 março de 2013
(análises do modelo numérico ALADIN)
Estações Média do Concelho
Mínimo no Concelho
Máximo no Concelho
Sede de Concelho
Porto de Mós 1055 770 1183 980
Batalha 1001 808 1185 825
Leiria 794 480 1140 801
Santarém 716 558 1097 628
Alcobaça 696 440 1073 678
Rio Maior 686 610 1029 701
Cadaval 625 531 669 586
Sobral Mte Agraço 602 499 657 627
Distrito Valor sede distrito
Bragança 2198
V. Castelo 680
Braga 1096
Vila Real 1719
Porto/P.R 791
Viseu 1399
Aveiro 578
Guarda 2397
Coimbra 724
C. Branco 1003
Leiria 804
Portalegre 1227
Santarém/F.B 623
Lisboa/I.G. 94
Évora 935
Setúbal 483
Beja 731
Faro 184
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
11|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
3.2 Temperaturas acumuladas para a cultura da Vinha
Na Figura 9 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 de
janeiro e 31 de março de 2013, para Portugal Continental e no Quadro V apresentam-se os valores da
temperatura acumulada no mesmo período para as regiões vitivinícolas, estimados a partir de análises do
modelo numérico.
Verifica-se que os valores de temperatura acumulada para a vinha variam entre 200 e 400 graus-dia,
exceto na região nordeste do território onde são inferiores e nas áreas litorais a sul do Cabo Carvoeiro
onde são superiores (figura 9).
Figura 9 Temperaturas acumuladas entre 01 de janeiro e 31 de março de 2013 para uma temperatura base de 3.5ºC,
estimadas a partir de análises do modelo numérico ALADIN
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
12|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
Quadro V Temperaturas acumuladas entre 01 de Janeiro e 31 de março de 2013 para a temperatura base de 3.5 ºC,
na vinha (estimadas pelas análises do modelo numérico ALADIN)
Regiões Vitivinícolas
T acumuladas (ºC) desde 01 de março 2013 Tb = 3.5 ºC
Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito
Península Setúbal 447 351 633 Faro – 565
Algarve 435 257 714 Setúbal – 473
Lisboa 394 244 634 Lisboa - 529 Leiria – 350
Tejo 367 251 567 Santarém – 429
Alentejo 353 183 577 Portalegre - 237 Évora – 332 Beja – 375
Beiras 239 20 475
Viseu - 224 Aveiro - 384 Guarda - 120 Coimbra - 355
Castelo Branco – 293
Minho 227 29 440 Viana do Castelo - 382
Braga – 270
Douro 198 77 279 Porto – 336*
Vila Real – 180 Pinhão – 251
Trás-os-Montes 115 17 274 Bragança - 124 * Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto
Previsão Mensal para o Território do Continente
(com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo ECMWF)
(Data de referência para a previsão: 08/04/2013)
Período de 08/04/2013 a 05/05/2013
Na precipitação total semanal prevêem-se valores acima do normal, para toda a região norte, na semana
de 08/04 a 14/04. Prevêem-se valores abaixo do normal, para todo o território, na semana de 15/04 a
21/04. Nas semanas de 22/04 a 28/04 e de 29/04 a 05/05 não é possível identificar a existência de sinal
estatisticamente significativo.
Na temperatura média semanal prevêem-se valores abaixo do normal, para todo o território, na semana
de 08/04 a 14/04. Prevêem-se valores acima do normal, para todo o território, na semana de 15/04 a
21/04. Nas semanas de 22/04 a 28/04 e de 29/04 a 05/05 não é possível identificar a existência de sinal
estatisticamente significativo.
Previsão Mensal
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
13|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
ANEXO I - Carta da radiação solar global mensal (março 2013) Baseado nos dados registados na rede de estações meteorológicas automáticas do IPMA.
ANEXO II - Valores de alguns elementos meteorológicos em março de 2013 No quadro A1 apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura
máxima (Tmax), humidade relativa às 09UTC (HR) a 1.5 m, os valores totais decendiais da precipitação
(Prec) e o vento médio diário (V) a 10 m.
ANEXO III - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em março de 2013
No quadro A2 apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva), temperatura do solo
a 5 e a 10cm de profundidade (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0) estimada com base em
análises do modelo numérico “Aladin” e segundo o método da FAO para as 3 décadas do mês e o valor
acumulado no ano agrícola em curso 2012/2013 (com início a 1 de setembro e fim a 31 de agosto), e
percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas.
ANEXOS
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
14|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
ANEXO I - Carta da radiação solar global mensal em março de 2013
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
15|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
ANEXO II - Valores de alguns elementos meteorológicos em março de 2013 por década (1ª, 2ª e 3ª)
Quadro A1
Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª
V. Castelo 8.7 5.40 10.77 16.0 13.44 15.51 44.5 46.6 197.0 78.6 84.3 92.5 11.9 8.3 12.6
Bragança 4.2 1.3 5.8 11.3 10.0 13.4 40.2 33.0 90.4 84.1 79.1 91.1 10.1 10.8 10.4
Vila Real 5.7 2.6 7.5 12.6 10.7 13.9 33.2 37.2 160.9 82.7 83.1 93.0 7.6 7.9 9.4
Braga 8.4 4.0 10.5 16.6 14.11 15.9 57.3 51.3 237.7 78.5 93.7 91.0 10.8 6.5 11.2
Porto/P.R 10.0 6.3 11.4 15.7 13.4 14.9 32.9 31.6 170.0 68.3 73.6 84.6 16.9 12.6 17.6
Viseu 5.9 2.8 7.1 11.4 10.1 12.4 119.6 49.0 160.3 83.6 84.5 95.1 19.4 12.6 15.5
Aveiro 10.4 7.5 11.8 16.9 14.5 16.8 39.8 30.7 117.2 69.5 74.0 84.7 12.2 12.6 14.4
Guarda 3.0 0.1 4.6 8.8 7.1 10.2 79.1 32.2 96.9 92.0 89.9 97.9 17.3 18.4 17.3
Coimbra/B. 9.0 5.5 10.6 15.7 13.4 15.8 55.4 50.5 133.6 80.6 87.7 96.18 12.6 8.3 13.3
C. Branco 7.6 4.3 8.7 13.6 12.8 15.4 84.5 38.8 67.2 87.8 80.8 94.3 14.8 11.2 14.0
Leiria 8.8 5.1 11.5 16.6 14.6 17.1 47.9 35.1 99.7 82.8 89.9 90.1 11.5 7.2 11.2
Portalegre 6.7 4.1 7.8 12.4 11.7 13.2 134.6 46.1 132.0 89.0 84.8 96.4 17.6 15.5 15.1
Santarém/F.B 9.1 6.7 11.1 16.1 15.1 17.1 62.3 28.41 86.31 - 78.7 - 12.2 8.6 12.6
Lisboa/I.G. 10.5 8.5 12.2 16.2 15.9 17.2 70.0 57.8 111.8 87.6 81.8 90.8 18.4 12.2 17.6
Setúbal 9.3 6.6 10.8 16.8 16.2 17.7 75.0 64.7 70.8 80.2 - - 7.9 6.5 7.6
Évora 7.7 5.3 9.2 14.8 14.9 16.3 59.5 39.6 74.7 - - - 17.3 14.0 16.6
Beja 8.6 6.2 10.2 15.0 15.0 16.6 59.4 44.1 50.5 88.8 84.7 93.9 16.6 14.4 17.6
Faro 12.1 9.7 12.6 16.6 16.8 17.4 58.92 47.92 59.82 81.1 72.9 84.7 22.3 16.2 17.3
1 Valor registado na estação meteorológica de Santarém (cidade) 2 Valor de precipitação registado na estação meteorológica de Portimão
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. Rua C – Aeroporto de Lisboa
1749-077 Lisboa – Portugal
16|16
Tel: (+351) 21 844 7000 Fax: (+351) 21 840 2370 url: www.ipma.pt email: info@ipma.pt
ANEXO III - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em março de 2013 por década (1ª, 2ª e 3ª)
Quadro A2
Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%)
Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª Acumu-lado 1ª 2ª 3ª
V. Castelo 7.3 4.5 10.7 9.3 7.5 12.8 9.6 8.4 12.8 16.4 18.6 16.3 327.2 100.0 99.0 100.0 Bragança 3.5 0.7 4.9 5.8 4.5 8.8 6.2 5.3 9.0 14.4 18.4 18.8 333.7 100.0 96.5 98.7 Vila Real 4.0 0.4 6.6 6.6 5.0 9.6 7.1 5.9 9.7 13.9 16.8 17.6 317.9 100.0 97.7 99.0 Braga 5.7 0.8 8.9 8.7 6.8 12.5 8.8 7.3 12.1 16.4 17.2 16.9 329.1 100.0 96.5 100.0 Porto/P.R 8.0 4.0 10.8 - - - 10.5 10.4 12.8 18.5 20.4 17.6 363.5 100.0 97.3 98.9 Viseu 4.4 0.6 6.1 7.1 6.6 9.5 7.5 7.1 9.6 15.1 17.4 17.3 341.5 100.0 99.2 99.1 Aveiro 8.4 5.4 10.6 10.9 9.8 13.6 11.4 10.5 13.8 19.6 20.9 19.8 361.0 100.0 95.7 99.0 Guarda 2.9 -1.0 4.2 4.7 2.5 6.6 5.0 3.3 6.6 14.2 18.1 18.8 347.8 100.0 99.1 100.0 Coimbra 6.8 1.8 8.8 10.6 9.8 12.6 10.7 10.1 12.7 19.3 18.8 20.1 371.1 100.0 100.0 100.0 C. Branco 6.9 2.6 7.9 8.2 6.0 10.6 8.5 6.6 10.5 16.4 21.0 21.9 435.9 100.0 100.0 100.0 Leiria 7.8 4.7 10.2 11.1 10.0 13.1 11.1 10.6 13.4 17.5 19.4 20.4 376.2 - - - Portalegre 6.7 4.0 7.9 - - - - - - 13.7 19.2 18.4 399.6 100.0 100.0 100.0 Santarém/F.B 7.7 4.8 9.6 11.2 10.7 13.0 11.6 11.1 13.2 18.6 22.6 23.4 444.9 96.1 97.0 98.9 Lisboa/I.G. 9.9 8.0 11.8 12.4 12.2 14.0 12.2 13.2 13.8 17.5 22.4 20.2 422.9 99.4 100.0 100.0 Setúbal 7.6 5.3 9.4 11.4 10.5 13.9 11.5 10.9 13.8 18.8 23.6 21.8 453.7 100.0 99.6 100.0 Évora 6.5 3.0 7.6 10.5 10.2 12.6 10.9 10.9 12.8 16.6 21.1 21.8 446.9 95.0 97.1 100.0 Beja 7.2 4.6 9.2 10.9 10.8 12.6 11.3 11.5 13.0 18.2 22.1 23.2 459.7 100.0 100.0 100.0 Faro 12.9 12.1 14.5 13.9 13.5 15.4 14.2 14.0 15.7 19.5 24.3 22.4 471.3 - - -
Recommended