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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ORIGEM DA AUDITORIA CONTÁBIL E REFLEXOS DA
AUDITORIA CONTÁB IL SOBRE O ATIVO IMOBILIZADO
Por: Andrezza de Souza Diniz de Andrade
ORIENTADOR
Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2016
DOCU
MENT
O PR
OTEG
IDO
PELA
LEID
E DI
REITO
AUT
ORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ORIGEM DA AUDITORIA CONTÁBIL E REFLEXOS
DA AUDITORIA CONTÁBIL SOBRE O ATIVO
IMOBILIZADO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria e Controladoria
Por: Andrezza de Souza Diniz de Andrade
Rio de Janeiro
2016
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, que me
concedeu mais uma vez a
oportunidade de estudar, aos meu pais
por toda a força que me dera, até o
termino.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho aos meus pais.
5
RESUMO
O objetivo deste trabalho é demonstrar a relevância do controle interno
dentro das pequenas e médias empresas, ressaltando as vantagens e
desvantagens no contexto das mesmas, detalhando sua função e os diversos
tipos de controles existentes, tendo a auditoria interna como forte aliada na
verificação e fiscalização destes controles internos. O trabalho procura
descrever todo o arcabouço teórico com relação ao controle interno, como
também, a descrição das etapas de implantação de um sistema de controle
interno em uma pequena e média empresa. Proporcionar um melhor
entendimento sobre o controle interno nestas empresas, trazendo uma visão a
qual demonstra que as pequenas e médias empresas também podem
implantar sistemas de controles internos os quais possam atender suas
necessidades e que não ultrapassem seus limites financeiros, obedecendo
sempre a relação custo/beneficio para estes sistemas. A metodologia utilizada
neste trabalho compreendeu pesquisa bibliográfica que demonstra a aplicação
do controle interno nas pequenas e médias empresas é realizada através de
controles contábeis e administrativos, nos quais auxiliam a garantir a
preservação do patrimônio. Relevar a importância de um ambiente favorável à
implantação de um sistema de controle interno, pois sem a presença deste não
será possível a implantação do mesmo de forma a atender às expectativas da
empresa. Ao final, tomando-se por base o sistema de controle interno nas
pequenas e médias empresas. Propõem-se neste trabalho que a nova visão
estabelecida por estas proporcionará um futuro promissor a todas aquelas que
utilizem desta ferramenta, trazendo maior crescimento e eficácia para as
mesmas e, por consequência, o crescimento.
6
METODOLOGIA
Este trabalho utiliza estudos bibliográficos. A fundamentação teórica foi
elaborada através de pesquisas bibliográficas, subsidiadas em livros de
auditoria e sites de órgãos contábeis nos últimos 32 anos. E os principais
autores pesquisados foram: Willian Attie, nos temas: Conhecendo um pouco
da Auditoria Interna, Importância da Auditoria Interna e Controle Interno na
Empresa; Francisco José de Araújo, nos temas: Conhecendo um pouco da
Auditoria Interna e Controle Interno na Empresa; Lopes de Sá, nos temas:
Conhecendo um pouco da Auditoria Interna e Controle Interno na Empresa;
Armando Gass, no tema: Importância da Auditoria Interna; Antônio Carlos Gil,
no tema: Importância da Auditoria Interna; Marcelo Cavalcante Almeida, no
tema: Controle Interno na Empresa; Wilson Alberto Zapa Hoog, no tema:
Controle Interno na Empresa e Vitor Paulo Maesta, no tema: Controle Interno
na Empresa.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - CONHECENDO UM POUCO
DA AUDITORIA INTERNA 10
CAPÍTULO II - IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA
INTERNA 23
CAPÍTULO III – CONTROLE INTERNO NA
EMPRESA 29
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 37
8
INTRODUÇÃO
A auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o
controle administrativo de uma empresa. A ausência de controles adequados
para empresas de estrutura complexa a expõe a inúmeros riscos, frequentes
erros e desperdícios.
A necessidade de as empresas aprimorar seus controles, reduzir
custos, faz com que necessitem de um grande volume de recurso.
O objetivo desse trabalho, é mostrar como se pode minimizar erros,
riscos e desperdícios dentro de uma empresa.
Com isso, usa-se a ferramenta da auditoria interna dentro das
empresas.
A auditoria interna vem sendo comentada desde 1949 no Brasil, logo
que contadores identificaram sua ligação com controles internos e controles
contábeis. Os autores que mais abordaram sobre auditoria e auditoria interna
foi Willian Attie e Marcelo Almeida.
A auditoria surgiu então da necessidade de confirmação por parte dos
investidores e proprietários, dos valores retratados no patrimônio das
empresas que possuíam ou as que pretendiam realizar seus investimentos.
Dessa especialização surgiu uma ramificação que foi chamada de
auditoria interna. A auditoria interna é a tarefa designada a avaliar de forma
independente, dentro de uma entidade, os controles contábeis, financeiros e
de outros tipos, no sentido de auxiliar a administração
Segundo Almeida (1996), o controle interno representa em uma
organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os
objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a
administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
O mesmo diz, que conforme a expansão dos negócios sentiu a
necessidade de dar maior atenção as normas ou aos procedimentos internos.
Isso ocorreu do fato de que o administrador e, em alguns casos, o proprietário
da empresa, não poderia supervisionar pessoalmente todas as suas
atividades. No entanto, de nada valeria a implantação de quaisquer
9
procedimentos internos sem que houvesse um acompanhamento para verificar
se os mesmos eram seguidos pelos empregados da empresa.
No Capitulo I, iremos conhecer um pouco mais de como surgiu a
auditoria. No Capitulo II, iremos abordar sobre a necessidade de as empresas
investirem em desenvolvimento tecnológico, aprimorar seus controles, reduzir
custos. E no Capitulo III, será abordado como funciona os controles internos, e
a melhor forma de utilização dentro da empresa.
Poderemos perceber no decorrer do trabalho, que não se tem uma
organização bem sucedida sem um controle interno eficaz. Ainda mais uma
com um grande volume de bens em seu imobilizado.
10
CAPÍTULO I
CONHECENDO UM POUCO DA AUDITORIA
INTERNA
O CONCEITO
A palavra Auditoria tem sua origem no latim, vem de "Audire", que
significa ouvir. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, Auditoria significa: Cargo
de auditor, Lugar ou repartição onde o auditor exerce as suas funções e
Contabilidade.
Exame analítico e pericial que segue o desenvolvimento das
operações contábeis, desde o início até o balanço; auditagem.
É difícil precisar quando começa a história da auditoria, pois toda a
pessoa que possuía a função de verificar a legitimidade dos fatos econômico-
financeiros, prestando contas a um superior, pode ser considerada como
auditor.
Os imperadores romanos nomeavam altos funcionários que eram
encarregados de supervisionar as operações financeiras de seus
administradores provinciais e lhes prestar contas verbalmente. Na França, no
século III, os barões tinham que realizar leitura pública das contas de seus
domínios, na presença de funcionários designados pela Coroa. Na Inglaterra,
por ato do Parlamento, o rei Eduardo I dava direito aos barões de nomear seus
prepostos. Ele próprio mandou verificar as contas do testamento de sua
falecida esposa. A aprovação desses auditores é atestada em um documento
que constitui um dos primeiros relatórios de auditoria, denominado "probatur
sobre as contas".
No Brasil colonial, tínhamos a figura do juiz colonial, o olho do rei, que
era destacado pela Coroa portuguesa para verificar o correto recolhimento dos
tributos para o Tesouro, reprimindo e punindo fraudes.
11
O que podemos notar, em todos esses casos, é que a preocupação
desses dirigentes era com a fraude.
A Inglaterra, como dominadora dos mares e controladora do comércio
mundial, foi quem mais desenvolveu a auditoria, pois possuía grandes
companhias de comércio e instituía impostos sobre o lucro dessas empresas.
Posteriormente, nas grandes empresas de transporte ferroviário foi
também criado um corpo de fiscais denominado "travelling auditors" (auditores
viajantes), que tinham a função de visitar as estações ferroviárias e assegurar
que todo o produto da venda de passagens e de fretes de carga, estava
adequadamente arrecadado e contabilizado.
Após a fundação do The Institute of Internal Auditors, em New York, a
auditoria interna passou a ser vista de maneira diferente. De um corpo de
funcionários de linha, quase sempre subordinados a contabilidade, pouco a
pouco, passaram a ter um enforque de controle administrativo, cujo objetivo
era avaliar a eficácia e a efetividade da aplicação dos controles internos. O seu
campo de ação funcional, foi estendido para todas as áreas da empresa, e,
para garantir sua total independência, passou a ter subordinação direta à alta
administração da organização.
Podemos conceituar auditoria interna como um controle gerencial que
funciona por meio de medição e avaliação da eficiência e eficácia de outros
controles. Deve ser entendida como uma atividade de assessoramento à
administração quanto ao desempenho das atribuições definidas para cada
área da empresa, mediante as diretrizes políticas e objetivos por aqueles
determinados. A auditoria interna cumpre um papel fundamental na empresa:
subsidia o administrador com dados e informações tecnicamente elaborados,
relativos às atividades para cujo acompanhamento e supervisão que este não
tem condições de realizar.
Não deve haver limitação, no âmbito da empresa, para atuação da
auditoria interna. O auditor interno deve ter acesso a todas as áreas e
informações, terreno no qual e para o qual desenvolverá seu trabalho.
Naquelas áreas cuja tecnologia desconhece, no todo ou em parte, deve ele
12
assessorar-se de profissionais habilitados, a fim de entender o processo, para
poder avaliá-lo e julgá-lo, possibilitando, assim, que seu relatório seja emitido
corretamente. Podemos exemplificar esta condição com referência a um
trabalho desenvolvido numa área de Produção. Neste caso, o auditor interno
se assessorará de um engenheiro, qualificado tecnicamente para, quando
solicitado e autorizado pela Diretoria, julgar determinada operação ou opinar
sobre ela. Deve, ainda, prestar total apoio ao Conselho de Administração e
ao Conselho Fiscal da entidade, bem como, se em empresa estatal, coordenar
e controlar o atendimento ao Tribunal de Contas e aos órgãos de Controle
Interno.
Os sistemas de controle não se limitam às áreas contábil e financeira,
mas englobam os planos da organização e todos os métodos usados para
proteger seus ativos, verificar a exatidão e fidedignidade de suas informações
contábeis, financeiras, administrativas e operacionais, e promover a eficiência
e eficácia operacional, bem como estimular a observância de normas e
diretrizes da administração, inclusive no âmbito das empresas controladas e
coligadas. A função básica da auditoria interna, de assegurar o sistema de
controle interno eficaz, não desobriga os executivos das responsabilidades de
verificação e controle nos seus respectivos setores.
1.1 – Evolução Histórica da Auditoria
Em essência, a causa da evolução da auditoria, que é decorrente a
evolução da contabilidade, foi a do desenvolvimento econômico dos países,
síntese do crescimento das empresas e da expansão das atividades
produtoras, gerando crescente complexidade na administração dos negócios e
de praticas financeiras como uma força motriz para o desenvolvimento da
economia de mercado.
Não se sabe exatamente quando começa a história da auditoria, pois
toda pessoa que possuía a função de verificar a legalidade dos fatos
econômico-financeiros, prestando contas a um superior, pode ser considerado
um auditor.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_Administra%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Fiscalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_de_Contas_da_Uni%C3%A3o
13
O grande salto da auditoria se deu após a crise econômica americana
de 1929. No início dos anos 30, é criado o famoso Comitê May, um grupo de
trabalho instituído com a finalidade de estabelecer regras para as empresas
que tivesses duas ações cotadas em bolsa, tornando obrigatória a Auditoria
Contábil Independente nos demonstrativos financeiros dessas empresas.
Esses auditores independentes no desenrolar de suas atividades,
necessitavam ter acesso a informações e documentos que levassem ao
conhecimento mais profundo e analises das diferentes contas e transações.
Para tanto, foram designados funcionários da própria empresa. Estava lançada
a semente da Auditoria Interna, pois os mesmos, com o decorrer do tempo,
foram aprendendo e denominando as técnicas de Auditoria e utilizando-as em
trabalhos solicitados pela própria administração da empresa.
As empresas notaram que poderiam reduzir seus gastos com auditoria
externa, se utilizassem melhor esses funcionários, criando um serviço de
conferencia e revisão interna, continua e permanente, por um custo mais
reduzido. Os auditores externos, também ganham com isso, pois puderam se
dedicar exclusivamente ao seu principal objetivo que era o exame da situação
econômico-financeira das empresas.
Segundo Attie (1984), a profissão de Auditor data do século XVIII,
onde alguns profissionais se autonomeavam contadores públicos executando,
porém, um trabalho mais aprofundado do que aquele efetuado pelos
contadores comuns.
Conforme Araújo (1998), descreveu: O termo “auditor” surgiu e fins do
século XIII, na Inglaterra, quando o rei Eduardo I, em 1285, mencionou o termo
auditor, dizendo que, se as contas, por ele examinadas, não refletissem a
realidade dos fatos, seu testemunho seria motivo de punição.
O conceito tradicional do auditor interno está sendo, há muito,
modificado pelas novas concepções de gestão empresarial que veem na
auditoria interna um importante aliado na revisão das operações desenvolvidas
14
pelas áreas operacionais e de apoio. O momento não é mais de se procurar e
apontar culpados. A necessidade cada vez mais crescente de uma auditoria de
gestão exige da auditoria interna maior participação na estratégia da empresa,
opinando com alternativas factíveis para o alcance das metas, se elas
existirem.
Sobre o assunto Sá (1993), afirma que auditoria é uma tecnologia
contábil aplicada ao sistemático exame de registros, demonstrações e de
quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a
apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou
fenômenos patrimoniais de riqueza aziendal, pública ou privada, quer
ocorridos, quer prospectados e diagnosticados.
Para que a auditoria interna encontre ressonância na organização, é
preciso que esteja firmemente apoiada, de um lado, na aceitação dos
administradores e, de outro, na execução de um serviço que agregue valor ao
negócio da empresa.
1.2 – Objetivos da Auditoria Interna
Embora, ainda hoje, as funções da Auditoria Interna não serem muito
bem compreendidas pelos auditados de uma maneira geral, a mesma
desempenha um importante papel no cenário empresarial, pois através de
seus trabalhos e relatórios de reportes situacionais, com recomendações e
sugestões os administradores podem gerir com maior eficiência a companhia.
Conforme a Resolução CFC N° 986/03 - NBC T 12, O Conselho
Federal de Contabilidade conceitua a Auditoria Interna:
15
O conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a
integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações
sobre aspectos físicos, contábeis, financeiros e operacionais da entidade.
A função básica da Auditoria Interna, como já foi dito, consiste em
prestar assistência especializada à administração superior da empresa. Para
consecução desse objetivo, exige-se que a Auditoria Interna disponha de um
corpo competente, incluindo, além da competência, a objetividade e conceito
dos auditores internos.
A Auditoria Interna tem por finalidade assessorar, orientar,
acompanhar e avaliar os atos de gestão com o objetivo de assegurar:
• A regularidade da gestão operacional, orçamentária, financeira,
recursos humanos, suprimento de bens e serviços e patrimonial da Instituição,
objetivando a eficiência e efetividade;
• A regularidade das contas, a eficiência na aplicação dos recursos
disponíveis, observando os princípios da legalidade, legitimidade e
economicidade;
• Aos ordenadores de despesas a orientação necessária para
racionalizar a execução da receita e despesa, com vistas a aplicação regular e
a utilização adequada de recursos e bens disponíveis;
• Aos órgãos responsáveis pela administração, planejamento,
orçamento e programação financeira, informações oportunas que permitam
aperfeiçoar essas atividades;
• O fiel cumprimento das leis, normas e regulamentos bem como a
eficiência e a qualidade técnica dos controles contábeis, orçamentários,
16
financeiros e patrimoniais da Instituição;
• A racionalização progressiva dos procedimentos da gestão
operacional, orçamentária, financeira, recursos humanos, suprimento de bens
e serviços e patrimonial da Instituição;
• A interpretação de normas, instruções de procedimentos e a
qualquer outro assunto no âmbito de sua competência ou atribuição.
A Auditoria Interna, para atingir os objetivos acima expostos, necessita
de uma estrutura que se fundamenta em dois manuais. Organização e
procedimentos.
É estabelecida normas para atuação da auditoria dentro da empresa e
as diversas orientações quanto ao relacionamento com os demais setores,
fundamentando-se em:
a) definição da filosofia de atuação;
b) objetivos da auditoria;
c) flexibilidade dos princípios básicos; e
d) confidencialidade.
Os objetivos básicos da auditoria interna, como já foram comentados a
acima, devem ser ponto importante, como:
� Função da auditoria no campo de atuação:
• Operacional
• Contábil
� Definição da atuação da auditoria sobre os seguintes itens:
17
• Controles operacionais, contábeis e financeiros;
• Políticas, planos, procedimentos;
• Normas da empresa;
• Ativo da empresa;
• Registros e informações gerados pelos diversos setores;
• Definição de responsabilidade dos trabalhos de auditoria;
• Identificação de subordinação hierárquica da auditoria;
• Confiabilidade e independência que são pontos fundamentais
para se obter resultados esperados na aplicação do programa
de auditoria.
.
O Manual de Auditoria Interna – Auditoria Geral da UFMG 2° versão –
Belo Horizonte 2013, estabelece as regras de atuação do auditor e
basicamente deve conter:
a) normas e instruções da empresa;
b) administração interna do setor;
c) intercâmbio profissional;
d) conduta do auditor;
e) elaboração e revisão dos papéis de trabalho;
f) levantamento de informações;
g) programa de trabalho;
h) elaboração e acompanhamento dos relatórios;
i) avaliação do desempenho;
j) controle de tempo.
Vale lembrar que auditoria interna equivale a um trabalho organizado
de revisão e apreciação dos controles internos, normalmente executado por
um departamento especializado, ao passo que o controle interno se refere a
procedimentos de organização adotados como planos permanentes da
empresa para garantir a continuidade do fluxo de operações e informações
18
proposto através do pessoal qualificado. Muitas vezes, as consequências de
controles internos inadequados chamam a atenção da administração. As
empresas devem ser preventivas e não reativas. Prevenção nem sempre é
possível, mas minimização pode ser encontrada desde que todo o pessoal-
chave envolvido na determinação de políticas, práticas e procedimentos
estejam cientes e empenhados em acreditar nesse caminho. Ao concluir o
estudo do controle interno, o auditor interno pode vir examinar as
demonstrações financeiras de apenas uma conta, ou verificar o que as
fraquezas e aberturas do controle interno permitem em relação a estas.
Tem por enfoque os princípios de contabilidade aplicados, os aspectos
legais e fiscais das demonstrações financeiras e os aspectos documentais das
transições praticadas. As demonstrações financeiras devem expor, com
clareza, a situação patrimonial e financeira da entidade em determinado
momento. Cabe à auditoria convencer ao mais alto escalão da Entidade que
pode auxiliá-la no crescimento dos negócios ao identificar os problemas e
sugerir correções. Mas, para que isso ocorra a auditoria interna necessita:
1. Ter acesso irrestrito ao universo da empresa;
2. Fazer exames regulares dos segmentos da empresa para
averiguação da efetividade do cumprimento das suas funções de
planejamento, contabilização, custódia e controle;
3. Reportar prontamente ao pessoal que precisa ser informado sobre
os resultados dos exames praticados pela auditoria e;
4. Corrigir condições apontadas como deficientes até que se atinja
disposição satisfatória. O serviço de auditoria implica o desenvolvimento de um
planejamento com objetivos definidos, segundo roteiros, métodos, planos e
programas a serem analisadas por passos e com sólidas bases técnicas.
O auditor deve possuir:
- Capacidade para aplicação de normas, técnicas e procedimentos na
realização da auditoria interna; - capacidade na área de princípios e técnicas
contábeis ao fazer registros e relatórios financeiros;
19
- Conhecimento dos princípios de administração para verificar a
relevância e a significação dos eventuais desvios e - conhecimento dos
fundamentos de contabilidade, economia, direito comercial, impostos, finanças,
métodos quantitativos e sistemas de processamento eletrônico de dados.
A contabilidade capta, registra, acumula, resume e interpreta os
fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas da
entidade de qualquer finalidade. As informações fornecidas pela contabilidade
não se limitam à apresentação do balanço patrimonial e a demonstração do
resultado, mas ao fornecimento de um fluxo contínuo de informações dos mais
variados aspectos de gestão econômica, financeira e gerencial da entidade.
A administração dá a capacidade de resolver situações que possam
ocorrer, reconhecer eventuais desvios relevantes e efetuar a pesquisa
necessária para chegar a soluções viáveis.
O planejamento tributário (impostos) passou a ser ponto fundamental
para permitir o maior benefício à empresa, sendo adequado em função das
alíquotas de impostos e possíveis reduções para o pagamento de impostos.
Isso mostra a importância de um auditor ter conhecimento de impostos.
O processamento eletrônico mostra a maior preocupação em adequar o
sistema de controles internos de tal forma que os dados computadorizados
sejam confiáveis e obtidos com critérios adequados, planejados de forma
econômica e salvaguardo os direitos da própria empresa.
Além disso, é importante que o auditor conquiste o respeito e confiança
das pessoas cujo trabalho examina, mantendo relações cordiais e
exclusivamente profissionais com as mesmas. Ele precisa ser uma pessoa
com conduta correta, independente, confidente, equilibrada e saber colocar a
palavra no tempo e local apropriado.
O auditor deve buscar as causas e as possíveis formas de solucioná-las
e não se prender apenas aos efeitos. Essas informações serão valiosas e
continuarão para maior eficiência e controle da entidade. A preparação do
programa de trabalho aborda os seguintes aspectos:
20
1. A familiarização que visa contemplar uma abordagem geral da tarefa
através do conhecimento das normas gerais, controle e procedimento do
objeto em exame, revisão dos seus trabalhos e relatórios anteriores e análise
da evolução das atividades;
2. Em seguida, o auditor deverá selecionar os testes específicos que
serão aplicados nos itens selecionados, os quais devem ser anotados de
maneira clara e ordenada nos papéis de trabalho para facilitar a execução dos
testes e sua revisão;
3. Tanto os testes quanto os procedimentos a serem executados em
relação às atividades selecionadas devem ser detalhados minuciosamente e;
4. Finalmente, o auditor deverá concluir seu programa de trabalho,
efetuando comentários sobre a tarefa feita; destacando os pontos relevantes
de auditoria, elaborando recomendações específicas; concluindo sobre os
resultados obtidos e evidenciando a revisão e atualização do programa.
Segundo Attie (1992), esse programa de trabalho procura encorajar o
processamento ordenado do serviço e fornecer registro formal do que se
pretende executar para chegar ao objetivo final, além disso, contribui para
adequada supervisão do pessoal, visa também controlar o tempo e evidenciar
o trabalho realizado.
Para desenvolver um programa de auditoria interna são fundamentais
a flexibilidade na seleção e aplicação dos procedimentos e técnicas de
auditoria e a diversificação das operações e atividades da empresa.
Os passos da auditoria são constituídos por:
1. Análise da afirmação
Tem o objetivo de identificar a origem e a natureza das afirmações
através do auxílio de uma revisão analítica, que pode mostrar ao auditor a
existência de maior importância que mereça maior atenção.
21
Inicialmente, deve-se planejar o exame de auditoria onde convém
determinar o objetivo de todo o conjunto e dos diversos setores
detalhadamente. A partir do momento que o auditor entende o dado em
afirmação, poderá estudar melhor seus procedimentos e até idealizar sólidas,
alicerçada em fatos comprovados, evidências factuais e informações
irreplicáveis.
O relatório emitido deve ser criterioso e apresentado primeiramente
aos interessados e após uma reunião formal, emitido a quem de direito. Jamais
deve-se perder a chance de apresentá-lo no momento oportuno que cause
maior impacto.
O relatório é a oportunidade que a auditoria tem de mostrar a
administração o que tem a oferecer a melhoria da empresa. Para que o auditor
venda seu produto à empresa é preciso visão clara e objetiva da entidade,
diagnóstico profissional de sua saúde e foco único sobre seus problemas.
Além disso, tem que conhecer seu próprio produto sabendo do que ele é capaz
de fazer e o conhecer o cliente e saber o que ele quer.
Desta forma a administração se tornará dependente dos benefícios
trazidos pelos novos tipos de relatórios e diagnósticos, elevando a auditoria à
posição de membro da administração executiva. A administração também
pode aprender aceitar a precisão, a objetividade e o bom senso do auditor e a
partir de então, transformar os relatórios de auditoria em necessidade.
Que segundo Attie (1984), a profissão de auditor surgiu de acordo com
alguns profissionais que se autodenominavam contadores públicos
executando, porém, um trabalho mais aprofundado do que aquele efetuado
pelos contadores comuns.
Já de acordo com Francisco José de Araújo (1998), descreveu que o
termo “Auditor”, surgiu no fim dos século XIII, na Inglaterra, quando o R=rei
Eduardo I, em 1285, mencionou o termo auditor, dizendo que, se as contas,
por ele examinada, não refletissem a realidade dos fatos, seu testemunho seria
motivo de punição.
22
Mesmo com as formas diferentes de se expressarem, a definição é a
mesma.
Auditor tem a função, de examinar a fundo o que um contador comum,
não costuma fazer.
Ir além das análises comuns, essa era a função do auditor.
Vimos no primeiro capítulo, o conceito de auditoria e como surgiu a
profissão de auditor, no segundo iremos abordar a importância da auditoria
interna.
O quão eficaz é o trabalho do auditor dentro de uma organização. E
quais as vantagens.
23
CAPITULO II
IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA
A auditoria interna passou a ser um instrumento amplo controle para
os administradores, através de suas atividades de trabalho serve à
administração como meio de identificação de que todos os processos internos
e políticas definido pela companhia, assim como sistemas contábeis e de
controle interno, estão sendo efetivamente seguidos e que as transações
realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios
previamente definidos. O objetivo deste trabalho é demonstrar quais são os
tipos de ferramentas que a auditoria interna possui para ajudar os gestores
para tomada de decisão. A problemática é que conforme as organizações
estão se expandindo economicamente, seus administradores necessitam do
auxílio da auditoria interna para captação de informações confiáveis de sua
situação patrimonial e financeira. A metodologia a será elaborada através de
pesquisa bibliográfica de livros do ramo da auditoria, sites relacionados com
artigos científicos de auditoria interna e revistas da área contábil.
Introdução
A auditoria interna é uma das mais importantes ferramentas para o
controle administrativo. A ausência de controles adequados para empresas de
estrutura complexa a expõe a inúmeros riscos, frequentes erros e
desperdícios.
A necessidade de as empresas investirem em desenvolvimento
tecnológico, aprimorar seus controles, reduzir custos, tornando mais
competitivo os seus produtos, faz com que necessitam de um grande volume
de recursos.
24
A problemática vem com a expansão das organizações no mercado
e o desconhecimento de seus administradores da necessidade auxílio da
auditoria interna para obtenção de informações corretas da situação
patrimonial e financeira da empresa, deixa de captar recursos juntos a
terceiros, como empréstimos bancários ou abrindo seu capital social para
novos investidores para investimento das mesmas.
O objetivo deste trabalho é demonstrar quais os recursos que a
organização obtém com auxílio da auditoria interna para evitar prejuízos
irrecuperáveis e consiga recursos financeiros com qualidade e precisão das
informações prestadas.
2.1 - Auditoria Interna X Auditoria Externa
Segundo Attie (1992), a função da auditoria interna repousa em
atividades detalhadas da empresa, relacionadas, de maneira intensa, com o
andamento de cada função, área, departamento, setor e operação.
A auditoria interna, por orientação gerencial da alta administração
da empresa, tem de examinar cada ramificação e os segmentos, em períodos
regulares de tempo, para observar a aderência às políticas, à legislação, à
eficiência operacional e aos aspectos tradicionais de controle e salvaguarda da
empresa.
Apesar de ambas as funções de auditoria cobrir algumas atividades
similares, a ênfase e a forma de abordá-las variam, a auditoria externa tem
como objetivo a revisão global das atividades, de maneira menos detalhada.
A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna,
porque a auditoria interna da organização auditada possibilita maior segurança
ao auditor independente, evitando a duplicidade de trabalho e reduzindo os
custos de ambas as partes, uma vez que a qualidade dos trabalhos praticados
assim indique, e permite a identificação e resolução antecipada de problemas
que só são solucionados no último instante.
25
2.2 - Modalidades de Auditoria Interna
Várias modalidades de auditoria interna foram sendo incorporadas ao
longo do processo de desenvolvimentos das atividades de auditoria interna,
assim demonstra Gass (2008), as seguintes:
a) Contábil/Financeira – A auditoria Contábil focaliza prioritariamente as
demonstrações financeiras, examinando e avaliando as partes componentes
desses demonstrativos, bem como os procedimentos e registros, aferindo o
nível de aderência à legislação e aos Princípios Fundamentais da
Contabilidade, como também às normas internas da empresa.
O enfoque financeiro cobre, prioritariamente, as áreas de tesouraria,
aplicações financeiras, captação de recursos, envolvendo avaliação de liquidez
e rentabilidade, ultimamente, vir buscando focalizar também a atividade de
planejamento e controle dos resultados.
b) Operacional - Modernamente, a Auditoria Operacional é
considerada, em essência, um enfoque. A Auditoria Operacional procura aferi
se a organização ou unidade submetida a exame e avaliação opera de forma
eficiente. Sob esse enfoque, o auditor interno deve avaliar as operações da
empresa segundo o escopo dos seus objetivos definidos no plano tático ou
operacional e verifique a qualidade da versão impressa.
O objetivo geral da Auditoria Operacional é assessorar a administração
no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades, avaliando se a
organização, unidades, sistemas, operações e programas da empresa estão
atingindo os objetivos da corporação de forma eficiente.
c) Sistemas – Abrange o exame e avaliação dos processos de
desenvolvimento, teste aplicativo e operação dos Sistemas, cabendo informar
à administração sobre a adequação, eficiência, segurança, custos,
documentação, etc. É uma área de atuação muito importante da auditoria, seja
na extração de informações dos sistemas, seja na implantação de trilhas de
26
auditoria e, também, no próprio processo de automação interna do órgão de
auditoria.
d) Qualidade – A qualidade é um pressuposto básico em todas as
atividades da empresa e tem merecido, também, um foco especial da auditoria.
No entanto, é importante analisar a questão não somente sob a ótica da
percepção do cliente; mas também, do ponto de vista de contribuição de
resultados da empresa. Em tese esse objetivo da empresa é dotar os seus
produtos do mais alto padrão de qualidade. Porém não se pode esquecer-se
de verificar se o seu cliente está disposto a pagar pelos custos adicionais
incorridos para produzir com maior qualidade.
e) Gestão – Cada uma das modalidades de auditoria apresenta
características específicas, na maioria das vezes elas se sobrepõem o que
nem sempre é possível segmentar cada uma delas. A financeira complementa
a operacional, que por sua vez se utiliza da auditoria de sistemas e todas estão
focadas na obtenção dos melhores resultados da empresa. Assim, podemos
observar que as verificações de auditoria, qualquer que seja o tipo, têm por
objetivo final, contribuir para a maioria dos resultados. A auditoria de Gestão,
especificamente, se utiliza dos procedimentos dotados nas outras modalidades
de auditoria, porém muito focada na avaliação dos resultados obtidos pela
unidade sob exame, em confrontação com a estratégia e o plano de ação, em
como na identificação de ameaças e oportunidades para consecução de
resultados futuros.
2.3- Vantagens e desvantagens da Auditoria Interna
A auditoria interna em específico é o acompanhamento e conferência
minuciosa de tudo o que ocorre na empresa, englobando todos os setores:
administrativo, contábil e operacional, ao contrário da auditoria externa, que
está limitada aos demonstrativos contábeis.
27
2.3.1- Vantagens
1- Fiscaliza a eficiência dos controles internos.
2- Assegura maior correção dos registros contábeis.
3- Opina sobre a adequação dos demonstrativos contábeis.
4- Dificulta desvios de ativos e pagamentos indevidos.
5- Contribui para a obtenção de melhores informações sobre a real
situação da entidade.
6- Aponta falhas na organização administrativa e nos CIs.
7- Garante maior atenção e rigor dos funcionários contra erros e evita
fraudes.
Em suma pode-se afirmar que auditoria é uma técnica de avaliação,
por revisão e análise, com o objetivo de opinar sobre o comportamento
patrimonial, sobre a gestão de administradores, sobre a conduta de pessoas
às quais se confiam bens ou riquezas, sobre o destino de fundos e recursos.
Vantagem competitiva – com o trabalho de auditoria interna, a
empresa pode ter seus controles assegurados e as informações geradas
internamente transparecem maior confiança para possíveis acionistas e
investidores.
Prevenção - uma empresa que tem uma auditoria interna operante e
eficiente, entre outras vantagens já mencionadas, pode minimizar ou mesmo
evitar a ocorrência de prejuízos irrecuperáveis. Adicionalmente, a empresa
pode obter recursos financeiros com mais facilidade e em condições mais
favoráveis, a partir da melhor qualidade das informações geradas
internamente e apresentadas ao ambiente externo à empresa.
28
2.4 – Desvantagens
2.4.1 - DESVANTAGENS DA AUDITORIA INTERNA NAS ORGANIZAÇÕES
Gil (2000) cita que "as desvantagens da auditoria interna ocorrem em razão de: Laços de amizade que o auditor interno estabelece com os demais funcionários, podendo gerar afrouxamento dos controles e do rigor dos exames; A rotina do trabalho pode fazer com que o auditor examine somente o que lhe apresentarem, deixando de levantar e examinar os controles em geral.
Como podemos observar o trabalho de um auditor é muito importante dentro de uma organização.
Prevenção nem sempre é possível, mas a minimização pode ser encontrada desde que se todo pessoal envolvido colabore.
Colaborando de forma que se o auditor solicitar alguma informação, e a mesma for passada correta e com clareza, o trabalho do auditor se tornará mais rápido e mais claro.
Além de as informações serem passadas para o auditor, o mesmo deverá ter acesso a todas as áreas da empresa, fazer exames regulares dos controles e demais informações, para que possa assim corrigir se assim for necessário.
Devido o seu trabalho ter que ser minucioso, isso dificulta a probabilidade de erros e falhas.
No capítulo 3, iremos ver a importância de controles de auditoria dentro
das empresas.
Porém, sendo uma ferramenta fundamental, não quer dizer que estará
livre de erros e falhas. Mas ajudará a minimiza-los.
29
CAPITULO III
CONTROLE INTERNO NA EMPRESA
3.1 – Objetivos dos Controles Internos
Sá (1998), aponta que é necessário o conhecimento de toda a rotina
dos controles internos da empresa. Complementa ainda: “ Quanto melhor o
controle, mais segurança para o trabalho... Quanto menor o controle, mais
cuidado será exigido na execução das tarefas”.
O mesmo autor ainda aponta o que seriam os princípios fundamentais
do controle interno:
a) Existência de um plano de organização com uma adequada distribuição de
responsabilidades;
b) Regime de autorização e de registros capazes de assegurar um controle
contábil sobre os investimentos, financiamentos e sistemas resultados da
empresa;
c) Zelo do elemento humano no desempenho das funções a ele atribuídas;
d) Qualidade e responsabilidade do pessoal, em nível adequado
“O CONTROLE INTERNO REPRESENTA EM UMA ORGANIZAÇÃO O
CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS, MÉTODOS OU ROTINAS COM OS
OBJETIVOS DE PROTEGER OS ATIVOS, PRODUZIR DADOS CONTÁBEIS
CONFIÁVEIS E AJUDAR A ADMINISTRAÇÃO NA CONDUÇÃO ORDENADA
DOS NEGÓCIOS DA EMPRESA”. (ALMEIDA, 1996).
Hoog (2004), alerta pelo fato de que um controle interno não está
imune a problemas contábeis, administrativos ou a outros fatores de mercado,
30
porém a margem de erro nas informações que foram auditadas fica
razoavelmente reduzida. Attie (2007) ressalta a importância do controle interno,
ao afirmar que a importância fica patente a partir do momento em que se torna
impossível conceber uma empresa que não disponha de controles que possam
garantir a continuidade do fluxo de operações e informações preposto.
3.2 - Controles Internos sob Responsabilidade do Contador
A maioria dos controles internos de uma empresa, tem a contabilidade
como departamento de apoio, e muitas atividades de grande importância estão
sob responsabilidade do mesmo. Almeida (1996), expõe os controles internos
que são cabíveis de responsabilidade do departamento contábil:
• Sistemas de conferência, aprovação e autorização;
• Segregação de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis
não podem custodiar ativos da empresa);
• Controles físicos sobre ativos;
3.3 - Procedimentos de Auditoria nos Bens Físicos
Para Attie (2007), os procedimentos de auditoria são ferramentas de
trabalho que possibilitam formar uma opinião, objetivando fundamentar seu
ponto de vista com fatos, evidências e informações possíveis, necessárias e
materiais.
Attie (2007), relata que a aplicação dos procedimentos de auditoria
precisa estar atrelada ao objetivo que se quer atingir. O objetivo é a meta
alcançada. Os procedimentos são os caminhos que levam a consecução do
objetivo.
Segundo Araújo (2008), os procedimentos de auditoria são os
mecanismos utilizados pelo auditor para a obtenção de evidências ou provas
31
que servirão de base para o relatório de auditoria, representa o conjunto de
técnicas ou métodos que permitem ao auditor obter elementos probatórios, de
forma suficiente e adequada, para dar fundamento aos seus comentários. O
mesmo autor ainda aborda que os procedimentos de auditoria não são rígidos,
podendo variar de auditoria para auditoria. O conceito de Almeida (1996) é
semelhante, quando conceitua: “ Os procedimentos de auditoria representam
um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as evidências sobre
as informações das demonstrações financeiras”.
A seguir, veremos os procedimentos mais relevantes para o presente
estudo, abordados por diversos autores.
1 - Exame Físico
Conforme Almeida (1996), este procedimento é utilizado para as
contas do ativo. A seguir, os principais ativos que normalmente são submetidos
a contagem física pelo auditor:
• Dinheiro em caixa;
• Estoques (que a diante veremos que pode ser feita contagem através da
amostragem);
• Títulos;
• Bens do ativo imobilizado.
Attie (2007), ainda cita: duplicatas a pagar e a receber, além das ações
de capita. E exame físico deve proporcionar ao auditor a formação de opinião
quanto à existência física do objeto ou item examinado. Aponta ainda, as
características que devem conter no exame físico:
- Quantidade: quantidades reais existentes.
- Existência física: constatação visual.
- Identificação: exame visual.
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- Autenticidade: discernir se o objeto é fidedigno.
Qualidade: exame visual de que o objeto examinado permanece em uso, não
está deteriorado.
2 - Amostragem
Para Araújo (2008), a amostragem é conceituada como sendo “o
método de selecionar um determinado grupo da população auditorias para
obter informações e expressar opinião ou comentários sobre o total da
população.” O mesmo autor ainda aponta as seguintes vantagens deste
procedimento:
• Facilita a determinação de uma amostra eficiente;
• Mede a suficiência da matéria de prova;
• Facilita a avaliação dos resultados da amostra;
• Permite a quantificação dos riscos de amostragem. No procedimento de
amostragem realizado na concessionária, é utilizada a seleção casual
da amostra, que Araújo (2008) conceitua como a seleção realizada a
critério do auditor, baseada em sua experiência profissional, o que é
uma alternativa aceitável perante os conceitos de autoria.
3 - Controle Interno
A norma de auditoria referente ao trabalho no campo geralmente
aceita estabelecem que o auditor deva avaliar o sistema de controle interno da
empresa auditada com o intuito de determinar a natureza, a época e a
extensão dos procedimentos de auditoria.
Conforme Almeida (1996), o auditor executa os seguintes passos
em sua avaliação de controle interno;
· Levanta o sistema de controle interno;
· Verifica se o sistema levantado é o que está sendo seguido na prática;
· Avalia a possibilidade de o sistema revelar de imediatos erros e
irregularidades;
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· Determina tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.
A administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do sistema
de controle interno, pela verificação de que está sendo seguido pelos
funcionários e por suas possíveis modificações no sentido de adaptá-lo às
novas circunstâncias e as principais razões para se definirem as atribuições,
são:
· Assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados;
· Detectar erros e irregularidades;
· Apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das
transações da empresa.
4 - Efetivação de Testes
O principal objetivo do auditor interno é emitir sua opinião em relação
ao funcionamento dos controles internos e aos resultados obtidos no setor.
Para atingir seu objetivo, o auditor necessita planejar adequadamente seu
trabalho, avaliar o sistema de controle interno a fim de estabelecer natureza,
datas e extensão dos procedimentos de auditoria e colher evidências
comprobatórias das informações.
Conforme Maesta (2008), os passos efetuados pela auditoria devem,
primeiramente, ser planejados para que haja uma sequência de trabalho a ser
seguida. Após, o auditor avaliará os procedimentos de controle interno,
efetuando a revisão dos mesmos. Ao executar os procedimentos de auditoria,
o auditor aplicará testes de avaliação para colher as evidências, ou seja, os
fatos ocorridos e, a partir deste, emitirá um relatório com as deficiências do
setor e sugestões de melhoria
O que podemos analisar, é que como já foi falado nos capítulos anteriores,
mesmo a empresa obtendo controles e um auditor interno, a empresa não
estará livre de erros e falhas, porém a mesma sentirá a diferença no seu
resultado final. Pois, poderá observar que o número de erros e falhas após a
34
implantação de controles e junto com uma auditoria interna, será bem menor
do que se não os tivessem.
A margem de erro nas informações será minimizada.
Pois o objetivo sempre foi proteger os ativos, produzir dados contábeis
confiáveis e ajudar a administração nos negócios da empresa.
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CONCLUSÃO
O que se pode concluir, é que a importância que a auditoria tem em
cima de controles em uma empresa é indiscutível.
Devido as mudanças na contabilidade, e o volume de movimento
dependendo do porte da empresa, a auditoria é bastante eficaz.
Diante das necessidades dos usuários em tomadas de decisões, a
auditoria facilita tal necessidade. Com muito mais rapidez e muita das vezes
sem custo adicional. Pois tendo um auditor interno e tais controles, não
necessitaria de um retrabalho de mão de obra paga, tendo em vista que todos
os controles já estariam atualizados, auditados e prontos para uma tomada de
decisão e de informação pare ser passada a terceiros.
Sem um controle interno eficaz, uma empresa com um grande volume
de bens em seu ativo imobilizado terá grandes problemas futuros em diversas
áreas. Ela estaria vulnerável. Com a ajuda da contabilidade conseguiria
diminuir ou até mesmo evitar.
Com o objetivo de proteger os ativos, produzir dados contábeis e
ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALMEIDA, Marcelo Cavalcante Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: 5 Ed. Atlas, 1996. Artigo: O PAPEL DA AUDITORIA INTERNA NAS EMPRESAS Adriana Aparecida Dellú Franco 1 , Jorge Augusto Gonçalves Reis 2 ARAUJO, Francisco José de. Artigo Auditoria do Patrimônio Líquido Disponível: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/7198/pdf Acesso em: 16/07/2016 ATTIE, Willian. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992. GASS, Armando. Artigo A importância da Auditoria Interna nas Organizações. Disponível: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-organizacoes.htm Acesso em: 16/07/2016 GIL, Antônio. Auditoria Operacional e de Gestão. 5 ed; São Paulo: Atlas 2000. HOOG, Wilson Alberto Zapa; Manual de Auditoria contábil das sociedades empresárias: de acordo com o novo Código Civil – Lei 10.406/2005 MAESTA, Vitor Paulo. A importância da auditoria interna nas organizações SÁ, A. L. Auditoria Interna . São Paulo: Atlas, 1998.
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/7198/pdfhttp://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rcmccuerj/article/view/7198/pdfhttp://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-organizacoes.htmhttp://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/auditoria-interna-organizacoes.htm
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
CONHECENDO UM POUCO DA AUDITORIA INTERNA 10
1.1 – Evolução da história da Auditoria 12
1.2 – Objetivos da auditoria 14
CAPÍTULO II
IMPORTANCIA DA AUDITORIA INTERNA 23
2.1 – Auditoria interna X auditoria externa 24
2.2 – Modalidade de auditoria interna 25
2.3 – Vantagens e desvantagens da auditoria interna 26
2.3.1 – Vantagens 27
2.4 – Desvantagens 28
2.4.1 – desvantagens da auditoria interna nas
Organizações 28
CAPÍTULO III
CONTROLE INTERNO NA EMPRESA 29
3.1 – Objetivos dos controles internos 29
3.2 – Controles internos sob responsabilidade do
contador 30
3.3 – Procedimentos de auditoria nos bens físicos 30
38
CONCLUSÃO 35
BLIOGRAFIA CONSULTADA 36
ÍNDICE 37
Recommended