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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 1
Especificação Técnica Unificada ETU – 102 Versão 6.0 – Outubro/2019
Transformador de Instrumentos de SE
Especificações Gerais
ENERGISA/GTCD-NRM/Nº109/2018
ENERGISA/C-GTCD-NRM/NºXXX/20XX
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 2
Apresentação
Esta Norma Técnica apresenta os requisitos mínimos necessários que deverão
constar na proposta de fornecimento às empresas do Grupo ENERGISA, de
transformadores de corrente – TC e transformadores de potencial indutivo – TP,
isolação a seco ou óleo mineral naftênico tipo A, para uso externo, classe de
tensão máxima de 15 a 145 kV.
De modo a assegurar as condições técnicas, econômicas e de segurança necessárias
ao adequado fornecimento de energia elétrica, observando as exigências técnicas
e de segurança recomendadas pela ABNT, e em conformidade com as prescrições
vigentes nos Procedimentos de Distribuição – PRODIST e nas Resoluções Normativas
da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.
A presente revisão desta norma técnica é a versão 6.0, datada de outubro de
2019.
Cataguases - MG, outubro de 2019.
GTD – Gerência Técnica de Distribuição
Esta norma técnica, bem como as alterações,
poderá ser acessada através do código abaixo:
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 3
Equipe Técnica de Revisão da ETU 102 (Versão 6.0)
Gustavo Machado Goulart
Grupo Energisa
Ricardo Campos Rios
Grupo Energisa
Leonardo Chahim Pereira
Grupo Energisa
Ricardo Machado de Moraes
Grupo Energisa
Marcos Vinicius Santana Campos
Energisa Sergipe
Marcio Roberto Lisboa de Souza
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo
Horacio Dantas de Gois Filho
Energisa Sergipe
Nathalia Cristina de Souza Moura
Energisa Mato Grosso do Sul
Cleyton da Silva Dias
Energisa Rondônia
Edson Takayoshi Miyamoto
Energisa Mato Grosso do Sul
Lucas de Moura
Energisa Rondônia
Luciano dos Santos Benevides
Energisa Mato Grosso do Sul
Cesar Augusto Merlim dos Santos
Energisa Mato Grosso do Sul
Marco Antonio Pinheiro Flores
Energisa Sergipe
Rusangela Rodrigues Guido Cavalcanti
Energisa Paraíba / Energisa Borborema
Bruno Kagich de Carvalho
Energisa Mato Grosso do Sul
Guilherme de Mattos Golineli Marini
Energisa Mato Grosso
Felip dos Santos Xavier
Energisa Mato Grosso do Sul
Hare Kumaichi Onga de Jesus
Energisa Mato Grosso
Ricardo Badre Teixeira
Energisa Mato Grosso
Leandro Jose Medeiros
Energisa Mato Grosso
Renato Deryck da Silva Azeredo
Energisa Mato Grosso
Marlon Torres Salmeirao
Energisa Tocantins
Allyson Figueiredo
Energisa Sergipe
Luis Fellipe Ferreira Reis
Energisa Mato Grosso
Sidney Lopes de Assis
Energisa Paraíba / Energisa Borborema
Vinicius Spadotto Panetine Garcia
Energisa Mato Grosso
Leonardo Ito Perillo
Energisa Sul Sudeste
Sergio Carabetti
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo
Felipe de Mattos Golineli Marini
Energisa Tocantins
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 4
Aprovação Técnica
Ademálio de Assis Cordeiro Jairo Kennedy Soares Perez
Grupo Energisa Energisa Borborema / Energisa Paraíba
Alessandro Brum Juliano Ferraz de Paula
Energisa Tocantins Energisa Sergipe
Amaury Antonio Damiance Paulo Roberto dos Santos
Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul
Fernando Lima Costalonga Ricardo Alexandre Xavier Gomes
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Acre
Fabrício Sampaio Medeiros Rodrigo Brandão Fraiha
Energisa Rondônia Energisa Sul-Sudeste
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 5
Sumário
1 INTRODUÇÃO.......................................................................... 9
1.1 Especificações Complementares .................................................. 9
2 REQUISITOS GERAIS .................................................................. 9
2.1 Legislação E Regulamentação Federal ........................................... 9
2.2 Normas Técnicas Aplicáveis ..................................................... 10
2.3 Unidades de Medida e Idiomas .................................................. 14
2.4 Condições de Serviço ............................................................. 14
2.5 Vibrações Ou Tremores De Terra ............................................... 15
2.6 Outros Fatores A Serem Considerados Como Condições Especiais De
Serviço ............................................................................... 15
2.7 Características Elétricas do Sistema ........................................... 16
3 Terminologia e definições ....................................................... 16
3.1 Ângulo De Fase ..................................................................... 16
3.2 Carga ................................................................................. 17
3.3 Carga Nominal ...................................................................... 17
3.4 Carga Simultânea .................................................................. 17
3.5 Carga Resistiva Nominal – Rc .................................................... 17
3.6 Circuito Secundário Externo..................................................... 17
3.7 Classe De Exatidão ................................................................. 17
3.8 Corrente De Excitação - Ie ....................................................... 17
3.9 Corrente Primária ................................................................. 18
3.10 Corrente Primária Nominal – Ip ................................................. 18
3.11 Corrente Residual ................................................................. 18
3.12 Corrente Secundária .............................................................. 18
3.13 Corrente Secundária Nominal - Is .............................................. 18
3.14 Corrente Térmica Nominal De Curta Duração - It ........................... 18
3.15 Corrente Dinâmica Nominal – Id ................................................ 18
3.16 Corrente Térmica Contínua Nominal .......................................... 19
3.17 Enrolamento Primário ............................................................ 19
3.18 Enrolamento Secundário ......................................................... 19
3.19 Erro De Corrente (Erro De Relação) ............................................ 19
3.20 Erro De Corrente Composto ..................................................... 19
3.21 Instalação Exposta ................................................................. 20
3.22 Instalação Não Exposta ........................................................... 20
3.23 Nível De Isolamento Nominal .................................................... 20
3.24 Potência Nominal .................................................................. 21
3.25 Potência Térmica Nominal ....................................................... 21
3.26 Relação Nominal – Rn ............................................................. 21
3.27 Relação Real – Rr ................................................................... 21
3.28 Resistência Do Enrolamento Secundário - Rtc ............................... 21
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 6
3.29 Resistência Do Enrolamento Secundário – Rs ................................. 21
3.30 Sistema Com Neutro Aterrado Por Meio De Impedância ................... 22
3.31 Sistema Com Neutro Eficazmente Aterrado .................................. 22
3.32 Sistema Com Neutro Isolado ..................................................... 22
3.33 Sistema Com Neutro Ressonante ............................................... 22
3.34 Sistema Com Neutro Solidamente Aterrado .................................. 22
3.35 Tensão Máxima Do Equipamento - Um ......................................... 22
3.36 Transformador Para Instrumentos .............................................. 23
3.37 Transformador De Corrente - TC ............................................... 23
3.38 Transformador De Corrente Auxiliar ........................................... 23
3.39 Transformador De Corrente De Múltipla Relação ............................ 23
3.40 Transformador De Corrente Tipo Janela Com Núcleo Separável ......... 23
3.41 Transformador De Núcleo Único ................................................ 23
3.42 Transformador De Corrente De Vários Enrolamentos Primários .......... 23
3.43 Transformador De Corrente De Vários Núcleos .............................. 24
3.44 Transformador De Corrente Residual .......................................... 24
3.45 Transformador De Corrente Tipo Barra ....................................... 24
3.46 Transformador De Corrente Tipo Bucha ...................................... 24
3.47 Transformador De Corrente Tipo Enrolado ................................... 24
3.48 Transformador De Corrente Tipo Janela ...................................... 24
3.49 Transformador De Corrente Tipo Pedestal ................................... 24
3.50 Transformador De Corrente Totalizador ...................................... 25
3.51 Definições Adicionais Para Transformadores De Medição ................. 25
3.51.1 Transformador De Corrente Para Medição .................................... 25
3.51.2 Corrente Primária Nominal Limite Para Instrumentos - Ipl ................. 25
3.51.3 Fator De Segurança - FS .......................................................... 25
3.51.4 Força Eletromotriz Secundário Limite De Exatidão Para Medição - Elem 25
3.52 Definições Adicionais Para Transformadores De Proteção................. 26
3.52.1 Constante De Tempo Da Malha Secundária - Ts .............................. 26
3.52.2 Corrente Primária Limite De Exatidão ......................................... 26
3.52.3 Curva De Excitação ................................................................ 26
3.52.4 Erro De Relação De Espiras ...................................................... 26
3.52.5 Fator De Dimensionamento - Kx ................................................ 27
3.52.6 Fator De Remanência – Kr ........................................................ 27
3.52.7 Fator-Limite De Exatidão - Fle .................................................. 27
3.52.8 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho - Ek ................................. 27
3.52.9 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho Nominal ............................ 27
3.52.10 Força Eletromotriz Limite De Exatidão Para Proteção ...................... 28
3.52.11 Fluxo De Saturação - Ψs ........................................................... 28
3.52.12 Fluxo Remanescente - Ψr ......................................................... 28
3.52.13 Relação De Espiras Nominal ...................................................... 28
3.52.14 Transformador De Corrente De Proteção Classe P ........................... 29
3.52.15 Transformador De Corrente De Proteção Classe PR ......................... 29
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 7
3.52.16 Transformador De Corrente De Proteção Classe PX ......................... 29
3.52.17 Transformador De Corrente De Proteção Classe PXR ....................... 29
3.52.18 Transformador De Corrente Para Proteção ................................... 29
3.53 Transformador De Potencial Indutivo .......................................... 29
3.54 Transformador De Potencial Para Medição ................................... 30
3.55 Transformador De Potencial Para Proteção .................................. 30
4 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ....................................................... 30
4.1 Geral ................................................................................. 30
4.2 Apresentação dos Desenhos ..................................................... 30
4.3 Relação de Documentos a Aprovar ............................................. 30
4.3.1 Procedimentos de Aprovação ................................................... 32
4.4 Desenhos ............................................................................ 33
5 EMBALAGEM, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO ............................. 35
6 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ..................................................... 36
6.1 Características Elétricas .......................................................... 36
6.2 Características Construtivas ..................................................... 36
6.2.1 Coordenação de Isolamento ..................................................... 36
6.2.2 Conexões Secundárias e Caixas de Terminais ................................ 36
6.2.3 Meio Isolante ....................................................................... 38
6.2.4 Isoladores e Invólucros de Porcelana .......................................... 39
6.2.5 Parte Ativa .......................................................................... 39
6.2.6 Placas de Identificação ........................................................... 40
6.2.7 Terminais de Linha e Conectores de Aterramento .......................... 42
6.2.8 Materiais Sujeitos a Corrosão e Oxidação ..................................... 43
6.2.9 Processo de Galvanização ........................................................ 44
6.2.10 Acabamento e Pintura ............................................................ 44
7 INSPEÇÃO, ENSAIOS E CONTROLE DE QUALIDADE ........................... 45
7.1 Ensaios ............................................................................... 45
7.1.1 Generalidades ...................................................................... 45
7.1.2 Classificação de ensaios .......................................................... 46
7.1.3 Orientação Prévia do FORNECEDOR ............................................ 46
7.1.4 Aprovação dos Ensaios ............................................................ 47
7.2 Ensaios de Tipo ..................................................................... 47
7.2.1 Transformadores de Corrente ................................................... 48
7.2.2 Transformador de Potencial ..................................................... 48
7.3 Ensaios de Rotina .................................................................. 49
7.3.1 Transformadores de Corrente ................................................... 49
7.3.2 Transformadores de Potencial .................................................. 50
7.4 Relatórios de Ensaios ............................................................. 51
7.5 Testes em Campo .................................................................. 52
8 GARANTIA ........................................................................... 52
9 MONTAGEM E SUPERVISÃO DE MONTAGEM .................................... 53
10 SOBRESSALENTES .................................................................. 55
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 8
11 MANUAIS DE INSTRUÇÃO .......................................................... 55
12 INSTRUÇÕES TÉCNICAS E DE TREINAMENTO .................................. 56
13 INFORMAÇÕES DA PROPOSTA .................................................... 57
14 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ................................. 58
15 VIGÊNCIA ............................................................................ 58
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019 9
1 INTRODUÇÃO
Definir os requisitos técnicos gerais que deverão constar na proposta de
fornecimento às empresas do Grupo ENERGISA, de transformadores de corrente –
TC e transformadores de potencial indutivo – TP, isolação a seco ou óleo mineral
naftênico tipo A, para uso externo, classe de tensão máxima de 15 a 145 kV.
1.1 Especificações Complementares
Complementam esta ETU os seguintes documentos:
ETU-102.1 - Transformador de Instrumentos de SE - 11,4 e 13,8 kV;
ETU-102.2 - Transformador de Instrumentos de SE - 22 kV;
ETU-102.3 - Transformador de Instrumentos de SE - 34,5 e 40 kV;
ETU-102.4 - Transformador de Instrumentos de SE - 69 kV;
ETU-102.5 - Transformador de Instrumentos de SE - 88 e 138 kV.
2 REQUISITOS GERAIS
2.1 Legislação E Regulamentação Federal
Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social
- Capítulo VI: Do Meio Ambiente
Lei n° 7.347, de 24/07/85 - Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
Lei n° 9.605, de 12/02/98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
10
Decreto nº 6.514, de 22.07.08 - Dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências
Resolução do CONAMA n° 1, de 23/01/86 - Dispõe sobre o Estudo e o
Relatório de Impacto Ambiental - EIA e RIMA
Resolução do CONAMA n° 237, de 19/12/97 - Dispõe sobre os procedimentos
e critérios utilizados no licenciamento ambiental
2.2 Normas Técnicas Aplicáveis
O projeto, a fabricação, os ensaios dos equipamentos e materiais, incluindo o
detalhamento de todos os componentes incluídos no fornecimento deverão
obedecer às diretrizes desta Especificação Técnica.
As características gerais de projeto e fabricação estão definidas nesta
especificação, complementadas pelos demais documentos fornecidos pela
ENERGISA.
As Normas específicas a serem observadas deverão obedecer às suas últimas
revisões aplicáveis.
NBR 5034 Buchas para tensões alternadas superiores a 1 kV. Especificação;
NBR 5456 Eletricidade geral. Terminologia;
NBR 5286 Corpos cerâmicos de grandes dimensões destinados a instalações
elétricas. Especificação;
NBR 5307 Corpos cerâmicos de grandes dimensões destinados a instalações
elétricas. Método de ensaio;
NBR 6323 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido. Especificação;
NBR 6546 Transformadores para Instrumentos. Terminologia;
NBR 6820 Transformador de Potencial. Método de ensaio;
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
11
NBR 6821 Transformadores de Corrente. Método de Ensaio;
NBR 6855 Transformadores de Potencial Indutivo. Especificação;
NBR 6856 Transformadores de Corrente. Especificação;
NBR 7397 Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a
quente. Determinação da massa do revestimento por unidade de área.
Método de ensaio;
NBR 7398 Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente. Verificação da aderência do revestimento. Método de ensaio;
NBR 7399 Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente. Verificação da espessura do revestimento por processo não
destrutivo. Método de ensaio;
NBR 7400 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a
quente. Verificação da uniformidade do revestimento. Método de ensaio;
NBR 7414 Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a
quente. Terminologia;
NBR 7876 Linhas e Equipamentos de Alta Tensão. Medição de rádio
interferência na faixa de 0,15 a 30MHz. Método de Ensaio;
NBR 8125 Transformadores de Instrumentos. Descargas Parciais.
Especificação;
NBR 9366 Tratamento e pintura de superfícies metálicas;
NBR 9368 Transformadores de Potência de Tensões Máximas até 145 KV –
Características Elétricas e Mecânicas;
NBR 10020 Transformador de Potencial de Tensão máxima de 15 kV, 24,2 kV
e 36,2 kV — Características elétricas e construtivas;
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
12
NBR 10021 Transformador de corrente de tensão máxima de 15, 24,2 e 36,2
kV. Características elétricas e construtivas. Padronização;
NBR 10296 Material isolante elétrico. Avaliação da resistência ao
trilhamento e erosão sob condições ambientais severas;
NBR 10443 Tintas e vernizes. Determinação da espessura da película seca
sobre superfícies rugosas. Método de ensaio;
NBR 11003 Tinta. Determinação da aderência;
NBR 11388 Sistemas de pintura para equipamentos e instalações de
subestações elétricas. Especificação;
NBR IEC 60085 Isolação elétrica. Avaliação térmica e designação;
NBR IEC 60529 Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos.
Código IP;
NBR IECTR 60815 Guia para seleção de isoladores sob condições de
poluição;
IEC 185 Current Transformers;
IEC 186 Voltage Transformers;
ANSI C57.13 Standard Requirements for instruments Transformers;
ANSI C93.2 Requirements for Power Line Coupling Capacitor Voltage
Transformers;
ASTM D924 Dissipation factor, or power factor, and relative permittivity,
Dielectric Constant, of electrical insulating liquids;
ASTM D974 Acid and Base Number by Color Indicator Titration;
ASTM D97 Pour Point of Petroleum Products;
ASTM D92 Flash and Fire Points by Cleveland Open Cup;
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
13
ANSI C57.13.1 IEEE guide for field testing of relaying current transformers;
ASTM D1500 Color of Petroleum Products - ASTM Color Scale;
ASTM D1524 Visual Examination of Used Electrical Insulating;
ASTM D1298 Density, Relative Density, Specific Gravity, or API Gravity of
Crude Petroleum and Liquid Petroleum Products by Hydrometer Method Oils
of Petroleum Origin in the Field;
ANP 36 Regulamentos Técnicos.
Outras normas poderão ser aceitas desde que submetidas à apreciação e
autorizadas pela ENERGISA.
Em caso de dúvida ou contradição, terá primazia esta Especificação, em seguida às
normas recomendadas e finalmente, se aceitas, as apresentadas pelo
FORNECEDOR.
NOTAS:
1. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do
inspetor da Energisa no local da inspeção.
2. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta
norma, mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do
equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser
fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.
3. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas
será permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou
melhor, que as anteriormente mencionadas e não contradigam a
presente norma.
4. As siglas acima referem-se a:
ABNT - Associação brasileira de normas técnicas
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
14
NBR - Norma brasileira registrada
ISO - International standardization organization
ASTM - American society for testing and materials
2.3 Unidades de Medida e Idiomas
As unidades de medida do Sistema Internacional de Unidades serão usadas para as
referências da proposta, inclusive na descrição técnica, especificações, desenhos e
quaisquer documentos ou dados adicionais. Qualquer valor indicado, por
conveniência, em outro sistema de medidas, deverá ser indicado também em
unidades do Sistema Internacional de Unidades. Todas as instruções, desenhos e
relatórios de ensaios apresentados pelo FORNECEDOR serão redigidos em português
Brasil. Serão aceitos em português, inglês ou espanhol, folhetos, artigos,
publicações e catálogos, desde que autorizados expressamente pela ENERGISA.
2.4 Condições de Serviço
Os transformadores de instrumentos serão aplicados nas áreas de concessão do
Grupo ENERGISA, onde deverão ser consideradas para o projeto as condições
meteorológicas a seguir.
a) Altitude: não superior a 1000 metros acima do nível do mar;
b) Clima: Tropical úmido;
c) Velocidade Máxima de Vento: 130 km/h;
d) Temperatura Ambiente: 0 a 50°C;
e) Máxima Temperatura Média 24 horas: 40°C;
f) Umidade Relativa: até 100%;
g) Nível de Poluição: não inferior ao nível II – médio.
Quaisquer desvios e esclarecimentos deverão ser claramente explicitados pelo
FORNECEDOR para análise e aprovação da ENERGISA.
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
15
Os transformadores de instrumentos serão instalados ao tempo, expostos à ação
direta dos raios solares e chuvas, o que favorece a formação de fungos e a
aceleração da corrosão.
Todo o material especificado para uso exterior deverá ser fabricado para exposição
às intempéries, incidência direta dos raios solares, chuvas fortes, ventos,
salinidade marítima e as condições de poluição industrial, devendo ser previsto,
para todos os equipamentos e seus acessórios, tratamento de tropicalização com a
devida proteção atendendo às condições climáticas da área de concessão da
ENERGISA.
Todas as Informações adicionais sobre as condições de serviço e de instalação são
fornecidas nas Especificações Técnicas e nas Normas Técnicas correspondentes, e,
ou, explícito no processo de aquisição.
Cuidados especiais deverão ser considerados pelo FORNECEDOR, pois o
equipamento será instalado no litoral, em região onde o grau de salinidade é
considerado elevadíssimo, caso a COP - Coleta de Preços especifique que a
aplicação será na ENERGISA SE ou ENERGISA PB.
2.5 Vibrações Ou Tremores De Terra
São consideradas condições especiais relacionadas a vibrações as seguintes:
a) vibrações devido a operações de manobra ou curto-circuito para subestações
blindadas;
b) sujeição a vibrações devido a tremores de terra, cujo nível de severidade deve
ser especificado pelo usuário em conformidade com as normas pertinentes.
2.6 Outros Fatores A Serem Considerados Como Condições Especiais
De Serviço
Todas as condições não previstas nesta Norma devem ser consideradas como
condições especiais de serviço e devem ser objeto de acordo entre fabricante e
usuário, como:
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
16
a) exposição a ar excessivamente salino, vapores, gases ou fumaças prejudiciais;
b) exposição a poeira excessiva;
c) exposição a materiais explosivos em forma de gases ou pó;
d) sujeição a condições precárias de transporte e instalação;
e) limitação de espaço na sua instalação;
f) instalação em locais excessivamente úmidos e possibilidade de submersão em
água;
g) exigências especiais de isolamento;
h) exigências especiais de segurança pessoal contra contatos acidentais em partes
vivas do TC;
2.7 Características Elétricas do Sistema
Tensão Máxima Eficaz - kV 15 24,2 36,2 52 72,5 92,4 145
Tensão Nominal Eficaz ± 5% - kV 11,4-13,8 22 34,5 40 69 88 138
Número de Fases 3
Frequência Nominal 60 Hz
Neutro Aterrado sem eficácia garantida
3 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES
3.1 Ângulo De Fase
Diferença em fase entre os fasores da corrente primária e da corrente secundária,
cuja direção dos fasores é escolhida de forma que o ângulo seja zero para um
transformador ideal. Este ângulo é convencionalmente designado pela letra grega
“beta” (β) e é considerado positivo quando o fasor da corrente secundária está
adiantado com relação ao fasor da corrente primária. O ângulo de fase é expresso
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
17
normalmente em minutos ou centirradianos. Esta definição só é válida para
correntes senoidais.
3.2 Carga
Impedância do circuito secundário externo de um transformador para instrumentos
expressa pela potência aparente absorvida em volt-ampères, com um fator de
potência especificado e à corrente secundária nominal.
3.3 Carga Nominal
Carga na qual se baseiam os requisitos de exatidão de um transformador para
instrumentos.
3.4 Carga Simultânea
Máxima combinação de cargas padronizadas que um transformador de potencial
com dois ou mais enrolamentos secundários pode alimentar simultaneamente,
mantendo a exatidão especificada para cada secundário.
3.5 Carga Resistiva Nominal – Rc
Valor nominal da carga resistiva conectada aos terminais secundários, expresso em
ohms.
3.6 Circuito Secundário Externo
Circuito externo alimentado pelo enrolamento secundário de um transformador
para instrumentos.
3.7 Classe De Exatidão
Designação dada a um transformador de corrente quando os erros dele
permanecem dentro dos limites especificados sob condições prescritas de uso.
3.8 Corrente De Excitação - Ie
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
18
Valor eficaz de corrente que percorre o enrolamento secundário de um
transformador de corrente quando se aplica, aos seus terminais, uma tensão
senoidal de frequência nominal, estando o enrolamento primário e os outros
enrolamentos em aberto.
3.9 Corrente Primária
Corrente que percorre o enrolamento primário de um transformador de corrente.
3.10 Corrente Primária Nominal – Ip
Valor da corrente primária que consta da especificação de um transformador de
corrente e que determina as condições de funcionamento.
3.11 Corrente Residual
Soma algébrica dos valores instantâneos das três correntes de linha, em um
sistema trifásico.
3.12 Corrente Secundária
Corrente que flui no enrolamento secundário e no circuito secundário de um
transformador de corrente, quando se aplica uma corrente no primário.
3.13 Corrente Secundária Nominal - Is
Valor da corrente secundária que consta da especificação de um transformador de
corrente e que determina as suas condições de funcionamento.
3.14 Corrente Térmica Nominal De Curta Duração - It
Valor eficaz máximo da corrente primária que o transformador será capaz de
suportar por um curto espaço de tempo especificado sem sofrer efeitos danosos,
com os enrolamentos secundários curto-circuitados.
3.15 Corrente Dinâmica Nominal – Id
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
19
Valor de crista da corrente primária que um transformador suportará sem ser
elétrica ou mecanicamente danificado pelas forças eletromagnéticas resultantes,
com os terminais dos enrolamentos secundários curto-circuitados.
3.16 Corrente Térmica Contínua Nominal
Valor da corrente máxima que pode circular continuamente no enrolamento
primário, estando o enrolamento secundário conectado à carga nominal, sem que a
elevação de temperatura exceda os valores especificados. Este valor corresponde
ao produto da corrente nominal pelo fator térmico.
3.17 Enrolamento Primário
Enrolamento pelo qual flui a corrente a ser transformada.
3.18 Enrolamento Secundário
Enrolamento que alimenta os circuitos de corrente de instrumentos de medição,
dispositivos de proteção ou dispositivos de controle.
3.19 Erro De Corrente (Erro De Relação)
Valor porcentual, referido à corrente primária, da diferença da corrente
secundária multiplicada pela relação nominal e a corrente eficaz primária, em
regime senoidal obtido pela equação:
Er(%) = Rn x Is - Ip x 10 Ip
Onde:
Rn é a relação nominal do TC;
Is é o valor eficaz da corrente secundária;
Ip é o valor eficaz da corrente primária.
3.20 Erro De Corrente Composto
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
20
Em regime permanente, o valor eficaz da diferença entre os valores instantâneos
da corrente primária, e os valores instantâneos da corrente secundária
multiplicado pela relação de transformação nominal. Os sinais positivos das
correntes primárias e secundárias correspondem às convenções adotadas para
marcação dos terminais. O erro composto Ec é expresso geralmente em percentual
do valor eficaz da corrente primária conforme a relação a seguir:
Ec(%) = 1 [ 1 ∫0T (Rn x is - ip)2 dt]½ x 100
Ip T
Onde:
Ip é o valor eficaz da corrente primária;
Rn é a relação nominal do TC;
Ip é o valor instantâneo da corrente primária;
Is é o valor instantâneo da corrente secundária;
T é a duração de um ciclo da corrente primária.
3.21 Instalação Exposta
Instalação na qual o equipamento está sujeito a sobretensões de origem
atmosféricas. Normalmente tais instalações são ligadas diretamente a linhas de
transmissão ou por meio de um cabo de pequeno comprimento.
3.22 Instalação Não Exposta
Instalação na qual o equipamento não está sujeito a sobretensões de origem
atmosférica. Normalmente tais instalações são ligadas a redes de cabos
subterrâneos.
3.23 Nível De Isolamento Nominal
Conjunto de tensões suportáveis normalizadas que caracterizam a suportabilidade
dielétrica do isolamento.
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
21
3.24 Potência Nominal
Valor da potência aparente (em volt-ampères, com o fator de potência
especificado) suprida pelo transformador, por meio do circuito secundário, à
corrente secundária nominal e com a carga nominal conectada a ele, mantendo a
exatidão especificada.
3.25 Potência Térmica Nominal
Maior potência aparente que um transformador de potencial pode fornecer, sem
compromisso com os limites de erro, em regime contínuo, sob tensão e frequência
nominais, sem exceder os limites de temperatura especificados. É obtida mediante
o produto do fator de sobretensão contínuo ao quadrado pela maior carga
especificada ou carga simultânea. Para o caso de carga simultânea com dois ou
mais secundários, a potência térmica nominal é distribuída aos diversos
secundários proporcionalmente à maior carga nominal de cada um deles.
3.26 Relação Nominal – Rn
Razão da corrente primária para o valor eficaz de corrente secundária em
condições especificadas.
3.27 Relação Real – Rr
Razão do valor eficaz da corrente primária para o valor eficaz da corrente
secundária em condições especificadas.
3.28 Resistência Do Enrolamento Secundário - Rtc
Resistência em corrente contínua do enrolamento secundário expressa em ohms,
corrigida a 75ºC ou a outra temperatura especificada.
3.29 Resistência Do Enrolamento Secundário – Rs
Resistência total da malha secundária, incluindo a resistência do enrolamento
secundário corrigida a 75°C, salvo se especificado de outra maneira, e a
resistência de todas as cargas conectadas.
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
22
3.30 Sistema Com Neutro Aterrado Por Meio De Impedância
Sistema no qual um ou mais pontos neutros são aterrados por meio de impedâncias
para limitar correntes de falta à terra.
3.31 Sistema Com Neutro Eficazmente Aterrado
Sistema no qual o neutro é ligado solidamente à terra ou por meio de uma
resistência ou reatância de valor suficientemente baixo para reduzir oscilações
transitórias e proporcionar uma corrente suficiente para proteção seletiva para a
falta à terra. Um sistema trifásico com neutro eficazmente aterrado em uma
determinada localização é um sistema caracterizado nesse ponto por um fator de
falta à terra menor que 1,4.
Esta condição é obtida aproximadamente quando, para todas as configurações do
sistema, a relação de reatância de sequência zero para a reatância de sequência
positiva é menor que três e a relação de resistência de sequência zero para a
reatância de sequência positiva é <1.
3.32 Sistema Com Neutro Isolado
Sistema onde o ponto neutro não é intencionalmente conectado à terra.
3.33 Sistema Com Neutro Ressonante
Sistema com um ou mais pontos neutros ligados à terra por reatâncias que
compensam aproximadamente a componente capacitiva da corrente de falta fase-
terra. Com aterramento ressonante de um sistema, a corrente residual na falta é
limitada a um valor tal que o arco no ar, decorrente da falta, é normalmente
autoextinguível.
3.34 Sistema Com Neutro Solidamente Aterrado
Sistema no qual um ou mais pontos neutros são aterrados diretamente.
3.35 Tensão Máxima Do Equipamento - Um
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
23
Maior valor eficaz da tensão fase-fase para o qual o transformador é projetado
relativamente ao seu isolamento.
3.36 Transformador Para Instrumentos
Transformador que alimenta instrumentos de medição, dispositivos de controle ou
dispositivos de proteção.
3.37 Transformador De Corrente - TC
Transformador para instrumentos, cujo enrolamento primário é ligado em série em
um circuito elétrico, e que reproduz, no seu circuito secundário, uma corrente
proporcional à do seu circuito primário, com sua posição fasorial substancialmente
mantida. Os transformadores de corrente destinam-se à proteção e a medição.
3.38 Transformador De Corrente Auxiliar
Transformador de corrente, usualmente inserido no circuito secundário de um
transformador, destinado a alterar a sua relação nominal ou melhorar o fator de
segurança.
3.39 Transformador De Corrente De Múltipla Relação
Transformador de corrente no qual várias relações são obtidas conectando seções
do enrolamento primário em série ou em paralelo ou por meio de derivações do
enrolamento.
3.40 Transformador De Corrente Tipo Janela Com Núcleo Separável
Transformador de corrente tipo janela em que parte do núcleo é separável ou
basculante, para facilitar o enlaçamento do condutor primário.
3.41 Transformador De Núcleo Único
Transformador de corrente com um único núcleo magnético, para um enrolamento
secundário e um enrolamento primário.
3.42 Transformador De Corrente De Vários Enrolamentos Primários
_________________________________________________________________________________
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24
Transformador de corrente com vários enrolamentos primários distintos e isolados
separadamente.
3.43 Transformador De Corrente De Vários Núcleos
Transformador de corrente com vários enrolamentos secundários isolados
separadamente e montados cada um em seu próprio núcleo, enlaçados por um
único enrolamento primário.
3.44 Transformador De Corrente Residual
Transformador ou grupo de três transformadores de corrente, ligados de modo a
transformar somente a corrente residual.
3.45 Transformador De Corrente Tipo Barra
Transformador de corrente cujo enrolamento primário é constituído por uma
barra, montada permanentemente através do núcleo do transformador.
3.46 Transformador De Corrente Tipo Bucha
Transformador de corrente tipo janela projetado para ser instalado sobre uma
bucha do equipamento elétrico.
3.47 Transformador De Corrente Tipo Enrolado
Transformador de corrente cujo enrolamento primário é constituído por uma ou
mais espiras, envolvendo mecanicamente o núcleo do transformador.
3.48 Transformador De Corrente Tipo Janela
Transformador de corrente sem primário próprio, construído por uma abertura por
onde passa um condutor que forma o circuito primário.
3.49 Transformador De Corrente Tipo Pedestal
Transformador de corrente construído de modo a servir de suporte para o condutor
primário.
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
25
3.50 Transformador De Corrente Totalizador
Transformador de corrente destinado a medir a soma de valores instantâneos de
corrente de mesma frequência, em um sistema de potência.
3.51 Definições Adicionais Para Transformadores De Medição
3.51.1 Transformador De Corrente Para Medição
Transformador de corrente destinado a fornecer sinais para instrumentos de
medição ou medidores.
3.51.2 Corrente Primária Nominal Limite Para Instrumentos - Ipl
Valor mínimo da corrente primária para o qual o erro composto do TC de medição
é igual ou superior a 10%, submetido à carga secundária igual a carga nominal.
3.51.3 Fator De Segurança - FS
Fator que multiplica a corrente primária nominal de um transformador de corrente
para obter o valor de corrente primária para o qual o erro de corrente composto é
igual ou superior a 10%.
O fator de segurança é afetado pela carga conectada no enrolamento secundário.
O fator de segurança é aplicável apenas a núcleos exclusivos para serviços de
medição.
3.51.4 Força Eletromotriz Secundário Limite De Exatidão Para
Medição - Elem
É o produto do fator de segurança pela corrente secundária nominal e pela soma
vetorial da carga de exatidão e da impedância do enrolamento secundário:
Elem = FS x Is x √(Rc + Rtc)2 + (xc + Xtc)2
_________________________________________________________________________________
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26
Onde:
Rtc: é a resistência corrigida a 75ºC;
Xtc: é a reatância do enrolamento secundário;
Rc: é a resistência da carga nominal;
Xc: é a reatância da carga nominal.
3.52 Definições Adicionais Para Transformadores De Proteção
3.52.1 Constante De Tempo Da Malha Secundária - Ts
Valor da constante de tempo da malha secundária do TC determinada a partir do
somatório das indutâncias magnetizantes e de dispersão (Ls) e a resistência (Rs) da
malha secundária.
Ts = Ls Rs
3.52.2 Corrente Primária Limite De Exatidão
Valor da corrente primária para o qual o TC cumprirá os valores requeridos de erro
composto.
3.52.3 Curva De Excitação
Curva apresentada sob a forma de gráfico ou tabela, mostrando a relação entre o
valor eficaz da corrente de excitação e o valor eficaz da força eletromotriz
senoidal aplicada aos terminais secundários de um TC, com o primário e os outros
enrolamentos abertos. Levanta-se uma quantidade de valores que permitam traçar
esta curva característica desde os menores níveis de excitação até pelo menos
110% do valor da força eletromotriz nominal do ponto de joelho.
3.52.4 Erro De Relação De Espiras
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
27
Diferença entre os valores nominal e real da relação do número de espiras
expresso em porcentagem:
erro de relação(%) = relação do número de espiras real - relação do número de espiras nominal x 100
relação do número de espiras nominal
3.52.5 Fator De Dimensionamento - Kx
Fator definido pelo usuário que corresponde ao número de vezes da corrente
nominal secundária (Is) até o qual é solicitado ao transformador atender aos
requisitos de desempenhos exigidos.
3.52.6 Fator De Remanência – Kr
A relação:
Kr = 100 x ψr, expresso em % ψs
3.52.7 Fator-Limite De Exatidão - Fle
Fator que multiplica a corrente primária nominal de um TC, para obter a corrente
primária satisfazendo os requisitos de erro composto de corrente.
O fator-limite de exatidão é aplicável apenas a núcleos exclusivos para serviços de
proteção.
3.52.8 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho - Ek
Valor eficaz da força eletromotriz senoidal de frequência nominal aplicada aos
terminais de um TC com os outros enrolamentos em aberto de onde um acréscimo
de 10% da tensão provoca um aumento de 50% da corrente de excitação.
3.52.9 Força Eletromotriz Do Ponto De Joelho Nominal
Limite inferior da força eletromotriz do ponto de joelho para um transformador de
corrente de proteção classe PX ou PXR.
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
28
3.52.10 Força Eletromotriz Limite De Exatidão Para Proteção
Produto do fator-limite de exatidão pela corrente secundária nominal e pela soma
vetorial da carga nominal e pela soma vetorial da carga nominal e da impedância
do enrolamento secundário.
Ele = Fle x Is x √(Rc + Rtc)2 + (Xc + Xtc)2
Onde:
Rtc é a resistência corrigida a 75°C;
Xtc é a reatância do enrolamento secundário;
Rc é a resistência de carga nominal;
Xc é a reatância da carga nominal.
3.52.11 Fluxo De Saturação - Ψs
Máximo valor de fluxo concatenado secundário de um TC que corresponde à
saturação magnética do material do núcleo.
3.52.12 Fluxo Remanescente - Ψr
Valor do fluxo que permanecerá no núcleo após 3 minutos da interrupção de uma
corrente de excitação de valor suficiente para induzir o fluxo de saturação
definido em 3.3.11.
3.52.13 Relação De Espiras Nominal
Relação entre o número de espiras do enrolamento primário e do enrolamento
secundário.
(Exemplo 1) 1/900 (1 espira primária com 900 espiras secundárias);
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
29
(Exemplo 2) 2/1800 (Um transformador de corrente similar ao exemplo 1,
porém utilizando duas espiras no primário).
3.52.14 Transformador De Corrente De Proteção Classe P
Transformador de corrente de proteção sem limite para o fluxo remanescente para
o qual é especificado o comportamento de saturação para um curto-circuito
simétrico.
3.52.15 Transformador De Corrente De Proteção Classe PR
Transformador de corrente com limite para o fluxo remanescente para o qual é
especificado o comportamento de saturação para um curto-circuito simétrico.
3.52.16 Transformador De Corrente De Proteção Classe PX
Transformador de baixa reatância de dispersão para o qual o conhecimento da
curva de excitação, da resistência secundária, da resistência da carga secundária e
da relação do número de espiras é suficiente para avaliar o seu desempenho em
relação ao sistema de proteção ao qual está conectado.
3.52.17 Transformador De Corrente De Proteção Classe PXR
Transformador de corrente de proteção com limite para o fluxo remanescente para
o qual o conhecimento da curva de excitação, da resistência secundária, da
resistência da carga secundária e da relação de espiras é suficiente para avaliar o
seu desempenho em relação ao sistema de proteção ao qual está conectado.
3.52.18 Transformador De Corrente Para Proteção
Transformador de corrente destinado a fornecer sinais para dispositivos de
proteção ou controle.
3.53 Transformador De Potencial Indutivo
_________________________________________________________________________________
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30
Transformador de potencial constituído apenas de uma ou mais unidades
eletromagnéticas, cuja relação de transformação é definida primordialmente pela
relação de espiras de seus enrolamentos.
3.54 Transformador De Potencial Para Medição
Transformador de potencial destinado a alimentar instrumentos de indicação,
medidores e aparelhos similares.
3.55 Transformador De Potencial Para Proteção
Transformador de potencial destinado a alimentar relés de proteção.
4 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
4.1 Geral
Toda documentação técnica a ser enviada pelo FORNECEDOR para a ENERGISA,
deverá ser através de meio magnético, em extensão que possa ser utilizada pelo
AUTOCAD, WORD/EXCEL/MS PROJECT, ACROBAT e em outra extensão, desde que
expressamente aceita pela ENERGISA.
4.2 Apresentação dos Desenhos
Todos os desenhos e tabelas, identificados com o número do contrato de
fornecimento, deverão ser confeccionados nos formatos no mínimo A3 e A1 ou A0,
conforme necessidade, com exceção ao desenho do dimensional do equipamento
que deverá ser no formato A1, obedecendo sempre às espessuras mínimas de
traços e tamanhos mínimos de forma a tornar os mesmos legíveis, além de
possuírem campo próprio para a numeração e carimbo de análise da ENERGISA.
Desenhos que não obedeçam à padronização aqui descrita, ou que não sejam
legíveis, total ou parcialmente, serão recusados pela ENERGISA, devendo o
FORNECEDOR elaborar um novo desenho que atenda às condições aqui
especificadas.
4.3 Relação de Documentos a Aprovar
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
31
Após emissão e aceite da Ordem de Compra de Materiais - OCM, o FORNECEDOR
deverá enviar para aprovação os documentos, num prazo máximo de 30 dias, os
seguintes documentos, para aprovação, constantes nesta ETU, a saber:
a) Desenho de contorno, com as dimensões do equipamento, mostrando a
localização das buchas, acessórios, detalhes de fixação, caixa de terminais
secundários, terminais primário, conectores e dados sobre a carga permitida
nos terminais de linha;
b) Desenho de contorno das buchas, contendo dimensões, peso, características
elétricas, nome do Fabricante e tipo;
c) Desenho da placa de identificação e indicação do material da mesma;
d) Desenhos da caixa de terminais secundários e dos conectores primários e de
aterramento;
e) Qualquer desenho adicional, considerado de interesse pelo FORNECEDOR, e,
ou, pela ENERGISA;
f) Cronograma de fabricação, com todas as etapas do fornecimento;
g) Folha de características técnicas do equipamento, incluindo relação e
características de todos os acessórios;
h) Vistas frontal e lateral;
i) Diagramas esquemáticos e de fiação mostrando as ligações internas e blocos
terminais;
j) Detalhe geral da estrutura suporte, com informações sobre esforços
transmitidos à base de fixação e dados sobre a carga permitida nos
terminais de linha;
k) Detalhe dos isoladores suporte e conectores terminais de linha e
aterramento;
l) Plano de inspeção e testes - PIT;
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
32
m) Manual de instruções relativo à operação e a todas as fases de instalação e
manutenção dos equipamentos e seus componentes, inclusive aqueles não
produzidos pelo FORNECEDOR;
n) Desenho de dimensões e embalagens para transporte, indicando: dimensões;
massas; detalhes para içamento e inscrições previstas; indicação do fator de
empilhamento para transporte e armazenagem; detalhes de fixação do
equipamento dentro da embalagem; indicações usuais de manuseio;
indicação dos calços em relação às extremidades.
Os prazos gastos na submissão e aprovação dos documentos entendem-se como
incluídos no prazo de fornecimento declarado na OCM. A ENERGISA terá 10 dias
úteis para retorno dos documentos APROVADO, APROVADO COM COMENTÁRIO, NÃO
APROVADO, sendo que no caso de não aprovação por problemas de
responsabilidade do FORNECEDOR, o prazo decorrido até a aprovação ou aprovação
com comentário do documento não será estendido no prazo de fornecimento.
Todos os documentos e desenhos deverão trazer o nome do equipamento, o
número e o item da OCM, na qual foi requisitado, contendo inclusive uma lista de
desenhos e documentos emitidos e serem sempre enviados através de um Guia de
Envio de Documentos.
4.3.1 Procedimentos de Aprovação
Os documentos assinalados "APROVADO" e "APROVADO COM COMENTÁRIO", com as
correções indicadas, autorizam o FORNECEDOR a iniciar a fabricação ou aquisição
do equipamento referente às partes aprovadas.
Sempre que os documentos tenham sido marcados "APROVADO COM COMENTÁRIO"
ou "NÃO APROVADO", o FORNECEDOR deverá fazer todas as correções necessárias e
submetê-las para nova aprovação, em mídia digital, no prazo de 10 dias úteis.
O FORNECEDOR deverá fazer, às suas expensas, quaisquer modificações nos
desenhos acima definidos, necessárias para obter a total liberação da ENERGISA.
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
33
Se o desenho modificado não puder ser APROVADO por não ter atendido às
alterações indicadas pela ENERGISA, qualquer atraso decorrente na entrega dos
equipamentos e multas correspondentes serão de inteira responsabilidade do
FORNECEDOR.
Todas as revisões deverão ser indicadas por número, data e assunto, num bloco de
revisões, com sua última revisão claramente indicada. Todas as exigências são
aplicáveis a desenhos, catálogos, ilustrações, especificações e a quaisquer dados
técnicos submetidos à aprovação da ENERGISA.
Serão de inteira responsabilidade do FORNECEDOR, quaisquer serviços de
fabricação efetuados antes da APROVAÇÃO dos documentos correspondentes pela
ENERGISA.
A APROVAÇÃO dos documentos não isenta o FORNECEDOR da obrigação de
satisfazer todas as exigências desta especificação técnica, nem da
responsabilidade pela correção destes documentos, após a aprovação.
A inspeção e o recebimento dos equipamentos somente serão feitos com base nos
documentos assinalados como "APROVADO".
Os desenhos de montagem serão fornecidos por ocasião da aprovação dos
documentos para a fabricação.
4.4 Desenhos
Para aprovação e completa apreciação do projeto, o FORNECEDOR deverá enviar,
para cada tipo de equipamento, no mínimo, a relação de desenhos citados nesta
norma.
a) Para efeito de envio de desenhos para aprovação, copiativos, catálogos,
manuais ou quaisquer informações a respeito dos equipamentos, o
FORNECEDOR deverá considerar 03 jogos completos para cada tipo ou
modelo do fornecimento, ou se autorizado, em meio eletrônico;
b) Os catálogos e manuais de montagem, operação e manutenção deverão ser
encaminhados juntamente com os desenhos para apreciação da ENERGISA;
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
34
c) Todos os documentos e desenhos deverão trazer o nome do equipamento, o
número e o item da OCM e uma lista de desenhos e documentos emitidos,
enviados através de um Guia de Envio de Documentos - GED;
d) O Manual de Instruções deverá ser elaborado de forma a satisfazer pelo
menos os seguintes requisitos: conter um capítulo com informações das
particularidades do equipamento fornecido; possuir um índice com as
seções, itens, tópicos e anexos, numerados de forma a facilitar sua busca;
conter em detalhes todas as instruções necessárias ao manuseio, transporte,
armazenagem, montagem, colocação em serviço, operação e manutenção
do equipamento, seus acessórios e materiais; relatar os aspectos
relacionados aos testes e ensaios, ajustes, calibrações, limpeza,
lubrificação, frequência das verificações, içamento e movimentação,
ensaios de campo, instrumentação e aparelhagem utilizada; caso sejam
necessárias ferramentas especiais para montagem e, ou manutenção,
deverão ser informadas no Manual, conforme o uso;
e) O Manual de Instruções deverá ser entregue em uma capa com as seguintes
informações: nome do FORNECEDOR; nome e tipo do equipamento; número
e data do Contrato de Fornecimento; título e número ou código para
referência;
f) O Plano de Controle da Qualidade deverá conter todos os ensaios e
verificações no recebimento da matéria prima, na fabricação e nos ensaios
finais. Devem ser relacionados, no mínimo, os métodos de ensaio, normas
técnicas utilizadas e locais de realização;
g) O Cronograma de Fabricação será devolvido ao FORNECEDOR com eventuais
modificações ou sugestões até 15 dias após ter sido recebido pela ENERGISA;
h) Qualquer alteração após aprovação deverá ser comunicada à ENERGISA para
análise e nova aprovação, acompanhada de justificativas;
i) Após realização dos ensaios de tipo e, ou especiais, desde que previamente
acordado entre as partes, de rotina e de aceitação, o FORNECEDOR deverá
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
35
encaminhar todos os relatórios junto com o Manual de Instruções e a lista de
romaneio, antes do embarque do equipamento;
j) Deverá ser enviada junto ao equipamento uma cópia impressa e uma em
meio eletrônico, do manual e relatórios dos ensaios.
5 EMBALAGEM, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
Os equipamentos devem ser embalados e acondicionados para transporte de modo
a não comprometer sua integridade física e funcional. Para equipamentos que
contenham painéis elétricos com dispositivos de desumidificação, deverá ser
provido na embalagem um ponto elétrico para sua alimentação, com informações
sobre a tensão de alimentação.
A embalagem e embarque do equipamento são de exclusiva responsabilidade do
FORNECEDOR, estando sujeita à aprovação da ENERGISA.
O processo de embalagem deve obedecer aos seguintes princípios: garantir um
transporte seguro em quaisquer condições, inclusive ambiental; possuir indicações
de posicionamento dos pesos de modo a garantir a estabilidade do equipamento
durante o transporte; suportar e facilitar as operações de embarque,
desembarque, manuseio e armazenamento sem prejuízo à segurança dos
operadores e à integridade do equipamento; peças e partes desmontadas deverão
ser numeradas de modo a facilitar a montagem em campo; cada peça ou lote de
peças idênticas deverão ser identificadas de acordo com a lista de embalagem e
Manual de Instruções.
Acondicionamentos em vários volumes deverão ser acompanhados de um romaneio
com a descrição e quantidade de objetos em cada volume.
Todo equipamento, e, ou, acessórios deverão ser enviados ao destino, com as
seguintes informações:
a) Nome do Cliente - ENERGISA;
b) Nome do FORNECEDOR;
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
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c) Número da OCM;
d) Número da nota fiscal;
e) Número de série dos equipamentos;
f) Nome, tipo e modelo dos equipamentos;
g) Obra de destino em destaque;
h) Número sequencial da caixa ou peça;
i) Quantidade de peças;
j) Peso bruto e líquido;
k) PARA CIMA em um ou mais lados, indicando o topo de cada embalagem.
6 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
6.1 Características Elétricas
Os transformadores de instrumentos deverão ser monofásicos, para instalação
externa, isolação a seco ou óleo, para operação segundo as condições
estabelecidas nesta especificação e suas especificações complementares.
6.2 Características Construtivas
6.2.1 Coordenação de Isolamento
Os transformadores de instrumentos deverão ser projetados de forma que em 60
Hz, descargas resultantes de tensões de surto de manobra ou de impulso
atmosférico, se deem por caminhos externos e não por caminhos internos para a
terra.
Os requisitos de coordenação de isolamento deverão ser atendidos sem o uso de
centelhadores externos ou dispositivos similares.
6.2.2 Conexões Secundárias e Caixas de Terminais
_________________________________________________________________________________
ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
37
As conexões secundárias e as caixas terminais devem atender aos seguintes
critérios:
a) Os cabos dos enrolamentos secundários deverão ser conectados, através de
bucha de passagem, ao bloco terminal instalado em uma caixa de terminais,
à prova de pó e intempéries, grau de proteção IP 54 ou superior. Não serão
aceitas buchas de passagem de nylon;
b) Os componentes internos e blocos terminais, instalados na caixa de
terminais secundários, deverão ser facilmente acessíveis por meio da
retirada de uma tampa frontal provida de vedação e fixada por parafusos
imperdíveis;
c) Todos os terminais devem ser do tipo olhal, isolados para 600 V, corrente
mínima de 57 A, fornecidos com barreiras e próprios para a conexão de
cabos com seção até 10 mm²;
d) A fixação dos cabos deve suportar vibrações operacionais e de transporte
sem se soltar ou afrouxar. Não serão aceitos blocos terminais com parafusos
colocados diretamente sobre o condutor;
e) Os terminais de cada enrolamento dos transformadores de corrente devem
ser fornecidos com dispositivos que facilitem o curto circuito;
f) Cada terminal deve ser identificado e marcado de acordo com as normas
técnicas já citadas neste documento;
g) O bloco terminal deve incluir terminais de aterramento;
a) As entradas para os cabos devem ser feitas através de juntas de borrachas
especiais, para não permitir penetração de água, poeira ou insetos,
mantendo o nível de proteção mínima IP 54;
b) As caixas de terminais devem ter furos no fundo e nas laterais para
instalação de eletrodutos de 40 mm, 1½”, de diâmetro, rosca BSP e
respectivos tampões.
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NOTA:
1. Todos os transformadores de Instrumentos deverão atender aos critérios do
módulo 12 dos Procedimentos de rede do ONS, cujas caixas de terminais
secundários deverão ser bipartidas, terem os terminais dos circuitos de medição
separados dos terminais de proteção e suas tampas possuírem dispositivos para
lacre.
6.2.3 Meio Isolante
Os transformadores de instrumentos deverão isolados a seco ou óleo, de acordo
com as características técnicas de cada equipamento detalhadas nas
especificações técnicas complementares citadas neste documento.
6.2.3.1 Massa Isolante
O FORNECEDOR deverá detalhar as principais características elétricas e mecânicas
da resina sintética utilizada. A resina deverá ser preferencialmente na cor cinza
Munsell N6,5.
Deverá ser de material não higroscópico, imune à radiação solar, não apresentar
trilhamento e arborejamento na presença de campos elétricos e ser resistente a
ataques químicos e à poluição atmosférica.
Deverá ser fornecida uma descrição detalhada do material isolante utilizado,
juntamente com os relatórios de ensaios que comprovem a sua eficácia, conforme
NBR 10296.
6.2.3.2 Óleo Isolante
As características do óleo isolante devem ser conforme a resolução 36 da ANP.
O PROPONENTE deve indicar o tipo de óleo que será utilizado e suas características
completas para aprovação da Energisa. O óleo isolante deve possuir, no mínimo,
isolação da classe A.
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
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Para equipamento do tipo não selado, deverão ser providos de um indicador do
nível de óleo, visível do chão e um dispositivo conveniente para retirada de
amostra de óleo, com a unidade em serviço. O FORNECEDOR deverá especificar
quais medidas serão adotadas para o alívio de aumento de pressão decorrente de
uma falha elétrica interna.
Não serão aceitos transformadores com gás em contato direto com o óleo isolante.
Neste caso, o óleo deve ser separado do gás por diafragma ou dispositivo
semelhante. Detalhes completos do dispositivo que separa o óleo do gás devem ser
descritos pelo FORNECEDOR.
Devem ser utilizadas gaxetas especiais sempre que forem necessárias juntas entre
a porcelana do isolador e o tanque do equipamento; cimento não é aceitável neste
caso. As juntas devem ser apropriadas para uso com óleo isolante. Todas as
gaxetas devem ser de material resistente à ação do óleo isolante, não devendo se
deteriorar mediante ação do mesmo ou sob condições de clima tropical. As gaxetas
permanecerão sob ação do óleo todo o tempo.
6.2.4 Isoladores e Invólucros de Porcelana
Isoladores e invólucros de porcelana deverão ser homogêneos, livres de
laminações, cavidades e escorrimentos, vitrificados e impenetráveis à umidade. A
vitrificação deverá ser isenta de imperfeições, bolhas ou queimaduras. Deverão
cumprir em todos os aspectos as normas pertinentes.
Cada isolador ou invólucro deverá ser projetado de maneira que não exista nenhum
esforço indevido de qualquer parte, causado por variações de temperatura e com
os meios adequados para absorver as expansões ou deflexões dos condutores ou
partes do circuito principal, resultantes de sobrecargas ou condições transitórias.
6.2.5 Parte Ativa
O núcleo deve ser de aço silício de alta qualidade e que mantenha suas
características eletromagnéticas com o seu envelhecimento. Deve ser,
preferencialmente, do tipo espelho em lâmina contínua.
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O isolamento interno deverá ser dimensionado para suportar todo o gradiente de
campo elétrico gerado internamente no transformador.
A parte ativa e os enrolamentos devem ser devidamente fixados de modo a evitar
deslocamentos indevidos do núcleo, gerados pelo transporte ou pelos esforços
decorrentes das correntes de curto circuito. A elevação de temperatura destes
pontos não deve ultrapassar à máxima especificada pela ABNT.
6.2.6 Placas de Identificação
Todos os transformadores de instrumentos deverão possuir placas de identificação,
com as seguintes características:
a) Ser de aço inoxidável ou alumínio anodizado, com espessura mínima de 1,0
mm e com todas as informações marcadas de maneira indelével;
b) Estar localizada em local facilmente visível com o equipamento instalado,
fixada através de rebites ou parafusos. Não serão aceitas placas fixadas por
adesivos;
c) Suas informações devem ser escritas em português Brasil e suas unidades de
medida expressas no Sistema Internacional de Unidades.
6.2.6.1 Transformador de Corrente
A placa de identificação deverá conter pelo menos as seguintes informações:
a) As palavras: “Transformador de Corrente”;
b) Nome e marca do fabricante;
c) Número de série e ano de fabricação;
d) Número e Data do Contrato; ou Ordem de Compra;
e) Designação do tipo, modelo ou equivalente;
f) Número do manual de instruções;
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
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g) A expressão: “Uso Externo”;
h) Correntes primárias e secundárias nominais e relação;
i) Frequência nominal;
j) Máxima tensão nominal;
k) Níveis de isolamento;
l) Norma utilizada e ano;
m) Classes de exatidão para cada um dos enrolamentos secundários e
respectivas cargas;
n) Fator térmico nominal;
o) Massa total do equipamento completo, em kg;
p) Tipo e volume do óleo isolante, se meio isolante a óleo;
q) Elevação de temperatura dos enrolamentos;
r) Diagrama esquemático com a polaridade e o arranjo dos enrolamentos;
s) Resistências ôhmicas secundárias e primárias dos enrolamentos; - Correntes
térmicas e dinâmicas nominais.
6.2.6.2 Transformador de Potencial
A placa de identificação deverá conter pelo menos as seguintes informações:
a) As palavras: “Transformador de Potencial”;
b) Nome ou marca do fabricante;
c) Número de série e ano de fabricação;
d) Número e Data do Contrato; ou Ordem de Compra;
e) Designação do tipo, modelo ou equivalente;
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f) Número do manual de instruções;
g) A expressão: “Uso Externo”;
h) Tensões primárias e secundárias nominais e relação;
i) Frequência nominal;
j) Designação do grupo de ligação;
k) Máxima tensão nominal;
l) Níveis de isolamento;
m) Norma utilizada e ano;
n) Classes de exatidão para cada um dos enrolamentos secundários e
respectivas cargas;
o) Potência térmica nominal;
p) Massa total do equipamento completo, em kg;
q) Tipo e volume do óleo isolante, se meio isolante a óleo;
r) Elevação de temperatura dos enrolamentos;
s) Diagrama esquemático mostrado a polaridade e o arranjo dos enrolamentos;
t) Resistências ôhmicas secundárias e primárias dos enrolamentos; - Máxima
sobre tensão temporária.
6.2.7 Terminais de Linha e Conectores de Aterramento
6.2.7.1 Terminais de Linha
Para transformadores de instrumentos até 40 kV, os terminais de linha deverão ser:
Para Transformador de Corrente: em barra chata com 4 furos, padrão NEMA
SG1, independente da corrente primária, com saída reta horizontal;
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Para Transformador de Potencial: em barra chata com 2 furos, padrão NEMA
SG1, com saída reta vertical.
Deverão ser fabricados em cobre, em liga de cobre de alta condutividade ou em
alumínio. Quando forem fabricados em cobre ou liga de cobre eles devem ser
adequados para instalação de conector de bronze estanhado e quando for
fabricado em alumínio deverão ser próprios para uso de conectores de alumínio.
Para áreas de poluição salina, os terminais deverão ser bimetálicos.
Para transformadores de instrumentos de 72,5 kV e acima, os terminais de linha
deverão ser:
Transformador de Corrente: em barra chata com 4 furos, padrão NEMA SG1,
independente da corrente primária, com saída reta horizontal;
Para Transformador de Potencial: em barra chata com 4 furos, padrão NEMA
SG1, com saída reta vertical.
Deverão ser fabricados em cobre, em liga de cobre de alta condutividade ou em
alumínio. Quando forem fabricados em cobre ou liga de cobre eles devem ser
adequados para instalação de conector de bronze estanhado e quando for
fabricado em alumínio deverão ser próprios para uso de conectores de alumínio.
Para áreas de poluição salina, os terminais deverão ser bimetálicos.
6.2.7.2 Conectores de Aterramento
Os conectores de aterramento fazem parte do fornecimento e deverão ser de
bronze fosforoso ou liga de cobre de alta condutividade, apropriados para ligação
de dois cabos de cobre nu com bitolas que variam entre 50 e 120 mm².
6.2.8 Materiais Sujeitos a Corrosão e Oxidação
Cuidados especiais devem ser tomados na seleção dos materiais para evitar
oxidação e corrosão, considerando sua utilização em condições ambientais
conforme mencionado nesta norma.
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6.2.9 Processo de Galvanização
Todas as estruturas de aço, flanges, caixas, parafusos, porcas e demais partes
ferrosas, exceto as partes de aço inoxidável, deverão ser preferencialmente
galvanizadas a quente e atender as seguintes condições:
a) O zinco deve ser do tipo comum, com no máximo 0,01% de alumínio;
b) A zincagem deve ser executada de acordo com a NBR 6323;
c) A camada deve ser aderente, contínua e uniforme. Deve suportar ao ensaio
de verificação da uniformidade de revestimento, conforme o método de
preece;
d) A zincagem deve ser feita após a fabricação, perfuração e marcação das
peças;
e) A massa e a espessura da camada de zinco são indicadas na NBR 6323;
f) Quanto ao aspecto visual, as partes zincadas devem estar isentas de áreas
não revestidas ou de irregularidades no revestimento.
6.2.10 Acabamento e Pintura
Todas as superfícies internas e externas dos equipamentos e demais partes
metálicas que não sejam galvanizadas e que estejam expostas ao tempo, devem
ser limpas por processo que garanta a isenção total de impurezas.
A descrição detalhada dos métodos de tratamento e os materiais de pintura
propostos deverão ser submetidos à aprovação da Energisa.
Partes metálicas energizadas devem ser fornecidas sem pintura.
O FORNECEDOR poderá submeter à aprovação da ENERGISA um esquema de pintura
distinto do especificado, desde que seja de eficiência equivalente ou superior.
6.2.10.1 Pintura Externa
Após a limpeza deverá ser aplicado o seguinte processo de pintura:
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a) Tinta de fundo anticorrosiva epóxi alta espessura, cor vermelho óxido,
espessura mínima de 150 µm de película seca;
b) Tinta de acabamento de acabamento à base de poliuretano alifático de alta
espessura, cor cinza Munsell N 6,5, espessura mínima de 80 µm de película
seca;
c) A pintura externa deverá ser completada na fábrica. Deverão fazer parte do
fornecimento, quantidades adequadas de tintas de acabamento e de base
para retoques em campo.
6.2.10.2 Pintura Interna
Após a limpeza deverá ser aplicado o seguinte processo de pintura:
a) Tinta de acabamento epóxi amino curada, cor branca Munsell N 9,5,
espessura mínima de 30 µm de película seca;
b) Alternativamente pode ser utilizada tinta de acabamento à base de
poliuretano alifático, espessura mínima de 40 µm de película seca. Neste
caso o preparo da superfície não admite tratamento químico.
7 INSPEÇÃO, ENSAIOS E CONTROLE DE QUALIDADE
O FORNECEDOR deverá possuir a certificação de conformidade com a norma NBR
ISO 9001, e executar os ensaios, conforme PIT aprovado.
7.1 Ensaios
7.1.1 Generalidades
Os equipamentos serão submetidos a inspeções e ensaios na fábrica, de acordo
com esta Especificação Técnica e as normas recomendadas, na presença de
Inspetor da ENERGISA.
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Caso o laboratório de ensaios do FORNECEDOR não seja suficientemente equipado
para execução dos ensaios solicitados, serão executados em instalações de
terceiros, sem ônus adicional para a ENERGISA.
7.1.2 Classificação de ensaios
Os ensaios especificados nesta Norma são classificados como ensaios de tipo,
ensaios de rotina, ensaios especiais e ensaios de recebimento ou aceitação.
a) Ensaio de tipo: ensaio realizado em um transformador de cada tipo para
demonstrar que todos os transformadores feitos com a mesma especificação
atendem aos requisitos não cobertos por ensaios de rotina;
b) Ensaio de rotina: os ensaios que devem obrigatoriamente ser realizados pelo
fabricante em cada unidade produzida;
c) Ensaio especial: além dos ensaios aqui definidos como especiais, qualquer
outro ensaio diferente dos de tipo ou de rotina, acordado entre fabricante e
usuário;
d) Ensaios de recebimento ou aceitação: ensaios que são realizados na
presença do usuário por ocasião da inspeção. Quando o usuário especifica os
ensaios de recebimento ou aceitação, estes são realizados, mediante acordo
entre o fabricante e o usuário, em 100 % do lote a ser fornecido ou em
quantidade amostral a ser definida.
7.1.3 Orientação Prévia do FORNECEDOR
O FORNECEDOR deverá enviar para a aprovação da ENERGISA, antes do início dos
ensaios, os seguintes documentos:
a) Cronograma orientativo dos ensaios;
b) Esquema típico de cada ensaio;
c) Detalhamento da execução de cada ensaio;
d) PICQ - Plano Interno de Controle de Qualidade.
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
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Posteriormente, deverá confirmar a data exata da realização de cada ensaio com,
no mínimo, 10 dias de antecedência, no caso dos ensaios feitos no Brasil e, no
mínimo, 30 dias de antecedência, no caso dos ensaios feitos no exterior.
7.1.4 Aprovação dos Ensaios
A não aprovação do equipamento nos ensaios implicará na execução, pelo
FORNECEDOR, das modificações que julgar necessárias, aprovadas pela ENERGISA,
bem como na repetição de todos os ensaios necessários, sem qualquer ônus
adicional ao fornecimento.
Caso uma unidade seja reprovada em determinado ensaio, o FORNECEDOR somente
poderá proceder à sua abertura, ou desmontagem, na presença de representante
da ENERGISA.
Ficará a critério da ENERGISA manter selada, ou lacrada, a unidade em teste, ou
reprovada no ensaio, até o momento da conclusão dos ensaios, ou de sua abertura
e, ou desmontagem.
Dentro de 10 dias após a falha em uma unidade, o FORNECEDOR deverá enviar à
ENERGISA, um relatório técnico indicando a natureza da falha, suas possíveis
causas, as medidas adotadas para saná-la e as suas consequências quanto para o
fornecimento.
No caso de repetição da falha, o Inspetor da ENERGISA deverá ter acesso às
instalações do FORNECEDOR, desenhos, cálculos, resultados de ensaios em
protótipos e qualquer outra informação que possa utilizar para sua orientação. As
informações serão tratadas como confidenciais.
Todos os procedimentos e materiais necessários ao reparo do equipamento, em
decorrência de falhas nos ensaios, não acarretarão qualquer ônus adicional para a
ENERGISA.
7.2 Ensaios de Tipo
Junto com a proposta, o FORNECEDOR deverá entregar cópia dos ensaios de tipo
realizados em seu protótipo em laboratórios oficiais e o custo unitário para
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ETU-102 VERSÃO 6.0 OUTUBRO/2019
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realização de cada um deles. Desta forma deverão ser apresentados relatórios
certificados dos testes realizados conforme segue.
7.2.1 Transformadores de Corrente
a) Elevação de temperatura;
b) Corrente suportável nominal de curta duração e valor de crista da corrente
suportável;
c) Impulso atmosférico;
d) Impulso de manobra;
e) Tensão aplicada sob chuva para transformadores para uso externo;
f) Tensão de radiointerferência;
g) Resistência ôhmica dos enrolamentos;
h) Estanqueidade;
i) Exatidão;
j) Erro composto para classes p e pr;
k) Todos os ensaios de rotina.
7.2.2 Transformador de Potencial
a) Elevação de Temperatura;
b) Curto-circuito;
c) Impulso atmosférico;
d) Impulso de manobra;
e) Tensão aplicada sob chuva para transformadores, uso externo;
f) Tensão de rádio interferência;
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g) Resistência ôhmica dos enrolamentos;
h) Corrente de excitação e perdas a vazio;
i) Impedância de curto circuito;
j) Exatidão;
k) Estanqueidade;
l) Todos os ensaios de rotina.
7.3 Ensaios de Rotina
Os ensaios de rotina deverão ser realizados em todas as unidades de todos os
equipamentos e deverão ser convocados com antecedência mínima de 10 dias.
Os materiais empregados na fabricação deverão ser submetidos aos ensaios de
recebimento de matéria prima antes de serem usados na fabricação.
Os ensaios de rotina incluirão pelo menos o seguinte:
7.3.1 Transformadores de Corrente
a) Verificação de marcação dos terminais e polaridade;
b) Ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos
primários;
c) Medição de descargas parciais;
d) Ensaio de tensão suportável à frequência industrial em enrolamentos
secundários e entre seções;
e) Medição de capacitância e fator de perdas dielétricas;
f) Sobretensão entre espiras;
g) Estanqueidade;
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h) Exatidão;
i) Fator de segurança do instrumento, quando aplicável para enrolamentos de
medição;
j) Erro composto para classes p e pr;
k) Determinação do fator de remanência para classe pr;
l) Determinação da constante de tempo secundária para classe pr;
m) Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos secundários para classes
px, pxr e pr;
n) Levantamento das características de excitação para núcleos de proteção;
o) Resistência ôhmica dos enrolamentos para equipamento com um ≥ 72,5 kv;
p) Ensaios no óleo mineral isolante;
q) Galvanização: a galvanização dos perfis, chapas e partes não rosqueadas dos
parafusos e porcas deverá resistir no mínimo a 6 imersões de 1 minuto no
ensaio de Preece; para as partes rosqueadas dos parafusos e porcas serão
exigidas apenas 4 imersões no ensaio de Preece.
7.3.2 Transformadores de Potencial
a) Verificação visual e dimensional;
b) Verificação de marcação dos terminais e polaridade;
c) Tensão induzida;
d) Tensão suportável à frequência industrial, a seco;
e) Medição de capacitância e fator de perdas dielétricas;
f) Estanqueidade a frio;
g) Ensaio de óleo isolante;
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h) Classe de exatidão em todos os taps;
i) Relação de transformação em todos os taps;
j) Medição das descargas parciais;
k) Ensaio de Polaridade;
l) Fator de potência do isolamento para todas as classes de tensão;
m) Galvanização: a galvanização dos perfis, chapas e partes não rosqueadas dos
parafusos e porcas deverá resistir no mínimo a 6 imersões de 1 minuto no
ensaio de Preece; para as partes rosqueadas dos parafusos e porcas serão
exigidas apenas 4 imersões no ensaio de Preece.
7.4 Relatórios de Ensaios
Os relatórios de ensaio deverão conter pelo menos as informações a seguir:
a) Descrição do equipamento ensaiado com os dados técnicos necessários para
sua perfeita identificação;
b) Data do ensaio;
c) Condições ambientais no momento e local de ensaio;
d) Descrição dos ensaios realizados com indicação das normas técnicas
adotadas;
e) Lista dos equipamentos de ensaio utilizado, dados técnicos e classe de
precisão; - Registro de todos os resultados e observações feitas durante o
ensaio.
A ENERGISA se reserva o direito de inspecionar e ensaiar os equipamentos
abrangidos por esta Especificação em qualquer momento que julgar necessário.
Para tal, deverão ser propiciadas todas as facilidades para o livre acesso aos
laboratórios e dependências onde estão sendo fabricados, embalados ou
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armazenados, bem como o fornecimento de pessoal qualificado a prestar
informações e executar os ensaios.
7.5 Testes em Campo
Após a instalação em campo e execução completa da fiação externa, os
transformadores serão ensaiados em conjunto com os equipamentos a eles
associados.
8 GARANTIA
O FORNECEDOR deverá garantir, entre outras exigências, o seguinte:
a) O prazo mínimo de garantia aceito pela ENERGISA é de 24 meses a contar da
data da última entrega relacionada ao lote do equipamento no local
indicado pela ENERGISA ou 18 meses após a data de sua entrada em
operação satisfatória para cada lote do fornecimento;
b) A garantia deve cobrir qualquer deficiência de projeto, matéria prima,
fabricação e desempenho. Portanto, a qualquer momento durante o período
de garantia, o FORNECEDOR se obriga a substituir ou reparar qualquer
acessório ou peça que apresente defeito ou falha oriundos da fabricação ou
emprego de materiais inadequados, sem qualquer ônus adicional para a
ENERGISA;
c) Caso o defeito seja decorrente de erro de projeto ou de produção, tal que
comprometa todas as unidades do lote adquirido, o FORNECEDOR deverá
substituir todo o lote, independente da ocorrência deste defeito em cada
uma delas, sem qualquer ônus adicional para a ENERGISA;
d) Se depois de notificado, o FORNECEDOR se recusar a efetuar os reparos ou
substituições solicitadas, a ENERGISA reserva-se o direito de executá-los e
cobrar os custos ao FORNECEDOR, sem que isto afete a garantia do
equipamento;
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e) Caso haja a substituição parcial do equipamento, a parte substituída terá
seu período de garantia estendida pelo FORNECEDOR, por igual período da
garantia do equipamento;
f) Durante o período de garantia ocorrendo algum defeito ou falha no
equipamento, e após os devidos reparos pelo FORNECEDOR, a ENERGISA
poderá solicitar novos testes na unidade, sem quaisquer ônus adicionais. O
FORNECEDOR deve elaborar um relatório, detalhando as causas da falha e as
alterações executadas no equipamento;
g) Todos os custos referentes a reparos ou substituição de qualquer acessório,
peça ou mesmo do equipamento em sua totalidade, inclusive aqueles
relativos a qualquer tipo de transporte ou parte dele, será de inteira
responsabilidade do FORNECEDOR;
h) Caso o fornecimento apresente defeitos ou deixe de atender aos requisitos
da Documentação de Convocação ou de outros documentos técnicos, a
ENERGISA poderá rejeitá-lo e exigir que o FORNECEDOR proceda à sua
imediata substituição ou correção, montado, sem ônus para a ENERGISA.
Nesse caso, um novo período de garantia de 18 meses de operação
satisfatória deverá entrar em vigor, para o lote em questão;
i) Caso, depois de notificado pela ENERGISA, o FORNECEDOR se recuse ou
deixe de corrigir ou substituir o fornecimento, a ENERGISA providenciará a
correção por seu próprio pessoal ou por terceiros, e deduzirá os respectivos
custos de qualquer crédito devido ao FORNECEDOR ou iniciará uma ação
judicial para reavê-los.
9 MONTAGEM E SUPERVISÃO DE MONTAGEM
A instalação do equipamento será efetuada pela ENERGISA, ou preposto por ela
indicado, sem perda das garantias, podendo o FORNECEDOR, a seu critério, efetuar
a supervisão final de montagem, sem ônus para ENERGISA.
O FORNECEDOR deverá suprir os serviços de supervisão de montagem através de
pessoal especializado, portanto deverá detalhar os custos horários ou diários para
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cada supervisor, o tempo necessário e as condições para a execução dos serviços
de supervisão de montagem e energização.
A instalação de cada equipamento será determinada em função do cronograma de
cada obra, devendo o FORNECEDOR ser informado com 15 dias de antecedência
para providenciar os recursos de supervisão.
Todas e quaisquer despesas com a supervisão de montagem serão de inteira
responsabilidade do FORNECEDOR.
A ENERGISA fornecerá pessoal de nível técnico para a realização de testes de
comissionamento do equipamento.
O FORNECEDOR será autorizado a dar início aos serviços de supervisão, através de
uma Carta de Autorização de Serviço emitida pela ENERGISA.
O supervisor de montagem, ou equipe de supervisão de montagem, deverá receber
um treinamento de segurança da ENERGISA, antes do início dos trabalhos em
subestação energizada. Para viabilizar esta integração o fornecedor deverá enviar
os certificados de realização dos cursos necessários para o trabalho. Dentre eles
serão exigidos: curso de NR10, NR11 (caso necessário o uso de caminhão munck),
NR12 (caso seja necessário uso de cesto aéreo), NR35 (caso seja necessário o
trabalho em altura).
O supervisor de montagem deverá emitir um relatório técnico dos serviços
executados, onde constarão todos os ajustes recomendados, problemas
encontrados durante a montagem e as soluções adotadas. Esse relatório deverá ser
fornecido à ENERGISA na ocasião da entrega final dos serviços.
Se, após a energização e dentro do período de garantia, o equipamento apresentar
defeito que, a critério da ENERGISA, necessite de supervisão para reparo, o
FORNECEDOR deverá providenciar um supervisor no menor tempo possível e sem
qualquer ônus para a ENERGISA.
As propostas que não atenderem no todo ou em parte, às condições para execução
de serviços de supervisão de montagem serão rejeitadas.
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Se a ENERGISA optar por não contratar a supervisão de montagem e energização, o
FORNECEDOR manterá a garantia conforme item próprio desta Especificação.
10 SOBRESSALENTES
Em sua proposta, o FORNECEDOR deverá apresentar itens definidos para os
sobressalentes considerados necessários ou convenientes, com as respectivas listas
de preços. A quantidade proposta deverá ser relacionada a um período de
operação de 5 anos, ficando a cargo da ENERGISA definir a relação e quantidade de
sobressalentes que serão adquiridos.
As peças sobressalentes deverão ser idênticas, em todos os aspectos, às
correspondentes instaladas no equipamento. Serão submetidas à inspeção e
ensaios e deverão ser incluídas na mesma remessa que o equipamento original,
acondicionadas em volumes separados e marcados claramente “PEÇAS
SOBRESSALENTES”.
Deverá ser fornecida a numeração codificada das peças sobressalentes para as
facilidades de aquisição das mesmas, quando necessário.
O FORNECEDOR deverá informar em sua proposta o período de manutenção de
fornecimento dos sobressalentes da OCM associada, bem como o prazo máximo
para entrega.
11 MANUAIS DE INSTRUÇÃO
Os manuais de instrução conterão no mínimo, os seguintes itens na ordem
indicada:
a) Descrição e características técnicas principais do equipamento;
b) Conjunto de desenhos finais e de montagem, inclusive lista dos desenhos;
c) Lista de componentes, acessórios e respectivos números de referências e
catálogos específicos;
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d) Instruções para montagem e desmontagem, instruções para ajustes quando
da operação inicial;
e) Instruções para operação permanente;
f) Instruções para manutenção preventiva e corretiva, incluindo os ensaios
periódicos e valores de referência;
g) Instruções para armazenamento por períodos prolongados.
Os Manuais de Instrução deverão ser identificados pelo número e item do Contrato
e da Especificação Técnica.
Duas cópias do Manual de Instrução deverão ser fornecidas, à ENERGISA, para
verificação e aprovação.
Após aprovação da ENERGISA, o FORNECEDOR deverá encaminhar 5 cópias do
Manual de Instrução, já apresentado sob sua forma final. Os Manuais na sua forma
final deverão conter todas as informações e alterações exigidas pela ENERGISA
durante o período de aprovação.
O Manual de Instruções deverá ser redigido no idioma português Brasil, incluindo
todos os seus anexos e demais partes integrantes, devendo ser entregue
totalmente encadernado e com os respectivos arquivos integrantes do manual de
instruções completo em mídia digital.
Todos os desenhos incluídos no Manual de Instruções deverão estar numerados,
dobrados corretamente e fixados ao volume de forma semelhante à das páginas do
texto do Manual.
Caso o Manual de Instruções, e quaisquer de seus anexos, sejam fornecidos em
outro idioma, a ENERGISA poderá os aceitar e, a seu critério, contratar a tradução
para o português Brasil, debitando todos os custos correspondentes ao
FORNECEDOR.
12 INSTRUÇÕES TÉCNICAS E DE TREINAMENTO
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Deve estar prevista na Proposta Técnica de Fornecimento uma apresentação de
instruções técnicas de treinamento sobre a montagem, operação e manutenção do
equipamento e seus acessórios e componentes. Esta apresentação deve ser
organizada pelo FORNECEDOR e ser ministrada, em português Brasil, por um ou
mais supervisores qualificados, antes da instalação do equipamento, em local e
data a serem definidos de comum acordo com a ENERGISA.
A apresentação deve abordar:
a) Instruções completas do manuseio, ajustes, testes mecânicos e elétricos,
substituição de peças e utilização de gabaritos, através de manuais e
desenhos;
b) Instruções sobre a lógica de funcionamento dos circuitos auxiliares de
comando, sinalização e proteção, quando for o caso, baseadas nos desenhos
e manual de instruções aprovados;
c) Identificação das peças, partes e componentes que devem ser checados
quanto aos limites e tolerâncias operacionais, relacionando tudo às
periodicidades de manutenção previstas;
d) Relação completa de todas as partes, peças e componentes, incluindo
nomes, descrições, números de catálogos, quantidades utilizadas e
identificações nos desenhos;
e) Instruções completas para instalação e manuseio de todos os acessórios.
13 INFORMAÇÕES DA PROPOSTA
As informações a seguir deverão ser obrigatoriamente apresentadas junto com a
proposta, independente das informações que o PROPONENTE julgar necessárias,
sob pena de desclassificação:
a) Desenhos dimensionais orientativos abrangendo contorno, dimensões
principais, posição das buchas;
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b) Tabelas de características técnicas com a coluna de valores garantidos
preenchida;
c) Tipo e características do tratamento e acabamento das superfícies
metálicas.
14 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO
Data Versão Descrição das Alterações Realizadas
15/06/2015 5.0 Revisão Geral decorrente do Projeto Malha Logística
– Frente D
30/10/2019 6.0 Adequação do texto e inclusão da classificação dos
ensaios conforme ABNT NBR 6855 e 6856.
15 VIGÊNCIA
Esta Norma entra em vigor na data de 01/02/2020 e revoga a versão anterior.
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