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E-BOOK TÍTULOS DE RENDA FIXA E TESOURO
DIRETO
TÍTULOS DE RENDA FIXA E TESOURO DIRETO
Saiba como funcionam e como investir
nos principais Títulos de Renda Fixa
do mercado.
Aprenda também como investir em
Títulos Públicos através do Tesouro
Direto.
SUMÁRIO
04
13
22
25
36
41
O que é, e como funciona a Renda Fixa
Segurança de investir em Renda Fixa
Cenários para Renda Fixa no Brasil
Principais Títulos de Renda Fixa
Tesouro Direto
Conclusão
4
O QUE É, E COMO FUNCIONA A RENDA FIXA
5
O que é, e como funciona a renda fixa?
Na prática, Renda Fixa representa aquele investimento em
que as condições de rentabilidade são determinadas já no
momento da aplicação. Quando você compra um título de
Renda Fixa, você está emprestando dinheiro ao emissor do
papel, que pode ser um banco, uma empresa ou mesmo o
Governo. Em troca, recebe uma remuneração por um
determinado prazo, na forma de juros e/ou correção
monetária, podendo receber, ainda, parcelas chamadas
amortizações.
6
Emissores e Títulos
Entre os principais emissores e Títulos, por eles emitidos,
temos:
Emissores bancários: os principais emissores bancários
são os bancos e as financeiras. Entre os principais Títulos
emitidos, os mais comuns são:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário);
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário);
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);
- LC (Letra de Câmbio);
- DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC);
- LF (Letra Financeira).
Emissores de crédito privado: os principais emissores são
as empresas. Entre os principais Títulos emitidos, os mais
comuns são:
- Debêntures;
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários);
- CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio);
- FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios);
Governo: o Governo Federal, através do Tesouro Nacional,
emite os Títulos Públicos (negociados através do Tesouro
Direto).
7
Tipos de Títulos e Remuneração
Títulos PREFIXADOS: nesse tipo de aplicação contratamos
uma taxa fixa e saberemos quanto vamos ganhar.
Exemplo: contratar um CDB de 36 meses pagando 18,5%
ao ano, significa receber exatamente 18,5% ao ano até o
dia do vencimento.
Títulos PÓS-FIXADOS ATRELADOS AOS JUROS:
normalmente, nesse tipo de aplicação, a remuneração vai
variar de acordo com a Taxa Selic (Taxa de Juros Básica,
definida pelo Banco Central) ou com o CDI (Certificado de
Depósito Interbancário).
Exemplo: ao comprar um CDB que paga 102% do CDI,
significa que vamos receber sempre 102% do valor de
referência do CDI atual. Se, por exemplo, O CDI estiver em
14% ao ano, receberemos 14,28% (14% x 102%),
enquanto, claro. O CDI estiver nesse patamar.
8
Títulos PÓS-FIXADOS ATRELADOS À INFLAÇÃO:
normalmente, nesse tipo de aplicação, a remuneração vai
variar de acordo com o IPCA (índice de inflação oficial
medido pelo IBGE), mas também temos alguns atrelados ao
IGP-M (índice de inflação medido pela FGV).
Exemplo: ao contratarmos um CDB que pague IPCA + 6%
ao ano, isso significa que o nosso investimento será
corrigido pela inflação e sobre esse valor será aplicada uma
taxa de juros de 6%. Em termos práticos, se colocarmos
R$20.000 nesse CDB e a inflação do ano for de 10%,
teremos:
Correção do valor pela inflação de 10% = R$22.000
(R$20.000 x 10%)
Juros (6%) sobre o montante corrigido pela inflação =
R$1.320 (R$22.000 x 6%)
Valor total = R$23.320 (R$22.000 + R$1.320), ou, 16,6% no
ano.
9
Prazos
Os prazos variam muito de título para título, assim como a
carência. Existem títulos que podem ser
resgatados/negociados a qualquer momento, assim como
existem títulos que só podem ser resgatados na data de
vencimento.
Riscos
Além de riscos ligados ao mercado (como a variação de
juros, inflação, entre outros) ou riscos ligados a questão de
liquidez (como por exemplo, não conseguir resgatar um título
antes do vencimento), o principal risco que temos ao comprar
um Título de Renda Fixa é o chamado risco de crédito. Nesse
caso, em função de algum problema com o emissor do Título,
correríamos o risco de perder dinheiro.
10
Custos
O principal custo atrelado a compra de Títulos de Renda Fixa
é o custo de custódia dos Títulos. Atualmente, boa parte de
bancos e corretoras não cobram mais custódia e algumas
isentam essa taxa caso você já tiver algum outro
investimento custodiado na mesma instituição.
No caso dos Títulos Públicos negociados no Tesouro Direto,
a taxa de custódia cobrada de todos os investidores pela B3,
referente aos serviços de guarda de títulos e às informações
dos saldos, é de 0,30% ao ano (cobradas semestralmente).
Nesse caso, existe também a taxa de custódia cobrada pelas
instituições – boa parte dos bancos e corretoras não cobram
mais essa taxa. O Tesouro mantém, inclusive, no seu site,
uma lista atualizada das taxas cobradas por cada instituição.
Para conferir, clique aqui.
11
Impostos
Alguns Títulos como LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e as
Debêntures Incentivadas, são livres de Imposto de Renda e
IOF para Pessoa Física. Para investimentos Pessoa Jurídica
e demais Títulos (LCs, CDBs, LFs, FIDCs, Debêntures não
Incentivadas, DPGE e Títulos Públicos), segue-se a Tabela
Regressiva de IR e IOF:
-
Tabela Imposto de Renda
Prazo Alíquota de IR
Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20,0%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15,0%
12
IOF
-
Importante: O Imposto de Renda e o IOF são cobrados
somente sobre os rendimentos ou sobre o ganho de capital
auferido na alienação ou cessão dos ativos.
Tabela Regressiva de IOF
Dias IOF (%) Dias IOF (%) Dias IOF (%)
1 96 11 63 21 30
2 93 12 60 22 26
3 90 13 56 23 23
4 86 14 53 24 20
5 83 15 50 25 16
6 80 16 46 26 13
7 76 17 43 27 10
8 73 18 40 28 6
9 70 19 36 29 3
10 66 20 33 30 0
13
02
SEGURANÇA DE INVESTIR EM RENDA FIXA
14
Nos últimos anos, o Brasil experimentou o que parece ter
sido o início de uma nova fase quando falamos de
investimentos de Renda Fixa. O surgimento do movimento de
Desbancarização (busca de investimentos fora dos grandes
bancos) e a popularização da compra de Títulos Públicos
(através do Tesouro Direto), acabaram atingindo em cheio, a
Poupança, a aplicação que por muitos anos foi a preferida do
brasileiro.
Esses fatores, aliados a baixa rentabilidade da caderneta e a
crise dos últimos anos, levaram a uma enxurrada de saques
da poupança. Segundo números do Banco Central, somente
em 2016, a captação líquida da poupança foi negativa de
R$40,7 bilhões – o pior resultado, desde o início da série em
1995.
Apesar de muitos brasileiros ainda investirem na poupança.
Esse movimento de procura por outros investimentos mais
atrativos, veio para ficar e deve se consolidar nos próximos
anos. Esse novo cenário, vem acompanhado de uma
pergunta: ‘’É seguro investir em outras aplicações ou fora dos
grandes bancos?’’.
15
A resposta é: Sim, é seguro investir tanto em outras
aplicações, como também é seguro investir fora dos
grandes bancos.
Atualmente existem, por exemplo, diversas corretoras de
valores que oferecem produtos mais rentáveis e tão seguros
quanto a poupança. E quando falamos em ‘’mais rentáveis’’,
podemos chegar a ganhos de 50% ou até 70% a mais do que
a caderneta, o que ao longo do tempo, vai fazer uma
diferença muito grande nas suas aplicações.
Posteriormente, iremos detalhar como funcionam todos os
Títulos de Renda Fixa, suas vantagens e desvantagens.
Nesse momento, para você entender o quão seguro esses
Títulos podem ser, temos que, obrigatoriamente, falar de três
personagens que possuem grande importância para a
manutenção da segurança e transparência das operações
financeiras em Títulos de Renda Fixa: FGC, Cetip e CBLC.
16
O FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que
administra mecanismos de proteção aos investidores frente
às instituições financeiras associadas ao Fundo, manutenção
do Sistema Financeiro Nacional e prevenção de crise
bancária sistêmica. Para cumprir com seu papel, uma das
funções que o FGC exerce é a de prestar garantia dos
créditos emitidos pelas instituições associadas, em casos de
decretação de intervenção ou liquidação extrajudicial destas.
As instituições associadas são todos os bancos múltiplos,
comerciais, de investimento ou desenvolvimento; a Caixa
Econômica Federal; sociedades de crédito, financiamento e
investimento; sociedades de crédito imobiliário; companhias
hipotecárias e associações de poupança e empréstimo.
17
Tipos de Garantias prestadas pelo FGC
Garantia Ordinária: CDBs, LCs, LCIs e LCAs contam com a
garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante
a devolução do principal investido acrescido de juros
referente a rendimentos, na hipótese da incapacidade de
pagamento da instituição financeira, de até R$ 250 mil. Essa
garantia é válida por instituição, com um teto por CPF/CNPJ
de R$ 1 milhão.
Tipos de crédito que são objetos de garantia ordinária
pelo FGC:
• Letras de Câmbio;
• Letras de Crédito Imobiliário;
• Letras de Crédito do Agronegócio;
• Letras Hipotecárias;
• Letras Imobiliárias;
• Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado:
RDB (Recibo de Depósito Bancário) e CDB (Certificado de
Depósito Bancário);
• Depósitos de Poupança;
• Depósitos à Vista ou sacáveis mediante aviso prévio;
-
18
Garantia Especial: O total de créditos de cada pessoa física
ou jurídica contra a mesma instituição associada, será
garantido até o valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de
reais), considerando principal e juros. No caso de conta
conjunta, o valor da garantia também é limitado a
R$20.000.000,00 por conta e o valor ressarcido é divido
igualmente entre os titulares. Caso o titular tenha mais de
uma conta e o valor a ressarcir, somado, seja superior ao
limite, o investidor não receberá o excedente.
Tipos de crédito que são objetos de garantia ordinária pelo
FGC: Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC
(DPGE).
19
A Cetip é a integradora do mercado financeiro. É uma
companhia de capital aberto que oferece serviços de registro,
central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos.
Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona
liquidez, segurança e transparência para as operações
financeiras. A empresa é, também, a maior depositária de títulos
privados de renda fixa da América Latina e a maior câmara de
ativos privados do país.
Mais de 15 mil instituições participantes utilizam os serviços da
Cetip. Entre elas, fundos de investimento; bancos comerciais,
múltiplos e de investimento; corretoras e distribuidoras;
financeiras, consórcios, empresas de leasing e crédito
imobiliário; cooperativas de crédito e investidores estrangeiros;
e empresas não financeiras, como fundações, concessionárias
de veículos e seguradoras. Milhões de pessoas físicas são
beneficiadas todos os dias por produtos e serviços prestados
pela companhia como processamento de TEDs e liquidação de
DOCs, além de registro de CDBs e títulos de Renda Fixa.
20
Quais Títulos possuem a Cetip como central depositária?
CDBs, LCIs, LCAs, DPGEs, LFs, LCs e parte dos títulos de
crédito privado, como Debêntures, CRAs, CRIs e FIDCs.
Como posso garantir que os títulos de renda fixa que
adquiri estão registrados na Cetip em meu nome?
Através do Cetip Certifica, que é um extrato produzido pela
Cetip e está disponível no site das corretoras e outras
instituições financeiras credenciadas. O selo “CETIP
Certifica” é uma certificação que comprova o registro, na
Cetip, da aplicação e resgate do cliente, identificando o CPF
ou CNPJ (se for empresa) em determinados investimentos,
garantindo maior segurança e transparência no processo
Cetip Meus Investimentos:
A Cetip criou recentemente em seu portal um acesso para os
investidores consultarem sua posição, trata-se do “Cetip
Meus Investimentos”. É possível acessá-lo através do link:
https://www.cetipmeusinvestimentos.com.br.
21
A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)
atua como câmara de compensação e liquidação, depositária
central de ativos e administradora de sistema de Liquidação
Bruta. Em renda fixa, a CBLC presta seus serviços para
títulos negociados na Bolsa e Títulos Públicos comprados via
Tesouro Direto.
Como vejo que os títulos compensados na CLBC estão
em meu nome?
É possível visualizar através de sua área logada no CEI –
Canal Eletrônico do Investidor, no site da bolsa:
https://cei.bmfbovespa.com.br
22
03
CENÁRIO PARA RENDA FIXA NO BRASIL
23
Qual o cenário para a Renda Fixa no Brasil?
Apesar da queda dos juros nos últimos 20 anos, o Brasil
continua sendo o ‘’paraíso mundial’’ da Renda Fixa. Nenhum
outro país dá tanta segurança para os investidores de Renda
Fixa, pagando altos juros. Considerando os países do G20,
podemos perceber porque tantos investidores estrangeiros
tem interesse de investir em Títulos de Renda brasileiros:
24
A lista acima foi retirada do site Trading Economics no dia
11/10/2017. Para acessar a listagem completa e acompanhar
as taxas de juros atualizadas, clique aqui.
Considerando que nossos problemas estruturais (burocracia,
estado ineficiente, inflação, etc.) devem permanecer durante
muitos anos, o Governo Federal, para atrair compradores de
Títulos, deve manter os juros em níveis relativamente
elevados, mantendo o Brasil como destino óbvio para quem
investe em Renda Fixa.
Emissores e Títulos de qualidade, pagando bons
rendimentos, com a segurança de empresas e entidades
como FGC, CBLC e Cetip: dessa forma, podemos resumir o
bom Cenário do Brasil para quem quer diversificar seus
investimentos em Renda Fixa.
25
04
CONHEÇA OS PRINCIPAIS TÍTULOS DE RENDA FIXA
26
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
É a aplicação de Renda Fixa mais popular do Brasil, emitida
por bancos e destinada para pessoas físicas e jurídicas com
conta corrente. Possui prazo e rentabilidade definidos no ato
da negociação.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Aplicação garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos
(FGC) para valores até R$ 250 mil (Cobertura engloba
principal e juros), por CPF ou CNPJ, por instituição ou
conglomerado financeiro;
- Produto registrado na CETIP em nome do cliente
(CPF/CNPJ);
- IOF para resgate antes de 30 dias;
- IR via tabela regressiva.
27
CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio estão
vinculados a direitos creditórios originários de negócios
realizados, em sua maioria, por produtores rurais ou suas
cooperativas, relacionados ao financiamento da atividade
agropecuária.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Isenção de IR e IOF para pessoa física no rendimento; -
- Destinado exclusivamente a investidores qualificados e
profissionais;
- Produto registrado na CETIP em nome do cliente
(CPF/CNPJ).
- Trata-se de uma modalidade de investimento que não conta
com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
28
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)
Título de longo prazo emitido por companhias
securitizadoras, com lastro em créditos imobiliários. O
investidor recebe o fluxo financeiro destes créditos
relacionados a determinado projeto ou empreendimento
imobiliário.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Isenção de IR e IOF para pessoa física no rendimento;
- Destinado a investidores em geral, qualificados e
profissionais (a depender da oferta);
- Produto registrado na CETIP em nome do cliente
(CPF/CNPJ).
- Trata-se de uma modalidade de investimento que não conta
com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
29
Debêntures
Valor mobiliário emitido por uma empresa, representativo de
sua dívida. Pelo fato de se tornar credor da empresa deão
adquirir sua Debênture, o investidor passa a ter o seu capital
emprestado remunerado.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Podem contar com a isenção de IR e IOF (para pessoa
física) no rendimento e no ganho de capital, caso estejam
enquadradas como debêntures de infraestrutura (Lei 12.431);
- Produto registrado na CETIP em nome do cliente
(CPF/CNPJ).
- Trata-se de uma modalidade de investimento que não conta
com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
30
DPGE (Depósito a prazo com garantia especial do FGC)
Os DPGEs são depósitos a prazo emitidos por instituições
financeiras. Os bancos comerciais, múltiplos, de
desenvolvimento e investimento, as sociedades de crédito,
financiamento e investimento e as caixas econômicas são as
instituições autorizadas a emitir este ativo.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Aplicação garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos
(FGC) para valores até R$20 milhões (Cobertura engloba
principal e juros), por CPF ou CNPJ, por instituição ou
conglomerado financeiro;
- Produto registrado na CETIP em nome do cliente
(CPF/CNPJ);
- IR via tabela regressiva.
31
FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios)
Fundo de investimento que destina parcela preponderante de
seu patrimônio líquido para aplicação em direitos e títulos
representativos de créditos (direitos creditórios) provenientes
de operações comerciais, industriais, imobiliárias, financeiras
ou de prestação de serviços, entre outras.
Características:
- Rentabilidade diferenciada quando comparado a ativos com
classificação de risco semelhante;
- Pode ter prazo de duração determinado (fundo fechado) ou
indeterminado (fundo aberto);
- Destinado exclusivamente a investidores qualificados e
profissionais;
- Trata-se de uma modalidade de investimento que não conta
com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
32
LC (Letra de Câmbio)
Instrumento de captação das financeiras, com o objetivo de
financiar suas atividades. Você empresta dinheiro às
financeiras em troca de uma rentabilidade preestabelecida.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos
(FGC) para valores até R$ 250 mil (Cobertura engloba
principal e juros), por CPF ou CNPJ, por instituição ou
conglomerado financeiro;
- Produto registrado na CETIP em nome do cliente
(CPF/CNPJ);
- IR via tabela regressiva.
33
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
Título vinculado a operações de crédito dos negócios entre
produtores rurais, suas cooperativas e terceiros. Emitida por
bancos.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos
(FGC) para valores até R$ 250 mil (Cobertura engloba
principal e juros), por CPF ou CNPJ, por instituição ou
conglomerado financeiro;
- Isenção de IR para pessoa física no rendimento e no ganho
de capital;
- IR via tabela regressiva para investidores PJ.
34
LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
Título de Renda Fixa emitido por bancos e lastreado por
créditos imobiliários, garantidos por hipoteca ou por
alienação fiduciária do imóvel. Rentabilidade normalmente
atrelada ao CDI.
Características:
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Créditos
(FGC) para valores até R$ 250 mil (Cobertura engloba
principal e juros), por CPF ou CNPJ, por instituição ou
conglomerado financeiro;
- Isenção de IR para pessoa física no rendimento e no ganho
de capital;
- IR via tabela regressiva para investidores PJ.
35
LF (Letra Financeira)
Grande aposta do mercado, é uma das aplicações de Renda
Fixa que mais cresce no Brasil, em parte, devido à força de
vendas dos bancos, emissores do instrumento financeiro.
Características:
- Prazo mínimo de 2 anos (sênior) e 5 anos (subordinada);
- É vedado resgate total ou parcial antes do vencimento;
- Investimento mínimo de R$150 mil (sênior) e R$ 300 mil
(subordinada);
- A remuneração pode ser em % do CDI, CDI + spread,
Índices de preços (ex: IGP-M, IPCA) ou Taxa Prefixada;
- Trata-se de uma modalidade de investimento que não conta
com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
36
05
TESOURO DIRETO
37
O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa que possibilita a
negociação, através da internet, de títulos públicos por
pessoas físicas. Todas as pessoas físicas cadastradas no
Tesouro Direto possuem uma instituição financeira
intermediadora, que são as responsáveis por intermediar as
operações.
O Tesouro Direto oferece títulos com diferentes tipos de
rentabilidade, prazos de vencimento e fluxos de
remuneração, contribuindo com a diversificação das
alternativas de investimento. Com tantas opções, fica fácil
achar um título que satisfaça sua necessidade e também seja
muito seguro. Isso porque ao investir no Tesouro Direto, você
investe em títulos públicos que são 100% garantidos pelo
Tesouro Nacional
38
O que são Títulos Públicos?
São títulos emitidos pelo Governo, por meio do Tesouro
Nacional, com a finalidade de captar recursos para o
financiamento da atividade pública. Em função disso, são
vistos pelo mercado como de baixo risco.
Todos os títulos públicos são ativos de renda fixa, ou seja, o
investidor conhece as condições de remuneração no
momento da compra do papel, e caso fiquem com o título até
o vencimento, a remuneração final será exatamente a
contratada na aplicação.
Características:
- Segurança: 100% garantidos pelo Tesouro Nacional;
- Liquidez: Liquidez diária;
- Baixo custo: Baixo custo e baixo valor mínimo exigido de
aplicação, com Investimentos a partir de R$30,00.
39
Opções de Títulos Públicos
Preços e negociação dos Títulos Públicos
Uma das peculiaridades dos Títulos Públicos, negociados
através do Tesouro Direto, é a liquidez diária. Isso significa
que todos os dias você pode negociar os Títulos. É possível,
inclusive, vendê-los antes do vencimento. Em função dessa
característica, os Títulos são precificados diariamente, ou
seja, eles podem oscilar de acordo com as condições do
mercado e as expectativas da taxa de juros (Selic).
TítuloRentabili
dadeCaracterísticas
Tesouro Selic (LTF) SELIC
Juros + principal no
vencimento
Tesouro IPCA+ com Juros
Semestrais (NTN-B)
IPCA +
Juros
Juros semestrais e o
principal no vencimento
Tesouro IPCA+ (NTN-B
PRINCIPAL)
IPCA +
Juros
Juros + principal no
vencimento
Tesouro Prefixado com Juros
Semestrais (NTN-F) Prefixada
Juros semestrais e o
principal no vencimento
Tesouro Prefixado (LTN) Prefixada
Juros + principal no
vencimento
40
Essa relação entre a taxa de juros e o preço é inversamente
proporcional. Quando a taxa de juros cai, o preço sobe.
Quando a taxa de juros sobe, o preço cai. E essa variação
será tanto maior quanto maior for o prazo remanescente do
Título. A única exceção é a LFT, que dia a dia, é corrigida
pela taxa Selic.
Dessa forma, em períodos que a taxa de juros cai, podemos
ter uma valorização dos títulos, o que atrai também
investidores que querem ganhar com a oscilação dos Título
Públicos.
Em 2016, por exemplo, com a expectativa de forte baixa na
taxa Selic, tivemos uma forte valorização dos Títulos
atrelados à inflação e os prefixados. O Título IPCA + 2035,
teve alta de 47,81% e o Prefixado 205, subiu 42,94%
Vale lembrar que, conforme já comentamos, caso você fique
com o Título até o vencimento, a remuneração final será
exatamente a contratada na aplicação.
41
06
CONCLUSÃO
42
Conclusão
Agora que você conheceu as principais opções de Renda
Fixa do mercado, já pode diversificar seus investimentos e
aproveitar a segurança e boa rentabilidade que a Renda Fixa
pode proporcionar. Se ficou com alguma dúvida, fale com a
gente.
Não custa lembrar: esse material é de cunho educacional e
não representa oferta, análise ou recomendação de
investimentos.
-
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