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�COLÉGIO ESTADUAL QUATORZE DE DEZEMBRO - EFM
PEABIRU PARANÁ
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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2010
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APRESENTAÇÃO
A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico no Colégio Estadual 14
de Dezembro situado no município de Peabiru do Núcleo Regional de Ensino de
Campo Mourão atende alunos da educação básica regular e da modalidade EJA
oriundos da área urbana e rural, reflete a realidade escolar e a autonomia que ela
tem para elaborá-lo, enquanto espaço público lugar de debates, do diálogo,
fundamentado na reflexão coletiva dos seus articuladores.
A identidade da instituição se revela nas ações dos diferentes agentes
internos e externos que muito influenciam os novos rumos da escola como uma
instituição social compromissada com uma ação intencionalizada, sistêmica, de
acordo com os princípios filosóficos, epistemológicos, pedagógicos, que reafirma-se
na pertinência da reflexão que ora se propõe.
O Projeto Político Pedagógico representa uma intencionalidade definida
coletivamente, articulando o compromisso sociopolítico com os interesses reais e
coletivos da comunidade escolar. Visando a inserção de um sujeito participativo,
responsável, criativo e crítico na sociedade atual, neste propósito respeita a
identidade própria, os valores individuais, a formação religiosa.
Contudo queremos com ousadia propiciar qualidade para todos, entendendo
que a dinâmica social e política exige uma possibilidade de mudança, daí a
autonomia para reescrevê-lo quando se fizer necessário, redimensionando metas e
estabelecendo novos rumos.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO....................................................................................................02 SUMÁRIO.................................................................................................................03
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ............................................................07 CURSOS AUTORIZADOS E RECONHECIDOS.....................................................08 HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO.................................09 CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DE RECURSOS HUMANOS ....................12 ESTRUTURA FÍSICA ..............................................................................................12 EQUIPAMENTOS.....................................................................................................13 BIBLIOTECA ............................................................................................................14 PORTE E REGIME ESCOLAR.................................................................................14 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO...............................................................14 CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS.........................................................15 CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO........................................15 PROGRESSÃO PARCIAL (DP) ...............................................................................16 QUANTIDADE DE PROFISSINOAIS DA EDUCAÇÃO POR SETOR .....................16 PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA....................................17 DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR............................................................................17 EQUIPE PEDAGÓGICA............................................................................................17 AGENTE EDUCACIONAL I E II................................................................................17 EQUIPE DE PROFESSORES..................................................................................17 AGENTE DE EXECUSSÃO .....................................................................................18 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR -PAIS E ALUNOS ................19
MARCO SITUACIONAL OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO ...................................................................21 POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA..........................................................................................................22 GESTÃO ESCOLAR ................................................................................................24 ENSINO E APRENDIZAGEM E PARTICIPAÇÃO DOS PAIS. .................................25 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA....................................................................26 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO .........................................................27 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR .........................................................28 Dados referentes ao Ensino Fundamental ...............................................................28 Dados referentes ao Ensino Médio ..........................................................................29
MARCO CONCEITUAL CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE CIDADANIA, DE TEMPO E DE ESPAÇO ......31 CONCEPÇÃO DE HOMEM .....................................................................................33 CONCEPÇÃO DE MUNDO .....................................................................................34
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CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CONCEPÇÃO DE TRABALHO .......................36 CONCEPÇÃO DE CULTURA .................................................................................38 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ...................................................................................40 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .............................................................................41 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM E CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...................................................................................................43 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ...........................................................................47 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ..............................................................................49 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO ................................................................................51 FORMAÇÃO CONTINUADA ...................................................................................53
MARCO OPERACIONAL MARCO OPERACIONAL .........................................................................................55 HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES ..............................................................56 CONSELHO DE CLASSE ........................................................................................57 PROCESSO DE AVALIAÇÃO ..................................................................................60 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS .............................................................................63 EDUCAÇÃO FISCAL.................................................................................................65 INCLUSÃO E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO .......................................................68 ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS ............................................................70 ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM ....................................73 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ..................................................................................76 EDUCAÇÃO PARA O CAMPO ................................................................................77 PDE-PR ....................................................................................................................78 PDE: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO CONTEXTUALIZADA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA .......................................78 PDE: “O JOGO DO XADREZ COMO COMPONENTE DE FORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR” ..........................................................................................80 ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO....................................................81 PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE TEATRO...................................................81 PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CURSO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR E ENEM .............................................................................................81 PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CIDADE MIRIM .......................................82 CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA ..........83 PDE-Escola ...............................................................................................................85 PROGRAMA FICA .....................................................................................................86 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: VARAL DE POESIAS .......................................89 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: PRODUÇÕES LITERÁRIAS - Projeto Biblioteca para Todos ................................................................................................................89 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RECICLAGEM.................................................90 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: ESCOLA DE EMPREENDEDORES ...............91 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RÁDIO EDU14: A rádio que Educa .................93 ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: AGENDA 21 ....................................................95 FÓRUM/ REDE DE PROTEÇÃO .............................................................................98 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA .............................................................................100 Grêmio Estudantil ...................................................................................................102 Conselho Escolar ....................................................................................................103
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Associação de Pais, Mestres e Funcionários ........................................................104 REFERÊNCIAS ......................................................................................................106 ATA DE APROVAÇÃO DO CONSELHO DE CLASSE ...........................................108 ANEXO ...................................................................................................................110
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IDENTIFICAÇÃO DO
ESTABELECIMENTO DE ENSINO
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LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Identificação da Instituição Denominação da Instituição: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Endereço: RUA CASSEMIRO RADOMINSKI Nº 1332
Bairro: CENTRO
Município: PEABIRU – PR.
CEP: 87.250-000
NRE: CAMPO MOURÃO
Código do Estabelecimento: 00010
Código do Município: 1900
Código do NRE: 400008
Fone/Fax: 44- 3531-2026
E-mail: colegio14dezembro@yahoo.com.br
Site: www.pbuquatorzededezembro.seed.pr.gov.br
Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CNPJ: 76.416.965/0001-21
Local e data de atualização. PEABIRU, 10 de Dezembro de 2010.
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Cursos autorizados e reconhecidos AUTORIZAÇÕES NÚMERO DA RESOLUÇÃO
Ato de Autorização da Escola Res. nº 3893/77 DOE de 15/09/1977
Ato de Autorização do Ensino Médio Res. nº 4178/03 DOE de 15/12/2003
Ato de Autorização e Reconhecimento do Ensino Fund. Fase II e Ensino Médio - EJA Res. nº 3068/07 DOE de 10/07/2007
RECONHECIMENTOS NÚMERO DA RESOLUÇÃO
Ato de Reconhecimento do Ensino Médio Res. nº 2098/08 DOE de 20/05/2008
Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental Res. nº 3172/08 DOE de 10/07/2008
REGIMENTO ESCOLAR NÚMERO DA RESOLUÇÃO
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar
Ato Administrativo nº 351/2008 de 29/12/2008
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HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO
O Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio iniciou
seu funcionamento no ano de 1954, tendo obtido autorização por meio da Portaria n°
882/54 de 15 de outubro do mesmo ano, sob a denominação de Ginásio Municipal
de Peabiru, sendo mantido pela Prefeitura Municipal de Peabiru.
Em 1956, pelo Decreto n° 7326/56 o Colégio foi estadualizado, passando a
denominar-se Ginásio Estadual de Peabiru.
Em abril de 1976 foi inaugurado o Prédio Próprio.
De acordo com o Decreto n° 3893/77, nos termos da Lei Federal n° 5692/71,
ficou autorizado a funcionar o Complexo Escolar “Cristo Rei” – Ensino de 1° Grau,
Fazendo parte desta Unidade de Ensino: Escola Felipe Silveira Bittencourt, Escola
Professor Nuno de Souza e Silva, Escola Emílio de Menezes e o Ginásio Estadual
de Peabiru que passou a denominar-se Escola 14 de Dezembro – Ensino de 1°
Grau, fato esse ocorrido em 13 de setembro do mesmo ano.
A partir do dia 12 de junho de 1980, de acordo com o Decreto n° 2485/80
ficou autorizado a funcionar nos termos da Lei vigente o Complexo Escolar “Cristo
Rei” – Ensino de 1° e 2° Graus, resultante da reorganização do Ginásio Estadual de
Peabiru.
Conforme a Resolução 0168/82 ficou autorizada o funcionamento das quatro
primeiras séries do Ensino de 1° grau na Escola Estadual 14 de Dezembro – Ensino
de 1° Grau.
Pela Resolução 4872/84 de 25 de junho de 1984, foi reconhecido o
Estabelecimento e o Curso de 1° Grau Regular.
Em 1987 foi autorizado pelo prazo de dois anos, conforme Resolução n°
2782/87 de 06 de junho de 1987, o funcionamento da Classe Especial – Deficiência
Mental, e em outubro de 1993 foi autorizado a Classe Especial – Deficiência Visual.
Em 05 de março de 1998, com a municipalização de 1° a 4° séries, anexou-se
a esta escola a Escola Municipal “Darci Ribeiro”. Esta permaneceu até 13 de julho
de 2009.
Pela Resolução 4402/98 de 15 de Dezembro de 1998, foi autorizado o
funcionamento da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio, onde o
Estabelecimento passou a denominar-se Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino
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Fundamental e Médio.
Em 2002 pela Resolução 3696/02 de 11 de novembro, fica reconhecido o
Curso de Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos.
Nos anos de 2002, 2003 e 2004 os alunos do Colégio foram destaque nos
Jogos Colegiais.
Em 23 de dezembro de 2003, fica autorizado o funcionamento do Ensino
Médio neste estabelecimento de ensino.
Em 2006 surge outra modalidade de Educação de Jovens e Adultos
organizada por disciplina. Esta modalidade de ensino teve seu curso autorizado e
reconhecido pela Resolução 3068/07 de 10 de julho de 2007.
No ano de 2006 o Colégio foi agraciado com uma reforma que se prolongou
por três anos. Neste mesmo ano a escola foi contemplada com um laboratório de
informática do Paraná Digital com acesso à Internet.
Em 2007, o Estado enviou 19 TVs pendrive para serem instaladas em todas
as salas de aula.
Em 2008, recebemos outro laboratório de Informática com mais 10
computadores totalizando 30 aparelhos no Laboratório.
Neste mesmo ano foi confeccionada a bandeira e composto o hino do
Colégio, ambos devidamente registrados e regulamentados.
No ano de 2009, o Colégio foi inserido em um programa do Governo Federal
“PDE-Escola”, tendo como objetivo melhorar a aprendizagem dos alunos e, por
conseqüência elevar os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Com os recursos deste programa a escola pode investir em diversos setores, dentre
eles podemos citar o Laboratório de Ciências e Biologia, a Biblioteca da escola,
adquirir também diversos materiais para a disciplina de Educação Física, Língua
Portuguesa e Matemática, bem como construir uma mini cidade para que os alunos
de 5ª à 7ª séries vivenciem situações cotidianas de uma cidade, preparando-os para
o exercício da cidadania bem como o preparo para a vida adulta.
Em 2010, vários alunos se destacaram em competições estaduais e
nacionais, divulgando o nome do colégio e conquistando várias medalhas.
O Colégio 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio está passando por
uma considerável mudança no que se refere ao aspecto pedagógico. Podemos
confirmar esta mudança diante dos avanços das notas do IDEB e do ENEM, bem
como pela credibilidade em que pais e alunos depositaram na escola. Este trabalho
11
só foi possível devido o envolvimento e comprometimento por parte dos professores
e demais profissionais da educação, assim como a participação da comunidade
escolar, assumindo o desafio de ser o agente da tão esperada mudança social.
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CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DE RECURSOS
HUMANOS
O espaço físico é organizado em 20 salas de aula distribuídas em 02 blocos
conta também com laboratórios, biblioteca, salas para o setor administrativo, sala de
professores, pátio e outros.
Considera-se que o ambiente físico da escola deve ser de qualidade,
priorizando a organização e a limpeza. Os equipamentos devem ser também de
qualidade e com condições de atender a comunidade escolar de maneira
satisfatória. Tanto os educandos, quanto os professores e funcionários devem ter
garantidos esses direitos para que se sintam motivados sempre mais para exercer
suas funções.
Atualmente a escola possui espaço físico necessário para desenvolver suas
atividades. Os espaços físicos são suficientes para atender a demanda que se
apresenta.
ESTRUTURA FÍSICA:
-20 salas de aula;
- Uma Biblioteca para os alunos;
- Uma Biblioteca para os professores com mais de 100 títulos;
- Um laboratório de química, biologia e física;
- Um laboratório de informática com 20 computadores;
-10 computadores do Proinfo;
- Uma impressora oki data;
- Uma fotocopiadora;
- Uma cozinha;
- Um refeitório;
- Uma sala para armazenamento de merenda;
- Sala dos professores;
- Duas salas para a equipe pedagógica;
- Uma sala para secretaria;
- Um auditório com palco, com 120 lugares para eventos;
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- Cantina comercial;
- Uma quadra de esportes coberta;
- Um campo de futebol suíço;
- 2 banheiros para os alunos (com 05 sanitários em cada) e 04 para professores e
funcionários.
EQUIPAMENTOS
Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletro – eletrônicos disponíveis:
- 03 Retro projetores (sendo 02 em manutenção)
- 19 televisores (TV pendrive);
- 01 Tv
- 01 filmadora;
- 01 Datashow;
- 01 vídeos cassete;
-06 aparelhos de DVD
- 02 micro system;
- 02 antenas parabólicas;
- Um acervo de aproximadamente 4.000 livros;
- Biblioteca do professor com mais de cem títulos;
- 05 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;
- 05 telas, 02 CPU e 02 impressora;
- Duas caixas de som e um amplificador;
- Dois microfones;
- Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática.
Os demais materiais que a Escola possui estão relacionados em
documentação própria na Secretaria. Contamos com um laboratório de Ciências e
um laboratório de informática para atender a todos os professores e alunos que
deles necessitarem, para concretizar seus projetos de ensino-aprendizagem.
O espaço físico do Colégio conta também com um auditório de 120 lugares,
com palco para ser usado em eventos promovidos pelo Colégio e Comunidade
Escolar quando solicitado.
14
BIBLIOTECA
A Biblioteca é o ambiente destinado ao atendimento da comunidade escolar e
busca dentre os objetivos principais propiciar atividades de incentivo à leitura,
conscientização sobre os cuidados com o livro, oportunizar espaço para pesquisa
dirigida e grupos de estudos, promover concursos de poesia, criar no aluno o hábito
e o gosto pela leitura,
PORTE E REGIME ESCOLAR
O Colégio Estadual 14 de Dezembro – EFM, enquadra-se no Porte 05.
Ofertando o Ensino Fundamental , o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos .
CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
O Colégio Estadual 14 de Dezembro - EFM, oferta em 2010 as modalidades
de ensino identificados na tabela abaixo, totalizando 57 turmas incluindo as turmas
individualizadas e coletivas da Educação de Jovens e Adultos totalizando 761 alunos
assim distribuídas:
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�O Colégio dispõe também 40 horas para Sala de Apoio no atendimento às 5ª
séries nas disciplinas de Português e Matemática e ainda 20 horas para a Sala de
15
Recursos com o objetivo de atender os alunos com necessidades educacionais
especiais de 5ª a 8ª séries.
É possível verificar que o Colégio 14 de Dezembro - EFM, atende um número
elevado de alunos, ainda assim pretende implantar novos cursos no sentido de
atender as necessidades da cidade e região contribuindo dessa forma com a
melhoria da qualidade de vida da população, na tentativa de oferecer ao mercado de
trabalho, profissionais bem preparados para assumir com responsabilidade e
segurança, um trabalho digno.
CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
� No início do ano, no caso de alunos novos são classificados conforme idade e
escolaridades mediante documentação apresentada no ato da matrícula.
Já com os alunos do próprio Colégio, procuramos montar as turmas de
acordo com as afinidades de cada um, só fazendo mudanças quando houver
necessidade, em casos de alunos que não tiveram bom rendimento escolar, durante
o ano anterior, o mesmo se aplica com relação à reprovação.
CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
A Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo
critérios próprios para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a
idade, experiências e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.
A reclassificação é o processo pelo qual a Escola avalia o grau de experiência
do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de
encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho,
independentemente do que registre o seu histórico escolar.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração de sua frequência. Na promoção ou, certificação de conclusão
para os anos finais do ensino Fundamental e Médio, a média final mínima exigida é
de 6,0 frequência mínima de 75% do total de horas letivas anuais.
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PROGRESSÃO PARCIAL (DP)
A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno não
obtendo aprovação final em até três (03) disciplinas em regime seriado poderá
cursá-las subsequente e concomitantemente ás séries seguintes.
QUANTIDADE DE PROFISSINOAIS DA EDUCAÇÃO POR
SETOR
Direção 01
Direção Auxiliar 01
Secretária 01
Pedagogos 06
Professores 60
Professor Itinerante 01
Adm.Secretaria 09
Adm. Biblioteca 01
Serviços Gerais Merenda 02
Serviços Gerais Limpeza 05
TOTAL PROFISSIONAIS 86
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PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA
DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR
Compete à equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino,
definidos no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no
Regimento Escolar.
EQUIPE PEDAGÓGICA
A Equipe Pedagógica tem como atribuições a de coordenar e implementar na
prática docente as Diretrizes Curriculares Estaduais, visando a melhoria da
qualidade de ensino na escola, além das atribuições relacionadas no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento Escolar.
AGENTE EDUCACIONAL I E II
A Equipe Administrativa é composta por Secretaria e Serviços Gerais. Este
setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do
Estabelecimento, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas
reais funções. As atribuições dessa Equipe estão relacionadas no Regimento
Escolar.
EQUIPE DE PROFESSORES
É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como
regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar
ativamente na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento
Escolar e no Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de
Desempenho do Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de
produtividade, participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como
uma forma de melhorar o desempenho dos docentes. O novo Plano de Carreira,
Cargos e Salários requer um novo tipo de avaliação que seja mais atualizada e
funcional.
18
AGENTE DE EXECUSSÃO
Na equipe de Auxiliar de Serviços Gerais, contamos com 07 funcionários,
todos concluíram o Ensino Médio, graças a um programa do Governo Estadual que
os incentivou.
A equipe de Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção,
preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento, sendo subordinada,
coordenada e supervisionado pela Direção.
CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR -PAIS E
ALUNOS
A comunidade escolar que se atende no Colégio Estadual 14 de Dezembro é
bastante diversificada. Atendemos alunos da área urbana e rural com níveis sociais
diferenciados.
Com as mudanças ocorridas na estrutura familiar e as modificações sócio-
culturais da atualidade, percebemos que a educação dos filhos assume um caráter
de maior liberdade junto aos pais, surge novas exigências, pois os educandos estão
em contato com informações emergentes da mídia, internet e sociedade em geral.
Tal exigência também é percebida na sociedade e reflete na escola, cobrando dos
professores e funcionários uma atuação cada vez mais elaborada.
Com vistas a essas exigências o Colégio Estadual 14 de Dezembro tem
realizado um trabalho bastante diversificado atraindo a presença dos pais e
estabelecendo com os mesmos parcerias orientando-os na educação dos filhos. Tal
educação promove uma melhoria de comportamento por parte dos educandos o que
favorece a aprendizagem em sala de aula, bem como a conservação e valorização
do patrimônio escolar, como também percebemos melhor entrosamento entre alunos
e professores. A escola oferta alguns projetos que tem atraído novos alunos e
despertando um novo olhar da comunidade com a mesma.
Temos trabalhado ainda com adaptação curricular para atender alguns alunos
que apresentam necessidades educativas especiais, como Sala de Apoio
Aprendizagem, Sala de Recursos (multifuncional) e professora de Apoio
19
Permanente, oportunizando assim maiores possibilidades ao nosso aluno, com
relação a sua aprendizagem e inclusão social.
20
MARCO
SITUACIONAL ��
21
OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual 14 de Dezembro tem por objetivo promover a
democratização do saber e o acesso ao conhecimento sistematizado historicamente,
garantindo sua especificidade de maneira dialética, ampliando as oportunidades
educacionais a sua reelaboração crítica, assim como o aprimoramento da prática
educativa escolar visando a elevação cultural e científica dos educandos. Busca-se
também, oportunizar momentos de discussão, reflexão e avaliação sobre o
redimensionamento do Projeto Político Pedagógico.
Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um
processo democrático para a tomada de decisões, reflexão dos problemas da escola
e a busca de alternativas viáveis, considerando a intencionalidade do trabalho
educativo. Este, deve promover a reflexão coletiva na busca de mecanismos de
ação e transformação, trabalhando a interdisciplinaridade e a contextualização das
disciplinas com os temas vigentes, orientando e redimensionando o processo
educacional na instituição, tornando pública a produção docente e discente, para
construirmos uma Escola que promova o envolvimento e a participação de toda
comunidade escolar.
22
POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS NA
PRÁTICA PEDAGÓGICA
O Colégio Estadual 14 de Dezembro entende como finalidade primeira dessa
instituição o exercício pedagógico, desta maneira professores e funcionários fazem
uma leitura diferenciada da escola, da realidade em que está inserida e da
pertinência de cada prática pedagógica a ser utilizada, imprimindo-lhe um caráter
verdadeiramente público e popular restituindo-lhe a função social que é o seu
compromisso.
A definição de princípios básicos para a ação educativa centrados na
concepção de que:
•A ação pedagógica formadora de cidadãos, conscientes, críticos,
participativos e capazes de atuar na transformação do meio em que
vivem;
•O resgate da historicidade devolvendo as educandos o poder da palavra
espontânea e consciente;
•O espaço da sala de aula transcende os limites da escola atingindo a
comunidade;
•Considerar os elementos culturais e valorativos imbricados nas práticas
sociais;
•Valorizar o conhecimento tácito articulando ao conhecimento escolar a fim
de promover o desenvolvimento da cultura, desta forma os educandos
vislumbrarão melhores condições de vida por intermédio da
participação, exercitando sua cidadania, numa sociedade enquanto
cidadãos autônomo, intelectual e moral.
Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um
processo democrático, a medida que valoriza a participação de seus segmentos
constitutivos, entendendo que o seu funcionamento exige uma relação ao mesmo
tempo objetiva, pela via de definição de ações, como uma relação subjetiva, pela
qual movidos pelas suas próprias percepções conferem pelo processo de tomada de
decisões as suas impressões, a reflexão dos problemas da escola, a busca de
alternativas viáveis, de ações transformadoras e contextualizadas, tornando pública
a produção docente e discente para construirmos uma escola que promova o
envolvimento e participação de toda a comunidade escolar.
23
Busca-se uma prática sistematizada em um processo dialético por meio da
práxis (teoria e ação) onde o conhecimento crítico é a base para uma prática
transformadora no plano histórico e social, ou seja, estar sempre avaliando trabalho
pedagógico educativo, pensando e repensando a escola como um todo, avaliando
suas formas, seus métodos, seu conteúdo, seus sujeitos, enfim sua
intencionalidade.
24
GESTÃO ESCOLAR A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da
reflexão, da compreensão e da transformação social por meio da democratização do
ensino, buscando de cumprir com a função social da Escola.
A democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria
na qualidade pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de
um currículo pautado na realidade local, integrando toda a comunidade escolar
nesse processo.
Para que essa gestão seja de fato democrática e participativa, faz-se
necessário a participação das instâncias colegiadas no âmbito das discussões e com
poder de decisão.
O Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola e na
escola, deve ser fortalecido no meio escolar, assumindo o desafio de democratizar
as decisões da escola.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários também tem a função de
participar, colaborar e avaliar as decisões coletivas além de administrar os recursos
financeiros do estabelecimento.
Ao Grêmio Estudantil, constitui-se em uma política de incentivo à gestão
democrática, fazendo parte de todo o processo com poder de decisão.
No Colégio Estadual 14 de Dezembro todas estas instâncias são atuantes,
fortalecendo o trabalho coletivo, em busca de uma educação de qualidade.
25
ENSINO E APRENDIZAGEM E PARTICIPAÇÃO DOS PAIS. O Colégio apresenta uma superação em sua prática à medida que propõe um
projeto político pedagógico articulado e coerente, onde a interdisciplinaridade tem
sido articulada por todos os profissionais da escola, propondo alternativas,
dimensões políticas e pedagógicas, desenvolvendo ações bastante diferenciadas,
atraindo a participação dos pais. Por meio de suas práticas conquistaram espaços
para a sua proposta, esse conjunto de ações tem produzido excelentes resultados
evidenciados na permanência do aluno na escola, bem como melhorando o
rendimento escolar.
É importante salientar que esta proposta de trabalho gerou resultados
positivos, deu um novo olhar por parte da comunidade escolar, atraindo novos
alunos.
A escola está sempre dialogando com a comunidade, atraindo parcerias com
outras instituições, tais parcerias foi tornando-se mais claro para a comunidade o
papel da escola, com isso, passou a valorizar e participar mais, aumentando assim a
credibilidade da escola, bem como a auto-estima dos educadores e alunos, o que
produziu um resultado significativo na nota do IDEB de 2009.
26
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
A formação continuada é uma estratégia na melhoria da qualidade de ensino.
Consiste em estabelecer propostas que contribuam para que o conhecimento seja
socializado, da melhor forma possível, num processo de humanização. Desta
forma, a qualificação e a capacitação do docente para uma melhoria de sua prática,
por meio do domínio de conhecimento, métodos, do campo de trabalho em que
atua, devem também ser incluídas na prática docente.
A atual gestão da Secretaria Estadual de Educação e a Instituição de Ensino
propõe, como formação continuada, as seguintes ações:
a) Cursos de capacitação (descentralizados);
b) Semana Pedagógica (início do ano letivo e início do segundo semestre);
c) Grupos de estudos de professores (aos sábados, reunidos por área de
conhecimento) e
d) APC (Ambiente Pedagógico Colaborativo) recurso tecnológico que
envolve o Projeto Folhas, OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativa) e mais
recentemente, os cursos à distância pela plataforma Moodle (dentre as atividades do
PDE).
e) GTR – Grupo de trabalho em Rede online destinado a professores,
coordenado por um tutor (professor em curso do PDE).
f) PDE – Programa de Desenvolvimento da Educação.
g) Jornada Pedagógica para Pedagogos e Diretores.
h) DEB e NRE Itinerante
i) Reuniões Pedagógicas e administrativas
j) Hora Atividade – Momento em que o professor tem disponível fora da sala
de aula junto com a equipe pedagógica otimizar o trabalho de sala de aula.
Estes momentos de estudos proporcionam ao educador um aprofundamento
teórico-prático, ampliando seu conhecimento na área atuante, possibilita também a
troca de experiência entre os profissionais da educação e a produção de novos
saberes, bem como a produção de materiais didático-pedagógicos.
27
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO
O Calendário Escolar da rede Estadual de ensino do Paraná, tem instrução
própria que rege sua organização. Cabe à escola respeitar esta instrução, sendo
este um documento legal que tem por princípio do cumprimento dos 200 dias letivos
e 800 horas de efetivo trabalho escolar. Segue abaixo o calendário de 2010 e suas
especificidades.
28
ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR
O Estabelecimento de ensino foi inserido em 2009, nos programas PDE-
Escola e Superação, com o propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos e, por
consequência, elevar os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
De acordo com os documentos que norteiam este programa, houve a necessidade
de realizar uma análise dos dados estatísticos, a fim de identificar os possíveis
problemas da escola, possibilitando a realização de ações visando o aprimoramento
da prática pedagógica, bem como a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem.
Tendo por base estes programas, observou-se um avanço considerável em
todas as questões. Maior comprometimento dos professores e profissionais da
educação, com também maior participação dos pais e envolvimento dos alunos. Vale
ressaltar que, comparado à 2008 o Colégio obteve resultados bastante satisfatórios.
Um destes resultados é a elevação da nota do IDEB, que saltou de 2,8 em 2007
para 3,9 em 2009. Este resultado é fruto do trabalho coletivo desenvolvido por toda a
comunidade escolar e necessita ser ampliado e melhorado anualmente.
Observou-se também um avanço significativo nas taxas de aprovação e
consequentemente a diminuição das taxas de abandono, reprovação e transferência
escolar. Segue abaixo uma tabela comparativa referente aos anos de 2008 e 2009.
Neste quadro foram inseridos dados como taxas de transferência, abandono escolar,
aprovação e reprovação dos alunos organizados por modalidade de ensino.
Dados referentes ao Ensino Fundamental
2008 2009 2010
Taxa de Aprovação 79% 84%
Taxa de Reprovação 14% 9%
Taxa de Abandono 6% 5%
Taxa de Transferidos 22% 21%
29
Dados referentes ao Ensino Médio
2008 2009 2010
Taxa de Aprovação 90% 79%
Taxa de Reprovação 5% 7%
Taxa de Abandono 5% 12%
Taxa de Transferidos 29% 29%
Diante destes dados podemos considerar que nosso próximo desafio é
diminuir drasticamente os índices de abandono e transferências, bem como ampliar
as taxas de aprovação no Ensino Médio.
30
MARCO
CONCEITUAL ��
31
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE CIDADANIA, DE TEMPO E
DE ESPAÇO
Sabemos que a educação é processo e uma prática social constituída e
constituinte das relações sociais mais amplas. Essa concepção de educação amplia
os espaços, sinalizando para a importância de que tal processo de formação se dê
de forma contínua ao longo da vida. Objetivando concretizá-la como direito
inalienável do cidadão em consonância com o artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, a prática social da educação deve ocorrer em espaços e
tempos pedagógicos diferentes, para atender as diferentes demandas.
Enquanto prática social a educação tem como lócus privilegiado a escola,
entendida como espaço de garantia de direitos. Portanto é necessário atentar para
as demandas da sociedade como parâmetro para o desenvolvimento das atividades
com vistas à superação das desigualdades, percebemos alguns desafios como
educação pública gratuita, democrática, inclusiva e de qualidade social para todos,
ampliação da jornada escolar (contra turno) garantia da permanência bem sucedida
para a criança, jovens e adultos, em toas as etapas da educação básica. Um outro
desafio é desenvolver uma postura ética de não hierarquização das diferenças e
entender que nenhum grupo humano é social e melhor que o outro. Na realidade
todos são diferentes. Essa constatação e censo político podem contribuir para
significativo avanço na construção dos direitos sociais, consequentemente
superação das desigualdades.
Os alunos deverão entender as relações de poder que os envolvem de
alguma forma que os determina, devendo considerar os recortes que enfoquem o
local e o global, sem negligenciar a categoria analítica espaço temporal, ou seja, a
interpretação histórica das relações, bem como se inseriu nesse contexto interagindo
como um cidadão crítico, criativo e autônomo. Desta formão homem constrói sua
especificidade e se constrói enquanto ser histórico à medida que transcende o
mundo natural pelo trabalho. Ao transcender a mera natureza o homem ultrapassa o
nível da necessidade e transita no âmbito da liberdade. A liberdade é algo construído
pelo homem à medida que constrói sua própria humanidade e consequentemente
sua cidadania.
Incapaz de produzir diretamente sua existência natural, o homem só pode
32
fazê-lo no relacionamento e na troca de esforço com seus semelhantes.
Neste contexto a educação deve preparar progressivamente o educando para
a compreensão dos problemas humanos, bem como garantir-lhes o acesso
sistemático aos conhecimentos e também à compreensão das leis que regem as
relações sociais de modo que, desenvolvidas a reflexão e a criação, o educando
possa chegar a uma autonomia pessoal que lhe assegure uma participação
consciente no meio social e no mundo do trabalho, exercendo plenamente sua
cidadania, desta forma saberá entre outras agir com respeito, solidariedade,
responsabilidade, justiça, não violência, usando o diálogo nas mais diferentes
situações comprometendo-se com o que acontece na vida da comunidade e do país.
A escola exerce um papel importantíssimo trabalhando com as diversas
formas de necessidades educativas especiais e as exclusões geradas pelas
diferenças social, econômica, psíquica, física, cultural e ideológica. Está sempre em
busca de estratégias que se traduzam em melhores condições de vida para a
população, na igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na
construção de valores éticos socialmente desejáveis por parte dos membros da
comunidade escolar, pois acreditamos ser este um bom trabalho visando a
democracia e cidadania.
33
CONCEPÇÃO DE HOMEM ��
O que define o homem mais essencialmente é a sua capacidade de
intervenção na natureza para modificá-la fazendo sua própria história. Sendo assim,
se a educação está a serviço do homem e da sua socialização, então o seu grande
objetivo é a formação do Homem Integral, que seja capaz de interagir e fazer opções
na dinâmica da vida.
O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. Há uma atividade intencional que envolve
forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários.
Hoje, na sociedade capitalista, o trabalho assume uma natureza
profundamente contraditória, ao mesmo tempo em que o trabalho continua sendo a
fonte possível de toda riqueza do homem, ele é também a fonte da miséria absoluta,
da exploração e da alienação.
O trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é
nesta dimensão que está posto a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma
atividade intencional, que envolve, formas de organização necessárias para a
formação do ser humano.
Nesta realidade, o único objetivo geral que pode ter a educação (e a escola) é
o de oportunizar o acesso ao conhecimento e aos saberes historicamente
acumulados,propondo modificações para a sociedade em que vive.
34
CONCEPÇÃO DE MUNDO �
A crise do novo milênio propicia a reflexão sobre as condições de vida e do
mundo moderno, no qual a escola passa a ter um novo papel.
A complexidade das relações sociais, de trabalho e a heterogeneidade dos
indivíduos demonstram a formação do coletivo como capacidade de emancipação e
democracia, e nos remete à homogeneidade dos seus componentes em busca dos
mesmos sonhos e ideais.
A educação como um processo de transformação humana, possibilitará que a
grande maioria da população mundial excluída para ter acesso ao mundo do
trabalho e à sociedade do conhecimento.
É necessário compreender o peso decisivo que adquirem hoje, o processo de
informação, o conhecimento, a qualificação, e o próprio processo educacional
coordenado à economia como forma de inserção social. Nesta perspectiva a terceira
revolução industrial, também denominada tecnológica ou científica-técnica vive um
cenário bastante difuso, pois nem toda a população mundial está vivendo esse
processo ao mesmo tempo. Algumas regiões do planeta ainda estão mergulhadas
na primeira revolução industrial, onde a base da produção é sustentada na produção
fabril do século dezoito.
Além disso, o processo de escolarização como meta universal da educação
básica não atingiu a grande parcela da população. E a nossa constante busca para
obter um título ou um diploma, é a maneira pela qual uma sociedade seleciona,
classifica, distribui, transmite e avalia saberes educacionais.
Vivemos em um país com um sistema capitalista marcadamente excludente,
com elevada dívida social, em que os planos econômicos e mesmo os planos
nacionais de educação não exercem papel determinante no processo educacional
brasileiro, onde o planejamento é estabelecido a partir de regras e de relações
capitalistas determinando formas, os fins, as capacidades e os domínios do modelo
do capital monopolista do Estado.
A crise provocada pela nova organização do mundo do trabalho, a exploração
demográfica em algumas regiões do planeta, aumentando o índice de pobreza, a
violência provocada pela intolerância de toda ordem, e a desigualdade econômica,
todo esse contexto tem exigido do processo educacional outra forma de condução.
Neste sentido propõe uma forma de gestão educacional que mesmo
35
convivendo numa sociedade globalizada, possa ao mesmo tempo ser fraterna e
solidária, atendendo a grande maioria, ainda excluída das benesses da
modernidade, possibilitando-lhes exercer com dignidade a sua inserção social, e o
enfrentamento dos desafios que o momento atual questiona se é possível humanizar
a formação do homem dentro de um modelo de mundo globalizado.
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36
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CONCEPÇÃO DE TRABALHO
“Na prática tem que se dar um passo de cada vez, a teoria tem que dar um
passo de cada vez” ( Bertold B recht)
Toda sociedade vive porque consome, e para consumir depende da produção.
Toda sociedade vive porque cada geração nela cuida da formação da geração
seguinte e lhe transmite algo de sua experiência, educa-o.
Diante das exigências do mercado se tem a necessidade de uma flexibilidade
em relação aos avanços das tecnologias existentes nos diversos setores da
sociedade.
Nesta perspectiva como ensinar ou produzir novas formas de conhecimento
de modo que se possa contribuir na construção cultural, mais precisamente em
relação a escolaridade ou seja como a educação sistematizada tem influência na
oferta de trabalho para o homem.
No entender de Marx, Gramsci, Frigotto, que em se referindo ao homem no
mercado de trabalho surge em meios a conflitos de uma sociedade capitalista e
desigualdade sociais, onde entende-se que o trabalho faz parte do homem e da
natureza deste, atitude esta que “por si só regula e regula o seu metabolismo com a
natureza” Marx, 1983, p.149.
Com o surgimento da exploração e dominação entre as classes existentes,
inicia-se a disputa por apropriação, dividindo-as de forma a explorar os menos
favorecidos, e tanto na sociedade antiga ou medieval esta forma de exploração
esteve em evidência demarcado por uma separação entre escravos e patrões. O
poder era construído como dádiva divina e os menos favorecidos como animais que
podiam falar.
Surge o sistema capitalista, dominante até os tempos atuais, centrados na
propriedade privada, com paradoxo contraditório de igualdade, liberdade, valores e
desenvolvimento positivista.
Com a desigualdade social, pressupõe-se que transformar o escravo em
servos livres este possa ter um melhor desempenho em suas atividades, neste
processo ideológico o homem passa a ser detentor da força física e mental. Ao
romper com a servidão, o homem precisa buscar meios para a sua sobrevivência, e
o trabalho passa a ser remunerado passando a se preocupar com o seu salário, ou
37
seja ao tornar-se do seu proprietário e sua mão de obra passa a ser negociada,
passando a existir as relações de força, dominação e poder intra e entre as nações.
A educação e a formação humana fazem parte de uma cultura que nasce de
uma ideologia em que a instituição pública, gratuita,universal, laica e tem como
função o desenvolvimento de novas culturas, socializando de forma sistemática o
conhecimento científico e organizada na escola para aqueles que necessariamente
não vendem a força do seu trabalho seja na infância ou adolescência, evidenciando
as relações sociais para se ter uma escola igualitária para todos.
É na escola que mesmo em doses pequenas, o trabalhador tem acesso ao
aprender, pois muito cedo ensinam seus filhos a necessidade de buscar para si o
sustento que muitas vezes seu legado tenha melhores oportunidades de trabalho,
diminuindo assim as desigualdades entre as pessoas na sociedade a qual está
inserido.
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38
CONCEPÇÃO DE CULTURA �
O processo de criação e transmissão contínuo dos conhecimentos conforma
aquilo que chamamos de processo cultural. Tal processo é inseparável da condição
social do homem. Porque se transforma ao longo do tempo, é histórico, e por ser
comum a todos, é considerado universal. Sua ação procura reafirmar a condição do
homem como um ser que se distingue de todos os outros no conjunto da natureza.
Disso decorre que a educação é expressão do social, da cultura que caracteriza
universalmente todos os seres humanos, uma expressão que, por ser histórico
transforma-se.
Não se pode compreender o homem dissociado da sociedade, da cultura e da
educação construídas historicamente por ele próprio, portanto resgata uma
perspectiva relativizadora de sua presença no mundo.
O Homem em diferentes meios tem necessidades diferenciadas e busca
soluções diversas para atendê-las, que resultam em experiências e conhecimentos
singulares.
Cultura é tudo que é produzido pelo ser humano, seu desenvolvimento
intelectual, são seus costumes e valores de uma sociedade. O homem não apenas
sente, mas faz e age com relação à cultura, no sentido filosófico o existir humano é
essencialmente cultural.
O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um
processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas têm comportamento
diferentes por terem recebido uma educação diferenciada. Assim podemos concluir
que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens, ele é
resultado do meio em que foi socializado.
A cultura é um processo acumulativo, o homem recebe conhecimentos e
experiências ao longo das gerações que antecederam. A cultura é uma lente:
pessoas de culturas diferentes usam lentes diferentes e, portanto, têm visões
distintas das coisas.
Os estudos culturais reconhecem que povos e contextos culturais são unidos
por tradições sociais, e estão profundamente entrelaçados em todo o sistema
cognitivo que a visão do mundo em cada indivíduo é construída pela experiência
cultural e a ela está sujeita.
Consciente da importância da cultura na formação integral do homem, o
39
Colégio Estadual 14 de Dezembro tem proporcionado importante espaço cultural,
onde os alunos, professores e comunidade escolar, pode e tem expressado sua
cultura de forma enriquecedora para toda comunidade local, enaltecendo e
eternalizando os conhecimentos e experiências das gerações que nos antecederam.
40
CONCEPÇÃO DE GESTÃO �
A formação do Gestor Escolar, para atuar na escola do século XXI, deve
condizer com a realidade do seu alunado, bem como contextualizar um
direcionamento, voltado para uma visão sistêmica e holística, para que todos os
trabalhos sejam realmente vinculados ao cotidiano escolar. Neste sentido, sua
formação também é desafiada constantemente, tendo em vista as transformações
atuais importantes que atingem a sociedade, sendo assim, ressalta-se o papel do
gestor escolar que possui a responsabilidade de direcionar e conduzir o processo de
desenvolvimento das atividades escolares junto aos docentes, bem como de
articular o gerenciamento das ações educativas na comunidade em geral.
O gestor é sem dúvida o administrador do processo, e sendo assim a escola
não pode estar alienada ou até mesmo alheia a todas as transformações ocorridas
na sociedade do conhecimento.
Substitui o controle centralizado por formas de administrar mais flexíveis,
requerendo para tanto, maior autonomia de seus membros, especialmente dos
professores.
É necessário que o gestor compreenda os trabalhos administrativos a partir
do fazer pedagógico, das experiências e demandas educativas para que direcione
as atividades de modo a facilitar a inserção das transformações necessária na práxis
educacional e no desenvolvimento das ações escolares.
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41
CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO �
O Currículo Escolar deve ser o reflexo da produção humana, constituída no
coletivo da escola, de forma intencional, com clareza da função da escola na
transmissão, apropriação e socialização do conhecimento.
O Currículo é a expressão das concepções de homem, de mundo, de ensino
e aprendizagem, de método e de educação, revelando no Projeto Político
Pedagógico todas as ações, aspirações e intenções sobre o ato educativo.
Desta forma, pensar em currículo nos dias atuais significa analisar quem são
os sujeitos da escola pública, de onde eles vêm e que referenciais sociais e culturais
eles trazem para a escola.
Partindo deste princípio, o currículo da escola deve estar pautado na busca de
uma educação de qualidade, fazendo-se necessário compreender o conhecimento
em sua totalidade.
Assim, o currículo da escola é a seleção intencional de diversos saberes
(cultura) que por sua vez, refere-se à toda produção humana que se constrói a partir
das interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo,
numa relação dialética, pressupondo a transformação da realidade concreta.
Sendo assim, é preciso selecionar os conhecimentos relevantes que
incentivem mudanças individuais e sociais, oferecendo ao estudante a formação
necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social,
econômica e política de seu tempo.
O currículo deve expressar o projeto de educação e de sociedade que se
almeja, assim como a intencionalidade do trabalho educativo e a concepção de
conhecimento, considerando suas dimensões científica, filosófica e artística,
fundamentado nas teorias críticas e com organização disciplinar.
Desta forma o educando deve ter acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares.
Nesta perspectiva, é preciso que o professor busque compreender os fundamentos
conceituais do Projeto Político Pedagógico da escola, assim como da Proposta
Pedagógica Curricular da disciplina em que atua, para então organizar sua ação,
fazendo com que o currículo ganhe vida na sala de aula, atribuindo significados ao
ato de educar, potencializando a compreensão de mundo do educando.
Entretanto, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente
42
possuem uma função extremamente importante diante desse processo pois,
organiza o ensino e aprendizagem em sala de aula, explicita os Conteúdos
Estruturantes, Básicos e Específicos a serem trabalhados em cada bimestre,
apresenta as especificações metodológicas que fundamentam a relação
ensino/aprendizagem, estabelece critérios e estratégias para avaliar o processo
desenvolvido e, acima de tudo, possibilita, através do conhecimento, a compreensão
do educando, quanto à sua condição como sujeito histórico.
Em síntese, é importante destacar que o Plano de Trabalho Docente parte da
relação estabelecida entre o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica
Curricular, portanto se constitui na expressão do Currículo em sala de aula, que por
natureza, expressa e legitima a intencionalidade da escola.
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43
CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM E CONCEPÇÃO
DE CONHECIMENTO
Quem está ou deveria estar no foco ou na centralidade do processo de
ensino/aprendizagem? Quem decide e a partir do que se define a forma de conceber
esta relação entre ensinar e aprender? A quem compete o papel de ensinar e a
quem cabe aprender no âmbito da escola? O que se ensina e se aprende e quem
determina isto? Que concepção de ensino aprendizagem, portanto, se define para a
escola pública e para aqueles que dependem dela para apropriação do
conhecimento?
Estes são alguns questionamentos que, historicamente, têm envolvido a
escola e, sobretudo, as políticas de educação. Posicionamentos diversos são
defendidos por várias concepções, as quais expressam diferentes intencionalidades
sobre a função da escola pública.
Entendemos como função social da escola, a socialização o saber elaborado,
fazendo com que o educando aproprie-se crítica e historicamente dos saberes
acumulados, compreendendo a realidade social e atuando de forma crítica e
democrática para a transformação da realidade dos seus educandos, fazendo-os
compreender que eles são sujeitos históricos.
É preciso defender uma educação para todos, voltada para as necessidades
históricas dos trabalhadores, ou seja, daqueles que necessitam da escola como
espaço para apreender o conhecimento.
O conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende,
o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Não há, portanto, produção do
conhecimento sem uma relação totalmente mediada entre ensinar e aprender.
Para a psicologia histórico-cultural a educação é um processo social de
transformação do comportamento humano por meio da superação do
comportamento primitivo, conduzido mais pela base biológica (instintos reflexos)
para o domínio das funções psicológicas superiores (linguagem, o pensamento,
consciência, autocontrole, apropriação da cultura, síntese e generalização).
Para tanto, a educação e as práticas pedagógicas deveriam estar
comprometidas com o desenvolvimento pleno destas funções psicológicas
superiores. Para que a apropriação ocorra, a comunicação verbal e prática devem
44
ser intencionalmente dirigidas de modo que sejam apropriadas pela criança como
instrumentos simbólicos que permitem a ação mental objetivadas nos
conhecimentos historicamente produzidos. Sendo assim, na Psicologia Histórico-
cultural, ensinar implica “transferir” aos estudantes os saberes sistematizados dando
continuidade ao progresso histórico, cabe ao professor o domínio desse saber e dos
meios de torná-lo acessível ao estudante.
Então, na relação professor-aluno, a centralidade do processo ensino-
aprendizagem está na mediação que acontece também de forma significativa,
quando o professor transmite o conhecimento científico e apropriação do patrimônio
cultural humano, partindo do saber real do seu aluno, retomando o que ele já sabe
para ir além, apropriando-se do que ele ainda não sabe.
A autonomia nos processos de produção do conhecimento permite-lhe sair do
papel de passividade e fazer parte dessa relação. Em todo o movimento de
aprender, a criança sempre pode ir um pouco mais além com a ajuda da mediação.
Enfim, para Vygotski, a criança pode desempenhar tarefas em níveis mais
avançados com a ajuda de adultos ou de companheiros que já tenham apropriado
esse conhecimento. Para explicar isso ele define o aprendizado em dois níveis: o
nível de desenvolvimento real e o potencial. No primeiro nível a criança se encontra
numa relação com o objeto do conhecimento de forma autônoma, ou seja, significa o
que a criança já sabe e pode realizar sozinha. O segundo nível implica em tarefas,
ações ou conhecimentos que ela desenvolverá com a mediação – a ajuda – de outro
alguém neste processo, por isso a pessoa que media já deve ter se apropriado do
conhecimento. O que se almeja para este movimento de apreensão do
conhecimento é aumentar as possibilidades de mediação a fim de que a criança se
aproprie cada vez mais de conhecimentos e possa desenvolver mais tarefas com
autonomia. A distância entre o nível real (o que a criança desenvolve sozinha) e o
nível potencial (o que ela desenvolve com a mediação) é o que Vygotski define como
zona de desenvolvimento proximal.
A zona de desenvolvimento proximal da criança é a distância entre seu
desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente
de problemas e o nível de seu desenvolvimento potencial, determinado através da
solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes.
Esse movimento de mediação acontece em todas as relações citadas, mas
45
com conteúdos diferentes, por terem objetivos diferentes na relação.
Um dos fatores essenciais para que a mediação aconteça é a LINGUAGEM,
sendo ela um dos instrumentos do pensamento para o processo de internalização de
conceitos. Dependendo do momento em que o sujeito se encontra para interpretar
certas informações ou conhecimentos, ele necessita utilizá-la como função
planejadora, o que Vygotski considera FALA INDIVIDUAL, que orienta o
desenvolvimento cognitivo como a auto-instrução cognitiva. Quando a informação é
recebida pelo sujeito, esta precisa percorrer um caminho para seu processamento e
elaboração de novos conceitos para dar uma resposta ao ambiente.
A linguagem é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos,
sendo a principal mediadora entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Em cada
situação de interação, o sujeito está em um momento de sua trajetória particular,
trazendo consigo determinadas possibilidades de interpretação do material que
obtém do mundo externo.
Em seus estudos, Vygotski chega à compreensão de que não é a maturidade
que antecede o desenvolvimento, mas o contrário. Quanto mais possibilidades de
aprendizagem são colocadas a criança, mais ela desenvolve suas funções
psicológicas, ou seja, segundo Leontiev (1978), cada criança precisa se apropriar
daquilo que foi produzido historicamente.
Portanto a maturidade é consequência do processo de mediação da
aprendizagem. “É a aprendizagem que promove o desenvolvimento”.
Contudo, o conhecimento é uma produção histórica, cultural e social. Ao
passo em que ele não pode ser secundarizado, também não pode ser ele mitificado
como se fosse eterno, único e imutável. Da mesma forma, como ele é via de
emancipação, se ele for tomado com o olhar hegemônico da lógica conservadora e
dominante, ele reproduz as relações de dominação e de discriminação da nossa
sociedade.
Não existe nenhuma neutralidade em nenhum conhecimento; o professor ao
selecionar o conteúdo de aula está fazendo uma opção: tomar o conhecimento como
via de reprodução ou emancipação. O conhecimento deve partir da prática social do
aluno ou das comunidades – partir do movimento do real - fundamentar, pensar e
refletir a prática social a fim de que, em alguma medida, em sua condição histórica,
possa ser transformada.
Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o
46
ensino e aprendizagem, entre o fazer e o pensar, a relação de movimento, portanto,
dialética, que possibilite compreender o real em suas contradições, bem como o
enfrentamento às insuficiências do construtivismo são algumas das muitas defesas
da abordagem histórico-cultural. Esta concepção de ensino-aprendizagem
fundamenta as possibilidades de apropriação do conhecimento e democratização da
escola pública, e não pode ser de forma alguma uma defesa partidária de governo, e
sim uma conquista histórica dos professores, como base das políticas de Estado que
fazem a critica ao viés mercadológico da educação para defender sua dimensão
absolutamente democrática, pública, laica e obrigatória.
47
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA �
A sociedade do conhecimento já está em constante evolução. Assim, são
necessários questionamentos sobre o processo de mudança e construção de todo o
contexto social – econômico – educacional.
As tecnologias da informação e comunicação podem habilitar os indivíduos e
oferecer-lhes um meio de alcançar a soberania pessoal. Neste sentido, cabe
ressaltar a importância das tecnologias da informação e comunicação aplicadas à
educação.
Estamos vivenciando um processo de transformação social, em que a
instabilidade é constante e a insegurança são visíveis em todos os níveis sócio-
culturais, e, em especial, educacionais. Assim o processo educacional e as
mudanças sociais sofrem influências visíveis e tangíveis na construção e evolução
da sociedade.
A educação, isto é, a escola está no meio desse turbilhão de informações, e
embutida nessa imensa indução de receptividade de dados. A sociedade está de
uma certa forma rodeada de complexidades e desigualdades surgindo assim, a
inclusão digital.
O gestor escolar necessita compreender e analisar que o professor precisa
refletir sobre o processo de sistematização e articulação de todas as informações
que o rodeia, bem como sobre a capacidade de questionar, de reconstruir e de
avaliar a sua própria construção do conhecimento.
Assim o professor gestor, terá cada vez mais a responsabilidade de gerenciar
todo o processo de ensino e aprendizagem, pois o aluno somente recebe muitas
informações, não conseguindo contextualizá-las ou até mesmo incorporá-la em sua
vida.
Cabe ao docente fazer com que esta situação ocorra, tendo em vista a
necessidade da compreensão da própria vivência e sobrevivência humana.
Todos nós já temos consciência de que a tecnologia é apenas o meio de todo
o processo de construção e evolução da educação. Neste sentido ressaltam-se, as
tecnologias da informação e comunicação são apenas uma ferramenta educacional
que o professor utiliza de maneira produtiva em sala de aula, pois todo e qualquer
recurso técnico-pedagógico é uma alternativa de trabalho para que o docente
desenvolva atividades reflexivas e autônomas para que seu aluno consiga
48
desenvolver habilidades e construir seu próprio conhecimento.
Todas essas questões são um desafio para o professor da atualidade, pois ao
mesmo tempo em que as tecnologias fascinam, ela também faz com que seja
repensada a educação, bem como um novo sentido para que o processo educativo
seja claro e objetivo, e que o docente consiga desenvolver os trabalhos pedagógicos
e não ter dúvidas de ser o profissional responsável por essa transformação. Neste
sentido faz-se necessária a interlocução e sistematização das informações, para que
sejam efetivados trabalhos conectados com a realidade vigente.
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49
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A função formativa da avaliação, numa perspectiva ampla, supõe uma ação
do avaliador em direção ao desenvolvimento e crescimento do avaliado. Diversos
autores tem enfocado a avaliação formativa como possibilidade de melhoria do
desempenho.
Numa concepção progressista de avaliação formativa a intervenção para que
seja eficiente e eficaz deve ser diferenciada, considerando as ações do homem,
mundo, sociedade, representações que implicam múltiplos olhares sobre a educação
e que, portanto, desencadeiam o desafio de contribuir para o conjunto da prática
pedagógica do corpo docente esteja engajado num mesmo paradigma. Nesse
sentido e buscando evidenciar a avaliação num sentido que supera um caráter
meramente instrumental, importa antes o seu aspecto formativo numa dimensão
voltada para um conjunto de práticas educativas que servirão de base para o
julgamento da qualidade dos diferentes desempenhos, tanto do professor quanto do
aluno no complexo processo de ensino e aprendizagem. Nesse processo de
formação do sujeito crítico e participativo, a avaliação serve para mobilizar o aluno a
fim de que ele perceba os conhecimentos dos quais já se apropriou e o que ainda
precisa ser consolidado, assim como deve mobilizar o professor para rever sua
prática pedagógica, sem perder de vista a importância da interatividade na
construção dos diferentes saberes.
Os critérios avaliativos não são instrumentos, são escolhidos a partir dos
conteúdos selecionados e utilizados para avaliar os conhecimentos do aluno, o
professor define os critérios no momento da elaboração do trabalho docente
acompanhando a prática pedagógica desde os conceitos, objetivos e metodologias
que irá aplicar no desenvolvimento do conteúdo, servindo de base para o
conhecimento do nível de ensino/aprendizagem que os alunos se encontram.
Os critérios estão voltados para a intenção dos conteúdos a serem
trabalhados e pertinentes a este e não para os instrumentos, sendo uma constante
apreciação do processo da aprendizagem de ensino, ligados a concepção de
educação, de homem, de mundo e de sociedade.
50
CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO �
Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão de
benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem
geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais.
Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e
serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais
favorecidos no sistema meritocrático em que vivemos.
Uma sugestão para que se caminhe para a educação de qualidade é que as
escolas elaborem com autonomia de forma participativa o seu PPP, conhecer a
realidade de seus alunos onde estão e porque estão fora dela, para que seja
possível elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que se
insere. A integração entre as áreas do conhecimento e as novas propostas partem
do respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, para
chegar a sistematização do saber. De modo que adequando o processo de
aprendizagem ao ritmo de condições de desenvolvimento dos aprendizes um dos
princípios da escola de qualidade para todos. O professor não predetermina a
extensão e a profundidade dos conteúdos a serem construídos pelos alunos, pelo
contrário é ele que se adapta ao novo conhecimento e só ele é capaz de regular o
seu processo de construção intelectual. Outra possibilidade é a avaliação que em
nosso Colégio tem sido trabalhado de maneira inclusiva valorizando o conhecimento
tácito do aluno e norteando o trabalho do professor, tornando-o cada vez mais
adequado e eficiente à aprendizagem de todos os alunos.
A meta principal da escola é a aprendizagem como centro das atividades
escolares, independente do desempenho de cada um, são condições de base para
que se caminhe na direção da escola acolhedora, no sentido de ser receptiva a
todas as crianças, pois as escolas existem, para formar as novas gerações, e não
apenas alguns de seus futuros membros, os mais privilegiados. Os alunos aprendem
até o limite em que conseguem chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o
professor considera o nível de possibilidades de desenvolvimento de cada um e
explora essas possibilidades por meio de atividades abertas, nas quais o aluno se
enquadra por si mesmo, na medida que seus interesses e necessidades, seja para
construir uma idéia, ou resolver um problema, realizar uma tarefa. Essas ações
51
desenvolvem a cooperação, o reconhecimento dos talentos humanos e a
socialização do trabalho de cada pessoa, independente da diversidade, promovem a
formação de cidadãos cada vez mais atuantes na realidade.
52
FORMAÇÃO CONTINUADA �
O processo de formação continuada dos profissionais da educação implica
em uma reflexão sobre o próprio significado do processo educativo que para a
formação prática educativa e progressista devem ser obrigatórios alguns saberes
fundamentais a essa prática de formação docente. É indispensável que o formando
docente saiba que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção, que não há docência sem
discência as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os
conotam, não se reduzem a condição de objeto um do outro, havendo desta maneira
uma troca, quem ensina aprende ao ensinar e vice versa. O educador democrático
não pode negar-se o dever de, na sua prática docente reforçar a capacidade crítica
do educando, sua curiosidade, sua insubmissão, bem como não se prender apenas
em ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.
Apesar de conscientes destas necessidades, nem sempre as instituições
superiores (universidades e faculdades) têm colocado no mercado de trabalho,
profissionais realmente habilitados para tal exercício.
Desta forma as instituições educacionais têm lançado mão de alguns recursos
para solucionar os problemas advindos desta situação, tais como:
-Grupo de Estudos;
- Reuniões pedagógicas;
- GTR, entre outros.
Contudo é pré condição para o aperfeiçoamento como a autoridade do
professor a inserção dele no coletivo da profissão através da formação adequada.
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53
MARCO
OPERACIONAL ��
54
MARCO OPERACIONAL
O referido Projeto Político Pedagógico parte do pressuposto de que a
finalidade da educação como uma prática social, é a transmissão sistemática dos
conteúdos de ensino, os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento
histórico pela humanidade, de modo a assegurar que os alunos se apropriem de
novos conhecimentos e possam reelaborá-los, processando uma crítica concreta,
embasada,na compreensão científica do real. Entende ainda que a educação
abrange produção,construção, reflexão, análise e divulgação dos conhecimentos,
conteúdos e práticas culturais nas mais variadas situações educativas.
Dentro deste contexto educativo, nossa escola procurará oportunizar através
do Projeto Político Pedagógico, por meio dos conteúdos trabalhados em sala de
aula, dos projetos a serem desenvolvidos na escola, nas interações com a
comunidade em reuniões, conselhos escolares; nas atividades formais e informais,
oportunizando uma aprendizagem significativa, e uma maior relação entre sujeitos
históricos.
O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e
prioridades estabelecidas pela coletividade, estabelece através da reflexão, as ações
necessárias à construção de uma nova realidade. O Projeto Político Pedagógico é
antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no
processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, pais de alunos ,e a
comunidade como um todo. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço
para o exercício da autonomia
Para tanto descreveremos as ações que nortearão nosso trabalho no decorrer
dos próximos anos.
55
HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES �
A Hora Atividade é o momento de troca de experiência reservado ao
Professor em exercício de docência, mediada pelo pedagogo como um espaço
efetivo de reflexão sobre o Plano de Trabalho Docente com vistas a rever
encaminhamentos metodológicos, processo de avaliação e recuperação de
conteúdos, viabilizando proposições diferenciadas de trabalho no decorrer do
processo de ensino aprendizagem.
Durante a Hora Atividade, os docentes também fazem as correção das
atividades dos discentes, elaboram e implementam programas e ações juntamente
com a direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como o atendimento de
alunos, pais e (outros assuntos de interesse da comunidade escolar. Criam e
desenvolvem estratégias de ações que se fizerem necessárias ao enfrentamento de
problemas relacionados ao ensino/aprendizagem dos educandos.
Esse espaço dentro da escola deve favorecer o trabalho coletivo dos
professores, conforme preconiza a Instrução nº 02/04 – SUED/SEED.
A organização da Hora Atividade em nossa escola é feita dentro do que
determina a instrução acima citado é concentrada por disciplina e destinada a todos
os professores independente do vínculo (QPM, Extraordinária, PSS), sendo de
responsabilidade do Diretor do estabelecimento de ensino a distribuição e a
verificação do seu cumprimento.
No caso dos professores com vinculo, PSS e com aulas Extraordinária, que
atuam em outras escolas, a H/A também é concentrada por disciplinas e organizada
de acordo com a compatibilidade de horários do docente.
No dia 29/01/2008 - A chefia no NRE, juntamente com a Equipe pedagógica,
levou para discussão com os Documentadores Escolares, Diretores e um Professor
Pedagogo de cada escola a importância da hora atividade concentrada e, no
coletivo, ficou decidido a efetivação da hora atividade concentrada, e desde então
ela acontece dessa forma.
56
CONSELHO DE CLASSE
A Deliberação n.º 07/99 do Conselho Estadual de Educação e Secretaria de
Estado da Educação estabelece:
Art. 7º - Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar o
acompanhamento do processo de avaliação da série, ciclo, grau ou período,
devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.
§ 1.° - O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos Professores, pelo
Diretor e pelos profissionais de supervisão e orientação educacional.
§ 2.º - É recomendável a participação de um representante dos alunos.
§ 3.°- A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários
deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação
Partindo deste princípio e da necessidade de uma visão total dos processos,
apesar de ser um órgão colegiado específico da equipe docente, recebe a
colaboração dos funcionários, pais e alunos, conta também com a participação do
Diretor(a) e/ou Diretor(a) Auxiliar, professores pedagogos e todos os professores
das diferentes disciplinas..
O Conselho de Classe configura-se como uma instância avaliativa, pois seu
objeto de estudo é o ensino/aprendizagem e suas relações com a avaliação. Dentro
do Conselho de Classe o pedagogo é o articulador do discurso dos educandos e dos
professores, identificando a partir destes discursos, os problemas mais urgentes.
É Importante�ressaltar, que a gestão democrática citada na LDB 9394/96
garante à equipe pedagógica e aos professores da escola o direito de estabelecer os
princípios, finalidades e objetivos de seu Conselho de Classe.
Diante disso, os Conselhos de Classe em nossa escola são realizados no
fim de cada bimestre, onde são discutido as dificuldades no desenvolvimento da
aprendizagem dos educandos e tem como objetivo principal diagnosticar a razão
das dificuldades, apontando as mudanças necessárias para que o educando possa
alcançar maior sucesso educacional, superando as dificuldades encontradas.
Portanto, ele ocorre em três fases: o Pré-Conselho, Conselho de Classe e o
Pós Conselho.
Pré-Conselho; durante a hora atividade são questionados junto aos
professores os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, quais os
57
problemas que estão ocorrendo, e o que está atrapalhando o bom andamento do
trabalho pedagógico em sala de aula,bem como o desempenho geral da turma. Os
dados são tabulados em uma ficha, onde é feito o registro dos procedimentos e
encaminhamentos metodológicos que o professor vem utilizando em sala de aula
para sanar tais dificuldades. Esses dados devem ser entregues com pelo menos
dez dias que antecede o Conselho de Classe, a fim de haver tempo hábil para a
análise por parte da equipe pedagógica e direção, que diante dos resultados
estrutura a pauta do Conselho de Classe, estabelecendo a ordem e a forma como os
assuntos serão abordados, pois é de responsabilidade da direção presidir o
Conselho de Classe e cabe ao pedagogo organizar as informações e dados
coletados.
Conselho de Classe: Os professores reúnem-se juntamente com a direção e
a equipe pedagógica, deixando bem claro que o enfoque será dado aos problemas
levantados durante o bimestre e no Pré-Conselho, e que os assuntos se restringem
ao ensino/ aprendizagem dos educandos .
A equipe pedagógica já chega com todas as informações levantadas no pré-
conselho, com a preocupação de se buscar soluções para as questões que
envolvem as dificuldades dos alunos.
Os casos são tratados individualmente, e todas as decisões tomadas pelo
coletivo da escola são registradas em atas pelos funcionários da secretaria e
assinadas por todos os presentes, o relato é feito por turma, colocando o nome dos
alunos que necessitam de maior atenção.� � Esse é um momento de tomada de
decisões, onde os critérios adotados não são para excluir ou aprovar alunos, mas
discutir e refletir sobre o todo da aprendizagem, interferindo nos conteúdos e nas
metodologias que são utilizados em sala de aula.
Pós Conselho: consiste em verificar se as ações e encaminhamentos
metodológicos estão tendo resultado na aprendizagem do educando, onde a equipe
pedagógica estará intervindo sempre que necessário com relação as decisões
tomadas no Conselho de Classe. Quando percebemos que é necessário rever a
prática pedagógica em sala de aula é feito uma fala em particular com o professor.
É nessa fase também, que os pais ou responsáveis são convidados a
comparecer ao colégio para tomar conhecimento da situação do aluno, para que
possam acompanhar o desempenho escolar do educando,contribuindo com o
efetivo aprendizado do mesmo.
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DATAS DO CONSELHO DE CLASSE: 2010
Conselho de Classe do 1º bimestre: 01/03/2010
Conselho de Classe do 2º bimestre: 01/07/2010
Conselho de Classe do 3º bimestre: 01/10/201o
Conselho de Classe do 4º bimestre: 18/12/201o
��
59
PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Para se construir uma proposta de avaliação é necessário que esta esteja
respaldada no processo ensino aprendizagem tomando por referencia as Propostas
Curriculares da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) e a legislação
vigente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96,
A avaliação deve estar diretamente ligada aos conteúdos básicos e
específicos elencados no Plano de ação docente, acompanhados dos objetivos
propostos de cada conteúdo, norteando o processo do ensino aprendizagem,
contribuindo para a formação do educando e no cumprimento da função social da
escola.
Com a avaliação obtemos as informações necessárias para planejar novas
ações baseadas nas dificuldades encontradas pelos alunos, seja nos aspectos
cognitivos, a fim de intervir no desenvolvimento do educando; redirecionando sua
prática e identificando outras dificuldades com o objetivo de superá-las, contribuindo
para o processo de formação de cidadãos autônomos, critico e participativos.
A avaliação deve ser entendida como atividade dinâmica e sistemática para
tanto é necessário que se elabore alguns critérios nos quais se faça uma distinção
entre o erro e a verdade, decorrentes dos conteúdos apresentados, selecionados e
sistematizados, adotados pelo docentes e utilizados para avaliar o conhecimento do
educando
Segundo DEPRESBITERIS “os critérios de avaliação são princípios que
servirão de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos, compreendidos
aqui, não apenas como uma execução de uma tarefa, mas uma série de atributos
que para ela convergem (SEED,2008), entendendo desta maneira que os critérios
não são valores
Desta forma entendemos que os critérios dependem dos conteúdos,
pensados pelo professor quando elabora o seu trabalho docente, ou metodologia
própria. Critérios não são instrumentos nem pesos, mas que subsidiarão a valoração
a partir de dar os conteúdos neste sentido pode se dizer que critérios são maneiras
de como trabalhar os conteúdos visando o ensino aprendizagem, assimilado e com
o entendimento dos conceitos absorvidos pelo educando e cujos procedimentos
serão utilizados na prática em suas atitudes como ser humano e como cidadãos.
É necessário que exista uma concordância dos conteúdos a serem
60
trabalhados de maneira que o educando visualize as necessidades da humanidade
nos dias atuais voltados para a intenção e não para os instrumentos.
Devemos ter claro que os critérios de avaliação tem com base promover, pois
o professor sabe exatamente o que o aluno assimilou do conteúdo apresentado por
ele e subentende-se que o aluno tem noção do que sabe fazer ou o que ainda esta
por aprender.
Ao estabelecerem-se critérios de avaliação este pode ser elaborado com a
participação do educando previamente para o desenvolvimento da cada tarefa, como
também como outros professores, respaldados em critérios qualitativos, ponderados
coletivamente com o objetivo do desenvolvimento integral do educando. e indicando
o que se quer alcançar com a aprendizagem dos alunos, refletindo sobre os
conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, em que a escola é considerado
um espaço para o desenvolvimento intelectual do aluno de modo que ele entenda o
contexto no qual está inserido.
Na escola esses procedimentos precisam estar comprometidos com a práxis
didático-pedagógica, professor
• • Ter clara a concepção utilizada como suporte da prática pedagógica;
• • Planejar as suas aulas cotidianamente;
• • Reelaborar e atualizar seus conhecimentos;
• • Estabelecer com clareza o que será avaliado;
• • Selecionar e comunicar aos alunos as técnicas e instrumentos de
avaliação serem utilizados;
• • Dar ao aluno o direito de questionar, duvidar e errar;
• • Considerar o erro como um dos indicadores do nível de
aprendizagem;
• • Fazer intervenções em tempo hábil;
• • Valorizar os acertos dos alunos, incentivando e elevando sua auto-
estima;
• • Registrar os resultados da avaliação para acompanhamento e
progressão do aluno;
• • Explicar previamente ao aluno o que se espera dele ao final de cada
atividade proposta;
61
• • Iniciar cada atividade, levantando os conhecimentos prévios dos
alunos sobre o assunto que será tratado;
• • Estimular e incentivar os alunos a superar os desafios;
• • Diagnosticar os avanços e dificuldades dos alunos, propondo
atividades de recuperação paralela;
• • Valorizar e respeitar o ritmo de aprendizagem dos alunos;
• • Promover a auto-avaliação do aluno, estabelecendo critérios que
possibilitem a confiança mútua.
Através desses compromissos é que se poderá ter uma visão mais
aprimorada do que pode ser a avaliação em relação ao aluno e sua competência.
62
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A Lei Federal 9394/96 prediz que a recuperação paralela deva ocorrer
paralelamente ao ano letivo, ou seja, durante todo o processo escolar em que o
educando está freqüentando, sendo flexível em cada estabelecimento de ensino
desde que esteja explicito no Projeto Político Pedagógico contendo adaptações e
estratégias na demanda. O artigo 24 alínea “e” recomenda que ele seja paralelo
para os casos de baixo rendimento escolar e estar contemplado no Regimento
Escolar, desta forma os educando que não obtiveram bom desempenho em
determinado período escolar apresentados por problemas psicossociais, econômicas
e culturais, utilizando-se de novas metodologias e instrumentos de ensino.,
rompendo com a cultura de reprovação, mesmo porque as notas ou conceitos são
flexíveis e pré-definidos pela escola, garantindo a qualidade de aprendizagem
As atividades favorecidas pelo professor na recuperação devem estar
contempladas no Projeto Político Pedagógico com critérios a fim de não
sobrecarregar o recuperando, planejando suas atividades a cada término de
conteúdo, verificando se houve aprendizagem a fim de que o educando possa
avançar em relação a aprendizagem.
.Para que esta recuperação de estudos aconteça será necessário que se
reveja:
• As atividades e metodologias, onde as atividades e explicações do
conteúdo devem ocorrer de forma diferenciadas as que foram
conduzidas anteriormente; para que não seja apenas a recuperação de
notas mas de conteúdos;
• O ritmo da aprendizagem onde será trabalhada a real dificuldade e o
educando possa compreender o que lhe está sendo repassado;
• Qualidade nos conteúdos e sua relevância científico-tecnológico e
social;
• Priorizar a qualidade de ensino e a permanência do aluno, não
utilizando a avaliação ou recuperação como “punição”.
Para que a recuperação de estudos aconteça de forma tranqüila o professor
deve conduzir a sua intervenção no processo educativo de forma diferenciada nas
disciplinas a fins, considerando que cada aluno possui uma característica própria,
acontecendo durante todo o período de aula,revisando o conteúdo, complementando
63
com explicações diferenciadas,correção das atividades em conjunto e ou
individualmente, atividades de casa, corrigindo-as em grupo e se preciso também
individualmente no dia seguinte, haja visto que a avaliação ocorre de forma continua
revelando a prática educativa contribuindo neste sentido para o desenvolvimento do
educando.
É necessário que se garanta ao aluno o seu sucesso na aprendizagem de
ensino, considerando que a reprovação é considerada como um processo retroativo
para o desenvolvimento do educando, neste caso será necessário que se tome
alguma atitudes em relação a aprendizagem do educando, necessitando que o
educador considere estratégias de ação antevendo os resultados negativos,
As atividades de Recuperação de Estudos poderão ser elaboradas junto a
Equipe Pedagógica se assim fizer necessário, no sentido de crias hábitos de
estudos por parte do educando com conteúdos significativos, desenvolver atividades
diversificadas durante o ano letivo possibilitando o desenvolvimento intelectual,
oficinas de leitura, registros dos relatórios de atividades, alunos monitores,
estagiários em horário especial, revisão de provas e correção junto aos alunos
ofertando neste momento um feedback dos objetivos propostos nos conteúdos
desenvolvidos
64
EDUCAÇÃO FISCAL
A Educação Fiscal deve tratar da compreensão do que é o Estado, suas
origens, seus propósitos e da importância do controle da sociedade sobre o gasto
público, através da participação de cada cidadão, contribuindo para o fortalecimento
do ambiente democrático e o exercício de uma prática educativa na perspectiva de
formar um ser humano socialmente consciente.
A Educação Fiscal tem como objetivo possibilitar e estimular o crescente
poder do cidadão quanto ao controle democrático do Estado, incentivando-o a
participação individual e coletiva na definição de políticas públicas e na elaboração
das leis para sua execução.
Portanto, a Educação Fiscal deve ser compreendida como uma abordagem
didático-pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e
dos gastos públicos, estimulando o cidadão a compreender o seu dever de contribuir
para o benefício do conjunto da sociedade e por outro lado, estar consciente da
importância de sua participação no acompanhamento de uma gestão pública
eficiente, transparente e honesta quanto à captação, alocação e aplicação dos
recursos públicos. Promovendo a participação do indivíduo por meio de uma prática
comprometida com a transformação da realidade em benefício da qualidade de vida
da população.
Segundo Pedro Demo (1996), “participação é conquista social”. A Educação
Fiscal é uma ponte que nos liga a essa fonte de saber, uma porta que se abre para a
construção de um processo de participação popular para que, professores, líderes
comunitários, universitários, entre outros, possam realizar seu papel de modo cada
vez mais consciente e responsável.
Diante disso, vemos que a educação escolar cidadã é aquela que leva o
educando a ter uma leitura de mundo, compreendendo suas relações naturais,
sociais, políticas e econômica.
Para disseminar o Programa de Educação Fiscal em nosso colégio, nossos
docentes e discentes buscam desenvolver um trabalho por meio de uma conduta
responsável com as seguintes ações:
• Desenvolver atividades interdisciplinares no decorrer do ano letivo,
objetivando a formação de uma consciência de bem comum através de
ação individual e permanente, mostrando a importancia de exigir a
65
nota fiscal ao adquirir um produto, no intuito de compreender a
função e o papel da comunidade na emissão da nota fiscal;
• Desenvolver atividades teoricas e práticas em todas as disciplinas,
sobre impostos e taxas;
• Realizar pesquisas de campo, onde o s educandos possam ter contato
com notas fiscais, para poder compreeder como é feito o cálculo do
imposto embutido em tudo que consumimos, revelando a função sócio
- econômica dos tributos;
• Levar por meio do Programa “Cidade Mirim” o conhecimento sobre
administração pública, controle de gastos, aplicação dos recursos
resultantes do imposto entre outros temas relacionados ao exercício da
cidadania e do controle social, sensibilizando o educando para a
função socio econômica dos tributos. Levando ao seu conhecimento a
importancia e a função da Administração Pública, no controle dos
gastos publicos, bem como, o acompanhamento e fiscalização da
aplicação dos recursos públicos e tributação.
Entendendo a relevancia deste trabalho junto aos nossos educandos, temos
como objetivo para o ano de 2010, dar continuidade ao trabalho que vem sendo
desenvolvido por professores, alunos, direção, equipe pedagógica e funcionários,
pois esse é um trabalho que exige o envolvimento de toda comunidade escolar.
Contaremos ainda com o apoio do comércio do nosso município para a
implementação e inovação do Programa .
Para que os nossos objetivos obtenham o resultado esperado serão
desenvolvidos trabalhos das mais diferentes formas, com atividades teoricas e
práticas cada vez mais eficazes, levando até o nosso aluno o conhecimento
necessário para que possam ser conhecedor dos seus direitos e deveres, agindo
em seu meio com críticidade, participando ativamente da vida em sociedade, pois a
construção da cidadania é adquirida por meio da conquista de direitos e o
cumprimento dos deveres.
66
INCLUSÃO E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO
A diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a
construção histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo
histórico-cultural, na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto
das relações de poder. Os processos e a luta pela inclusão na educação básica
representam um posicionamento político, uma reorganização do trabalho na escola,
do tempo escolar e da formação de professores, o trato ético e democrático dos
alunos e seus familiares, novas alternativas para a condição docente e uma postura
democrática diante do diverso.
Neste contexto, são necessários posicionamentos, práticas políticas e o
entendimento da relação entre inclusão, exclusão e diversidade, articulados a uma
visão ampla de educação e desenvolvimento sustentável.
As políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na
discussão da relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da
educação básica. Assim, é fundamental problematizar questões como a
contextualização curricular a partir da diversidade regional; a educação indígena; a
educação afrodescendência; a educação no campo; a educação de pessoas com
deficiências e altas habilidades; a educação de pessoas privadas de sua liberdade; a
educação e diversidade sexual.
A cobrança hoje feita à educação, de inclusão e valorização da diversidade,
tem a ver com as estratégias por meio das quais os grupos humanos e sociais
considerados diferentes passaram a destacar politicamente as suas singularidades e
identidades, cobrando tratamento justo e igualitário, desmistificando a ideia de
inferioridade que paira sobre diferenças socialmente construídas. Esses grupos
questionam as políticas de inclusão, buscando superar a visão assistencialista que
ainda recai sobre elas.
Compreender a relação entre diversidade e educação básica implica delimitar
um princípio radical da educação pública e democrática: a escola pública se tornará
cada vez mais pública na medida que compreender o direito à diversidade e o
respeito às diferenças como um dos eixos norteadores da sua ação e das práticas
pedagógicas. Para tal, faz-se necessário o rompimento com a postura de
neutralidade diante da diversidade que ainda se encontra nos currículos.
67
Assim os desafios postos pela inclusão e a diversidade na educação básica
exigem medidas que garantam a todos os grupos sociais, principalmente àqueles
que se encontram histórica e socialmente excluídos, o acesso a uma educação de
qualidade.
O Colégio Estadual 14 de Dezembro compartilha destes conceitos e propõe
um currículo que reconhece o direito à diversidade e o respeito às diferenças,
oportunizando a todos uma educação de qualidade.
68
ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS
Segundo a Deliberação Nº 02/03 do Conselho Estadual de Educação e a
Instrução Nº 05/2004, da Secretaria de Estado da Educação, a Sala de Recursos é
um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e complementa o
atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental de 5ª
a 8ª séries. Esse atendimento possui caráter transitório e exige obrigatoriedade de
matrícula na classe comum do ensino regular. São atendidos no programa de apoio
especializado em sala de recursos, os alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais, alunos egressos da educação especial ou de sala de
recursos de 1ª a 4ª séries, e ainda aqueles que apresentam problemas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou
deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para
obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
O atendimento no programa pode se estender a alunos de escolas próximas
nas quais ainda não exista sala de recursos.
Entende-se que o trabalho realizado nas salas de recursos deve ser o de
suplementar, aprofundar, enriquecer o currículo (superdotados) e complementar
(para os demais) o atendimento educacional realizado em classes comuns da
educação básica, utilizando equipamentos e recursos pedagógicos diversificados,
adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos. Os professores que
atuam nas Salas de Recursos de 5ª a 8ª séries devem, portanto, utilizar uma grande
diversidade de estratégias na estruturação das intenções educacionais para que
seus alunos se apropriem dos conhecimentos.
A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do
ensino regular, pelo professor da classe comum, professor especializado e equipe
técnico pedagógica da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional
(externa) e equipe do Núcleo Regional de Educação e/ou secretaria municipal de
educação, quando necessário.
O aluno deverá receber atendimento de duas a quatro vezes por semana, não
ultrapassando duas horas diárias, em horário diferente daquele em que freqüenta a
classe comum. Na sala de recursos, para 20 horas semanais, o número máximo é
de 30 (trinta) alunos, atendidos por intermédio de cronograma preestabelecido,
podendo o aluno ser atendido individualmente ou em grupo de até 10 alunos,
69
organizados preferencialmente por faixa etária e/ ou conforme as necessidades
pedagógicas semelhantes.
O aluno com Necessidades Educacionais Especiais, tem direito a uma
educação de qualidade, para adquirir o conhecimento necessário para o seu
desenvolvimento pessoal, social e acadêmico.
No grupo de sujeitos com deficiência intelectual, existem inúmeras
características que lhe são peculiares, as quais se expressam em forma de talentos,
capacidades, necessidades e algumas dificuldades. As abordagens de ensino
baseiam-se no reconhecimento de que indivíduos aprendem e se desenvolvem de
maneiras diferentes e em ritmos diferentes. Portanto, o ambiente escolar precisa ser
flexível e, ao mesmo tempo, oferecer alicerces para que possa atender as
necessidades individuais de cada um, adaptando suas estruturas, seu currículo,
materiais didáticos e práticas de ensino.
Partindo desse princípio, a escola desenvolve um trabalho pedagógico,
visando a integração destes alunos na sociedade por meio do estímulo de suas
potencialidades, com um processo educativo não discriminador, voltado a integração
social desses educandos.Portanto, lhe é assegurado a acessibilidade ao nosso
educando, permitindo a sua entrada em todos os ambientes da escola, por meio de
mapeamentos em sala de aula, posicionando o em lugares estratégico,
A avaliação também é feita de forma diferenciada, por meio de diversos
instrumentos e critérios avaliativos, que possam favorecer o desenvolvimento dos
alunos, estabelecendo estratégias para sanar as dificuldades de
aprendizagem acadêmicas que estão em evidência.
Diante disso, a avaliação do contexto escolar deve ser analisada de modo a
relacionar a ação pedagógica do professor e as condições da escola, ou seja,
permitindo ao aluno o acesso a recursos que viabilize as condições e possibilidades
de realizar satisfatoriamente sua avaliação, dentre eles podemos considerar: os
instrumentos tecnológicos como: computadores, calculadora (manuais , soroban e
outros), prova ampliada e outros. É sabido que a avaliação deve centrar se mais no
processo de ensino aprendizagem, sendo uma mediação entre aluno e professor,
levando sempre em considerando a forma como o aluno aprende, sem com isso
descuidar da qualidade do que ele aprende
70
ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED - implementou o
Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às
defasagens de aprendizagem apresentadas pelos educandos que frequentam a 5ª
série/6º ano do Ensino Fundamental.
O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades
referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como o
raciocínio lógico, as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e
elementares.
Desde a sua criação a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vem
promovendo capacitação aos professores e pedagogos que atuam nesta área,
buscando esclarecer os objetivos e encaminhamentos metodológicos, bem como,
levar ao conhecimento dos professores formas diferenciadas de atividades para
serem trabalhadas na Sala de Apoio a Aprendizagem.
A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa
e Matemática – será de 04 horas - aula semanais para os alunos, sendo ofertadas
prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subseqüentes, tendo sempre em
vista o benefício do aluno.
Dessa forma, as turmas serão organizadas em grupos de no minimo 15
(quinze) alunos, com atendimento em espaço físico adequado, Professor e Plano de
Trabalho Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola. A função da
Equipe Pedagógica é apresentar e discutir a legislação específica do Programa com
o coletivo da escola, para decidir com os Professores regentes das turmas de 5a
séries, a indicação dos alunos que irão compor as turmas, de acordo com
diagnóstico realizado, orientar a elaboração do Plano de Trabalho Docente,
acompanhando sua efetivação, garantindo a participação dos Professores no
Conselho de Classe, acompanhar os alunos buscando sua participação integral no
Programa, mantendo pais ou responsáveis informados quanto à freqüência e
aproveitamento dos educandos.
Cabe ainda a Equipe Pedagógica, organizar os materiais didáticos, garantindo
o funcionamento das salas, orientando os Professores quanto ao preenchimento dos
relatórios, que são semestrais, acompanhar a movimentação dos alunos
71
matriculados nas Salas de Apoio, providenciando a substituição do discente quando
houver a superação das dificuldades apresentadas oportunizando o atendimento de
novos alunos.
Cabe aos Professores Regentes, diagnosticar as dificuldades de oralidade,
leitura, escrita, formas espaciais e quantidades, referentes aos conteúdos dos anos
iniciais do Ensino Fundamental, indicando os alunos que irão participar do
Programa. Deve ainda participar juntamente com a Equipe Pedagógica e o Professor
da Sala de Apoio na definição de ações pedagógicas que possibilitem a superação
das dificuldades apresentadas pelos alunos, acompanhando o processo de
aprendizagem do aluno durante e após a sua participação no Programa. É de sua
responsabilidade decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores das Salas de
Apoio, a permanência ou a dispensa dos alunos e preencher as fichas de
encaminhamento dos alunos indicados para o Programa.
Cabe aos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem a função de
elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica e
professores regentes. Este deve estar de acordo com o disposto no Projeto Político
Pedagógico para Língua Portuguesa e Matemática, adequados à superação das
dificuldades de oralidade, leitura, escrita, bem como as formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares. Compete ainda organizar e
disponibilizar para o coletivo de Professores regentes da turma e Equipe
Pedagógica, pastas individuais dos alunos, manter o Livro Registro de Classe
atualizado, comunicar por escrito, as faltas consecutivas dos alunos, participar do
Conselho de Classe e da formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola.
Os pais ou responsáveis são orientados sobre o funcionamento e a
importância desse programa de apoio pedagógico para a aprendizagem do
educando, na ocasião os responsáveis assinam um termo de compromisso se
responsabilizando por encaminhar o aluno para frequentar a Sala de Apoio, que
tem como objetivo a superação das dificuldades de aprendizagem apresentadas
pelos educandos, diminuindo assim os índices de repetência, e de evasão escolar.
Diante disso, e respeitando o que determina a legislação, nossa escola
atende os alunos regularmente matriculados na 5ª série desta Instituição de Ensino
sempre no contra turno. O atendimento é feito em dois turnos, uma turma da
disciplina de Matemática e uma de língua Portuguesa no período matutino, e outra
turma da disciplina de Matemática e língua Portuguesa no período vespertino.
72
Os professores da Sala de Apoio a Aprendizagem do Colégio Estadual 14 de
Dezembro tem o compromisso de realizar um trabalho diferenciado, envolvendo os
alunos de forma lúdica e criativa.
73
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
As equipes multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho
escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica com a finalidade de
orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena.
O trabalho da Equipe Multidisciplinar se constitui por meio da articulação das
disciplinas da base nacional comum. Nessa perspectiva a Equipe Multidisciplinar
valoriza a história de seu povo, da sua cultura e da contribuição para o país e para a
humanidade.
Neste sentido, o Colégio 14 de dezembro realizou em 2010 a eleição da
Equipe Multidisciplinar, conforme preconiza a Resolução n. 3399/2010 – SEED;
formada a equipe foi desenvolvido em parceria com os professores o 1º programa da
Rádio “Edu14: A rádio que educa” com o tema “Cultura Afro”, contou com o
envolvimento de vários alunos realizando pesquisas, produzindo textos, trabalho de
edição, locução e apresentação do programa que contou com ampla divulgação na
imprensa regional e repercutiu positivamente perante toda a comunidade. Foi
realizado um concurso de poesias inéditas, criadas pelos alunos, finalizando com a
declamação das poesias classificadas.
Tendo em vista que o nosso estabelecimento não tem alunos de origem
indígena, mas que o município eventualmente recebe a visita dos mesmos para
divulgar seus trabalhos manuais, foram desenvolvidas com os alunos pesquisas a
cerca da importância da população indígena em nosso município, a fim de promover
o respeito e a valorização dos mesmos pelos nossos alunos.
Visando o êxito alcançado pelas atividades realizadas, será dado
continuidade nos anos seguintes procurando envolver uma parcela ainda maior da
comunidade escolar e implementando novas sugestões e estabelecendo novas
parcerias.
74
EDUCAÇÃO PARA O CAMPO
A diversidade cultural é muito mais ampla, multifacetada e complexa do que
pensamos. A luta pelo direito e reconhecimento das diferenças não pode resultar em
práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias. Desta maneira percebemos que
a escola é o espaço privilegiado para fomentar o diálogo e a garantia da cidadania
para todos buscando uma reflexão sobre o trato pedagógico e o reconhecimento da
diversidade bem como o estabelecimento de padrões de respeito, de ética, a
garantia dos direitos sociais para a construção de uma sociedade justa, democrática
e igualitária.
Tendo em vista que boa parcela dos nossos educandos são oriundos da área
rural pensamos em uma educação vinculada aos interesses e ao desenvolvimento
sociocultural dos diferentes grupos sociais que habitam e trabalham no campo. Urge
a necessidade de equacionar a função social da educação e da escola em um
projeto de inserção do aluno do campo no conjunto da sociedade. É preciso educar
para um modelo de agricultura que inclua os excluídos, que amplia os postos de
trabalho, que aumenta as oportunidades do desenvolvimento das pessoas e das
comunidades que avana na produção e na produtividade centradas em uma vida
mais digna para todos e respeitadora dos limites da natureza. Buscamos preparar o
nosso aluno do campo para ser sujeito desta construção. Com uma educação que
garanta o direito ao conhecimento, a ciência e à tecnologia socialmente produzidas e
acumuladas assegurando a construção e afirmação dos valores e da cultura das
autoimagens e identidades da diversidade que compõe hoje o povo brasileiro do
campo.
75
PDE-PR
O PDE é, uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores
da Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-
práticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças
qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense.
Tem por objetivo proporcionar aos professores da rede pública estadual
subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais
sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática,
compreendendo o professor como sujeito epistemológico.
A orientação Pedagógica do PDE está fundamentada nos princípios
educacionais da SEED e nas Diretrizes Curriculares da SEED e é destinado aos
professores do Quadro Próprio do Magistério – QPM.
O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE oferece cursos e
atividades nas modalidades presencial e à distância e disponibilizando apoio
logístico e meios tecnológicos para o funcionamento do Programa.
O professor que ingressar no PDE terá garantido o direito a afastamento
remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no
segundo ano do Programa. Este afastamento é regulamentado pela Resolução
1670/2009.
No Colégio Estadual 14 de Dezembro existem dois professores que
atualmente estão em fase de conclusão das atividades do PDE e um professor em
fase inicial. Os Professores em fase de conclusão das atividades desenvolveram
suas práticas um voltado para a Avaliação Contextualizada e outro voltado para a
Prática do Xadrez.
PDE: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO CONTEXTUALIZADA
NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM DE ENSINO NA EDUCAÇÃO
BÁSICA
A avaliação nada mais é que um instrumento inclusivo que permite ao
professor, uma autoavaliação do seu trabalho, mediando os conteúdos em sala de
aula como também se os objetivos propostos foram atingidos pelos alunos. Utilizada
76
sob diversas formas e proporcionando subsídios ao professor para a retomada do
conteúdo
Entende-se que a finalidade da avaliação no contexto escolar também cumpre
com os registros regulamentados na lei.
A avaliação acontece quando o aluno compreende e contextualiza o conteúdo
apresentado pelo professor, e transcorre durante o processo pedagógico, tendo em
mente que não ocorre de forma isolada mas numa relação dialética/dialógica.
É importante ressaltar que a avaliação não pode e nem deve ser utilizada
como coação ou castigo, mas com a função de perpassar pelo aluno sem maiores
consequências, seja no sentido pedagógico, psicológico ou sociológico.
De acordo com Ramos (p.02,2004) ”o processo de ensino-aprendizagem
contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a
confiança do aluno” nesta visão o processo avaliativo o trabalho com uma nova
perspectiva, orientando as possibilidades do desempenho futuro e entendida como
metodologia na responsabilidade do professor enquanto investigação e intervenção.
Ao professor cabe o acompanhamento da aprendizagem dos alunos e no
desenvolvimento dos processos cognitivos.
Com o projeto se busca a qualidade de ensino, com conhecimento in loco
através da avaliação da aprendizagem de ensino, que continua sendo um dos
grandes desafios tanto para os educadores quanto para os educandos. Ao explorar
as diversas formas de avaliação, se tem a oportunidade de um bom desempenho
qualitativo e lógico, identificando as possíveis dificuldades encontradas em
determinado conteúdo assim como seus avanços, visando o sucesso escolar do
educando, tendo como ponto de partida o conhecimento que o aluno possui com a
cientificidade do professor no referido assunto que este irá transmitir ao seu
educando, visualizando as possíveis dificuldades quanto aos conteúdos repassados,
visando sempre o sucesso escolar do educando. Formulado através de
pressupostos teóricos enquanto trabalho se pesquisa, se buscará na fundamentação
histórico-crítica leitura em defensores do saber elaborado: Vigotski, Luckesi,
Gasparin, entre outros, possíveis soluções para o ensino aprendizagem,
desenvolvendo atividades de forma autêntica e em tempo real possibilitando uma
igualdade nas diferenças individuais, refletindo o que a sociedade valoriza na
educação. Espera-se que por meio deste estudo subsidiar o trabalho do professor
quanto a avaliação contextualizada e ter como produto final a aprendizagem de
77
ensino.
PDE: “O JOGO DO XADREZ COMO COMPONENTE DE
FORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR”
O projeto “O Jogo do Xadrez como componente de formação na educação
escolar” tem por objetivo verificar entre os alunos da 5ª série do Ensino fundamental
como o jogo de xadrez interferirá na sua formação educacional, considerando que
os referenciais e pesquisas já realizadas nos apontam diversos benefícios com a
prática desse jogo. A pesquisa consistirá na perspectiva da pesquisa ação. O projeto
está sendo desenvolvido inicialmente em 32 h no que se refere à implementação. O
referido projeto será estendido às demais séries do Estabelecimento oportunizando-
o a toda a comunidade escolar.
78
ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO
A escola ganha uma nova dimensão através dos programas e atividades
extra curricular. Eles são necessários para dinamizar a prática pedagógica, tornando
a escola mais convidativa e atraente fazendo com que o educando se aproprie do
conhecimento de forma prazerosa.
Dessa forma a teoria, o conhecimento e a prática se complementam
conduzindo conhecimento científico por meio da ação.
Por meio dos programas estabelecemos um vínculo entre o ambiente escolar
e a comunidade, promovendo a divulgação do conhecimento através das ações
desenvolvidas.
O Colégio Estadual 14 de Dezembro se propõe a trabalhar com as seguintes
atividades integradoras:
PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE TEATRO
O Teatro na escola possibilitará um processo de aprendizagem humana,
aprofundamento da percepção e experiências de auto-investigação e atitude
reflexiva, facilitando no trato das relações humanas. O teatro desperta no aluno o
interesse pela educação contribuindo para que a aprendizagem por meio da
interpretação aconteça com maior facilidade estimulando o pensamento lógico e
criativo garantindo a continuidade do processo cultural, com contato direto com
diferentes formas de expressão artística, literatura, música e dança.
PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CURSO
PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR E ENEM
Este programa é um meio pelo qual a escola oportuniza a comunidade
escolar aulas complementares que contribuirá com a preparação para o
prosseguimento dos estudos, bem como favorecer o ingresso ao mercado de
trabalho, concursos públicos, vestibulares e ENEM.
A consciência da importância da escola pública para a vida das pessoas em
situação de vulnerabilidade social, que além de tantas outras dificuldades não tem
79
condições de pagar cursos ou cursinhos, nos conduz a realização do mesmo.
PROGRAMA VIVA ESCOLA: ATIVIDADE CIDADE MIRIM
�
�
Entendemos a educação como um caminho estratégico para garantir o
exercício da cidadania e para uma melhor inserção do jovem trabalhador na
sociedade contemporânea.
Preocupados e compromissados em contribuir com as pessoas no processo
de envolvimento, compreensão e atividade consciente nesse mundo, e de modo a
estimular nesse sujeito sua capacidade de criação, de usufruir os benefícios que
esse mundo propõe, sendo ele um sujeito participativo, propomos um programa que
proporcione à comunidade escolar os recursos necessários para o desenvolvimento
do espírito de cidadania, norteando todo o processo de ensino e aprendizagem por
meio de atividades concretas para o preparo da vida adulta.
A aplicação da atividade da Cidade Mirim tem o intuito de aguçar o interesse
pelas ações comunitárias e a investigação científica por meio da pesquisa
despertando no educando o prazer pelo ato educativo, uma vez que ele vivenciará
situações cotidianas de uma cidade, as ações de uma prefeitura, eleição para
prefeito e vereadores, administração da câmara municipal, administração do
comércio da cidade, do banco, dentre muitas outras ações. Este programa se torna
uma complementação curricular das atividades pedagógicas desenvolvidas pela
escola, afim de promover a interação entre alunos, professores e comunidade.
80
CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA
ESPANHOLA
�
O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua
Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser
propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar
o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na
sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a
comunidade local e a de fronteira latino-americana.
O ensino do Espanhol como opção de uma língua estrangeira, se faz
necessário em nosso município, uma vez que nosso estado possui uma forte ligação
com o MERCOSUL contribuindo para o fortalecimento das relações políticas e
comerciais. Cabe salientar que em nosso município não existe uma escola que
ofereça o curso de Espanhol, e mesmo se existisse, este não seria gratuito. Por esse
motivo julgamos ser de fundamental importância a oferta do ensino da Língua
Espanhola em nossa escola, abrangendo não só os educandos regularmente
matriculados, mas também toda a comunidade, visto que nossos estudantes não
possuem condições financeiras suficiente para custear cursos nessa área.
Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM deste
estabelecimento de ensino atende às expectativas e demandas sociais
contemporâneas, propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos às novas gerações.
O Curso Básico de Língua Espanhola tem duração de 02 (dois) anos, com
carga
horária anual de 160 horas/aula, perfazendo um total de 320
horas/aula, e o Curso de Aprimoramento
terá duração de 01 ano, com carga horária de 160 horas/aula, destinado apenas
para àqueles que tenham Concluído o Curso Básico
No decorrer deste ano contamos com duas turmas de CELEM, uma no
período vespertino e outra no período noturno, ambas do 1º ano do curso básico.
Para o ano de 2011 estão previstas a abertura de duas turmas de 1º ano nos
mesmos turnos ofertados em 2010 e uma turma de 2º ano no período noturno.
Os critérios de participação no curso CELEM atendem a Instrução nº
81
019/2008 - SUED/SEED onde são destinadas 10% do total das vagas para
professores e funcionários do estabelecimento e 30% para a comunidade em geral.
As demais vagas serão distribuídas entre os alunos do Ensino Médio regular.
82
PDE-Escola
�
O programa PDE-Escola foi criado, pelo Governo Federal, com o propósito de
melhorar a aprendizagem dos alunos e, por conseqüência, elevar os Índices de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nas escolas Públicas Estaduais e
Municipais em todas as regiões brasileiras, bem como favorecer a igualdade de
acesso e as condições de permanência aos alunos, com ou sem deficiência,
assegurando o direito de todos os estudantes compartilharem os espaços comuns
de aprendizagem. O PDE- Escola é um conjunto de metas e ações selecionadas
pela escola, a partir de seu Plano de Desenvolvimento, apresentado em formulários
próprios inseridos no sistema SIMEC. Tais ações, depois de analisadas e aprovadas
deverão ser financiadas pelo FNDE/MEC. O financiamento tem por base o número
de alunos matriculados no ensino fundamental.
No ano de 2009 o Colégio Estadual 14 de Dezembro foi inserido neste
programa e foi contemplado com R$ 34.000.00 da parcela principal e R$ 18.000.00
na parcela complementar. Com este recurso a escola ampliou o acervo bibliográfico
da escola, equipou o Laboratório de Ciências e Biologia, adquiriu novos materiais
para as disciplinas de Educação Física, Matemática e Língua portuguesa, adquiriu
diversos materiais pedagógicos para a criação de uma sala de jogos tendo como
finalidade atender todas as disciplinas inclusive Sala de Apoio à Aprendizagem e
Sala de Recursos, adquiriu computadores, ventiladores, realizou palestras para
professores e funcionários, proporcionou aos alunos viagens para estudos sobre a
história e geografia do Paraná e concretizou a construção de 05 casas para a
realização do projeto da Cidade Mirim.
83
PROGRAMA FICA
O Programa Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida foi
concebido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED, uma parceria
entre Escola, Conselho Tutelar, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Associação
dos Magistrados, Promotores de Justiça da Infância e Juventude, Famílias do
Estado do Paraná, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e
Associação dos Municípios.
O programa visa a “INCLUSÃO ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA” por
meio do combate a evasão escolar, uma vez que a criança e o adolescente têm
direito a educação, e o pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para a o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Partindo deste princípio, o mesmo visa a criação de uma rede de
Enfrentamento à evasão e exclusão escolar, promovendo a inserção das crianças e
dos adolescentes no sistema educacional.
Para a instrumentalização do programa foi criado a “fica” (ficha de
comunicação do aluno ausente) que tem como objetivo acompanhar os casos de
evasão de todos os alunos.
Diante disso, o professor é visto como o principal agente desse processo, pois
na medida em que constatada a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos
ou 07 (sete) alternados, no período de um mês, comunicará o fato à equipe
pedagógica da escola, por meio do preenchimento do anexo I (Controle Interno de
Freqüência), o pedagogo ao receber o anexo I, preenchida pelo professor, investiga,
junto aos responsáveis legais, o motivo da ausência do aluno e adota procedimentos
que possibilitem o retorno imediato. Cabe ainda ao pedagogo fazer uma análise das
causas da evasão. Caso o aluno retorne a ficha FICA é arquivada na escola. Não
obtendo êxito, a ficha é encaminhada a 1ª e 3ª vias de tal documento ao Conselho
Tutelar, acompanhados de um ofício, indicando o prazo máximo de 10 dias para a
ação do mesmo, arquivando a 2ª via na escola. Transcorridos 10 dias do
encaminhamento da ficha FICA ao Conselho Tutelar, não obtendo resposta, a escola
comunica, através de ofício, imediatamente ao Ministério Público.
O Conselho Tutelar busca, no prazo máximo de 10 dias, fazer com que o
aluno retorne às aulas, aplicando-lhe a medida protetiva prevista no art. 101, III, do
ECA (freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino, buscando junto
84
aos pais ou responsáveis, o compromisso de acompanhamento de freqüência e
aproveitamento escolar do aluno, aplicando-lhes as medidas previstas no art. 129, V
e VII, do ECA,(apurar as causas da evasão, encaminhando a família, se for o caso,
a Programas de Apoio e Orientação (art. 129, I e IV, do ECA), verificando a eventual
necessidade da aplicação de medida de caráter protetivo ou preventivo, previstos no
art.101 e art.129 do ECA, com os encaminhamentos e requisições de serviços
públicos que se fizerem necessários. Em caso de êxito, preenche o campo nº. 05 da
ficha FICA (Anexo II), devolvendo a 1ª via à escola, e arquivando o documento no
Conselho. Caso o aluno não retorne à escola, adota as seguintes providências:
preenche, imediatamente, o campo nº. 05 da ficha, encaminhando a 1ª via ao
Ministério Público, comunica o fato à escola, por escrito (mediante ofício),
arquivando a 3ª via no Conselho (para posterior registro de providências adotadas
pelo Ministério Público).
O Promotor de Justiça de posse da 1ª via da ficha FICA, busca, no prazo de
10 (dez) dias, o retorno do aluno à escola, ouvindo formalmente os pais ou
responsáveis e o aluno sobre o motivo da evasão, alertando-os das conseqüências
do não retorno à escola. Se o aluno retorna, preenche o campo nº. 06 da ficha
comunica o fato ao Conselho Tutelar e devolve a 1º via recebida à escola. O aluno
não retornando, preenche o campo nº. 06 da ficha registra eventual propositura de
ação em face dos pais ou responsáveis (ECA, artigo 249 e /ou Código Penal, artigo
246), comunica o fato ao Conselho Tutelar e devolve a 1ª via recebida à escola.
NO PODER JUDICIÁRIO, JUIZ da Infância e da Juventude coopera com o
Ministério Público, fazendo expedir e cumprir, com a urgência devida, as notificações
ao aluno e seus responsáveis legais, buscando viabilizar o retorno do estudante ao
Sistema educacional.
Diante do exposto, e com o intuito de diminuir os índices de evasão escolar
em nossa escola, é feito todo um acompanhamento dos educandos que têm
problemas, procurando descobrir as causas da evasão junto às famílias.
Uma das primeiras ações da escola é resgatar o aluno evadido, realizando
campanhas de esclarecimento, mostrando que o estudo é um direito de todos e que
o responsável pode responder "processos por abandono intelectual" quando seu
filho se evade da escola.
O aluno recebe um atendimento diferenciado por parte da equipe
educacional, que busca desenvolver uma aprendizagem significativa, incluindo o
85
educando em um dos diversos programas que são desenvolvidos em nosso colégio,
programas esses que foram criados com o intuito de garantir a permanência do
aluno na escola, onde são realizados atividades diversificadas por meio de métodos
e motivações buscando assim, atender as necessidades desses educandos.
Busca-se também, tornar a escola mais agradável e atrativa com um
curriculum bastante significativo e mais próximo das necessidades dos alunos,
procurando mantê-los em idade compatível com as turmas e séries.
Cabe ressaltar que, o aluno acima de 18 anos também recebe um
atendimento diversificado por parte da comunidade escolar. O trabalho é realizado
por meio de palestras com temas relevantes sobre a evasão e permanência do
educando na escola, temas estes que falam sobre a importância do estudo na vida
do educando. Os educadores promovem junto aos alunos e seus familiares, diálogos
no intuito de conscientizá-los sobre a necessidade e a importância da conclusão
dos estudos para a vida.
86
ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: VARAL DE POESIAS Criado com intuito de incentivar a criação literária e cultura dos alunos, o varal
de poesias do Colégio Estadual 14 de Dezembro, Peabiru - PR contou com 56
poesias inscritas e 24 selecionadas pelos professores de língua portuguesa. Dessa
forma, prevalecendo sempre a soberania dos jurados, elegeu-se dentre as poesias
selecionadas três que representam o espírito cultural da escola e ainda, somando-se
os esforços dos professores no sentindo de apoiar, ajudar na criação e no
aprendizado de uma maneira geral. Entendendo que os educadores dessa escola
estão, ainda que em meio às dificuldades, apontado olhares reveladores aos seus
alunos, lançando-os como sujeitos históricos, respeitando seus saberes e
conhecimento de mundo que cada educando traz em si.
A maioria dos poemas selecionados conta as experiências dos alunos, fala
sobre o meio onde vivem como escola, família, amizade e primeiro amor. Neste
sentido, a proposta do varal de poesias, idealizados pela professora Marlene e pelo
professor Paulo Rogério Diniz, torna-se notório que as atividades extracurriculares
são ferramentas importantes para o aprendizado, para a aquisição de conhecimento
e para a socialização, uma vez que, estando o aluno interagindo com colegas de
outras turmas, partilham experiências e refletem sobre elas e podem, a partir disso,
colaborar para a construção de um mundo igualitário e melhor.
ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: PRODUÇÕES LITERÁRIAS -
Projeto Biblioteca para Todos
�
Cabe a escola buscar caminhos para estimular e incentivar o gosto e o hábito
de leitura. Para atingir este objetivo o Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino
Fundamental e Médio, de Peabiru, desenvolve semestralmente, um concurso
literário como projeto de leitura.
O concurso é aberto a todos os alunos do Colégio. Há uma premiação em
livros, para todos os alunos vencedores até o 3º lugar, por categoria: 5ª e 6ª séries,
7ª e 8ª séries e Ensino Médio.
No segundo semestre abre-se uma categoria especial para atender todos os
87
alunos de 4ª série das escolas municipais, possibilitando a convivência das crianças
na biblioteca, sua aproximação para novos amigos, integrando as atividades do
colégio.
Alguns alunos disputam acirradamente, outros o fazem pelo prazer da
confraternização de encerramento.
ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RECICLAGEM
Antigamente o produto de limpeza mais usado era o sabão. O mesmo era
preparado nas próprias residências, de maneira rudimentar que exigia quase um dia
de trabalho de uma pessoa. Esse era usado para todo o trabalho doméstico e
também na higiene pessoal.
Atualmente, com o avanço das novas tecnologias de informação e
comunicação, verifica-se que essa prática de preparo caseiro de sabão foi
praticamente abandonada pela maioria das famílias e este passou a ser comprado.
Além disso, verifica-se também, um consumo crescente de outros produtos
utilizados nas residências, como por exemplo, sabão em pó, sabonetes, shampoo,
alvejante, limpa vidro, entre outros, e que representa um porcentual elevado no
orçamento doméstico. Portanto é interessante retomar a prática de preparação de
produtos de limpeza, visto que considerando o baixo custo da matéria-prima,
facilidade na sua manipulação, à não exigência de equipamentos sofisticados, o
curto espaço de tempo para o preparo das fórmulas, além de ajudar a minimizar o
impacto que causa ao meio ambiente, optou-se por desenvolver junto aos
educandos o preparo de produtos de limpeza, pois além de familiarizarem com a
linguagem química, visa proporcionar economia no orçamento doméstico, melhoria
de higiene, e conscientizá-los em vários aspectos de seu cotidiano, fazendo com
que os mesmos interajam entre si e a ciência , para melhoria de sua própria vida e
da comunidade, culminando em um ensino aprendizagem mais significativo, pois as
aulas experimentais completam e integram o conteúdo trabalhado em sala de aula,
completando a qualidade do ensino, permitindo aos educandos relacionarem os
conceitos da ciência com o seu cotidiano. Além disso, nas práticas eles podem
comprovar os conceitos teóricos sobre a ciência, despertando assim o seu interesse
pela ciência, a criatividade, curiosidade e um pensamento crítica baseados em
88
experimentações para comprovação.
ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: ESCOLA DE
EMPREENDEDORES
Muitos entendem empreendedorismo como abertura de negócios, mas essa é
uma visão limitada. Empreendedor é a pessoa que apresenta comportamentos
diferentes da média (como iniciativa, planejamento, estabelecimento de metas,
espírito de liderança) e por causa disso obtém grandes resultados.
O comportamento empreendedor pode estar ligado tanto à abertura de
negócios quanto a metas individuais, coletivas ou sociais. Por isso, empreendedor é
quem monta seu negócio sim, mas também há empreendedores em outras funções:
professores, líderes de entidades de bairro, políticos, padres também podem ser
empreendedores.
O projeto “Escola de Empreendedores” teve como público alvo alunos da rede
pública estadual de Peabiru em especial alunos do Colégio estadual 14 de
Dezembro. Seu objetivo principal foi estimular o comportamento empreendedor
nesses alunos, por meio da participação em oficinas e atividades fora do ambiente
escolar, visando superar desigualdades econômicas, sociais e instrucionais.
Trabalhando com técnicas de aprendizagem vivencial (aprender – fazendo),
buscou-se estimular nos participantes a reflexão sobre seus comportamentos, bem
como o aperfeiçoamento de características empreendedoras. O foco principal foram
os seguintes comportamentos: percepção e análise crítica da realidade, iniciativa,
planejamento, estabelecimento de metas, liderança e cooperação.
Desde o inicio do projeto foram realizadas oficinas com mais de 150
participantes, divididos entre duas faixas etárias: 10 a 12 anos e 13 a 14 anos. No
total foram mais de 70 oficinas realizadas nas dependências do Lions Clube de
Peabiru. Além das oficinas, foram realizados 2 cursos e 7 palestras, envolvendo a
comunidade (alunos, professores, pais de alunos, parentes e autoridades
municipais), focando o tema empreendedorismo.
Foram também organizados pelos próprios alunos (com a supervisão da
equipe do projeto) duas edições do Festival de Cinema Empreendedor de Peabiru.
Nos dois eventos, foram mobilizadas mais de 750 pessoas, em 8 exibições de filmes
89
com exemplos de situações empreendedoras, seguidas de uma discussão sobre o
filme. O ingresso foi trocado por um quilo de alimentos, o que dava direito a pipoca e
refrigerante (segundo os alunos, complemento que não podia faltar numa exibição
cinematográfica). Nos dois eventos, quase 600 quilos de alimentos foram
arrecadados e entregues a entidades filantrópicas do município.
Também foram realizadas oficinas de iniciação teatral, com a temática de
empreendedorismo, culminando na realização do Festival de Teatro Empreendedor,
realizado em Dezembro de 2010. Seguindo os moldes do festival de cinema, os
ingressos também foram trocados por alimentos, e a participação da comunidade
peabiruense surpreendeu mais uma vez.
Ao final do projeto, foram aplicados questionários com os pais e com a equipe
pedagógica do colégio envolvido, a fim de identificar mudanças positivas observadas
nos participantes. Os dados surpreenderam: 100% dos entrevistados declararam ter
percebido mudanças significativas nos adolescentes, principalmente relacionadas
com responsabilidade, interesse pelo estudo, autonomia e iniciativa.
Outros números do projeto: três formaturas realizadas com mais de 150
formandos e mais de 550 participantes, 90 Cadernos dos Sonhos elaborados, cerca
de 100 atividades desenvolvidas para trabalho com adolescentes, 2 cadernos-roteiro
de atividades, 1 Bolsa de Estudo doada para aluno do projeto.
Equipe Atual:
Coordenador do Projeto:
Prof. Jorge Leandro Delconte Ferreira;
Equipe técnica:
Prof. Eder Stela;
Carlos Alberto Facco – Sebrae;
Antonia Fernandes – Sebrae;
Alessandra Serra – Instituto Okawa.
Bolsistas:
Administração: Caroline Cantieri;
Pedagogia: Joice , Adriana de Lima;
Geografia: Eunice Otto;
90
Matemática: Camila Viudes Costa.
Recém Formados:
Pedagogia: Rosa de Camargo;
Administração: Rosimeire Vargas;
Turismo: Fernanda Brito.
ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: RÁDIO EDU14: A rádio que
Educa
O rádio exerce forte influência dentro da sociedade, o que o torna um dos
meios de comunicação de massa mais eficazes e um recurso pedagógico em
potencial já que todos, sem distinção, temos acesso a ele. Segundo Araújo (2003),
“há décadas o rádio educa, aproxima, apaixona, entretém, informa, sugere, mobiliza,
confunde, liberta e anima”. O aprendizado através do rádio é útil e agradável o que o
torna uma mídia de grandes possibilidades educacionais. Para a UNESCO (2004), a
ciência e a tecnologia não se aprendem apenas nos livros, mas acima de tudo com
uma metodologia de ensino pautada na experimentação e no incentivo da atitude
investigativa por parte dos alunos.
O objetivo da mídia rádio na escola é a sua utilização como estratégia de
ensino-aprendizagem a fim de ampliar a capacidade intelectual e as habilidades dos
envolvidos no processo, melhorar a comunicação institucional, favorecer o
protagonismo juvenil, desenvolver nos alunos o seu lado inventivo e sua criatividade,
melhorar as práticas de leitura, escrita, oralidade, produção de texto, socialização,
interação e valorização do ser humano enquanto cidadão crítico e participativo da
vida em sociedade, oportunizar aos educandos o exercício de novas linguagens e
proporcionar momentos de cultura e lazer que contribuam para a qualidade do
ensino.
Para ASSUMPÇÃO (2006), a comunicação no espaço escolar representa um
alicerce no processo educativo. Na relação entre professor e aluno apresenta-se
como mediadora do diálogo, do conhecimento e da cultura. Nesse contexto
acrescenta: “ a radioescola pode ser mais um recurso para o exercício da cidadania,
construção e disseminação do conhecimento e da cultura”.
91
Nessa perspectiva, o fazer rádio na escola concretiza-se no exercício da
comunicação e do diálogo. Parte do que o aluno já conhece, estimula a pesquisa, o
contato com as diferentes linguagens, a leitura e a escrita, a construção do
conhecimento, o desenvolvimento do potencial criador do aluno, a disseminação da
cultura.
O trabalho com rádio integrado aos projetos que a escola desenvolve
potencializa o trabalho do professor e estimula a autoria dos alunos, além de
melhorar as práticas de leitura, escrita, oralidade, produção de texto, socialização,
interação e, consequentemente, a valorização do ser humano enquanto cidadão
crítico e participativo da vida em sociedade.
Dentre os resultados positivos esperamos que, com o uso do rádio, haja
melhoria no espaço de convivência na escola, que seja possível aumentar a
aproximação e integração aluno- escola, que possam ser ampliadas as
possibilidades de práticas interdisciplinares e transdisciplinares, que se favoreça o
protagonismo juvenil, que possamos complementar o aprendizado e ampliar a
capacidade intelectual e as habilidades dos envolvidos no processo. Além de dar
mais oportunidade para os assuntos da comunidade e melhorar a comunicação
institucional como um todo. Como dificuldades a serem superadas podemos
relacionar a necessidade de melhorar os equipamentos, para construção efetiva da
proposta educomunicativa em sala de aula.
ATIVIDADE EXTRACURRICULAR: AGENDA 21
A humanidade vive tempos de grandes avanços propiciados pelas novas
tecnologias. Muitos desses avanços possibilitaram ao homem certas facilidades e
melhorias nas condições de vida que, consequentemente, resultaram em mudanças
gradativas nas concepções, estilos e valores de vida. Olhando por esse prisma,
poderíamos pensar que tais tempos seriam o presságio de que o homem estaria
cada vez mais próximo da perfeição em termos de sobrevivência, o que não é uma
realidade.
Por um lado, não há como negar as melhorias na vida das pessoas, como por
exemplo, os avanços na medicina possibilitando a cura para diversas doenças. Mas,
olhando por outro prisma, a questão é que muitos dos avanços apresentam também
92
resultados negativos, ou seja, efeitos colaterais que hoje estão fazendo com que o
homem desperte para tais problemáticas.
Como vimos, o homem, por muito tempo, guiou-se unicamente pelo anseio de
evoluir, de conquistar e de criar, sem se preocupar no que estava se transformando
e sem escutar a sua voz interior que está ligada às coisas simples e que fazem com
que a vida tenha sentido. Por algum tempo a intervenção extrativista desenfreada
precedeu ser inócua ao meio ambiente. No entanto, a Gaia (nome que a mitologia
Grega deu a Terra) nossa casa, sofrendo com a exploração, passou a dar sinais de
alerta, sinais que indicam o seu descontentamento com o homem que, por sua vez,
não procura conhecer os limites a serem respeitados.
Essa indiferença do homem, que representa a ausência de uma ética
ambiental, fez com que ele hoje se encontre diante de uma crise ambiental mundial,
situação inédita na qual deverá escolher se continuará vivendo ou se espera pela
própria autodestruição.
Infelizmente essa é a situação que enfrentamos hoje, em decorrência do risco
imposto pela própria atividade humana que fez com que o homem fosse lobo do
próprio homem.
Se não fizermos nada estaremos na eminência de um colapso como o que
aconteceu com os dinossauros, só que a diferença desta vez é que o asteroide
ameaçador não vem do céu, o asteroide se chama Homo sapiens.
Alguns autores alertam: “os indicadores da situação mundial são alarmantes.
Deixam transparecer pouco tempo para as mudanças necessárias. Estimativas
otimistas estabelecem como data-limite o ano de 2030. A partir daí a sustentabilidade
do sistema Terra não estará mais garantida.”
Destacam ainda que são três os problemas a serem enfrentados para que
possamos ao menos tentar amenizar a atual crise. O primeiro problema é o da
exaustão dos recursos naturais não renováveis, o segundo da suportabilidade da
terra quanto à agressão que sofre, e o terceiro a injustiça social mundial.
Compreendemos que não basta o homem tomar conhecimento de tais problemas e
continuar sem fazer nada para mudar. Com isso estamos querendo dizer que, para
continuar a viver e, para tal, deverá também enfrentar esses problemas para que
possa garantir as condições de sua sobrevida. Esse enfrentamento requer bom
senso para captar as transformações necessárias a um novo projeto de vida em que
as prioridades precisam ser levantadas com sabedoria.
93
Mas para que haja um novo projeto de vida, faz-se urgente uma mudança na
forma de pensar, de sentir e de avaliar. Tais mudanças requerem uma revolução
civilizacional que possibilite novos princípios de relação do homem com a terra.
Somente com uma relação saudável é que os seres humanos poderão salvar-se e
salvar também o planeta.
Para tanto, precisaremos repensar o mundo, entendê-lo, senti-lo,
estabelecendo uma relação de respeito, de admiração por este planeta que é a
nossa verdadeira morada no plano da vida material.
Podemos considerar que as soluções virão a partir do momento em que o
homem decidir lançar um novo olhar para as questões ambientais, assumindo a
perspectiva da complexidade ambiental que é resultado da crise civilizatória.
Queiramos ou não, teremos que pagar o preço por tudo que usufruímos, até
hoje, sem nos preocuparmos com a sua origem e destino. O preço será encarar de
frente a complexidade ambiental, analisar os fatores responsáveis por ela que são a
tecnificação e economização do mundo, os quais fizeram com este chegasse ao seu
limite: o caos e a incerteza.
Através da compreensão da complexidade ambiental e dos fatores
responsáveis há chances de construirmos uma racionalidade alternativa para um
mundo sustentável. Destaca como necessários serão encontrados nos
conhecimentos interdisciplinares e transdisciplinares mediados por práticas
educativas capazes de construir um novo saber, uma nova racionalidade, pois a
atual crise ambiental não é apenas uma crise ecológica, é uma crise da razão.
No entanto, na área educacional, podemos dizer que os professores que hoje
cultivam as idéias e sensibilidades ecológicas e que, mesmo com as precariedades
pelas quais a escola passa, compõe sua prática educativa dos ideais ecológicos,
podem também ser considerados sujeitos ecológicos.
Consideramos que, essa aprendizagem é fundamental para a formação do
sujeito ecológico. É possível através da educação, mais especificamente da
educação ambiental, por ser a via capaz proporcionar e possibilitar ao homem
oportunidade de compreensão sobre a complexidade ambiental e,
consequentemente, instrumentalizá-lo para uma reconstrução do mundo. Por essa
razão é que a constituição de uma atitude ecológica, ou seja, a formação de sujeitos
ecológicos é a principal aspiração da nossa educação ambiental, pois ela oferece
um ambiente de aprendizagem social e individual dos valores ecológicos capazes de
94
reconstruir a história do planeta, iniciando por transformações em nossa escola e
município, assegurando uma ética ambiental, pois acreditamos que uma ética
ambiental garante menos danos ao planeta, pois os homens agem segundo sua
consciência ambiental que reconhece o valor da natureza, não só para a
preservação do meio ambiente, mas também para a preservação da espécie
humana.
95
FÓRUM/ REDE DE PROTEÇÃO
ZANDONATO coloca que vivenciamos hoje em nossas salas de aula a
indisciplina se faz presente de forma corriqueira em todos os lugares em que nos
encontramos, ocupando uma grande preocupação entre os educadores de, pois a
encontramos, na sociedade, família, escola, professor-aluno mas também fora
destes ambientes, devido a problemas modo geral sociais ou seja a indisciplina na
escola esta atribuída a fatores externos a ela
É necessário que a educação moral esteja presente na formação do ser
humano enquanto indivíduo e que, conseqüentemente, um dos fins da educação
deva ser, justamente, o desenvolvimento pleno do educando, ou seja, de suas
funções mentais, através da aquisição de conhecimentos e valores morais.
A escola é um ambiente que recebe alunos de todos os ambientes e com
características próprias tem também com função a socialização contribuir para a
formação dos alunos seja ela ética ou moral e mais colaborar para que haja uma
socialização, , construindo um ambiente de regras com coerência de regras próprias.
1. Violência física: Uso da força física, de forma intencional, deixando ou
não marcas evidentes.
2. Violência Psicológica: É a agressão verbal constante, humilhação,
culpabilização, rejeição, indiferença, ameaça ou discriminação.
3. Violência sexual: Uso da criança ou do adolescente para gratificação
sexual dos adultos ou adolescentes mais velhos.
4. Negligência: Omissão contínua em relação a saúde, higiene,
alimentação, educação, proteção e atenção.
O acordo realizado em Salamanca em 1994 contando com o Brasil entre os
paises participantes coloca que tanto a criança quanto o adolescente de ambos os
sexos tem direito fundamental à Educação respeitando as capacidades que cada
um possui
E os programas aplicados devem atender as características e as
necessidades que cada escola possui atendendo os programas aplicados em prol
do aluno combatendo as atitudes que não condizem com o bem estar dos menores,
integrando-os para que tenham a educação necessária, respeitando as diversidades.
96
Na escola a violência tem-se tornado preocupante na medida, pois ela é um
espaço em que o individuo perpassa pelo processo da socialização no
desenvolvimento intelectual, cientifico e filosófico
A partir de 1988 a Constituição Federal, em especial o artigo 227 surge o
Estatuto da Criança e do Adolescente, após alguns movimentos sociais, passa a ter
proteção juridica a criança passa a ser entendida como um sujeito em
desenvolvimento, deixando de ser considerada como um objeto da família.
Nas escolas inicia-se um processo de formação continuada aos professores a
fim de articular os meios e as ações que viabilizassem na integra o enfrentamento a
violência nas escolas.
Para tanto é necessário que a mantenedora ou a escola tenha em seu
trabalho no dia a dia um encaminhamento pautado emtres eixos distintos:
diagnóstico, estudos e produção de material de apoio, formação continuado para os
profissionais da educação, proporcionados pelo CDEC/DPPE/SEED ..
Para que se tenha um enfrentamento em relação a violência na escola, é
necessário antes de tudo perceber o que acontece de fato dentro da escola
Que tipo de violência está presente na escola?
Violência na escola, violência da escola ou violência contra a escola-
Identificar fatores de risco e fatores de proteção.
Potencializar segundo conexões internas:
Fortalecer as instâncias colegiadas por meio da gestão democrática.
Conexões externas- Fortalecer e se necessário acionar a rede de proteção
social. As respostas não estão prontas, pois em cada escola existe uma realidade e
precisa ser solucionada de acordo com a necessidade de cada uma.
97
PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
Ao pensar no plano de educação da escola pensamos em politicas
direcionadas a garantia de inclusão social, ao respeito a diversidade e a formação
continuada dos profissionais da educação, um sistema avaliativo inclusivo, gestão
democrática estabelecido em um regime de colaboração entre todos os funcionários
da escola. Nessa perspectiva temos que levar em conta o acelerado
desenvolvimento econômico e a necessidade de ofertar aos educandos, uma
educação que lhes permita a superação das desigualdades sociais, e a inserção no
mundo do trabalho, que lhes permitam acompanhar e interagir esse
desenvolvimento as descobertas e inovações nesse meio, com vistas a essa
realização, entendendo que a mudança não se dá de uma vez, vemos a
necessidade de passos pequenos, assumidos coletivamente, mas concretos na
direção certa, desencadeando um processo de mudança com abrangência
crescente: sala de aula, grupo de escolas, comunidade, sistema de ensino,
sociedade civil, sistema político, etc., a partir da criação de uma base crítica entre
educadores alunos, pais. Trata-se de uma luta pela educação, mas articulada a
outras frentes e setores da sociedade, desde novas práticas na escola, passando
por mudanças de legislação, até a construção de uma nova sociedade.
Nesta perspectiva o Colégio 14 de Dezembro tem como principal objetivo na
atual gestão priorizar a formação integral do educando através de uma escola
participativa e humana, propiciando o acesso e permanência de todos, onde os
conhecimento e saberes historicamente acumulados sejam transmitidos de forma
criativa, reflexiva e interativa promovendo mudanças na vida dos educandos bem
como na sociedade onde vivem. Neste contexto temos que pensar ainda na inclusão
escolar e social de forma provocativa conscientizando os nossos alunos e
professores que todos temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos
inferioriza; e temos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos
descaracteriza.
Valorizar o trabalho e atuação do professor com as diferenças na sala de aula
num contexto da diversidade cultural, otimizando o desenvolvimento de diferentes
atividades, respeitando os variados ritmos de aprendizagem com alunos deficientes
ou não. Para que aconteça por parte do professor a articulação entre a teoria e a
98
prática, a escola propõe grupos de estudos contínuos para planejamento e trocas de
experiências para otimização em sala de aula, assessorados pela equipe
pedagógica, equipe multidisciplinar e direção. Esse trabalho conjunto será realizado
de maneira transdisciplinar numa leitura e compreensão da realidade e contribuição
das diferentes áreas e a escolha de temas culturais desdobrados em atividades
diárias trabalhadas pelo professor com os alunos.
Para atender a demanda do desenvolvimento político e tecnológico, a
aprendizagem deve ser permanente não para, e o desafio de uma educação de
qualidade está presente para que os estudos contínuos aconteçam sempre,
daremos continuidade a integração dos profissionais da educação nesse processo
de formação continuada dentro da filosofia da escola, visando atender as
necessidades dos educandos e da comunidade, a escola dará continuidade as
parcerias já existentes ampliando seus projetos, firmando novas parcerias, com os
pais, comunidade, com o comércio local e ensino superior regional.
Com o objetivo de motivar, e incentivar nos educandos dedicação aos estudos
a escola manterá o apoio aos passeios num incentivo ao intercambio cultural,
comemoração alusivas a datas importantes como: formaturas, dia das mães, dia dos
pais, dia dos estudantes, dia dos professores, dia da consciência negra, etc.
A atual gestão propõe maior incentivo as atividades desportivas e culturais
promovendo reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos,
na superação de contradições e na valorização da educação considerando os
contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da
comunidade. Para tanto tem sido trabalhado atividades de atletismo, danças, jogos
de basquete, vôlei, salão, suíço e handebol, atividades recreativas, tendo antes
trabalhado a teoria voltada para a ética, companheirismo, competitividade e regras
etc.
O colégio se propõe a promover um evento científico aos moldes da Feira
das Ciências onde os educandos terão a oportunidade de expor os trabalhos
realizados em sala de aula por meio de uma pesquisa prévia direcionada pelo
professor responsável. Esta atividade será realizada pelos alunos do Ensino
Regular e uma versão diferenciada desta feira é realizada com os alunos da EJA
sendo que os trabalhos expostos são produzidos de acordo com a habilidade de
cada aluno, podendo ser trabalhos manuais, alimentícios dentre outros,
oportunizando-os expor e comercializar os seus produtos entre a comunidade
99
escolar e local.
É preciso também mediar a atuação junto à comunidade escolar quanto ao
acompanhamento e avaliação das ações do Projeto Político Pedagógico a fim de
concretizar os objetivos propostos cumprindo com sua função social,
redimensionando o processo de ensino e aprendizagem, propiciando a apropriação
dos conhecimentos historicamente sistematizados. No que se refere à organização
do trabalho pedagógico o Colégio se propõe a promover espaços para a discussão
com toda a comunidade escolar de modo a aperfeiçoar a prática pedagógica.
Acreditamos que a escola é uma realidade histórica em processo contínuo. É
preciso ser entendida como uma instituição voltada para a realização da prática
pessoal e social contextualizada nas dimensões espacial e temporal, revestida de
caráter contraditório e complexo. Sendo assim precisamos privilegiá-la como
processo e não como produto acabado.
O Colégio por ter uma visão democrática, atua juntamente com as instâncias
colegiadas nas tomadas de decisões. Para tanto se faz necessário descrever suas
funções e importância para êxito da atuação do mesmo.
Grêmio Estudantil
O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na
escola. No Colégio 14 de dezembro ele tem permitido que os alunos discutam, criem
e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar,
como na comunidade, tem sido ainda um importante espaço de aprendizagem,
cidadania, convivência e responsabilidade e de luta por direitos. Tem uma efetiva
participação auxiliando a escola na organização de campeonatos, palestras,
projetos, discussões, contribuindo para atrair de forma prazerosa a presença dos
pais, bem como também auxiliando o trabalho de funcionários, professores, direção
e equipe pedagógica. A atuação do Grêmio vem somar as ações político-
administrativas da escola, reconhecida e valorizada por toda a comunidade.
100
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto
da Criança e do Adolescente e o Regimento do Colégio, para cumprimento da
função social e específica da Escola.
A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras e ao
direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. A
função, consultiva refere-se à emissão de pareceres a fim de tomar decisões quanto
às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua
competência. A função avaliativa, refere-se ao acompanhamento sistemático das
ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de
problemas, propondo alternativas para melhoria do seu desempenho, garantindo a
transparência do processo pedagógico, administrativo e financeiro.
O Conselho Escolar, desta instituição deve ter sua ação norteada pelo
pressuposto de que a educação é direito inalienável de todo cidadão que deve ter o
acesso e permanência garantida em escola pública, laica, gratuita e universal. Deve
garantir a qualidade do ensino na escola pública, como forma de promover a
emancipação numa dimensão coletiva em que todos os atores sociais estejam
envolvidos. Isso somente será possível onde houver uma gestão escolar
democrática, participativa, legitimando desta forma todas as decisões.
Por sua característica eminentemente educativa, o Conselho Escolar não tem
finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer
outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa
da escola, prevista nesse Projeto Político Pedagógico.
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão
colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de
democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo da direção
do Estabelecimento de Ensino. A comunidade escolar é compreendida como o
101
conjunto de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente
matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos,
representantes de segmentos organizados presentes na comunidade, comprometido
com a educação. Esses representantes tem sua participação legitimada através de
escolha pelos seus pares mediante princípio da democracia, sem os quais o
conselho perde sua finalidade e função político-pedagógico na gestão escolar.
Uma prerrogativa importante do Conselho Escolar é aprovar e acompanhar a
efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola , eixo de toda e qualquer ação a
ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.
Como órgão colegiado ele deve contemplar os segmentos sociais
organizados comprometidos com a Escola Pública, assegurando-se que sua
representação não ultrapasse aos parâmetros apontados no que estabelece o
Regimento Interno da Escola.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos. Objetiva discutir, no seu âmbito de ação, ações de assistência
ao educando, aprimoramento do ensino e integração família, escola e comunidade.
Visa ainda proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo
escolar, estimulando a organização do Grêmio Estudantil, com o apoio da APMF e
do Conselho Escolar.
Objetiva também promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e
funcionários e toda a comunidade, por meio de atividades diversas, seja ela na área
cultural, esportiva, educativa ou social.
Fica a cargo da APMF gerir e administrar os recursos financeiros próprios e
os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro
ata.
A APMF do Colégio Estadual 14 de Dezembro está atuando ativamente em
todos estes objetivos e propõe a continuidade deste trabalho pois julga ser de
grande importância para o bom andamento da escola como um todo.
102
103
REFERÊNCIAS
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Contemporâneos e o Currículo Escolar. Superintendente da
Educação/SEED-PR.
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disponível em: http://www.uff.br/trabalhonecessário/rcaldart.
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• Conferências, Escola e trabalho numa perspectiva histórica:
contradições e controvérsias. Faculdade de Psicologia e de Ciências
da Educação da Universidade de Lisboa, 12 de Fevereiro de 2009.
• Estatuto da Associação de Pais Mestres e Funcionários do Estado do
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• Estatuto do Grêmio Estudantil.
• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,
Departamento de Educação Especial. Inclusão e Diversidade:
Reflexões para a construção do projeto político pedagógico.
• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,
Departamento de Educação Básica. Educação Básica e a opção pelo
Currículo Disciplinar.
• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,
Departamento de Educação Básica. DIRETRIZES CURRICULARES
DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Vol. I. Paraná 2008
• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,
Departamento de Educação Básica. DIRETRIZES CURRICULARES
DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Vol. II. Paraná 2008.
• Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,
Departamento de Educação Básica. Quando as políticas
educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço e
104
da autonomia da escola na definição de seu projeto Político
Pedagógico. Semana Pedagógica, agosto de 2010.
• LONGHI, Simone Raquel Pagel & Karla Lúcia Bento. Projeto Político
Pedagógico: Uma construção coletiva. Revista de divulgação
técnico- científica do ICPG. Vol. 3 nº 9 jul-dez/2006.
• Ministério da Educação. Ética e Cidadania: Construindo Valores na
Escola e na Sociedade. Brasília- DF; 2007.
• PADILHA. Regina Célia Habib Wipiesk; Tendências atuais de gestão.
Guarapuava: Ed. Da Unicentro, 2009.
• Programa Fica disponível em:
�����""###$�������$�$%�&$'"�%"�(��&��")��")*+�,-�����.���$��- • Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual 14 de Dezembro
2007.
• Série Educação em Ação. Gestão democrática da escola pública.
Ed. ABDR, 3ª EDIÇÃO, 2005.
• TULESKI, Silvana Calvo; Vygotski: A Construção de uma psicologia
marxista. 2ª Ed. Maringá: Eduem, 2008.
• ZANDONATO, Zilda Lopes – UNESP GT: Educação Fundamental/nº 13
• CIPRIANO, A. Luckesi. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 6.ed. Cortez: 1997.
• SEVERINO, Antonio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico: a
saída para a escola. Revista da AEC. Brasília: V.27, no107, abr/jun/1998.
• VEIGA, I. P. A. Projeto Político Pedagógico: novas trilhas para a
escola. In VEIGAS, I. P. A. E Fonseca, M. (ongs.). As dimensões do projeto político pedagógico. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.
• VEIGA, Ilma Passos. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto
Político Pedagógico. Campinas, São Paulo: Papirus, 1998.
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�
106
107
ANEXO
108
MATRIZ
CURRICULAR
109
110
111
112
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES
1. APRESENTAÇÃO
� O ensino de Artes visa construir uma proposta de ensino para os alunos,
considera-se necessária uma reflexão a respeito da dimensão histórica dessa
disciplina, como também ver os marcos importantes que influenciaram no
desenvolvimento da arte no âmbito escolar, bem como alguns artistas que se
preocuparam com o conhecimento em arte e instituições que foram sendo criadas
para atender alunos de escolas públicas. Conhecer essa organização permitirá
aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino da arte em nosso país e,
especialmente, no Paraná.
Durante o período colonial, incluindo por onde hoje é o Estado do Paraná,
ocorreu nas vilas e Reduções Jesuítas, a primeira forma registrada de arte na
educação. A Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de
tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, onde
ocorreu um trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e
ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e
artes manuais. Em todos os lugares onde a Companhia de Jesus se radicou
promoveu essas formas artísticas, não somente cultivando as formas ibéricas de alta
Idade Média e Renascentista, como assimilando as locais. Esse trabalho jesuítico
que perdurou 250 anos, período correspondente aos anos de 1500 a 1759,
influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.
Por volta do século XVIII buscou-se a efetiva superação do modelo
teocêntrico medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha
como característica marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela
razão do homem e pela ciência. O governo do Marques de Pombal expulsa os
Jesuítas do território do Brasil Colônia e estabelece uma reforma educacional
colonial, conhecida como a Reforma Pombalina, onde os colégios jesuítas foram
substituídos por colégios-seminário e outras congregações religiosas.
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, iniciava-se
uma série de obras e ações para acomodar em termos materiais e culturais, a corte
Portuguesa. Entre essas ações destacam-se a chegada de um grupo de artistas
encarregados da Fundação da Academia de Belas artes, na qual os alunos
poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
113
Esse grupo ficou conhecido Missão Francesa e obedeceu ao estilo
Neoclássico fundamentado no culto à beleza, clássica, centrando os exercícios na
cópia e reprodução de obras consagradas. Esse padrão estético entrou em conflito
com a arte colonial, como o barroco na arquitetura, escultura, talhe e pintura,
presentes na obras de Antonio Francisco Lisboa (Aleijadinho), na música do Padre
José Mauricio e outros artistas em sua maioria de origem humilde e mestiça, e em
sua maioria recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros. Esse
período foi de laicização do ensino no Brasil, com o fim os colégios-seminários e a
sua transformação em estabelecimento público como o Colégio Dom Pedro II no Rio
de Janeiro, ou exclusivamente eclesiásticos como o Colégio Caraça nas montanhas
de Minas Gerais.
No Paraná foi fundado o Liceu de Curitiba e 1846, hoje o Colégio Estadual,
a Escola Normal 1876, para a formação em Magistério, atual Instituto da Educação e
a Escola Profissional Feminina 1886, oferecendo além de desenhos e pintura,
cursos de corte e costura arranjos de flores e bordados que faziam parte da
formação da mulher.
Entre conflitos de ideais positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em
Augusto Conte, valorizavam a arte, o ensino do desenho geométrico, como forma de
desenvolver a mente para o pensamento cientifico, e os liberais valorizava o fazer
artístico,
a apreciação, os conhecimentos históricos, estéticos e contextuais.
Surge à primeira reforma educacional em 1890, com o objetivo de atender a
um modo de produção capitalista, caracterizado pelo início da industrialização no
Brasil, secundarizava do currículo o ensino de arte.
Durante o período Getúlio Vargas (1930-1945) com a generalização do
ensino profissionalizante nas escolas públicas na ditadura militar (1964-1985) com o
direcionamento às habilidades técnicas, e na segunda metade dos anos de 1990
com a pedagogia das competências e habilidades e fundamentos aos Parâmetros
Curriculares Nacionais, o ensino da Arte também ficou em segundo plano.
Um marco importante para a arte foi a Semana da Arte Moderna de 1992
que influenciou artistas brasileiros como, por exemplo, os modernistas Anita Malffati
e Mário de Andrade que valorizavam a expressão individual e rompiam com os
modos de representações realistas. Esse movimento valorizava a cultura do povo,
pois entendia que toda as sociedades que habitaram o território onde hoje é Brasil,
114
sempre ocorreu manifestações artísticas. Considerava também que a partir do
processo de colonização, a arte indígena, artes medievais e renascentistas
europeias e arte africana constituíram-se a matriz da cultura popular brasileira.
Tendo como enfoque na expressividade e criatividade; pensado inicialmente para
crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de outras
faixas etárias.
O ensino da arte passa por várias mudanças e transformações com as políticas
educacionais e movimentos artísticos, com o reconhecimento histórico e cultural, da
sua importância dentro do sistema educacional. O ensino da arte deixa de ser
coadjuvante no sistema educacional e passa a se preocupar com o desenvolvimento
do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante
transformação. E com isso, compreender que os estudos da arte estão
intrinsecamente ligados à história da humanidade, em um contexto sociocultural e
político, abrangendo diferentes períodos, movimentos, tempos e espaços, a partir de
variadas técnicas e estilos.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Estruturantes
Área: Música, Artes Visuais, Teatro e dança.
Elementos formais
Composição
Movimentos e períodos
115
Conteúdos Básicos
5ª série
ÁREA: MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Improvisação
Gêneros: erudito e popular
Músicas de origem africana e
indígena.
ÁREA: ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfícia
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa – abstrata
Geométrica
Técnicas: pintura, desenho, baixo e
alto relevo, escultura e arquitetura...
Gêneros: paisagem, retrato, cenas
da mitologia.
ÁREA: TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOSFORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
Expressões corporais,
Técnicas: jogos teatrais,
Teatro direto e indireto,
116
Vocais,
Gestuais e faciais.
Ação
Espaço
Improvisação,
Manipulação,
Máscaras.
Gênero: Tragédia, comédia, enredo
e roteiro.
Espaço cênico e circo.
Adereços
ÁREA: DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Deslocamento
Ponto de apoio
Formação
Técnica: improvisação
Gênero: Circular
Danças Indìgenas
Danças Afrobrasileira
6ª Série
ÁREA: MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Gêneros: folclórico, popular, étnico
Técnicas: vocal, instrumental, mista e
improvisação
Musica Brasileira de origem africana e
117
indígena
ÁREA: ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrata
Geométrica
Técnicas: pintura, desenho, escultura,
modelagem, gravura, mista e
pontilhismo...
Gêneros: paisagem, retrato, natureza
morta.
Expressões artísticas indígenas e
africanas.
ÁREA: TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
Expressões corporais,
Vocais,
Gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Gêneros: Rua, Comédia,
Arena.
Caracterização: jogos dramáticos e
teatrais, mímica, improvisação, formas
animadas...
118
ÁREA: DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Gênero: Folclórica, popular, étnica
Ponto de apoio
Formação
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Níveis (alto médio e baixo)
Danças africanas e indígenas.
7ª Série
ÁREA: MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental,
eletrônica, informática e mista.
Sonoplastia
Os ritmos africanos na cultura
brasileira.
ÁREA: VISUAL
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
119
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo-abstrato
Semelhanças
Contraste
Ritmo visual
Cenografia
Técnicas: pintura, desenho, fotografia,
audiovisual, gravura...
Gêneros: Natureza morta, retrato e
paisagem.
Mobile e arte cinética.
ÁREA: TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
Expressões corporais,
Vocais,
Gestuais e faciais
Ação
Espaço
Representação do cinema e Mídias
(Vídeo, Tv e computador)
Texto dramático
Cenografia
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro, enredo
Técnicas: jogos teatrais, sombra e
adaptação cênica.
As representações teatrais indígenas.
ÁREA: DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento
Corporal
Direções
Dinâmicas
120
Tempo
Espaço
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria cultural e
espetáculo.
As danças de origem indígena e
africana.
�8ª Série
ÁREA: MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Estruturante
Técnicas: vocal, instrumental e
mista.
Gêneros: popular, folclórico e étnico:
africanos e indígenas.
�ÁREA: ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo-abstrato
121
Superfície
Volume
Cor
Luz
Geométrica
Figura-fundo
Perspectiva
Semelhanças
Contraste
Ritmo visual
Cenografia
Técnicas: pintura, desenho,
performance...
Gêneros: Paisagem urbana,
idealizada e cenas do cotidiano.
�ÁREA: TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
Expressões corporais,
Vocais,
Gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais,
direção, ensaio, teatro-fórum,
Teatro imagem
Representação
Roteiro, enredo
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
�
122
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS POR SÉRIE
III.I Conteúdo Estruturante
Composição
Elementos Formais
� /������'�0������������� � �����0�������������������0������������������1�������23��������������$�4��5������(������������6���������-6���������%�������������7����0���������������������'������0�-�����������������������������23�����-����23�0�������0���������������$�
Observe que no projeto da casa a seguir, podemos identificar cada uma
dessas partes, bem como nas construções da oca e do iglu.
No caso da Arte, estes elementos basilares e fundamentais são os
conteúdos estruturantes: os elementos formais, a composição, os movimentos
ou períodos e, perpassando a todos estes, a relação do tempo e espaço. Analise a
comparação que fizemos entre os conteúdos estruturantes e as construções: nelas
são usados os mais diversos tipos de materiais. De forma semelhante, ocorre na
“construção artística”, isto é, no fazer arte. Este é o momento que utilizamos os
elementos formais, como matéria-prima, que com os conhecimentos e práticas da
composição artística (conteúdos, técnicas) organizam e constituem a obra de arte.
No caso do edifício ou de outras moradias, este trabalho de composição também
organiza e constrói a obra final. Cada obra tem dimensões, formas, cores, enfim,
uma estrutura que se difere das outras. Além disso, dependendo da época e do
lugar em que foram feitas, cada uma, apresentam resultados diferentes de acordo
com o movimento ou período. Isto é dos fatos históricos, econômicos, culturais ou
sociais envolvidos naquele momento. Ainda deverá ser considerado, para este
construir e fazer, a compreensão do espaço e tempo envolvidos no momento
desses fazeres.
Movimentos/ Período
Tempo espaço
III.II Conteúdos Básicos da Área de Música
Altura
Duração
Ritmo
Melodia
Música Popular
Brasileira
123
Timbre
Intensidade
Densidade
Harmonia
Modal, Tonal e fusão de
ambos.
Gêneros: erudito, clássico,
popular, étnico, folclórico,
Pop
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista
Improvisação
Paranaense
Popular
Indústria Cultural
Engajada
Vanguardas Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americano
�
III.III Conteúdos Básicos da Área de Artes Visuais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, desenho,
modelagem, fotografia,
gravura e esculturas...
Gêneros: paisagem,
natureza-morta, designer,
história em quadrinhos...
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileiras
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Engajada
Arte contemporânea
Arte Digital
Arte Latino-Americana
�III.IV Conteúdos Básicos da Área de Teatro
124
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais,
teatro direto e indireto,
mímica, ensaio, Teatro-
Fórum
Roteiro
Encenação, leitura
dramática
Gêneros: Tragédia,
Comédia, Drama e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia,
figurino, iluminação
Direção
Produção
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Indústria Cultural
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro Essencial
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguarda
Teatro Renascentista
Teatro Latino-
Americano
Teatro Realista
Teatro Simbolista
�III.V Conteúdos Básicos da Área de Dança
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo,
industrial cultural, étnica,
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Expressionismo
Indústria Cultural
125
folclórica, circular, populares,
salão, moderna,
contemporânea...
Dança Moderna
Arte Engajada
Vanguardas
Dança
Contemporânea
�3. METODOLOGIA
O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano
tem com arte; sua relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de
sentir e perceber as obras artísticas.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma
devemos contemplar, na metodologia do ensino da arte, estabelecer como eixo o
trabalho artístico, que é fazer, o sentir e perceber, que são as formas de leitura e
apropriação do conhecimento, realizando pinturas e desenhos. Participando de
danças, músicas e teatro.
Pretende-se priorizar um ensino que valorize a história dos estudantes
respeitando suas raízes, sua raça e suas diferenças (física, religiosa, cultural, social
etc.), um processo educativo que lhes proporcione acolhimento e aprendizagem
efetiva.
É necessário dar liberdade para que os alunos aprendam do seu modo e
no seu tempo, conforme suas condições, independente de serem alunos com
necessidades especiais ou não.
Os conteúdos contextualizados são trabalhados através de outras fontes
de pesquisas, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis na escola (sala de
informática, TV. Paulo Freire, Tv multimídia, recursos áudio-visuais, etc).
4. PROCESSO DE AVALIAÇÃO A avaliação em Arte tem por objetivo propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno, sendo processual e sem estabelecer parâmetros
comparativos para os mesmos, visto que o processo avaliativo estará discutindo
dificuldades e progressos de cada um a partir da sua própria produção,
considerando o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a
126
sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registros dos caminhos
percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os
avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções.
O aluno incluso será avaliado através da atuação, participação e realização dos
trabalhos levando em consideração o processo de construção do conhecimento para
a obtenção do resultado final.
As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando oportunidades para
o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas. Sem perder de
vista a dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das
linguagens artísticas.
Para falar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos)
quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação permite ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística
possui um conjunto de significados anteriores, historicamente construídos pelo
homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se
construir novos significações sobre a realidade.
Deste modo, avaliar exige acima de tudo, que se defina aonde queremos chegar,
e estabelecermos os critérios a serem seguidos. Para que se promova um processo
de aprendizagem, que permita ao aluno desenvolver aspectos cognitivos através de:
atividades lúdicas, pesquisas, trabalho coletivo, produções, manifestações, locais,
regionais, globais das diversas linguagens artísticas, peculiaridades culturais,
respeitando o ritmo de aprendizagem dos alunos. A avaliação será feita por meio de
exposições, relatórios, pesquisa de campo e amostragem de talentos: artes visuais:
danças, atividades de música e teatro, visitas a museu, apreciação de peças
teatrais, músicas, danças filmes e etc. A partir desses apontamentos pretendemos
viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte por meio das
diferentes linguagens artísticas. Desta forma a avaliação em Artes supera o papel de
mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, pois busca propiciar
aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem
estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discutindo dificuldades e
progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o
desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos
127
conhecimentos para a leitura da realidade.
No processo avaliativo o professor precisa considerar o processo pessoal de
desenvolvimento de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na
escola.
Em artes visuais:
Consegue estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por seu
grupo e por outros sem discriminação, artística, ética e de gênero;
Identifica os elementos da linguagem visual e suas relações em trabalhos artísticos
e na natureza.
Em música e dança:
Sabe mover-se com consciência, desenvoltura, qualidade e clareza dentro de suas
possibilidades de movimento e das escolhas que faz;
Toma decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e de
grupo em relação a movimentos, música, cenário e espaço cênico.
Conhece as principais correntes históricas da dança e as manifestações típicas
de sua comunidade, Estado e País;
Cria e interpreta com autonomia, utilizando diferentes meios sonoros para
representar suas idéias.
Utiliza corretamente os elementos básicos da linguagem musical;
Conhece e aprecia músicas de seu meio sócio-cultural.
Em Teatro:
Sabe improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as capacidades de
seu corpo e de sua voz;
Está capacitado para dramatizar e encenar, reconhecendo e organizando
recursos para a sua estruturação.
Emite opiniões sobre as atividades teatrais do grupo, com clareza e com critério,
sem discriminação estética, artística, étnica ou de gênero.
Identifica momentos importantes da história do teatro.
5. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Arte, proposta nestas Diretrizes Curriculares é
diagnóstica e A processual. É diagnóstica por ser a referência do professor
para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os
128
momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da classe, sobre o
desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do aluno.
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação
(Capítulo I, art.8.º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do
aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do
aluno e sua participação nas atividades realizadas.”
Os instrumentos de avaliação em arte acontecem na medida em que os educandos
produzem conhecimento, socializam os conhecimentos, as técnicas de trabalho e
apuram seu gosto pela arte em sua diversidade de expressões e formas.
Assim, a avaliação em Arte será diagnóstica, processual, uma vez que
acontecerá em todos os momentos das aulas, percebendo-se o crescimento
intelectual e humano dos educandos em relação às artes.
Deste modo, pode-se utilizar como instrumentos avaliativos:
- Pesquisas histórias e bibliográficas sobre as diversas manifestações
artitisticas;
- Produção artística, com o usode várias técnicas aprendidas nas aulas;
- Análise das diversas obras de artes em sua variedade;
- Trabalhos de pesquisa
- Apresentação de seminários;
- Debates;
- Exposição de trabalhos (na sala, no pátio, em feiras culturais e outros).
- Atividades de leitura e escrita;
- Acompanhamento da participação nos trabalhos realizados em sala de
aulas;
- Trabalho em grupo;
- Tarefas individuais;
- Trabalhos com desenho, pintura, colagem, ampliação e redução;
- Murais;
- Análise de obras;
- Cartazes;
- Maratonas.
129
6. REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Historia da Educação. São Paulo: Moderna, 1987. AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª edição, revista e ampliada. São Paulo: melhoramentos, editora da USP, 1971. BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação – minimanual de pesquisa – Arte. Ed. Claranto,1 ed., 2003 BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: África, 1981. CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. São Paulo: FTD, 1997. CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história e produção. São Paulo: FDT, 2009. CANTELE, Bruna Renata, LEONARDI, Angela Cantele. Arte, linguagem visual. Ens. Fundamental de 5 a 8 séries. Vols. 1 e 2 . Ed. IBEP – SP – 2001 CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. São Paulo: Ática, 2003. FLEITAS, Ornaldo. Comunicação pela Arte. São Paulo: FDT, 1995. GABRYELLE, Thayanne. A conquista da arte. São Paulo, Editora do Brasil, 1993. NUNES, Kátia Regina Ashton. Fazendo arte com a matemática. Porto alegre/RS: Artmed, 2005. PARANÁ. Arte: vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ. Colégio Estadual 14 de Dezembro. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual 14 de Dezembro. Peabiru, 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná – Diretrizes Curriculares de Artes/Arte – Curitiba, SEED/PR, 2008. PROENÇA, Graça. História da arte. Mini Manual de Pesquisa. Arte. Uberlândia/MG: Ed. Claranto, 2005. VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. Arte no cotidiano escolar. FAPI, Belo Horizonte/MG, 2009. VASQUEZ, A. S. As idéias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
130
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
131
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA 1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo e fenômeno Vida. A
preocupação com descrição dos seres vivos e os fenômenos naturais levou o
homem a diferentes concepções de Vida, de mundo e de seu papel enquanto parte
deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua
sobrevivência.
O estudo de história natural para qual foi indicado Alexandre Rodrigues
Ferreira que aportou em terras brasileiras em 1783 empreendendo uma viagem
filosófica pela Amazônia, por Cuiabá e Belém, onde coletou e remeteu inúmeros
espécimes de animais e plantas para Portugal. Em virtude dos conflitos enfrentados
por Portugal naquele momento, tais espécimes acabaram por cair em mãos
francesas que acabaram manuais didáticos de ciências os quais foram utilizados nas
escolas brasileiras. Somente no início do século XX, o professor Mello Leitão
publicou o livro “Zoologia”, apresentando críticas aos registros apresentados pelos
franceses sobre a fauna brasileira, retratadas nos manuais franceses de forma
confundida com elementos da natureza da África, Ásia e Oceania.
A Biologia fez grandes processos no século XIX, com a proposição da Teoria
Celular, afirmando que todas as coisas vivas, animais e vegetais eram compostos
por células e com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida. Neste
mesmo século, a Biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus
conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras áreas.
Com o desenvolvimento da Genética Molecular, o potencial de inovação
biotecnológico se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo sofre mudanças
em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos filosóficos,
científicos e sociais, e põe em discussão o fenômeno Vida.
Na década de 60, três fatores provocaram alterações no ensino de ciências: o
progresso da biologia, a constatação internacional e nacional da importância do
ensino de ciências como fator de desenvolvimento, e a lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional n° 4.024, de 2 de dezembro de 1961, que descentralizou as
decisões curriculares.
Com relação á formação de professores, a Área de Ciências Biológicas no
Brasil, teve como regulamentação em 1962, quando o Conselho Federal de
132
Educação (CEF) fixou o currículo mínimo e a duração dos cursos de História Natural
no País. Esses cursos destinavam-se á formação de profissionais que atendiam ás
demandas de pesquisa e ensino no 3° grau, ao ensino de Biologia no 2° grau e de
Ciências Físicas e Biológicas o 1° grau.
Em 1969, o Conselho Federal de Educação estabeleceu a organização dos
cursos de Ciências Biológicas prevendo duas modalidades: licenciatura e
bacharelado, sendo a última na modalidade biomédica. A partir de então
denominação do curso passou a ser Curso de Ciências Biológicas.
Com a unificação das licenciaturas, as aulas práticas foram reduzidas e muitos
acadêmicos não as tiveram em sua formação. Conseqüentemente, adotaram para
suas aulas uma metodologia teórica que utilizava livros- textos os quais não
apresentavam um nível adequado ao ensino pretendido. O ensino através de estudo
dirigido foi muito utilizado, porém, compostos por questões de múltipla escolha que
exigiam apenas leitura ou por questões dissertativas que queriam transcrição literal
do texto.
A década de 20 no Brasil foi marcada por crise econômica e mudanças
significativas, com a transformação do regime totalitário para a construção de uma
sociedade democrática. Em 1988 foi promulgada a nova Constituição Federal do
Brasil. Fatos registrados da época mostram diversas mudanças sociais, políticas,
econômicas e medidas que levaram a uma estruturação em diversos setores do
país.
O ensino de 2° grau deve propiciar aos alunos o domínio dos fundamentos
das técnicas diversificadas, utilizando no processo de reprodução e não o mero
adestramento de técnicas produtivas. Esta concepção está a exigir medidas a curto,
médio e longo prazo, voltados ao suprimento e apoio á Rede Estadual de Ensino,
visando propiciar meios para que ela cumpra suas funções e atinja planamente os
seus objetivos, incluindo medidas de avaliação da atual política educacional, como
também, das estratégias utilizadas para viabilização das práticas pedagógicas.
Contrapondo-se a proposta oficial de currículo e ensino, no Estado do Paraná
iniciou-se em 2003, um processo de elaboração das novas Diretrizes Curriculares,
para a Educação Básica Estadual com o intuito de valorizar o conhecimento
disciplinar em todas as disciplinas de tradição curricular do Ensino Médio.
A Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno da Vida. A compreensão
da vida nos seus detalhes e todas as implicações é fascinante, e é parte desse
133
fascínio que essa disciplina pretende compartilhar com os educandos, contribuindo
assim, para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de
conteúdos, desde que ao mesmo proporcionem o entendimento do objeto de estudo
– o fenômeno Vida – em toda sua complexidade de relações, ou seja, na
organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos biológicos; do
estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas; e das implicações dos avanços
biológicos no fenômeno Vida. Portanto um dos principais objetivos da disciplina é
que o aluno reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade
objetiva e utilize-a dela no seu cotidiano.
A Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos
entre si e com outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de
conceitos cientificamente produzidos e propiciar uma reflexão constante sobre as
mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Portanto a
mesma não pode ser considerada um saber neutro, mas um conjunto de fatos
científicos socialmente produzido numa sociedade historicamente determinada. A
escola, sem perder de vista a formação humanista, deve adaptar-se a estes
avanços, formando cidadãos com capacidade de reflexão e ação e que através de
uma visão crítica, possam de novos conhecimentos, colaborando desta maneira
para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.
Assim, num ambiente cada vez mais permeado pela ciência e tecnologia,
entendemos que cabe a escola capacitar o indivíduo para questionar estes avanços
da ciência e da tecnologia, avaliando as conseqüências da sua utilização para o
homem e para o meio ambiente. Para tanto, é necessário que os professores
adotem metodologias de ensino que leve a formação do pensamento crítico e faz-se
necessário também o compromisso do profissional com a sociedade. A escola, do
ensinar ciências, deve preparar o cidadão para que este possa questionar. Como
melhoria do processo ensino-aprendizagem não deve der entendida apenas a
melhoria das notas e a redução das provações. Estas devem ser conseqüências das
evoluções do processo de ensinar e a aprender.
Percebemos que os próprios professores devem preparar-se para realizar tais
questionamentos, pois atualmente com a expansão do regime capitalista, a
sociedade cresce a partir da produção de bens de consumo, o professor deve estar
alerta para não incentivar o consumo passivo de bens e idéias e, sim levar o
134
indivíduo a uma consciência crítica de modo utilizar de maneira consciente, dos
avanços da ciência e da técnica, e que ciência deve estar a serviço da sociedade e
não a sociedade deve estar a serviço da ciência.
Através do Ensino de Biologia, o aluno deve obter a capacidade de ler, refletir, e
formular idéias de maneira coerente e precisa analisar compreender e criticar a
aplicações sociais da ciência e da tecnologia. Reconhecer que tecnologia é de
grande importância para o desenvolvimento econômico e social, porém, é preciso ter
consciência que é necessário promover a preservação ambiental através do
desenvolvimento sustentado.
2. JUSTIFICATIVA
O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões
polêmicas, que dizem respeito a desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos
naturais e a utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no
ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos
organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se
volte para o desenvolvimento de capacidade que permitam ao aluno lidar com as
informações, compreendê-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender o
mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da
Biologia e da tecnologia.
O ensino de Biologia, enfim, é essencial ao desenvolvimento de posturas e
valores pertinentes ás relações entre seres humanos, entre eles e o meio, entre o
ser humano e o conhecimento, contribuindo para a educação que formará indivíduos
sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do
mundo e da vida, capazes, assim de realizar ações práticas, de fazer julgamento.
135
3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ü Organização dos seres vivos;
ü Mecanismos Biológicos;
ü Biodiversidade;
ü Manipulação genética.
4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo “
conteúdos” não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos
alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam,apliquem, relacionem.
Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos
no currículo, não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como
conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de
uma cultura particular em um determinado momento, entra em cena.
1° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
ü Organização dos seres vivos
ü Mecanismos Biológicos;
ü Biodiversidade;
ü Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOS:
ü Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
ü Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e
filogenéticos.
2° ANO
136
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
ü Organização dos seres vivos;
ü Mecanismos Biológicos;
ü Biodiversidade;
ü Manipulação genética.
.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
ü Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia;
ü Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a
interdependência com o ambiente.
3° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
ü Organização dos seres vivos;
ü Mecanismo Biológicos;
ü Biodiversidade;
ü Manipulação genética
CONTEÚDOS BÁSICOS:
ü Mecanismos de desenvolvimento embrionário;
ü Teoria Evolutivas;
ü Transmissão das características hereditárias;
ü Organismo geneticamente modifica.
137
5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para o ensino de Biologia compreender o fenômeno da VIDA e sua
complexidade de relações, significativa pensar em uma Ciência em transformação,
cujo caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o
repensar e o modificar constante dos conceitos e teorias elaboradas em cada
momento histórico, social, político, econômico e cultural.
Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de
partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua
relação com as idéias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com
manipulação do material pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um
aparato sofisticado, mas a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando
ainda, a interpretação dos fenômenos biológicos e a troca de informações entre o
grupo que participa da aula. As aulas experimentais completam e integram o
conteúdo trabalhado em sala de aula, completando a qualidade do ensino, pois
permitem aos educandos relacionarem os conceitos da biologia com o seu cotidiano.
Além disso, nas práticas eles podem comprovar os conceitos teóricos adquirido em
sala de aula, despertando assim o seu interesse pela disciplina, a criatividade,
curiosidade e um pensamento crítica baseados em experimentações para
comprovação. Uma das práticas que podemos mencionar e que desperta o interesse
nos educandos é a observação da célula vegetal ao microscópio, eles ficam
fascinado em poder ver na prática o conhecimento adquirido em sala de aula através
de textos explicativos sobre células vegetais.
Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de. Porém o texto
não deve ser visto como se tivesse todo o conteúdo, mas sim como um instrumento
de meditação na sala de aula, entre aluno-aluno e aluno-professor, levando a novas
questões e discussões. Esta metodologia será aplicada através de: aulas expositivas
com explicação oral do conteúdo; pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e
outros meios de pesquisas coerentes; trabalhos em sala de aula, individuais e em
grupos com apresentação dos mesmos para os demais alunos; debates de textos
complementares; resolução de exercícios e questões propostas.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos como slides, TV Pendrive, DVDs, CDs, CD-
ROM’s educativos, rádios, computadores e softwares livres, dentre outros.
138
Os recursos pedagógicos devem ser utilizados de maneira
predominantemente investigativa, pois deve propiciar o desenvolvimento da
autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber,
por meio de busca de informações significativas, representação e resolução de uma
situação-problema.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo,
a avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pois, são
pré-requisitos básicos da avaliação emancipadora a análise, a crítica e a
transformação. Têm por propósito a modificação e a melhora contínua. Ela é vista
como um instrumento educativo da emancipação do aluno, do seu senso de
autocrítica e auto desenvolvimento. Parlett e Hamilton, já na década de 1970,
defendiam a prática de uma "avaliação iluminativa" como uma alternativa ao modelo
clássico, a qual levasse em conta o processo educativo como um todo, que o
iluminasse, de maneira a permitir a compreensão da complexidade das situações.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento
dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.
O processo de avaliação não termina com a elaboração de provas. A
análise dos resultados é uma etapa importantíssima, responsável por validar todo o
trabalho desenvolvido até o momento. Se o professor apenas lançar notas e não
analisar o que significam, a prova não serviu de nada.
O professor deve definir o que precisa ser avaliado , clareza e
objetividade, além de equilíbrio entre o número de itens e questões também são
essenciais.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas elos professores ao longo do ano letivo.
Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superar os obstáculos.
Serão utilizados os instrumentos avaliativos citados abaixo de acordo com o
139
perfil de cada série:
• Atividade de leitura
A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos
conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha
criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir
a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de
avaliação o aluno deverá compreender as idéias presentes no texto e interagindo
por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o
texto, o educando deverá expressar suas idéias com clareza e sistematizar o
conhecimento de forma adequada, estabelecendo relações entre o texto e o
conteúdo abordado em sala de aula.
•Projeto de Pesquisa Bibliográfica
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do
que se pretende. O aluno, deverá identificar a situação e o contexto com clareza de
seu projeto de pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da
pesquisa, buscando soluções e referenciando o conteúdo da mesma
adequadamente.
•Produção de Texto
A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada
ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O
educando deverá produzir texto expressando idéias claras com argumentos
consistentes, estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a
tese e os argumentos elaborados para sustentá-lo.
•Palestra/Apresentação Oral
140
A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua
compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e
expor suas idéias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma
seqüência lógica com clareza e argumentos.
•Atividades Experimentais
Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar
hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as
dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um
experimento deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais
e instrumento necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos,
compreendendo o fenômeno experimentado;
•Projeto de Pesquisa de Campo
Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a
construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. A
princípio o aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as
informações, no local, organizando - se e examinando os dados coletados, conforme
orientações e conhecimento construído, demonstrando sua capacidade de análise
dos dados coletados e de síntese.
•O Relatório
É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando
no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que
foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar
introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.
No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram
coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem-se extrair deles.
141
•Seminário
Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma
discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato
direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Sendo assim o aluno
terá que demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto
nas réplicas, apresentando compreensão do conteúdo abordado.
•Debate
Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que
haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a
participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos
divergentes que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita
racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição.
•Atividades a partir de recursos Audiovisuais -
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer
que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado
naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e
com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do
conteúdo caberá ao professor. Cabe ao aluno compreender e interpretar a
linguagem utilizada, articulando o conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.
•Trabalho em grupo
Desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar,
aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido,
possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.
142
•Questões discursivas
Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o
conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o
professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante
a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma
questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do
aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de
construção do conhecimento.
•Questões objetivas
Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão
do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada
questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno
realizará leitura compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns
aspectos definidos do conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares SEED/ junho/ 2006.
FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Vol. único
LAURENCE, J;Biologia. Volume único, ed. Nova Geração.2007
LINHARES,Sérgio, GEWANDSZNAJDER,Fernando. Biologia.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. Vol. único. São Paulo: Ed. Saraiva, 2005.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: citologia e histologia. Vol.1. São Paulo: Ed.
Ática,2005.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: seres vivos e fisiologia. Vol.2. São Paulo: Ed.
Ática,2005.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia: genética, evolução, ecologia .Vol.3. São
143
Paulo: Ed. Ática,2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual 14 de Dezembro – EMF
2008: Peabiru - Pr
SEED,Livro Didático Público – Biologia. 2º Ed.2007
MORANDINI,Clézio; BELLINELLO,Luiz Carlos. Biologia. Vol.único.São Paulo: Ed.
144
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente
os fenômenos observados na Natureza, resultante das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com
a Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo,
a interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas
formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos
seus recursos.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, culturais, éticas e
políticas.
A ciência, não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos
construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com
Kneller (1980) e Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que
permitem interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os
elementos fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos
são utilizados como paradigmas, leis e teorias.
Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como
uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural,
religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas
geniais”. “[...] para concretizar este discurso sobre a Ciência [...] é necessário e
imprescindível determiná-la no tempo e no contexto das realizações humanas, que
também são historicamente determinadas” (RAMOS, 2003, p. 16).
145
Muitas civilizações, ao longo do tempo, criaram mitos e divindades
como estratégias para explicar fenômenos da natureza.Tais relatos simbólicos
tentavam explicar a origem da Natureza mais do que contar a realidade dos fatos
(FREIRE-MAIA, 2000).
Modelos construídos a partir de observações realizadas diretamente
sobre os fenômenos da Natureza permitiram ao ser humano afastar-se do mythos e
aproximar-se da physis.
Surgiram várias descobertas como a idéia do átomo com os gregos, o
modelo geocêntrico proposto por Aristóteles (século III a.C.), o modelo heliocêntrico
proposto por Aristarco de Samos (século III a.C.) e Nicolau Copérnico (1473-1543),
modelo organicista, modelo fixista, modelo evolutivo, modelo mecanicista
sistematizado por Willian Harvey (1578-1657), as sistematizações de Lavoisier
(1743-1794), entre tantas descobertas que surgiram.
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico
marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído
para a compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os
naturalistas não se utilizavam métodos para a investigação da Natureza, porém, tal
investigação reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isoladas.
O modelo científico, como estratégia de investigação é constituído por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e
síntese em leis ou teorias. Isso produz um conhecimento (científico) a respeito de
um determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e
divulgação do conhecimento feito no período pré-científico.
Segundo Sevcenko (2001), mais de 80% dos avanços científicos e
inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços
após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, cerca de 70% de todos os cientistas,
engenheiros, técnicos e pesquisadores formados desde o início do século XX ainda
estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e produzir conhecimento
científico.
Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse
a superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em
que ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do
conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando
discussões acerca de como a ciência realmente funciona (DURANT, 2002).
146
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de
poder que se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel
reservado à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de
interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de
trabalho que se originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na
informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p.152).
Os museus de história natural, juntamente com outras antigas
instituições como as universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a
consolidação e institucionalização das Ciências Naturais no país ao longo do século
XIX. O Museu Nacional do Rio de Janeiro e, depois, o conjunto dos museus
brasileiros contribuíram tanto no que diz respeito à produção do conhecimento
científico quanto no ensino de Ciências.
Na primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares
que existiam nas cidades, freqüentadas pelos filhos da elite, contratavam
professores estrangeiros dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter
formativo. Aos filhos da classe trabalhadora, principalmente agricultores, era
destinado um ensino em que os professores não tinham formação especializada,
trabalhavam em várias escolas e ensinavam conhecimento cientifico sob caráter
informativo (GHIRALDELLI JR, 1991).
O contexto histórico exigia um ensino científico frente às necessidades
do progresso nacional, e “para isso [era] mister construir cientificamente o Brasil” (
GHIRALDELLI JR, 1991, p. 34). Na disciplina de Ciências, então, transmitiam-
se informações gerais por meio de metodologia centrada na aula expositiva, não
dialogada, que exigia a memorização da biografia de cientistas importantes e da
divulgação dos conhecimentos provenientes de suas descobertas. Desse modo,
privilegiava-se a quantidade de informações científicas em prejuízo de uma
abordagem de base investigatória.
O IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), fundado
em 1946 objetivando promover a melhoria da formação científica dos alunos que
ingressariam no ensino superior, proporcionou o desenvolvimento de pesquisas e
treinamento de professores, bem como a implantação de projetos que influenciaram
a divulgação científica na escola por meio de atividades como mostras de projetos
em feiras; visitas a museus e a criação de Clubes de Ciências. Desenvolveu,
também, o projeto “Iniciação Científica” e produziu kits destinados ao ensino de
147
física, Química e Biologia para estudantes dos cursos primários e secundários
(BARRA e LORENZ, 1986).
Com o apoio das sociedades científicas, das universidades e de
acadêmicos renomados, apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram
elaborados projetos que tiveram circulação no Brasil, mediados pelo IBECC.
As decisões políticas instituídas na LDB n0 9694/96 apontaram para o
fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos
avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a
ampliação da participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar,
ampliando para todas as séries da etapa ginasial a necessidade de preparo do
indivíduo (e da sociedade como um todo) para o domínio dos recursos científicos e
tecnológicos por meio do exercício do método científico.
Nesse contexto, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso
de suporte de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo
grau, visando às necessidades do mercado de trabalho e o desenvolvimento
industrial e tecnológico do país, sob controle do regime militar.
O Currículo Básico, no início dos anos de 1990, ainda sob a LDB n0
5692/71, apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando
sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente,
pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos
norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 10 Grau, hoje Ensino
Fundamental, a saber:
1. Noções de Astronomia;
2. Transformação e Interação de Matéria e Energia;
3. Saúde – Melhoria da Qualidade de Vida.
Com a promulgação da LDB n0 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes
e Bases para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito
federal. O Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente substituído
pelos PCN cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina e
sua constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo plano.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político
nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com
148
objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e
uma nova identidade para o ensino de Ciências.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
5 ª série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astronomia e Astronáutica:
- O Brasil visto do satélite
- O movimento aparente do Sol
- As estações do ano
- Fuso horário
- Os astros no Universo
- Sistema solar e constelações
- As fases da Lua
Matéria
Energia
Biodiversidade
Água no ecossistema:
- Distribuição da água na Terra
- O ciclo da água
- A poluição da água
- O tratamento de água
- Fornecimento de água nas
cidades
- A conta de água
Matéria
Energia
Biodiversidade
Ar no ecossistema:
- A atmosfera
- Poluição do ar
Matéria
Energia
Biodiversidade
Solo no ecossistema:
- Estruturas da Terra
- Rochas e minerais
- O solo
- Lixo
149
História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena
6ª série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Biodiversidade
Energia
- A classificação dos seres vivos
- As plantas verdes e a produção
de alimentos
- Bactérias e eucárias
- Gimnospermas – os pinheiros
- Angiospermas I – os cactos
- Angiospermas II – a polinização
das flores
- Flor, semente e fruto
Biodiversidade - Protista de vida livre e parasitas
- Animais mais simples: poríferos e
cnidários
- Platelmintos: vermes planos
- Nematódeos: vermes cilíndricos
- Moluscos
- Anelídeos
Biodiversidade - Artrópodes I: aracnídeos
- Artrópodes II: crustáceos
- Artrópodes III: insetos
- Equinodermos
Biodiversidade - Peixes: vertebrados aquáticos
- Anfíbios e répteis: vertebrados
com quatro pernas
- Aves
- Mamíferos
História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena
150
7ª série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Calorias e alimentos
- Microorganismos e alimentos
- Vacinas e mortalidade infantil
- Nutrientes e pirâmide alimentar
- Alimentos calóricos I: glicose
- Alimentos calóricos II: amido
- Alimentos calóricos III: gorduras
e óleos
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Alimentos construtores: proteínas
- Alimentos reguladores: vitaminas
e sais minerais
- Alimentação: dietas balanceadas
- A anatomia da digestão
- Digestão e estômago
- Digestão e intestinos
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Sangue
- Sistema cardiovascular
- Os pulmões
- Rins e urina
- Os ossos
- Músculos
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Sistema nervoso
- Hormônios
- Hormônios e a mulher
- Hormônios e o homem
- Mecanismos de herança
História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena
8º série
151
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria
Energia
Introdução ao estudo da Química:
- Conceitos fundamentais;
- A química em nosso cotidiano;
Matéria;
Energia.
Apresentação da matéria:
- Sistemas homogêneos;
- Sistemas heterogêneos;
- Fases de um sistema;
- Substância pura e mistura.
Estados físicos da matéria e suas mudanças:
- Sólido;
- Líquido;
- Gasoso.
Processos de separação de misturas:
- Filtração;
- Destilação simples;
- Destilação fracionada;
- Dissolução fracionada;
- Catação;
- Peneiração;
- Separação magnética;
- Ventilação;
- Levigação;
- Cristalização.
Os elementos químicos:
- Substâncias simples e compostas;
152
Matéria Laboratório:
- Equipamentos;
- Vidrarias;
- Regras de Segurança.
Modelos Atômicos:
- Modelo Atômico de John Dalton (1808):
Modelo da “Bola de Bilhar”
- Modelo Atômico de Thomson (1897):
“Pudim de Passas”
- Experimento de Rutherford (1909-1911).
- Modelo Atômico de Rutherford (1909-1911):
“Modelo Planetário”
A identificação dos átomos
- Número Atômico;
- Número de Massa;
- Elemento Químico;
- Íons;
- Isótopos, isóbaros e isótonos.
A Classificação Periódica dos elementos
- Histórico da Tabela Periódica;
- A classificação periódica moderna;
- Configurações eletrônicas dos elementos
ao longo da classificação periódica;
Ligações Químicas:
- Regra do octeto;
Ligação iônica:
- Fórmula eletrônica;
Ligação covalente:
- Fórmula estrutural;
- Fórmula molecular;
- Compostos moleculares e iônicos;
Ligação metálica:
- Propriedades dos metais
153
Funções Químicas Inorgânicas:
- Ácidos;
- Bases;
- Indicadores químicos e escala de pH;
- Reação de neutralização total e parcial;
- Sais;
- Óxidos;
Energia
Matéria
- Inércia
- Atrito
Velocidade, espaço e tempo:
- Conceito de velocidade
- Conceito de deslocamento
- Conceito de velocidade média
Aceleração
- Conceito de aceleração
- Queda Livre
- Aceleração da gravidade
Massa e peso:
- Peso
- Massa
- Atração da gravidade
Forca, Massa e Aceleração:
- Primeira Lei de Newton
- Segunda Lei de Newton
Ação e Reação:
- Terceira Lei de Newton
- Conceitos de sentido e direção
Conservação da energia:
- Análise vetorial de resultantes de forcas
- Princípio da conservação da energia
Ondas:
- Onda mecânica
154
- Onda eletromagnética
- Crista, vale, amplitude, tamanho freqüência
de uma onda
Energia
Luz:
- Espectro de ondas eletromagnéticas
- Cores primárias
- Decomposição da luz
Espelhos e lentes:
- Funcionamento de espelhos planos e curtos
- Funcionamento de lentes convergentes e
divergentes
Calor e temperatura:
- Conceitos de calor e temperatura
- Tipos de transmissão de calor
- Quantidade de calor
Cargas elétricas:
- Carga elétrica
- Eletrização
- Condutores e isolantes elétricos
Corrente elétrica:
- Corrente elétrica
- Circuitos elétricos
- Lei de Ohm
- Curto-circuito
Imãs e eletroímãs:
- Magnetismo
- Materiais ferromagnéticos
- Campo Magnético
- Eletroímã
Geradores e motores elétricos:
- Motores elétricos
- Geradores elétricos
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
155
3. METÓDOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico para essa disciplina aborda quatro
aspectos importantes: a história da ciência, a divulgação científica, a atividade
experimental e a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena que se relacionam e
complementam-se na prática pedagógica, essa última foi incluída, no currículo oficial
da rede de ensino dia 10 de março de 2008, conforme a Lei nº 11.645. Nesse
sentido o encaminhamento metodológico não pode ficar restrito a um único método.
O professor de Ciências, no momento da seleção de conteúdos
específicos e da opção por determinadas abordagens, estratégias e recursos, dentre
outros critérios, precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos
estudantes. Visto que, a escolha de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos
adequados à mediação pedagógica contribuem para que o estudante se aproprie de
conceitos científicos de forma mais significativa e para que o professor estabeleça
critérios e instrumentos de avaliação.
Assim, algumas possibilidades de encaminhamento são a observação,
o trabalho de campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas às
indústrias, fazendas, museus, projetos individuais ou em grupos, redação de cartas
para autoridades, palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários,
conversação dirigida, dentre outras. Outras atividades que estimulam o educando ao
trabalho coletivo são as que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura,
jogos didáticos, dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições
e feiras, entre outras.
Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de
partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua
relação com as idéias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com
manipulação do material pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um
aparato sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando
ainda, a interpretação dos fenômenos biológicos e a troca de informações entre o
grupo que participa das aulas. As aulas experimentais completam e integram o
conteúdo trabalhado em sala de aula, completando a qualidade do ensino, pois
permitem aos educandos relacionarem os conceitos da ciência com o seu cotidiano.
Além disso, nas práticas eles podem comprovar os conceitos teóricos sobre a
ciência, despertando assim o seu interesse pela disciplina, a criatividade,
156
curiosidade e um pensamento crítica baseados em experimentações para
comprovação.
Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de ciências e da
história e cultura afro-brasileira e indígena. Porém o texto não deve ser visto como
se tivesse todo o conteúdo, mas sim como um instrumento de meditação na sala de
aula, entre aluno-aluno e aluno-professor, levando a novas questões e discussões.
Esta metodologia será aplicada através de: aulas expositivas com explicação oral do
conteúdo; pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e outros meios de
pesquisas coerentes; trabalhos em sala de aula, individuais e em grupos com
apresentação dos mesmos para os demais alunos; debates de textos
complementares; resolução de exercícios e questões propostas.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos como slides, TV Pendrive, DVDs, CDs, CD-
ROM’s educativos, rádios, computadores e softwares livres, dentre outros.
Os recursos pedagógicos devem ser utilizados de maneira
predominantemente investigativa, pois deve propiciar o desenvolvimento da
autonomia do aluno e a construção de conhecimentos de distintas áreas do saber,
por meio de busca de informações significativas, representação e resolução de uma
situação-problema.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo,
a avaliação na disciplina de Ciência, passa a ser entendida como instrumento cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pois, são
pré-requisitos básicos da avaliação emancipadora a análise, a crítica e a
transformação. Têm por propósito a modificação e a melhora contínua. Ela é vista
como um instrumento educativo da emancipação do aluno, do seu senso de
autocrítica e auto desenvolvimento. Parlett e Hamilton, já na década de 1970,
defendiam a prática de uma "avaliação iluminativa" como uma alternativa ao modelo
clássico, a qual levasse em conta o processo educativo como um todo, que o
iluminasse, de maneira a permitir a compreensão da complexidade das situações.
157
Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.
O processo de avaliação não termina com a elaboração de provas. A análise
dos resultados é uma etapa importantíssima, responsável por validar todo o trabalho
desenvolvido até o momento. Se o professor apenas lançar notas e não analisar o
que elas significam, a prova não serviu para nada.
O professor deve definir o que precisa ser avaliado com clareza e
objetividade, além de equilíbrio entre o número de itens e questões também são
essenciais.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelos professor ao longo do ano letivo.
Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superar os obstáculos.
Serão utilizados os instrumentos avaliativos citados abaixo de acordo com o
perfil de cada série:
•Atividade de leitura
A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos
conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha
criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir
a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de
avaliação o aluno deverá compreender as idéias presentes no texto e interagindo
por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o
texto, o educando deverá expressar suas idéias com clareza e sistematizar o
conhecimento de forma adequada, estabelecendo relações entre o texto e o
conteúdo abordado em sala de aula.
•Projeto de Pesquisa Bibliográfica
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do
que se pretende. O aluno, deverá identificar a situação e o contexto com clareza de
seu projeto de pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da
pesquisa, buscando soluções e referenciando o conteúdo da mesma
158
adequadamente.
•Produção de Texto
A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada
ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O
educando deverá produzir texto expressando idéias claras com argumentos
consistentes, estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a
tese e os argumentos elaborados para sustentá-lo.
•Palestra/Apresentação Oral
A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua
compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e
expor suas idéias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma
sequência lógica com clareza e argumentos.
•Atividades Experimentais
Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar
hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as
dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um
experimento deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais
e instrumento necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos,
compreendendo o fenômeno experimentado;
•Projeto de Pesquisa de Campo
Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a
construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. A
159
princípio o aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as
informações, no local, organizando - se e examinando os dados coletados, conforme
orientações e conhecimento construído, demonstrando sua capacidade de análise
dos dados coletados e de síntese.
•O Relatório
É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando
no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que
foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar
introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.
No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram
coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem-se extrair deles.
•Seminário
Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma
discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato
direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Sendo assim o aluno
terá que demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto
nas réplicas, apresentando compreensão do conteúdo abordado.
•Debate
Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que
haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a
participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos
divergentes que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita
racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição.
160
•Atividades a partir de recursos Audiovisuais -
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer
que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado
naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e
com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do
conteúdo caberá ao professor. Cabe ao aluno compreender e interpretar a
linguagem utilizada, articulando o conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.
•Trabalho em grupo
Desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar,
aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido,
possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.
•Questões discursivas
Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o
conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o
professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante
a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma
questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do
aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de
construção do conhecimento.
•Questões objetivas
Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão
do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada
questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno
realizará leitura compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns
161
aspectos definidos do conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.
5. REFERENCIAS
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BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma
psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
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OLIVEIRA, Emmanuel Cavalcanti. Ciências. São Paulo: Ed. IBEP, [s.d.].
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163
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR�� EDUCAÇÃO FÍSICA�1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA�
A História da Educação física atravessou muitas mudanças, iniciando no
século XIX onde a partir daí se tornou componente obrigatório nos currículos
escolares, onde a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de
promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo o pudor e os hábitos
condizentes com a vida humana.
Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir,
conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos,
importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos
currículos escolares.
A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar a partir
da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação dominação e contenção dos
ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As
atividades dirigidas a mulher deveriam desenvolver harmonia de sua formas feminis
e as exigências da maternidade futura.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a
promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo7º e pelo Decreto 69450/71, a
disciplina passou a ter legislação específica.
Instituiu-se assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e
obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
Na área pedagógica a primeira referência ganhou destaque na área
profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação
integral da criança.
Em meadas dos anos 80, surgiram propostas sobre denominação
progressista onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da
esportivização.
Dentro as correntes ou tendências progressistas destacam-se as abordagens:
Desenvolvimentista e Construtivista.
Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.
A proposta crítico-superadora e crítico-emancipatória estas sim mais
vinculadas as discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões
164
nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da
Filosofia da Educação.
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do
Paraná, foi á elaboração do Currículo Básico, este embasado na pedagogia histórico
- crítica da educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a
instrumentação do corpo deveria dar lugar ás formação humana do aluno em todas
suas dimensões.
No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da
Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação
Física. A proposta também fundamentou-se na concepção histórico – crítica de
educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da
ação pedagógica da Educação Física. Vislumbrava-se a perspectiva de mudança e
transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma
sociedade mais igualitária, esta proposta representou um marco para a disciplina,
destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a
consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como
expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem
se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos,
relativos á ginástica, á dança, aos desportos, bem como, ás atividades que
correspondem ás características regionais.
Nos anos 90 a Secretaria de Educação do Estado do Paraná desenvolveu
diversos materiais pedagógicos e ofertou cursos de capacitação com o objetivo de
fornecer subsídios aos professores para desenvolverem as propostas para o
currículo. Mais tarde o Estado elaborou as Diretrizes Curriculares propondo uma
Educação Física que incluía a reflexão sobre a necessidade atual de ensino e a
superação de uma visão fragmentada do ser humano. A mesma tem-se como
fundamento geral o materialismo histórico, cujos princípios aprofundam-se numa
reflexão e crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes
ao funcionamento da sociedade.
A Educação Física deve ser trabalhada sob o víeis de interlocução com
disciplinas variadas, que permitam entender o corpo em sua complexidade; ou seja,
sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e
política, justamente por sua constituição interdisciplinar. E o seu currículo da
165
Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o
enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política
de seu tempo.
A Educação Física esta dentro de um currículo multicultural inscrito como
crítico em virtude das atribuições a ele conferidas também se entremeia com os
objetivos de cidadania e de equidade propostos pelas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étinico-Raciais, para o Ensino de História,
Cultura Afro-Brasileira e Africana, criadas como políticas de reparações, e de
reconhecimento e valorização da história, da cultura e identidade. Este tema está
amparado legalmente pela Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que inclui no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”. O não encaminhamento da responsabilidade pelo
cumprimento da lei 11.645/08 para a área de Educação Física Escolar é entendido,
no mínimo, como uma falha lastimável.
A Educação Física na Educação Básica pretende superar uma visão
fragmentada de homem, buscando o entendimento do corpo em sua complexidade.
A Educação Física permitir uma abordagem biológica, antropológica, social,
psicológica, como também uma prática corporal. Deste modo, a Educação Física
deixa de ser apenas uma disciplina meramente esportiva ou recreativa, para tornar-
se parte do processo de escolarização.
Considerando o contexto histórico citado até o movimento, onde a Educação
Física transitou em diversas perspectivas teóricas desde as mais reacionárias até as
mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem
essas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e
continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo sem qualquer
reflexão sobre corporal.
Como em todas as outras disciplinas, ela corresponde á desperta o aluno
para compreender a cidadania como participação social e político assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedades, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e
exigindo para si o mesmo respeito.
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física cognitiva.
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
166
adquirir e contribuir conhecimentos.
As aulas de Educação Física devem evidenciar a relação estreita entre a
formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais
decorrentes. Estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do
mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em
jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem
ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo
homem.
A Educação Física enquanto disciplina que tem como objetivo de estudo a
cultura corporal de movimento, se justifica por relacionar o movimento humano com
a cultura por ele produzida historicamente e a que ainda está por produzir, uma vez,
mas que se trata de algo pronto ou acabado, mas que está em constante produção o
tempo todo.
Sendo assim ela passa a ter a função pedagógica de integrar e introduzir o
aluno no mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar,
produzir e transformar as formas culturais da atividade física.
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
2.1 Ensino Fundamental 5ª Série/6º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de rua
Danças criativas Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense Ginástica geral
167
Lutas Lutas de aproximação Capoeira
2.2 Ensino Fundamental 6ª Série/7º Ano
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de rua
Danças criativas Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense
Ginástica geral Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
2.3 Ensino Fundamental 7ª Série/8º Ano
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos
Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativas Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense
Ginástica geral
168
Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira
�
2.4 Ensino Fundamental 8ª Série/9º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos
Radicais
Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira
�
2.5 Ensino Médio
CONTEÚDO ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Esporte Coletivos
Individuais Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
169
Dança Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua
Ginástica Ginástica artística / olímpica Ginástica de Condicionamento Físico
Ginástica geral
Lutas Lutas com aproximação Lutas que mantêm à distancia
Lutas com instrumento mediador Capoeira
3 - DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO
Por meio dos conteúdos a Educação Física tem a função social de contribuir
para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter
autonomia sobre ele, e adquirir uma expressividade corporal consciente.
O Professor de Educação Física assim possui a responsabilidade de
organizar e sistematizar essas práticas.
As aulas deverão possuir três momentos: no primeiro momento o professor
deverá apresentar o conteúdo, problematizando-o; no segundo momento ocorrerão
às atividades relativas ao conteúdo proposto, assim o professor poderá observar os
alunos em seu desenvolvimento; no terceiro momento ocorrerá uma reflexão sobre a
prática.
Ainda pode-se adotar a metodologia crítico-superadora, onde esta
metodologia permite ao aluno ampliar sua visão de mundo. Esse mesmo
conhecimento é transmitido levando em consideração o momento político, histórico,
econômico e social em que o aluno está inserido.
Os conteúdos devem ser abordados segundo um principio de complexidade
crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser discutido em séries diferentes,
mudando, portanto o grau de complexidade.
Nesta metodologia pode-se adotar as seguintes estratégias: a pratica social,
caracterizada pela preparação e mobilização do aluno para a construção do
170
conhecimento; a problematização, um desafio ao aluno, onde o mesmo, por meio de
sua ação deverá buscar o conhecimento; a intrumentalização, caminho pelo qual o
conteúdo é sistematizado e posto à disposição dos alunos; a catarse, fase em que o
educando sistematiza e manifesta a assimilação dos conteúdos e dos métodos
trabalhados anteriormente e o retorno a prática social, onde ocorrerá a transposição
do teórico para o prático, das dimensões do conteúdo e dos conceitos adquiridos.
4 - AVALIAÇÃO
O objetivo é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as
práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. Um dos
primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação
deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o
conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.
(DIRETRIZES CURRICULARES, 2009).
Os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico através de
participação nas atividades práticas e teóricas.
A avaliação será através de um processo contínuo, permanente e cumulativo
onde o professor organizará e reorganizará o trabalho, sustentando nas diversas
práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a
luta.
A avaliação deverá resgatar as experiências e sistematizações realizadas
durante o processo de aprendizagem. Ainda o professor deverá conhecer e buscar
as experiências individuais e coletivas das diferentes realidades dos alunos.
Assim, o processo de avaliação ocorrerá a cada aula considerando a
participação do aluno durante a sua prática, além das avaliações teóricas e orais e
trabalhos escritos sobre os conteúdos propostos a cada bimestre, servido de
referência para o professor em sua ação pedagógica.
5 - REFERÊNCIAS
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nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional, 2002.
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escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação
Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.
172
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR���ENSINO RELIGIOSO
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Compreender a história do Ensino Religioso é entendê-lo no bojo da
educação desenvolvida nas múltiplas relações do contexto político-educacional. O
Ensino Religioso no espaço escolar, era tradicionalmente o ensino da Religião
Católica Apostólica Romana, então religião oficial, como determinava a Constituição
de 1824. Com a República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e
obrigatório, e a hegemonia católica foi rejeitada. A partir da Constituição de 1934 o
Ensino Religioso passou a ser admitido na escola pública, com matrícula facultativa.
Nas constituições de 1937, 1946 e de 1967 foi mantido como matéria do currículo,
com freqüência facultativa para o aluno e de caráter confessional, de acordo com a
profissão de fé da família. Na década de 60, surgiram os debates sobre a questão
da liberdade e a diversidade religiosa e o Ensino Religioso perdeu sua função
catequética. Porém, na prática, não foi que aconteceu, pois estava à mercê da
crença individual de quem ministrava as aulas, no caso, voluntários e em caráter
proselitista, uma vez que não existiam cursos de licenciatura para professores. Na
LDB, lei 4024/61 o Ensino Religioso era facultativo, sem ônus para o poder público,
embora o Ensino Religioso fosse parte da formação pública, a responsabilidade
pelos docentes não competia ao Estado, e deveria ser ministrado de acordo com a
confissão religiosa do aluno.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se
concretizou legalmente na redação LDBEN de 1996 e sua respectiva correção, em
1997, pela Lei 9.475 de acordo com o artigo 33, que estabelece, o Ensino Religioso
como parte integrante da formação básica, com matrícula facultativa; disciplina dos
horários normais das escolas públicas de Educação Básica; assegura o respeito à
diversidade cultural e religiosa, sem quaisquer formas de proselitismo. Pela
primeira vez na historia a inclusão de temas religiosos na educação brasileira, em
que foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer
forma de prática catequética nas escolas públicas. Com a perda do caráter
confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos religiosos vigentes e
impôs aos responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso, a obrigação de
repensar a fundamentação teórica, sobre a qual se deverá apoiar os conteúdos a
173
serem trabalhados e a metodologia utilizada. A partir de então surgirão várias
propostas pedagógicas, visando a melhor maneira de se planejar um Ensino
Religioso laico, previsto nas nessas leis.
O Ensino Religioso no Paraná. Para viabilizar a proposta do Ensino Religioso
no Paraná, a Associação Interconfessional de Curitiba (Assintec) formada por um
grupo ecumênico, se preocupou em elaborar material pedagógico e cursos de
formação continuada. Um desses foi Programa Nacional de Tele Educação (Prontel)
em 1972, propôs a instituição do Ensino Religioso radiofonizado nas escolas
municipais A SEED e a Assintec aceitaram a Prontel, com parecer favorável do
Conselho Estadual da Educação Em 1973, a SEED designou a ASSINTEC como
intermediária entre a Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação; foi instituído o
Serviço de Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina. Em
1976, pela resolução nº 754/76, foram autorizados os cursos de atualização religiosa
em quatorze municípios com apoio da Associação Escolas Católicas( AEC) e
disponibilizado aos professores um conjunto de apostilas intituladas “Crescerem em
Cristo”. No ano de 1981, surgiu o projeto “Diga sim” como forma de ampliar a
formação e favorecer a preparação dos temas a serem trabalhados. Também houve
o I Simpósio de Educação Religiosa no CETEPAR, onde se levantou a necessidade
de contribuir com as discussões realizadas na Constituinte e garantir um novo
espaço para a Educação Religiosa na legislação brasileira. Em 1987, iniciou-se o
curso de especialização em Pedagogia Religiosa com carga horária de 360 horas,
numa parceria SEED, ASSINTEC e PUC/PR. As discussões iniciadas na Constituinte
foram intensificadas com a promulgação da Constituição de 1988, por meio da
organização de um movimento nacional para garantir o Ensino Religioso como
disciplina escolar. Em 1992, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso
seguindo os moldes do Currículo Básico, elaborado pela ASSINTEC com a
colaboração da SEED, dessa forma, mais uma vez se esvazia o papel do Estado em
relação ao Ensino Religioso, a responsabilidade das tradições religiosas
distanciando ainda mais das demais disciplinas do currículo, a Assintec que definia
orientações para a oferta do Ensino Religioso nas escolas, em conformidade com a
Resolução SEED n.6.856/93. Com a nova LDBEN 9.394/96, perde a validade essa
resolução.
Novas discussões para mudanças no artigo 33 da LDBEN 9.394/96, três
propostas foram apresentadas para mudança nesse artigo; A exclusão do texto” sem
174
ônus para os cofres públicos” a segunda indicava-se que o Ensino Religioso fosse
parte da formação básica do cidadão, a terceira solicitava-se o caráter laico para o
Ensino Religioso.
Houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso no Paraná em
1995 à 2002, ficou restrita apenas onde havia professor efetivo da disciplina. Em
1997, foi publicado o PCN de Ensino Religioso.
Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a deliberação
03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas do Sistema
Estadual de Ensino do Paraná, os professores foram envolvidos num processo de
formação continuada. Em 2004 a 2008 para elaboração das Diretrizes Curriculares.
Em 2006, o Conselho Estadual de Educação aprova Deliberação 01/06, que institui
novos encaminhamentos para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do
Paraná. Em que destacam entre outros avanços a partir dessa deliberação.
• O repensar do objeto de estudo da disciplina;
• O compromisso com a formação continuada dos docentes;
• A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das
tradicionais aulas de religião;
• A necessidade do dialogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras
do Sagrado na sociedade;
• O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das
diferentes manifestações culturais e religiosas.
Nessa perspectiva a SEED sustentou um longo processo de discussão que
resultou na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso, em
fevereiro de 2006.
A disciplina de Ensino Religioso vem subsidiar o educando no entendimento
do fenômeno religioso presente no cotidiano e que se manifesta de diferentes
formas, as quais ele (o educando) experimenta, observa e relaciona com o seu
contexto. Na pluralidade cultural e religiosa do ambiente escolar, o Ensino Religioso,
por meio dos conteúdos desenvolvidos, desencadeará o diálogo como realidade que
se estabelece a partir da palavra de diferentes, que contribuirá para a formação de
identidades afirmativas, presentes e necessárias à vida cidadã, a reverência no
sentido mais amplo e profundo da consciência do direito que cada um tem a essa
diferença. Uma visão mais ampliada do conhecimento religioso tem como
pressuposto a relação do homem com o transcendente. Na busca de encontrar a
175
coerência para sua concepção de mundo, o educando deverá adquirir instrumentos
universais que o auxiliarão sua superação das contradições das respostas isoladas;
no fortalecimento da sua experiência pessoal, que o levará à liberdade religiosa e
opção de fé, dentro de uma atmosfera de respeito e reverência às diferenças.
2. - CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
CONTEÚDOS BÁSICOS
O Ensino Religioso na escola pública
•Organizações Religiosas
•Lugares Sagrados
•Textos Sagrados orais ou escritos
•Símbolos Religiosos
2.1 - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratados como conteúdos, destacando-se as principais
características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos
que expressam as diferentes formas de compreensão e de relação com o sagrado.
•Fundadores e/ou líderes religiosos
•Estruturas hierárquicas.
Exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais: budismo (Sidarta
Gautama), confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardek), Taoísmo (Lao
tsé), etc.
2.2 - LUGARES SAGRADOS
Caracterização de lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
176
reverência, de culto, de identidade; principais práticas e expressões do sagrado
nestes locais
•Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
•Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
2.3 -TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas.
•Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações)
Exemplos: Vedas – no Hinduísmo; Escrituras Bahá´is – Fé Bahá´I; Tradições
orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias; Alcorão – Islamismo, etc.
2.4 - SÍMBOLOS RELIGIOSOS
Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressão sentidos, comunicam e
exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a construção das diferentes
religiões do mundo. Nesse contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que
veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um
sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros que
podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:
•Dos ritos;
•Dos mitos;
•Do cotidiano.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os
mantras, os paramentos, os objetos, etc.
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa
3. - CONTEÚDOS
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTURTURANTES
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
177
CONTEÚDOS BÁSICOS
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
3.1 -TEMPORALIDADE SAGRADA
O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de
homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana,
experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um momento igual ao
outro, na vida religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente
diferentes.
O tempo profano está ligado, essencialmente, a existência humana. Inicia-se com o
nascimento do homem e tem o seu fim com a morte. O tempo divino está, por outro
lado, além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se caracteriza
geralmente pela ideia de eternidade. Ao homem religioso está sempre aberta a
possibilidade de parar a duração temporal profana e, por meio de ritos e
celebrações, entrar em contato com o Sagrado, é justamente no que fundamente a
perspectiva de vida após a morte que marca essencialmente as religiões.
Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de
Ensino Religioso o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os
calendários e seus tempos Sagrados ( nascimento de líder religioso, passagem do
ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos) Exemplos Natal
(cristão), Kumba Mela(hinduismo), Losar (passagem do ano tibetano) e outros.
3.2 - FESTAS RELIGIOSAS
São os diferentes eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas
importantes.
-Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: festa do dente sagrado (Budismo); ramada (Islamismo); kuanup
(Indígena); festa de Iemanjá (Afro-brasileira); pessach (judaísmo)
178
3.3 - RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por
um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como recapitulação de um
acontecimento sagrado anterior; é imitação, serve à memória e à preservação da
identidade de diferentes tradições? manifestações religiosas e também podem
remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
I.Ritos de passagem
II.Mortuários
III.Propiciatórios
IV.Outros
Exemplos: danças (Xirê) – Candomblé; Kiki (Kaingang – ritual fúnebre) ; via-sacra;
festejo indígena de colheita. Etc.
3.4 - VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
-O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas
-Vida além-morte
-Reencarnação
-Ressurreição – ação de voltar à vida
-Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se
tornam presentes
-Outras interpretações
4 - METODOLOGIA
Os conteúdos serão abordados numa nova proposta que tem como objeto de
estudo o Sagrado. Este servirá de base para os outros conteúdos. Será assegurada
a especificidade dos mesmos, sem desconsiderar a sua aproximação com as
demais áreas do conhecimento.
Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para
a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa;
179
de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de qualquer expressão
do Sagrado. Ou seja, a construção, a reflexão e a socialização do conhecimento
religioso deverão favorecer a formação integral do educando e o convívio com o
diferente.
A linguagem a ser utilizadas nas aulas será a pedagógica e não a religiosa, de
modo a respeitar o direito à liberdade de consciência e opção religiosa de educando,
pois serão destacados os aspectos científicos do universo cultural do Sagrado e da
diversidade sócio-cultural, ou seja, a base teórica que compõe o universo das
diferentes culturas nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.
De conformidade com as Leis 10639 e 11645 que orienta quanto a temática
indígena, que são instrumentos de orientação para combate à discriminação que
estabelece o ensino da história da África e da Cultura afrobrasileira nos sistemas de
ensino. As Leis propõe à educação como um direito que garante acesso a outros
direitos, reconhece a escola como lugar de formação de cidadãos, como ambiente
acolhedor dessas diferenças, em que implica, um lugar onde todos se sintam
valorizados e reconhecidos como sujeitos de direitos em sua singularidade e
identidade.
No Ensino Religioso, é necessário o adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos adequando-os aos objetivos, com encaminhamentos que coloquem o
aluno sujeito de seu aprendizado, com participação ativa e constante em atividades
de leituras, pesquisas, montagem de painéis, visitas, debates, reflexão sobre (textos,
poemas, músicas, filmes, acontecimentos atuais) e apresentação de plenárias.
5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como
não terá registro de nota ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica
pelo seu caráter facultativo.
Caberá ao professor implementar práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,
tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Buscar-se-á com o processo avaliativo identificar em que medida os conteúdos
passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos
180
alunos: relação respeitosa com os colegas que têm opções religiosas diferentes da
sua; reconhecimento do fenômeno religioso como um dado da cultura e da
identidade de cada grupo social emprego de conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do Sagrado, de retomar os conteúdos e perceber que a
apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhe possibilitará conhecer e
compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante.
A avaliação pode revelar-se através da transformação social, se a prática
pedagógica está pautada no, respeito à diversidade cultural e religiosa por meio de
mudanças de comportamento, observado pelo professor em diferentes situações de
ensino e aprendizagem apresentados algumas sugestões de acordo com as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso do Paraná: No
processo formal de registro do processo avaliativo, o professor adotará instrumentos
que permitam à escola, ao aluno, aos pais ou responsáveis, identificarem os
processos obtidos na disciplina. Assim o aluno terá a oportunidade
6. - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:
Martins Fontes, 1992.
BRASIL, Lei 10639, de 9 de janeiro de 2003.
BRASIL, Lei 11645, de 10 de março de 2008.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Lei nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996.
JUNQUIERA, Sérgio Rogério Azevedo. (orgs.) Conhecimento local e
conhecimento universal: pesquisa, didática e ação docente. Curitiba,
Champagnat, 2004.
OTTO, R. O Sagrado. Lisboa. Edições 70, 1992.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino
Religioso. 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Colégio Estadual 14 de Dezembro, 2010.
181
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
1.INTRODUÇÃO
Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser
ministrada na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das
ciências, do mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um
lado, a dificuldade para seu ensino está no fato de nela residir o pensamento
racional e sistemático de mais de 2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu
ensino está no fato de que nela se pode encontrar pedagogias e métodos que
trazem luz para a definição da pedagogia e do método a ser adotado pelo professor
para o ensino da filosofia.
A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no
contexto escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas,
morais e sociais que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de
uma inserção social mais crítica.
Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são
tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma
ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro
lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não
exatidão dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.
O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As
mais tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos
estruturantes, mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister
preservar suas características específicas, ex: diálogo, problematização,
argumentação, sistematização, imparcialidade, busca constante.
A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao
período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento
PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a
perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía
importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários
182
os encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a
obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97,
aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F H C.
Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em
defesa da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB,
atende tais aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada
a lei Nº 15. 228 de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva
consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do
pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua
relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais,
fundamental na construção e aprimoramento da cidadania”.
Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a
obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho
Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o
seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos
cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de
Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio.
O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia
busca compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um
sentido, seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e
norteiam a vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do
existir humano na história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um
instrumento para os estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se
diferencia das outras disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de
ensiná-la se confunde com a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia
somente logrará algum êxito na medida em que tal estilo for efetivamente
transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de
métodos e sistematização de resultados; é uma atividade autônoma e de índole
crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163).
É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que
propõe o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição
filosófica, denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta
Pedagógica Curricular é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a
disciplina de Filosofia na escola que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o
183
Livro Didático Público, a Ontologia de textos filosóficos e os matérias disponíveis na
biblioteca do professor contribuem para o trabalho com a filosofia no espaço escolar.
2. JUSTIFICATIVA
��)�����-���<���������������0�<��������������������������$���-�����-����3��<�������=�������������������������0��������������'���0�-���������������$�/���<0������������0������>�������&����(�������������������������������<���������������7����$������0����������&���������(���(���'=��$�4������������7����0�����&����0������<�����0����������?��������������%�3�?��������������?�������������@���������������&�������������0����������0������6����0���<����$�;�.A��(����)�����-���������������������&6��������������2B����(��(�����������������������������0������������0���������$�*����<0�(�����������>��������6����0�����6-���0��<�����0�<����0����C����0������������6�����$��� ;�������0���������������D�����������������)�����-������/������ <����<�����7A����������������������(�������'���������-���23����������$�+�'����������%����������0�-������'����(���B��(���3��-�����������������������0��������<����$�� A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e
deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a
radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao
instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão
filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar
em sua realidade.
A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando,
propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento
produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores
culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da
cidadania.
3. CONTEÚDOS DE FILOSOFIA
184
Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da
DCE de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a
partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos
específicos serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente - PTD.
1º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante
-1. Mito e Filosofia Conteúdo Básico
V.Saber mítico; VI.Saber filosófico; VII.Relação Mito e Filosofia; VIII.Atualidade do mito; IX.O que é Filosofia?
Conteúdo Estruturante
a)2. Teoria do Conhecimento Conteúdo Básico
• Possibilidade do conhecimento; • As formas de conhecimento; • O problema da verdade; • A questão do método; • Conhecimento e lógica.
2º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante
a)3. Ética Conteúdo Básico
•Ética e moral; •Pluralidade ética; •Ética e violência; •Razão, desejo e vontade; •Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas;
185
Conteúdo Estruturante a)4. Filosofia Política
Conteúdo Básico
-Relações entre comunidade e poder; -Liberdade e igualdade Política; -Política e Ideologia; -Esfera pública e privada; -Cidadania formal e/ou Participativa;
3º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante
-5. Filosofia da Ciência Conteúdo Básico
-Concepções de ciência; -A questão do método Científico; -Contribuições e limites da Ciência; -Ciência e ideologia; -Ciência e ética;
Conteúdo Estruturante
-6. Estética Conteúdo Básico
-Natureza da arte; -Filosofia e arte; -Categorias estéticas – feio, Belo, sublime, trágico, Cômico, grotesco, gosto, Etc. -Estética e sociedade;
-4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho
escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino
significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível
viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando
criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os
conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para
que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na
186
história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar
subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar
conceitos e desenvolver o exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar
filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
-Mobilização para o conhecimento:
É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto.
Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao
que o professor propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da
mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É
interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um poema;
uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma
aprendizagem.
-Problematização
Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou
problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa
necessariamente por um processo de questinamento. O professor instiga os alunos
a proporem problemas para investigar. São esses questinamentos que vão nortear
os passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para
homem explicar a realidade?)
-Investigação
Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a
avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o
aluno por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos
alunos se expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um
ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua
prática docente.
-Criação de conceitos
187
Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”,
aqui nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas
ele pode dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o
momento, etc. e até mesmo na avaliação.
Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a
pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social
inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social
final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).
Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia,
conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em
sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.
Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de
integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.
Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor contato
com os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em
duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a
compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte
pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de
pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio
da escola aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos;
poderão ser utilizados documentários, filmes e músicas.
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino
da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o
professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o
diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena.
5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente da
existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de
captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada
de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a
avaliação é uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de
188
ensino-aprendizagem.
A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em
filosofia e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressuposto:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para
o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do
aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a
coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser
adotados como instrumentos, além da auto-avaliação:
•Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe
para que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos
trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido;
•Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema
de estudo;
•Avaliação bimestral individual de carater reflexivo;
Para a recuperação paralela o professor aotará os critérios estabelecidos pelo
estabelecimento de ensino.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.
�ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
�BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
�CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.
�CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
�COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São
189
Paulo:Saraiva, 2005.
�PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
�FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999. REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V, VI, VII). SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993.
PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004. CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004 GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006. KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In : PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005. SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí. TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau. Nova Letra, 2007.
190
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR���FÍSICA
1 - DESCRIÇÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA
O estudo da Física no Ensino Médio propõe levar ao aluno o conhecimento da
natureza como a compreensão dos fenômenos naturais e do próprio Universo, tendo
como referência modelos matemáticos, propiciando ao aluno as condições para que
contemplem as teorias físicas.
Na luta pela sobrevivência, o homem foi aprendendo a conhecer a natureza,
descobrindo seus segredos.
Desde a pré-história quando o homem usava força para realizar suas funções,
ele estava usando conhecimentos da Física.
Mais tarde, os primeiros povos civilizados sentiram a necessidade de criar
alguns instrumentos que proporcionaram maior conforto à população como:
bombear água para plantações, levantar blocos de pedra, a construir monumentos,
entre outros.
Com o surgimento da Filosofia, os gregos tentaram explicar o mundo
unicamente através da razão. Valorizavam muito as idéias e pouquíssimo a
experimentação.
Na Idade Média poucos foram os avanços no campo cientifico devido o
domínio da religião e o uso restrito da escrita e de livros.
No século XVI, Galileu Galilei, mostrou com sua prática, que o cientista
precisa criar situações favoráveis de observação e a necessidade de testar todas as
teorias.
No século XVII, Isaac Newton, realizou a primeira grande síntese da história
da Física através da formulação de leis gerais.
A partir desses fundamentos, ocorreram importantes inovações cientificas e
técnicas.
Nos séculos XVIII e XIX, houve uma explosão de idéias e inovações em todos
os campos.
Em 1905, Albert Einstein, revolucionou o campo cientifico lançando a “Teoria
da Relatividade”.
191
Várias teorias tiveram que ser revistas.
A partir da descoberta os avanços foram enormes: energia nuclear, bomba
atômica, estudo do movimento de partículas, viagens espaciais.
Portanto é importante compreendermos que essa evolução não é resultado da
ação individual de alguns homens e, sim, uma obra coletiva.
2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender as leis e teorias cientificas que levam ao conhecimento da Física
como ciência e aplicá-la na solução de problemas;
•Propiciar ao aluno o conhecimento do Universo, assim como a compreensão do
mundo onde vive, convive e se relaciona.
•Desenvolver o raciocínio, através da observação dos fenômenos naturais e
como manipulá-los através de experimentos;
•Introduzir metodologias práticas dos conteúdos para que todos os alunos
compreendam melhor a disciplina;
•Formar um cidadão capaz de compreender e conviver com as diversidades
culturais existentes na sociedade onde interage.
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Os conteúdos estruturantes são: Estudo dos Movimentos, Termodinâmica e
Eletromagnetismo.
Estudo dos Movimentos – 1º Ano
Entidades Fundamentais:
Espaço, Tempo e Massa.
Conteúdos Específicos:
Quantidade de movimento e inércia, conservação da Quantidade de
Movimento;
Tipos de movimento;
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton;
Tipos de Forças: Forças no movimento circular, Força de Atrito, Medida de
192
uma Força;
Energia e o princípio da conservação da energia;
Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;
Colisões de corpos;
Potência;
Surgimento do universo e Gravitação universal;
Estática;
Hidrostática: Fluidos, Propriedades físicas da matéria, Viscosidade dos
fluidos, Pressão, Teorema de Pascal, Empuxo;
Conteúdos Complementares:
Educação fiscal; Educação inclusiva; Educação tecnológica; Agenda 21;
Cultura afro e indígena.
Termodinâmica – 2º Ano
Entidades Fundamentais:
Calor e Entropia.
Conteúdos Específicos:
Temperatura e calor;
Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico,
propriedades termométricas, medidas de temperatura.
1ª Lei da Termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas
termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia;
2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, Entropia;
3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento
da matéria nas proximidades do zero absoluto;
As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e
da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica;
Estudo da Óptica Física e Geométrica;
Propriedades da luz como uma onda e como uma partícula;
Ondas;
Acústica;
Conteúdos Complementares:
Educação fiscal; Educação inclusiva; educação tecnológica; Agenda 21;
Cultura afro e indígena.
193
Eletromagnetismo – 3º Ano
Entidades Fundamentais:
Carga, Campos e Pólos Magnéticos.
Conteúdos Específicos:
Conceitos de Carga e Pólos magnéticos;
As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gauss, Lei de Faraday, Lei de
Ampère e Lei de Lenz;
Campo elétrico e magnético, linhas de campo;
Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz;
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num
circuito;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria;
Física moderna;
Astronomia;
Radioatividade;
Física nuclear;
Teoria da relatividade;
Conteúdos Complementares:
Educação fiscal; Educação inclusiva; educação tecnológica; Agenda 21;
Cultura afro e indígena.
4 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O processo de ensino-aprendizagem deve sempre partir do conhecimento
prévio que o aluno já possui sobre o conteúdo, valorizando sua história, respeitando
suas raízes, sua raça e suas diferenças, sejam essas física, religiosa, cultural etc.
Dessa forma é importante fazer com que o aluno exponha os seus conhecimentos,
através de debates e atividades individuais e em grupo onde ele possa compartilhar
com o professor e com os demais colegas aquilo que sabe sobre o tema a ser
trabalhado.
Partindo da experiência do aluno, o professor passa a atuar como um
mediador e facilitador do conhecimento científico, sistematizando e organizando o
saber. Por meio desse confronto de saberes o aluno modifica e enriquece o
conhecimento já existente.
194
5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser utilizada como um instrumento para intervir no processo
de aprendizagem dos estudantes.
A avaliação deve levar em conta o progresso do estudante no processo de
apropriação dos conceitos e a evolução das idéias em Física, levando em
consideração aspectos como a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de
análise e interpretação de texto.
Dessa forma, o processo avaliativo será realizado através da participação dos
alunos nas atividades propostas em sala, apresentação de pesquisas abordando os
temas trabalhados, elaboração de relatórios sobre um experimento em laboratório;
Respeitando sempre as limitações e as diferenças físicas e culturais entre os
alunos.
6 - BIBLIOGRAFIA.
Bem-Dov, Joav. Convite á Física. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar, 1996.
Bonjorno, Regina Azenha. Física Completa. Volume único. São Paulo, F.T.D., 2002.
Bueno, Paulo. Física. Volume único. São Paulo, Ática, 2005.
Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio – SEED / Julho 2010.
Feynman, Richard P. Física em seis lições. 8ª edição. Rio de Janeiro, Ediouro,
2004.
Júnior, Dorival Ronqui. Palavra em Ação – Física. Volume único. Uberlândia,
Claranto, 2003
Máximo, Antonio; Alvarenga, Beatriz. Física. Volume único. São Paulo, Scipione,
2005.
Menezes, Luis Carlos de. A matéria. São Paulo, Ed. Livraria da Física, 2005.
Paraná. Física. Volume único. São Paulo. Ática, 2003.
Projeto Político Pedagógico, do Colégio Estadual 14 de Dezembro – 2010.
Rocha, José Fernando M. Origens e evolução das idéias da física. Salvador,
Edufba, 2002.
Tipler, Paul A.; Llewellyn, Ralph A.. Física Moderna. Rio de Janeiro, LTC, 2006.
195
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As estratégias de sobrevivência e formas de organização instituem-se
estabelecendo relações com a natureza e o espaço geográfico desde os primórdios
da humanidade. Isso acontece através da observação de todas as dinâmicas,
avanços, informações e conhecimentos que possibilitam a ampliação dos saberes
geográficos entre sociedade/natureza, permitindo a extensão de características
físicas e humanas que são fundamentais às organizações políticas e econômicas
sociais.
Foi nesse contexto que desenvolveram conhecimentos básicos necessários
para elaborarem os primeiros mapas, visto a grande necessidade, a partir do século
XII, dos navegadores que precisavam representar o espaço com detalhes para
registrar as rotas marítimas.
A partir do século XVI as expedições descreveram e representaram
detalhadamente o espaço físico e também as relações homem/natureza em
sociedades distintas e conhecidas.
Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser
evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam
ampliar questões referentes ao espaço e a sociedade. Sobre algum aspecto os
temas geográficos estavam dispersos e legitimados como questões relevantes
cabendo indagações científicas.
No século XIX as sociedades geográficas através de expedições procuraram
conhecer as condições naturais que acabou servindo aos interesses das classes
dominantes. subsidiando o surgimento das escolas nacionais do pensamento
geográfico, considerada científica.
A produção das escolas marca a Dicotomia sociedade/natureza e o
determinismo geográfico que justificou o avanço neo-colonialista, influenciando a
denominação “Quanto mais culto um povo, maior domínio sobre a natureza”, o que
proporcionaria melhores condições de vida, e conseqüentemente aumento da
população e necessidade de mais espaço para continuar seu processo evolutivo.
Esse argumento justifica a necessidade de novas conquistas territoriais.
196
Enquanto na Europa (Alemanha e França) a Ciência Geográfica já se
encontrava sistematizada e presente nas universidades desde o século XIX, no
Brasil, isso aconteceu mais tarde, sendo inserida no currículo escolar brasileiro.
A consolidação e institucionalização da geografia no Brasil, ocorreu a partir da
década de 1930. Objetivando servir os interesses políticos do estado, perpetuando-
se a abordagem do conhecimento geográfico na escola a caráter
decorativo/enciclopedista, conhecida como geografia tradicional.
As transformações históricas, mudanças políticas, econômicas sociais e
culturais na ordem mundial interferiram no pensamento geográfico, ocasionando
reformulações no campo teórico e temático. No Brasil essa mudanças aconteceram
nos anos 60, levando modificações na organização curricular da escola e no ensino
da geografia, como também a valorização da formação profissional fazendo parte do
processo de reforma da educação brasileira. Já nos anos 80 ocorreu o
desmembramento em disciplinas autônomas. Acontecendo então a renovação dos
estudos geográficos. Com a geografia crítica permitindo novas interpretações aos
conceitos e objetos de estudo na área geográfica, proporcionando a análise de
questões econômicas sociais e políticas, fundamentais para a compreensão do
espaço geográfico, ganhando força no contexto histórico com o resgate sobre a
geografia cultural e socioambiental. Interferindo assim nos espaços da globalização.
Com a ênfase do determinismo tecnológico produzindo significativas
mudanças nos sistemas sócio históricos, econômico e culturais e a sustentabilidade
colocando a problemática ambiental em posição de destaque, a geografia reafirma
sua posição na leitura das mudanças no panorama mundial, não se limitando às
fronteiras políticas geográficas, expondo com maior relevância as problemáticas
mundiais nas relações sociais, econômicas e humanas existentes.
2 - CONTEÚDOS POR SÉRIE
�5ª SÉRIE/6º ANO
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
197
espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
emprego de tecnologias e exploração e produção.
• A formação, localização e exploração e
utilização dos recursos naturais.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e (re)organização do espaço geográfico.
• As relações entre campo e a cidade na
sociedade capitalista.
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
• A mobilidade populacional e as manifestações
sócioespaciais da diversidade cultural.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE/7ºANO
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
-As diversas regionalizações do espaço brasileiro. -As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural. -A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
-Movimentos migratórios e suas motivações. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A formação, o crescimento de cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico.
-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e informações.
7ª SÉRIE/8ºANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
-As diversas regionalizações do espaço geográfico.
-A formação, mobilidade das fronteiras e a
198
Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
reconfiguração dos territórios do continente americano.
-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
-O comércio em suas implicações socioespaciais. -A circulação da mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações. -A distribuição espacial das atividades produtivas,
a (re) organização do espaço geográfico. -As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista. -O espaço rural e a modernização da agricultura. -A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da população.
-Os movimentos migratórios e suas motivações. -As manifestações socioespaciais da diversidade
cultural. -Formação, localização, exploração e utilização
dos recursos naturais.
8ª SÉRIE/9ºANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
•As diversas regionalizações do espaço geográfico.
•A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
•A revolução tecno-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
•O comércio mundial e as implicações sócioespaciais.
•A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
•A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
•As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
•Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
•A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico.
•A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
•O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
199
1º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização de recursos naturais.
2º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O espaço rural e a modernização da agricultura. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mão-de-obra, e o capital, das mercadorias e das informações. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
3º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações.
200
Dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações socioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações socioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.
3 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para que o ensino da Geografia alcance as metas definidas por meio da
flexibilização dos conteúdos propostos, estaremos promovendo pesquisas (de
campo e bibliográfica) com a utilização de recursos áudio visuais (filmes, trechos de
filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges,
ilustrações), TV Multimídia, laboratório de informática, literatura e viagens sempre
que possível, levando o aluno a analisar e compreender o espaço geográfico e as
transformações históricas, mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais que
interferem no pensamento geográfico, ofertando suporte e embasamento suficiente
para poder estar debatendo e realizando paralelos com o conhecimento histórico e a
realidade atual, utilizando-se da linguagem gráfica e cartográfica e construção de
maquetes socializando seu conhecimento por meio de exercícios práticos na sala de
aula, bem como a divulgação dessas práticas por meio de exposições para toda a
comunidade. Demonstrando assim um pensar e atuar crítico de acordo com seu
ritmo, diversidade e potencialidade.
Os conteúdos serão tratados de modo a valorizar os saberes, a cultura, os
anseios pertinentes á realidade do aluno, mas de forma contextualizada com os
saberes sistematizados historicamente acumulados..
Para a compreensão de espaço enquanto um processo histórico, desigual e
contraditório, faz-se necessário entender a realidade contemporânea, vista como
um complexo de relações que surgem em determinado lugar e em determinado
momento, fator que é possível de ser interpretado através da observação geográfica.
A Geografia do Paraná deverá retomar com o aluno, de forma contextualizada e
gradual, as noções básicas da Geografia, como lugar, paisagem, espaço geográfico
e território. Orientar o aluno a reconhecer o Estado do Paraná dentro do espaço
brasileiro, assim como os fenômenos naturais e sociais que, ao longo do espaço e
do tempo, contribuíram para a construção das paisagens paranaenses.
201
Serão contemplados estudos de valorização da diversidade cultural,
principalmente da Cultura Afro-Brasileira e indígena, quando trabalhados os temas
como relações sociais, divisão social do trabalho, classes sociais e sempre que for
pertinente, uma vez que está materializado no espaço geográfico o preconceito que
se tem em relação a essas culturas bem como de outras minorias étnicas, sempre
combatendo qualquer espécie de discriminação, seja por motivo religioso, sexual,
política, físico , entre outros que possam levar ao preconceito. Esses temas estão
amparados legalmente pela Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que altera a Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei . 10.639, de 9 de janeiro de
2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura
afro-brasileira e indígena, bem como a Geografia do Paraná, que deve ser
contemplada da mesma forma e com a mesma ênfase dos demais conteúdos pelo
fato de ser a realidade do aluno, seus valores culturais, alicerce que o faz sujeito
construtor da história e modificador do espaço.
A presença, em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações
dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus
semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.
Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na
implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de
atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em
processos de participação que levem à autoconfiança, à atitudes positivas e ao
comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo
interdisciplinar. Essa temática está amparada legalmente pela Lei n.º 9.795/99, que
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental em todas as escolas.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação constitui-se matéria imprescindível para a implantação e
implementação do trabalho pedagógico, seus princípios e funções orientam e
definem as ações que promoverão as aprendizagens. O desenvolvimento de
conhecimentos ampara-se nas funções diagnóstica, formativa, e somativa, tais
categorias funcionais da avaliação apresentam distintas funções, contudo devem
estar diretamente relacionadas e estreitamente ligadas em sua complementaridade.
202
A avaliação será permanente e contínua sendo considerada uma etapa do processo
de ensino–aprendizagem, iniciando-se como uma investigação do conhecimento
prévio de cada aluno, suas experiências vividas, para que o professor possa
estabelecer a diferentes intervenções em suas diferentes propostas de trabalho e
planejamento, e aprendizagem, inserida no contexto da socialização do
conhecimento e da inclusão social. Sendo a mesma diagnostica, continua e critica,
instrumento de reflexão da pratica do professor em sala de aula, para a flexibilização
e retomadas de conteúdos, quando se fizer necessário diante das diversidades e
possibilidades do seu educando, neste contato poderão ser utilizados os seguintes
instrumentos de avaliação:
1 - Questões Objetivas: Terá como principal meta a fixação do conteúdo. A
questão objetiva apresentará um enunciado claro e esclarecedor, usando um
vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi
solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar
um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças
Critérios
O aluno:
•Realiza leitura compreensiva do enunciado;
•Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
•Utiliza de conhecimentos adquiridos.
2 - Questões Discursivas: possibilitará verificar a qualidade da interação do
aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
favorecerá ao professor que avalie o processo de investigação e reflexão realizado
pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
Compreende o enunciado da questão.
•Planeja a solução, de forma adequada.
203
•Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa.
•Sistematiza o conhecimento de forma adequada.
3 - Trabalhos de Pesquisas Bibliográfico: a solicitação de uma pesquisa
exigirá enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios:
O aluno, quanto:
-A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza.
-Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução.
-A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
4 -Trabalho de Pesquisa de Campo: Essa atividade exigirá um planejamento
prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar.
Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos
como agentes sociais.
Critérios
O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:
•Registra as informações, no local de pesquisa;
-Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
-Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
-Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração
de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros)
5 – Elaboração e interpretação de mapas, tabelas, fotos, imagens e gráficos:
Para essa atividade o professor deverá certificar se os alunos possuem
conhecimento dos temas apresentados. Para um melhor rendimento e
aproveitamento, a atividade deve ser orientada até seu término, até que os alunos
adquiram total autonomia para realizála.
Critérios
O aluno ao realizar o trabalho:
b)Define os continentes e oceanos, reconhecendo-os e denominando-os.
c)Identifica as diferentes informações cartográficas.
204
d)Localiza, nomeia e identifica paralelos e meridianos, pontos cardeais,
escalas e temáticas dos mapas.
e)Realiza leitura e interpretação de gráficos e tabelas.
f)Interpreta e analisa fotos e imagens.
6 - Construção de maquetes: Para essa atividade o professor deve ter claro o
conhecimento prévio dos alunos. Deverá esclarecer que para construir uma
maquete terá que obedecer as relações de proporcionalidade entre os elementos
representados e a espacialização adequada.
Critérios
O aluno ao desenvolver o trabalho:
b)Promove a socialização, a autonomia, a livre expressão, a criatividade e a
oralidade.
c)Os alunos observem a proporcionalidade e a espacialização dos elementos.
d)Atribuam comentários que avaliem as propostas de construção e como elas
foram postas na maquete.
7 - Atividades com textos literários: possibilita discussões acerca do conteúdo
que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por
três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da
atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Critérios
O aluno:
-Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto.
-Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto
literário lido.
-Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
8 - Palestra/Apresentação Oral: a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,
bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.
Critérios
O aluno:
•Demonstra conhecimento do conteúdo;
•Apresenta argumentos selecionados;
•Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;
205
•Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
9 – Seminário: oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos.
Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando,
de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em
contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios
O aluno:
X.Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas
réplicas.
XI.Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva
dos textos utilizados).
XII.Faz adequação da linguagem.
XIII.Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa.
XIV.Traz relatos para enriquecer a apresentação.
XV.Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do
grupo que assiste a apresentação.
10 - Produção de Texto: a atividade de produção escrita deve considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.
Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos
diferentes gêneros textuais.
Critérios
O aluno:
b)produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero,
interlocutor, finalidade, etc.)
-Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da
disciplina em termos de léxico, de estrutura.
-Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão).
-Elabora argumentos consistentes.
-Estabelece relações entre as partes do texto.
-Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para
sustentá-la.
É importante no processo avaliativo que consideremos o aluno em sua
singularidade, respeitando seu tempo e seu espaço para a construção do
206
conhecimento, desta forma os alunos inclusos com necessidades especiais devem
ter um atendimento apropriado a cada situação para que possam se apropriar do
conhecimento.
Uma educação inclusiva e que respeite as diferenças, só é possível com
currículos abertos e flexíveis, comprometidos com o atendimento a todos os alunos,
especiais ou não, de forma individualizada. Na inclusão os alunos serão avaliados
de forma contínua, utilizando-se avaliações individuais, caso a caso, tendo em vista
o desenvolvimento das capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e
sociais que potencializam o desenvolvimento pessoal de todos os educando.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, João Carlos. SENE, Eustáquio de. Geografia 1ª ed. São
Paulo: 2007
ALMEIDA, Lucia Marina Alves de. RIGOLIN, Tercio Barbosa. Geografia Geral e do
Brasil. 1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.
pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010.
MOREIRA, Igor Antonio Gomes. Construindo o Espaço. São Paulo: Ática, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação básica.Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Geografia. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro
Didático Público. Geografia. 2ª. ed. Curitiba: SEED – PR, 2006.
Projeto Político Pedagógico, do Colégio Estadual 14 de Dezembro – 2010. SANTOS,M.Técnica, Espaço e Tempo 2ed.São Paulo: 1996.
VESENTINI, José William. Geografia Geral e Geografia do Brasil, 1ª ed. São
Paulo: 2007.
207
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR������� !�" 1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história nos ensina que ao longo dos tempos para que houvesse
sobrevivência de todos os seres existente no universo eles evoluíram. Neste
contexto, a história pode ser considerada uma ciência que estuda as relações dos
homens e suas evoluções, consistindo nessas mudanças muitas vezes consideradas
radicais em termos de sobrevivência. As investigações corroboram no intuito de que
a história se torne importante no sentido de mudar também as outras ciências
existentes em termos educacionais, sociológicos, como também de raciocínio lógico.
Um fator importante no que diz respeito à cognição e que se faz importante na
escola, é a compreensão melhor da realidade vivenciada, partindo dos aspectos
históricos, elaborando dessa forma, os conhecimentos a respeito da sociedade, das
religiões, da cultura e da política.
Neste sentido, a história não é no limite, dissociada do momento histórico
atual, pois, entende-se que ela serve de base para o aprendizado nos aspectos
econômicos e político da nação.
O objetivo da história é fazer um estudo das relações entre os homens, bem
como suas realizações ao longo do tempo. Para tanto, devemos considerá-la em
todos os âmbitos, sejam eles culturais, políticos, econômicos e sociais.
A disciplina de História contribui significativamente para a construção da
subjetividade, sendo assim, acredita-se que ela promova a auto-estima dos alunos,
independentemente da classe social a que pertença ou vários tipos de identidades
sociais, (identidades étnicas, identidades político-territoriais, como imigrantes de
nações já constituídas, de gênero, religiosas, etc.) por considerar e valorizar essas
origens, sem idealizar, entretanto, o passado e nem pretender uma postura
conservadora que simplesmente reproduza as identidades estabelecidas,
desconsiderando o seu diálogo com o presente e o futuro.
A partir da consciência adquirida mediante o conhecimento histórico, decorre
a participação do indivíduo na sua realidade concreta, como agente de
transformação. Portanto, para que o passado da humanidade seja realmente
entendido como História, o seu estudo e a sua interpretação não devem ser feitos
em segmentos, mas na sua totalidade, em suas múltiplas dimensões. Para que os
alunos tenham uma postura crítica com relação aos conteúdos trabalhados e
208
possam construir seu próprio ponto de vista. Acreditamos que reserva ao professor a
articulação das experiências sociais vividas pelos educandos e as propostas dos
aspectos cognitivos a fim de que o saber sistematizado seja revelado em cada uma
das experiências, mediando assim, a construção do processo de ensino-
aprendizagem. Pretende-se que o aluno compreenda o contexto das diferentes
sociedades por meio do tempo e espaço e, principalmente, da sua realidade local.
O processo histórico deve ser abordado como resultado de fatores
econômicos, sociais, políticos e culturais estabelecidos entre os homens, em
diferentes épocas históricas focado em articulações com o presente.
Respeitar as diversidades culturais entendendo-as como resultantes de um
processo histórico.
A história da cultura afro-brasileira deve ter por objetivo principal os dizeres do
parágrafo 1 do artigo 26 – A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: “...
estudo da história da África, dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição o povo negro nas áreas social; econômica e política pertinentes a
história do Brasil.”
2 - ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS 5ª Série
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Trabalho; Relações de Poder; Relações Culturais.
A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum.
6ª Série
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
209
Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais
As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo, do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
7ª Série
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais.
História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito.
�
8ª Série
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais.
A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.
210
Ensino Médio
3 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo as diretrizes curriculares da SEED os conteúdos estruturantes do
ensino de História devem ser abordados a partir de temas. Para tanto a metodologia
utilizada para definir a temática envolve, necessariamente, três dimensões: - o
primeiro passo é definir o acontecimento que se quer representar a partir da
historiografia; - o segundo momento envolve a delimitação temporal e espacial, bem
como uma separação entre seu início e fim; - por fim professores e alunos definem
como será feita a observação e/ou estudo do conteúdo tematizado, levando em
conta os documentos disponíveis para esta análise.
Após a seleção do tema, dentre as várias possibilidades de se construir uma
narrativa histórica, há três formas que devem ser privilegiadas, sendo elas: a
narração, que consiste na ordenação dos fatos históricos que se sucederam num
determinado “período”; a descrição, usada para representar as permanências que
ocorrem entre diferentes contextos históricos; e a argumentação, explicação e
problematização, esta etapa responde aos questionamentos formulados a partir da
elaboração do tema, além de levar o aluno a produzir o “seu conhecimento” sobre o
tema abordado, sendo capaz de refutar conceitos pré-estabelecidos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS Relações de Poder; Relações de Trabalho; Relações Culturais.
Tema 1 Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o trabalho Livre. Tema 2 Urbanização e Industrialização. Tema 3 O Estado e as relações de poder. Tema 4 Os sujeitos, as revoltas e as guerras. Tema 5 Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. Tema 6 Cultura e religiosidade
211
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, músicas, religiosidade, alimentação, medicina, artesanato, costumes,
museus e filmes, são documentos históricos, que, em sala de aula proporcionam a
produção de conhecimento histórico, ajudam a responder os questionamentos feitos
a partir da problematização do tema. Permitindo, também, a criação de novos
conceitos sobre o passado e o questionamento dos conceitos já existente.
Tais temas, documentos, problematizações, são os pontos de partida para a
elaboração de biografias, textos históricos, danças folclóricas, exposição de objetos
que estejam ao alcance do aluno, dramatizações, cartazes, pesquisas e outras
produções que possam concretizar o conhecimento aprendido e produzido pelo
aluno.
Essas práticas serão utilizadas no trabalho pedagógico, fazendo esse
reconhecimento da importância da cultura afro, indígena e paranaense. Quando
houver a possibilidade e a oportunidade em momentos e eventos especiais e
comemorativos, também essas culturas serão ressaltadas.
A constituição federal de 1988, explícita pela primeira vez, que o atendimento
educacional especializada aos alunos com necessidades especiais deverá ocorrer,
preferencialmente, na rede regular de ensino. A partir de então, abriu-se um
precedente para o educador, a escola e a comunidade viesse adaptar-se a esta nova
realidade. E mais, passou-se a perceber que as tais “necessidades especiais” vão
além das deficiências físicas, abrangendo o lado emocional afetivo, bem como
aqueles que possuem desenvolvimento intelectual acima da média.
Cabe a todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem, ou seja, a
comunidade escolar abre caminhos para que estes alunos sejam atendidos sem que
haja nenhum tipo de discriminação. O educador, evidentemente, é aquele que está
mais próximo desta situação, pois, convive com o aluno, e cabe a este profissional
mais não isoladamente, fazer com que o conhecimento sistematizado pela educação
escolar seja oportunizado aos alunos de forma idêntica, mesmo que estes
apresentem diferenças culturais, sociais e pessoais, efetivando dessa forma, a
igualdade de oportunidades no âmbito escolar.
Os conteúdos complementares serão trabalhados por meio da
multidisciplinaridade e estarão permeando todos os conteúdos da disciplina de
História. Serão contemplados estudos de valorização da diversidade cultural,
principalmente da Cultura afro-brasileira, quando trabalhados os temas como
212
relações sociais, divisão social do trabalho, classes sociais e sempre que for
pertinente, uma vez que está materializado no espaço geográfico o preconceito que
se tem em relação a essas culturas bem como de outras minorias étnicas, sempre
combatendo qualquer espécie de discriminação, seja por motivo religioso, sexual,
político, físico, etc. Esses temas estão amparados legalmente pela Lei nº 11.645, de
10 de março de 2008, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
modificada pela lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura afro-brasileira e Indígena”.
A metodologia utilizará todos os recursos supracitados e que estão
disponíveis com relação a esses conteúdos, sabendo que os mesmos estão
integrados no cotidiano dos educandos, bem como dos professores e toda a
comunidade escolar. Essa prática favorecerá o entendimento de que tais culturas
estão arraigadas e integradas no cotidiano cultural de todos os brasileiros.
Além disso, a proposta metodológica das histórias locais e do Brasil para a
Geral, possibilita a abordagem da história regional, o que atende a Lei n. 13.381/01,
na qual a torna obrigatória no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual.
A presença em todas as práticas educativas, da reflexão sobre as relações
dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus
semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra.
Dentro desse contexto, sobressaem as escolas, como espaço privilegiados na
implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de
atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em
processos de participação que levem à auto-confiança, às atitudes positivas e ao
comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo
interdisciplinar. Essa temática está amparada legalmente pela Lei nº 9.795/99, que
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental em todas as escolas.
4 - AVALIAÇÃO
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual,
continuada e diagnóstica, em que o professor encontre respostas ao processo de
213
produção de conhecimento por parte do aluno. Essas respostas deverão acontecer a
partir do acompanhamento do processo, percebendo o desenvolvimento de cada
educando durante a apropriação/construção do conhecimento histórico.
Ao avaliar é necessário considerar três aspectos importantes: a apropriação
de conceitos históricos; o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos, sendo que este três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis.
Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com
as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios
estabelecidos.
Podem ser utilizadas diferentes atividades avaliativas, destacando alguns
instrumentos e seus critérios, como:
Leitura: reflexão, discussão e compreensão do texto;
Interpretação e análise de textos históricos: perceber as mudanças e
permanências no processo histórico;
Produção de narrativas históricas: diálogos e discursiva;
Palestras: conhecimento do conteúdo de forma lógica e clara, capacidade
argumentativa e a realização de um texto;
Projeto de pesquisa de campo: colaborar para a construção de conhecimentos
dos alunos, avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de
um debate ou produção de um texto;
Projeto de pesquisa bibliográfica: oportunizar a contextualização com clareza,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução dos problemas
propostos;
Trabalho em grupo: desenvolver dinâmicas, na tentativa de proporcionar, aos
alunos, compartilhando seus conhecimentos;
Questões discursivas: verificar a qualidade da interação do aluno com o
conteúdo abordado em sala de aula;
Questões objetivas: fixar o conteúdo apresentado.
As atividades supracitadas têm como objetivo ajudar o professor a identificar
a intensidade do aprendizado de seus alunos e se houver lacunas a serem
preenchidas, ou seja, se houver necessidade de retomar conteúdos já trabalhados
em sala de aula.
O processo avaliativo deve respeitar as diferenças sociais, culturais e
214
pessoais (físicas, psicológicas e cognitivas) dos alunos, lembrando que cada
indivíduo possui formas diferentes de aprender e essas diferenças devem ser
valorizadas e refletidas pelos educadores a fim de que o aluno possa desenvolver
sua autoestima e consequentemente o seu aprendizado.
5 - REFERÊNCIAS
•AFRICAXÉ. Curitiba. Instituto Cultural de Pesquisa Ilu Auje Odara. 2005.
•ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR.
•DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS
•LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO
•LIMA, Ivan Costa. ROMÃO, Jeruse. Negros e Currículo. Florianópolis. NEN.
1997.
•LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO DE HISTÓRIA. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. 2ª edição.
•PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE
DEZEMBRO. 2010.
•SCHMITH, Mário. História Crítica. Editora Ática. 2ª edição. São Paulo. 2004.
•VALENTE, Ana Lúcia E. F. Ser Negro no Brasil Hoje. São Paulo. Ed. Moderna, 1995.
215
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As transformações dos estudos da língua e da linguagem, no Brasil e no exterior,
assim como dos estudos especificamente vinculados ao processo de ensino e de aprendizagem
da Língua Portuguesa como língua materna provocaram, nos últimos anos, a reflexão e o
debate acerca da necessária revisão dos objetos de ensino em nossas salas de aula.
Num primeiro momento, por volta dos anos de 1970, o debate centrou-se em torno
dos conteúdos de ensino. Tratava-se de integrar, às práticas de ensino e de aprendizagem na
escola, novos conteúdos além daqueles tradicionalmente priorizados em sala de aula.
Atualmente houve uma sensível mudança de paradigma: no estudo da linguagem o
texto passa a ser visto como uma totalidade onde os sentidos se constroem na interação entre
interlocutores, levando-se em conta o contexto sócio-cultural e histórico dos envolvidos.
Desta forma, o objetivo primordial do trabalho com a Língua Portuguesa é
desenvolver no aluno suas capacidades dialógicas e interativas capazes de construir saberes a
partir das realidades socioculturais e levando em consideração o seu conhecimento prévio.
Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com
abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do texto poético,
por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a análise do texto conforme as
estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo, estrofes, etc. Cabia ao professor a
condução da análise literária, e aos alunos, a condição de meros ouvintes. A historiografia
literária, que ainda hoje resiste nas salas de aula, direcionava as leituras dos alunos. Em
muitos casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos, desconsiderando
o papel ativo do aluno no processo de leitura.
Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto
da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse
despertar o espírito crítico e criador dos alunos.
Ainda na década de 1970, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas.
Entretanto, a abordagem do texto literário mudou apenas para uma metodologia que se
216
centrava numa análise literária simplificada, com ênfase em questionários sobre personagens
principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.
A partir de 1979, com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve
um aumento de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e
pesquisadores, possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganham força as
discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação social,
política e econômica da sociedade brasileira.
[...] com a anistia política e, principalmente, a partir de 1982, com as eleições diretas dos governadores dos Estados, o clima de liberdade e de movimentação teórica cresceu consideravelmente, possibilitando saídas para vários impasses teóricos no campo educacional. (GHIRALDELLI, 1994, p.204)
A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia
histórico-crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no pensamento
pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista.
Os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas
discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil
no final da década de 1970 e início dos anos 80, quando as primeiras obras do Círculo de
Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Essas primeiras leituras contribuíram
para fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu
espaço, pelo menos nos meios acadêmicos, a novos paradigmas, envolvendo questões de uso,
contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise.
Deve-se aos teóricos do Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos
em torno da natureza sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de
caráter formal-sistemático por considerar tal concepção incompatível com uma abordagem
histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução
ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores”
(BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.127).
217
O livro O texto na sala de aula, organizado por João Wanderley Geraldi, em 1984,
marcou as discussões sobre o ensino de Língua Portuguesa no Paraná, incluindo artigos de
linguístas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Britto e o próprio
Geraldi, presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre o ensino. Nessa coletânea, os autores
citados dialogam com os professores, mobilizando-os para a discussão e o repensar sobre o
ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula.
Geraldi, em seu artigo, defende uma abordagem com as unidades básicas de ensino de
português (leitura, produção textual e análise linguística), tendo como ponto de partida o
texto.
Essas produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino
de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o ensino da
língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos
gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 2) e valorizavam o direito à educação linguística. O
Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de sala de aula focado
na leitura e na produção, buscava romper com o ensino tradicionalista: “optamos por um
ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de
língua padrão, mas ao domínio efetivo de falar, ler e escrever” (CURRÍCULO BÁSICO,
1990, p. 56).
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica e
confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de
leitura e produção de textos apresentada pelos alunos da educação básica, segundo os
resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas, as Diretrizes
Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, atualmente, novos posicionamentos
em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo
envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCEs, numa proposta que dá ênfase à língua
viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Essa
ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho
218
pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se abordar o Conteúdo
Estruturante da disciplina.
Para alcançar tal objetivo, é necessário pensar sobre a metodologia. Se o trabalho
com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,
a inclusão dos conceitos e definições, ou seja, os conhecimentos necessários ao uso da norma
padrão devem constituir ferramentas básicas na ampliação das aptidões linguísticas dos
estudantes.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola pública
em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa,
marcando, assim, sua voz no contexto em que estiver inserido.
O aluno deve ter oportunidade de vivenciar diferentes atividades envolvendo
linguagens, reflexão e expressão e de realizar atividades para desenvolver a capacidade de
compreender e exprimir o mundo interior e exterior.
O domínio da língua possibilita plena participação na sociedade. Mais do que
nunca, esta época de comunicação eletrônica requer pessoas com habilidades de ler e escrever
bem desenvolvidas , para não serem apenas agentes passivos.
Sendo assim, o aluno terá maior aproveitamento se for descobrindo o
conhecimento e construindo sua maneira própria de ver o mundo.
Buscar a concepção de que tipo de sujeito formar para a sociedade será o grande
desafio do Ensino de Língua Portuguesa, pois somente conhecendo esse tipo de sujeito, é que
o objeto–texto será selecionado para os trabalhos em sala. O texto aqui concebido, segundo
Bakhtin, “tanto como objeto de significação, ou seja, como um ‘tecido’ organizado e
estruturado, quanto como objeto de comunicação, cujo sentido depende, em suma, do
contexto sócio-histórico.” Esta concepção de texto é bem próxima da concepção de
enunciado, uma vez que ambos consideram as abordagens externas e internas da linguagem
na construção de sentidos para o texto.
Nessa perspectiva, ensinar a Língua Portuguesa é muito mais do que ensinar um
código e suas regras, pois é preciso entender a linguagem como um conhecimento resultante
219
da interação social e, como tal, composta de diversos discursos. Isso exige que a escola leve
em conta a variação linguística, afinal nenhuma língua é homogênea, mas constitui um
conjunto de variedades determinadas pela situação geográfica, histórica e social. Embora
diferentes, todas as variedades, prestigiadas socialmente ou não, têm organização estrutural e
respondem às necessidades de seus falantes. Dessa forma, a norma–padrão não é nem melhor
nem pior do que as outras variedades da língua, é apenas a mais prestigiada.
Cabe à escola trabalhar com a norma-padrão, pois é por seu intermédio que o
conhecimento sistematizado é veiculado nos meios de comunicação. Por isso, a escola precisa
proporcionar aos alunos acesso a bons textos nessa variedade, mas sem desrespeitar a
variedade falada pelo aluno, pois ela é parte de sua história.
Essa proposta de trabalho tem como objetivos: criar condições para que o aluno
desenvolva sua competência comunicativa, discursiva, sua capacidade de utilizar a língua de
modo variado e adequado ao contexto, às diferentes situações e práticas sociais; interpretar
adequadamente textos de diferentes gêneros e registros linguísticos e explicitar os processos
ou argumentos utilizados para justificar sua interpretação; empregar a língua oral em
diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como
descobrir as intenções que estão “por trás” dos discursos do cotidiano e posicionando-se
diante dos mesmos; desenvolver habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,
o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; aprimorar
habilidades do aluno em, ao ler um texto literário, inferir e produzir sentidos para o texto de
acordo com seu conhecimento de mundo e com “pistas” que o texto traz; criar situações em
que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre os textos que leem, escrevem, falam ou
ouvem, intuindo, de forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto,
assim como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou texto e
propiciar a valorização da Cultura Afro, propondo a desmistificação de preconceitos e
esteriótipos.
3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
220
• Práticas discursivas
No processo de ensino e aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal, oral e
escrito. É importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade
textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como material verbal carregado de
intenções e visões do mundo. É relevante que se ressalte que na gramática tradicional
desconsidera-se a constituição interativa da linguagem.
Além disso, sua atuação não fica atada ao texto escrito ou ao limite da oração, ela
perpassa as três práticas – oralidade,escrita e leitura – e, só dessa forma, consegue abranger
todo o dinâmico sistema da linguagem, uma vez que não opera somente com fatos estanques
da língua, mas se utiliza das reflexões que os alunos já fazem como falantes para sistematizar
e compreender outras operações. Na análise linguística o aluno não é mero ouvinte, sua
participação é fundamental no processo de aprendizagem.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos trabalhados através dos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas
diferentes esferas de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
A ação pedagógica referente à língua, portanto, precisa pautar-se na interlocução,
em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou
escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e
situações.
• Prática da oralidade
Em relação à oralidade, a escola tem agido, tradicionalmente, como se a escrita
fosse a língua, ou como se todos que ingressam na escola falassem da mesma forma. Na
escola, nossa racionalidade se exercita com a escrita, desconsiderando a oralidade. No
entanto, vale considerar que as possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e
apontam diferentes caminhos.
221
Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como
ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os
incentivem a falar, ainda que do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem
que eles empregam em suas interações familiares, no cotidiano.
A escola, ao apresentar a norma culta como legítima, ignora os fatores que geram
essa imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa etária e situação
socioeconômica, escolaridade,entre outros . (Possenti,1996).
• Prática de leitura
Quanto à prática da leitura entende-se como um processo de produção de sentido
que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o
leitor.
Kleiman (2000) destaca a importância, na leitura, de experiências, dos
conhecimentos prévios do leitor, que lhe permitam fazer previsões e inferências sobre o texto.
O autor, segundo a autora, constrói e não apenas recebe um significado global para o texto:
ele procura pista formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões,
utilizando estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico e na sua vivência
sociocultural (conhecimento do mundo).
O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a
leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a leitura
de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a devida
mediação do professor.
No Ensino Fundamental torna-se relevante que as aulas de literatura não sejam
meramente a escolha de uma prática utilitária de leitura ou que o texto literário sirva de
pretexto para outras questões de ensino, que não a literatura como instituição autônoma,
autorreferencial.
É fundamental que o professor tenha claro o que pretende com o ensino da
literatura, qual a concepção de literatura que quer privilegiar e que tipo de leitor quer formar.
222
Há muitas teorias que discutem sobre a necessidade de formar um leitor crítico e
os currículos de ensino confirmam esse objetivo. Mais que isso, porém, espera-se formar um
leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com condições de reconhecer nas aulas de
literatura um envolvimento de subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor,
por meio de uma interação que está presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre o
leitor e a obra e nela a representação de mundo do leitor, no ato solitário da leitura. Com isso,
pode-se dizer que a obra, também constitui-se no momento da recepção. Aquele que lê amplia
seu universo, mas também o universo da obra a partir da sua experiência cultural.
Os pressupostos teóricos dessa perspectiva de ensino buscam resgatar o leitor de
sua ‘’passividade” e do papel marginal que lhe era conferido no bojo dos estudos literários.
Ao se dar um novo estatuto ao leitor, o objetivo é o de valorizar as três instâncias que
envolvem a literatura.
Ao valorizar a literatura e a fruição, sem perder de vista a dimensão histórica da
obra, a Estética da Recepção questiona as concepções de caráter mais imanente, ou seja, as
que se pautam apenas no plano formal, desconsiderando o viés contextual. Por outro lado,
essa linha de abordagem do texto literário não fica cativa de uma perspectiva exclusivamente
historicista ou sociológica, o que seria conceber a literatura como um simples reflexo dessa
realidade.
• Prática da escrita
Em relação à escrita, ressalta-se que as condições em que a produção acontece
(quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve) é que
determinam o texto. Além disso, cada gênero textual tem suas possibilidades e peculiaridades:
a composição, a estrutura e o estilo do texto varam conforme se produza uma história, um
poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião, ou um outro tipo de texto. Essas e outras
composições precisam circular na sala de aula como experiências reais de uso e não a partir
de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.
Por outro lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem,
assumindo de fato a autoria do que escrevem. Para Kramer (1993, p.83), “[...] ser autor
223
significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno interage e penetra na
escrita viva e real, feita na história”. Ao se perceber como autor, o aluno poderá aprimorar sua
condição de escritor. A capacidade de escrita, criatividade e outros fatores comumente
relacionados ao ato de escrever, só se aprende na prática em suas diferentes modalidades. Isto
significa, como já se disse a respeito da leitura, o contato do aluno com a produção escrita de
diferentes tipos de textos, a partir das experiências sociais que todos vivem, tanto pessoal
quanto profissionalmente. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita como
formadora de subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos
socialmente. Além disso, a possibilidade da criação, no momento do exercício desta prática,
permite ao aluno ampliar o próprio conceito de gênero.
3.1 CONTEÚDOS POR SÉRIE
A linguagem tomada como prática que se efetiva nas relações sociais, não é algo
pronto, acabado, mas sim um processo comunicativo mutável e corrente, efetivado entre
interlocutores por meio do discurso.
É no contexto das práticas discursivas presentes nos diversos textos a serem
trabalhados que se farão presentes os conteúdos e conceitos próprios da linguística, análise do
discurso, estudos literários, gramática normativa, descritiva, etc. Fazendo com que o aluno
aprimore sua competência linguística.
Os itens mencionados a seguir serão objeto de reflexão em diferentes gêneros
textuais.
5ª SÉRiE
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Adivinhas, anedotas, bilhetes, carta pessoal, fotos, músicas, piadas, receitas, contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos, poemas, cartazes, cartum, charges, tiras, anúncio publicitário, rótulos, embalagens, desenhos animado.
Leitura
224
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
§ Tema do texto;
§ Interlocutor;
§ Finalidade do texto;
§ Informatividade;
§ Argumentatividade;
§ Discurso direto e indireto;
§ Elementos composicionais do gênero;
§ Divisão do texto em parágrafos;
§ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
§ Processo de formação de palavras;
§ Acentuação gráfica;
§ Ortografia;
§ Concordância verbal/nominal.
225
Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos,entonação, pausa, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, gíria,repetição, recursos semânticos.
6ª SÉRIE
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Adivinhas, anedotas, bilhetes, carta pessoal, cartão, convites, diário, exposição oral, fotos, músicas, parlendas, piadas, provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas e trava–línguas, memória literária.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Intertextualidade;
226
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita
§ Tema do texto;
§ Interlocutor;
§ Finalidade do texto;
§ Informatividade;
§ Discurso direto e indireto;
§ Elementos composicionais do gênero;
§ Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
§ Processo de formação de palavras;
§ Acentuação gráfica;
§ Ortografia;
§ Concordância verbal/nominal.
Oralidade
• Tema do texto;
227
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos,entonação, pausa, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, gíria,repetição, recursos semânticos.
7ª SÉRIE
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Autobiografia, memórias, exposição oral, pesquisa, crônicas, texto dramático, poema, texto argumentativo, texto de opinião, resumo, resenha crítica, entrevista, memória literária.
Leitura
• Conteúdo temático
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
228
• Semântica:operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
• Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palavras; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
229
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
8ª SÉRIE
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Curriculum vitae, discussão argumentativa, letras de músicas, paródias, resenha, sinopse de filme, reportagem, tiras, fotos, editorial, poema, crônica.
Leitura
• Conteúdo temático
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
230
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Semântica:operadores argumentativos; polissemia; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
231
• Vícios de linguagem;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores e polissemia.
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
1º Ano
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Exposição oral, música, biografias, crônicas, paródias, seminário, poemas, romances, textos dramáticos, literatura de cordel, debate, relatório, resumo, pesquisa, fábula, anúncio publicitário e pinturas.
232
Leitura
Conteúdo temático
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
233
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, sentido conotativo e denotativo, figuras de linguagem;
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
234
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
2º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Exposição oral, música, biografias, crônicas de ficção, seminário, poemas, romances, pesquisa, anúncio publicitário e pinturas, mesa redonda,filmes, contos, entrevista, artigo de opinião.
Leitura
Conteúdo temático
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
235
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
236
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, sentido conotativo e denotativo, figuras de linguagem;
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
3º ANO
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS
Exposição oral, música, crônicas de ficção, seminário, poemas, romances, pesquisa, anúncio publicitário e pinturas, mesa redonda,filmes, contos, entrevista, debate, debate regrado, publicidade, escultura, artigo de opinião.
Leitura
237
Conteúdo temático
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas:coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
238
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( aspas, travessão, negrito);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica: operadores argumentativos; modalizadores, sentido conotativo e denotativo, figuras de linguagem;
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
239
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa e Literatura tem o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.
Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique,aprimore, reelabore
sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
Isso significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na língua: o
rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a excessiva formatação em
detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos, dependendo do local de
onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade dado aos discursos que
emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico. Entender criticamente essas
cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do poder configurado pelas
diferentes práticas discursivo sociais que se concretizam em todas as instâncias das relações
humanas.
Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos que
circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o para
assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das
interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva.
240
Quanto à oralidade:
Levar o aluno não só a conhecer e a usar a língua padrão, como também a
entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. Como afirma Soares,
cabe à escola e ao professor trabalhar com o bidialetalismo, preparando o aluno para o
emprego da língua padrão, mas sabendo que, em situações informais, ele continuará
utilizando o dialeto que lhe é peculiar.
Considerando, portanto, a fala como conteúdo que implica conhecimentos
relativos às variedades linguísticas e às diferentes construções da língua, inclusive, quanto aos
aspectos argumentativos do discurso, precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades
que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as relacionadas a
seguir:
• Apresentação de temas variados: história da família, da comunidade, um filme, um
livro, etc;
• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas
de seu convívio;
• Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas,
colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos, expor
programações, dar avisos, fazer convites, etc;
• Confronto entre os mesmos níveis de registros, de forma a constatar as similaridades e
diferenças entre as modalidades oral e escrita;
• Relato de acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;
• Debates, seminários, júris simulados e outras atividades que possibilitem o
desenvolvimento da argumentação;
• Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem
ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações, truncamentos,
mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade,
comparação com outros textos, etc;
241
Quanto à escrita:
• Uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto em que o texto escrito é
construído (elementos de referência pessoal, temporal, espacial, registro linguístico,
grau de formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais);
• Uso de recursos linguísticos em processos de coesão textual (elementos de articulação
entre segmentos do texto, referentes à organização – temporal e/ou espacial – das
sequências do texto ou à construção da argumentação);
• Modos de organização da composição textual – sequências textuais (tipos textuais,
narrativos, descritivos, argumentativos, injuntivo, dialogal);
• Organização da macroestrutura semântica (dimensão conceitual), articulação entre as
ideias/proposições (relações lógico semânticas);
• Organização e progressão temática;
• Ortografia e acentuação;
• Construção e reformulação (substituição, deslocamento, apagamento e acréscimo) de
segmentos textuais de diferentes extensões e naturezas (orações, períodos, parágrafos,
sequências ou tipos textuais);
• Função e uso da topografia do texto (envolvendo a disposição do texto na página, sua
paragrafação, sua subdivisão em sequências, a eventual divisão em colunas, os
marcadores de enumeração, etc.) e de elementos tipográficos essenciais à pontuação,
com especial atenção para o uso de aspas, parênteses e travessões).
• Conversa Informal
• Leitura
• Apresentação de Textos Variados
• Oportunizar discussões
242
• Propor produções
• Estabelecer Análise de Textos
• Dinâmicas
• Vídeos
• Apresentar Várias Obras Literárias.
• Oportunizar o aluno a ver a literatura dentro de seu momento histórico.
• Criar Situações em que os alunos tenham a oportunidade de refletir sobre a própria
linguagem, compreendendo as características de seus discursos;
• Incentivar a pesquisa e a produção de textos.
• Abordar a intertextualidade entre todos os textos trabalhados.
• Levar o aluno a conhecer a diversidade de gêneros textuais.
• Orientar o aluno a tornar-se um leitor crítico sendo capaz de ampliar seu universo
literário tornando-se sujeito no processo de criação e enriquecimento da leitura.
• Promover situações para que o aluno faça uso das variações estilísticas percebendo as
várias funções sintáticas em uma oração
• Conduzir trabalhos para que o aluno desenvolva através de seus textos diferentes
formas de comunicação linguística
• Estimular o aluno a acionar seu conhecimento prévio facilitando o estabelecimento de
pontes entre conhecimento construído e aquele de que já dispõe.
• Desenvolver trabalhos com manchetes de jornais e revistas.
• Realizar registros orais e escritos de fatos reais.
Quanto aos alunos inclusos:
• Mudar os papéis tradicionais dos professores e equipe pedagógica, tornando-se mais
próximos dos alunos, na captação de suas maiores dificuldades;
243
• Estabelecer parcerias com os pais;
• Criar novas formas de estruturar o processo ensino-aprendizagem mais direcionado às
necessidades do aluno incluso;
• Promover formas de participação na comunidade e assim atingir a satisfação pessoal;
• Direcionar os trabalhos para que haja a integração deste aluno na comunidade escolar.
LEITURA
Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista
• como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel
• ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas
• formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias
• baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência
• sócio-cultural.
• Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
• sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
• midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
• considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
• propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade
• crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos
• mencionados nestas Diretrizes.
• Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno
• a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva
• diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador,
244
• provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve
• dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito
• crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.
LEITURA
Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista como um ato
dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e
para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses,
aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas
suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:
jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,
literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens
não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e
virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve
contemplar os multiletramentos mencionados nestas Diretrizes.
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o
sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto
de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras
significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua
leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.
LITERATURA
Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como
objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de
outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural;
transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da
comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o sucesso das
atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de
245
aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua
turma.
A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor. O
professor precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos, observando
o dia a dia da sala de aula. Informalmente, pode-se analisar os interesses e o nível de leitura, a
partir de discussões de textos, visitas à biblioteca, exposições de livros, etc.
Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta textos
que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para
isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham um senso estético aguçado,
percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a busca de autores consagrados da
literatura, de obras clássicas.
Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento
de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera,
suas certezas podem ser abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor
trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus
conhecimentos, fazendo com que eles se distanciem do senso comum em que se encontravam
e tenham seu horizonte de expectativa ampliado, consequentemente, o entendimento do
evento estético. Neste momento, o leitor tenta encaixar o texto literário dentro de seu
horizonte de valores, porém, a obra pode “confirmar ou perturbar esse horizonte, em termos
das expectativas do leitor, que o percebe, o julga por tudo que já conhece e aceita” (BORDINI
e AGUIAR, 1993, p. 87).
Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas.
O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma autoavaliação a partir dos
textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior (ruptura)
trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que
o ajudou a ampliar seus horizontes.
A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte
de expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir
delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições,
levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.
Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças
246
entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto
pela leitura, há a preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas
Literárias. Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como
leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com
seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente deve partir da recepção
dos alunos para, depois de ouvi- los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de
expectativas dos alunos.
O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental como do
Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno
a projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem. Numa apresentação em sala
de aula o educando revela-se e, “provocado” pelo docente, justifica sua associação
defendendo seu personagem. O professor, então, solicita aos alunos que digam o que
entenderam da história lida. Esta fase é importante para que o aluno se perceba como coautor
e tenha contato, também, com outras leituras, a dos colegas de sala, que não havia percebido.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo, demonstrando a
eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, as aquelas que o texto permite. As
marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram que as
estruturas de apelo sejam respeitadas. Agindo assim, o professor estará oportunizando ao
aluno a ampliação do horizonte de expectativa.
Um exemplo desse trabalho é a utilização, na sala de aula, de livros infanto- juvenis, cuja
temática é o mágico. O professor apresenta textos em que o mágico não é apenas um mero
recurso narrativo, mas um elemento importante na composição estética da obra, um fantástico
que amplia a compreensão das relações humanas, como o elemento fantástico presente em
Murilo Rubião, Gabriel Garcia Márquez, José Saramago, J. J. Veiga, entre outros.
No caso da leitura de textos poéticos, o professor deve estimular, nos alunos, a sensibilidade
estética, fazendo uso, para isso, de um instrumento imprescindível e, sem dúvida, eficaz: a
leitura expressiva. O modo como o docente proceder à leitura do texto poético poderá tanto
despertar o gosto pelo poema como a falta de interesse pelo mesmo. Assim, antes de
apresentá-lo para os educandos, o professor deve estudar, apreciar, interpretar, enfim, fruir o
poema.
Após este primeiro momento, de forma adequada à série ou ao nível do aluno e conforme a
intencionalidade, o professor oportunizará ao aluno a experiência, na leitura, escrita e
247
oralidade, com novos gêneros e novas formas de expressão, como desenho, dramatização,
novos poemas, aprimorando a compreensão, interpretação e análise. Há poemas em que
desconsiderar a leitura do ritmo significa comprometer a interpretação e a compreensão, assim
como há poemas em que este recurso não é tão relevante. Há poemas em que a escolha lexical
é o que faz a diferença, outros, ainda, em que a pontuação é carregada de significação. Há
poemas em que informações como as condições de produção, o contexto histórico-cultural
fariam falta para a sua compreensão, outros nem tanto, o poema responde por si só. Cabe ao
professor, portanto, observar quais recursos de construção do poema devem ser considerados
para a leitura e, como mediador do processo, contribuir para que os discentes sejam capazes
de identificá-los e, sobretudo, permitir a eles que efetivem, de fato a experiência de ler o texto
poético em toda a sua gama de possibilidades.
O professor não ficará preso à linha do tempo da historiografia, mas fará a nálise
contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua recepção
(historicidade). Utilizará, no caso do Ensino Médio, correntes da crítica literária mais
apropriadas para o trato com a literatura, tais como: os estudos filosóficos e sociológicos, a
análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos outros que podem enriquecer o
entendimento da obra literária.
Pensadas desta maneira, embora tenham um curso planejado pelo professor, as aulas de
Literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às necessidades e contribuições dos alunos, de
modo a incorporar suas ideias e as relações discursivas por eles estabelecidas num contínuo
texto-puxa-texto.
Nesse contínuo de relações, percebe-se que o texto literário dialoga, também, com outras
áreas, numa relação exemplificativa, temos: Literatura e Arte; Literatura e Biologia; Literatura
e... (qualquer das disciplinas com tradição curricular no Ensino Fundamental e Médio);
Literatura e Antropologia; Literatura e Religião; entre tantas.
Para Garcia (2006), a Literatura resulta o que precisa ser redefinido na escola: a Literatura no
ensino pode ser somente um corpo expansivo, não-orgânico, aberto aos acontecimentos a que
os processos de leitura não cessam de forçá-la. Se não for assim, o que há é o fechamento do
campo da leitura pela via do enquadramento do texto lido a meros esquemas classificatórios,
de natureza estrutural (gramática dos gêneros) ou temporal (estilos de época).
O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o
Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e
248
constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e
escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre
fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no
momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua”
(MENDONÇA, 2006, p. 204).
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos linguísticos e seus efeitos
de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta que o texto é a única forma de se usar a
língua: “A gramática é constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da
linguagem. [...] Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a exploração
das atividades textuais e discursivas”.
Partindo desse pressuposto, faz-se necessário deter-se um pouco nas diferentes formas de
entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram
sistematizá-la. Diante de tantos conceitos, Travaglia (2000, p. 30- 33) traz as concepções de
gramática e salienta que, ao abordá-la, é importante conhecer os seus vários tipos. A partir
dessas noções, o autor apresenta alguns tipos de gramática mais diretamente ligados às
questões pedagógicas, aqui serão comentados quatro tipos:
• Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua escrita.
Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas, regras essas do
falar e escrever bem;
• Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso, não apenas a
variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;
• Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o próprio
“mecanismo”;
• Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da língua. Essa
gramática se preocupa mais com o processo do que com o resultado, está relacionada com as
atividades epilinguísticas.
249
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os conteúdos
gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da
unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática
normativa, mas também as outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a
reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças,
dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e
escritos; a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; o reconhecimento das
diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; a reflexão sobre essas e outras
particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades epilinguísticas e
metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar
sobre a língua.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros discursivos
(orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da língua
em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).
Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de
oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns encaminhamentos.
No entanto, é necessário que o professor selecione o gênero que pretende trabalhar e, depois
de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/ circulação, prepare atividades
sobre a análise das marcas linguístico-enunciativas, entre elas:
Oralidade:
• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes
registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;
• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso
das gírias, a entonação), entre outros;
• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;
• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência o texto, uma vez
que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de
formalidade/informalidade do gênero, etc.
Leitura:
250
• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro
formal e do texto em registro informal;
• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de
humor, ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc);
• léxico;
• progressão referencial no texto;
• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.
Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para o aluno identificar, por
exemplo, os adjetivos e classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer,
há ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos
que a língua possibilita. No caso do trabalho com um gênero discursivo que se
utiliza de muitos adjetivos, o aluno precisa perceber que “a adjetivação pode ser construída
por meio de várias estratégias e recursos, criando diferentes efeitos de sentidos”
(MENDONÇA, 2006, p. 211); além disso, alguns gêneros admitem certas adjetivações e não
outras; e o processo de adjetivação pode revelar-se pelo uso de um verbo (como esbravejou) e
não só pelo uso do adjetivo, exemplifica Mendonça (2006). Compreender os recursos que o
texto usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua, numa dimensão
dialógica da linguagem.
Escrita:
Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o
professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:
• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);
• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades,
intertextualidade, processo de referenciação);
• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto, estruturação de
parágrafos);
251
• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, complemento,
regência, vícios da linguagem...);
Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise linguística, partindo das
sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se algumas propostas que focalizam o texto
como parte da atividade discursiva, tais como análise:
• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado,
parênteses, etc.;
• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido,
entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do
texto;
• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do
texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz
– expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);
• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e coerência
pretendidas;
• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;
• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que
vem antes e o que vem depois em um texto.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão
sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção, de
análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que
circulam no contexto escolar e extraescolar.
O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao
professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse
estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do
texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se está fazendo a análise linguística de
categorias gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).
252
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também pode passar a
fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se, ampliando sua
capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da
prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim
desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, e também permitir que haja uma
reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,
numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se
estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desenvolvimento do presente,
orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando
novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA,
2002).
Este processo se dará de forma cumulativa ou somativa, realizado com base em
aprendizagens socialmente significativas, em que o professor analisa os registros feitos
durante um determinado período. A avaliação deve ter uma função informativa e corretiva:
informa ao professor e aos alunos tanto os avanços obtidos como as possíveis dificuldades e
objetivos não atingidos, dando a eles a chance de corrigir sua ação. Através de um diagnóstico
desses erros e acertos podemos formular novas estratégias de ensino-aprendizagem.
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao
longo do ano letivo.
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a
avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas concretas
do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva
em práticas de oralidade, leitura e escrita.
253
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da
adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o
texto, sua reflexão e sua resposta ao texto.
Em relação à escrita serão avaliadas as circunstâncias de sua produção, o resultado
dessa ação e o posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos como
forma de autonomia.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando
que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca
do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos
aprendam e participem mais das aulas.
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias,
numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são
diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o
professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que
apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como
avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos,
programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o
resultado esperado.�
�
o Leitura: será avaliada as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre
254
textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos
efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações
tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. Tendo
em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se
colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens,
etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras
de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a
ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor questões
abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a
reflexão que o aluno faz a partir do texto.�
o Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto
escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a
partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo
textuais, verificando: a coesão e coerência textual, a adequação à proposta e ao
gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a
elaboração de argumentos consistentes, a organização dos parágrafos. Tal
como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos
que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é
pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há
relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições,
se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos. �
o Análise Linguística: como é no texto – oral e escrito – que a língua se
manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Nessa
prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros
precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes
possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o
professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a
ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de
recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de
operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas
255
entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc). Uma vez entendidos
estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações
linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive. �
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem
sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento
linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada
que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e
que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.
Para que as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa e
Literatura se efetivem na sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do professor.
Engajado com as questões de seu tempo, tal professor respeitará as diferenças e promoverá
uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam
o pensamento único, padrões preestabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como
para construir relações sociais mais generosas e includentes.
Os instrumentos de avaliação serão:
Atividades orais e escritas, onde poderão ser analisados os avanços, erros e acertos
na aprendizagem;
• Trabalhos de pesquisa (com orientação do professor) sobre temas relevantes aos
alunos, para que eles se sintam motivados para sua realização;
• Trabalhos com textos de gêneros diversos para apresentação, debates e
contextualização dos temas presentes no texto.
• Acompanhamento, através de estudos e pesquisas, observando e analisando os
progressos do aluno incluso;
• Adaptar programas e propostas às necessidades específicas dos estudantes;
256
Atuar através de todos os escalões para possibilitar a integração destas crianças
inclusas e permitir que elas atinjam o seu potencial máximo.
AVALIAÇÃO DA ORALIDADE
A prática da oralidade em sala de aula deve pautar-se em situações reais de uso da
fala, avaliando-se o aluno em sua produção de discursos e enunciados que o constitua como
sujeito do processo interativo, levando-se em conta a situação comunicativa e a variedade
linguística proposta pelos textos.
AVALIAÇÃO DA LEITURA
O texto estabelece uma relação entre os interlocutores. No processo de produção
de sentido, o leitor dialoga com o texto segundo suas experiências vividas e conhecimentos
prévios atribuindo a ele sentidos.
A avaliação da leitura será feita de acordo com as possibilidades de inferências e
de relações que o aluno possa estabelecer entre os diversos tipos de textos a serem
apresentados.
AVALIAÇÃO DA ESCRITA
A produção escrita dos alunos deve ser avaliada levando-se em conta o gênero
textual proposto, a estrutura e o estilo do texto produzido pelo aluno de acordo com o tema
que faça parte da realidade e das experiências vividas por eles. Somente assim eles terão
condições de estruturar textos com enunciados e argumentos que reproduzam seus discursos,
257
fazendo com que se envolvam com seus textos. Desta forma, sentindo-se autores de seus
textos, poderão aprimorá-los e melhorar suas condições de escritores.
Os instrumentos de avaliação serão:
• Provas com questões dissertativas, objetivas e subjetivas;
• Atividades orais e escritas, onde poderão ser analisados os avanços, erros e acertos na
aprendizagem;
• Trabalhos de pesquisa (com orientação do professor) sobre temas relevantes aos
alunos, para que eles se sintam motivados para sua realização;
• Trabalhos com textos de gêneros diversos para apresentação, debates e
contextualização dos temas presentes no texto.
• Acompanhamento, através de estudos e pesquisas, observando e analisando os
progressos do aluno incluso;
• Adaptar programas e propostas às necessidades específicas das crianças;
• Atuar através de todos os escalões para possibilitar a integração de crianças inclusas e
permitir que elas atinjam o seu potencial máximo.
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(UNICAMP). Artigo disponível em: <www.estacaodaluz.org.br> (Museu da Língua
Portuguesa). Acesso em: 28-08-2007.
LUZ-FREITAS, M. S. E a Língua Portuguesa tornou-se disciplina curricular. (PUC-
SP e FEFI-MG). Disponível em: <http://www.filologia.org.br/revista/33/04> 2004.
Acesso em: 28-08-2007).
SOARES, M. Que professor de Português queremos formar? (UFMG). Disponível
em:<http://www.unb.br/abralin/index.php?id=8&boletim=25&tema=13>.
266
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA 1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram
a compor a matemática que se conhece hoje. Há menções na literatura que os
babilônios por volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser
classificados como álgebra elementar. São as primeiras considerações que a
humanidade fez a respeito de idéias que se originaram de simples observações
provenientes de capacidade humana de reconhecer configurações físicas e
geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades.
Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da
leitura e da escrita na formação dos filhos da nobreza. A matemática se inseriu no
contexto educacional grego um século depois quando se abordava uma matemática
abstrata.
Por volta do século IV a II a.C. o ensino de matemática estava reduzido a
contar números inteiros cardinais e ordinais. A matemática se configurou como
disciplina básica a partir do século I a.C., a partir do século II d.C. o ensino da
matemática teve outra orientação privilegiando uma exposição mais completa de
seus conceitos.
No século V d.C. a matemática era ensinada com o objetivo de entender os
cálculos do calendário litúrgico e determinar datas religiosas.
Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o
surgimento das escolas e a organização do sistema de ensino.
As produções matemáticas do século XVI, a geometria, o cálculo diferencial e
integral e a teoria das equações diferenciais fizeram com que o conhecimento
matemático alcançasse um novo período de sistematização. O século XVIII é
demarcado pelas revoluções francesa e industrial, no Brasil ministrava-se um ensino
de matemática de caráter técnico com o objetivo de preparar os estudantes para as
academias militares influenciado pelos acontecimentos políticos que ocorriam na
Europa.
No período que abrange o final do século XIX e XX levantaram-se
preocupações voltadas para o ensino da matemática, sendo as mesmas traduzidas
em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros internacionais
267
promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com propostas de
ensino da matemática.
Hoje a matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar
no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da
construção humana na sua interação constantes com o contexto natural, social e
cultural.
A matemática é uma ciência viva, não apenas no cotidiano dos cidadãos, mas
também nas universidades e centros de pesquisas, onde se verifica, hoje, uma
impressionante produção de novos conhecimentos que, a par de seu valor
intrínseco, de natureza lógica, tem sido instrumentos úteis na solução de problemas
científicos e tecnológicos da maior importância. Os conteúdos são ensinados por
eixos (números, operações, medidas, geometria e tratamento da informação),
entretanto não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois é na inter relação
entre os conteúdos da cada eixo e entre os eixos que as idéias matemáticas e o
vocabulário matemático ganham significado.
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna, pois está presente em praticamente tudo o que nos rodeia. Em casa, na
rua, nas várias profissões, na cidade, no campo, nas várias culturas, o ser humano
faz uso dos conceitos matemáticos informalmente. É preciso que esse saber
cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a
Matemática da escola e a Matemática da vida.
Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos contribui para a
formação do cidadão, sua inserção no mundo do trabalho, das relações sociais,
culturais e políticas. E a todos deve ser dada essa possibilidade de compreensão e
atuação.
Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir,
calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados,
argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e
interpretar criticamente as informações, conhecer formas diferenciadas de abordar
problemas. Tais conhecimentos precisam estar articulados entre si e conectados
com outras áreas do conhecimento.
A Matemática vista como uma maneira de pensar, como um processo em
permanente evolução, permite, por parte do aluno, a construção e a apropriação do
conhecimento. Permite também vê-la no contexto histórico e sociocultural em que
268
ela foi desenvolvida e continua se desenvolvendo.
Procura-se identificar os conhecimentos matemáticos como meios para
compreender e transformar a transformar o mundo à sua volta, desenvolvendo o
gosto pelo estudo, o raciocínio, a iniciativa e a responsabilidade, sentindo-se seguro
da sua própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo
a auto-estima e a perseverança na busca de soluções.
Assim, busca-se mostrar que por meio do conhecimento matemático o
homem pode quantificar, geometrizar, medir e organizar informações.
Fazendo com que o processo de ensino-aprendizagem em Matemática
contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriações de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. Dessa maneira,
partindo do conhecimento matemático, o estudante tenha a possibilidade de criticar
questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
2 - CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO E EJA
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
•Números e Álgebra
•Sistemas de numeração
•Números naturais
•Múltiplos e divisores
•Potenciação e radiciação
•Números fracionários
•Números decimais
•Conheça os diferentes sistemas de numeração; •Identifique o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; •Realize operações com números naturais; •Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; •Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; •Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; •Reconheça as potências
269
como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; •Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.
XVI.Grandezas e Medidas
-Medidas de comprimento -Medidas de massa -Medidas de área -Medidas de volume -Medidas de tempo -Medidas de ângulo -Sistema monetário
• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; • Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada.
e)Geometrias
c)Geometria plana d)Geometria espacial
•Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; •Conceitue e classifique polígonos; •Identifique corpos redondos; •Identifique e relacione
270
os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; •Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; •Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.
g)Tratamento de informação
-Dados, tabelas e gráficos -Porcentagem
-Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; -Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
-Números e Álgebra
-Números inteiros -Números racionais -Equação e inequação do 1º grau -Razão e proporção -Regra de três simples
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
271
• Compreenda o conceito de incógnita; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
-Grandezas e Medidas
-Medidas de temperatura -Medidas de ângulo
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
-Geometrias
-Geometria plana -Geometria espacial -Geometria não-euclidiana
• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
-Pesquisa estatística -Média aritmética
• Analise e interprete
272
-Tratamento de informação
-Moda e mediana -Juros simples
informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
-Números e Álgebra
-Números inteiros -Números racionais -Equação e inequação do 1º grau -Razão e proporção -Regra de três simples
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; • Compreenda o conceito de incógnita; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente
273
proporcionais; • Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
-Grandezas e Medidas
Ι.Medidas de temperatura ΙΙ.Medidas de ângulo
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
I.Geometrias
-Geometria plana -Geometria espacial -Geometria não-euclidiana
�• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
-Tratamento de informação
-Pesquisa estatística -Média aritmética -Moda e mediana -Juros simples
• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
�
7ª SÉRIE
274
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
-Números e Álgebra
I.Números racionais e irracionais II.Sistemas de equação do 1º grau III.Potências IV.Monômios e polinômios V.Produtos notáveis
• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º grau; • Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.
a)Grandezas e Medidas
I.Medidas de comprimento II.Medidas de área III.Medidas de volume IV.Medidas de Ângulos
• Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; • Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. • Realize cálculo de área e volume de poliedros.
•Geometria plana •Geometria espacial
275
α)Geometrias
•Geometria analítica •Geometria não-euclidiana
• Reconheça triângulos semelhantes; • Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; • Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; • Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades.
•Tratamento de informação
•Gráfico e informação •População e amostra
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
276
•Números e Álgebra
•Números reais •Propriedades dos radicais •Equação do 2º grau •Teorema de Pitágoras •Equações irracionais •Equações biquadradas •Regra de três composta
• Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; • Identifique e resolva equações irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau; • Utilize a regra de três composta em situações-problema.
•Grandezas e Medidas
•Relações métricas no triângulo retângulo •Trigonometria no triângulo retângulo
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;
277
•Funções
•Noção intuitiva de função afim •Noção intuitiva de função quadrática
• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; • Analise graficamente as funções afins; • Analise graficamente as funções quadráticas.
•Geometrias
•Geometria plana •Geometria espacial •Geometria analítica •Geometria não-euclidiana
• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; • Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas; • Noções básicas de geometria projetiva. • Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.
278
•Tratamento de informação
•Noção de análise combinatória •Noções de probabilidade •Estatística •Juros compostos
• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; • Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; • Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
•Números e Álgebra
•Números reais •Números complexos •Sistemas lineares •Matrizes e determinantes •Polinômios •Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; • Compreenda os números complexos e suas operações; • Conceitue e interprete matrizes e suas operações; • Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; • Identifique e realize operações com polinômios; • Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares.
279
•Grandezas e Medidas
•Medidas de área •Medidas de volume •Medidas de grandezas vetoriais •Medidas de informática •Medidas de energia •Trigonometria
• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades; • Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos.
•Funções
•Função afim •Função quadrática •Função polinomial •Função exponencial •Função logarítmica •Função trigonométrica •Função modular •Progressão aritmética •Progressão geométrica
• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; • Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; • Realize análise gráfica de diferentes funções; • Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; • Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.
280
••••Geometrias
•Geometria plana •Geometria espacial •Geometria analítica •Geometria não-euclidiana
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; • Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica; • Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides; • Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias científicas; • Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; • Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica).
•Tratamento de informação
•Análise combinatória •Binômio de Newton •Estudo das probabilidades •Estatística •Matemática financeira
• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos; • Realize cálculos utilizando Binômio de Newton; • Compreenda a ideia de probabilidade; • Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; • Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos
281
ramos da atividade humana; • Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
��3 – METODOLOGIA
Será adotada uma linha de ação que vise não somente os conteúdos
apresentados nos livros didáticos, mas também os conhecimentos trazidos pelo
aluno. O docente deverá promover um ensino contextualizado para a formação dos
conceitos, possibilitando ao aluno o entendimento da Matemática como instrumento
para compreensão e solução dos problemas do cotidiano. A Matemática, nesse
processo será compreendida como elemento capaz de auxiliar na solução dos
problemas apresentados pela sociedade.
Pretende-se priorizar um ensino que valorize a história dos estudantes
respeitando suas raízes, sua raça e suas diferenças (física, religiosa, cultural, social,
etc.), um processo educativo que lhes proporcione acolhimento e aprendizagem
efetiva. Assim, será priorizado também temas envolvendo a História e Cultura Afro
Brasileira e Indígena de acordo com a Lei nº 11645, promulgada em 2008, onde
abre-se espaço para um rico espaço de discussão e proposição de atividades.
É necessário dar liberdade para que os alunos aprendam do seu modo e no
seu tempo, conforme suas condições, independente de serem alunos com
necessidades especiais ou não.
O professor em sua prática poderá fazer uso de recursos metodológicos
variados, tais como: Utilizar livros didáticos e paradidáticos, história da Matemática,
etnomatemática, propor jogos e resolução de quebra-cabeças, ler textos adicionais e
complementares, utilizar calculadoras, instrumentos para medir, modelagem
matemática, relacionar o cotidiano com os conteúdos estudados, utilizar recortes de
jornal, revistas, anúncios para formulação e resolução de problemas, propor a
construção de gráficos e tabelas, utilizar a tecnologia disponível com o uso de
282
computadores com Internet, TV com DVD, entre outros , praticar debates para
discussão de idéias e produção de argumentos convincentes, palestras, pesquisas e
visitas.
4 - AVALIAÇÃO
A avaliação tem parte fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Ela
serve também de ponto de apoio para o professor rever sua metodologia de ensino,
e por isso é importante que o docente procure novos métodos de avaliação.
A avaliação é um instrumento imprescindível para fornecer informações sobre
como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo, e não
simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de
conteúdos, de forma a classificá-lo em: aprovado/reprovado.
O professor deve deixar de lado o aspecto classificatório da avaliação, e
passar a entendê-la como um processo de acompanhamento, para identificar os
problemas e avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar,
minimizando os casos de repetências e evasões.
A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, contemplando diferentes
instrumentos avaliativos, tais como: atividade de leitura, projeto de pesquisa
bibliográfica, produção de texto, palestra/apresentação oral, atividades
experimentais, projeto de pesquisa de campo, relatório, seminário, debate,
atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho
em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Destaca-se que os instrumentos
serão utilizados em todas as séries, no que se refere ao ensino de Matemática.
No que diz respeito aos critérios avaliativos, estes contemplarão todas as
séries abordando:
•compreensão de idéias
•estabelecendo relações entre os textos e conteúdos abordados em sala de
aula,
•contextualização, argumentação, escrita e produção de texto,
•elaboração de argumentos consistentes,
•demonstração de conhecimento do conteúdo com seqüência lógica e clara
nas apresentações orais
283
•realização de experimentos registrando hipóteses e os passos seguidos,
demonstrando e compreendendo o fenômeno experimental utilizando
adequadamente os materiais, o ambiente e os instrumentos necessários
•construção do conhecendo e formação dos alunos como agentes sociais
mediante os procedimentos de pesquisa de campo e elaboração de relatórios
•compreensão e articulação dos instrumentos audiovisuais utilizados,
desenvolvidos em trabalhos em grupo abrangendo interação, debates e troca de
idéias.
A avaliação, no que diz respeito à inclusão, deve ser planejada para todos,
mostrando ao aluno que ele deve aprender a analisar a sua própria produção de
forma crítica e autônoma. Ela acontece se adaptando as necessidades dos alunos,
servindo assim para verificar o quanto esses alunos cresceram dentro de suas
limitações, sem comparações com os demais.
Tendo em vista a educação inclusiva, os alunos serão avaliados de forma
contínua, utilizando-se de avaliações individuais, caso a caso, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-emocionais e
sociais que potencializam o desenvolvimento pessoal de todos os educandos.
5 - REFERÊNCIAS
�ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Identidades étnicas e culturais: novas perspectivas para a história indígena. In: ABREU, Martha & SOIHET, Rachel (org.). Ensino de História: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. [s.e.] São Paulo: FTD, 2002. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos fundamentais da matemática. [s.e.] Portugal : Editora Gradiva, 1963. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos is. [s.e.] Porto Alegre : Mediação, 2004. GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. 4 ed. São Paulo: Ática, 1993. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, 1990.
284
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação básica. Matemática. [s.e.] Curitiba, 2009. POLYA, George. A arte de resolver problemas. [s.e.] São Paulo : Ed. Interciência, 1985.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, do Colégio Estadual 14 de Dezembro – 2010.
285
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Segundo a definição mais comum, a Química é o ramo da ciência que estuda
tanto a composição dos materiais quanto as transformações que eles podem vir a
sofrer. Os materiais são constituídos de matéria, e as transformações da matéria
envolvem o consumo ou a liberação de energia. Portanto, essas duas grandezas
matéria e energia é a base fundamental para o estudo da Química.
A Química, assim como outras Ciências, tem papel de destaque no
desenvolvimento das sociedades, alcançando ao longo de tantos anos. No entanto,
ela não se limita às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao contrário,
embora às vezes o indivíduo não perceba, a Química está presente em nosso dia a
dia, sendo parte importante dele. A aplicação dos conhecimentos químicos tem
reflexos diretos sobre a qualidade de vida das populações e sobre o equilíbrio dos
ambientes na Terra. Por isso, consideramos essencial que o conhecimento científico
faça parte da vida cotidiana dos educandos, a fim de que possam desenvolver um
pensamento crítico, visando contribuir para a preservação de todas as formas de
vida, inclusive da espécie humana.
Entre as Ciências Naturais, pode-se dizer que a Química é uma das mais
recentes. Não há uma data específica que possamos colocar como início da
Química. Podemos dizer, entretanto, que ela só se firmou como Ciências no
transcorrer dos séculos XVII e XVIII.
Cerca de 1500 a.C., os egípcios já utilizavam procedimentos em que estavam
envolvidas transformações químicas. Entre elas podemos citar a fabricação de
objetos cerâmicos por meio do cozimento da argila, a extração de corantes de certos
animais e vegetais, a obtenção de vinagre e bebidas alcoólicas não-destiladas (vinho
e cerveja) e a produção de vidro e de alguns metais. Destacasse também a arte da
conservação das múmias, na qual os egípcios atingiram alto grau de perfeição.
Por volta de 478 a.C. o filósofo grego Leucipo apresentou a primeira teoria
atômica de que se tem notícia, e seu discípulo Demócrito aperfeiçoou e propagou o
nome átomo que significa do grego indivisível.
Contudo, entre os gregos, acabaram predominando as ideias de outro
filósofo, Aristóteles que segundo ele, tudo é constituído de quatro elementos
286
básicos: fogo, terra, ar e água. Essa maneira de pensar influenciou muito a evolução
da Ciência ocidental, que conseguiu desvencilhar totalmente dessas ideias somente
no século XVI, a partir do qual a Química teve considerável impulso.
No final do século XIX a química se consolidou como a principal disciplina
associada aos efetivos resultados na indústria. Já no século XX a Química e todas
as outras ciências naturais tiveram um grande desenvolvimento, em especial nos
Estados Unidos e Inglaterra. Com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível
entender melhor a constituição e formação das moléculas, em especial a do DNA.
Passada a Segunda Guerra Mundial, as pesquisas sobre o átomo foram ainda mais
incrementadas no sentido de desvendar as suas características e o bombardeio de
núcleos com partículas aceleradas conduziu a produção de novos elementos
químicos.
Hoje encontramos produtos tratados quimicamente por toda parte, desde a
agricultura (sementes de milho, soja, trigo) até os industrializados como café solúvel,
farinhas e outros milhares. Os produtos mais conhecidos como químicos são os de
higiene pessoal e doméstica e os medicamentos. Ela também é muito conhecida
pelo seu mau uso em determinados defensivos agrícolas, inseticidas, bombas e os
resíduos químicos das indústrias.
Este percurso histórico contribuiu para a constituição da Química como
disciplina escolar. Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos
professores e abordados conforme a necessidade dos alunos, como por exemplo,
estudos sobre a correção dos solos e a tintura dos tecidos.
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química,
surgiram a partir do inicio do século XIX, provenientes das transformações de ordem
política e econômica que ocorriam na Europa. A partir de 1931 a disciplina de
química passa a ser ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário
no Brasil. No período compreendido entre a década de 1950 e 1970 o ensino de
Química foi marcado pelo positivismo expresso pelo método científico de ensinar
ciências através da descoberta e redescoberta, influenciado por programas norte-
americanos do ensino de Química, Biologia e Física, a partir de experimentos com o
objetivo de preparar o aluno para ser cientista. Isto influenciou sobremaneira a
atividade docente.
O objetivo é formar aluno aproprie dos conhecimentos químicos de maneira
crítica, compreendendo as transformações químicas que ocorrem em seu dia a dia
287
de forma abrangente e integrada. E dessa forma desenvolver um pensamento crítico
relacionado as informações da tradição cultural, mídia e da própria escola, formando
assim decisões de maneira autônoma, enquanto sujeitos e cidadãos.
2.CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA
SOLUÇÂO
LIGAÇÃO QUÍMICA
FUNÇÕES QUÍMICAS
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
REAÇÃO QUÍMICA
RADIOATIVIDADE
2ª SÉRIE CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
•SOLUÇÂO •VELOCIDADE DAS REAÇÕES •EQUILÍBRIO QUÍMICO •REAÇÕES QUÍMICAS
288
QUÍMICA SINTÉTICA
•RADIOATIVIDADE •GASES
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
1- FUNÇÃO QUÍMICA
3.METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, parta do conhecimento
prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas, ou concepções
espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico. A concepção
científica envolve um saber socialmente constituído, o qual necessita de
metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar. O que
propomos é que o aluno tenha condições de formar conhecimentos científicos a
respeito dos conhecimentos químicos.
O ensino da química deve contribuir para que o aluno tenha uma visão mais
abrangente do universo. Assim, as fórmulas matemáticas não podem ser o objeto
central da aprendizagem, pois apenas representam modelos. Mais que o aluno
entender o cálculo matemático, é importante que ele compreenda como acontece
determinado fenômeno ou evento químico.
Contextualizar a produção e a validade dos conhecimentos científicos é
fundamental para o ensino significativo.
Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de
289
partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua
relação com as ideias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com
manipulação do material pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um
aparato sofisticado, mas sim a sua organização, discussão e reflexão, possibilitando
ainda, a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre o
grupo que participa da aula.
Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de química. Porém
o texto não dever ser visto como se tivesse todo o conteúdo, mas sim como um
instrumento de mediação na sala de aula, entre aluno-aluno e aluno-professor,
levando a novas questões e discussões.
Poderão ser ainda utilizados outros recursos tais como: aulas expositivas com
explicação oral do conteúdo; pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e outros
meios de pesquisa coerente; trabalhos em sala e fora dela individuais e em grupos
com apresentação dos mesmos para os demais alunos; debates de textos
complementares; resolução de exercícios e questões propostas; aulas práticas em
laboratório de química (quando possível).
4.AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um processo contínuo oferecendo ao professor dados
significativos sobre o processo ensino aprendizagem à sua prática docente. A
característica diagnóstica da avaliação permitirá verificar dificuldades e os avanços
individuais como coletivo direcionando a tomada de decisão que garanta a qualidade
dos resultados.
A avaliação tem parte fundamental no processo de ensino-aprendizagem,
servindo também de ponto de apoio para o professor rever sua metodologia de
ensino, e por isso é importante que o docente procure novos métodos de avaliação.
A avaliação é uma para fornecer informações sobre como está se realizando o
processo ensino-aprendizagem como um todo, e não simplesmente focalizar o
aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de conteúdos, de forma a
classificável em: aprovado/reprovado.
O professor deve deixar de lado o aspecto classificatório da avaliação, e
passar a entendê-la como um processo de acompanhamento, para identificar os
290
problemas e avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar,
minimizando os casos de repetências e evasões.
A avaliação deverá ser diagnóstica, contínua, formativa, processual e
consensual, contemplando diferentes instrumentos avaliativos, tais como:: atividade
de leitura, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto,
palestra/apresentação oral, atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo,
relatório, seminário, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de
recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas, questões objetivas.
Destacasse que os instrumentos serão utilizados em todas as séries, no que se
refere ao ensino de Matemática.
No que diz respeito aos critérios avaliativos, os mesmos contemplarão todas
as séries abordando desde a compreensão de idéias, estabelecendo relações entre
os textos e conteúdos abordados em sala de aula, contextualização, argumentação,
escrita e produção de texto, elaborando argumentos consistentes, demonstração de
conhecimento do conteúdo com sequência lógica e clara nas apresentações orais,
realização de experimentos registrando hipóteses e os passos seguidos,
demonstrando e compreendendo o fenômeno experimental utilizando
adequadamente os materiais, o ambiente e os instrumentos necessários, construção
do conhecimento e formação dos alunos como agentes sociais mediante os
procedimentos de pesquisa de campo e elaboração de relatórios, compreensão e
articulação dos instrumentos audiovisuais utilizados, desenvolvidos em trabalhos em
grupo abrangendo interação, debates e troca de ideias.
A avaliação, no que diz respeito à inclusão, deve ser planejada para todos,
mostrando ao aluno que ele deve aprender a analisar a sua própria produção de
forma crítica e autônoma. Ela acontece se adaptando as necessidades dos alunos,
servindo assim para verificar o quanto esses alunos cresceram dentro de suas
limitações, sem comparações com os demais.
Tendo em vista a educação inclusiva, os alunos serão avaliados de forma
contínua, utilização de avaliações individuais, caso a caso, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades acadêmicas, cognitivas, psicoemocionais e
sociais que potencializam o desenvolvimento pessoal de todos os educandos.
291
5.BIBLIOGRAFIA
ALFON-GOLDFARB, Ana Maria. Da Alquimia à Química. São Paulo : Landu, 2005.
BAIRD, Colim. Química Ambiental. 2ª ed. Porto Alegre : Bookman, 2002.
BARROS NETO, Benício de. Como fazer Experimentos. Campinas : Unicamp,
2003.
CHAGAS, Aécio Pereira. Como se faz Química. 3ª ed. Campinas : Unicamp, 2001.
HALL, Nina. Neoquímica. A Química Moderna e suas Aplicações. Porto Alegre :
Bookman, 2004.
LEE, J. D. Química Inorgânica. São Paulo : Edgard Blücher, 1999.
MALDANER, Otávio Aloisio. A Formação Inicial e Continuada de Professores de
Química. 2ª ed. Ijuí : UNIJUÍ, 2003.
MATEUS, Alfredo Luis. Química na Cabeça. Belo Horizonte : UFMG, 2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química. Curitiba : SEED,
2009.
ROMANELLI, Lilavate Izapovitz. Aprendendo Química. Ijuí : UNIJUÍ, 2005.
RUSSEL, John Blair. Química Geral. Volume I. 2ª ed. São Paulo : Pearson Makron
Books, 1994.
-----------. Química Geral. Volume II. 2ª ed. São Paulo : Pearson Makron Books,
1994.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira. Educação em Química: Compromisso com a
Cidadania. 3ª ed. Ijuí : UNIJUÍ, 2003.
VANIN, José Atílio. Alquimistas e Químicos. O Passado, o Presente e o Futuro.
2ª São Paulo : Moderna, 2005.
292
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
1 – INTRODUÇÃO A DISCIPLINA
De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em
relação à Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de
trabalhá-los no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos
da própria proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos
e sua importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade
curricular nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança
uma dimensão política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma
trajetória de idas e vindas no histórico escolar do ensino médio no Brasil.
Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina
exatamente pela instabilidade da Sociologia nos currículos escolares, ora presente,
ora ausente, ao sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e
os conteúdos que deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e
os conteúdos relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente
porque se faz necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas
e sociais.
Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a
partir das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque
ele é o elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao
ser humano desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformá-
la, segundo suas necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-
se que os seres humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações
sociais. Parte-se também do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato
de trabalhar: nos gestos da produção e reprodução da sua existência, os indivíduos
organizam e acumulam experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou
não), que lhes permitem aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto,
expressão de um determinado modo de organização social. (Meksenas, 1994)
De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é
ter direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo
ajuda a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a
organização do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que
ele vive e atua”.
293
Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos
de Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LDB 9394/94, é necessário ir além dos conteúdos
programáticos. Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender,
professores e alunos a importância de todas as disciplinas e como elas se inter-
relacionam no intuito de formar para a vida em comunidade.
2 – Apresentação DA DISCIPLINA
Com o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as
disciplinas afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia,
explica que a palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria
disciplina. É uma mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo
francês Augusto Comte em 1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia
de “social”, e do grego vem o termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A
definição etimológica de Sociologia significaria então, simplesmente, “o estudo do
social” ou “o estudo da sociedade” (GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a
etimologia da palavra não é suficiente para definir e entender o que é a Sociologia.
Nesta ótica Galliano explica:
Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a ideia de homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (GALLIANO, 1981, p. 5).
Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e
também se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo
Galliano: “Sociologia é o estudo dos homens em interdependência” (GALLIANO, 1981,
p. 5).
Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da
Sociologia no Ensino Médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da
Universidade Estadual de Londrina (UEL), com base em suas análises aponta-se
294
aqui um breve histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia
começa a dar os primeiros passos no Brasil. Sob forte influência do positivismo
comtiano, foi publicada a obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em
seguida, um dos precursores da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou
Etnologia selvagem, em 1872, e Etnografia brasileira, em 1888. No início da década
de 1920, a Sociologia inicia sua trajetória no Ensino Médio através das escolas de
São Paulo e Rio de Janeiro (TOMAZI, 2000, p. 9)
Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas
bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com
outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por
outro lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a
disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de
sociólogos (TOMAZI, 2000, p. 9).
Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em
São Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de
produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que
aliassem esse conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato
estatal/governamental federal, estadual e municipal (TOMAZI, 2000, p. 9).
A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a
Universidade do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas,
através das Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores
para o ensino médio, principalmente para as escolas normais, formadores de
professores para o ensino fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos
sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou serem professores
(TOMAZI, 2000, p. 9).
Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente
para a implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por
isso, pode-se afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o
desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald
Pierson, Radcliff Brown, Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide,
Charles Mozaré, e Jacques Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no
Rio de Janeiro e permitiram a formação e o desenvolvimento de inúmeros
sociólogos no Brasil (TOMAZI, 2000, p. 9).
Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio
295
Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção
sociológica significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa
produção aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração que
vai definir claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon
Shaden, Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria
Izaura de Queiroz, em São Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio
Jaguaribe, no Rio de Janeiro, terão seguidores em todo o território nacional
(TOMAZI, 2000, p. 9-10).
A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de
Filosofia, Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia
vai fazer parte do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como
independente em outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era
formar pessoas (técnicos e professores) capazes de produzir uma “solução racional”,
isto é, baseada na razão e na ciência, para as questões nacionais. Assim, a
Sociologia, nessas décadas, tornou-se disciplina hegemônica no quadro das
Ciências Sociais no Brasil, a primeira a formar uma “escola” ou uma “tradição”, tendo
em Florestan Fernandes um dos seus principais mentores (TOMAZI, 2000, p.10).
Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas
do pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para
citar alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas
obras lidas e reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco
Weffort, Francisco de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues,
Juarez Brandão Lopes, Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10)
Em relação a presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta
que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como
integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta
por Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do
projeto. Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do
curso médio do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando
de Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).
A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil
presença no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os
currículos dos cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta
última cidade a Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra
296
marcaria a consolidação da pesquisa científica na área (TOMAZI, 2000, p. 10)
A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas
escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942)
restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas
Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a
Resolução SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da
Sociologia na grade curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora
do currículo (TOMAZI, 2000, p. 10)
Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n°
9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma
que os alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos,
deixando, portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até
para as escolas a liberdade da definição do modo como serão passados esses
conhecimentos (TOMAZI, 2000, p. 10)
A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os
âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e
ganhou força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios
estudantis, sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de
que essas disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino
Médio em todo o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional
uma lei que incluía as disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em
2001 essa lei foi vetada pelo então Presidente da República Fernando Henrique
Cardoso, dizendo que não haveria professores suficientes para ministrarem essas
aulas entre outras alegações.
A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na
questão não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas
escolas de nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho
Nacional de Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de
Educação Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um
documento anexado sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e
Sociologia do ensino médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de
representantes de várias entidades. O documento juntado continha uma série de
considerações favoráveis à inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do
ensino médio. Com apoio na própria LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os
297
componentes desta comissão desenvolveram uma argumentação que defendia a
presença da Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias.
O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à
inclusão das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para
a deliberação no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias
no Ensino Médio após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de
2008. No Paraná a obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei
nº 15.228 de 25/07/2006, mas diante da nova determinação legal de que a disciplina
deve estar presente em todas as série do Ensino Médio, o Conselho Estadual de
Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor:
uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4
anos.
Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular busca orientar o trabalho
com a disciplina de Sociologia no âmbito das escolas públicas jurisdicionada ao NRE
de Campo Mourão.
3 – CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes:
•O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. Conteúdos básicos:
β)Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;
χ)Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. δ)O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
Conteúdos estruturantes:
•Processo de socialização e as instituições sociais. Conteúdos básicos:
•Processo de socialização; •Instituições familiares; •Instituições escolares; •Instituições religiosas; •Instituições de reinserção.
2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes:
298
XVII.Cultura e Indústria Cultural Conteúdos básicos:
-Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades;
-Diversidade cultural; -Identidade; -Indústria cultural; -Meios de comunicação de massa; -Sociedade de consumo;
Conteúdo estruturante
• Trabalho, Produção e Classes Sociais Conteúdos básicos
f)O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; g)Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais h)Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; i)Globalização e Neoliberalismo; j)Relações de trabalho; k)Trabalho no Brasil.
3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes:
e)Poder, Política e Ideologia Conteúdos básicos:
•Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; •Democracia, autoritarismo, totalitarismo; •Estado no Brasil; •Conceitos de Poder; •Conceitos de Ideologia; •Conceitos de dominação e legitimidade; •As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdos estruturantes
h)Direito, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos básicos:
-Direitos: civis, políticos e sociais; -Direitos Humanos; -Conceito de cidadania; -Movimentos Sociais; -Movimentos Sociais no Brasil; -A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; -A questão das ONG’s.
299
4 - PROPOSTA DE METODOLOGIA A Diretriz de Sociologia trás uma proposta de abordagem metodológica para o
trabalho em sala de aula, “os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico
para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico:
pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos
sociológicos” (PARANÁ, 2008, p. 95). Ao apresentar cada uma das proposta ressalta
a importância do trabalho com os estudantes, na perspectiva de desenvolver um
aprendizado significativo e crítico. Sobre o trabalho com a pesquisa de campo
salienta
A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas (PARANÁ, 2008, p. 95).
A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os
estudantes em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom
planejamento. Cabe ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da
pesquisa que pode ser realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao
entorno.
A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é outra alternativa para o
ensino de sociologia, para tanto, uma advertência, “um filme deve ser entendido
também como texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são
dotados de linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar
imagens e sons“ (PARANÁ, 2008, p. 96).
No que tange a esse encaminhamento é preciso ter claro a dificuldade de se
trabalhar com tais ferramenta e o planejamento deverá ser rigoroso. Ao professor cabe
propor
uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b) aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais
300
para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão – visual, musical, literário – para completar a atividade (PARANÁ, 2008, p. 96 - 97).
Por fim, a Diretriz propõe o trabalho em sala de aula a partir da leitura e
análise de textos sociológicos, organizado pelo professor, a partir dos recortes
permitidos pelos conteúdos. Tais recortes precisam ser contextualizado com a obra
do autor e com outros textos para que os estudantes percebam as controversas
entre os autores e assim, rompem com a visão dogmática das “verdades”
estabelecidas. Para tanto, “recomenda-se articular os excertos dos textos
sociológicos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a
cientificidade do conteúdo trabalhado, adequando-o ao universo cultural do aluno
(PARANÁ, 2008, p. 97).
Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito a falta de obras
disponíveis ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser
solucionada com o “acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela
Biblioteca do Ensino Médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão
disponíveis fontes de pesquisa para o professor, seja para seu próprio estudo e
aperfeiçoamento, seja como material para dar suporte ao trabalho com os alunos”.
Não se pode esquecer do “Livro Didático Público de Sociologia é outro importante
suporte teórico e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para
professores e alunos” (PARANÁ, 2008, p. 97).
Embora a Diretriz aponte uma proposta metodológica, não significa que esteja
proibida trabalhar com outras abordagem. Muitos professores que atuam nas
escolas conhecem e trabalham com a proposta formulada pelo professor João Luiz
Gasparim, tal proposta contempla o que solicita a Diretriz. Existem ainda outras
abordagem que podem ser usada pelo professor.
Para finalizar o professor conta ainda com uma orientação dos recursos
didático-pedagógicos que podem se útil em seu trabalho diário: aulas expositivas
dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível;
Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; leituras de textos:
clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários,
301
jornalísticos; Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras
e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; Análises críticas: de filmes,
documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias,
charges, tiras, publicidade), entre outros.
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino
da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Sociologia
tais conteúdos serão abordados, quando do trabalho em sala de aula com o
conteúdo específico de sociologia possibilitar tal diálogo.
5 - AVALIAÇÃO
As propostas de avaliação que constam na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) serão levadas em consideração no ensino desta disciplina. Uma
avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e continuada. De acordo com
as DCEs:
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade (PARANÁ, 2008, p. 98).
As formas de avaliação devem constar no Plano de Trabalho Docente. Abaixo,
algumas formas de avaliação conforme segue:
1. Prova individual com vários tipos de questões como: responder perguntas;
questões para enumerar; questões para completar; questões objetivas com múltipla
escolha;
-Prova individual com uma ou duas questões que deverão ser respondidas
dissertativamente;
3. Atividades diferenciadas como: trabalhos, pesquisas, relatórios, exercícios no
caderno, participação nas aulas, entre outras;
302
4. Atividade extra-classe;
5. Trabalhos em grupo;
6-Aplicar no mínimo três avaliações por bimestre;
7-Realizar uma avaliação de recuperação de conteúdos, se necessário.
6 - REFERÊNCIAS
GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea) GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau) TOMAZI, Nelson D. (coord.) Iniciação à Sociologia. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED, 2008.
303
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE�L.E.M. INGLÊS
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
�Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores
culturais de um povo. Então, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é
um princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural
do código linguístico (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura no
espaço discursivo em que professores e educandos se constituem socialmente.
A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua estrangeira a
partir da 5a série do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio a
possibilidade da inclusão de uma segunda língua estrangeira, nesse caso, a Língua
Espanhola, ofertada pelo CELEM.
A oferta do ensino da Língua Inglesa como disciplina da Parte Diversificada
atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas, propiciando a
aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.
A Língua Estrangeira, nesse caso, a Língua Inglesa(LI), tem por objetivo
expandir as formas de conhecimento, logo pode ser propiciadora da construção das
identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar o desenvolvimento da
consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na sociedade brasileira
e no panorama internacional, favorecendo ligações entre comunidade local e
planetária.
Com relação ao ensino de línguas estrangeiras no Paraná, uma nova
perspectiva chegou em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma
concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída. No
entanto, este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a
prática de leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a
língua. A SEED estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico
e adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de
Ensino Médio (EM) de toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.
O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como
foco principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que
favorecessem a formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-
304
se como sujeitos epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações
mais apropriadas para o processo de ensino aprendizagem.
No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED
como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de
Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a
disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social
da escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros
contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma
gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que
superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela
concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.
Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a
SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso
ao conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos
mesmos, visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:
[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).
Sob a perspectiva mencionada, a LI no ensino fundamental e médio, norteada
pela linha teórica bakhtiniana, desenvolve no educando o senso crítico,
principalmente, por partir do trabalho com textos significativos, orais ou escritos,
oriundos de diferentes esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros
discursivos. Tais textos estarão presentes em situações de interação do aluno com a
língua alvo propiciando conhecimento linguístico, discursivo, cultural e sócio-
pragmático. Nesse sentido, salientamos a importância de se ensinar a língua
estrangeira, no caso, a LI, com a finalidade de oferecer de oferecer ao nosso
estudante subsídios “para o enfretamento com vistas à transformação da realidade
social, econômica e política de seu tempo” (DCE, 2008,P.20).
305
2 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos, a seguir, serão trabalhados sempre a partir de um
texto significativo, atendendo as especificidades de cada série.
5ª Série / 6º Ano ► Gêneros Textuais -Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos sociais de circulação
-Esfera social de circulação
-Suporte
► Práticas discursivas de: LEITURA ORALIDADE ESCRITA
•Tema do texto; •Interlocutor; •Finalidade; •Aceitabilidade do texto; •Informatividade; •Léxico; •Repetição proposital de palavras; •Semântica: - operadores argumentativos; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Informatividade; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância verbal/nominal.
6ª Série/7º Ano
► Gêneros Textuais -Marcas do Gênero
306
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos social de circulação
-Esfera social de circulação
-Suporte
► Práticas discursivas de: LEITURA ORALIDADE ESCRITA
XVIII.Tema do texto; XIX.Interlocutor; XX.Finalidade; XXI.Aceitabilidade do texto; XXII.Informatividade; XXIII.Léxico; XXIV.Repetição proposital de palavras; XXV.Situacionalidade; XXVI.Informações explícitas; XXVII.Discurso direto e indireto. XXVIII.Semântica: ε)operadores argumentativos; φ)ambiguidade; γ)sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; η)expressões que denotam ironia e humor no texto.
ι)Tema do texto; ϕ)Interlocutor; κ)Finalidade do texto; λ)Informatividade; µ)Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ν)Ortografia; ο)Concordância verbal/nominal.
�
-Tema do texto; -Finalidade; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
�
7ª Série/8º Ano ► Gêneros Textuais -Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
- Estilo
- Elementos social de circulação
-Esfera social de circulação
-Suporte
307
► Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA i)Tema do texto; j)Interlocutor; k)Finalidade; l)Aceitabilidade do texto; m)Informatividade; n)Léxico; o)Repetição proposital de palavras; p)Semântica: q)operadores argumentativos; r)Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. s)Intertextualidade; t)Vozes sociais presentes no texto;
•Intertextualidade; •Vozes sociais presentes no texto; •Semântica; •Operadores; •Argumentativos; •Ambigüidade; •Significado das palavras; •Sentido conotativo; •Expressões que denotam ironia e humor no texto.
-Tema do texto; -Finalidade; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. -Elementos semânticos; -Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); -Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
��
8ª Série/9º Ano ► Gêneros Textuais •Marcas do Gênero - Conteúdo Temático - Estilo - Elementos Composicionais •Esfera social de circulação •Suporte ► Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA -Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade; - Aceitabilidade do
-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Informatividade;
-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Informatividade;
308
texto; - Informatividade; - Léxico; -Repetição proposital de palavras; -Semântica -operadores argumentativos; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. -Temporalidade; -Discurso direto e indireto; -Polissemia.
-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância; -Verbal/nominal; -Temporalidade; -Discurso direto e indireto; -Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; -Polissemia; -Processo de formação de palavras.
-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância verbal/nominal. Temporalidade; -Discurso direto e indireto;
1º, 2º e 3º Anos ► Gêneros Textuais •Marcas do Gênero - Conteúdo Temático - Estilo - Elementos Composicionais •Esfera social de circulação •Suporte ► Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA -Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Aceitabilidade do texto; -Informatividade; -Situacionalidade; -Intertextualidade; -Temporalidade; -Referência textual;
-Conteúdo temático; -Finalidade; -Aceitabilidade do texto; -Informatividade; -Papel do locutor e interlocutor; -Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
-Tema do texto; -Interlocutor; -Finalidade do texto; -Aceitabilidade do texto; -Informatividade; -Situacionalidade; -Intertextualidade; -Temporalidade; -Referência textual; -Partículas conectivas do
309
-Partículas conectivas do texto; -Discurso direto e indireto; -Elementos composicionais do gênero; -Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; -Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; -Polissemia; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Léxico.
pausas; -Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala; -Variações linguísticas; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica; -Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); -Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
texto; -Discurso direto e indireto; -Elementos composicionais do gênero; -Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; -Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; -Polissemia; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; -Ortografia; -Concordância verbal/nominal.
�
�3 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao
que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que, o trabalho com a Língua Estrangeira
em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros
instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados, far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo,
propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.
•Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros
discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o
conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática
dos elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de
310
todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual
finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-
pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos
sociais), culturais e discursivas.
•Na realização das atividades de leitura com o texto haverá exploração do
conhecimento prévio do aluno referente ao tema que será abordado por meio de
exposição de idéias e questionamentos feitos pelo professor; pré- leitura e, em
seguida, uma leitura mais aprofundada com o objetivo de extrair informações mais
específicas e assim proporcionar uma maior compreensão dos mesmos; pós-leitura
através de debates, projetos, filmes, etc., e tarefas realizadas em duplas ou grupos
para favorecer a interação social na construção do conhecimento através da língua.
•No tocante a oralidade os estudantes terão acesso a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, os quais possibilitarão que se familiarizem
com sons específicos da língua que está aprendendo. Serão incentivados a
expressarem suas ideias na língua alvo, respeitando seu nível linguístico.
•Com relação à escrita serão propostas atividades sócio-interativas,
significativas, com delimitação do gênero, da finalidade, da temática, do objetivo da
produção, do suporte, da esfera social de circulação e do locutor e do interlocutor,
para que o aluno perceba o uso real da língua.
•Possíveis atividades a serem realizadas com vistas ao desenvolvimento das
práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita:
• Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;
• Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de
antecipação, de verificação;
• Atividades de leitura compartilhadas e individuais;
• Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e leitor
ausentes nos textos produzidos pelos alunos;
• Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;
• Atividades que propiciem o estudo do tipo discursivo predominante (da ordem do
expor ou do narrar) e das sequências narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva,
dialogal;
311
• Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão
nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;
• Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;
• Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas;
•A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo
com o que for oportunizado pelo texto, dada a importância que essa temática traz
para a construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que
dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu
ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação
Estadual 04/06.
Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da
prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, fitas de vídeo,
DVDs, CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e
cópias de atividades diversas.
4 - AVALIAÇÃO
No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser
compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter
informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e quais as condições.
Nesse sentido a avaliação será:
a)formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio
de diferentes instrumentos avaliativos;
b)contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo
do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
c)diagnóstica – verifica como está o processo de construção do
conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas
constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do
trabalho;
d)formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o
312
processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o
repensar sobre as ações e não o resultado;
e)somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados
obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao
nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao
aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele
verbal ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela
avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em
seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens
significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o
quanto for preciso para que o estudante possa se apropriar do conhecimento.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar
o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou
seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de
aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.
Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:
•a aprendizagem escrita (produção de texto de gêneros variados, respostas
discursivas, relatórios)
•a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate)
•a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos,
questões discursivas e questões objetivas)
•atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos
estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue:
a)A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
b)Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero).
Quando não houver entendimento do conteúdo por parte de algum aluno, se
fará a recuperação de estudos que se dará concomitante a explicação e a
recuperação de nota será feita mediante avaliação formal quando o aluno não
313
alcançar a média.
5 - INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS AVALIATIVOS:
Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento,
os professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no
texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou
discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo
abordado em sala.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes
passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões
levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da
pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras
que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5.
Referência – cita as fontes pesquisadas.
Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:
planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta
apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da
intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o
texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades,
etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às
exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta
argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e
clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar
se o aluno atende aos seguintes tópicos:
314
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho
(atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos
desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como
realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição
suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor
compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma
reflexão que permita o aprimoramento da atividade.
3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à
atividade em questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante,
pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho (atividade)
realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar
se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo
abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa
com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e
relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar
se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a
ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes
contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em
situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua
relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto
literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
315
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento,
os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos
daquele recurso.
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados
em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos
trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão;
comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua
Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
6 - RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação
será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento.
7 – BIBLIOGRAFIA
BAKTHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BAKTHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec,1988.
316
BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008.
________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. _________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. _______. Grupo de estudos. Disponível em http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – Colégio Estadual 14 de Dezembro EFM, Peabiru, 2010. VYGOTSKY, L, S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: 1999
317
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE�L.E.M. ESPANHOL
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores
culturais de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua
Estrangeira é “[...] um princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de
aula se configura num espaço discursivo em que professores e educandos se
constituem socialmente.
O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua
Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser
propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar
o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na
sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a
comunidade local e a de fronteira latino-americana.
O ensino do Espanhol como opção de uma língua estrangeira, se faz
necessário em nosso município, uma vez que nosso estado possui uma forte ligação
com o MERCOSUL contribuindo para o fortalecimento das relações políticas e
comerciais. Cabe salientar que em nosso município não existe uma escola que
ofereça o curso de Espanhol, e mesmo se existisse, este não seria gratuito. Por esse
motivo julgamos ser de fundamental importância a oferta do ensino da Língua
Espanhola em nossa escola, abrangendo não só os educandos regularmente
matriculados, mas também toda a comunidade, visto que nossos estudantes não
possuem condições financeiras suficiente para custear cursos nessa área.
Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM deste
estabelecimento de ensino atende às expectativas e demandas sociais
contemporâneas, propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos às novas gerações. Para tanto, o ensino partirá do trabalho com textos
significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes esferas sociais, bem como
pertencentes a diferentes gêneros discursivos.
Diante do exposto, a oferta da Língua Espanhola, em nosso estabelecimento
de ensino, propiciará aos educandos, profissionais da educação e membros da
comunidade a interação com a língua alvo, envolvendo o conhecimento linguístico,
discursivo, cultural e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das
318
capacidades de ação, discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY,
1998) exigidas dos seus atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui
como formas de organização de uma sociedade, das atividades e das ações
realizadas pelos indivíduos em grupos organizados, as quais diferem-se de época
para época, de cultura para cultura e de lugar para lugar.
2. CONTEÚDOS
Para o ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna são
considerados os conhecimentos construídos ao longo da história. Nesse sentido, as
DCE (2008) definem o discurso como prática social como conteúdo estruturante
para a Língua Estrangeira Moderna, pois entende que a língua é dinâmica e se
efetiva nas práticas de leitura, oralidade e escrita.
No que tange aos conteúdos específicos, estes serão norteados por gêneros
de textos de diferentes esferas sociais, conforme segue:
1º ANO
COTIDIANA
Exposição Oral; Álbum de Família; Fotos; Cartão pessoal; Carta
Pessoal; Cartão Felicitações; Cartão Postal; Bilhetes; Convites;
Musicas/Cantigas (Folclore); Quadrinhas; Provérbios; Receitas;
Relatos de experiências vividas; Trava-línguas.
LITERÁRIA/
ARTÍSTICA
Autobiografia; Biografias; Histórias em quadrinho; Lendas; Letras
de Músicas; Narrativas; Poemas.
ESCOLAR Exposição Oral; Cartazes; Diálogo/Discussão; Mapas; Resumo.
IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartum; Charge; Classificados;
Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico;
Manchete; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras.
PUBLICITÁRIA Anúncios; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos;
Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade
Comercial.
PRODUÇÃO E
CONSUMO
Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulos/embalagens.
MIDIÁTICA Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Telejornal,
Telenovelas, Torpedos, Vídeo Clip.
2º ANO
319
COTIDIANA
Exposição oral; Cartão pessoal; Cartas (pessoal); Cartões
(sociais); Convites; Advinhas; Anedotas; Diário; Canções
(culturais); Curriculum Vitae.
LITERÁRIA/ART
ÍSTICA
Biografias; Contos Fadas/ Contemporâneos; Histórias em
quadrinho; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas (Aventura,
Ficção, etc.) Paródias; Poemas; Romances; Textos dramáticos.
ESCOLAR Diálogo/Discussão Argumentativa; Resenha; Exposição Oral;
Mapas; Resumo; Relatos; Texto Argumentativo; Texto de Opinião;
Verbetes de Enciclopédias.
IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartazes; Carta ao Leitor; Carta do
Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística;
Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico;
Manchete; Mapas; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes;
Tiras.
PUBLICITÁRIA Anúncios; Caricatura; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos;
Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade
Comercial; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto
Político.
PRODUÇÃO E
CONSUMO
Bulas; Regras de Jogo; Placas; Rótulos/ Embalagens;
MIDIÁTICA Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista, Filmes;
Fotoblog; Home Page; Reality Show;Talk Show; Telejornal;
Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo Conferência
Partindo, pois, dos gêneros, os conteúdos básicos serão desmembrados de
acordo com a prática discursiva priorizada em momentos específicos. Assim,
elencamos, a seguir, os que são considerados comuns aos dois anos do CELEM e
que serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as
especificidades de cada texto/ano.
No que diz respeito aos gêneros textuais serão abordados os seguintes
aspectos:
c)Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático
320
- Estilo
- Elementos Composicionais
f)Esfera social de circulação
g)Análise Linguística
Já no tocante às práticas discursivas que permeiam as práticas sociais serão
trabalhados na:
LEITURA tema do texto; interlocutor; finalidade; aceitabilidade do texto;
informatividade; léxico; repetição proposital de palavras;
semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido
conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que
denotam ironia e humor no texto; situacionalidade; informações
explícitas; discurso direto e indireto; intertextualidade; vozes
sociais presentes no texto; temporalidade; polissemia
marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; informatividade;
intertextualidade; vozes sociais presentes no texto; semântica:
operadores argumentativos, ambigüidade, significado das
palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que
denotam ironia e humor no texto; temporalidade; discurso direto
e indireto; relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto; polissemia; processo de formação de
palavras; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ortografia;
concordância verbal/nominal.
ORALIDADE Tema do texto; finalidade; papel do locutor e interlocutor;
elementos semânticos; adequação da fala ao contexto (uso de
conectivos, gírias, repetições, etc); diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o escrito; elementos extralinguísticos:
321
entonação, pausas, gestos...; adequação do discurso ao gênero;
turnos de fala; variações linguísticas; marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao
que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que,
o trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados,
far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo, propiciando que o
estudante vivencie situações concretas de uso dessa língua.
Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados
nos conteúdos básicos, suas características linguísticas, a função social de cada
texto – conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos
elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo
ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade,
qual o suporte), perpassando pelas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas,
culturais e discursivas.
Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros
de texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e
Schneuwly (2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio
das sequências didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno,
pois esse tipo de material didático tanto melhora a apropriação das características
típicas dos gêneros, quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação,
discursiva e lingüístico-discursiva.
Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos
autores Dolz, Noverraz &Schnewly (2004):
PRODUÇÃO
FINAL
Apresentação
da situação
PRODUÇÃO INICIAL
Módulo
1
Módulo
2
Módulo
3
322
De acordo com Nascimento (2008, p. 70-71), na apresentação da situação o
aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção de
gênero em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção,
as razões e o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura
ou audição, ao gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último,
haverá sensibilização para o que é dizível no gênero em questão.
Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que
o aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É
nessa etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá.
Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades
compreendidas em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais,
textuais, linguísticos e as que estão relacionadas à apropriação do sistema de
escrita, desmembradas da seguinte forma:
XXIX.Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e
interpretação;
XXX.Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de
antecipação, de verificação;
XXXI.Atividades de leitura compartilhadas e individuais;
XXXII.Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e
leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos;
XXXIII.Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;
XXXIV.Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante:
seqüência narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal;
XXXV.Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por
coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais,
lexicais e sintáticas;
XXXVI.Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;
XXXVII.Atividades de escrita com delimitação do gênero, da finalidade, do
objetivo da produção e para quem se escreve. Nesse sentido, caberá ao
professor “oferecer ao aluno elementos discursivos, lingüísticos,
sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE,
2008, p. 67).
XXXVIII.Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas;
XXXIX.Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a
323
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição
implica no uso e “adequação da variedade lingüística para as diferentes
situações [...] de forma que o aluno se familiariza com os sons específicos
da língua que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66).
Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados
separadamente nas oficinas para produzir o texto.
Para que o aluno alcance os objetivos almejados, propõem-se estratégias de
ensino que visem multiplicar as oportunidades de construção de conhecimentos e
capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros didáticos, dicionários, livros
paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, dentre outros que se
fizerem necessários.
4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica,
formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os
quantitativos.
Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as seqüências didáticas, o
processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual
se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos,
afetivos e relacionais, partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se
aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se
continue a aprender.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar
o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou
seja, parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação
final (produção final).
Ao longo do desenvolvimento das sequências as avaliações serão constantes
e deverão abranger:
-a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados,
respostas discursivas, relatórios)
-a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate)
-a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos,
324
questões discursivas e questões objetivas)
-atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos
estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.
Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos,
servirá para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de
acordo com as necessidades de seus alunos. Será por meio dela que o professor
perceberá quais são os conhecimentos que ainda não foram suficientemente
trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a
efetiva interação do aluno com os discursos em/na Língua Espanhola.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, será respaldada pelos
seguintes instrumentos seguidos dos critérios avaliativos:
Ao avaliar a leitura compreensiva de textos dos alunos, o professor deve
considerar se houve compreensão das idéias presentes no texto, levar o aluno a
interagir com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
observar se o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e
sistematizou o conhecimento de forma adequada, e se foram estabelecidas relações
entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
A prática da produção de texto deve ser orientada e analisada de acordo
com critérios bem definidos, observando se o aluno é capaz de redigir textos
atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.),
expressar as idéias com clareza (coerência e coesão), adequando a linguagem às
exigências do contexto de produção, elaborar argumentos consistentes além de
produzir textos respeitando o tema estabelecendo relações entre as partes.
A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão
do aluno a respeito do conteúdo abordado, a qualidade da argumentação, a
organização e exposição das idéias. O professor deve estar atento e analisar se o
aluno possui conhecimento do conteúdo, argumentos precisos e convincentes, se
realiza adequação da linguagem e ainda, se existe seqüência lógica e clareza na
apresentação.
Outro instrumento bastante utilizado é o Relatório, este auxilia no
aprimoramento da habilidade da comunicação escrita, possibilita ao estudante a
reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento. Nas aulas de
Língua Espanhola os objetivos desta atividade serão embasados na descrição
325
suscinta de como a atividade foi desenvolvida e análise dos resultados obtidos de
forma crítica.
O Debate é também um instrumento necessário para o processo de
aprendizagem, portanto é preciso garantir a participação de todos os alunos.
Durante o debate é necessário observar os seguintes critérios: Se o aluno consegue
aceitar a lógica da confrontação de posições, se está disposto e aberto a ultrapassar
os limites das suas posições pessoais, se possui argumentos para explicitar
racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição, sendo capaz
de admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação. Esta atividade
possibilita que o professor avalie, por meio da persuasão, a superação de posições
particulares, o uso adequado da língua portuguesa em situações formais, o
conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, a compreensão
sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina
registrando as idéias surgidas no debate.
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que
podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. Estão inseridos
nesses recursos os filmes, documentários, músicas, teatro, dentre outros. Faz-se
necessário considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,
vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela
que existe na escola. Esta atividade possibilita ao professor avaliar a compreensão e
interpretação da linguagem utilizada, a articulação do conceito/conteúdo/tema
discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual e o
reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso.
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos
grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o
processo de aprendizagem, este pode ser proposto a partir de diferentes atividades,
sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis,
mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e
científicos. Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno demonstra os
conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção
coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados, se compreende a
origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
As questões discursivas possibilitam verificar a qualidade da interação do
326
aluno com o conteúdo abordado em sala de aula, identifica com maior clareza, o
erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no
processo de construção do conhecimento, abrangendo a capacidade de
compreender, analisar e sintetizar o conteúdo abordado. Alguns critérios devem ser
considerados, dentre eles, verificar se o aluno compreendeu o enunciado da
questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo
falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e
objetividade.Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa
tentativa foi adequada, sabendo se expressar por escrito, com clareza, utilizando-se
da norma padrão da língua portuguesa, e ainda se houve a sistematização do
conhecimento de forma adequada.
A principal finalidade das questões objetivas é a fixação do conteúdo. Cabe
ao professor, avaliar se o aluno possui uma leitura compreensiva do enunciado, se
existe a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo, e ainda a
capacidade de se empregar de conhecimentos adquiridos.
A nota bimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento
avaliativo e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como
na Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue:
• A média bimestral corresponderá às avaliações individuais realizadas de no
mínimo 3 instrumentos avaliativos, aos quais, obrigatoriamente, o aluno
submeter-se-á, respeitando o sistema de avaliação adotado.
• A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
• A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos e dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.
• Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de
6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.
5 – REFERÊNCIAS
BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2007.
327
PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In: Estudos da Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -258.
DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequências Didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento”. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 22p. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.pdf> Acesso em 24 de jan. 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p.
328
PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
1 OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A educação de jovens e adultos visa atender a educandos-trabalhadores, que
não tiveram acesso ou continuidade da escolarização na idade própria, muitas
vezes, alheios à sua vontade. E tem como objetivo o compromisso com a formação
humana e com o acesso a cultura geral, aprimorando sua consciência crítica,
adotando atitudes éticas e compromisso político para o desenvolvimento de sua
autonomia intelectual.
O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento
mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de
cultura. Passa a se reconhecer como sujeito do processo e a confirmar saberes
adquiridos para além da educação escolar, na própria vida, adaptando seu
conhecimento para o mundo do trabalho e o exercício da cidadania.
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade
de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva,
respeitando os seus limites e possibilidades de cada educando. Apresentar
propostas viáveis para que o acesso, a permanência e o sucesso dos educandos
nos estudos estejam assegurados.
Esta proposta se apresenta como tarefa fundamental para o envolvimento dos
educandos jovens, adultos e idosos nas práticas escolares, com acesso aos saberes
em suas diferentes linguagens e tais práticas devem estar articuladas às suas
necessidades, expectativas e trajetórias de vida, e devem servir como incentivo para
que continuem seus estudos.
1.1 PERFIL DO EDUCANDO
As características específicas dos educandos da modalidade de ensino
fundamental e médio da Educação de Jovens, Adultos e Idosos de nossa escola,
nossa comunidade e município, são:
•Pertencentes a situações sociais, econômicas, políticas e culturais diversas.
329
•São oriundos de freqüentes evasões e reprovações no ensino fundamental e
médio regular.
•Que necessita lançar-se prematuramente no mercado de trabalho
•Necessitam de escolarização formal, pela própria exigência do mercado de
trabalho.
•São educandos que apresentam uma bagagem de conhecimentos adquiridos
com experiências da vida.
•Alunos idosos que através da escola procuram além do desenvolvimento do
conhecimento, ampliar o convívio social e oportunizar a realização pessoal.
•Apresentam um tempo próprio no processo de aprendizagem.
•Grande participação da mulher que por vários motivos e durante anos sofreu
drásticas conseqüências de uma sociedade desigual e patriarcal.
•Educandos com necessidades educacionais especiais.
•Alunos provenientes do campo, devido ao município pertencer a uma região
essencialmente agrícola.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus
estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades
apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos
– Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação
vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo
a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
π)pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
θ)desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
ρ)registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização
dos conhecimentos;
σ)vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
330
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de
Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações
sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início
e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos
conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os
saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma
pré-estabelecido.
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que
não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições
de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou
desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma
organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e
oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e
horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições
de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
1.3 NÍVEL DE ENSINO
1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II
331
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
1.3.2 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de
07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de
Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização
coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e
o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
•deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
•condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
•superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas
332
e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para
a aprendizagem e participação de todos os alunos.1
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também,
de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito
a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação
escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando
o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo
igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o
regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios
estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
1.6 FREQÜÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%
(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio,
sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco
por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
1.7 EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
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333
disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de
Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
1.8 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão
colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de
democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção
do Estabelecimento de Ensino.
A comunidade escolar é compreendida como conjunto de profissionais da
educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e freqüentando
regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos representantes de segmentos
organizados presentes na comunidade, comprometidos com a educação.
O Conselho Escolar é representativo da comunidade escolar, tendo natureza
deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, agindo na organização e na
realização do trabalho pedagógico e administrativo da escola, estando em
consonância com a Constituição, LDBEN n.º 9394/96, ECA, Projeto Político
Pedagógico, e o Regimento Escolar.
1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e
Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado
da Educação do Paraná, como material de apoio.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar
outros recursos didáticos.
1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR
O acervo bibliográfico deste estabelecimento está a disposição dos
educandos do ensino fundamental e médio regular, bem como dos Jovens, Adultos e
Idosos da modalidade da EJA. O mesmo propicia aos discentes espaço para leitura,
estudos e pesquisas cujo objetivo é despertar e motivar o hábito pela leitura e
334
pesquisa.
O acervo bibliográfico é composto de jornais periódicos, livros atualizados,
revistas, obras literárias, enciclopédias, literatura infanto-juvenil, entre outros.
1.11 LABORATÓRIO
A escola possui um laboratório que atende as necessidades do ensino
fundamental e médio regular, bem como a modalidade de Educação de Jovens,
Adultos e Idosos. O mesmo propicia aos educandos estabelecer relações entre a
teoria e a prática oportunizando um maior conhecimento e auxiliando-os no seu
cotidiano.
1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS
Dispomos em nossa escola dos seguintes recursos tecnológicos sendo eles,
retro-projetor, tela portátil para projeção, antena parabólica, micro computador,
televisor, vídeo cassete, fita cassete, aparelho de som, filmadora e máquina
fotográfica. Os mesmos atuam como facilitadores do processo ensino-
aprendizagem, bem como otimização das atividades em sala de aula no sentido de
promover melhor compreensão dos conteúdos trabalhados.
2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o
processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade:
ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando
a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que
regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente
diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a
reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional
que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a
335
que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações
sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na
qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e
da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o
processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente
com:
•o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que
os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
•o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e
justiça;
•os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso
ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso
aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
��������������������������������������������2� �KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
336
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,
considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
XL.A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem
como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos
processos educativos formais;
XLI.O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um
ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do
que na relação qualitativa com o conhecimento;
XLII.Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
XLIII.A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os
saberes, de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos
de transformação de sua realidade social;
XLIV.O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias
escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os
conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se
encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da
contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
-Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
337
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e
aprendizagem;
-Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
-O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes
linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
-Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,
nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania
e do trabalho;
-Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
refere-se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta
modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre
outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades
educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-
curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do
Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não
tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
338
4 - MATRIZ CURRICULAR
4.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: PEABIRU NRE: CAMPO MOURÃO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS
DISCIPLINAS Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA
PORTUGUESA 226 272
ARTES 54 64
LEM - Inglês 160 192
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272
CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192
GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou
1440/1452 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE
ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
339
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO - EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: PEABIRU NRE: CAMPO MOURÃO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINAS Total de
Horas
Total de
horas/aula
LÍNGUA PORT. E
LITERATURA 174 208
LEM – INGLÊS 106 128
ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL
1200
1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
340
5- CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de
ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a
compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e
aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva
do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico,
constitui-se no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e
deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela
estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os
conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se
constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de
Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada
em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso
aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica,
a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da
Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por
essas diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores
propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e
Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento
que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias,
princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar
intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a
Educação Básica.
341
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos
na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
a) investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
b) contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
c) sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
d) abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola
do educando;
e) permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz
curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação
presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o
seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante
342
o atual processo de escolarização.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais
como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e
pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades
complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de
aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
d)as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
e)para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e
também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a
que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor,
conforme descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as
avaliações realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão
registro de nota para fins de promoção e certificação.
f)a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero); para fins
de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em
cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência
mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
g)o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em
cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo
de apropriação dos conhecimentos;
h)para os educandos que cursarem 100% da carga horária da
disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações
343
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula
zero);
i)os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
j)o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
6.3 Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
6.4 Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,
amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,
por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,
transferência e prosseguimento de estudos.
6.5 Classificação e Reclassificação
344
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará
o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
7 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,
podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de
alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do
Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação
do Paraná.
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7.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por áreas do conhecimento no
Ensino Fundamental – Fase I e por disciplinas no Ensino Fundamental – Fase II e
Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as
Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE
para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE
345
para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08,
todas do Conselho Estadual de Educação.
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as
seguintes ofertas :
a) organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e
Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na
organização coletiva.
7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio
No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de
100% da carga horária total estabelecida.
7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos:
a)a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
b)será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;
c)o educando do Ensino Fundamental – Fase I será matriculado,
concomitantemente, em todas as áreas do conhecimento;
d)o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá
matricular-se de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
e)poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio
de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s)
/ etapa(s) / semestre(s) eqüivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular,
mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no
346
Regimento Escolar;
f)para os educandos que não participaram do processo de escolarização
formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização
formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos
por processo de classificação, definidos no Regimento Escolar;
g)será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais
de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua
matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária
cursada e os registros de notas obtidos, desde que o prazo de desistência não
ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial;
h)o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da data de matrícula inicial
na disciplina, no seu retorno, deverá fazer rematrícula na disciplina, podendo
participar do processo de reclassificação.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando
será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos,
o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a
duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que
os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que
compõem o Guia de Estudos:
•a organização dos cursos;
•o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento
escolar;
•a dinâmica de atendimento ao educando;
•a duração e a carga horária das disciplinas;
•os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
•o material de apoio didático;
•as sugestões bibliográficas para consulta;
•a avaliação;
•outras informações necessárias.
347
7.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos
recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do
Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
7.5 AVALIAÇÃO
a)avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;
b)as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
c)para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e
também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a
que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor,
conforme descrito no regimento escolar;
d)a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo
os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
e)para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e
freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de
cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização
individual;
f)o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em
cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo
de apropriação dos conhecimentos;
a)a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética
das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota
6,0 (seis vírgula zero);
b)os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
c)o educando portador de necessidades educativas especiais, será
348
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E
RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e
reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto
na legislação vigente.
7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do
Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas
descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.
349
7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no
ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
8 - RECURSOS HUMANOS
8.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-
se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da
função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e
suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens
e Adultos.
8.1.1 Direção
Compete ao diretor(a):
-cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
-responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
-coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;
-coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
-implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, tem
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
-coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
-convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
-elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
350
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
-prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
-coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância
com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e,
após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
-garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com
os órgãos da administração estadual;
-encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
-deferir os requerimentos de matrícula;
-elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de
acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar
e encaminhá-lo ao NRE para homologação;
-acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o
cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos
discentes;
-assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades
estabelecidos;
-promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
-propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e
abertura ou fechamento de cursos;
-participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-
los ao Conselho Escolar para aprovação;
-supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto
ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a
exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
-presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões
tomadas coletivamente;
-definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e
equipe auxiliar operacional;
351
-articular processos de integração da escola com a comunidade;
-solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;
-organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho,
correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática
Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano de
Curso;
-participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
-cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária
e epidemiológica;
-viabilizar salas adequadas quando da oferta de ensino extracurricular e
plurilingüista de Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
-disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
-assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Compete ao(à) diretor(a) auxiliar assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas
atribuições e substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.
352
8.1.2 Professor Pedagogo
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas
no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a
política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia;
Compete à equipe pedagógica:
-Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
-Orientar a comunidade escolar da construção de um processo pedagógico,
em uma perspectiva democrática;
-Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
-Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado e Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
-Orientar o processo de orientação dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
-Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudos para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
-Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
-Organizar, junto à direção da escola a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
-Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do conselho de classe;
-Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
353
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiências, debates e oficinas pedagógicas;
-Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
-Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
-Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantido a participação democrática de toda a comunidade
escolar;
-Participar do Conselho Escolar quando o representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
-Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e
demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
-Coordenar a elaboração de critérios para a aquisição, empréstimo e seleção
de materiais equipamentos e/ou livros de uso didáticos pedagógicos, a partir do
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de
ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações
e projetos de incentivo à leitura;
-Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física, e Biologia e de Informática;
-Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
-Coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
-Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme a orientação da
Secretaria de Estado da Educação;
-Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,
a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino;
-Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a
354
serem desenvolvidas no estabelecimento;
-Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso,
quanto no acompanhamento da prática profissional supervisionada dos funcionários
cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
-Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
-Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
-Participar na elaboração do Regulamento de usos dos espaços pedagógicos;
-Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial
conforme legislação em vigor;
-Organizar e acompanhar, junto com a direção as reposições de dias letivos
horas e conteúdos aos discentes;
-Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registros de
Classe e da Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta
específica para a Educação de Jovens e Adultos;
-Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
-Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
-Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para a realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
-Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento ao serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
-Acompanhar os aspectos de socialização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
355
-Acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
-Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescentes, sempre que
houver necessidades de encaminhamentos;
-Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e
curriculares e no processo de inclusão da escola;
-Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de
alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações
e troca de experiência, visando a articulação do trabalho pedagógico entre
Educação Especial e ensino regular;
-Acompanhar as Coordenações das escolas itinerantes realizando visitas
regulares;
-Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para
cada disciplina, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos;
-Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e exames supletivos, na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos;
-Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
-Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
-Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-Elaborar seu plano de ação;
-Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo , tais como:
-Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada
disciplina;
-Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames
supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s)
dessa(s) ação(ões).
-Acompanhar o estágio não-obrigatório.
356
8.1.3 Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação
Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos,
têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar,
quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao Coordenador de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
-Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
-Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
-Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
-Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção
do Estabelecimento.
-Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
-Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no
Sistema.
-Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
-Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
-Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
-Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
-Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o
atendimento aos educandos de todas as turmas.
-Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas
durante as horas-atividade dos professores.
-Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
-Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em
comunidades que necessitam de escolarização.
357
-Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
-Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
-Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,
quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização
pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;
Coordenador Itinerante
-Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.
-Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
-Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
-Observar e registrar a presença dos professores.
-Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
-Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
-Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.
-Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.
-Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral
qualquer problema neste procedimento.
-Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
-Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as
turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
-Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os
professores;
Coordenador de Exames Supletivos
-Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos
-Tomar conhecimento do edital de exames.
-Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
-Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames
possam ser executados.
-Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
-Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da
358
emissão de Relatório de Inscritos.
-Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,
para execução dos exames.
-Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em
Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
-Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.
-Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos
Exames.
-Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
-Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização
dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a
organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
-Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e
tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.
-Divulgar as atas de resultado.
-Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.
8.1.4 Docentes
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados.
Compete aos docentes:
-participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado
pelo Conselho Escolar;elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-
Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
-participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,
dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
-elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
-desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão
crítica do conhecimento pelo aluno;
359
-proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
-proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no
decorrer do período letivo;
-participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
-participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
-participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
-assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,
ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
-viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno.
-na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as
peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
-participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem e da Sala de Recursos em turno contrário, a fim de realizar ajustes ou
modificações no processo de intervenção educativa;
-estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
-participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca
de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais
serão registradas e assinadas em Ata;
-propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
360
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;
-zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
-cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
-cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado e Educação;
-manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de
ensino;
-participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da
escola com as famílias e a comunidade; Para os estabelecimentos de ensino que
ofertam a Educação de Jovens e Adultos acrescentar os incisos descritos abaixo.
-desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
-dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em
vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
-participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias
que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;
-cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
-utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à
aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;
-atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e
361
individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas
pela Secretaria de Estado e Educação;
-participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria
de Estado e Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos.
Aos docentes cabe também:
-Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica
deste Estabelecimento Escolar.
-Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
-Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos
disponíveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que
respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto
e idoso deste Estabelecimento;
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e
nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá
atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e
individuais.
8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo
Da Equipe Técnico-Administrativa e dos Assistentes de Execução
A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam
nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento
de ensino.
A função de assistente de execução é exercida por profissional que atua no
laboratório de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é
indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da SEED.
O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.
Compete ao Secretário Escolar:
-conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
-cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
362
SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de
ensino;
-distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais
técnicos administrativos;
-receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
-organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,
instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
-efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
-elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem
encaminhados às autoridades competentes;
-encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;
-organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo,
de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da
regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;
-responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do
aluno, respondendo por qualquer irregularidade;
-manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema
informatizado;
-organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
-atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento
Escolar;
-zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
-orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de
Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;
-cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas
da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
363
-organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao
setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;
-secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas
Atas;
-conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
-comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
-organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular
(CELEM, Atividades Complementares no Contra turno – CAICs), quando desta oferta
no estabelecimento de ensino;
-auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado os dados no
Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
-fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,
quando solicitado;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-organizar e acompanhar a documentação legal dos alunos que freqüentam
as Escolas Itinerantes;
-participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos
estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):
-cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,
quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,
necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
-atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando
informações e orientações;
364
-cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
-controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando
informações sobre os mesmos a quem de direito;
-organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu
setor;
-efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
-organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo
da escola;
-classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,
registrando a movimentação de expedientes;
-realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial
do estabelecimento, sempre que solicitado;
-coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
-executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado de Educação;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
-Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,
considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado
pela direção do estabelecimento de ensino:
-cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
365
-atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo
de livros, de acordo com Regulamento próprio;
-auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta
pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;
-auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs,
entre outros;
-encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das
necessidades indicadas pelos usuários;
-zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
-registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
-receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da
biblioteca;
-manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando
pela sua manutenção;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
-auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no
laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:
-cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,
assessorando na sua organização e funcionamento;
-auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de
materiais e equipamentos de informática;
366
-preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais
necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;
-assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no
laboratório;
-zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
-receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do
laboratório de Informática;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas
que concernem à especificidade de sua função.
Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química,
Física e Biologia do estabelecimento de ensino:
-cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química,
Física e Biologia;
-aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo
docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e
equipamentos;
-preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a
realização de atividades práticas de ensino;
-receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do
laboratório;
-utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do
laboratório;
-assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;
-zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos instrumentos e
equipamentos de uso do laboratório, assim como pela preservação dos materiais de
367
consumo;
-participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
-comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou
acidente ocorridos no laboratório;
-manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,
solventes, reagentes e demais materiais de consumo;
-participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
-zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
-manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
-participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
368
9 - BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica
para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São
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CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000,
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- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
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- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
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Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
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KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os
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OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos
Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.
Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a
nova LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender
e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
370
X - ADENDO DE ALTERAÇÃO E ADEQUAÇÕES AO REGIMENTO
ESCOLAR
De acordo com as alterações e adequações realizadas na Proposta
Pedagógico-Curricular de Educação de Jovens e Adultos - Presencial, conseqüentes
dos resultados da avaliação, há necessidade das seguintes alterações e
adequações no Regimento Escolar:
TÍTULO II
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
SEÇÃO III
DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR,ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
Art 71 A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental - Fase II e
Médio, é ofertada de forma presencial, com a seguinte organização:
Nesse Artigo, foi acrescido um inciso:
VII - garantia da oferta de 04 (quatro) horas - aula diária, por turno.
SEÇÃO IV - DA MATRÍCULA
Art. 86 Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, as matrículas
podem ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que:
ΙΙΙ.no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, a matrícula é por
disciplina e o aluno escolhe, em função da oferta, até 04 (quatro) disciplinas
concomitantemente e a forma de organização, coletiva ou individual;
Ις.para matrícula, deve ser observada a idade mínima, exigida na legislação
vigente.
Nesse artigo, foi acrescido o Parágrafo Único :
Parágrafo Único - Serão priorizadas as vagas para matrícula na organização
coletiva.
SEÇÃO V- DO PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
371
Art. 97-A Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em
todas as disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar
matrícula inicial no Ensino Médio.
Parágrafo Único – Em caso de transferência, esta só poderá ser expedida
após o aluno ter concluído, no mínimo, 2(duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido,
no mínimo, 1(um) registro de nota e frequencia nas demais disciplinas matriculadas.
Nesse artigo, foi suprimido o Parágrafo Único.
SEÇÃO VI - DO PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO
Art. 105 Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento
de ensino poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:
II.que o aluno deve ter cursado, no mínimo, 25% do total da carga horária
definida para cada disciplina, no Ensino Fundamental - Fase II e no Ensino Médio;
III.a idade para a conclusão do nível de ensino, de acordo com a legislação vigente.
Nesse artigo, foi suprimido o inciso II
Art. 106 O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e
Adultos, poderá posicionar o aluno, devendo este cursar ainda 50% ou 25% da
carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental - Fase II e do Ensino
Médio:
I. tendo cursado 25% e avançando em 25%, o aluno deverá cursar
ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de
registros de notas:
-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e
Literatura, o aluno deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
372
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;
-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
deverá ter 2 (dois) registros de notas.
II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, o aluno deverá cursar
ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de
registros de notas:
-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e
Literatura, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;
-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;
-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
deverá ter 2 (dois) registros de notas.
Parágrafo Único - Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga
horária total da disciplina, após reclassificado, deverá cursar ainda,
obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.
Esse artigo passa a vigorar com a seguinte redação e acréscimo de um
inciso:
Art. 106 O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e
Adultos, poderá posicionar o aluno, em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de
cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50%
da carga horária total de cada disciplina:
I. tendo cursado 25% e avançando em 25%, o aluno deverá cursar
ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de
registros de notas:
-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e
Literatura, o aluno deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
373
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;
-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
deverá ter 2 (dois) registros de notas.
II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, o aluno deverá cursar
ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de
registros de notas:
-nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e
Literatura, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;
-nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;
-nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
deverá ter 2 (dois) registros de notas.
III - tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da
disciplina do Ensino Fundamental - Fase II, o aluno será considerado concluinte da
disciplina.
Parágrafo Único - Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da carga horária
total da disciplina, após reclassificado, deverá cursar ainda, obrigatoriamente, no
mínimo, 25% do total da carga horária.
SEÇÃO VII - DA TRANSFERÊNCIA
Art. 116 A matrícula por transferência, na modalidade Educação de Jovens e
Adultos, deve:
VI.no processo de escolarização com a mesma organização de ensino,
considerar os registros de nota e carga horária do estabelecimento de ensino de
origem;
374
VII.no processo de escolarização com organização de ensino diferente da
ofertada na Educação de Jovens e Adultos:
b)desconsiderar os registros de nota e carga horária do estabelecimento de
ensino de origem;
c)realizar matrícula inicial em até 4 (quatro) disciplinas;
d)aluno poderá ser reclassificado, em cada disciplina, após ter cursado 25%
do total da carga horária da disciplina.
No inciso II, deste artigo, suprimir a alínea c e, a alínea a passa a vigorar
com a seguinte redação:
V....
VI....
τ)desconsiderar os registros de nota e carga horária da
série/período/etapa/semestre em curso;
υ)...
ϖ)suprimido;
SEÇÃO XI - DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
Art. 156 Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer
aproveitamento integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de
cursos organizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a
comprovação de conclusão.
Parágrafo Único - O aluno oriundo de organização de ensino de forma
diferente da ofertada nesta modalidade terá desconsiderados os registros de notas e
carga horária do estabelecimento de ensino de origem, devendo realizar matrícula
inicial em até 4 (quatro) disciplinas.
375
Este artigo passa a vigorar com a seguinte redação e supressão do parágrafo
único.
Art. 156 Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer
aproveitamento integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de
cursos organizados por disciplina, por etapas, cuja matrícula e resultados finais
tenham sido realizados por disciplina ou de Exames Supletivos, apresentando a
comprovação de conclusão.
Nesta seção, foi acrescido o seguinte artigo e parágrafos.
Art. 157 O aluno oriundo de organização de ensino por
série/período/etapa/semestre concluída com êxito, poderá requerer na matrícula
inicial da disciplina, a partir de 2009, aproveitamento de estudos, mediante
apresentação de comprovante de conclusão da série/período/etapa/semestre a ser
aproveitada:
§1º - para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento
de estudos de série e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) concluídos com êxito,
equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga
horária total de cada disciplina da EJA.
§2º - a última série/período/etapa/semestre, de cada nível de ensino, não será
aproveitada.
§3º - Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a
carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular e obter
as seguintes quantidades de registros de nota, conforme tabela abaixo:
Ensino Fundamental – Fase II
Disciplina
s/Carga Horária
% de aproveitamento de cada série(s) / período(s) / etapa(s) /
semestre(s), Carga Horária a ser cumprida, Nº de Registros de notas 1 série ou 2 séries ou 3 séries ou
376
Total correspondente =
25%
correspondentes =
50%
correspondentes = 75%
Língua
Portuguesa
(272h/a)
204h/a, 4
registros de notas
136h/a, 3
registros de notas
68h/a, 2 registros
de notas
Matemáti
ca (272h/a)
204h/a, 4
registros de notas
136h/a, 3
registros de notas
68h/a, 2 registros
de notas
Ciências
Naturais
(192h/a)
144h/a, 3
registros de notas
96h/a, 2
registros de notas
48h/a, 1 registro de
nota
História
(192h/a)
144h/a, 3
registros de notas
96h/a, 2
registros de notas
48h/a, 1 registro de
nota
Geografi
a (192h/a)
144h/a, 3
registros de notas
96h/a, 2
registros de notas
48h/a, 1 registro de
nota
LEM –
Inglês (192h/a)
144h/a, 3
registros de notas)
96h/a, 2
registros de notas
48h/a, 1 registro de
nota
Artes
(64h/a)
48h/a, 2
registros de notas
32h/a, 1
registro de nota
16h/a, 1 registro de
nota
Educaçã
o Física (64h/a)
48h/a, 2
registros de notas
32h/a, 1
registro de nota
16h/a, 1 registro de
nota
Ensino
Religioso *
Disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de
Ensino e de matrícula facultativa pelo educando.
Ensino Médio
Disciplinas
/Carga Horária
Total
% de aproveitamento de cada série(s) / período(s) /
etapa(s) / semestre(s), Carga Horária a ser cumprida e Nº de 1 série ou
correspondentes = 25%
2 séries ou correspondentes
= 50%
Língua
Port. e Literatura
(208h/a)
156h/a, 4 registros de
notas 104h/a, 3 registros de notas
377
Matemátic
a (208h/a)
156h/a, 4 registros de
notas 104h/a, 3 registros de notas
Biologia
(128h/a)
96h/a, 3 registros de
notas 64h/a, 2 registros de notas
Física
(128h/a)
96 h/a, 3 registros de
notas 64h/a, 2 registros de notas
Química
(128h/a)
96 h/a, 3 registros de
notas 64h/a, 2 registros de notas
História
(128h/a)
96h/a, 3 registros de
notas 64h/a, 2 registros de notas
Geografia
(128h/a)
96 h/a, 3 registros de
notas 64 h/a, 2 registros de notas
LEM –
Inglês
(128h/a)
96 h/a, 3 registros de
notas 64h/a, 2 registros de notas
Arte
(64h/a)
48h/a, 2 registros de
notas 32h/a, 1 registro de nota
Filosofia
(64 h/a)
48h/a, 2 registros de
notas 32h/a, 1 registro de nota
Sociologia
(64 h/a)
48h/a, 2 registros de
notas 32h/a, 1 registro de nota
Educação
Física (64h/a)
48h/a, 2 registros de
notas 32h/a, 1 registro de nota
Peabiru, 17 de janeiro de 2009
____________________________________________
Assinatura da Direção
378
ADENDO DE ALTERAÇÕES E ADEQUAÇÕES DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
Adendo de Alterações e Adequações n° 01/2010 da Proposta Pedagógica Curricular
da Educação de Jovens e Adultos, apreciado pelo Conselho Estadual de Educação,
através do Parecer n° 638/10 CEE, que normatiza a implantação do Ensino de
Língua Espanhola, a partir do ano letivo de 2010, no Ensino Médio.
Altera a redação dos capítulos 4.2 – Matriz
Curricular do Curso de Educação de Jovens e
Adultos – Ensino Médio; E acrescenta novos
itens nos capítulos 6.2 – Procedimentos e
Critérios para Atribuição de Notas, letras h – i;
7.2 – Formas de Atendimento, letra b; 7.3 –
Matrícula, letras i – j – k; 7.5 – Avaliação, letras
j – k – l. na Proposta Pedagógica Curricular
aprovada pelo CEE – Resolução 3068/2007 de
10/07/2007, referente a disciplina de Língua
Espanhola.
379
4 - MATRIZ CURRICULAR
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO - EFM
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: PEABIRU NRE: CAMPO MOURÃO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 / 1568 H/A ou 1200 / 1306
HORAS
DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE
HORAS/AULA
LÍNGUA PORTUGUESA E
LITERATURA
174 208
LEM - INGLÊS 106 128
ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
LÍNGUA ESPANHOLA* 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
*LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE
380
MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
h) na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do
processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de
cálculo da média final.
i) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada
no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na
documentação escolar, por não ser objeto de retenção.
7 - REGIMENTO ESCOLAR
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
b) a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização coletiva.
7.3 MATRÍCULA
i) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula
facultativa para o educando;
j) no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para
o educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas
concomitante;
k) o educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de dois meses
consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu
retorno, deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e
os registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.
7.5 AVALIAÇÃO
j) para fins de certificação e acréscimo de carga horária da disciplina de
Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0
(seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento)
381
do total da carga horária da disciplina.
k) no Ensino Fundamental – Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será
avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de
notas na documentação escolar, por não ser objeto de retenção.
l) para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino Religioso,
na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.
382
CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL
ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática maior, menor, Improvisação Gêneros: erudito, popular, folclórico, étnico Técnicas: vocais, instrumental, mista. Estrutura Tonal, modal e a fusão de ambos. Sonoplastia MOVIMENTOS E PERíODOS Greco-Romana Oriental Ocidental Africana Música Popular étnica (ocidental e oriental) Musica engajada Música Popular Brasileira Indústria cultural Eletrônica Paranaense Minimalista Rap, Rock, Tecno Música Contemporânea ÁREA ARTES VISUAIS Ponto Linha Textura Forma
383
Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figurativa/Abstrato Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, desenho, grafite, performance, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura... Gêneros: paisagem, paisagem urbana, cenas do cotidiano, retrato, cenas da mitologia, natureza morta Proporção Perspectiva Pontilhismo Estilização Deformação Semelhanças Contrastes Ritmo Visual MOVIMENTOS E PERíODOS Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Idade Média Arte Popular (folclore) Arte Pré-Histórica Renascimento Barroco Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Indústria Cultural Arte no sec. 20 Arte Contemporânea Realismo Vangardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop. Op Art Pop Art ÁREA TEATRO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
384
COMPOSIÇÃO Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara, sombra, adaptação cênica, monólogo, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro Imagem, Representação, Gênero: Tragédia, Comédia, Rua, Arena, Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Texto dramático Enredo, roteiro Espaço Cênico, circo. Adereços Representação, Leitura dramática, Caracterização Maquiagem Sonoplastia Figurino Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador) MOVIMENTOS E PERíODOS Greco-Romana Teatro Oriental Africano Teatro Medieval Renascimento Teatro Popular Teatro Brasileiro e Paranaense Comédia dell' arte Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo Vanguardas Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo ÁREA DANÇA Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO movimento Kinesfera Eixo Ponto de Apoio
385
Rotação Giro Rolamentos Salto e queda Niveis (alto, médio e baixo) Peso(leve e pesado) Fluxo(livre, interrompido e conduzido) Extensão(perto e longe) Movimentos articulares fluxo livre e interrompido Tempo Rápido, lento e moderado. Aceleração e desaceleração Coreografia Deslocamento Espaço Formação Niveis (alto, médio e baixo) Direção(frente, atrás, direito e esquerda) Deslocamento(direto e indireto) Coreografia Sonoplastia Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular, folclórica, popular, étnica, performance e moderna, Indústria Cultural, espetáculo MOVIMENTOS E PERíODOS Pré-história Greco-Romana Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Renascimento Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Dança Clássica Vanguardas Dança Contemporânea Romantismo ENSINO MEDIO
386
ÁREA MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação MOVIMENTOS E PERÍODOS Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana ÁREA ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças
387
Contrastes Ritmo Visual simetria deformação estilizção Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, historia em quadrinhos, Gêneros: paisagem, natureza-morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia. MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Engajada Arte Contemporânea Arte Digital Arte Latino-Americana
388
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Conteúdos básicos
1-Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. 2-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. 3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico. 4- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. 5-Teorias evolutivas. 6-Transmissão das características hereditárias. 7-Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência
com o ambiente. 8-Organismos Geneticamente Modificados.
389
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
Conteúdos Estruturantes e Básicos:
+E��/I;E8�/8�FJ�JF���/8�
+E��/I;E8�KL8*+E8�
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A�J��&���A�8�����������A� �&�������������������A�������A�E�%���&���23�����J��&���A�M�&���23�����&����
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390
5ªsérie
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS
Astronomia Astronomia e Astronáutica:
- O Brasil visto do satélite
- O movimento aparente do Sol
- As estações do ano
- Fuso horário
- Os astros no Universo
- Sistema solar e constelações
- As fases da Lua
Matéria
Energia
Biodiversidade
Água no ecossistema:
- Distribuição da água na Terra
- O ciclo da água
- A poluição da água
- O tratamento de água
- Fornecimento de água nas cidades
- A conta de água
Matéria
Energia
Biodiversidade
Ar no ecossistema:
- A atmosfera
- Poluição do ar
Matéria
Energia
Biodiversidade
Solo no ecossistema:
- Estruturas da Terra
- Rochas e minerais
- O solo
- Lixo
391
6ª série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS
Biodiversidade
Energia
- A classificação dos seres vivos
- As plantas verdes e a produção de alimentos
- Bactérias e eucárias
- Gimnospermas – os pinheiros
- Angiospermas I – os cactos
- Angiospermas II – a polinização das flores
- Flor, semente e fruto
Biodiversidade - Protista de vida livre e parasitas
- Animais mais simples: poríferos e cnidários
- Platelmintos: vermes planos
- Nematódeos: vermes cilíndricos
- Moluscos
- Anelídeos
Biodiversidade - Artrópodes I: aracnídeos
- Artrópodes II: crustáceos
- Artrópodes III: insetos
- Equinodermos
Biodiversidade - Peixes: vertebrados aquáticos
- Anfíbios e répteis: vertebrados com quatro
pernas
- Aves
- Mamíferos
392
7ª série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Calorias e alimentos
- Microorganismos e alimentos
- Vacinas e mortalidade infantil
- Nutrientes e pirâmide alimentar
- Alimentos calóricos I: glicose
- Alimentos calóricos II: amido
- Alimentos calóricos III: gorduras e óleos
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Alimentos construtores: proteínas
- Alimentos reguladores: vitaminas e sais
minerais
- Alimentação: dietas balanceadas
- A anatomia da digestão
- Digestão e estômago
- Digestão e intestinos
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Sangue
- Sistema cardiovascular
- Os pulmões
- Rins e urina
- Os ossos
- Músculos
Sistemas biológicos
Matéria
Energia
- Sistema nervoso
- Hormônios
- Hormônios e a mulher
- Hormônios e o homem
- Mecanismos de herança
393
8ª série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS/ ESPECÍFICOS
Matéria
Energia
- Introdução ao estudo da Química
- Matéria
- Energia
- Apresentação da matéria
- Estados físicos da matéria e suas mudanças
- Processos de separação de misturas
- Os elementos químicos
- Modelos Atômicos
Matéria
Energia
- A identificação dos átomos
- A Classificação Periódica dos elementos
- Ligações Químicas
- Funções Químicas Inorgânicas
Matéria
Energia
- Velocidade, espaço e tempo
- Aceleração
- Massa e peso:
- Forca, Massa e Aceleração
- Ação e Reação
- Conservação da energia
- Ondas
- Luz
- Espelhos e lentes
- Calor e temperatura
- Cargas elétricas
- Corrente elétrica
- Imãs e eletroímãs
- Geradores e motores elétricos
394
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
ESPORTES
COLETIVOS Voleibol Handebol Futsal Basquete INDIVIDUAIS Atletismo Tênis de mesa RADICAIS
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares. Brincadeiras e cantigas de roda. Jogos de Tabuleiro. Jogos cooperativos.
DANÇA Danças Folclóricas. Danças Circulares Danças Criativas.
GINÁSTICA Ginástica Rítmica Ginástica Circense Ginástica Geral
LUTAS Lutas de aproximação Capoeira
395
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
ESPORTES
COLETIVOS Voleibol Handebol Futsal Basquete RADICAIS
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de Tabuleiro Jogos cooperativos
DANÇA
Danças de Salão Danças Folclóricas Danças de Rua
GINÁSTICA
Ginástica artística/ olímpica Ginástica de condicionamento Ginástica Geral
LUTAS
Lutas de aproximação Capoeira
396
DISCIPLINA DE FILOSOFIA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MITO E FILOSOFIA Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do mito; O que é Filosofia? TEORIA DO CONHECIMENTO Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica; ÉTICA Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas; FILOSOFIA POLÍTICA Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e Ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa; FILOSOFIA DA CIÊNCIA Concepções de ciência; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética; ESTÉTICA Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc. Estética e sociedade;
397
Conteúdos de Física MOVIMENTO (conteúdo estruturante) *Momentum e Inércia *Conservação de quantidade de movimento *Variação da quantidade de movimento = impulso *Leis de Newton *Gravidade *Energia e o princípio da conservação da energia *Variação/ transformação da energia de parte de um sistema - trabalho e potência *Fluidos - pressão, densidade e volume *Oscilações - velocidade, frequência e período TERMODINÂMICA(conteúdo estruturante) *Temperatura *Calor *Dilatação térmica *Leis da Termodinâmica *Óptica Geométrica *Ondas *Acústica ELETROMAGNETISMO(conteúdo estruturante) *Corrente Elétrica *Resistores *Geradores e Receptores elétricos *Potência e Energia Elétrica *Interação entre cargas elétricas *Campo elétrico *Capacitores *Campo Magnético *Força Magnética *Indução Eletromagnética
398
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Ensino Fundamental
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
- a mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
- A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
399
- O comercio em suas implicações socioespaciais.
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
- Formação, mobilidade, das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfigação dos territórios.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
Ensino Médio
Conteúdos básicos
- A formação e transformação das paisagens.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A revolução técnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A circulação de mão de obra, do capital,das mercadorias e das informações.
- Formação, mobilidade, das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- O comercio e as implicações socioespaciais.
400
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
401
DISCIPLINA DE HISTÓRIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais A experiência humana no tempo. Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. A cultura local e a cultura comum. As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade O trabalho e as contradições da modernidade O trabalhadores e as conquistas de direito A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS BÁSICOS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
Urbanização e industrialização
O Estado e as relações de poder
Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
Cultura e religiosidade
402
DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO FUNDAMENTAL Conteúdos
Estruturantes
Leitura Escrita Oralidade
C
O
N
T
E
Ú
D
O
S
B
Á
S
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do
texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Temporalidade;
Intertextualidade;
Discurso ideológico
presente no texto;
Discurso direto e
indireto;
Repetição proposital
de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Vozes sociais
presentes no texto;
Elementos
composicionais do
gênero;
Informações
explicitas e
implícitas;
Relação de causa e
consequência entre
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Relato pessoal;
Divisão do texto em
parágrafos;
Vozes socias presentes no
texto;
Elementos composicionais
do gênero;
Relação causa e
consequência entre as
partes e elementos do
texto;
Partículas conectivas do
texto;
Progressão referencial no
texto;
Marcas linguística:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais
no texto, pontuação,
recursos gráfico (aspas,
Tema do texto;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do
texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlocutor;
Elementos
extralinguístico
(entonação, pausa,
gestos entre
outros);
Adequação do
discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações
linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no
texto; gírias,
repetições,
recursos
semânticos.
Variações
linguísticas
403
I
C
O
S
as partes e
elementos do texto;
Progressão
referencial do texto;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (aspas,
travessão negrito,
entre outros).
Semântica:
operadores
argumentativos,
ambiguidade, sentido
conotativo e
denotativo,
expressões que
denotam ironia
humor no texto.
Figuras de
linguagem.
travessão, negrito, entre
outros);
Sintaxe de concordância;
Processo de formação de
palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal /
nominal;
Papel sintático e estilístico
dos pronomes na
organização, retomada e
sequência do texto.
Vícios de linguagem;
Semântica: operadores
argumentativos,
ambiguidade, sentido
conotativo e denotativo,
expressões que denotam
ironia humor no texto.
modalizadores e
polissemia.
(lexicais,
semânticas,
prosódicas entre
outras);pontuação,
recursos gráficos
(aspas, travessão,
negrito, entre
outros);
Concordância
verbal / nominal;
Papel sintático e
estilístico dos
pronomes na
organização e
seqüência do texto;
Semântica:
operadores
argumentativos,
ambiguidade,
sentido conotativo,
expressões que
denotam ironia
humor no texto,
gírias, repetição,
recursos
semânticos;
Adequação da fala
ao contexto;
Diferenças e
semelhanças entre
discurso oral e
escrito.
404
Ensino Médio Conteúdos
Estruturantes
Leitura Escrita Oralidade
C
O
N
T
E
Ú
D
O
S
B
Á
S
I
C
Tema do texto;
Funções da
literatura;
Gêneros Literários;
O Quinhentismo;
O Barroco;
O Trovadorismo;
O Humanismo;
Classicismo;
Interlecutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do
texto;
Informações
explícitas e
implícitas;
Figuras de
linguagem;
O Romantismo;
A Poesia Romântica
brasileira e
portuguesa;
A Prosa Romântica;
O Realismo e O
Naturalismo;
O Parnasianismo e O
Simbolismo;
Discurso direto e
indireto;
Tema do texto;
Relato pessoal;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Divisão do texto em
parágrafos;
Funções da literatura;
Gêneros literários;
O Trovadorismo;
O Humanismo;
Classicismo;
O Quinhentismo;
O Barroco;
Intertextualidade;
O Romantismo;
A Poesia Romântica
brasileira e portuguesa;
A Prosa Romântica;
Ortografia;
Concordancia Verbal e
Nominal;
O Realismo e O
Naturalismo;
O Parnasianismo e O
Simbolismo;
Elementos composicionais
do gênero;
O Pré-Modernismo no
Tema do texto;
Finalidade do texto;
Argumentatividade;
Situacionalidade;
Temporalidade;
Função da literatura;
Gêneros literários;
O Trovadorismo;
O Humanismo;
Classicismo;
O Quinhentismo;
O Barroco;
O Romântismo;
A Poesia Romântica
brasileira e
portuguesa;
A Prosa Romântica;
Variações
linguisticas;
O Realismo e O
Naturalismo;
O Parnasianismo e
O Simbolismo;
O Pré-Modernismo
no Brasil;
Semana de Arte
moderna;
A 1ª Geração
Modernista no Brasil;
405
O
S
Repetição proposital
de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
O Pré-Modernismo
no Brasil;
Semana de Arte
moderna;
A 1ª Geração
Modernista no Brasil.
Vozes sociais
presentes no texto;
A 2ª Geração
modernista;
Prosa e Poesia;
3ª Geração
Modernista;
Tendências
contemporâneas;
Informatividade;
Situacionalidade;
Temporalidade;
Intertextualidade;
Discurso ideológico
presente no texto;
Ambiguidade;
Elementos
composicionais do
gênero;
Informações
implícitas e
explícitas;
Brasil;
Semana de Arte moderna;
A 1ª Geração
Modernista no Brasil.
Discurso direto e
indireto;
A 2ª Geração modernista;
Prosa e Poesia;
3ª Geração Modernista;
Tendências
contemporâneas
Interlecutor;
Finalidade do texto;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes socias presentes no
texto;
Elementos composicionais
do gênero;
Relação causa e
consequência entre as
partes e elementos do
texto;
Partículas conectivas do
texto;
Progressão referencial no
texto;
Marcas linguística:
coesão, coerência, função
das classes gramaticais
no texto, pontuação,
recursos gráfico (aspas,
A 2ª Geração
modernista;
Prosa e Poesia;
3ª Geração
Modernista;
Tendência
contemporâneas
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do
texto;
Informatividade;
Papel do locutor e
interlecutor;
Elementos
extralinguístico
(entonação, pausa,
gestos entre outros);
Adequação do
discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações
linguísticas (lexicais,
semanticas,
prosódicas entre
outras);
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição,
recursos semânticos;
função das classes
gramaticais no texto;
pontuação, recursos
gráficos (aspas,
406
Relação de causa e
consequência entre
as partes e
elementos do texto;
Progressão
referencial do texto;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
função das classes
gramaticais no texto,
pontuação, recursos
gráficos (aspas,
travessão negrito,
entre outros).
Semântica:
operadores
argumentativos,
ambiguidade, sentido
conotativo e
denotativo,
expressões que
denotam ironia
humor no texto.
travessão, negrito, entre
outros);
Sintaxe de concordância;
Processo de formação de
palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal /
nominal;
Papel sintático e estilístico
dos pronomes na
organização, retomada e
sequência do texto.
Vícios de linguagem;
Semântica: operadores
argumentativos,
ambiguidade, sentido
conotativo e denotativo,
expressões que denotam
ironia humor no texto.
modalizadores e
polissemia.
travessão, negrito,
entre outros);
Concordância verbal
/ nominal;
Papel sintático e
estilístico dos
pronomes na
organização e
seqüência do texto;
Semântica:
operadores
argumentativos,
ambiguidade, sentido
conotativo,
expressões que
denotam ironia
humor no texto.
Adequação da fala
ao contexto;
Diferenças e
semelhanças entre
discurso oral e
escrito.
407
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL II Conteúdo Estruturante Números e Álgebra Conteúdos Básicos Números naturais Sistemas de numeração decimal Múltiplos e divisores Potenciação e radiciação Números inteiros Números racionais Números racionais Números fracionários Números decimais Equação e inequação do 1º grau Sistemas de equações do 1º grau Monômios e polinômios Produtos notáveis Números irracionais Razão e proporção Regra de três simples e composta Circunferência e círculo Números reais Propriedades dos radicais Equação do 2º grau Equações irracionais Equações biquadradas Teorema de Pitágoras Relações métricas no triângulo retângulo Conteúdo Estruturante Grandezas e medidas Conteúdos Básicos Sistema Monetário Medidas de tempo Medidas de comprimento Medidas de massa Medidas de superfície Medidas de volume Medidas de temperatura
408
Conteúdo Estruturante Geometrias Conteúdos Básicos Geometria plana Triângulos e quadriláteros Geometria espacial Geometrias Não-Euclidianas Geometria analítica Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação Conteúdos Básicos Coordenadas Cartesianas Dados, tabelas e gráficos Pesquisa estatística Média aritmética População e amostra Moda e mediana Porcentagem Juros simples e composto Noções de análise combinatória Noções de probabilidade Conteúdo Estruturante Funções Conteúdos Básicos Noção intuitiva de função Afim e Quadrática Conteúdos de Matemática – Ensino Médio Conteúdos estruturantes
•NÚMEROS E ÁLGEBRA •GRANDEZAS E MEDIDAS •FUNÇÕES •GEOMETRIAS •TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
409
Conteúdos Básicos Operações Básicas com Números Reais Expressões Numéricas, Operações com Frações Regra de Três Simples – Composta Razão e Proporção Porcentagem Juros Simples e Compostos Números Decimais em Forma de Potencia de 10 Potenciação, Notação Científica Potenciação de Base 10 Potência de Mesma Base Porcentagem Soma, Subtração, Multiplicação e Divisão de Potência Função Afim Função Quadrada Seqüência Sistemas Lineares Matriz e Determinantes Progressões Aritiméticas e Geométricas Inequações Polinômios Equações de 1º Grau Sistemas de Equações Equações de 2º Grau Teorema de Baskara Triangulo Retângulo – Relações Métricas Teorema de Pitágoras Teorema de Tales Radicais – Racionalização Extração de Fatores do Radicado Adição, Multiplicação e Divisão com Radicais Potência de uma Expressão com Radicais Cálculo de Perímetros e Áreas de Polígonos Regulares Razões Trigonométricas em Triangulo Retângulo Seno, Cosseno e Tangente – Calculo de Perímetros e Áreas de Polígonos
Regulares pela Trigonometria Identidades Trigonométricas: tg (x), Sex (x), Cotag (x) e Cossec (x) Noções Sobre Poliedros Estudos do Prisma Estudo do Cilindro Geometria Espacial Geometria Analítica Calculo de Área e Volume de Poliedros Calculo de Área e Volume de Prismas Calculo de Área e Volume de Cilindros Calculo de Área e Volume de Cone Calculo de Área e Volume de Pirâmide Calculo de Área e Volume de Esfera Medidas de Energia Medidas de Informática
410
Estudo de Probabilidade Análise Combinatória Matemática Financeira Binômio de Newton.
411
DISCIPLINA DE QUÍMICA ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTU-RANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEO-QUÍMICA
MATÉRIA - Constituição da matéria; - Estados de agregação; - Natureza elétrica da matéria; - Modelos atômicos (Rutherford,Thomson,Dalton, Bohr...); - Estudos dos metais; - Tabela Periódica. SOLUÇÃO - Substância:simples e composta; - Misturas; - Métodos de separação; - Solubilidade; - Concentração; - Forças intermoleculares; - temperatura e pressão; - Densidade; - Dispersão e suspensão; - Tabela Periódica. VELOCIDADE DAS REAÇÕES - Reações química; - Lei das reações químicas; - Representação das reações químicas; - Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes,contato entre os reagentes, inibidores); - Lei da velocidade das reações químicas; - Tabela Periódica. EQUILÍBRIO QUÍMICO - Reações químicas reversíveis; - Concentração; - Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); - Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração,pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;
412
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEO-QUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ). - Tabela Periódica. LIGAÇÃO QUÍMICA - Tabela periódica; - Propriedade dos materiais; - Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; - Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; - Ligações de Hidrogênio; - Ligação metálica (elétrons semi-livres) - Ligações sigma e pi; - Ligações polares e apolares; - Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS - Reações de Oxi-redução - Reações exotérmicas e endotérmicas; - Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; - Variação de entalpia; - Calorias; - Equações termoquímicas; - Princípios da termodinâmica; - Lei de Hess; - Entropia e energia livre; - Calorimetria; - Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE - Modelos Atômicos (Rutherford); - Elementos químicos (radioativos); - Tabela Periódica; - Reações químicas; - Velocidades das reações; - Emissões radioativas; - Leis da radioatividade; - Cinética das reações químicas; - Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); FUNÇÕES QUÍMICAS - Funções Orgânicas - Funções Inorgânicas - Tabela Periódica
413
DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
Tema do texto Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situacionalidade Temporalidade Referência textual Intertextualidade Vozes sociais presentes
no texto Informações explícitas Discurso direto e indireto Elementos
composicionais do gênero
Repetição proposital de palavras
Léxico Marcas lingüísticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
Semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam ironia e humor no texto.
Polissemia
•Tema do texto •Conteúdo temático •Interlocutor •Finalidade do texto •Aceitabilidade do texto •Informatividade •Situacionalidade •Intertextualidade •Temporalidade •Referência textual •Vozes sociais presentes no
texto •Discurso direto e indireto •Elementos composicionais do
gênero •Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
•Concordância verbal e nominal
•Semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, significado das palavras, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam ironia e humor no texto.
•Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto
•Polissemia •Processo de formação das
palavras •Ortografia •Concordância verbal/nominal
ω)Tema do texto ξ)Conteúdo temático ψ)Finalidade ζ)Aceitabilidade do
texto αα)Informatividade ββ)Papel do locutor e
interlocutor χχ)Elementos
extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...
δδ)Adequação do discurso ao gênero
εε)Turnos de fala φφ)Variações
lingüísticas γγ)Marcas
lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
ηη)Elementos semânticos
ιι)Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
�
414
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