Digestao e Absorcao de Lipidios

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Digestão Digestão e Absorção de e Absorção de LípídiosLípídios

Prof. Jenifer SaffiProf. Jenifer Saffi

Aspectos nutricionaisAspectos nutricionais

Lipídios da DietaLipídios da Dieta

fosfolipídios colesterol

Ácidos graxos

vitaminas

triglicerídios

Processamento dos lipídeos da dieta no Processamento dos lipídeos da dieta no estômagoestômago

•• Um adulto ingere certa de 60-150g de lipídios diariamente.

• Em torno de90% dos lipídios da dieta é formada portriglicerídios =triacilgliceróis = TAGs.

• A digestão dos lipídeos começa no estômago pelas lipasesestáveis em meio ácido • A digestão dos lipídeos começa no estômago pelas lipasesestáveis em meio ácido (pH 4-6), a lipase lingual (secretada pelas glândulas salivares) e a lipase gástrica (secretada pela mucosa gástrica).

• Os TAGs que contém ácidos graxos de cadeia curta e média (como os encontrados na gordura do leite) são os principais alvos dessas enzimas.

• Importante para neonatos e portadores de fibrose cística.(10% da digestão de lipídios ocorre no estômago).

Papel da lipase lingualou salivar

• Hidrolisa TAGs constituídos por ácidos graxos de cadeia curta, média (12 C ou menos) e os insaturados de cadeia longa. Esta hidrólise se dá no carbono 3 do glicerol, formando AG livres e 1,2 diacilgliceróis.

• Fundamental no lactente (o leite materno é rico em AG de cadeia curta e média e AG insaturados).

• Estabilizada pelo pH ácido do estômago. Pode agir também na orofaringe, esôfago e duodeno.

Papel da lipase gástrica

• Principal lipase preduodenal.

• Secretada no estômago, no suco gástrico.

• Atua na região fúndica estomacal.

• Atua em pH entre 3 e 6.• Atua em pH entre 3 e 6.

• Hidrolisa TAGs com ácidos graxos de cadeia média, curta e insaturados de cadeia longa, formando AG livres e 1,2 diacilgliceróis.

• Papel fundamental na lactente.

Digestão dos lipídiosDigestão dos lipídios

• A digestão dos lipídios inicia no estômago, sendo o principal local nos recém-nascidos.

• O principal local de digestão lipídica no adulto é o duodeno.

duodeno

• O calor do estômago auxilia na liquefação dos lipídios.

• A fase inicial de hidrólise é lenta devido à falta de emulsificação, ondeas fases aquosa e lipídica estão separadas.

• Os movimentos de propulsão, retropropulsão e de mistura auxiliam naformação da emulsão lipídica, devido à presença de ácidos graxoslivres,fosfolipídios e de monoacilgliceróis na dieta, facilitando a ação das lipases lingual e gástrica (que agem na interface água-óleo).lipases lingual e gástrica (que agem na interface água-óleo).

H2O

Prof. Cíntia Fin

Digestão no intestino

• A gordura da dieta sai do estômago e entra no intestino delgado, onde é emulsificada pelos sais biliares.

Bile

•Solução não enzimática produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar.•Secretada no duodeno através do ducto biliar comum.

• Emulsificação das gorduras a das vitaminas lipossolúveis (A,D,E e K) pela secreção de sais biliares.• Via de excreção de restos metabólicos e medicamentos.• Ação anti-séptica e bacteriostática sobre a flora microbiana do intestino.

Composição

Funções da Bile

Composição

Íons e água; sais biliares, colesterol e fosfolipídeos.Pigmentos biliares: bilirrubina e biliverdina: são metabólitos da hemoglobina formados no fígado e conjugados com glucuronídeos para a excreção. São responsáveis pela coloração amarelada da bile. No intestino grosso, bactérias transformam a bilirrubina em urobilinogênio que dá coloração marrom às fezes. Quando não excretada, a bilirrubina entra na circulação dando coloração amarelada (icterícia).

Emulsificação dos lipídeos da dieta: papel dos sais biliares

Ocorre no duodeno pelos sais biliares, que são agentes emulsificantes com propriedades detergentes e pela mistura mecânica devido ao peristaltismo.

Estrutura de um sal biliar

Cadeia lateral polar e mais polar e mais grupos OH que o colesterol

Sais biliares e emulsificação das gorduras

Reciclagem dos Sais biliares

Os sais biliares sãosintetizados no fígado,armazenados na vesículabiliar, secretados nointestino delgado,intestino delgado,reabsorvido no íleoe retornando ao fígadovia a circulaçãoenterohepática.Menos de 5% dos saisbiliares luminais sãoexcretados nas fezessob circunstânciasnormais.

Ação da lipase pancreática

• Remove ácidos graxos dos TAGs preferencialmente dos carbonos 1 e 3. Os principais produtos da hidrólise são misturas de 2-monoacilgliceróis e ácidos graxos livres.

• Lipase pancreática é secretada com outra proteína, a colipase.

• Colipase (secretada pelo pâncreas na forma de zimogênio pró-colipase, sendo ativado pela tripsina no intestino) liga-se a lipase e a colipase, sendo ativado pela tripsina no intestino) liga-se a lipase e a ancora na interface lipídeo-água.

• A secreção de bicarbonato do pâncreas é estimulada pelohormônio secretina, que é liberado do intestino quando o ácidoentra no duodeno.

• A colipase liga a gordura da dieta à lipase, aumentando a sua atividade.

Lipase pancreáticaLipase pancreática

triglicerídio

2-monoacilglicerol(principal produto)

Lipase pancreática

Ácidos graxos livres(C#1 e C#3)

Ação da isomerase

Isomerase

Lipase pancreática

Isomerase

Prof. Cíntia Fin

Orlistat ou XenicalMecanismo de Ação

• Inibidor da lipase gástrica e da pancreática;• Reage com uma serina, localizada no centro ativo da enzima, impedindo a sua atividade. • TAGs não digeridos não são absorvidos no intestino e, portanto, são eliminados nas fezes.• Reduz em 30% a absorção de TAGs.• Reduz em 30% a absorção de TAGs.

Degradação de ésteres de colesterol

• Colesterol-esterase (hidrolase dos ésteres de colesterol). Sua atividade é aumentada pela presença de sais biliares.presença de sais biliares.

• O produtos são colesterol e ácidos graxos livres.

• A maior parte do colesterol da dieta está na forma livre, com apenas 10-15% na forma esterificada.

Ação das esterases pancreáticas efosfolipase A2 produzidas pelo pâncreas

O pâncreas tambémproduz esterases queremovem ácidos graxosremovem ácidos graxosdos compostos (comoésteres de colesterol) efosfolipase A2 que digerefosfolipídios a ácidosgraxos livres e lisofosfolipídios.

Degradação dos fosfolipídeos

Fosfolipase A 1

Fosfolipase A 2

Fosfolipase C

Fosfolipase D

Controle da digestão dos lipídeos

Hormônios peptídicos:• Colecistocinina (CCK): secretada pelas células

do jejuno e duodeno inferior em resposta a presença de lipídeos e de proteínas que entram nessas regiões.

– Funções: age sobre a vesícula biliar fazendo-a contrair e liberar bile e sobre as células exócrinas do pâncreas, fazendo-as liberar enzimas pancreáticas.

– Diminui a mobilidade gástrica,aumentando a digestão dos lipídios.

CCKProf. Cíntia Fin

Controle da digestão dos lipídeos

• Secretina: secretada pelas células intestinais em resposta ao pH ácido do quimo ao entrar no intestino.

• Funções: induz o pâncreas e o fígado a liberar soluções aquosas de bicarbonato para neutralizaro pH do quimo.

Prof. Cíntia Fin

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Controle da digestão dos lipídeos

Absorção de LipídeosAbsorção de LipídeosAbsorção de LipídeosAbsorção de Lipídeos

• Ácidos graxos livres, colesterol livre, e 2-monoacilgliceróis são os principais produtos da degradação dos lipídeos da dieta no jejuno.

Absorção dos lipídeos pelas células da mucosa intestinal (enterócitos)

• Estes, junto com os sais biliares formam as MICELAS MISTAS.

• Essas partículas se aproximam da membrana com borda em escova dos enterócitos e entram, atravessando a bicamada lipídica da membrana, nos enterócitos.

• Os ácidos graxos de cadeia curta e média não necessitam de micelas mistas para serem absorvidos, ou seja, não requerem os sais biliares para a sua absorção. Entram no sangue, são transportados para o fígado ligados à albumina sérica.

Síntese de TAG nas células intestinais

• Dentro das células epiteliais intestinais, os AG e os 2-monoacilgliceróis são condensados pelas reações enzimáticas no retículo endoplasmático liso para formar os triacilgliceróis(TAG).(TAG).

• Os ácido graxos são ativados a acil-CoA graxos pela sintetasedos acil-CoA graxos ( = tiocinases), sendo utilizados para formar novamente os triacilgliceróis a partir de 2-monoacilgliceróis (complexo da triacilglicerol sintase com duas atividades enzimáticas: monoacilglicerol-aciltransferase e diacilglicerol-aciltransferase).

Síntese de TAG

As reações para síntese de TAG nas células intestinais diferem diferem daquelas das células hepáticas e adiposas. O 2-monoacilglicerol é intermediário apenas nas células intestinais.

Transporte de TAG por Quilomicrons

• As células intestinais empacotam os TAG junto com proteínas e fosfolipídeos, originando os quilomicrons.

Produção de quilomicrons pelas células epiteliais intestinais

• Os triacilgliceróis são produzidosno Retículo Endoplasmático Liso(SER) a partir dos produtosdigestivos: ácidos graxos e 2-monoacilgliceróis.monoacilgliceróis.

• A ApoB-48, a maior apoproteínados quilomicrons, é produzida peloRetículo Endoplasmático Rugoso(RER).

• A montagem da lipoproteínaocorre em ambos: retículo e no Complexo de Golgi.

Composição dos Quilomicrons

• No sangue os quilomicrons recebem Apo E e Apo C-II (a fonte dessas apolipoproteínas é a HDL circulante).

• A lipaselipoprotéica (= lipoproteína-lipase) • A lipaselipoprotéica (= lipoproteína-lipase) extracelular (ancorada na parede dos capilares principalmente nos tecidos adiposo, cardíaco e muscular esquelético) é ativada pela apo C-II das quilomicra e degrada TAGs das quilomicra, formando ácidos graxos livres e glicerol.

Transferência de proteínas do HDL para o quilomicron

• Quilomicrons nascentes(recém sintetizados),tornam-se maduros quandorecebem as apoproteínasCII e E do HDL.CII e E do HDL.

• O HDL tem a função detransferência deapoproteínase no recolhimento docolesterol dos tecidospara o fígado.

• Os lisofosfolipídeos são acilados novamente para formar fosfolipídeos, por uma família de aciltransferases.

• O colesterol é esterificado com um ácido graxo pela acil-CoA: colesterol-aciltransferase (LCAT).

- Nos adipócitos, os ácidos graxos são reesterificado s formando TAGs que são armazenados ou em várias células (musc ulares) os ácidos graxos são usados para gerar energia.

- Glicerol é utilizado pelo fígado para síntese de l ipídeos, na glicólise ou gliconeogênese. O fígado consegue fosf orilar o glicerol (glicerol-cinase).

- Quando mais de 90% dos TAGs das quilomicra foi degr adado, a partícula diminui de tamanho e sua densidade aument a partícula diminui de tamanho e sua densidade aument a (remanescentes de quilomicra).

- A apo C-II volta para a HDL .

- Os remanescentes de quilomicra (contendo colestero l da dieta) são transportados ao fígado que reconhece apo E.

- As partículas são endocitadas e degradadas por enz imas lisossomais (nos hepatócitos), liberando aminoácido s, colesterol livre e ácidos graxos.

Metabolismo do quilomicron

Digestão e absorção de lipídios